Jornal Pinzio DIA20 - Nº 10

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    JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PÍNZ

    ornal Nº10 – Abril 2016

    HOMEM DE SORRISO ABERTO… DE CASA PAROQUIAL… A CONVENTO FRANCISCANO…Recordando Joaquim Miguel

    O Quim teve uma multidão a

    acompanhá-lo, como nunca seviu em Pínzio. A sua partidaprovocou em todos emoção eexpressão de sentimentos, quenem os menos sensíveisconseguiram conter. Toda estagente que se deslocou a Pínziopara o acompanhar no

    momento que ninguém queria viver, certamente sedeve à sua forma de estar na vida, ao seutemperamento contagiante e mobilizador.A sua espontaneidade e alegria de viver, ajudou a

    integrar todos os que se iniciavam na escola demúsica e na Banda Filarmónica, principalmente osmais tímidos, que rapidamente entravam nas suas“brincadeiras”.Ficarás para sempre na nossa lembrança…

    A casa Paroquial de Pínzio foi uma obra construída pelos habitantes destaaldeia há cerca de 40 anos. Serviu de residência ao pároco da paróquia, quelogo após a sua saída, se pensou em fazer um arranjo superficial. Mas

    verificou-se que havia necessidade de uma remodelação muito maisprofunda na habitação. Tudo isto só foi possível graças à boa vontade detodos…

    UM LUGAR COM HISTÓRIA PARIS – Café e RestauranteO primeiro dia de abertura foi a30 de novembro de 1959, dia dafesta de Santo André e feiraanual, em Pínzio. Fez nesse dia aquantia de 300 escudos… Umafortuna para essa época. Durante

    11 anos manteve-se no mesmolocal.Em 1968, após adquirir umterreno, iniciou obras para onovo estabelecimento com maisespaço e melhores condições. (…)

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    JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PÍNZIO

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    Agradecemos desde já todos os colaboradorespermanentes e às pessoas que já quiseram daro seu contributo.É certo, que o jornal DIA20, só será umarealidade, se houver pessoas que quiserempartilhar connosco as suas vivências, crónicas,fotos ou mesmo pequenas histórias reais ounão. Por isso ficamos agradecidos a todos quequiserem participar. Basta, para isso, enviaremos vossos textos para o seguinte e-mail: [email protected]

    ASSEMBLEIA GERALMadalena Cabral Sócia nº111 – PresidenteJoaquim Gonçalves Sócio nº1 – Vice-PresidenteJorge Monteiro Sócio nº10 – SecretárioJoaquim Santos Sócio nº24 – SuplenteJosé Almeida Sócio nº23 – Suplente

    Victor Pina Sócio nº41 - Suplente

    CONSELHO FISCALLuís Gonçalves Sócio nº15 – PresidenteLurdes Monteiro Sócia nº35 – RelatorLuís Cabral Sócio nº33 – SecretárioAnabela Fortunato Sócia nº22 – SuplenteManuel Pires Sócio nº10 – SuplenteAbel Lopes Sócio nº69 - Suplente

    DIREÇÃOJorge Pires Sócio nº4 – Presidente

    Lisete Cardoso Sócia nº36 – Vice-PresidenteCelestino Vilar Sócio nº11 – TesoureiroMárcia Parada Sócia nº56 – SecretáriaLuís Marques Sócio nº67 – VogalRicardo Martins Sócio nº168 – SuplenteDina Lopes Sócia nº157 - SuplenteElisabete Teixeira Sócia nº57 – SuplenteCarlos Monteiro Sócio nº2 - SuplenteErnesto Gonçalves Sócio nº62 – Suplente

    CONTACTOS ÚTEISNúmero Nacional Socorro……………….……..….112Junta Freguesia de Pínzio……………...271 947111Posto Público de Pínzio……….……..…271 947131GNR Pínzio ……………………………..…….271 947183Farmácia Modena Pínzio……………..…271947257Táxis de Pínzio…………………..………..…271947182Pároco de Pínzio …………………….……..964636480Correios de Pínzio …………….…….….…271 947111Centro Saúde Pínzio………….…………. 271 947220Credito Agrícola……………….………..….271 947850Centro P. M Fátima (Lar)………….……271 940010Centro de Saúde de Pinhel ……………271 413413Câmara Municipal de Pinhel ……..….271 410000Repartição de Finanças Pinhel…….…271 412281Bombeiros de Pinhel …...……………….271 412211EDP Guarda ………………………………….271 004400ULS – Hospital Sousa Martins ……….271 200200C.R. Seg. Social…………………….………..271 232600PT Telecom ………………..………………..271 208300

    MENSAGEM DO PRESIDENTEE o mau tempo que teima em não nos largar. Espero quequando chegar a altura de ler mais esta edição do JornalDIA20, o mau tempo já seja coisa do passado.

    Nesta edição nº 10 do Jornal DIA20, continuamos o nossocaminho… caminhando! Ou seja, divulgar a nossaFreguesia e levar notícias bem longe.

    Pelo lado negativo, realçaria o desaparecimento do nosso amigo Joaquim Miguel.Nunca é fácil vermos partir amigos, mas da forma como ele nos deixou, custasempre mais! Todos os que, convivendo mais ou menos com ele, ficámoschocados com a triste notícia. E para que ninguém ficasse com dúvidas da pessoaque ele era, a multidão que se junto na última despedida, foi prova disso.

    Pelo lado positivo, realço a nossa participação na Feira das Tradições deste ano,onde divulgámos em primeira mão o novo projeto que esta Associação está adesenvolver. Estou a falar concretamente do projeto Green Cork. Vejam porfavor atentamente, mais detalhes nas páginas centrais deste Jornal.Não tenho duvida que este será, mais um projeto que encherá de orgulho anossa gente e que levará o nome da nossa Freguesia bem longe, de formarespeitável.

    Também chamava a vossa atenção para a importância das atividades que asAssociações e mordomias estão a planear realizar. A ADAP, a Associação Cultural,a Associação dos Caçadores, as diversas mordomias (S. Sebastião e S. André) e acomunidade religiosa, têm uma alargada oferta de atividades ao longo do ano.Da nossa parte (entidades) tentaremos que as atividades não se dupliquem nemcoincidam, pelo contrário, que se complementem.E não se admirem se nos virem ajudar uns aos outros! Este é que é o caminho!

    Este ano, penso que neste domínio, já estamos todos um pouco mais alinhados!

    Mas chamo a vossa atenção, para que participem nas atividades.Muitas vezes ouço pessoas e comentários que em Pínzio não se faz nada ou sefaz pouco, e isso preocupa-me sobremaneira. Aliás, fico muito preocupadoporque, das duas, uma; Ou as pessoas têm algum problema de visão ou entãosão mal-intencionadas. E ambas me preocupam!

    Critica-se (sem razão) que não acontece nada! E quando acontece, as pessoasnão participam! É preciso ter muita paciência!

    Aproveitem enquanto ainda houver pessoas com vontade de andar nestas

    andanças!Vemo-nos novamente na 11ª edição deste Jornal DIA20 em Agosto.

    FICHA TÉCNICA

    JORNAL DIA20Diretor: Jorge PiresCoordenadora: Madalena Cabral Editores: Jorge Pires, Lisete Pina, Madalena Cabral e Daniela ToméSede: Associação dos Amigos de Pínzio, Rua da Pontinha, nº 26, 6400-069 PínzioE-mail: [email protected] : www.facebook.com/pages/Associação-dos-Amigos-de-PínzioPeriodicidade: QuadrimestralDesign e Paginação: Gabinete de Comunicação e Design CMPImpressão: Município de Pinhel. Tiragem: 300 Exemplares Distribuição: Gratuita

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    DE CASA PAROQUIAL… A CONVENTO FRANCISCANO

    A casa Paroquial de Pínzio foi uma obra construída pelos seus habitantes, hácerca de 40 anos que serviu de residência ao pároco da paróquia. Logodepois da sua saída, pensou-se em fazer um arranjo superficial. Masverificou-se que havia necessidade de uma remodelação mais profunda nahabitação. Intervencionaram-se vários aspetos, no que diz respeito àscanalizações de água e esgotos, parte elétrica, aquecimento, paredesexteriores e a parte envolvente. Só assim poderia ter condições dehabitabilidade, pois encontrava-se muito degradada.

    Anunciada a chegada de um novo sacerdote, a população meteu mãos àobra no início de outubro de 2014… porque só com uma residência, com omínimo de condições, Pínzio poderia ter de novo, um padre para a freguesia.Foram os elementos da comissão fabriqueira que fizeram de tripas coração!Não foi fácil o início da obra, mas muito mais difícil foi em terminá-la.

    Iniciou-se em primeiro lugar a limpeza do interior do imóvel, das paredesexteriores e do espaço envolvente. Depois de vários pedidos de orçamentos,

    deu-se início à mudança do telhado. De seguida foram as janelas e oisolamento das paredes. Construíram-se arrumos, anexos, uma lavandaria,uma garagem e arranjou-se o sótão. Também se colocou o aquecimentocentral com recuperador de lareira. No final, sofreu a transformação de todoo espaço envolvente.

    Na casa existia o salão paroquial, onde se faziam as reuniões. Também estefoi remodelado e com uma casa de banho de serviço. A casa ficou não deluxo, mas muito bonita, funcional e com o mínimo de condições.

    Ainda a casa por concluir, chegou o Padre Frei Fonseca, e o Frei José Luís.O Frei Fonseca pároco da nossa paróquia iniciou funções a 22 de novembro

    de 2014. Com a residência ainda por concluir foi necessário recorrer à boavontade dos paroquianos, para serem alojados. Foram acolhidos pela famíliado sr. Amadeu Marques Fortunato. O Padre Frei Cesar chegouposteriormente. Aí permaneceram, os três, o tempo suficiente para a casaparoquial terminar e ficar em condições de ser habitada. Todos estamosmuito gratos, a este casal, que os acolheu cerca de seis meses.

    Todo este projeto, para as obras de remodelação, só foi possível graças àboa vontade de todos os paroquianos, mediante as suas possibilidades. Aspessoas contribuíram com ofertas de mão-de-obra, materiais de construção,móveis, equipamentos e donativos. Houve também a colaboração e ajuda daJunta de Freguesia. Foi com muito empenho da povoação de Pínzio, que uma

    obra desta natureza se tornou uma realidade.Com as obras da residência terminadas os Frades Capuchinhos, poderiamfazer dela a sua nova morada. Foi nos finais de abril, há precisamente umano, que a residência ficou pronta, para ser ocupada.

    Entretanto foram abertas as portas para todos, os que quisessem visitar aobra acabada. Aquela que foi Residência Paroquial, para passar a ser, a partirde agora, um Convento Franciscano de três frades. Um pequeno ConventoFranciscano, simples e sem grandiosidade.

    É nosso desejo, que as pessoas tenham o mínimo de conforto, durante a suapermanência na nossa paróquia de Pínzio e se sintam bem.

    Madalena Cabral

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    UM LUGAR COM HISTÓRIA –PARIS em Pínzio – Café e RestauranteJosé Martins nasceu em Vascoveiro, concelho de Pinhel emmarço de 1932. Era o filho mais velho de seis irmãos (trêsdeles falecidos). Era filho de uma família pobre. Desdemuito pequeno, que começou a trabalhar…tinha 4 anos

    quando levava e trazia as vacas, para as pastagens. Usavaum casaco, que tinha remendos em cima de remendos e jánem se sabia, qual era a cor original do dito casaco. Usoupela primeira vez calçado, quando foi para a escola…unstamancos. Fez a 3ª classe na escola de Vascoveiro e a 4ªclasse de adulto. Começou a trabalhar desde os 10 anos.

    Após uma carta de chamada de um tio, que tinha ficado emFrança depois de ter terminado a guerra, o Sr. José Martinsfoi para terras francesas, em 1953, quando tinha 21 anos.Nessa altura não havia emigrantes, apenas espanhóis,

    italianos e alemães que ficaram por lá, depois da guerra terterminado. Trabalhou durante 5 anos na agricultura e numadestiladora. Esteve este tempo todo, sem voltar a Portugal.

    Mas nunca teve ideia de ficar em França. Foi nessa alturaque começou a pensar num negócio em Portugal.Regressou em 1958. No ano seguinte, arrendou a casa doSr. Manuel Coelha, onde anteriormente tinha estado umaalfaiataria, para abrir um café e restaurante. O contrato quefez com ele, foi 120$00 (na moeda 0,60 €), por mês,durante nove anos. Começou as obras clandestinamente e

    à porta fechada, para ninguém dar conta. No final das obrasfeitas, pediu licença ao governador civil, para abrir o seucafé. Esta veio indeferida. Só passado, seis meses, é quechegou o alvará, para poder abrir o seu negócio. Entretantochegou o mês de novembro, e por sua vez a festa e feiraanual de Santo André, em Pínzio. Aproveitou para abrir,com o sr. Mário Bilro, no dia 30 de novembro de 1959.Arriscou, porque abriu sem alvará, mas correu bem.Trabalhou muito nesse primeiro dia, e quando chegou acasa já era uma hora da manhã. Fez nesse dia 300$00, (namoeda atual 1,50€) uma fortuna, para essa época!

    Era o sítio ideal para o café e restaurante, visto ser uma zona depassagem de muitos turistas… passou então, a ter boa clientela.A ideia de arranjar um nome surgiu depois do Sr. José Martins terpedido opinião a um vendedor de material de cafetaria, quevinha, diversas vezes, ao seu café. Como falava francês, tinhaestado em França, nada melhor que ser CAFÉ RESTAURANTEPARIS.

    Em Pínzio havia nove tabernas … mas, cafés e restaurantes entreVilar Formoso e Guarda, era o único!Não havia luz elétrica na aldeia e o Sr. José Martins poi issocomprou um gerador, assim já poderia ter no café eletricidade,maquinaria e televisão. Como pediu, ao Sr. Manuel Coelha, parao poder lá colocar, mas não lhe deu autorização teve de arranjarum petromax a petróleo, um frigorífico a petróleo e uma

    máquina de café a gás, que encomendou em Pinhel. Era pena,porque havia televisão no café, mas não funcionava… havia umamáquina de assar frangos, mas também ficou na montra, sempoder funcionar …. tudo pela falta de energia elétrica!

    Entretanto resolveu ir, novamente, a Paris. Primeiro pensou ficarapenas seis meses, mas, por forças de circunstâncias, acabou porficar cerca de um ano. Enquanto esteve em Paris, foi a suaesposa, a D. Emília que ficou a tomar conta do café, juntamentecom duas empregadas.

    Quando regressou de vez, em 1964, já tinha chegado aeletricidade à aldeia de Pínzio. Tudo era mais fácil para o seunegócio. A partir de então, nasceu uma alma nova ao café e àaldeia no geral. Nesta altura já podia funcionar a televisão e amáquina de assar frangos, que até então serviam apenas de“adorno”. Os primeiros frangos a serem assados, foi no Café Parisde Pínzio. Eram conhecidos em todo o distrito da Guarda etambém a nível nacional.

    O Sr. José Martins relembrou episódios que se passaram com aprimeira televisão. “As pessoas não se sabiam comportar numcafé, e não gostavam de se deixar ver… até fui obrigado a colocarumas cortinas no café, para tapar o que se passava lá dentro” Quando era a altura dos dias das aparições de Fátima e comopassava na televisão, as portas eram abertas e deixava ver toda agente….”quando todas, não cabiam no café ficavam fora, eespreitavam por uma fisguinha ” … As pessoas habituaram-se afrequentar o café. Gostavam de tomar café, ou um “toddy” queera uma bebida de leite achocolatado, ou uma cerveja.

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    UM LUGAR COM HISTÓRIA – PARIS EM PÍNZIOUma refeição custava 20 escudos (moeda atual 10 cêntimos), masaos estrangeiros levava 22$00 (moeda atual 11 cêntimos). Umacerveja eram 3$50 (moeda atual 1,75 cênt), mas para osestrangeiros custava 5$50 (moeda atual 2,75 cênt). E quemquisesses tomar um café teria de pagar 1$20 (moeda atual 0,60cênt). Lembro que 1 € vale 204$00 aproximadamente.

    Foram onze anos o negócio aberto. No primeiro ano arranjouuma divisão e passou a dormir no café. Depois arrendou umacasa, em Pínzio, para viver e onde dormiam também as suas duasempregadas. Também arrendou quatro quartos em casa da D.Prazeres, para poder fazer face aos pedidos, de alojar os turistas.

    Numa determinada altura, quando começou a subir a renda docontrato, entre outras coisas, começaram umas divergências como Sr. Manuel Coelha.

    Iniciou obras para um novo café, em 1968, mas com o anteriorsempre aberto. Em março de 1971, abriu com mais espaço e

    melhores condições. Mesmo com o primeiro andar ainda com asobras por concluir, abriu, à pressa sem alvará, o café erestaurante E como “quem tem amigos não morre mouro”conseguiu os papéis de autorização, quase de um dia para ooutro! As obras ficaram concluídas passados dois anos, e abriucom 21 quartos.

    O negócio ia bem e a clientela era boa! Geralmente a época maisforte era o verão e chegava a ter todos os quartos ocupados.Muitas vezes, o casal Martins dormia no corredor, para dispensaro seu quarto aos turistas.

    Atualmente o café Paris, continua a ter dormidas e a servirrefeições. A D. Emília continua a orientar na cozinha juntamentecom a filha e às vezes quando há necessidade, contratam umaempregada. Também o filho, sempre atencioso e simpático,trabalha no café.

    Entre várias remodelações ao longo destes anos, nestemomento, o café sofreu uma remodelação mais profunda noque respeita a interiores e maquinaria.

    Atualmente e porque a saúde já o atraiçoa, diz o Sr. José Martinsque “faço pouco…limito-me a tratar da horta aos bocadinhos,dar umas caminhadas ao longo da estrada e conversar um

    pouco com clientes amigos”.

    E continua “Eu sempre fui muito persistente, e não desisto à primeira dificuldade… as voltas que tive de dar para conseguirlegalizar a casa e o café! Não foi fácil, mas os amigos também

    me ajudaram a concluir o projeto que me propus realizar…etodos sabemos o ditado - amigos até no inferno”!

    Queremos agradecer a disponibilidade do Sr. José Martins quese prontificou a contar-nos a história de um Café Paris, que porsinal é bem português e em Pínzio. Resta-nos convidarmostodos a entrarem neste espaço, onde a simpatia é umaconstante.

    JOVEM… COM QUASE UM SÉCULO!

    Laura Pires D’Aragão,nasceu em Pínzio em27 de outubro de 1918. É uma jovem comquase noventa e oito anos. É a pessoa maisidosa da aldeia de Pínzio. Esteve casada 57 anos, com João Afonso.Tiveram seis filhos, quatro rapazes e duasmeninas – o Luís, o António, a Maria, o José,

    o Manuel e a Maria de Ascensão, que faleceu com apenas oitomeses. Com todos os filhos emigrados em França, também ela eo seu marido se aventuraram e emigraram para França no anode 1969. Foi a salto, como era normal nessa época. Foi viver emcasa do filho Luís. Foi mais de 30 anos, emigrante sempre emFrança. Trabalhou numa fábrica de peças de automóveis, pouco

    tempo, e o restante fez limpezas emescritórios e em “casas das senhoras”, comoela nos contou. Regressou de França em2010, e esteve na sua casa um ano. Nestemomento é utente do lar de Pínzio há quasecinco anos.É uma pessoa que, além de ter um poucofalta de ouvido e alguns dias menos bem,gosta de conversar e contar as peripécias dasua vida…que “dava um filme” como ela diz.Até lá, haja saúde dentro do possível e que se conserve assim,para que, quando completar um século de existência, possamosnovamente conversar com ela e noticiar o feito, no nosso joranl .

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    HOMEM DE SORRISO ABERTO!… Recordando Joaquim MiguelO Joaquim Miguel colaborou com aAssociação Social, Cultural, Recreativa eDesportiva de Pínzio durante mais de 25anos.Muito haveria a dizer sobre o Quim, no

    entanto, vou salientar a relação entre opoder e a força da música em termosculturais e sociais e o Quim, a suapersonalidade e o seu modo de viver emcomunidade.

    Esta relação ficou bem patente, no passado dia 18 de fevereiro,na sua última viagem, na sua partida, pois ali, naquele momentotriste, A MÚSICA = AO QUIM.

    O Quim teve uma multidão a acompanhá-lo, como nunca se viuem Pínzio. A sua partida provocou em todos emoção e expressãode sentimentos, que nem os menos sensíveis conseguiram

    conter. Toda esta gente que se deslocou a Pínzio para oacompanhar no momento que ninguém queria viver, certamentese deve à sua forma de estar na vida, ao seu temperamentocontagiante e mobilizador e, ao facto, de ele integrar a BandaFilarmónica há mais de 25 anos.

    Foram muitas as festas religiosas em que ele participou, tanto noconcelho como no distrito, intercâmbios de Bandas Filarmónicas,festivais de música, assim como, atividades organizadas pelaescola de música desta Associação, com as quais ele colaborousempre. Também em outras atividades de âmbito cultural edesportivo desta coletividade, o Quim colaborou, desde

    exposições, passagens de ano, bailaricos, torneios de futebol,entre outras.

    A sua espontaneidade e alegria de viver, ajudou a integrar todosos que se iniciavam na escola de música e na Banda Filarmónica,principalmente os mais tímidos, que rapidamente entravam nassuas “brincadeiras”. Foram muitos os episódios que aconteceramdurante a sua passagem pela nossa coletividade, momentosengraçados e de pura alegria, momentos bons e menos bons,momentos de algumas “arrelias e amuos”, momentos caricatos,etc.

    O Quim poderia não se lembrar como se tocava numadeterminada “passagem de marcha”, mas era certo lembrar-seonde esteve a tocar há 20 anos atrás, onde foi almoçar, qual opercurso, etc… Em todas as localidades onde a Banda de Pínzio sedeslocou, ele tinha alguém conhecido… Se não tivesse, deimediato arranjava um conhecido/amigo.

    TESTEMUNHOS DE ALGUNS AMIGOS

    Luís Mário - Pessoalmente, considero o Quim como um grandeamigo e, apesar de algumas divergências de opinião, quetambém tivemos, durante todos estes anos, a amizade foisempre mais forte. Desde o aparecimento dos telemóveis e doseu uso mais acessível a todos, posso dizer que foram poucos osdias em que não me telefonou. O motivo era quase sempre omesmo: Banda Filarmónica ou a Associação. Era já umadependência “saudável”! Não poderia deixar de partilhar comtodos vocês, o motivo do último telefonema do Quim…, sim… aBanda de Pínzio. Desta vez, para me dizer que estava a ver anossa banda na internet. “Sabes o que estou a ver na internet?!Estou a ver a nossa banda na internet!”

    Rodrigo Dinis - Não tenho lugar para o esquecimento, só para asaudade de tanta alegria e momentos que me deste... mas essas

    lembranças ficarão para sempre! Agora... agora, vou ficar naansiedade de te ver novamente... Até um dia, amigo...

    Marco Aragão - Homem de sorriso aberto, sempre sabendo dasúltimas novidades! Recordo-me das inúmeras vezes em que elechegava ao café e se abeirava de mim e dizia: “estive agora a vernum canal umas bandas a tocar, olha que até tocaram aquelaque nós também tocamos .” Um pouco de conversa, umasgargalhadas pelo meio e lá dizia ele: “vou até casa, para ver eouvir mais umas bandas tocarem .” Assim era o nosso Joaquim,um apaixonado pelas Bandas Filarmónicas em geral, mas

    particularmente pela nossa Banda Filarmónica de Pínzio! Porvezes, lá ficava aborrecido com isto ou aquilo, mas logo a seguirlhe passava!

    Tiago Garcês - Grande JOAQUIM, dividimos não só uma sala deensaios, não só os teus "pratos" mas sim sorrisos, lágrimas eexperiências novas! Saudades eu sentirei, de todas as conversas ebrincadeiras que muitos anos, que juntos vivemos, e pelas incríveisaventuras que comigo partilhaste. Desde pequenino que teconheci na Banda e sempre me encorajaste e incentivaste a nuncadesistir… por isso e muito mais te ficarei sempre grato! Sempreque aqueles "pratos" soarem, serão sempre em mim umalembrança que jamais serás esquecida... Um Grande obrigado...Ficarás sempre na recordação de um grande amigo!

    Madalena Cabral – Recordo o Quim como uma pessoa alegre,bem-disposta, sempre amiga de ajudar… em qualquercircunstância descobria uma solução! Foi um pai esimultaneamente uma mãe das meninas dos seus olhos!… A vida

    foi sempre madrasta para ele, e agora foi ingrata, pois bem cedo olevou, sem o deixar terminar aquilo que se propôs fazer! Mesmoem situações menos boas, nunca abandonou o barco! Agora temdireito a, Descansar em Paz …. até um dia, Quim!

    Irene Fortunato - Dizem que o Joaquim Miguel, mais conhecidopor “Caça”, morreu… Há pessoas que não morrem, ficam namemória… Ele sabia cativar amizades. Uma pessoa simples.Tratava doutores, engenheiros, da mesma forma que uma pessoaque não tivesse instrução, todos por igual, tal como deve ser…Pessoa muito alegre, determinada e cheia de energia… E algo que

    admirei no Quim, que nunca encontrei noutra pessoa… Um paiorgulhoso e babado, que não se cansava de falar nas suas filhas!…O Quim era assim… O Quim era um grande amigo!

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    BAÚ DE RECORDAÇÕES…. Como é bom recordar!….

    Esta fotografia saiu do baú de Alice Pires…Em 1967 a escola Primária de Pínzio era frequentada por mais de 30 alunos.Havia também a cantina escolar, agora edifício do Jardim de Infância.Aqui era servido a cada aluno, uma colher de vitaminas (óleo fígado debacalhau) e uma caneca de leite que era fervido e tomado nesse espaço.

    Na imagem vemos a senhora Professora D. Imelda, a aluna Maria Alice Pires(1º plano), Luís Cabral (de camisa), Madalena Cabral (de lacinho na cabeça),entre outros que estão por identificar…

    PELA SUA SAÚDE…… Sabe respirar?Respirar é a primeira experiência que vivemtodos os seres humanos no momento donascimento. É o primeiro processofisiológico que realizamos de maneiraindependente, uma vez separados docordão umbilical materno. O nosso corpoestá programado automaticamente para

    esta ação. A partir desse momento converte-se numa atividadeimprescindível para a vida, que consiste em Inspirar (entrada dear) e Expirar (saída de ar), dois simples atos que possibilitam aoxigenação das células do corpo. E portanto, a respiração diz-seum mecanismo essencial para o desenrolar de todos os outrosprocessos fisiológicos do nosso corpo - assegura a atividadecerebral, o funcionamento do sistema nervoso, e de todos osoutros sistemas do nosso organismo. Daí que a sua importância émuito maior do que fazer entrar e sair o ar dos nossos pulmões,quando feita de forma correta, possibilita diversos benefícios parao corpo como um todo.

    Alguns benefícios, com uma respiração de forma equilibrada: Melhora no sistema imunológico; Melhora da qualidade do sono; Reduz a ansiedade; Combate o stress; Sensação de bem-estar; Evita enxaquecas; Melhora a concentração.

    Fatores que impedem uma respiração correta: má postura, maushábitos alimentares, alguns problemas de saúde (como a asma,sinusite, contraturas, dor, ...), ambientes húmidos ou poucosventilados, situações de tensões emocionais (stress, ansiedade, ...),etc. Os benefícios de uma boa respiração podem ser conseguidoscom os exercícios práticos que possuem efeitos calmantes eajudam a manter o equilíbrio em momentos de possíveisexplosões de impaciência, como quando estamos parados no

    trânsito. Com a maior oxigenação do cérebro, a memória tambémé favorecida, além de outros problemas que surgem com oenvelhecimento.A respiração certa acontece no diafragma, músculo que separa opulmão de outros órgãos no abdómen. Uma inspiração corretadeve fluir suavemente e de forma profunda por meio dessemúsculo. Uma expiração longa, na mesma medida, conseguelibertar muitas tensões.Quantos de nós, se esquecem de utilizar a “barriga” para respirarna vida atribulada do quotidiano?Podemos então começar por pensar em alguns momentos donosso dia-a-dia de “PARAR” E PENSAR, EM BEM RESPIRAR e entãoexercitarmo-nos...Tente soltar o ar, o mais devagar que conseguir, e inspirar emseguida na metade desse tempo.A expiração profunda, que significa soltar em tempos diferentes oar inspirado, diminui a ansiedade e tranquiliza.Ao inspirar, use o diafragma, músculo localizado entre o tórax e oabdómen, e sinta a barriga encher-se de ar. Ao soltar, contraia oabdómen. Esse movimento ajuda a eliminar o ar aos poucos.

    Benefícios: auxilia na digestão, influencia na circulação do sanguepor todo o corpo e também melhora a postura.Esta pode ser uma dica a utilizar em diferentes momentos de“stress”, pânico ou ansiedade...Experimente: sentado numa cadeira, inspire pelas duas narinas. Aoexpirar, solte os músculos da boca e tente reproduzir o zumbido deuma abelha. Alguns autores de técnicas de relaxamento acreditamque a técnica traz alegria.

    Raquel Cabral - Fisioterapeuta

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    JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PÍNZ

    ornal Nº10 – Abril 2016

    REVIVER A TRADIÇÃO… A QUARESMA A verdadeira Páscoa em que se comemora a Ressurreição deCristo é a principal festa dos cristãos. O sentido da Páscoa tem-seperdido ao longo dos tempos e Pínzio não foge à regra.O tempo da Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas até aoDomingo de Páscoa.A semana que antecede a Páscoa é chamada Semana Santa. Em

    tempos idos, esse tempo fazia-se um forte apelo ao jejum, aoração e a abstinência de carne, como uma forma dos católicosfazerem sacrifício e ser em sinal de arrependimento de seuspecados. O jejum da Quaresma foi estabelecido no século IV de40 dias de duração. Durante este período, os participantescatólicos, faziam o jejum. Comiam muito pouco, ou simplesmentedeixavam de comer algum tipo de comida – privavam-se dedeterminadas refeições mais caras. Era o caso da carne, que sesubstituía por peixe (naquela altura bem mais barato). Era umtempo de oração mais intensa, de jejum e muitos sacrifícios, pormuitos cristãos.

    Assim como nos preparamos para uma grande festa deaniversário ou casamento, os cristãos são convidados nestes 40dias a prepararem-se física, emocional e espiritualmente ecelebrarem a Ressurreição de Jesus Cristo.

    Na Quarta-feira de Cinzas o povo ia à igreja, num ato derecolhimento, receber, das mãos do sacerdote a imposição dascinzas. Nesta cerimónia o pároco da aldeia, dizia em latim:“lembra-te homem, que és pó e em pó te hás de tornar ” ecolocava um pouco de cinza na cabeça de cada um. Havia asconfissões quaresmais, presididas por vários sacerdotes, onde oarrependimento e o sacramento da reconciliação estavam

    presentes.A via-sacra diária era também outra tradição, onde a igreja seenchia, de fiéis. Atualmente e graças ao Pároco da nossa aldeiaFrei Fonseca, estas tradições regressaram.

    Este ano, mais uma vez, à semelhança do ano anterior, sereviveram algumas cenas bíblicas: a cerimónia das cinzas naQuarta-feira de Cinzas; a Última Ceia de Jesus com adramatização do lava-pés aos seus doze apóstolos, a VigíliaPascal e a Via-Sacra noturna pelas ruas da aldeia, (tradição jáperdida).

    A Via-Sacra noturna, pelas ruas da localidade, presidida pelonosso Pároco Frei Fonseca teve a participação de muita gente. Asruas de Pínzio transformaram-se em caminhos para o calvário…Entre cânticos, oração e silêncio, as pessoas transportaram acruz. Houve empenho e dedicação por parte de todos, emdecorar o altar de cada uma, das catorze estações dos martíriosde Jesus. Foi com fervor que a população de Pínzio reviveu oscaminhos da morte e Ressurreição de Jesus!

    Embora muitas tradições estejam a acabar, é sempre bom reviveralgumas delas… são vivências que não devem cair noesquecimento! E é importante, que os mais jovens tomemconsciência deste tipo de tradições, que se viviam com maisfervor em tempos que já lá vão!

    Madalena Cabral

  • 8/17/2019 Jornal Pinzio DIA20 - Nº 10

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    JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PÍNZIO

    Jornal Nº10 – Abril 2016

    O NOSSO ESPAÇO

    PROJETO GREEN CORK

    A Associação dos Amigos de Pínzio, assinou um protocolo com a QUERCUS como objetivo de promover no Concelho de Pinhel, o projeto GREEN CORK.

    O projeto Green Cork é um programa de reciclagem de rolhas de cortiça usadas,que visa, por um lado, reciclar e transformar rolhas de cortiça noutros produtose, por outro, financiar a plantação de árvores autóctones portuguesas, sendoatualmente assegurada no âmbito do projeto "Floresta Comum".

    No nosso Concelho, a promoção deste projeto bem como a recolha de rolhas decortiça, estará a cargo da Associação dos Amigos de Pínzio e do Município dePinhel.

    Colaborar com a Associação dos Amigos de Pínzio e o Município de Pinhel noprojeto Green Cork é simples. Basta guardar as rolhas de cortiça e entregá-lasnum dos pontos de entrega do projeto.

    Ao longo do ano de 2016, a Associação dos Amigos de Pínzio e o Município dePinhel, irão dar início a este novo projeto no nosso Concelho, e contam com apopulação em geral, estabelecimentos de Restauração, Entidades, Adegas,Escolas, Coletividades e IPSS, para que este projeto possa também ser umsucesso no nosso Concelho.

    Foi assim que na passada Feira das Tradições de Pinhel, divulgámos este projeto.Para a inauguração da Feira, contámos com o Sr. Pedro Sousa da QUERCUS, umdos responsáveis por este projeto a nível nacional.No nosso stand, para além da divulgação do projeto, mostrámos o que os alunosdo nosso Pólo da Universidade Sénior de Pinhel, foram capazes de fazer,reciclando rolhas de cortiça.Com imaginação e boa vontade, somos capazes de realizar coisas fantásticas!

    Mas já no passado mês de dezembro, aproveitámos rolhas e fizemos umaárvore e presépio de natal.A pedido do pároco e da população, este ano colocámos a árvore junto àentrada principal da igreja, tendo em conta a maior visibilidade.

    Foi um trabalho árduo, quer para arranjar as rolhas, quer para as colocar nodevido lugar! Mas mais uma vez, os alunos da USP foram fantásticos e derambem conta do recado.

    Ainda em relação à reciclagem de rolhas, gostaríamos de partilhar convoscoalguns dados interessantes. Sabia que:

    Já foram recolhidas 58.248.289 rolhas!Já foram plantadas 291.799 árvores!São necessárias cerca de 120 rolhas para plantar uma árvore!

    Saiba mais deste projeto em:www.florestacomum.org www.quercus.pt www.facebook.com/greencork

    ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PINZIO

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    JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PÍNZ

    ornal Nº10 – Abril 2016

    O NOSSO ESPAÇOREUNIÃO DE ASSEMBLEIA GERALNo passado dia 10 de abril de 2016, realizou-se uma reunião deAssembleia Geral de sócios numa das salas da Escola Primária, a cargodesta Associação e onde se desenrolam as aulas do Pólo de Pínzio daUniversidade Sénior de Pinhel.A ordem de trabalhos incluía, entre outros assuntos, 1) Apresentação

    e votação de contas do exercício de 2015; 2) Apresentação do planode atividades para 2016; Posto a votação, quer as contas de 2015quer o plano para 2016, foram aprovados por unanimidade pelossócios.Esta Associação, continua na senda dos bons resultados, comodemonstra o gráfico ao lado. Desde 2012, que o conjunto dasatividades, têm vindo a libertar cerca de 2.000€ anuais.

    Em relação às atividades aprovadas para 2016, deixamos tambémaqui, um resumo do que iremos fazer ao longo deste ano.

    15 de maio

    Caminhada – Tradicional caminhada pelos caminhos da nossafreguesia e Freguesias adjacentes, seguida de almoço.

    Maio a outubroJantares Convívio – Jantares com data a definir na nossa sede, àsemelhança do que já aconteceu na noite de Francesinhas.

    12 de junhoSardinhada de Sto. António – Tradicional sardinhada organizada eoferecida pelas 3 coletividades de Pínzio (Nós, Associação dosCaçadores e Associação Cultural), a realizar no largo da Igreja (assim opermita S. Pedro). Este ano, com a participação das concertinas de

    Alverca, integradas nas “Aldeias em Festas” do Município de Pinhel.

    20 de novembroMagusto de S. Martinho – Realização de Magusto de S. Martinho emlocal e programa ainda a definir.

    De junho a setembroJogo de Quiz informático – Mais uma novidade! Iremos realizar umjogo de Quiz informático com perguntas sobre a nossa terra e decultura geral. Para além da novidade do evento, também os alunos daUniversidade Sénior irão estar envolvidos, tendo em conta que serãoeles a construírem este jogo. Vai valer a pena!

    Ao longo do anoFormações de Informática | Universidade Sénior | Hidroginástica |Jornal DIA20 | Divulgação projeto Green Cork

    ExcursãoEste ano não iremos realizar a nossa já tradicional excursão e a razãoé muito simples.Este ano queremos dar a oportunidade aos Mordomos de S. Sebastiãoe ao Frei José Luís para organizarem eles excursões. Os mordomos,irão realizar no dia 22 de Maio uma excursão a Aveiro enquanto que oFrei José Luís irá realizar uma excursão a Santiago de Compostela nomês de Agosto.Esperamos que os nossos “clientes habituais” compreendam. Masprometemos que para o ano, elas vão regressar.Se puderem, não deixem de ir a ambas. Certamente serão dias muitobem passados.

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    Jornal Nº10 – Abril 2016

    ASSOCIAÇÃO SOCIAL CULTURAL RECREATICA E DESPORTIVA DE PÍNZIO

    A Associação Social Cultural Recreativa eDesportiva continua a promover as suasatividades, nomeadamente, ao nível damúsica, quer com a sua escola de músicaquer através da Banda Filarmónica.

    Neste primeiro trimestre de 2016, a escolade música continuou a promover as suasatividades semanais.

    Já a Banda Filarmónica abrilhantou a festa religiosa em Figueira deCastelo Rodrigo, no dia 17 de janeiro.Dia 6 de fevereiro esteve, uma vez mais, presente na Feira dasTradições em Pinhel, realizando um concerto.No dia 19 de março, acompanhou a procissão do enterro doSenhor, na Atalaia, e no dia seguinte, também na Atalaia estevepresente nas cerimónias da procissão dos Passos do Senhor.

    No sábado de Aleluia, dia 26 de março, participámos nascerimónias do “Tríduo Pascal”, colaborando com a comunidadeparoquial de Pínzio, tendo realizado pela primeira vez um concertosob a temática “Paixão e Morte de Cristo”.Os sons transmitiram melancolia, tristeza e sentimentos de pesar.

    No final do concerto, as críticas foram bastante positivas, o quenos deu motivação para repetir no ano seguinte; no domingo dePáscoa, pela manhã tivemos todo o prazer em acompanhar aprocissão da Ressurreição, em Pínzio.

    Dia de Páscoa também, no período da tarde, foi na Castanheira.

    Na segunda-feira, dia 28, a nossa Banda Filarmónica foi abrilhantar

    a festa em honra de Nª Srª dos Prazeres, em Aldeia Velha naRaia.

    Estamos muito agradecidos com todos aqueles que gostam denos ouvir e com aqueles que marcam presença nas nossasatuações.

    Durante o mês de maio estão para já agendadas as seguintessaídas:

    No dia 1 em Malta, Pinhel; No dia 26, na Castanheira, na festa em honra do Senhor

    Corpo de Deus.

    Queremos informar também, todos os sócios e simpatizantes danossa coletividade, que estão a pagamento as quotas, referenteao ano corrente.

    Vítor Ferreira - Presidente

    PONTO DE ENCONTRO Ao pensar na escrita destas linhas para o nosso «DIA20», nestetempo pascal, tomei como necessário levar os leitores a refletirsobre um grande projeto do Papa Francisco para o mundo: O Anojubilar da Misericórdia.

    Este Ano Jubilar começou no dia oito de Dezembro do ano

    passado e vai terminar na festa de Cristo Rei deste ano, ou seja nodia vinte de Novembro.

    Por vontade do Papa Francisco, este será um ano para acolher, nonosso coração crente, a misericórdia de Deus e tornarmo-nos, nósmesmos, obreiros de misericórdia.

    No documento que proclama o Ano Jubilar o Papa começa por nosdizer que «Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai». Comefeito, a própria incarnação de Jesus Cristo é um ato demisericórdia do Pai. A vinda de Jesus ao mundo dos homens temcomo objetivo dar-nos a conhecer a vontade do Pai em nos

    libertar das escravidões que destroem a nossa dignidade de sereshumanos e filhos de Deus.

    O facto deste Ano Jubilar começar no dia oito de Dezembro éexatamente para realçar que foi por aquela mulher de Nazaré,Nossa Senhora, ter aceite ser a Mãe de Jesus, o Salvador, quetornou possível a incarnação Daquele que havia de ser o «rostoda misericórdia do Pai». Por isso é que o Papa Francisco diz queMisericórdia é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao

    nosso encontro».

    Neste ano que está a decorrer, somo convidados «a fixar o olharna misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz doagir do Pai». Foi por isso, diz o Papa, que proclamei um JubileuExtraordinário da Misericórdia como tempo favorável para aIgreja, a fim de se tornar mais forte e eficaz o testemunho doscrentes».

    No próximo número darei aos nossos leitores mais algunsapontamentos sobre este Ano Jubilar da Misericórdia.

    Pe. Domingos

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    JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PÍNZ

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    ASSOCIAÇÃO TERRAS DE SANTA BÁRBARA…ATREVA-SE À CAMINHADA DAS TERRASDE SANTA BÁRBARACumprindo a tradição a Associação Terrasde Santa Bárbara, organizará, este ano,mais uma caminhada que terá lugar nopróximo dia trinta de abril.

    Com o avançar da primavera a naturezarenasce, as cores multiplicam-se, os odores sobressaem e avontade de caminhar impõe-se. Claro que caminhar faz bem àsaúde mas, neste caso concreto, também espraia a vista atendendoàs paisagens que poderemos desfrutar.Desta feita partiremos do cume do Monte de Santa Barbara, com aRibeira da Pega em fundo. Por volta das nove horas seguiremos pormontes e vales, veredas e caminhos em direção à Capela de S.Roque sobranceira ao rio Côa. Subiremos e desceremos as margensda Ribeira das Cabras onde escolheremos uma sombra,provavelmente de um carrasco, de um choupo ou de um freixo,para uma “bucha” das antigas. A última das subidas mais

    pronunciadas levar-nos-á ao Planalto do Côa. Vencida a zona maisplana do percurso iniciaremos a descida antes de chegar à aldeiade Mido. Contamos, nessa simpática povoação virada para o rio,com um aperitivo que já nos foi anunciado. Depois daremosdefinitivamente descanso às pernas, quando nos sentarmos norecinto da Capela para almoçar. O regresso será menos esforçadoporque será feito em carrinhas até á sede da nossa Associaçãoonde prolongaremos o convívio.

    Estamos certos de que quem se atrever a caminhar não terámotivos para se arrepender. Contudo, se alguém recear os cerca dedoze quilómetros que nos propomos vencer poderá tambémaparecer nos locais e momentos de pausa e convívio. Basta paraisso inscrever-se porque, como facilmente se entende, temos

    necessidade de fazer uma ideia das pessoas que irão participar.Posto isto, resta-nos confessar que esperamos por si no próximodia trinta de abril, sábado!

    Fernando Capelo - Presidente

    MEMÓRIAS DE TIMOR…A menina dos olhos de sândalo

    Naquele sábado, véspera de Domingo de Páscoa de 2005, sob ocalor do sol, passo a passo, na companhia de um guia, subimos omonte, não muito íngreme, mas o suficiente para nos deixarmolhados. Para além do guia, eu e a missionária Nieta. Nossodestino, Hato Karau , que quer dizer Pedra do Búfalo.Nossa missão: Preparar e celebrar a Páscoa da Ressurreição doSenhor Jesus.Quando chegámos, como em qualquer local de Timor, fomos bemacolhidos com sorrisos, cumprimentos, chá, café, bolachas, bananafrita e outros doces caseiros.Depois do banho, numa improvisada cabana feita com cana debambu e folhas de palmeira, sentámo-nos no anexo da capela, que

    também fazia de sacristia. A anfitriã, em língua tétum, que como oportuguês, são línguas oficiais, comunicava com a missionáriaNieta. No meu colo, estava, a meu pedido, uma menina com osseus quatro anitos. E eu ouvindo, mas não “pescando” nada!Línguas nunca foi o meu forte!Os olhos da menina, aos poucos ficaram húmidos e da humidadepassou a lágrimas e estas depressa transformaram-se em rios deágua que caíram do seu rosto redondo. Com um guardanapo,limpámos a face da menina, consolámo-la com carícias e colocámosnas suas mãos, bolachas. A menina obedeceu aos nossos gestos eacabou por nos deixar, saindo. Perguntei qual era o conteúdo daconversa que fez a menina chorar. A missionária Nieta disse-meque era sobre os pais da menina e como tinham perdido a vida, naguerra com a Indonésia. Não demorou muito, para a menina voltar.Vendo-a aproximar-se, pensei que vinha pedir mais bolachas, masenganei-me.

    Estendeu a sua mãozita,

    abriu-a e com um ligeirosorriso e depositou na minhamão uns grãos de semente.Perguntei de que eram e aresposta logo surgiu: - “fini aicameli nian ” “semente desândalo”. Fiquei possuído porum misto de emoção,felicidade e espanto. Agradeci e dei-lhe um beijinho. Ela voltou asair mas, voltou pouco tempo depois com mais sementes. Voltei aagradecer e disse-lhe que chegava.Quando voltei para casa, semeei todas as sementes, no quintal.

    Quase um ano depois, vi os sândalos começarem a crescer. Commuito cuidado, transplantei. O sândalo é a árvore maisemblemática da ilha de Timor porque a sua madeira liberta umperfume único. Pode atingir cinco metros de altura. Hoje éprotegida porque os mais de cinco séculos de exploração por partede portugueses, holandeses e indonésios fizeram, com que ela,quase desaparecera. Também os incêndios provocados pelostimorenses ajudam à sua quase extinção. Eu, com muito orgulho,contribuí na reposição, graças àquela menina, cujas pupilas dosseus olhos eram autênticas sementes de sândalo.Se um dia voltar a Timor, gostaria de procurá-la para agradecer-lhenovamente e dizer-lhe que lá longe, muito longe, numa terrachamada Pínzio, existe um pequeno povo que deseja que ela, amenina de olhos de sândalo, seja uma princesa irradiando perfumede sândalo em todos os seus gestos! Concordais?

    Frei José Luís Caetano

  • 8/17/2019 Jornal Pinzio DIA20 - Nº 10

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    JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PÍNZIO

    Jornal Nº10 – Abril 2016

    PARA LÁ DA FRONTEIRA…… E a paixão pela sua terra!

    Luís Afonso Pires é emigrante há 50anos! O jornal DIA20 foi pedir que noscontasse um pouco da sua história,desde que saiu de casa dos pais emPínzio, até o que faz atualmente.

    Sou Luís Afonso Pires, nasci em Pínzio emoutubro de 1941. Saí de Pínzio quando foipara ir para a tropa e logo de seguida

    para o Ultramar, mais propriamente para Angola, onde estivedesde 1962 até 1965.

    Desde 1966 sou emigrante. Emigrei quando tinha 25 anos e fui a“salto”, como ia quase toda a gente nessa altura. Mas posso dizerque em tudo na vida é preciso ter sorte… e eu fui uma pessoa,felizmente, bafejada por ela. Mesmo indo a salto não foi tão

    complicado como muitos, que também o fizeram… Eu pertencia aum grupo entre eles era o Silva, já falecido, e o Alfeu Santos.Saímos de Pínzio e a primeira etapa foi atravessar a fronteira deEspanha levados pelo Sr. Leopoldo, de táxi. Já em Espanhadormimos num estábulo de cavalos. Depois caminhámos a pé atéCidade Rodrigo, onde apanhámos um táxi que nos levou até àfronteira de Espanha/França. Entrámos noutro táxi que nos levouaté Bayonne já em França. E de seguida, fui então para ClermontFerrand, para casa da pessoa indicada, a Sr.ª Clementina. Foi elaque me arranjou o primeiro emprego a trabalhar nas obras. Foramtrês meses. Eu não gostava nada deste trabalho tão difícil epesado…

    Entretanto meti papéis para ir trabalhar para a Alemanha. Emoutubro chamaram-me e fui então para a Alemanha, a trabalharem barcos, nas cargas e descargas.Em junho vim a Portugal de férias. Casei com a Ausenda Lourençomas tive que regressar novamente sozinho até final de junho de1967. O contrato de trabalho acabou e eu voltei para Portugal, efiquei até março. Entretanto tirei a carta de condução.Voltei de novo a ser emigrante mas desta vez já levei a esposa.Fomos para Strasbourg em França. Eu já tinha papéis nessa altura,já estava legal. Embora a viver em França junto à fronteira já faziauns biscatos na Alemanha. A minha esposa ainda não tinha papéis,

    mas mesmo assim começou a trabalhar.A minha filha nasceu em 1969.

    O meu cunhado Serafim chamou-me para trabalhar na Alemanha,na empresa de medicamentos da Bayer. Aqui só estive um mês,porque o trabalho não era nada fácil…era numas valas… eenxadas, digamos, não era o meu forte!

    Ainda trabalhei também com uma máquina a fazer peças paratratores. Mas a seguir, apareceu outro trabalho que foi, arranjaras máquinas de café, tabaco ou chocolates. Passado algum tempofiquei a coordenar o centro de distribuição desses produtos e nacolocação dessas máquinas – chefe de armazém. Os patrõesmorreram e fui eu, que fiquei a tomar conta de tudo … eu é queorientava tudo… até passei a viver na casa deles.

    A partir daí vinha de férias a Portugal, todos os verões.

    Posso dizer, que ficava em Pínzio seis ou até sete semanas. E jánessa altura a minha filha gostava muito de vir a Pínzio. E agora,não é só ela que gosta, as minhas netas… adoram Pínzio!

    Comprei um terreno aqui na minha aldeia, onde em 1975construí uma casa.Sempre trabalhei muito… tinha dias de trabalhar até as 23h. Seremigrante não é tarefa fácil, e muito menos não se pode pensarque se chega a Alemanha e o dinheiro cai do céu! Sabemosatualmente a vida não está fácil para os jovens, mas nessa alturaeram tempos bem mais difíceis. Nós que não sabíamos a língua,nós que não tínhamos telemóveis, ou internet… nós nãoconhecíamos nada, a não ser a nossa aldeia! Foram temposmesmo muito difíceis. Eu penso que a adaptação era, de tudo, omais complicado!

    Chegou a altura, de descansar um pouco… e em 2006, altura queme reformei, passei a dividir-me entre Pínzio e Colónia na

    Alemanha.Geralmente de março a outubro, estou em Pínzio…e na altura dofrio, vou para a Alemanha. Mas se a minha filha ou netas, emqualquer altura, tiverem necessidade dos avós, lá vamos nóssem problemas! É que nós e a minha filha vivemos muito perto,na mesma rua.

    Eu gosto de estar lá, porque tenho lá a filha, o genro e as netas edigo que, em primeiro lugar está a família… mas também gostode Pínzio, porque gosto da minha casa e da horta. A minhaesposa e a minha filha até costumam dizer, “ Não é de Portugal, éde Pínzio que, eu gosto!”

    A minha filha e as netas gostam muito de Pínzio, é em Pínzio quese sentem bem e gostam de estar em tempo de férias! Atédizem quando forem velhinhos querem vir para Pínzio… Maspara já é férias que eles querem fazer, e ficam muito felizes, emfazê-las em Pínzio!

    Digo, que foi a Alemanha que me deu a vida…e continuo a dizer,que tive sempre muita sorte em tudo, mesmo no trabalho… maspara isso, também temos de a procurar e não ficar de braçoscruzados, acomodados, à espera que ela chegue!

    Luís Afonso Pires

    O Jornal DIA20 agradece o tempo dispensado, para nos dar umtestemunho de que há gente que emigrou e continua a paixão

    pela aldeia que os viu nascer!

  • 8/17/2019 Jornal Pinzio DIA20 - Nº 10

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    ornal Nº10 – Abril 2016

    NÓS… OS MAIS PEQUENOSA comunidade Escolar de Pínzio na XXI Feira das Tradições emPinhelA XXI Feira das Tradições e Atividades Económicas de Pinhel,teve como tema “Granito Cinza Pinhel” que se articulou com odo Departamento do Pré – Escolar do Agrupamento de Escolasda Cidade Falcão “ Vamos Crescer, Amigos Fazer e o Meio

    Conhecer”. Os outros ciclos também abraçaram a temática desteMunicípio e trabalharam com dedicação e entusiasmo ao longodo ano para a sua concretização. A mesma despertou muitacuriosidade em obter sucesso, pois parecia difícil de conceber.Em Pínzio o Jardim de Infância e a EB1 cedo iniciaram estetrabalho e em conjunto deliberaram representar os Flintstones,devido a ter sido uma série de televisão animada (produzidapela Hanna-Barbera de 1960 a 1966 e criada por Willian Hanna eJoseph Barbera), onde o desenho retrata o quotidiano de umafamília de classe média da Idade da Pedra. Executou-se umapesquisa sobre a época, selecionaram-se e adquiriram-se osmateriais, refletiu-se sobre a confeção dos trajos, elaboraram-se

    utensílios para os participantes do desfile e para o carroalegórico. Houve muita criatividade e empenho do pessoaldocente, não docente e de todos os que cooperaram erevelaram os seus talentos, tanto no carro alegórico como nostrajes.Mais uma vez Pínzio brilhou pelo excelente resultado desteprojeto, superou todas as espectativas, foi maravilhoso, coloridoe surpreendente. Remeteu-nos para a Pré- História, fase em queo homem dependeu do uso de ferramentas de pedra para a suasobrevivência, sendo a tecnologia mais avançada daquela época.A madeira e os ossos também foram utilizados, mas a pedra foimais relevante no fabrico de ferramentas e armas, de corte ou

    percussão.

    O Granito falou alto nesta XXI Feira das Tradições, dado ser umrecurso endógeno desta região e usado na ornamentação, naconstrução civil, nas calçadas e em belíssimos monumentos eafloramentos de Pínzio.O animado cortejo Carnavalesco realizou-se no dia cinco defevereiro em Pinhel, as

    ruas encheram-se degente, de alegria, de cor ede diversão para ver edesfrutar deste momento.Honramo-nos do sucessodesta atividade quepreparámos ao longo demuito tempo, pois só foipossível com o valiosoapoio logístico efinanceiro do nossoAgrupamento de Escolas,

    do Município de Pinhel,da Junta de freguesia dePínzio e dos seustrabalhadores, semdescurar o grande“artista” Pedro Amadeuque produziu o carro dosFlintstones e de todos osque de alguma formaconnosco colaboraram. Asnossas crianças foram oalicerce principal deste nobre evento, porque como escreveu

    Fernando Pessoa “… o melhor do mundo, são as crianças …”

    Ivone Gil – Educadora, Jardim de Infância de Pínzio

    Carnaval é…

    Eu não sei bem o que é o Carnaval.Eu só sei que posso vestir trapalhices e fazer macaquices.Posso ser princesa e posso se baronesa.Posso ser zarolho e posso pintar um olho.Posso andar mascarado e andar por todo o lado.Posso fazer de tonto, pintar a cabeleira e andar de qualquer maneira.

    Posso até fazer piruetas no ar até me cansar.Mas o que eu gosto mais é de ser palhaço e de usar um grande laço.No dia 5 de fevereiro, primeiro dia da “Feira das Tradições eAtividades Económicas”do Concelho de Pinhel,fizemos o nosso desfilede CarnavalO tema este ano era “ OGranito Cinza”.Desfilámos como os“Flintstones ” na Idadeda Pedra.

    O dia estava quentinhoe luminoso, muitoagradável para oevento.

    Aqui fica, para memória, porque fez parte do nosso carroalegórico, um soneto de Antero de Quental, e algumasfotos do desfile.

    Evolução

    Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigotronco ou ramo na incógnita floresta...

    Onda, espumei, quebrando-me na arestaDo granito, antiquíssimo ...

    Rugi, fera talvez, buscando abrigoNa caverna que ensombra urze e giesta;O, monstro primitivo, ergui a testa

    Hoje sou homem, e na sombra enormeVejo, a meus pés, a escada multiforme,Que desce, em espirais, da imensidade...

    Interrogo o infinito e às vezes choro...

    Mas estendendo as mãos no vácuo, adoroE aspiro unicamente à liberdade.

    Alunos da EB1 de Pínzio

  • 8/17/2019 Jornal Pinzio DIA20 - Nº 10

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    JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PÍNZIO

    Jornal Nº10 – Abril 2016

    SEM PACHORRA PARA COISA NENHUMA!… Mais uma vez!Tudo para a última da hora e à pressa, tentarpreencher o espaço que me destinaram,nem sei bem porquê, não pode correr bem.Satisfazer os leitores, onde uns não gostamou ainda pior, ficam chateados com o que se

    escreve! Onde o sal e a pimenta têm de ser àmedida para não ofender ou magoaralguém, nem sempre é fácil. Por outro lado,

    há já quem diga ser eu fazer de propósito e esticar a corda para sersaneado. Mas como as Leis do trabalho e as indemnizações pordespedimento ainda funcionam neste País, a coisa anda calma e euestou despreocupado.

    Acreditem, estou passando uma fase de grande felicidade esatisfação. Não que me tenha saído o euro-milhões, mas sim porquea minha vida, em especial a familiar, me corre bem.

    Na vida pública, que é o que interessa… o Benfica é o maior! Levatudo à frente. Ainda este fim-de-semana “brindou” o Bom Jesus com5 (cinco). Não admira estar na frente do campeonato. Assim bem vai“impingir” o Renatinho aos ingleses por 85 milhões, ou perto disso,apesar do Bruninho dizer que o rapaz já foi ao cartório, registar-se,numa bicicleta. Que já tem 23 anos e em maio quer o 35. Que andaa jogar contra equipas de garotos e, como ele já é velho, o Benficaganha sempre! Como paga, o Benfica aliviou-lhe os gastos ecomprou-lhe um jogador, o Carrilho, aquele que ninguém queria,lembram-se?A esse homem tudo lhe acontece e assim não admira que, com tantacontradição, ande aborrecido. Não é que ainda recentemente tinha

    á um “post” pronto para publicar no facebook quando aos 92minutos aconteceu mais uma tragédia. O Jonas deu-lhe cabo detudo. Pensam que é fácil aceitar assim a vida? Pensam que, quandoas coisas na vida mudam, repentinamente não fica a gente meiaatordoada? Pensam? Não admira que uma pessoa, uma veztresloucada, dispare para onde estiver virada. Agora até sai emnossa defesa e critica o arbitro por ter marcado um penalti aoBenfica. Não precisamos de falsas defesas, pois se foi penalti deveser marcado. O melhor é ficar por aqui, se não o homem pode ficarainda mais doente do que já está e digam que a culpa é minha.

    No estrangeiro a coisa vai estar mais complicada. Lá isso vai.Demonstrámos que não temos medo. E não fora a cobardia doárbitro no penalti e sairíamos do Allianz Arena, com meio caminhoandado, para as meias-finais. Uma coisa é certa batemos até ao fim,não para defender o 6-1 ou os 7-1, mas com a nossa firme vontadede vencer. Por certo o André vem satisfeito. Força Benfica!

    Quando o jornal for publicado já sabemos quem passou. Se nãoformos nós, paciência pois quem faz o que pode, a mais não éobrigado!

    A satisfação não fica por aqui. No nosso quotidiano, vão acabarmuitos descontos (impostos) que mensalmente nos emagreciam acarteira. O meu ordenado, por exemplo, passa para 530€. Há maisfaturas a descontar no IRS, etc.etc. Que mais, se pode pedir? Só o solna eira e a água no nabal ao mesmo tempo, poderia deixar essagente contente. Mas a vida não é assim tão fácil. Podem, alguns,dizer o que quiserem, mas também já por lá passaram e não forammelhores. Nem vale a pena justificar-se, que, o não fizeram por

    culpa dos anteriores porque isso é a desculpa de todos.Sempre a mesma conversa já dita por esses outros. Mas enfim!Como para mim, quer o meu clube jogue bem ou mal é sempre omelhor, os tais outros, também têm o direito de defender essatese. O que é certo é regressarem os feriaditos, poder fazerpontes e mini férias no Algarve que o Brasil não está para festas.

    Mas a nossa sociedade anda zangada, agressiva, nem sei como lhechamar. Se não toda a gente, pelo menos um quinto. Ou pelabola, ou pela política, ou pela falta de dinheiro, ou pelo tempo,toda a gente se lamenta! Nem sempre o nosso emblema atinge oque dele se espera. Ao princípio todos apostam e acreditam que édesta, mas no Natal a coisa complica-se.

    A neve abandonou-nos. Essa ingrata que já mal nos visita, preferea serra do Marão e a Beira Alta fica sem nada. Que saudades dosdias e de inverno com um manto de neve a cobrir as ruas e osprados. Que saudades dos beirados com “pingões”, as estalactites,

    quase de meio metro, outras desde o telhado a tocar o chão, queserviam de gelados à “ganapada” mais nova. Gelados sim, poisoutros não havia. Tempos que provavelmente não voltam a fazerfé no aquecimento global.

    Se repararmos com atenção, nem tudo é mau… O Presidente daRepublica foi eleito à primeira volta, poupando assim muitodinheiro e nervos a muitos portugueses. O Presidente da Câmarade Pinhel, sem se por em bicos de pés, foi elogiado em toda aBeira Interior e considerado personalidade do ano, facto quemerece ser realçado e sublinhado. Ao contrário de alguns colegasque vão amealhando rancores e menos simpatia. Provavelmente

    as portagens vão ser reduzidas, pois acabarem é uma miragem.O Papa Francisco no próximo ano virá a Portugal. Um dia destesainda vamos ter o interior cheio de fábricas, as que os outros nãoquerem é certo, mas mesmo assim, ainda bem que vêm, pois bemprecisados estamos de postos de trabalho que ocupe as nossasgentes.

    Para terminar, falta relembrar que, enquanto a juventude se nãocansar, mais uma vez, vai haver festa no Verão. A coisa está paradurar e nós temos obrigação de os apoiar e ajudar. Quem nãopode de outra maneira, ajude financeiramente. Só assim as coisasnão “morrem”. Vamos lá então todos participar nas váriasatividades e festas promovidas pela comissão.

    Da minha parte por hoje é tudo. Está o “buraco”, no jornal claro,tapado.

    Resta desejar-vos uma boa entrada na Primavera e esperar quenão vos falte saúde nem dinheiro, sob pena de acontecer aquiloque acontecia ao velho que passeava no bairro chino emSalamanca. E mais não digo.

    Façam o favor de serem felizes!

    Ernesto Gonçalves

  • 8/17/2019 Jornal Pinzio DIA20 - Nº 10

    17/20

    JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PÍNZ

    ornal Nº10 – Abril 2016

    SEMPRE BELA!… Coisas que as nossas unhas podem dizersobre a saúde

    Pode não parecer, mas as nossas unhas têmmuitas funções importantes adesempenhar: elas protegem tecidos e são

    importantes para coçar. De fato, as unhastambém nos podem dizer muito sobre a

    nossa saúde, mostrando sinais de desnutrição, infeções e atédoenças graves tais como:

    - Distúrbios de Tiroide: O hipertiroidismo e hipotiroidismo sãodoenças, frequentemente associados com perda ou ganho depeso. No entanto, também se pode relacionar alterações dasunhas com doenças da tiroide. Normalmente neste tipo desituação, as unhas separam-se, podendo ficar mais levantadas.

    - Problemas cardiovasculares: o s indicadores comuns de risco

    para problemas cardiovasculares são, geralmente, pressão arterialelevada e colesterol alto. Embora possa haver uma série dealterações das unhas que podem indicar doenças cardiovasculares. As chamadas hemorragias apresentam-se como linhas de sanguefinas e vermelhas, que ocorrem sob as unhas. Essa condição podeser um sinal de uma infeção da válvula cardíaca, ou danos nosvasos sanguíneos. Essas hemorragias podem ser causadas porminúsculos coágulos que danificam os pequenos capilares sob asunhas.

    - Ansiedade e stress: Roer as unhas é um hábito que denotanervosismo ou stress. No entanto, é um hábito que deve ser

    controlado, pois pode levar a infeções. No caso dos homens,mantê-las sempre bem curtas pode diminuir o problema. Para asmulheres, mantê-las pintadas com verniz ou uma base tambémajuda.

    - Diabetes: se você costuma pintar as unhas, vai notar que elastendem a ter uma tonalidade amarelada depois de ter removido overniz. No entanto, se as unhas permanecem amarelas por muitosdias, a coloração pode ter uma causa mais séria: diabetes. Estadoença, pode levar ao amarelamento da pele e das unhas. Amudança de cor é provavelmente causada pela ligação da glucose(açúcar) com as proteínas de colagéneo na unha. Se as suas unhasamarelas não voltarem para um tom normal, e você apresentaoutros sintomas, como o aumento da sede, deve consultar o seumédico imediatamente.

    - Problemas pulmonares: unhas azuis, podem significar problemasde saúde relacionadas com o oxigénio, como: hemoglobina baixa,asma, doença pulmonar obstrutiva crónica, bronquite oupneumonia. Além dos problemas pulmonares, unhas azuistambém podem indicar certas condições cardíacas. Se suas unhasse tornaram azuis, independentemente da condição, normalmente

    é um sinal de que a sua doença se tornou grave.

    - Deficiências nutricionais: nós somos o que comemos: a saúde nointerior vai refletir-se na beleza exterior. Escolhas nutricionaissaudáveis incluem alimentos ricos em ômega-3, proteínas magrase ferro para ajudar a ter cabelos, pele e unhas saudáveis. As unhaspodem refletir algumas deficiências nutricionais, como os baixosníveis de ferro, botina e proteína. A maioria dos problemas deunhas não está relacionada com a sua alimentação, mas, se tiveruma deficiência de ferro, as unhas podem denunciá-la. Porexemplo, se as unhas estão esbranquiçadas, pode ser um sinalcomum de anemia.

    - Infeções: Pele dolorosa, vermelha e comichão em torno das suasunhas são grandes indícios de que algo não está certo. Assim comoem outras partes do corpo, as unhas das mãos e pés sãopropensas a infeções, ocorrendo geralmente em adultos ecausadas por fungos, bactérias e verrugas virais. As infeções dasunhas não indicam necessariamente problemas graves de saúde,mas eles precisam ser tratados por um médico. Os fungos são osagressores mais comuns e são difíceis de tratar, exigindo,geralmente, tratamentos em longo prazo com medicamentosespecíficos. Bactérias e vírus também podem causar alterações umpouco desagradáveis para unhas. As infeções bacterianas podem

    provocar a perda da unha se não forem tratadas. Muitas dessasinfeções podem ser evitadas com higiene adequada, utilização demateriais descartáveis ou esterilizados pela manicure e nãocompartilhar materiais pessoais como tesouras limas ou alicates,além de outros cuidados.

    Sabrina Pina - Esteticista

    ESPERAMOS POR SI!

    Anos de trabalho em prol dosassociados!

    Temos orgulho que seja umnovo sócio da Associação dosAmigos de Pínzio!

    Para ser sócio basta pedir a um membro da Direção (CelestinoVilar, Lisete Cardoso, Jorge Pires) … e nós trataremos do resto.

    São várias as vantagens, além de fazer partede uma família:

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  • 8/17/2019 Jornal Pinzio DIA20 - Nº 10

    18/20

    JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PÍNZIO

    Jornal Nº10 – Abril 2016

    PARO, ESCUTO E OLHO!Olho para trás, mas não de pescoçovirado, dou uma volta de 180° e fixo oolhar no passado...Por vezes ainda tenho esses momentos,ainda bem que os tenho, porque sãoesses momentos que me dão coragem

    para me voltar de novo e seguir em frente.Olho e vejo aquilo que fui, mas de cada vez que me viro aimagem de mim é cada vez mais tênue e distorcida, sentimentosde perda de nostalgia e cansaço apoderam-se de mim...

    Mas quando me viro de novo vejo tudo o que tenho à minhafrente, que cheguei a um ponto sem retorno e que só já tenho umcaminho, o de seguir em frente. Eu sei que somos feitos dasnossas vivências e que é impossível apaga-las, mas também seique o único que tenho de fazer é seguir o meu caminho e… serfeliz!

    Escreve Carlos Drummond de Andrade “A cada dia que vivo maisme convence de que o desperdício da vida está no amor que nãodamos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta quenada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemostambém a felicidade”

    Ascensão Moita

    HISTÓRIAS INGLÓRIASO Sardinheiro da perna de pau!Um som metálico libertava-se da cornetaamarela, descia o outeiro, sobrevoava oribeiro e ia ao encontro da aldeia que seacomodava ao dia na encosta nascente doMonte de Santa Bárbara.Ao Ti Aníbal, mais conhecido pelo“Sardinheiro da Perna de Pau”, faltava-lheuma perna.

    Caminhava coxeando em passos desequilibrados, espetando naterra do caminho a parte fundeira da perna postiça em forma defunil. A parte que pousava no chão em tudo diferia de um péhumano.O Ti Aníbal avançava tocando o burro com um bastão de freixo,enquanto bradava loucamente:- É barata, mulheres, é barata!Escassos minutos mais tarde a dupla, sardinheiro e animália,curvavam a entrada da aldeia já em passo retardado. O homemmantinha o sopro na lingueta metálica da corneta até ao limite doseu fôlego. Respirava, já próximo do sufoco, e voltava a vociferar:- Olha a sardinha barata.O burro transportava, encordoados no lombo, três caixotes desardinha submersa em sal grosso.De quase todas as portas saiam mulheres em corrida miudinha.Traziam nas mãos pratos de louça florida. Abeiravam-se dovendedor, espreitavam os caixotes e questionavam:-Ei, ti Aníbal, então a sardinha é fresca?

    -É boa mulheres! É boa e barata!

    O homem não era de mentiras e, portanto, evitava afiançar afrescura da sardinha. Muito simplesmente dizia de si para si:- No inverno está sempre fria. No verão nem fria nem fresca.O burro, quando parado, sacudia, repetidamente, as orelhas demeio metro. Ao baterem uma na outra produziam um som surdoque se somava aos espirros húmidos do animal. O Ti Aníbalinclinado sobre a perna coxa, equilibrava-se na bengala e iasuplicando por entre a avalanche das mulheres:- Não mexam. Por favor não mexam. Não mexam que amolecem…Depois, tentando controlar a atuação das freguesas mais frenéticas,perguntava:- Quantas quer? Um quarteirão ou meio?A tia Almira recorrendo à sua veia para o negócio ia propondo:- Só se trocar as sardinhas por batatas. Olhe que este ano sãofarinhentas e grossas. Molhadas em azeite nem precisam deconduto.Mas a ti Augusta mexia e continuava a remexer, ignorando assúplicas do vendedor, como se quisesse apalpar a totalidade dassardinhas até que o Aníbal, já irado, praguejou:- Raios partam a mulher, que machuca tudo e não compra nada!Só assim conseguiu afoguentar a Augusta que partiu zangada.Chegada a casa escoou as batatas, tirou-as da panela e, enquantolhes ripava a casca fina, ia magicando:- O diabo enxergue o homem que é esquisito. Que culpa tenho eude não ter dinheiro para lhe comprar as sardinhas? Mas, ao menos,hei de comer as batatas com o cheiro das sardinhas!

    Fernando Pereira Capelo

    RECEITA DA SOFIA

    JAVALI ESTUFADOIngredientes:

    Lombo de javali Vinho Sal, q.b. Um pouco de água Pimenta branca e preta em

    grão (4 ou 5 de cada) 3 ou 4 cravinhos Louro Tomilho Salsa

    Preparação: Cortar o javali em pedaços, não muito pequenos, e metê-losnuma caçarola, em calda durante, pelo menos, 24h.Numa panela refogar, no azeite, cebola e uns dentes de alho.Depois mete-se a carne para cozer e vai-se acrescentando com omolho da calda. Ferve até a carne ficar cozida e o molhoengrossar.

    Pode acompanhar com batata cozida e uma boa salada.Para melhor ficar, poderá fazer esta receita, numa panela deferro. Também poderá utilizar esta receita para carne de veado.

    Bom apetite! Sofia Vilar

  • 8/17/2019 Jornal Pinzio DIA20 - Nº 10

    19/20

    JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PÍNZ

    ornal Nº10 – Abril 2016

    O CANTINHO DO GENINHO …Segurança … Sempre!Crianças, Internet e os conselhos Policiais!

    Através da Internet pode obter-se oudisponibilizar-se todo o tipo de informaçãoe usar uma variedade enorme de serviços.Contudo, apesar do lado positivo que aInternet tem, também existem perigos.Pais e educadores devem conversar com os

    filhos e educandos sobre os vários riscos que existem nela,devendo explicar-lhes que devem existir regras de segurançaassociadas à sua utilização.

    É necessário sensibilizar e conseguir que as crianças e osadolescentes aceitem e ponham em prática, boas práticas e regrasde utilização da Internet, devendo cada uma delas ser explicadapelos pais e educadores. Este deverá ser o caminho a seguir,devendo ser um processo naturalmente aceite por elas, de formaa conquistar-se a sua confiança, o seu interesse e acompanhá-losno processo de aprendizagem no uso da Internet.Neste contexto, a Guarda Nacional Republicana disponibiliza nasua plataforma digital algumas sugestões para pais e educadores,pois existem fatores que podem evidenciar a dependência on-line,tais como:

    A ansiedade; Muitas horas diárias de utilização da Internet;

    Reclamar Privacidade; Isolamento; Falta de interesse pela escola; Reduzida Vida Social.

    As Regras básicas de uso da Internet serão então as seguintes: Nunca disponibilizar dados pessoais; Falar sempre com os pais ou com os educadores

    sempre que acontece alguma estranha; Nunca abrir, ou responder a e-mails estranhos; Não marcar encontros com amigos virtuais.

    Se seguir estes conselhos policiais, pode viajar em segurança naInternet.

    Bruno Martins Peraizal

    A MINHA EXPERIÊNCIA NA ADAP

    … Na Associação dos Amigos de Pínzio

    A Associação dos Amigos de Pínzio tem paramim vários significados, entre eles, o deprimeira oportunidade, primeira experiência,primeiro emprego!

    Foi através dela que surgiu o início debastantes aprendizagens, tanto em contextoprofissional como pessoal, pois consegui

    colocar “teoria em prática”, como se costuma dizer, tendo tambémaprendido coisas que desconhecia totalmente.Pessoalmente, cresci a vários níveis, porque as pessoas envolventesnesta Associação, tanto, membros de Direção, como os queridosalunos do Pólo da USP, acolheram-me e ajudaram-me de uma formaincansável… foi com eles que, a cada dia, aprendia uma coisa nova,um pormenor que fosse. E foi nesse mesmo contexto que fizeramcom que me sentisse em casa e o trabalho fosse harmonioso entretodos.

    Com a ADAP adquiri alguma experiência, aquela que tanto fazemquestão em realçar, num de tantos requisitos, a cada anúncio deemprego. Foi para mim um gosto, um prazer ter sido dessa mesmaforma! Gostava de continuar, mas a vida profissionalmente falandodos jovens do nosso país, infelizmente, tem destas coisas!

    Resta-me desejar que a Associação dos Amigos de Pínzio vácrescendo a cada ano e que o novo projeto GREENCORK (reciclagemde rolhas de cortiça) corra “às mil maravilhas” e que haja apossibilidade de abrir novas portas para esta.

    Aos alunos, não desmotivem nem desistam, pelo contrário,levem amigos e/ou conhecidos para as aulas do Pólo Pínzio daUniversidade Sénior de Pinhel, pois além de seremproporcionados momentos de muitas risadas, boa disposição ebrincadeiras, aprendem-se e partilham-se coisas novas em cadaaula, a cada dia!

    Não podia deixar de lembrar o Jornal DIA20… vão em frente,não desistam, pois é muito importante chegaremnotícias/novidades da terra que amamos. A todos peço quecolaborem, participem, partilhem para que este projetocontinue a ser uma realidade para a gente de Pínzio e comgente de Pínzio!

    Quero ainda deixar uma enorme palavra de gratidão a todos osmembros de Direção da Associação dos Amigos de Pínzio, tantopela oportunidade que me proporcionaram, como pelo apoioque me deram sempre que foi necessário! Foi um enormeprazer para mim, esta experiência tão rica. Guardá-la-ei parasempre, na minha memória

    E obviamente, sem poder esquecer, agradecer também a todosos alunos, pelas brincadeiras, pela partilha de saberes e pelocarinho especial que sempre tiveram comigo…. mas a vida, porvezes, dá muitas voltas. E é triste termos de procurar noestrangeiro, aquilo que não podemos ter no nosso País!

    Daniela Tomé

  • 8/17/2019 Jornal Pinzio DIA20 - Nº 10

    20/20

    JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PÍNZIO

    OS NOSSOS PATROCINADORES OFICIAIS

    DEALPOINT – MOBILIÁRIO

    CRÉDITO AGRÍCOLA - PÍNZIO

    AM FORTUNATOA AM Fortunato, mais conhecida por nós por “O Ti Amadeu” é uma empresa de comércio de materiais deconstrução, louças sanitárias, pavimentos e revestimentos, tintas e vernizes, eletrodomésticos, ferramentaselétricas e artigos de pesca. Na loja e armazém, poderá encontrar um leque infindável de produtos emstock, que tanto jeito, nos dão no nosso dia-a-dia.Na loja do “TI Amadeu” encontramos sempre soluções para as nossas necessidades, muitas vezes fora dehoras e quando estamos “enrascados”, para além de sermos atendidos por pessoas simpáticas eprofissionais.

    O “Ti Amadeu” é mais que uma loja. É um parceiro que está sempre disponível para nos ajudar a encontrar soluções para as nossasdificuldades.Comprando no “Ti Amadeu”, também estamos a promover o desenvolvimento da nossa Freguesia e a contribuir para o emprego eeconomia local.

    FOR2NATOA empresa for2nato é do nosso bem conhecidoe conterrâneo Alberto Fortunato.Devido à evolução das necessidades dosclientes e de mercado, a empresa foi expandidoa sua área de negócio bem como os produtoscomercializados.Comercializa uma vasta gama de produtos,produtos esses, necessários desde a projeçãoao acabamento final de todo o tipo de edifícios

    públicos e privados.Neste momento, existe na For2nato, cerca de 30.000 produtos no

    seu circuito comercial, indicando de entre eles, uma forte apostanas energias renováveis, tendo para isso investido fortemente emformação e desenvolvimento de conhecimento aos seuscolaboradores, bem como na sensibilização constante de ummelhor meio ambiente.

    O objetivo da For2nato é desenvolver com os seus clientes umaparceria capaz de enfrentar com sucesso os desafios decorrentesda Politica dos mercados e contribuir desta forma para odesenvolvimento das empresas da região e indiretamentecontribuir para o desenvolvimento da economia regional, comrepercussões a nível nacional e internacional.Não hesitem em contactar sempre que necessitem de umasolução profissional.

    For2nato

    Rua da Veiga nº 48 – 1º6300-876 GuardaTelefone: 271 212 216Email: [email protected]