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N° 188 S. Paulo, 22 de Maio de 19!5 ÂNNü IV

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TjFt>.,5V".-

O PÍER ALHO

FELICIDADEASociedade Mutua de Pecúlios por NASCIMENTOS, CASAMENTOS e MORTALIDADE

Approvada e autorizada a funccionar em toda a Republica pelos decretos Ns. 10.470 e 10..06

PECÚLIOS PAGOS MAIS_DE_350lOOO|0004-' qi rin TWprYiV.rr> rie 1914 nas séries cie casamento

Todos os qne se inscreverem ate 31 de Dezembio ae ±j±*±,

rpceberão os pecúlios um armo depois da inscripção. .16 jtepois da inscripção os ntufualisiaspodem casar guando jutzerertt,

Quem se inscrever nas séries de nascimento, até o fim do corrente anno, será chamado 10

mem depois da inscripção e receberá de uma só vez o pecúlio que lhe couber. .

p nascimento pode dar-se em qualquer tempo. ); i-' ' TTrirTTZ .1 cmn Qpvie terá a seu credito a importância de

dispensará as contribuições dos mutualistas para as duas chamadas nnmediatas. >

Sede Social: RUA S. BENTO N. 47 (sob.) ¦ Caixa Postal, USÃO PAULO55"55

Telephone, 2588

'

Das marcas mais conhecidasSão estas que causam fé:As mais fortes, mais queridas,São marcas 7{enaulf e gerliet

São os melhores da praça!Pasmem todos! Vejam só!Pois custam quasi de graçaOs autos JJerliet e Renault

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T"^^"^"' ¦>•/.:.tf-1."; ' ' .*»*** ¦

S. Paulo, 22 de Maio de 1915Numero 188

*áBggBBBHgBÍBBggBjB^^

' PM 1Semanário llMstradó,:

áe Importância: : :': : evidente

R © d ei o ç> â. oRUA 15 DE NOVEMBRO, 50-B

Caixa do Correio, 1026

A CAMPANHA DO LAGE

Si o Lage não fosse reconhecida-mente um ladrão, photographado va-rias vezes na policia, muita genteimpressíoríar-se-ia com a campanhadifamatória que elle vem fazendocontra S. Paulo.

Mas como já são sobejamente co-nhecidos os processos do malandrimportuguês, que nesta terra, em virtu-de da nossa clássica e estúpida gene-rosidade, se fez folliculario, não hapessoa idônea que dê attenção ás bai-xezas e infâmias que o cérebro dolabrego soez vem engendrando.

Havendo já gasto ou perdido agrossa dinheirama que lhe coube naceleberrima roubalheira da prata, osalafrário bateu ás portas dos poli ti-cos paulistas e pediu-lhes dinheiro,com o semvergonhismo de uma bar-regan de rua.

A resposta foi negativa.No dia seguinte o lapuz iniciou a

sua campanha e sem o menor escru-pulo, que isso é coisa que o Gazuanão conhece, diffamou os nomes maisrespeitáveis da nossa politica.

Agora digam os leitores si é possi-vel dar credito a um indivíduo comoo Gazua. ,

Digam si elle merece ou não, quese lhe escarre no rosto, já muitas ve-zes vergastado por gente de brio...

Jlota Politica-00-

Tem sido objecto ainda de várioscommentarios a franca campanha mo-...• j _ida agora pelo Paiz contra S. Pauloe seus homens públicos,

O velho órgão carioca que ha bempouco tempo buscava os melhores ad-

jectivos para dal-os ao Sr. ConselheiroEodrigues Alves e ao governo do Esta-do, hoje bruscamente mudado, nãopode absolutamente dar uma explica-ção, sendo coherente, dessa mutaçãobrusca de opiniões nos seus redactores.

Aliaz, uma explicação apenas hapara essa antipathica attitude do Paiz;a ingatidão, qualidade que o snr.Lage ou melhor João Gazúa, tem porprincipio na vida.

Ao illustre conselheiro que presideos destinos de S. Paulo, tudo deve oinfame português.

No emtanto, a recompensa é essa.Ao sr. Nilo, durante o seu governo,

na .Republica, deve também immensosfavores esse João Gazúa ingrato eladrão.

Qual a recompensa que teve o pre-sidente fluminense? A mesma que temo conselheiro.

Ao sr. Seabra, deve o sr. Lage, im-mensas finezas durante o tempo emque o estadista bahiano esteve na

pasta da viação.A sua recompensa é igual a do

Conselheiro. Ao sr. Dantas, as mesmasobrigações deve o sr. Gazúa e ao sr.Francisco Salles, que, enganado na suabôa fé, não roubou para si, deveo sr. Gazúa a grande roubalheira da

prata que lhe abarrotou as algibeiras.

Qual a recompensa do senador mi-neiro ?

A mais tremenda das campanhascontra o seu nome, idêntica a que omercenário da Avenida Central, movecontra o Conselheiro.

De forma qne os ataques a S. Pau-Io e ao seu Presidente, são elogios,

porque ataques na bocca de ladrão,elogios são,

D.(......»

Café-Concerto-00-

Numa roda de jornalistas, annunciao Moacyr Piza:

Deixei de ser caixeiro.Como?Abandonei o meu emprego no

Commercio.

Então, o Luzitania foi a pique...Mesmo porque a Luzitania já

tinha ido desde a proclama ção daRepublica.

X.Frase do assucarado acadêmicona recente visita feita á Faculdadepor Emilio de Menezes:

Hontem, fez um calor torrencial,mas agora já está melhorando e denoite de certo vae fazer um bom dia.

O dr. Couto de Magalhães foi con-vidado a advogar as causas gramma-ticaes do «Diário Popolar».

S. S. respondeu que não é advogadode causas perdidas.

i *

Tu és o Gênio! Encontrei-te afi-nal! No Brazil nunca houve poetacomo tu!

Eram o Simões e o Olegario queestavam conversando.

Reflexão de um constipado:Isto já não é clima, é rape!

Pensamento posthumo - geographicodo Hermes.

Agora com a entrada da Itáliana guerra, Portugal está frito. Porquede certo para chegar até a Áustriaque é longe, o exercito dos bersaglieretem que atravessar por Lisboa e a

La_Madeira.

AliD';'%// PRAr- <*

EST. N7 NüdeCRD.

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fcfcC^^; fia*1 "mimj **M*** ' m^* mmmmí n ¦ 0 PIRRALHO

ar

* *

Consta-nos, á ultima hora, que o«Diário Popular» arranjou o Hermes

para melhorar o seu corpo de redac-

çáo. Parabéns!*

A Academia Paulista de Lettras emsessão secreta resolveu que quando oNuto SanfAnim morrer, não terá es-tatua; ergo não ficará sendo nadanas Lettras Paulistas.

J. J. — É isso, inveja! De certoqueria o Nuto que fosse dedicada aelle a estatua do Alfredo Ma ia.

* *

Diz o Aristeo que a AcademiaPaulista não é meio, é fim.

Como elles acabam mal!Os QUATRO JONGLEURS

GRflPHOüOGIfl

Agaeffielli

Vontade mais viva que forte. Exclusivismo,timido, tendo actividade de combate.

Altivo, egoísta Seus empreendimentos têmo deliri > febril, têm a eneivia do momento.Distrae se. Regularmente intelligente. Mo-mentos de generosidades e caprichos mal en-tendidos.

Zangado, tem a cólera. Natureza crédula.Gosta das tradicções. Tem a lealdade e afranqueza.

• ¦¦¦<• .. >, *

Henrique Daruley. Agilidade de espirito. Instincto diploma-tico. Convicções que se alteram de momentoa momento. Ouvindo os prós e contras; em-pregando todos os meios para chegar aofim que deseja. Natureza ardente e geniosa.Precipitado. Occulta sempre seus pensamen-tos. Temperamento commercial.

GatinhaSegunda carta;

única que não foi dissimulada.

Temperamentonormalisadò. Constante bomhumor. Acceita as boas e más impressões,com certa calma. Prefere o caminho semzig-zag. — Desejos de se elevar, distinguir-se.Certa perseverança em suas idéias. Sua sen-sibilidade parte do coração, tem sentimen-talidade e bondade. A maioria das vezes a

cabeça dirige o coração. Tem a doçura de-

baixo de todas as suas formas. Todas a

EMÍLIO DE MENEZES

pj fe:iSrjtSi-!^""^TOáK^ift^^^C^fe^^€^^3ra^yA*'-'.^.'À-i jf'¦•¦¦ ;: ¦¦*¦¦¦¦¦¦¦ ; '¦¦¦ ''¦>¦*' ^mmW^-: 'W.: r~'^^^&ÊÉ%3mmm\

O GRANDE ARTISTA DO VERSO POSANDO PARA O PIRRALHOCERCADO PELA ESTUDANTADA

impressões chegam harmoniosamente e gr a-vani-se docemente. Tem o trabalho do pen-samento, liga bem as idéias. E' lógica erazoável. Sabe assimilar idéias de outrostirando grande partido. Tem subtilezas esophismas. Tem épocas que sonha, perde-senas nuvens, tem phantasias, é alegre, sen-te-se feliz. Tem aspirações, attracção. Terámuito amor, amizade e benevolência. Mys-ticismo.

Myrian

Altiva. Realisação em seus emprehendi-mentos, se tivesse a força de vontade maisforte. Persevera em suas idéias. Continui-dade em suas acções e comprehensão nitidade seus deveres. Languidez e doçura. Intel-ligencia bem desenvolvida. Gosto pelas artes.Orgulho e fidelidade. Gosto aristocrata. Ele-vação e distineção. Amor do confortável.

Hollanda

Intuição maravilhosa. Instincto de dominio.Originalidade e cultivo. Perseverante. Remintelligente. Não conhece a generosidade.Tem tudo mechanico. E' inventiva. Vontadeforte. Não transige. Um tanto insocíavel.

M.He JunoImpressionável, cheia de emoções. Grandes

aspirações. Precipitada, anticipa todos os

seus actos, não esperando a opportunidade.Momentos de altivez, outros de obediência.Simplicidade. Ausência de vaidade. Mollesa,

doçura o muita languidez. Gosto esthetico,movimento sympathico. Intelligente e muitadocilidade sendo comprehendida.

Blanche Danestal

Complacente. Imaginação e enthusiasmo*Irresoluta, e timida. Cérebro timorato. Na-tureza delicada, sem energia. Orgulho. Al-tiva. Temperamento indolente. Muito leal,e sincera. Intelligente. Vontade fraca c in-constante. Um ideal preocupa seu espirito.

Remy de Gourmont

Grande esforço para o ideal, que nemsempre se realisa. Muita sensibilidade, mo-vimento aflectivo, pensa no objecto amado.

Quanto ao coração, egoista e orgulhoso. E'um sensitivo, um sonhador, naturesa extre-mamente delicada, melancólico, sujeito aidéias sombrias. Muito susceptível, masnada o impressiona, e resiste vivamente.Tem sentimentalidade e bondade. Temardor nos primeiros momentos, falta-lhe a

perseverança, reflécte, mede as difficuldades,

quasi chega a hesitar, de novo, volta-lhe a

coragem, e leva de vencida tudo quanto de-

lineara. Prodigalidade que se distingue. Au-

sencia de timidez. As vezes impaciente, muita

vivacidade, simplicidade, e originalidade.Cultura de espirito dando-lhe um caracter

quasi positivo. Esthéta, tem o senso critico,

ás vezes cáustico. Perspicaz. Procura impor

silencio ao adversário. Tem o sentimento

do dever, e uma reotidão moral. GranCO

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EUS ~— O PIRRALHO ZZ^=== lilpjS^,^,ww^^^^^ ii mi ¦- ,m^— ii-n iii i ¦ ^^^Bs^B^SSSS

de imaginação e eternamente preocupada.Intelligencia superior, muita arte, e muitaalma. Destaca-se pela originalidade, na ma-neira de sentir e querer. Disprende muitaenergia, que não sabe armasenar. Athmos-phéra sympathica e attiahente. Tem a in-tuição admirável podendo prever os acon-tecimentos. Expontâneo, e inspirado.

f\

CORNELIO PIRES EM1U0 de menezes

Acompanhada de uma grande ilha. Pro-tecção mystbriosa e nascimento

illegitimo

Senborita?

Temperamento fragilissimo. Inconstante,vontade fraca, sugestionavel, impressões ra-pi^jfcMnito intelligente benevolente e ge-neSKt. Não persevéra. Tom alguma origi-nandade. Resolução pronunciada para gostarde arte. Sente uma duvida terrível em seuespirito.

Henrique Silva

Endereçar as cartas á redacção do Pirralho,secção Graphologia, Caixa 1026.

A CAPITAL

Completou lia dias mais um anni-versario o brilhante vespertino "A

Capital.'5Ao sr. Freire e ao Tollens os nossos

effíisivos parabéns.

O poeta Oornelio Pires que aindaha pouco tempo fez nesta capital, pro-movida pelo Pirralho, uma serie deconferências humorísticas sobre osnossos caipiras, obtendo um ruidososuccesso, communica-nos do interioronde se acha, que organisou urna troupede caboclos genuínos e com elles virápor toda esta semana a esta capital

J3 partir do próximo mes deJunho " O pirralho" corr\ o mesmonumero de paginas, com caricatu-ras etc. custará 3oo rs.

fazer umas noitadas, fallando sobre osseguintes assumptos: Os meus cabo-clos __ Catira — Roda Morena e Corta-»j aca.

As danças e as cantigas serão des-empenhadas por quatro caipiras queOornelio apanhou ahi pelos fundos deS. Paulo.

Haverá "porfias e cantos" e deveser uma boa noite um sarau de Cor-nelio Pires.

A estréa será na próxima semana.

J9 partir do próximo mez de

JunJjo "Õ pirralho'' com o mesmonumero de paginas, com caricatu-ras etc. custa tá 3oo rs.

A casa do mercenário João Lagofoi assaltada por dois ladrões.

A policia não prendeu os assaltamtes baseada no proloquio de que, la-drão que rouba ladrão...

B'_ '?'"''''&\íciii$!F2?]ml' ¦M'«^'.--'"';.,Swi

píV. >• ¦»..¦.-' „'-V ¦">"»'¦'''¦'¦'¦'''¦'?-' '• ' •** * ."'¦'*¦¦¦"•: ; .' '¦»¦¦:¦¦'¦-¦ :<;%$

O] poeta ao sahiu da Faculdadede Direito.

J7 partir do proxirno rnez deJunho " O pirralho' con] o mesmonumero de paginas, com caricatu-ras etc. custará 3oo rs.

MOMENTO POLÍTICO

Drs. Rubião Júnior — Cardoso de

Almeida e C.rl Virgílio Rodrigues

Alves, na Rua 15.

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O PIRRALHO

AS CARTAS D1 ABAX'0 0 PIQUES

A Cunfrigaçó Oropeia cabo a " tríplice liança ". — A Lema-gna i a Astria cuntava prosa pur causa che teniaa Intalia. — A Intalia chi non é troxa, tiro o corpo.— Gada bersagliere vale maise di un 42 lemó. —

Qrandi derrotta astriaca. — Un grandi attacco diéreoplano. — Fogo na xaminé. — Cumbatto navalenu rio Pó. - A Intalia stá gagnáno. — Cumbattono Norte. — O Beppino Garibardi. — A tumada diBerligno. — Otras nutiça.

Cabo [antiontio prazo da tri-plice liança chetenia a Intaliac'oa Lemaena ic'oa Astria.

A guerre c'oaIntalia giá teniaincominciado asettimana passa-ta, cunformo nu-

tiças che 10 aricibí do Giolitti, ma o

pissoalo non stava con moita volontádi inscugliambá logo c'oellis pur causada tripice liança.

A tripice liança é una combinaçóche a Intalia fiz c'oa Astria i c'oaLemagna, segondo a quale quano unadas três tenia una brighia, as otratenia di intrá tambê.

A Lemanha c'oa Astria assí che

pigliáro a Intalia na liança, pigárologo de apruvocá a Francia che nuncafiz male p'ra ninguê.

Intó, tanto pruvocáro, tanto pruvo-caro che a Francia deu o brutto stri-limo i pigáro una brighia indisgra-ziata, ma a Intalia che non é troxané nada, tiro o corpo i dexó a Le-manha c'oa Astria sosigna nu imbro-glio. Ma illas, assí che viro che aIntalia deu u fora, pigáro di mandabiglietinho margreato p'ra Intalia, xa-mano a Intalia di garadura, di Giu-dase, di covardima, ecc, ecc.

Tantos disafore illos dizéro p'raIntalia, che a settimana passata aIntalia non guentó maise i mando unbrutto urtimato p'ra Lemanha c'oaAstria i a guerre fui diglarata.

Mas tuttasvia, come o prazimo daliança non tenia inda cabado, a In-talia non quize logo afazê una açómergima, ina anuona cauo a> ncmycni aóra illos vô vê di chi calibro é unbersaglieri!

Iscuita só os tiligrammo che io ari-cibi da Intalia.

Roma, 20 (speciali)N'un grandi cumbatto travado oggí

cli manha entri trintasquattro bersa-

glieri i dois astriaco, os astriaco furovirgognosamente dirrotado i fatto pri-sionieri.

Roma, 20 (speciali)Una quadriglia di éroplano du in-

zercito intaliano fiz oggi un «raddi»té a prazza di Zan Pietro i agiugóvaras bomba inzima da gaza d'unlemó chi mora lá.

As bomba apruvocáro un brutto in-zendio na xaminé du fugó.

Roma, 20 (speciali)Nutiças aricibida agurigna mesmo

du Piemonti digono che stá travadoun violento cumbatto navale nu rioPó entri un supri-dredinotti intalianoe quarantasquattro ingoraçatto lemó.

O supridredinotti intaliano stá leva-no vantaggia.

Torino, 20 (diretto)Nu cumbatto navale di oggi nu rio

Pó, o supri-dredinotti intaliano ficoc'oa pintura un pôco stragada.

Os ingoraçato lemó furo tuttos a

pique.

Roma, 21 (Stefano)Stá travato un violento cumbatto

na regió du Norte, numa frenti ingol-losale.

A linha di cumbatto é cumpridacome da Villa Marianna nu Belle-zigno.

Roma, 21 (speciali)Trentacinques bersagliere, çümãn-

dato do Beppino Garibardi, stó inmareia p'ra Lemagna, p'ra tumá Ber-ligno i oxiliá a vançada russa.

Si spera chi dentro di una setti-mana a Lemagna c'oa Astria stegiacumpretamente abatida.

Juó Bananére.

O meu amigo tinha uma natureza exque-sita. Não conseguia tomar a serio certascoisas. Por exemplo, o meu amigo nuncapôde ler, sem se rir — que o governo des-tacou o sr. F. em commissão para se espe-cialisar nos methodos da cultura do arroz...

Outra coisa que elle não supportava éraa leitura das secções de certos jornaes ondese vêem trechos como este: — Mr. olhoupara.M.lle e suspirou — ai I ai 1 — M.lle tóuteen rose — contrasuspirou — que tem ? Istodeixava-o doente por muitos dias.

Ora, de uns dias a esta parte, eu o vinhanotando mais irrascivel, neurasthenico. En-contrei-o hontem no Triângulo, defronte deuma agencia de jornaes. Interpellei-o comum gesto. Com um gesto elle me respondeu,mostrando os periódicos. Percebi que soffriamuito. Animei-o.

Que não devia se mortificar. Cada umnesta vida põe a sua felicidade em algumacoisa.

Em escrever tolices ? fez elle terrível.Como não ? Pois então você não admitte

que haja tolos?Que d gam tolices, concedo: mas escre-

vel-as?... Vê Você esta noticia theatral.A Philomena! Que artista! Ah I A Emmal

Oh I O Carlos Leal! Uh! E' de levar umvivente ao suicídio.

Mas Você acha que não são artistas demerecimento ?

Acho que o são; quero porem, que oelogio seja commedido...

Tive então um pensamento perverso. Tireido boso um exemplar do «Jornal do Pala-cio Theatro», e disse-lhe:

Você ainda não viu nada. Leia isto.O meu amigo tomou o jornal e correu os

olhos pela pagina. Passou a mão pela testa.Empallideceu, cambaleou, dobrou os joelhose cahiu como uma massa.

Nem tive tempo de amparai o. Accorreramcuriosos. Guardas acudiram. Veio a assisten-cia e o medico alli mesmo constatou a suamorte.

Piedosamente tirei-lhe das mãos cnspaoaso tJornal do Palácio Theatro». A phraseque estava mais a vista, a assassina, a queo victimára, fora esta:

— ... esta artista ó uma antipoda 1

18-5-915De Vitry.

- i-

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O PIRRALHO

— . ¦¦» . jg r»

"PIRRALHO SOCIAL 55

^u». »*M4Êtom*^*^'ma^^^m^^

Estevemagnífico,delicioso,adorável,como no ge-noro outroainda nãohouve, nes-ta terra e-ternamentematuta —ousamos di-

zer — o thé tango promovido nodia 13 de Maio, na Acclimação,por um punhado de distinctasmoças e rapazes de nossa elite.

O Bebo Casino estava trans-formado em encantador jardim,com as suas gardênias, magno-lias, lyrios e chrysanthemos, re-vestindo-se a ornamentação domais apurado gosto, dando as-sim agradabilissima impressãoa quem teve a ventura de lácomparecer. Dir-se-ia que o pa-raiso terreal se encontrara alli,tal a amenidade desse formosorecanto da Paulioéa, o encantodas cores, a magia das luzes,numa confusão maravilhosa como perfume estonteante que seevolava pelo ambiente.

A elite paulistana lá esteve,representada por grande numerode familias e cavalheiros danossa boa sociedade.

A festa, que começou ás láhoras se prolongou até por voltadas 22, em meio da maior ani-mação, do mais intenso enthu-siasmo e da mais viva alegria.Foi uma festa snpinamente chie,

*s

supinamente elegante, nada lhefaltando, nem mesmo essa sócia-bilidade, tão rara em nossomeio. Emquanto a orchestraexecutava o seu variadissimo

repertório de one-steps, valsase two-steps, pelo salão uma mo-cidade alegre e satisfeita se de-liciava em palestras animadascm animadamente dansava.

PA BRETANHAFlasci Bretão.ITlora no meu olhar toda a praia oasia€ tenho o mar dentro do coração.

€sta anciã de sentir, de eoocar, de oiperVida de pescador, üida honesta e sadiaQue só os que sdo poetas podem ter.

Brumas na alma, silêncios a acordar...Os meus olhos que sdo duas fontes de maguas,Sentem a suqqestdo que lhes impresta o mar.

Velas a me acenar um adeus branco das águas...

Flosci Bretão. . .ITlora no meu olhar a curoa das distancias€ tenho o mar dentro do coração

Sinto=o oibrando em mim nas minhas ancias

Ho meu ouoido soa um cântico profundo...C o mar que chora aos pés do oelho cães.Parece a grande, a immensa dor do mundoQue se ouoe um dia e ndo se esquece mais.

Vioendo um tempo bom nunca uioido,Deixo-me ir por ahi, na ephêmera illusãoDe ter saudades do desconhecido...Do mar, da Bruma... Cu deoo ser Bretão.

Olegario Marianno

Fizeram muito bem os moços

que promoveram o thé tango,introduzindo esse habito elegan-te e distineto em nosso meio;e festas como essa que levarama effeito — poderão ter a certe-za _ serão tão bem recebidas

quanto o foi o thé tango de 13de Maio. Destas columnas envi-amos um abraço a cada um dosmembros da commissão, pelogrande êxito da festa.

Eis, leitoras amigas e leito-res, as observações por nós fei-tas, através o nosso binóculo:

*« #

M.lles B., que chegaram um

pouco tarde, foram muito re-

questadas.Pudera, não 1 Quem não gosta

de dansar com moças chies?Foi esta a nota chie.

** *

M.lle C. D., aqueVa que tra-

zia um elegante e muito apre-

ciado casaquinho preto, esteve

incomparavelmente gentil. Os

seus olhinhos muito vivos tudo

viam, e ao seu espirito critico- finissimo espirito que elle é —

nada escapava.M.lle foi muito admirada, o

muita gente hoje ainda tem sau-

dades da festa . ..Foi a nota si/mpathiea.

*

M.lle N. J„ aquella encanta-dora figura, mignonne, elegantee graciosa, também foi ao tango,

Trento disse:— Te entro!

—o—

Verona, 20

O lago de Garda está guardadopor uma porção de guardas.

Telsgrammas Derretidos

Roma, 20

A Itália concentrou um milhão dehomens em Milão.

—o -

A população de Trieste está triste. Noticias do Tyrol dizem que di-_„_ versos tyroleses atiraram tiros no trem

Consta que o rei Victor Manuel q™ transitava de Trento para Trieste.

olhando para o mappa da região de

Catania, 20

Os jornaes de Palermo chamam o

sr. Giolitti de palerma.—o—

Em Catania os jornaes são unani-mes em metter a catana na Áustria.

—o— —o-

—o—

Paris, 20

Consta que o sr. Tittoni tem feitoesforços titanicos para que a guerrase declare.

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| lf^lfcü-—i^«Jnl i i mf '

O PIRRALHO

touie en rose, ame un grana, chapeau Uanc.

Mas m.lle não estava alegre como sempre

a conhecemos; pelo contrario, uma funda

ma^ua se reflectia nos seus grandes e tns-

tes°olhos. E houve quem se lembrasse, ven-

do-a assim, dos versos do poeta:"«Olhos tristes, vós sois como dois soes no

poente ! > ...

Foi a nota melancólica,

M.lle C. S., ioute en noir, avec un gra-cieux chapeau Uanc ... Como sempre, m.lle

foi admiradissima, pelos seus modos dehca-

dos, pela sua prosa agradável e pelos seus

predicados innumeros.Foi a nota graciosa.

*

M.lle D. D. A., en creme, avec un três

elegant chapeau noir. Apreciadora da dansa,como é, m.lle perdeu poucas contradansas.Eoasinha, amável e delicada para com todos.

Foi a nota da bondade.

M.lle C. B», toute en noir, gostou muitoe muito da festa. Dançou todas as contra-dansas.

Foi a nota do enthusiasmo.*

M.lles N., A. e F., en gris, avec un cha-

peau Mane. Todas muito quietinhas, inclu-sive m.lle A. M.lle A. quietínha assim?

perguntarão as leitoras. Pois,— « Foi a nota da surpreza. s

NO VELODROMO

Os nossos instantâneos

Aspectos do .togo e da auchibancaüa

* ** *

M.lle N. F., vi vert, avec un chapeaublanc. Quanto a esta m.lle., o nosso bino-culo não poude distinguir bem qual a nota

que deu. Parece-nos que— « Foi a nota amorosa.»

* *

M.lle L. F., en tango, timida a um cantodo salão, palestrando. Dançou pouco. Pare-ce-nos que esta

— « Foi a nota «esperançosa > .. .** *

M.lle J. P», en rouge. Também o binóculofalhou quanto a esta m.lle: não poude dis-

tinguir bem ...*

« *

M.lle Z. L., en noir, chapeau noir aussi,avec denx ailes Manches. M.lle também es-tava muito engraçadinha, e elegantementevestida, tendo dansado pouco, por prohibiçãodo papae ...

— « Foi a nota amável. >*

M.lle C. J., en Meu foncè, que tivemos o

prazer de conhecer durante a festa, muitocortêz e extremamente gentil.

— « Foi a nota da distineção. >

M.lle F. C, en Meu, avec un ehapeauMane. Vimol-a muito pouco, durante todaa festa.

« Foi a nota esquiva. »** *

M.lle H. R., en Meu, avec un chapeautrês elegant.

« Foi a nota elegante. »

Ttc -tf -y\sr

Mr. A. A., o mais popular acadêmico dedireito, dansando os seus originaes one-steps,e encabulando muito a gentil demoiselle

que o aturava. Uma outra m.lle, vendo-odansar assim observou:

«O A. pare?e até que anda catando pulgasno soalho ...»

-Tjc -yr "a^

Mr. H. M., muito smart, com o seu casa-

quinho de um botão, fazendo cortes a variasm.lles, muito clandestinamente, e isso por-que é quasi noivo...

Mr. le d.enr M. N. o primus inter paresdos nossos gentlemen, foi ao tango para ob-servar, apenas. Náo dansou uma só, muito

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O PIRRALHO ^^@e=3©

NO VELODROMO

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ESg '•^/'¦^*âyS?¥-vÉ?á^6í>. ¦UWJtATJitSJí Ü W BBai BrT&OBPff PB r* 3 *** '^'«^^¦'láíw^b^íímSr ^fc. Ba'- **' íT •*"-": '*¦''¦ •-'""'• 'A>- - ¦'-; '^ ¦'*,•'•"¦•- •¦¦...¦•;-¦; JaBB

suas Deusas, e ao depois, são vilmente tra-hidos... A sra. é injusta para com os ho-mens ! Elles também têm alma, também têmcoração, e infidelidade em amor, não é pe-culiar a elles. A sra. não vê que a lista dossuicidios por amor, augmenta dia a dia, eque semp.e os homens são as victimas?Percorra a estatística dos suicidios e vejasi é ou não exacto o que affirmamos.

Qual! Não entre para o convento. Docontrario, o convento será pequeno paraconter os frades que irão adorar a santafreirinha.. .

,>|^ àjc. >4^

Uma commissão de distinctas senhoritasda nossa sociedade se constituiu para o fimespecial de promover maiinèes chies, em be-neficio dos nossos albergues nocturnos. Aprimeira dessas festas se realisará amanhã,no salão Germania.

2ÍC ài& JSiC

Esteve magnifico o saráu litterario musicalpromovido pela nossa collega Cigarra. Ole-gario Marianno e varias senhoritas da nos-sa sociedade se encarregaram da parte lite-rara, dando-lhe grande brilhantismo. Ole-gario, delicioso poeta que é, arrancou vivosapplausos da assistência, pela maneira im-peccavel com que disse seus versos, Da partemusical se incumbiram Guiomar Novaes, agrande virtuose patricia, Celina Branco, aeximia violinista, o prof. Simoncelli e o ma-

ASPECTO DO JOGO E DA ARCniHANOADA

Os nossos instantâneos

-embora as meninas estivessem doidinhas porisso. Ora, doutor, não seja mau assim. De-

pois ... o doutor anda em certa Berlinda...Cuidado.. .

^K. «fa. ./Jv

Mr. O. N. foi á festa dernier cri. Cartola,luvas grís-perle, frack, e tudo mais que asua proverbial elegância requer. Muito gen-til para com as moças, e gentillissimo tam-bem para a marmanjada amiga do buffet.

¦^TT '>K '^N

Mr. K. M B. ou B. como é mais conhe-cido no nosso meio, foi muito elogiado peloseu bom gosto, na ornamentação do BébéCasino da Acclimação. Aliás, de ha muitoque sabíamos que mr. tem uma alma demoça ...

átc àfe. áfc.Mr. "W. C. esteve extraordinariamente

amoroso. Ouvimos varias phrases de mr.,doces, muito doces, pronunciadas no ouvido

•de m.lle..,,,~TT -*F ir

Em tempo:M.lle L. V. toute en blanc, como sempre,

linda como os amores ...— « Foi a nota da belleza ...»

M.lle anda agora com a idéa fixa de entrarpara um convento. « Quero despedir me domundo — dizia me ha pouco — porque ellenão tem mais atractivos para mim, e eu na-da encontro nelle que me possa consolar.

Imagine o sr. uma creatura como eu, quesentiu uma vez na vida palpitar o seu co-ração, intensamente e extraordinariamente,e que não teve a ventura de vêr o seu grandeamor correspondido .. . Imagine. Estou de-silludida. Os homens são creatuias vis, semalma, sem coração, sem sentimento de espe-cie alguma; e livre-nos Deus daquelles quepossuem o condão da sympathia, porqueesses nada mais são do que uns hypocritas,munidos de armas com que dissimulam tudo

quanto têm de maldade, de perversidade.Não acredito nos homens, não são since-

ros, não são leaes; mentem, fingem, diesi-mulam para satisfazer ao seu egoísmo...»

Qual m.lle: A sra. é muito injusta paracom elles. Pobres dos homens! Infelizes doshomens, que não raro se sacrificam pelas

^^'^^^m^^^^BaBEM^1>''-t •' Jy^Bfc Bfc&frAcima M

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_____HHÍ—O PIRRALHO

l.ii':

estro Oswald. Não é preciso dizer quetodos deram magnífico desempenho á partemusical, porque são nomes bastante conhe-

cidos em nosso meio artístico.Foi realmente esplendida a festa da Ci-

garra.He He üe

M.lle Duícissima:

Não tenha medo. Obrigados pela conside-ração. Nada respondemos. Picou zangada?Porque ?

_2 Si- -iL

PERFIL

M.»e T. B.

E' «mignonne» e cheia de graça. A suasilhouette delicada e mimosa, lembra-noaessas coisas raras de arte que a gente temmedo de tocar, ou uma flor muito delicadae gentil que a gente tem medo de colherda haste e fazel-a murchar.

E' morena. Cabellos castanhos e olhosmiudinhos e da mesma côr. O corpo é dei-

gado e o penteado a grega da-lhe o portede uma princesinha encantada. Na ponta da

orelha tem encravadas duas pérolas e no

dedo annular de uma das mãos, uma turma-lina clara, como a esperança que lhe habitao coração.

No passador que lhe prende os cabellos,falta uma pedra das muitas que elle possue.

TJza sempre sapatos de verniz com peitode camurça branca e nota-se nas suas vestesa predilecção pelo azul marinho e pelas gol-Ias «medicis». O seu passinho é ligeiro e

miúdo, gracioso e gentil. Gosta muito defaliar com as amigas pelo telephone e adoraas revistas.

Lê todas as de S. Paulo e do Rio e aos

sabbados, antes do café matinal, já tem von-tade de ler o Pirralho. Deste, lê até os

annuncios.Dança muito b;m, tem uma aprimorada

educação, é filha de um distincto magistrado,freqüenta o Concórdia, é encanto dos salõese tem sua vivenda engastada em bella Ave-nida ... paulista.

Ruy Blas

de caricias a alma, banhando-me na luz dos

teus primeiros pensamentos nesta terra e o

sol se foi. Ha dois dias, não recebemos os

beijos quentes do grande Astro...Só encontro uma explicação no fundo do

meu espirito excessivamente contemplativo,

para esse capricho da natureza.E' que da tua mimosa carta por mim

hontem recebida, de onde tanta luz irradia,«luz que melhor aquece» aquecer que tanto

bem me faz, bem que é inaudita ventura,

ventura que me deslumbra, deslumbramento

que me desvaira, desvairamento que me faz

amar-te com a sinceridade que é só minha,

máo grado as insinuações dos lôrpas e as

diabruras do teu blue devi!, da tua carta me

ficou uma amarga philosophia.«Vinga-te! é a revanche». «Desde o co-

meço do mundo, pagam os innocentes pelos

peccadores. Vinga-te!» «Os homens todos

são iguaes, mudam de nome... nada mais...»Como é má, essa tua convicção!

A perversidade não é digna de ti, minha

Querida. Ouve este conselho que te dá o

mais amoroso dos teus amigos. Vencem os

que pagam o mal com o bem e nunca os quetrucidam innocentes, vingando se de um

peccador inatingível. Mata meu Amor, mata

quanto antes, esse terrível diabi ête que em

ti habita ... Não o obedeças mais. Liberta-te

que a escravidão a esses máos preconceitosnão pode ser uma das características do teu

temperamento tão bom ! ... Ademais, tudo

isso é frueto de que ? De uma phrase que-um reles conqustador profissional em esta-

ções de águas, te atirou malevolamente, tal-

vez por elle decorada de alguma folhinha

de parede.. . Não vês accaso que o despeito

o inspirou e que a tola sentença por elle

dada visando ferir-me, a ti te fere também ? í

As tuas cartas não me vêm cheias de phra-ses lindas ? ! Dahi portanto devo eu duvidar,

da tua sinceridade ?Não e não o faço. Julgo-te por mim. O

que te escrevo, sae-me da penna de um

jacto. É como se eu comtigo conversasse.

Esta ó a verdade, quer creias quer não. Um

dia te scientificarás disso. Agora, digo-te eu:

detesto a intromissão de um terceiro-nas

nossas adoráveis causeries, por isso, olvide-

mos esse incidente da tua vida que tanta

niíigua traz ao teu... conselheiro e amigo..

Acredito que nada fizeste com intento de ...

não concluirei.Que culpa tem a flor ao ser beijada pelo

pássaro azul dourado ?É só. Adeus. Com muito affecto e since-

ridade, o teu com alma e coração

AZAMBUJA.

L'age (Targent marca a épocaem que os homens começaram a per-der a innocencia.

É a época do Lage.

•T EMÍLIO DE MENEZES

CARTAMyriam, minha Cara Amiga.

Recebi a tua carta. Nella não sei o quemais admire. Tudo é interessante, tudo co-

lorido, tudo vivo, talvez vivido com ardor,

tudo despertou em mim uma porção de pen-samentos bons que do meu cérebro em re-

voada se foram para junto de ti.Escrevo-te num dia orpháo dos beijos do

sol. Sempre caprichosa a natureza! Che-

gaste. Vieste como sempre inundando-me

r ¦*,-- '^Bi ? m _Ebjím*3 t *^Lf*w*"' ¦' ¦ ücli^-- _b 1 ___H--^Pp XCH ^__h * *y ' —- >- ¦ ~J &*~tfjBMoWB ' __BhÉ£i_H^**t ¦£'! xK99 ,9 ^IEp¦Q _l_ ' _*V' EjÍMvSSí*<"* '" ._ * , JK_ :_j!__l __K _¦ ¦'*?•¦' t* ______ * ' wlfrrtmt Kb9££33S^mAji^* __1 iTlllrr ^_H

'^£9 l«_','?*>,f rfí_ítò'*?í*_ B T____t"** __¦_¦_,_ £* '* iK ¦¦ am\ _H__ ft_^ ___ r__ív ^IBM _*9iPÇ3 __P^\TWV_L^ ^¦¦¦íf_!Q_.wÍ_Kí' '^H __*___„¦ a__HI _fl_ BsWir " •* ""—*~ —"1 KW 1B_ M\Ji Wm\ SSC

__P ^¦¦^¦¦__P^^*||&^r'i^*3^'*^_-"_^ E^-v *~ '_ifc*_2f '§Â5^_~ .'^'^^^Smmmmm^i'i^^^^SmmKm^^Á'^mT^^^'' ~- -^-'J^Ph>,~- •¦¦ "¦

]

BeSFONDBNDO Á SAUDAÇÃO QUE LHE FOI EEITA NA FACULDADE DE DlEEITO,

Emílio faz vibrar e faz rir a mocidade acadêmica

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ÜBr= 0_HRRALHO ~^=|3Íu . .. -

<^ f5^>

ENVELHECENDOInédito nara "0 PIRRALHO"

^~^s^^M^ ^

AO DOUTOR

JOSÉ PIRES BRANDÃO

\JS^V*= ?;

Tomba ás uezes meu ser. De tropeço a tropeço,Unidos, alma e corpo, ambos rolando oao.Ç! o abysmo e eu ndo sei se cresço ou se decresço,fl' proporção do mal, do bem á proporção.

Sobe ás oezes meu ser. De arremesso a arremesso,Unidos, estro e pulso, ambos fogem ao chão,6 eu ora encaro a luz, ora á luz estremeçoSem saber onde o mal e o bem me leoarâo.

fim, qual delles será? Qual delles é começo?Prêmio qual delles e'? Qual delles e' expiaçâo?Por qual delles oentura ou castigo mereço?

»•

flnte o perpetuo sim e ante o perpetuo nâo,Do bem que sempre fiz, nunca encontrei o preçoDo mal que nunca fiz, soffro a condemnaçâo,

•fefel __E

- r-auã& ('

Maio 915 EMÍLIO DE MENEZES

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in i -tit mÊOÊimmmâmm^ttt IT -I Tir llln

-iri ~'ii m

W-üC ""gr—*— ——'*——********—*""——™

QB=3O PIRRALHO

SP-1

"Pirralho" Carteiro^—^_^

Mr. Jairo de Góes:Ha aqui uma carta.

Queira procural-a.M.,!e Tagarella: Ee-

cebi sua amável earti-nha e apress o me em en-viar-lhe as minhas boasvindas. Naturalmenteelle irá ás corridas a-manhã. Ao seu dis- 1

por ...Mr. Murillo de Oli-

veira: (Santos) A sua

parodia está interes-sante. Em tempo op-

portuno será publicada na nossa sessão de

sports. Obrigado.^Leoncio: O seu nome e o seu espirito

nos lembram o preto de igual nome que

encheu de risos as velhas rodas acadêmicas

de S. Paulo. Parabéns. Muito gratos.Mr. José Arantes: (Batataes) Custa 20.

O homem dos havanas diz que podes man-

dar para cá mesmo a importância. Muito

seu amigo sempre.Domingues aqui está ainda. Adeus.

M.lle Sebastiana: Bom dia. Ainda está

muito curiosa com a historia da carta alias

antiga, que recebi ? E' muito sem impor-

tância. Felicidades.M.lle Gaby: Amanhã, dou-te o que pro-

metti. Comtudo quero que guardes reserva,

para que não me julguem vaidoso.M.lle Brigida: o telephone é muito in-

discreto. Ás vezes as linhas estão cruzadas

e tudo se ouve. Por isso, tome cuidado.

Ouço sempre palestras suas.Adeus. Venturas mil.M.lle Linda: Perdoe-me. Tenho a vista

muito má e é sempre com muito sacrifício

que de longe reconheço as pessoas. Por isso

custei a saudal-a.Zizi: Então, como vae? Não a vejo ha

tanto tempo?! Venturas, paz e,.. amor.

Adeus.Myriam: A minha jarra branca está sem

flores desde o dia 31 de Dezembro..Coitada! Anda triste!... Não seria agra-

davel ao menos meia hora por semana, uma

conversa nossa pelo telephone ? Si quizeres,darte-hei instrucções. Adeus. Espero agora

mais pontualidade nas tuas noticias.

Dolly: Felicidades. Saúde. Calma. Viva

o seu feliz temperamento.Ninon: Não é possivel que a minha ul-

tima carta a tenha desgostado. Por isso,

estranho a falta de noticias suas esta se-

mana. Que ha? Adieu.Mr. Tavares: Já fiz entrega ao nosso

graphologo. Verá. Giato e ás ordens.' M.me Dolorosa: Também a sua. Com o

nome trocado como está, ninguém suspeitará

nada. Eecommendo-lhe a leitura do estudo

que no numero de hoje elle faz da calligra-

phia de Kemy de Gourmont que é este seu

creado, sem que o graphologo soubesse. E

só. Saudades. Já veio. Boa como sempre.

Mr. Felisberto: Não é do Emilio. De

outro talvez. . .AZAMBUJA... Administrador

Palcos & Fitas

fifl

mmRejubila-se uma re-

vista carioca pelaspromessas recentes doTheatro Nacional.

Diz a graciosa col- f*^;lega do Pirralho queo Trianon da AvenidaBio Branco, tornou-seo ponto preferido do

publico chie, da platéa __________„que não aprecia revistas. Em breve o Pathéabrirá suas portas ao publico com uma no-va troupe de que são primeiras figuras Leo-

poldo Fróes, Lucilia Peres e o commenda-dor Mattos.

Alegram-nos essas noticias que vem nos daranimo para proseguir na cruzada de concor-rer para creação de um theatro que seja aexpressão de nossa cultura artística.

Que diabo! Caltura artistica também não ésò ouvir musica e assistir conferências...

Não achamos muito justa a allusão dacollega ás revistas. Ha revistas e revistas.

A platéa de S. Paulo aprecia revistas. Pre-sentemente temos o exemplo do «31» noPalácio Theatro que chegará ao cincoente-nario.

Ha em S. Paulo uma platéa, gelosa dos

seus créditos, do seu nome, retrahida e des-

confiada como o caboclo brasileiro que não

pisa em ramo verde. Conheço de perto essa

platéa desde 1912, quando ella accorria ao

Sant' Anua parra ver o Arruda, o Taveira

o Edmundo Silva, a Benevente, nos « Estra-tagemas de Arthur > no «Tiin Tim>, no

«Primeiro marido de França». Fechou-se o

Sant'Anna para ser demolido e ceder o lo-

gar ao bello viadueto da rua da Boa Vista,

que hoje todos admiram.Mais tarde surgiu no Bijou Theatre a

tvoupe Leite e Pinho ( edade de Ouro do

Bijou) com peças pequenas, engraçadas e...

nacionaes.(!)A assistência do Sant' Anna para alli corria

en foule disputando aos empurrões um lugar-

sinho no salão. A Avenida São João, quetodos admiram, obrigou o Bijou a fechar-se,

a sumir-se.A minha platéa retrahiu-se de novo e rá-

ro dá signa 1 de vida. Companhias naeionaes

têm aqui estreado, feito temporadas longas,

sem conseguir atrahil-a.

Nas estréas aparecem batedores, em reco-

nhecimento, . . ella, porém deixava-se ficar

em casa.Não pensem que eu fallo dos que enchem

os theatros nas companhias de opereta ita-lianas. Essa não é a platéa de que fallo.

Essa compõe-se dos que entendem italianoe dos que fingem entendel-o, pelo que dão

gargalhadas estrondosas a uma gracinha pe-quenina assim que diz o Bertini. Não é a

que vae ao theatro por snobismo porquerepresenta a Marthe Regnier, o Novelli ou

o Stracciari.A minha platéa está em casa em chinelas

esperando alguma coisa que valha a pena.Tem sabido um pouco para o Palácio The-

atro, mas metteu-se de novo em casa. Espe-ramos vel-a breve no S. José para assistir

á representação de uma peça genuinamentepaulista, de auetores naeionaes e por genui.¦nna onfnvna naeionaes.

Palaee Theatre

A revista o «31», augmentada com mais

um quadro — Os aliados — continua no

cartaz parecendo-nos que chegará a cincoen-ta representações.

Do novo quadro dão relevo aos seus papeis— Irene Gomes — França; Margarida Vello-so —Servia—; Çarmen de Oliveira —A

peste-; — Salles Bibeiro — Kaiser- Jay-

me Silva -Portugal; e, A' Gomes -Iugla-

terra:Esta semana será levada á scena a revuet-

te «O Paiz do Sol > de Carlos Leal.

Apollo.

Optimos programmas têm sido organisados

pelo Pery e Torino. Deu-se quarta-feira a

estréa do campeonato de lueta greco-romana.

São Paulo

Esplendidas soirées as proporcionadas ao

publico pela empreza Fortunato de Andrade

& Irmão. Bellos films, bôa orchestra e esco*

lhidos números de variedades constituem os

espectacnlos daquelle Theatro.Tem cantado actualmente alli Lola Sal-

gado, aplaudida cantora italiana.

J. Felizardo

Papelaria Define

DEFINE & COMP.RUA FL0RENC10 BE ABREU, 88

-— Officinas e Deposito K 70ToUfnno fia? -*«- Caixa. 544

S. PAULO

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rt* 11Firrâino no RioAnno I RIO DE JANEIRO, Sabbado 22 de Maio de 1915 N. XVIII

0 estado actual das letras no Rio de Janeiro

Em qae se oeeapam os intelleetaaes eaHoeas

" O Pirralho... no Rio" ouve os expoentes da nossa cultura litteraria

Respondem Affonso Celso e Carvalho Guimarães

Rio, 14 de Maio de 1915Illmo. Confrade e Amigo,

Procurando satisfazer á sua amávele instante solicitação, respondo syn-theticamente ao questionário que medirigiu.

Sinto não lhe poder enviar desen-volvida exposição: impedem-m'o mui-tiplos quefazeres.

Qual o estado actual das lefras noRio?

Julgo que não é peior nem melhorque o de outros grandes núcleos depopulação, excepção feita das velhasmetrópoles do pensamento humano,nas quaes, aliás, a guerra determinouquasi completa paralysação literáriae artística.

Não existe hoje, no mundo inteiro,um gênio literário de universal e in-disputavel autoridade, como outroraVictor Hugo ou Tolstoi. Parece domi-nar, nas letras como na politica e navida social, uma espécie de nivelaçãodemocrática.

Entre nós, estuda-se. trabalha-se,produz-se, mais do que se pensa e sediz. O ultimo Congresso Nacional deHistoria mostrou que numerosos talen-tos se applicam a este austero ramoda actividade mental, dando a lumeobras de valor.

Poetas como Hermes Fontes; publi-cistas como Victor Vianna; romancis-tas como Afranio Peixoto — para sólembrar alguns autores de recentespublicações, patenteam que não nosfalta capacidade nem applicação.

Tem obras êscriptas ou a sahir ?

Sim; tenho promptos, a serem en-tregu?s ao prelo, um volume de eon-ferencias literárias, um de assumptospoliticos, um de assumptos catholicose uma collectanea de versos religiosos,intitulada "Lampejos Sacros," de cujaedição se encarregou a beneméritatypographia dirigida pelos PadresFranciscanos, de Petropolis.

,'VírV1rt^)^r-n»Vv»rt^-«^'ító»w'>-r*'^:;'- y^jJB IM

Sobre novos livros e projectos lite-rarios, cumpre-me informar que estoureunindo materiaes para escrever [umaampla biographia de Meu Pai, o Vis-conde de Ouro Preto, a qual abrange-rá extenso período do 2.° Reinado eda Republica, de 1859 a 1912, tratan-do especialmente de factos capitães

,ii ¦f-/"a i"t"T ?/>¦») /"vem que qííq interveio, como:ra do Paraguay, evolução econômicae financeira, abolição do captiverio emudança de instituições, sem excep-tuar os 23 annos em que, mantendorara coherencia e dignidade, labutousob o reghnen estabelecido pelo "e-

xercito e armada, em nome da Nação."Para levar a efeito essa obra, que

seria a mais importante da minhavida, preciso de tempo e de recolhi-mento. Não sei si Deus m;os concede-rá, na existência afanosa que tenho,como Presidente da Equitativa, Pre-sidente do Instituto Histórico e Geo-graphico Brazileiro, Director e Pro-fessor da Faculdade Livre de ScienciasJurídicas e Sociaes do Rio de Janeiroe collaborador, ha longos annos, quasidiário, do "Jornal do Brazil."

Estou cuidando da reedição de ai-guns antigos trabalhos que se esgota-ram, como "O Invejado," "Aventuras

de Manoel João," " Oito annos de Par-lamento," "Trovas de Hespanha,"" Guerrilhas," " Contradictas Monar-chicas," " Assasinato do Coronel Gentilde Castro," etc.

Com toda a estima e apreço, subs-crevo-me

D. V. S.ydor C.d0

Conde de Affonso Celso

Que diz do estado actual das lettrasno Rio?

— Seria criar inimigos, procurarodiosidade para o meu nome, se eudissesse toda a verdade sobre o que

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.;*<•»»« *»>.JJ£U«; \

O PIRRALHO... NO RIO l jfiy

penso do nosso meio intellectual. Oque tenho visto, estes últimos tempos,e observo todos os dias, é uma injus-tifieada desbarmonia entre os homensde lettras. Atacam-se uns aos outros,sem motivo, levados, ás vezes, pelainveja e, quasi sempre, pelas questõespessôaes. Isso cleprehende-se mesmodas opiniões emittidas por muitos es-criptores.

Uns acham excellente o estado ac-tual cias nossas lettras, outros acredi-tam-n'o simplesmente desolador . . .Divergência de opiniões, ou talvez oexcesso da vaidade balofa, da preten-

da geração de que fazem parte Coe-lho Netto, Arthur e Aluisio Azevedo,Sylvio Romero, Alberto Torres e mui-tos outros, bem poucos escrevem cousasque se possam ler sem um gesto deindignação. As suas obras são peda-cos inteiros de Nietzsche, paginascompletas de Eça, compilação infamede Victor Hugo.

Os poetas que actualmente estãosendo glorificados pelos jornaes menosescrupulosos e que jà se julgam nomesfeitos, são victimas inconscientes dassuas fofas pretenções.

Nota-se, presentemente, em muitosdos que se dizem «consagrados», apreoecupação única de querer fazeracreditar que os seus nomes ficaramum pouco conhecidos, naturalmente,pelo seu valor, e não pelas encom-mendas louvaminhas dos jornaes.

Manifesto engano o dos que assimpensam...

Estou plenamente convencido deque a actual geração litteraria é aque menos se poderá destacar. Muitostêm sido os livros dados à publicidadedeixando ver, apparentemente quevamos progredindo em litteratura. É,no emtanto, uma phase apagada, estaque atravessamos.

Expliquemos. A moderna geraçãolitteraria é composta, na sua maioria,de rapazes sem imaginação, sem racio-cinio, incapazes de produzir uma cousasua, produeto inteiro cia sua, inspiração.

Lêm muito Veria ine, Eodenbach eoutros, tomam as suas idéias, trans-formam os seus versos e começam a,publicar livros e mais livros, impin-gh\do-nos uma porção de cousas quenão dizem cousa alguma, pintando-nospaysagens que não temos, transpor-tando scenas europeas para as nossasflorestas selvagens. E dahi o desço-brirem aqui, para os seus versos, osvitraes, as montanhas de gelo, as coto-vias e os canaes.

Não se encontram, nos seus livros,idéias novas, nem pensamentos bons;são um amontoado de palavras quenada significam. Isto quanto aos poe-tas. Fallar dos prosadores seria affir-mar a existência de muitos. Depois

V-'" 69

Enchendo as "suas

producções depalavras, as quaes o povo precisaconsultar os diecionarios para as en-tender, preoecupando-se exclusivame-te com a Forma e, na anciã incon-tida de muito produzir, têm que fa-talmente, desapparecer com os seusversos bombásticos.

Desde que me entendo, que ouçodizer que os poetas não são consa-grados somente pelos lettrados. Torna-se necessário que os seus trabalhossejam lidos e comprehendidos pelopopulacho; que os seus versos vivamcantando, tanto na bocea do litteratocomo do carregador ou ainda do rou-ceiro. Só assim se comprehende a

glorifi cação.Na Grécia antiga os poetas eram

consagrados, laureados pela multidões,nos comicios nas praças publicas. Erao povo quem os tornava immortaes.

Agora, aqui, quando um rapaz pu-

blica um livro e tem uma roda deadoradores que lhe fazem elogios, ellejá se considera immortal e, com in-tuitos iconoclastas, ameaça destruiro anti-estetico edificio do Syllogêo,chamando múmias os verdadeiros im-mortaes.

A verdade é que os poetas actuaes,com raras excepções, têm que dasap-parecer no esquecimento, com os seusversos, com a sua geração.

Alguns annos depois poucos serãoos nomes lembrados na litteratura domomento actual. Ninguém se lembra-rà de ler, mais tarde, um livro demuitos dos poetas que eu conheço.

PpTian oue o verso para ser bomdeve ser, primeiro que tudo, inspirado,simples, corrente, ao alcance de todasas intelligencias, para que possa ficarna alma do povo.

E isso não vemos nos versos dealguns livros que por ahi andam aenfeitar as "vitrines" das livrarias.

Positivamente, não é bom o estadoactual das nossas lettras...

Tem obra escripta ou a sahir?Pretendo dar, este anuo, um li-

vro de versos — Sombra paga.Incluirei nelle todos os meus tra-

balhos, em verso, de 1912 até agora.Tenho outros escriptos, mas só os pu-blicarei mais tarde. Entre elles estáO futuro da America, poema patriótico.

Pode dizer alguma cousa sobre seusnovos livros e sobre seus projectosliterários?

Presentemente, trabalho em va-rios livros. Quasi prompto tenho umde versos — Elogio da Vida.

Estou concluindo um livro de versoshumoristicos em que traço o perfil demuitos homens conhecidos, não só na

politica, como nas lettras. Denomi-nei-o — Cem figuras.

Em elaboração tenho — Floresta,

poema sertanejo em que procuro can-tar as bellezas da minha terra. Outropoema Arvore, historia de um Cajueiro.Ha por ahi ainda, publicados nos jor-naes e revistas, d'aqui e dos Estados,muitos artigos meus, chronicas, versoshumoristicos, e fantasias que eu não

pretendo reunir em livro.E só, Carvalho Guimarães

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