Jornal Nº 10 AORP Junho 2012

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TENDÊNCIAS OUTONO INVERNO 2012-2013 Sugestões Eclat de Mode Paris ESPAÇO DESIGNER Ana Ramalho em Entrevista WORLD JEWELLERY FORUM Congresso Cibjo Vicenza

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Jornal Trimestral da AORP Abril/Maio/Junho

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TENDÊNCIAS OUTONO INVERNO 2012-2013Sugestões Eclat de Mode Paris

ESPAÇO DESIGNERAna Ramalho em Entrevista

World JeWellery ForumCongresso Cibjo Vicenza

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No passado mês de abril, chegaram às lojas da marca as peças da linha Juste un Clou, “somente um prego”, em tradução literal. Trata-se de uma cararacterística da joalharia Cartier, que se afirma na transformação de objetos do quotidiano em joias.

Provocativos e sofisticados, anéis e pulseiras em forma de prego foram criados pelo designer Aldo Cipullo, em 1970, época em que Nova York pegava fogo com o lendário Studio 54. Na época, a criação foi considerada revolucionária.

Com a mesma inspiração, a Cartier retoma a proposta numa versão repaginada. Em ouro amarelo, branco ou rosa, com incrustação de diamantes ou não. Os preços começam nos 5.000€ e poderão ir até aos 10.000€.

REEDITA JOIAS INSPIRADAS EM PREGOS, DA COLEÇÃO DOS ANOS 70

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CAROS COLEGAS,

Temos de encontrar soluções para vencer estes ciclos que são difíceis para todos nós. Estamos a passar dificuldades sérias, mas há que abrir as nossas mentes para novas ideias e desenvolver forte capacidade de adaptação.

Todos os dias devemos tomar atitudes que defendam a nossa Ourivesaria, que é uma arte que nos leva à criatividade. Devemos proteger o nosso produto, promovendo aquilo que é nosso, pro-porcionando trabalho aos nossos ourives. Vejo com grande preocupação a opção das empresas pelas importações, quando temos uma tradição de mais de quinhentos anos de ourivesaria que deve ser mantida e desenvolvida.

Devemos abrir-nos mais ao turismo, mudando mentalidades e tomando atitudes que defendam a nossa produção. Não podemos perder a esperança, pois juntos havemos de passar com sucesso esta crise, com a ajuda da nossa Associação e a aposta nas nossas empresas e na sua formação.

Comprometida a apostar na promoção da ourivesaria portuguesa, e a apoiar as nossas empresas, a AORP vai estar em Julho na feira Eclat de Mode em Paris, ocupando um stand institucional, a divulgar o que de melhor se faz no nosso país. Ainda este ano estaremos também na feira Iber-joya, em Madrid, cumprindo o mesmo objetivo. Apelamos à participação das empresas em parce-ria com a AORP, que para isso se deverão inscrever, e não desistir das ações, como tantas vezes o fazem!

As últimas palavras que quero deixar não são novas, nem criativas, ou sequer inovadoras. A his-tória é velha e repete-se! Este setor só poderá reencontrar o caminho do crescimento se atuar de uma forma coletiva, partilhando saberes, aproveitando sinergias e viajando em conjunto. Deixo por isso, aqui, este apelo de união. A AORP é o ponto de encontro!

AORP-Associação de Ourivesaria e Relojoaria de PortugalAvenida Rodrigues de Freitas, 204 · 4000-416 PortoT. +351 225 379 161/2/3 · F. +351 225 373 [email protected] · www.aorp.ptTIRAGEM - 2000 exemplares

Sílvia SilvaGabinete de Comunicação e Imagem da [email protected]

Cassiano FerrazColar e anel: OuropaVestido: Daniela BarrosMake up: Tinoca MakeUp com produtos MAC

(Presidente AORP)

Cabelo: Pedro FerreiraStylist: Filipe CandeiasModelo: Kristina Luskova (Best Models)

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04 · LIFESTYLE

AS TeNdÊNCIAS dA PrÓXImA eSTAÇÃo SÃo delICIoSAS

Num ColorIdo CoNTAgIANTe, oS BrINCoS Surgem em TodoS oS CoordeNAdoS de VerÃo

1 - Oscar de la Renta: 2 - guitarra, Oscar de la Renta; 3 - Erickson Beamon; 4 - Dominic Jones.

1

2

3

4

Marc by MarcJacobs

Fiona Paxton Sequin

Delfina Delettrez, prata

Yves Saint Laurent

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05 · LIFESTYLE

PuRPLE JEwELS BY VOGuE

Stylist, Lydia Lobe. Foto: Jeremy Zaessin-ger. Assistente Stylist: Farah Bendjeddou.

Em Abril, a Vogue Joias trouxe-nos o Vio-leta/Púrpura, uma cor, muito utilizada e considerada importante, sendo um pouco excêntrica pode se tornar inteligente e elegante quando combinado com um verde garrafa ou cor fúcsia brilhante.

Jogue com a mistura de tonalidades, a sintonia é prerrogativa no humor da moda. Tem todos os elementos à dispo-sição, conjugue com as cores das bolsas, lenços, sapatos e roupas, mas especial-mente com as joias.

A Vogue Gioiello para esta produção selecionou as seguintes marcas:

BulgariLorenz BaumerDior Joaillerie Anna RivkaDjulaErik SchaixBaccaratRepossiPhilippe FerrandisKMO JewelSwarovski Sylvia ToledanoPhilippe FerrandisBurma

www.vogue.it/vogue-gioiello

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06 · CIBJO

ESTE ANO A FIERA DI VICENZA, IMPORTANTE ORGANIZADOR DE CERTAMES ITALIANOS COM FORTES LIGAÇõES

INTERNACIONAIS, DESIGNADAMENTE NO DuBAI, DECIDIu ORGANIZAR NA CIDADE DE VICENZA, NO NORDESTE DO

PAíS, O wORLD JEwELLERY FORuM quE, DE 13 A 20 DE MAIO REuNIu AS LIDERANÇAS MuNDIAIS DO SETOR DE

JOALhARIA. O wORLD JEwELLERY FORuM INCLuIu REuNIõES E EVENTOS AO MAIS ALTO NíVEL, DESIGNADAMEN-

TE A REuNIÃO ANuAL DO wDC - wORLD DIAMOND COuNCIL, O SEMINáRIO SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIAL

E CORPORATIVA ORGANIZADO PELA uNITAR, ORGANISMO DAS NAÇõES uNIDAS, O CONGRESSO DA CIBJO - ThE

wORLD JEwELLERY CONFEDERATION, uMA MINI-CONFERêNCIA GEMOLóGICA SOBRE A TuRMALINA, CuLMINAN-

DO COM A REALIZAÇÃO DA EDIÇÃO DE PRIMAVERA DA VIZENZAORO. DuRANTE CERCA DE uMA SEMANA, VICENZA

FOI A CAPITAL MuNDIAL DO SETOR.

O World Diamond Council, foi funda-do em 2001 para fazer face à então dramática e preocupante situação dos diamantes de conflito. Sob a liderança do carismático Eli Izhakoff, o Conselho Mundial do Diamante reúne tanto as maiores companhias diamantárias do Mundo, como representantes gover-namentais dos países produtores de diamantes, associações de setor, como a IDMA - International Diamond Manu-facturers’ Association (associação que congrega as indústrias de transforma-ção e lapidação do diamante), WFDB - World Federation of Diamond Bourses (federação mundial das Bolsas de Dia-mantes) e CIBJO - The World Jewel-lery Confederation. Conta ainda com delegados representando o Kimberley Process. Este ano contou a presença da Embaixadora Gillian Milavanovic, presidente do grupo de trabalho.

Nos trabalhos que decorreram no dia 14 de Maio foram discutidos assuntos diversos que dizem respeito ao mer-cado mundial do diamante, mas com especial incidência nas políticas de responsabilidade social e benificiação, em particular no continente africano.

Uma das resoluções mais relevantes que resultou desta reunião anual foi a redefinição do conceito de “conflict diamonds” (diamantes de conflito).De acordo com as Nações Unidas, os diamantes de conflito são diamantes

procedentes de regiões controladas por forças ou fações oponentes a governos legítimos internacionalmente reconhecidos. A presente proposta alarga o conceito e simplifica-o da seguinte forma: diamantes de conflito são diamantes em bruto procedentes de regiões produtoras ou de comércio onde se verifica violência relacionada com esta atividade. Esta redefinição do conceito introduz um mais abran-gente sentido de responsabilidade no setor e demonstra que as lideranças do setor diamantário estão verdadei-ramente empenhados em dotar o ne-gócio do diamante de princípios éticos e de manifesto respeito pelos direitos humanos.

A CIBJO, na sua assembleia geral, dias mais tarde, apoiou e tornou sua esta resolução, alargando ainda mais o leque de suporte desta importan-tíssima resolução para a irradicação de situações menos dignas no setor e promoção da confiança do consumi-dor nos produtos.

reuNIÃo ANuAl do WdCWorld dIAmoNd CouNCIl

ruI gAloPIm de CArVAlHo

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07 · CIBJO

Após a abertura do congresso mun-dial da CIBJO - The World Jewellery Confederation, que contou com 143 delegados de todo o mundo, incluindo Portugal, começaram os trabalhos das comissões setoriais discutindo regula-mentos e resoluções relativas a maté-rias que dizem respeito à manufatura e comércio de joalharia, aos metais nobres e também aos materiais gemo-lógicos, a saber diamantes, pérolas e pedras de cor.

Na comissão das pedras de cor, o assunto mais debatido foi o da nomen-clatura dos “glass filled rubies” (tradu-zido literalmente, rubis preenchidos com vidro). Em virtude da, por vezes, imensa quantidade de vidro que estes produtos contêm, muitos laboratórios gemológicos e agentes de mercado referem-nos como “composite ruby” (rubis compostos). Todavia, esta desig-nação foi considerada como incorreta, recomendando-se que se mantenha a que está vigente no Livro Azul da CIBJO, ou seja, que o tratamento seja descrito como “lead glass filled open fractures and cavities” (preenchimento de fraturas e cavidades com vidro de chumbo”, sendo o vendedor recomen-dado a indicar que o material requer cuidados especiais (special care).

Um dos aspetos relevantes destes materiais é o fato de, em certos casos, consistirem em pedaços de rubi agre-gados com o tal vidro, desintegrando--se se submetidos a ácidos, não sendo, portanto, estáveis.

A discussão em torno da harmoniza-ção de uma designação inequivoca que represente o material tal como ele

é será objeto de discussão futura entre os membros do setor.

Uma outra matéria interessante foi a da eventualidade de se ter que rede-finir o conceito de jade em virtude da existência abundante de um mineral, a omphacite, invariavelmente classifi-cada como jadeíte e, porconseguinte, como jade. Mais sobre esta matéria será eventulmente colocado à conside-ração da comissão de pedras de cor na preparação para o próximo congresso.

Nas comissões de diamantes e péro-las, não houve discussão acesa sobre temas em concreto, tendo as reuniões sido basicamente centradas nas alte-rações ao Livro Azul (Blue Book) e na harmonização das suas estruturas para uma melhor consistência de conteúdos e definições gerais. Uma das matérias que irá dar que falar é a criação de um grupo de trabalho para a apreciação de um sistema de classificação de pérolas de cultura. A grande varieda-de de pérolas de cultura no mercado, tanto as de água-doce como as de água-salgada (incluindo akoya, mares do sul e tahiti), e, dentro destas, as que apresentam núcleo e as que não o têm, é já de si matéria de grande com-plexidade para a harmonização de um sistema de classificação. Este grupo de trabalho irá começar pela definição dos critérios e da forma fácil de os poder comunicar com o consumidor e, presumivelmente, estabelecer critérios diversos para cada tipo de pérolas de cultura.

CIBJo CoNgreSS 2012

Um dos temas que foi mais bem aceite pelos delegados dos países com repre-sentação na CIBJO foi o da segurança. A atual situação económica de cres-cente instabilidade e preço dos metais nobres, em especial do ouro, têm sido entendidos como responsáveis pela crescente onda de assaltos e roubos, não só em Portugal, mas também, ao que foi aqui apresentado, por todo o mundo. Nesse sentido, a CIBJO Association Executives’ Networking Commission (CAENCOM), comissão que reúne executivos das associações, organizou um importante seminário sobre segurança no setor. O orador principal foi John Kennedy, Presiden-te da Jewelers’ Security Alliance dos Estados Unidos da América, com uma apresentação sobre os crimes contra o setor naquele país, mostrando que se registou uma quebra de metade em relação à última década. Apontou as carências que, nesta matéria da segu-rança, se registam em muitos países e na falta de articulação entre agências e sector e, também, uma política estraté-gica para combate e prevenção deste tipo de crimes.

A delegação portuguesa, liderada pela secretária-geral da AORP - Associação da Ourivesaria e Relojoaria de Portu-gal, Fátima Santos, esteve muito atenta a esta importante reunião e à discus-são que se lhe seguiu entre membros de todo o mundo.

A CIBJO ao reconhecer a importância e urgência do problema, de contornos complexos e repleto de idiossincrasias regionais, dedicou aos delegados esta tarde de discussão nestas matérias para promover a procura de soluções e estratégias para a minimização do problema que, além dos óbvios prejuí-zos e riscos que acarreta, também tem estado por detrás do aumento dos custos com seguros e afins neste setor.

Daqui irá resultar certamente algo de concreto, agora que existe uma plataforma de discussão e partilha de experiências sob a égide da CIBJO.

PreVeNÇÃo dA CrImINAlIdAde NA ourIVeSArIA

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08 · INHORGENTA 2012

DK - O TALENTO NÃO CONhECE NEM LIMITES, NEM DISTâNCIA, NEM IDADE, NEM SExO, NEM CRENÇAS Ou OuTROS CONDICIONALISMOS. E A ANA é uM ExEMPLO VIVO DA FORÇA DE SONhO TORNADA RE-ALIDADE. COMO FORAM OS SEuS INíCIOS EM PORTuGAL?

AR - quando cheguei Portugal, o país desfrutava da expectativa de ingressar no euro.havia uma atitude protecionista em relação ao trabalho disponível para estrangeiros.Este foi o meu primeiro choque! Filha de um imigrante português e de uma brasileira, com nacionalidade portu-guesa, mas com forte sotaque brasilei-ro, não esperava ser considerada tão estrangeira.A procura de trabalho, revelou-se in-frutífera, pois era preciso falar portu-guês europeu.Com um MBA em finanças na mão, mas vivendo em cidades pequenas e acompanhando a carreira profissional do meu marido, senti a necessidade de encontrar outras alternativas e de um caminho para a minha própria ex-pressão. E decidi mudar do rumo.Dentro da oferta limitada que havia na época, a opção pelo curso de Estilis-mo na Academia de Moda, no Porto, pareceu-me uma oportunidade para esta mudança. E assim começou o meu caminho artístico. Após 2 anos de formação, ao preparar a coleção para o trabalho de final de curso, reparei que faltavam os acessórios que deve-riam complementar a obra.Decidi criar colares com peças de ce-râmica e pedras brasileiras, o que hoje seria ao estilo Boho Chic.

DK – ENTÃO O INíCIO DA RELAÇÃO COM A BIJuTERIA E JOALhARIA FOI uM FELIZ ACASO?

AR - A experiência com a cerâmica levou-me a frequentar diversas forma-ções, no CEARTE, IEFP e em Florença (Itália), no Studio Giambo.Durante alguns anos, houve uma dedi-cação integral à criação de acessórios de moda e a cerâmica, tendo partici-

pado em várias edições das Feiras de Milão e de Florença.O que me levou à joalharia, inicialmen-te, foi a ideia de aprender a trabalhar com metais preciosos para valorizar os trabalhos que fazia.Acabei por me apaixonar por esta arte que exige grande dedicação, tendo frequentado a Engenho & Arte Escola de Joalharia Contemporânea e poste-riormente a Contacto Directo Escola de Joalheiros. Seguiram-se diversos cursos com a finalidade de complementar a forma-ção nesta área tão desafiante, que na verdade considero que a formação é contínua.

DK – SIM, MAS O hIATO ENTRE A FASE DA FORMAÇÃO E A VIDA PRO-FISSIONAL é GRANDE E OS SEuS PRIMEIROS PASSOS PROFISSIONAIS NESTA áREA TIVERAM DE SER MuI-TO FIRMES, PORquE A REALIDADE PROFISSIONAL NÃO é FáCIL.

AR - Nesta época, não tinha ideia das dificuldades que iria encontrar do ponto de vista profissional.Embora esta seja uma formação carís-sima, o facto de terminarmos o curso não nos habilita a exercer a profissão. A maioria dos alunos, desconhece que ao terminar o curso, estará impedido legalmente, de comercializar as suas peças, uma vez que é necessário obter primeiro a marca da Contrastaria, que em Portugal é obrigatória.Este é um assunto tabu nas escolas, os formadores não transmitem nenhuns conselhos sobre esta matéria.Não há informação disponível, nem boa vontade. O processo é longo e requer uma licença industrial. A aceitação pelos setores mais con-servadores da ourivesaria, também é outra questão com a qual se deparam os novos designers. Trabalhei vários anos projetando somente as peças de joalharia, mas não as podia comerciali-zar com a minha marca.

DK – FINALMENTE AGORA, EM MAR-ÇO OBTEVE O PuNÇÃO – PARABéNS! PRINCIPALMENTE NESTES TEMPOS é MuITO IMPORTANTE PENSARMOS

PELA POSITIVA E DINAMIZARMOS TuDO à NOSSA VOLTA. POR ISSO é DE VALORIZAR O SEu CAMINhO CONTRA A TENDêNCIA E PERSEGuIR O SEu SONhO.

AR - Com a crise que o setor atravessa em Portugal, é importante compreen-der que é possível gerar mudanças a partir de uma sinergia entre a joalha-ria contemporânea e a experiência e conhecimento de quem já lá está há muitos anos.é importante gerar parcerias, mas também partilhar conhecimento, hábi-to que vejo muito pouco desenvolvido entre os profissionais desta área.Sem isso, não vamos a lugar algum, pois competimos com outros países como Reino unido, que tem dado grande suporte à ourivesaria, procu-rando valorizar o novo sem descurar da área mais tradicional, apoiando no-vos talentos e estimulando a troca de ideias com o setor industrial e criando novas parcerias.quem trabalha num atelier, tem muitas dificuldades em aceder às novas tec-nologias, que noutros países estão à disposição  dos profissionais da área.Corte e soldas laser, prototipagem rápida, também não são incompatíveis com os nossos trabalhos.

Por dANuTA KoNdeK

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04 · IBERJOYA 2011

DK – CuRIOSO, IDENTIFICO NA SuA ABORDAGEM uM CONVITE A PARCE-RIAS COM INDuSTRIAIS DO SETOR.

AR - O fato de ser um trabalho ar-tístico não faz com que tenha de ser sofridinho!Se eu apresento uma coleção numa feira, não é suposto atender as en-comendas, utilizando os métodos manuais para tudo, principalmente se trabalhamos com a prata, como ocorre hoje em dia. Torna o trabalho caríssimo além de muitas vezes inviável. Isto não significa corromper o trabalho. é preciso bom senso!Nesta questão, estou certa de que poderiam ser desenvolvidas boas parcerias.Por diversas vezes, precisei de corte a laser, perguntei a um revendedor das máquinas laser, se me poderia indicar alguém que pudesse disponibilizar este serviço, certa de que haveria interesse em disponibilizar esta nova tecnologia.Surpresa, fui confrontada com res-postas vagas e não consegui obter a informação.Perguntar a alguém onde fez uma formação ou onde obter determinado serviço é assunto tabu?

DK – DE FATO, TOCA AquI NuM PONTO CRuCIAL DA CuLTuRA CO-LABORATIVA, quE é POuCA, MAS quE PODERIA SIGNIFICAR INTERES-SANTES NEGóCIOS PARA DIVERSAS EMPRESAS. PRINCIPALMENTE NOS TEMPOS quE VIVEMOS, TEMOS DE CRIAR AINDA MAIS SINERGIAS, NÃO AChA?AR - Penso que seria mais lucrativo para todos. Os profissionais  do setor muitas vezes queixam-se  de falta de  trabalho, mas por outro lado resis-tem a novas parcerias.

DK – AS SuAS CRIAÇõES, CLASSI-FICADAS COMO JOALhARIA CON-TEMPORâNEA DE AuTOR E A VIDA E FORÇA PRóPRIAS. quAIS SÃO AS SuAS LINhAS DE FORÇA?

AR - A joalharia contemporânea, para além de um meio de expressão do autor, tem também o papel de ques-tionar, provocar e permitir-nos lançar um olhar desprovido de preconceitos a materiais pouco usuais e a utilização de novos conceitos.Acho fantástico que uma peça de joalharia feita com pasta de papel, por exemplo, encontre lugar num museu como o Victoria&Albert Museum.

DK – PARA ALéM DE, NATuRALMEN-TE, DO SEu CARáTER ARTíSTICO, O quE DIFERENCIA AS SuAS JOIAS?

AR - Procuro incorporar ao meu trabalho, a laca japonesa, o vidro, a cerâmica e outros materiais. Acho esta mistura importante, pois é preciso desmitificar o “precioso”.é reconfortante olhar para os mate-riais e compreender que tudo merece uma outra oportunidade e que a natu-reza nos fornece um infinito leque de recursos onde a joia além de adornar o corpo, expressa as nossas opções, crenças e afetos.Feminina, dinâmica, independente e romântica é esta a mulher que escolhe as minhas peças. Aprecia os detalhes e expressa sua personalidade através dos acessórios.Gosta de ser reconhecida pelo seu estilo e passar a mensagem que a identifica com a sua “tribo urbana”. Pode ter qualquer idade, raça cor ou credo. Faço peças que são usadas por pessoas com estilo, que se sentem bem na sua pele, independente do lugar onde vivam.

DK: quE PLANOS ESTá A TRAÇAR PARA O FuTuRO?

Neste momento estou de viagem para o Brasil, onde tenho agendado alguns contatos com a finalidade de internacionalizar as minhas peças e construir a melhor estratégia para apresentar a marca. é um projeto que esta a ser desenvolvido e felizmente que nem todo o mundo está em crise como a Europa, pois assim posso ter

acesso às clientes do outro hemisfério. No Brasil, tendo em conta os futuros Jogos Olímpicos e o Campeonato de Futebol a decorrer nos próximos anos, estima-se um acréscimo de consumo significativo, assente no desenvolvi-mento económico do país e do volu-me de turistas esperado. Este consu-mo vai se manifestar em várias áreas e espero que se traduza também nas vendas de joias. O design brasileiro tem uma expressão e o reconhecimen-to internacional muito grande e espero poder beneficiar também de alguma sinergia nesta matéria.Como vivo na Europa pretendo não descurar o mercado europeu e por isso tenciono participar em junho/ju-lho na feira ECLAT DE MODE em Paris, onde os meus produtos serão expos-tos numa amostra coletiva no stand da AORP.

DK – MuITO OBRIGADA, ANA. DE-SEJO-LhE uM BOM FuTuRO, ChEIO DE MOMENTOS DE SATISFAÇÃO E SuCESSOS.

www.anaramalho.com

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10 · POPS SERRALVES

sERRALVESmAIS um ANo A PromoVer ProJeToS orIgINAIS PorTugueSeS,Com A CATegorIA de JoAlHArIA de AuTor PelA PrImeIrA Vez, A CoNCurSo

No passado dia 3 de maio foram co-nhecidos os quatros projetos vencedo-res da 4ª edição dos POPs - Projetos Originais Portugueses.

Na categoria de Acessórios Pessoais, a vencedora foi a autora Branca Cuvier, criadora da marca Baguera, com a coleção de clutches Vectory. Esta linha une elementos do design com a moda para criar um acessório único e inovador que personifica a mulher do séc XXI.

Andreia Rollot Miguel ganhou na cate-goria Joalharia de Autor pelo conjunto de todas as suas peças de joalharia levadas a concurso. Uma da coleções apresentadas pela designer chama--se lentilhas d’agua e é a recriação de um lago de lentilhas d’água (lemna minor) inspirada por uma fotografia de Stephen Dalton.

Nos Objetos de Decoração, o criador Nuno Vasa foi distinguido pelas pro-postas Estendal - objeto para espaço interior, reproduzido em alumínio, que torna possível suspender a roupa em vários pontos fixos, e Clip Books um grampo de Marceneiro com pequenas alterações que é utilizado para testar, fixar e unificar elementos.

Na quarta e última categoria, Mobiliá-rio, Danilo Olim foi o vencedor com o projecto #17, uma estante apresentada em forma de placa com prateleiras de arrumação independente.

Foram ainda distinguidas exequo com o Prémio Promessa, a autora Susana António com “Fruteira” e Ana Dacos-

ta com as legwears “Polainas”. Este Prémio reconhece o trabalho das duas designers e pretende realçar o poten-cial dos projetos. O júri entendeu ainda atribuir um Prémio Sponsor, a Francis-co Providência reconhecendo assim o seu percurso de anos de trabalho na área do design e da criatividade.

Na atribuição dos prémios o júri teve em conta fatores como a criativida-de, a originalidade e a sustentabili-dade comercial. De referir que o júri foi constituído por Mariana Graça da Parfois, Manuel Alcino da AORP, pelos criadores Paulo Lobo e Paulo Cruz, por Joana Queiroz Ribeiro da Unicer e por Odete Patrício da Fundação de Serralves.

Mariana Mesquita, Patrícia Fernandes e Filipe Lucena, In-finito

A Mostra que reúniu os 35 finalistas dos POPs aconteceu de 27 de abril até 13 de maio em Serralves.

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Mariana Mesquita, Patrícia Fernandes e Filipe Lucena, In-finito Apresentação Andreia Rollot Miguel com o Manuel Alcino, presidente da AORP, e Fátima Santos, secretária geral AORP

11 ·POPS SERRALVES

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12 · FADO

Ana Dacosta, Polainas

mo.ca., Candeeiro de Cartão

Maria Landeau, Lampstories

Baguera, Vectory

Baguera, Vectory

Joana Mota Capitão, Space Invaders

12 · POPS SERRALVES

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13 · ANDREIA ROLLOT MIGUELVENCEDORA POPS

Tem 36 anos, nasceu em Lisboa e afir-ma hoje saber o que quer ser quando for grande. Seguiu um percurso académico na área das línguas estrangeiras, francês e inglês, que adorou estudar e pelo qual a fez dar aulas durante os últimos 15 anos. Contudo sempre teve uma vontade natural, quase como que uma necessidade absoluta, de manipular materiais e ferramentas. Aprender, experimentar e reinventar são ações que sempre fizeram parte da Andreia. Em diferentes momentos e por ordem cronológica usou o crochet, o tricot, a costura, a bijuteria, a escrita criativa, a pintura e o desenho como formas de expressão da sua criatividade. Afirma que sempre que aprende uma nova técnica ou descobre um material, pen-sa automaticamente noutra potencial utilização.

EXPLIQUE-NOS COMO ENTROU NO MUNDO DA OURIVESARIA.Em 2000, descobri a Contacto Direc-to em Lisboa, e fiquei sempre com a sensação de que aquele espaço ia ser muito importante para mim. A minha vida pessoal e profissional manteve--me afastada de Lisboa durante os 7 anos seguintes, e só em 2008, tomei a decisão de voltar a estudar. Após algu-ma indecisão entre a escultura e a jo-alharia (para mim, e numa visão muito simplista, é uma questão de escalas), fiz a minha escolha. Lembro-me bem do meu entusiasmo no primeiro dia de aulas: um mundo inteiro de ferramen-tas novas para descobrir e mal podia esperar por as pôr a falar com a minha imaginação.

O QUE A FEz CONCORRER AOS POPS?Já não é a primeira vez que participo

em concursos na área e tem sido uma excelente forma de testar e divulgar as minhas criações. Quando se quer trabalhar no espaço criativo, é preciso ir mais longe, sair da zona de conforto e arriscar. É fundamental perceber se quem vê o nosso trabalho pela primei-ra vez, consegue ler nele a sua marca pessoal. Os POPs aparecem neste con-texto e com outras vantagens como a divulgação na imprensa e a possi-bilidade da criação de parcerias com outras empresas no setor. Ter a AORP como mentor do prémio na área da Joalharia de Autor confere ainda mais valor a esta competição.É todo um investimento que se faz e em que se aprende muito. Acaba por se passar por todas as etapas: des-de a criação e conceptualização dos produtos, à organização de informa-ções sobre eles, ao marketing e à sua promoção, até à apresentação final ao público-alvo, há um processo que nos permite criar um afastamento do obje-to enquanto criação artística. O que é fundamental quando o objetivo final é a sua comercialização.

QUAL É O FATOR QUE DISTINGUE OS SEUS PRODUTOS DE OUTRAS OFER-TAS EXISTENTES?Desde que abracei a joalharia e o design como projetos de realização pessoal e profissional, um fator cons-tante tem sido o de conseguir sur-preender os meus diferentes públicos com a originalidade das minhas peças. A leitura que faço do mundo que me rodeia, não é simplesmente imitativa e figurativa. Interpreto e recrio o que vejo e sinto. Alimento constantemente a minha criatividade estando atenta ao que se passa no mundo à minha volta. É frequente deixar-me encantar por detalhes que para mim são surpreen-

dentes, como é o caso das lentilhas d’água (lemna minor). Apercebi-me realmente da sua existência através de uma fotografia de natureza que me tomou de assalto. Num instante tinha o esboço de um anel, já com a ideia de que as lentilhas tinham de se mover tão subtilmente como o fazem no seu meio natural.

PROJETOS FUTUROS?Quero criar coleções com um caráter mais comercial para outras empre-sas já cimentadas no mercado. E, em simultâneo desenvolver peças mais conceptuais para concept stores e galerias.Pretendo também continuar a parti-cipar em exposições e concursos. A divulgação o meu trabalho ao nível internacional é já um passo agendado.Penso que é também fundamental continuar a apostar na formação. Uma das aprendizagens que me surge como um complemento necessário num futuro mais próximo é o desenho em 3D.

PRETENDE CRIAR UMA INICIATIVA EMPRESARIAL?Considero a possibilidade de vir a desenvolver uma marca própria no espaço de um a dois anos. Tem de ser um projeto bem ponderado e desen-volvido.

DE QUE FORMA ACHA QUE O POPS A PODERá AJUDAR NESTE CAMI-NHO.Os POPs surgem neste meu novo percurso como um elo de ligação com o mercado de trabalho. Penso que daqui poderão surgir novos desafios e aguardo expectante por eles.

VeNCedorA PoPS SerrAlVeS 2012 NA CATegorIA de JoAlHArIA de AuTor

NOME - Andreia Rodrigues Rollot MiguelIDADE - 36 anosNATuRALIDADE Nossa Sra. de Fátima, LisboaPERCuRSO ESCOLAR Licenciatura em Línguas e Literaturas Moder-nas, Estudos Franceses e Ingleses (1997, Facul-dade de Letras da universidade de Lisboa)Licenciatura em Ramo de Formação Educa-cional em Línguas e Literaturas Modernas, Estudos Franceses e Ingleses (1999, FLuL)Curso Profissional de Técnico/Designer de Joalharia (2011, Contacto Directo) PROFISSÃO Designer de Joalharia e de Objetos DecorativosSITEwww.andreiarm.ultra-book.com

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14 · TENDÊNCIAS FALL WINTER 2012-2013

dArK romANTIQueUm tema soturno, misterioso inspirado por contos góticos, por uma heroína romântica encantadora.

SILHUETA:Calças em veludo e casaco de pele brocado.

MATERIAIS:- renda- veludo- pele- couro- penas- brilhantes- malhas- retrosarias

JOALHARIA:- Escravas em metal e cristais em bruto- Cruzadas ou correntes- Escravas rendilhadas e de couro- Anéis de caveiras- Alfinetes XL

CrAzy FANTAISIeUm tema colorido, cheio de humor e com ilustrações de narrativas pecu-liares, um mundo figurativo, para uma mulher diferente, fora do convencional que mistura estilos para criar o seu próprio look.

SILHUETA:Uma mistura e combinação de diferen-tes materiais e padrões.

MATERIAIS:- resina- crochê- tela colorida- pêlo e pele- padrão “millefiori”- vidro- brilhantes- papel

JOALHARIA:- Colares de formato grande misturan-do diferentes materiais e formas- Escravas empilhadas feitas com ma-teriais reciclados- Anéis com colagens com motivos fora do comum a partir de pequenos elementos.

Um tema contemporâneo com estrutu-radas linhas gráficas, para um visioná-rio, mulher ultra fashion com um estilo de vestir urbano.

SILHUETA:Silhueta com volumes de proteção, leggings por baixo de vestidos com motivos gráficos.

MATERIAIS:- neopreno- corda- couro fundido, envernizado, lacado- metal prateado, metal lacado- vinil- resina- rhodoïd- esmalte- pasta matte

JOALHARIA- Gargantilha assimétrica- Colar de corrente e corda compridos- Escravas largas ligadas com Plexi- Anel geométrico 3D

moderN grAPHIC

OuTONO E INVERNO 2012-2013 FOCA-SE NA CRIATIVIDADE E DIVERSIDA-DE COM uMA NOVA VISÃO SOBRE FEMINILIDADE PERMITINDO A CADA MuLhER REVELAR E AFIRMAR A SuA PRóPRIA IDENTIDADE. ExTREMO ORIENTE ExPLORA ELEGâNCIA E REquINTE, GRáFICO MODERNO TEM uMA ABORDAGEM DINâMICA, COM LINhAS DuRAS, O ROMâNTICO MIS-TERIOSO ExALA A SOFISTICAÇÃO, E FANTASIA LOuCA é TuDO SOBRE

CRIATIVIDADE E ExCENTRICIDADE.

CADERNO DE TENDêNCIAS ECLAT DE MODE, BIJORhCA.

orIeNT eXTrÊmeUm tema que celebra a iconografia rica da ásia, desde o Japão até à Chi-na. Uma nova tendência inspirada na mulher Oriental, sedutora e elegante.

SILHUETA:O padrão dos casacos japoneses, mais conhecidos como Kimonos, com jogos modernos.

MATERIAIS:- metal dourado- laca- esmalte- madrepérola- aparas- pérolas

JOALHARIA:- Longa sequência de pérolas com pin-gentes figurativos (dragões, pavões)- Colar de fita de cetim com flores japonesas- Gargantilhas bordadas- Escrava de esmalte com motivos asiáticos- Estilo Origami - pulseira e anel 3D

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PORTOJÓIA DESIGN PROCURA O ELO ENTRE ESPíRITO E MATÉRIA…

ESTUDANTES DE JOALHARIA TÊM DOIS MESES DE CRIATIVIDADE EX-TRA PELA FRENTE, NA TENTATIVA DE CORPORIzAR A “ALMA LUSA”

O desafio é do tamanho da…huma-nidade. Mas, mesmo assim, a organi-zação da 23.ª edição da Feira Inter-nacional de Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria decidiu abraçá-lo. E adotou--o como conceito inspirador da 8.ª edi-ção do concurso PORTOJÓIA Design. “Alma Lusa” é o tema da iniciativa que volta a desafiar a criatividade dos estudantes e formandos de design de joias na conceção de peças de adorno pessoal e decorativas.«Ao longo de séculos de história, de perdas e de vitórias, o povo portu-guês foi desenhando o seu bilhete de identidade, os seus desejos e concre-tizações. A força de uma consciência coletiva deu lugar a um espírito, a um caráter, a uma cultura, enfim, à Alma Lusa. Mas, o que é a Alma Lusa? Quais os elementos marcantes que um criador de joias vê no conceito e como pode corporizá-los numa peça de joalharia e/ou ourivesaria?» - eis como a equipa de trabalho da PORTO-JÓIA entalha a nova temática naquele que é o momento de maior exposição e notoriedade do setor em Portugal, tendo por palco a EXPONOR – Feira Internacional do Porto, de 19 a 23 de setembro.Os formandos de joalharia e ourive-saria terão, assim, ainda cerca de dois meses de originalidade inventiva e trabalho extra pela frente, a pensar no horizonte compreendido entre 25 de junho e 6 de julho – quando devem ser entregues as candidaturas.O “passaporte” para a distinção no concurso precisa de quatro “carimbos”

fundamentais: adequação ao conceito proposto; criatividade (design, con-temporaneidade e inovação), potencial comercial (custo de produção versus preço de venda) e viabilidade para produção industrial. São estes os crité-rios de avaliação.Eleito por um júri qualificado, o ven-cedor verá o seu protótipo produzido depois de analisadas a viabilidade in-dustrial e comercial. A venda da peça caberá – em exclusivo – à empresa parceira da iniciativa (a Fernando Ro-cha Joalheiros), a qual, durante cinco anos, pagará ao criador o correspon-dente a cinco por cento sobre o preço de venda à saída da fábrica.Para além deste aliciante, a pessoa em causa é convidada a participar gratuitamente na feira do ano seguin-te, no Espaço Criadores. Será o caso de Joana Andresen, que, enquanto aluna da Contacto Directo – Escola de Joalheiros, foi a vencedora do POR-TOJÓIA Design do ano transato, com uma versão contemporânea, em filigra-na, do conhecido coração de Viana do Castelo (foto em anexo). A iniciativa tem assumido um papel de relevo no programa de manifestações complementares ao certame. É, inclu-sivamente, vista por muitos como um balão de ensaio nas primeiras aborda-gens dos futuros profissionais ao mer-cado de trabalho, ao mesmo tempo que vai revelando novos talentos.

ESAD EM CAMPO COM SELEçãO…

O talento conhecerá, aliás, diferentes facetas durante os cinco dias de feira. A mão da Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos (ESAD) imprimi-rá, só ela, 10 talhes diferentes – tantos quantos os jovens criadores (Joana Ri-beiro, Lia Gonçalves, Diana Santos Co-elho, Inês Costa Araújo, Carolina Brose & Romeu Bettencourt, Miguel Sereno,

eXPoNor reCeBe FeIrA INTerNACIoNAl de JoAlHArIA, ourIVeSArIA e reloJoArIA de 19 A 23 de SeTemBro

Sofia Soares Gomes, Carolina Santa, Cristina Sofia Rocha e Joana Santos) representados numa seleção de peças de autor, especialmente organizada a pensar na PORTOJÓIA.Diversificadas linguagens estéticas, mas um denominador comum, para além dos respetivos percursos formati-vos terem cruzado a ESAD: todos eles nasceram na década de 80 do século XX. The Precious 80’s em perspetiva, através da arte em forma de joias…Momento onde se iniciam e fecham os grandes negócios da atividade e fórum de conhecimento, tendências e novidades, a PORTOJÓIA voltará a

evidenciar as formas singulares que, ano após ano, o saber e o fazer portu-gueses incutem ao trabalhar os metais nobres e as pedras preciosas. Como se de uma gema se tratasse, que recebe os primeiros talhes após a clivagem de partida, o acontecimento-ícone do se-tor cresce sempre da mesma estrutura, mas adquire – uma e outra vez - poli-mentos à medida.Voltará a ser assim na 23.ª edição, gra-ças às 160 empresas que, em média, ao longo dos últimos cinco anos, mos-tram o melhor do setor ao mercado, na EXPONOR.

www.portojoia.exponor.pt

15 · PORTOJÓIA 2012

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16 · PRATAS VALORIzADAS EM LEILÕES

COMPRADORES APRECIAM PEÇAS DE OuRIVESARIA EM PRATA PORTuGuESAS

Cada vez mais as peças em prata recebem reconhecimento enquanto produtos de enorme valor artístico em leilões realizados um pouco por todo o mundo, considerando-se desta forma boas apostas como reserva de valor.

São disso exemplo as peças de ourive-saria do ourives português Luiz Ferrei-ra, que atingiram um valor recorde na leiloeira Drouot, em Paris, no passado mês de maio. Um veado em prata, fez história na maior montra internacional, ao ser arrematado por 140 mil euros, um recorde num espaço onde estavam a ser leiloados trabalhos da Cartier, da Tiffany, Chopard e Boucheron. Outras onze peças do mesmo ourives foram

vendidas nesse leilão, todas muito aci-ma da base de licitação e algumas por um valor vinte vezes maior.

Estas peças de arte absolutamente inquestionável e de valor elevado, são fruto de um trabalho totalmente arte-sanal de elevadíssima qualidade.

As peças não têm só o valor do metal precioso mas também do trabalho aplicado e do design inovador. O pro-cesso base da transformação da prata por trás destes artefatos conta com seis operações básicas: fundição, cor-te, soldadura, montagem dos diversos componentes da peça, cinzelagem e, finalmente, o processo de acabamen-tos manuais, que são únicos e muito valorizam estas peças. O resto é méri-to do autor.

ArTeFAToS em PrATA ArremATAdoS em leIloeIrAS No eSTrANgeIro

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04 · IBERJOYA 201117 . FILIGRANA PORTUGUESA

A produção das primeiras peças de Ourivesaria em Portugal surge em plena Idade do Cobre, quando se co-meçou a explorar as primeiras jazidas locais. A introdução das técnicas da fundição e soldadura que surgem na Idade do Ferro, em conjunto com a in-vasão da Península Ibérica de culturas centro-europeias através dos povos fenicos, contribuem de forma decisiva para a introdução da filigrana nesta península.

A região noroeste de Portugal surge como região privilegiada para o de-senvolvimento de filigrana no pais. Tal fica-se a dever à riqueza aurífera desta região. Os romanos atraídos por esta riqueza estabelecem importantes ex-plorações mineiras em Gondomar, Pa-redes, Chaves e Vila Pouca de Aguiar.

A Cultura castreja, no que respeita ao adorno, promove a criação de objetos na forma de crescente lunar: colares, pulseiras e arrecadas.

Ao longo do século XVIII foi-se de-senvolvendo o conceito de indepen-dência da filigrana, até aí geralmente associada ao adorno de peças de ouro. Foram desenvolvidas peças constituí-das integralmente de filigrana, as quais ainda hoje se encontram associadas à

“Filigrana Portuguesa”. Paralelamente foi também desenvolvida a tecnologia de fio torcido que contribuiu para o fortalecimento do processo de enchi-mento assim como para o aumento da riqueza e exuberância das peças.

Carla Solheiro, uma das fundadoras da recente escola sediada no Porto, Alqui-mia Lab, apresentou-nos no passado dia 9 de Junho. o seu trabalho “Hoje sinto-me nua” na 1ª Conferência Ibérica de Ourivesaria. Este é um dos exem-plos de como se pode usar filigrana nos nossos dias, a contemporaneidade das peças aliam a filigarna ao tradicio-nal. O objetivo do projeto é trazer para fora partes importantes do corpo da mulher, o útero como uma forma de criar vida, e “os ombros sobre os quais carrego o peso”, explica a autora.

CArlA SolHeIrodeSIgNerAPreSeNTA ProJeTo em FIlIgrANA

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18 · SOFTWARE DE FATURAçãO

Concluída a fase de certificação da maioria dos programas de faturação, o Ministério das Finanças veio, recen-temente, reforçar este instrumento de combate à fraude e evasão fiscal, alar-gando progressivamente o universo de contribuintes que, obrigatoriamente, devem utilizar programas certificados como meio de emissão de faturas ou documentos equivalentes e talões de venda.

Definiu, também, as regras que os equipamentos ou programas informá-ticos não certificados devem observar na emissão de documentos entregues aos clientes, quando se trate de con-tribuintes não abrangidos pela obriga-toriedade de utilização de programas certificados de faturação.

QUAIS AS PRINCIPAIS ALTERAçÕES?De acordo com o artigo 2º da Por-taria n.º 363/2010, de 23 de junho, com a redação dada pela Portaria nº 22-A/2012, de 24 de janeiro, todos os sujeitos passivos de IRS ou IRC, com as exceções constantes do nº 2 do artigo 2º, passam a estar obrigados a utilizar, exclusivamente, um programa da faturação certificado.

Deixa, portanto, de ser possível, após 1 de abril de 2012, o uso de máquina registadora ou a faturação manual emitida em documentos impressos por tipografias autorizadas, passando a sistema universal de faturação, a utilização do programa certificado. Isto é, com esta nova portaria, a lei pas-

sou a impôr a utilização de programa certificado como forma exclusiva de emissão de faturas ou documentos equivalentes e talões de venda.

Esta obrigatoriedade de utilização de programa certificado vigora a partir de 1 de abril de 2012 para sujeitos passi-vos com volume de negócios superior a € 125.000,00 e a partir de 1 janeiro de 2013 para os sujeitos passivos com o volume de negócios superior a € 100.000,00.

Os sujeitos passivos que utilizem pro-gramas multiempresa ou que optem pela utilização de programa informá-tico de faturação estão, em qualquer caso, obrigados a utilizar programa certificado, exceto se, diretamente ou através de empresa do mesmo grupo económico, forem titulares dos direitos de autor do programa utilizado.

QUEM ESTá SUJEITO àS NOVAS REGRAS?1. Todos os sujeitos passivos de impos-to sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) ou de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) que não reúnam os requisitos de exclusão.

2. Os sujeitos passivos que utilizem programa de faturação multiempresa (v.g. gabinetes de contabilidade que disponibilizam a vários clientes o mes-mo programa de faturação).3. Os sujeitos passivos que optem, a partir de 1 de abril de 2012, pela

utilização de programa informático de faturação, mesmo que reúnam condi-ções de exclusão.

QUEM ESTá EXCLUíDO DA OBRIGA-TORIEDADE DE UTILIzAR UM PRO-GRAMA CERTIFICADO?Excluem-se os sujeitos passivos mencionados no ponto 1 anterior que reúnam algum dos seguintes aspetos:

- Utilizem software produzido interna-mente ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, do qual se-jam detentores dos respetivos direitos de autor;- Tenham tido, no período de tributa-ção anterior, um volume de negócios inferior a € 100.000,00, sendo que este limite é de € 125.000,00 até ao final do ano de 2012.- Tenham emitido, no período de tribu-tação anterior, um número de faturas, documentos equivalentes ou talões de venda inferior a 1000 unidades,- Efetuem transmissões de bens atra-vés de aparelhos de distribuição auto-mática ou prestações de serviços em que seja habitual a emissão de talão, bilhete de ingresso ou de transporte, senha ou outro documentamos pré--impresso e ao portador comprovativo de pagamento.

Bastará para isso, que apenas uma destas condições se verifique para que o utilizador/sujeito passivo esteja dispensado.

AlArgAdo o uNIVerSo de CoNTrIBuINTeS Com oBrIgATorIe-dAde de uTIlIzAÇÃo deSTeS ProgrAmAS

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19 . DESIGNER NATALIE SMITH

ASSemBleIA gerAl AProVA relATÓrIo e CoNTAS de 2011

No ano que antecede o final do mandato dos atuais órgãos sociais, a direção da AORP, conseguiu apresentar o tão esperado equilíbrio financeiro. Esta é a

primeira vez, em mais de quinze anos, que a AORP apresenta um resultado posi-tivo. Em contexto económico claramente adverso, a AORP consegue otimizar os seus recursos e investir no desenvolvimento de políticas sustentáveis, que permi-tem atingir equilíbrio na gestão da AORP, mas também o benefício das empresas

associadas que ao participarem nos programas criados, conseguem modernizar os seus negócios.

As contas que se apresentaram relativas ao exercício de 2011, e que foram apro-vadas por unanimidade, pela assembleia geral no dia 19 de abril, refletem assim,

de forma clara a trajetória que se imprimiu nos últimos anos na vida da Associa-ção e que permitiu estancar definitivamente o processo de erosão que condu-

ziria à exaustão económica e financeira pela sucessão de explorações negativas que corroíam o património e, consequentemente, a capacidade de execução das

tarefas e desígnios que competem à AORP.

O bom aproveitamento dos programas a que a AORP teve acesso e uma gestão rigorosa não apenas desses programas mas também de todo o quotidiano as-

sociativo, permitiu a inversão da caminhada e o início da recuperação estrutural que possibilitará a concretização dos anseios e a participação na resolução dos

problemas que afetam particularmente o comércio e a indústria cuja representa-tividade foi confiada aos órgãos socias.

Relatório e Contas: Disponível em www.issuu.com/aorp/docs

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2.032toneladas de ouro. foi o valor aproxi-mado da procura de metal por par-te da indústria mundial de joalharia durante todo o ano 2011, +0,8% do que em 2010.(Fonte: Thomson Reuteurs GFMS)

7,5%é o aumento do consumo mundial de joalharia em ouro por (1.037 toneladas, no primeiro semestre de 2011). Na índia o aumento foi 13%, na China pouco mais de 20%, quase tudo relativo à joalharia de 24 kt. No mesmo período, os investimentos em ouro cairam 24%.(Fonte: Thomson Reuters GFMS)

1.838,51dólares/onça era a cotação do ouro em setembro de 2011, valor máximo atingido durante aquele ano.

6.258licenças foram atribuidas pelo Depar-tamento de Contrastarias da INCM, atribuiu 6258 licenças de retalhista de ourivesaria. Em 2010, este número tinha ficado apenas pelas 5291 licen-ças. Este aumento, deve-se em grande medida às licenças atribuídas às lojas de compra e venda de ouro usado.

2,3milhares de euros. É o valor estima-do pelo mercado dos bens de luxo no Brasil com um crescimento gran-de: +45% por ano entre o período de 2003-2011. No entanto, o grande problema permanece, as grandes tarifas são o verdadeiro obstáculo para aqueles que pretendem exportar para lá, visto que o peso médio é de 35%.

519milhões de Euros em ouro foi o valor exportado em 2011 em Portugal, o que corresponde a 13,7 toneladas, uma quantidade recorde desde 2000.

20 · NUMEROLOGIA

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21 · BIBLIOTECA AORP

Mais de trinta dos principais designers de joias internacio-nais abrem os cadernos e ateliers para revelar as inspira-ções por detrás do seu trabalho. Nesta coleção de ilus-trações de moda de joias, o editor da Vogue Joias Carol Woolton extrai a essência dos designers mais criativos. Organizado tematicamente em torno dos temas da civili-zação, do mundo natural, arte e arquitetura, cultura e lite-ratura, matérias-primas e história, este livro examina a re-lação entre desenho e design de joias e apresenta páginas pertencentes aos cadernos dos designers, as imagens dos quadros de humor, e fotografias das suas criações mais recentes. Incluindo entrevistas perspicazes e introspetivas com cada designer, o livro foca-se sobre o processo cria-tivo e conta uma emocionante história de como uma ideia se transforma numa bonita, polida joia. Uma irresistível mistura de texto e apresentação visual, este livro apresen-ta o melhor da arte do design de joalharia.

drAWINg JeWelS For FASHIoN By Vogue JeWelry edITor CArol WoolToN (edITorA PreSTel)

Contemporary Jewelry Art apresenta o trabalho de mais de 40 jovens e brilhantes designers de joalharia de todo o mundo. O seu trabalho não se trata de luxo ou mesmo de permanência. Em vez disso, as obras focam-se sobre o uso mais criativo de materiais comuns, de baixo custo. O livro está organizado de acordo com os materiais utili-zados, incluindo metal, cerâmica, pedra, madeira, peles, têxtil, plástico, sabonete, e borracha. A estética de cada peça, seja simples ou esculturalmente complexa, equilibra a perspetiva e visão única do designer com as restrições e possibilidades de cada material - da elasticidade do plás-tico para o peso sólido de pedra, prata e ferro.

As entrevistas com os conceitos e os processos de cada trabalho criativo torna este livro num guia útil para to-dos, desde o designer de joalharia criado para o artesanal independente na esperança de entrar na indústria. De-signers em destaque presentes no livro: Hanna Hedman, Mari Ishikawa, Iris Bodemer, Karl Fritsch, Marina Messone, Annika Pettersson, Maria Cristina Bellucci, Mirla Fernandes e Timothy McMahon.

CoNTemPorAry JeWelry ArT: INNoVATIVe mATerIAlS (ArT & deSIgN) edITor CyPI

eSTeS lIVroS eNCoNTrAm-Se dISPoNÍVeIS PArA CoNSulTA NA

NoSSA BIBlIoTeCA

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22 · XX ENCONTRO PLE

A Escola Artística de Soares dos Reis acolheu, entre os dias 17 e 20 de maio, o XX Encontro do PLE, uma associa-ção de escolas europeias de Joalharia. Recebeu delegações de quinze escolas de sete países europeus: Grécia, Itália, Espanha, Portugal, França, Bélgica e Letónia, cada delegação constituída por dois professores e dois alunos.O PLE realiza anualmente um encontro numa das escolas associadas e das várias atividades que realiza, desta-cam-se os concursos de desenho e de joias, cujo tema é definido pela escola hospedeira. Este ano contou ainda com um concurso de power-point subordinado ao tema “20” em come-moração do vigésimo encontro.

O tema proposto pela Soares dos Reis para o concurso de joalharia foi a Lei de Lavoisier: “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transfor-ma”, propondo ainda o ouro popular português, com especial relevo para a Ourivesaria do Minho, como fonte de inspiração, numa perspetiva de pro-cura e aplicação de novos materiais à

joalharia tradicional, na realização de um par de brincos.

Os concursos tiveram a participação de todas as escolas presentes, com 58 peças de Joalharia, 35 desenhos e 6 power-point’s, tendo a Soares dos Reis obtido o primeiro prémio de Joalharia com os brincos de Joana Ribeiro, aluna do 12º do Curso de Design de Produto da especialização de Joalharia.

PArlemeNT lyCÉeN euroPÉeN

O ENCONTRO TEM COMO OBJETIVO O APRO-FuNDAMENTO DA COOPERAÇÃO EuROPEIA, O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA JOALhA-RIA E AINDA O CONhECIMENTO DE uMA REGIÃO.

www.essr.net

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23 · SUGESTÕES

o oBJeTIVo do CrAFTS CouNCIl É TorNAr o reINo uNIdo No melHor lugAr PArA FAzer, Ver, ColeCIoNAr e APreNder SoBre o ArTeSANATo CoNTemPorâNeo.

WWW.CrAFTSCouNCIl.org.uKWWW.ArTSCouNCIl.org.uK

lIVro “TeSouroS PrIVAdoS: A JoAlHArIA NA regIÃo do PorTo (1865-1879)”AuTorIA: ProF. douTor goNÇAlo de VASCoNCeloS e SouSA, ProFeSSor CATedráTICo dA eSColA dAS

ArTeS dA uNIVerSIdAde CATÓlICA PorTugueSA

JeWelerS’ SeCurITy AllIANCeWWW.JeWelerSSeCurITy.org

SAFergemSWWW.SAFergemS.org.uK

eSTeS SITeS SÃo dedICAdoS eXCuSIVAmeNTe À PreVeNÇÃo do CrIme No SeTor dA ourIVe-SArIA NoS eSTAdoS uNIdoS dA AmÉrICA e reINo uNIdo, reSPeTIVAmeNTe.

Page 24: Jornal  Nº 10  AORP Junho 2012