Jornal informação 6 edição

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Curso vai trabalhar senso crítico, auto conhecimento e empreendedorismo, mostrando para as jovens o mercado da moda e as oportunidades que podem surgir dentro desse mundo Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Território (DIST) do Vista Bela e seu entorno Ministério Público em prol da população Laboratório de moda Foto: Bruna Ferrari Atuação da Promotoria de Saúde é voltada aos usuários do SUS e assegura os direitos da sociedade protegidos pela Constituição Federal Pág. 03 Pág. 07 CAMPEONATO DE JUDÔ APROXIMA PAIS E ATLETAS. 1º Campeonato Interno de Judô Caminho Suave trouxe para os judocas do Projeto DIST a experiência de uma competição e permitiu aos pais verem o desenvolvimento dos filhos no esporte. LONDRINA, JULHO de 2015 - Nº 06 Pág. 04

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O Jornal InformAção é o veículo de comunicação do Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável de Território (DIST) do Residencial Vista Bela e seu entorno. Além de abordar as ações do projeto, o jornal conta com pautas que foram escolhidas junto com o Comitê de Comunicação, que é formado por moradores dos territórios que estão envolvidos com as atividades do DIST.

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Curso vai trabalhar senso crítico, auto conhecimento e empreendedorismo, mostrando para as jovens o mercado da moda e as oportunidades que podem surgir dentro desse mundo

Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Território (DIST) do Vista Bela e seu entorno

Ministério Público em prol da população Laboratório de modaFoto: Bruna Ferrari

Atuação da Promotoria de Saúde é voltada aos usuários do SUS e assegura os direitos da sociedade protegidos pela Constituição Federal Pág. 03

Pág. 07

CAMPEONATO DE JUDÔ APROXIMA PAIS E ATLETAS. 1º Campeonato Interno de Judô Caminho Suave trouxe para os judocas do Projeto DIST a experiência de uma competição e permitiu aos pais verem o desenvolvimento dos fi lhos no esporte.

LONDRINA, JULHO de 2015 - Nº 06

Pág. 04

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2JULHO de 2015

Campanha arrecada mais de mil peças de vestuárioBazar realizado para distribuir as doações atendeu cerca de 150 pessoas

Expediente Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Território (DIST) do Vista Bela e seu entorno

Coordenação projeto DIST: Ciliane Carla Sella de AlmeidaEquipe Projeto DIST: Gracielli Aparecida de Souza, Rosemari Friedmann Angeli, Mara Regina Rodrigues e Cristiana dos Anjos.Equipe de Comunicação do DIST: Tatiana Fiuza (MTB - JP03813DF), Bruna Ferrari, Luiza Bellotto (estagiária) e Marcos Gomes (estagiário)Diagramação: Bruna Ferrari

Comitê de Comunicação do território atendido pelo DIST: Ana Lucia Cardoso, Diego Rossi, Edileusa S., Felipe Oviedo, José Vannelço, José Silvestre Gonçalves Leandro Claudino, Luiza Ap. da Silva, Maria Eliza da Silva, Vanda Alves. Parceiro gestor: Instituto PólisCoordenadora geral Instituto Pólis: Margareth UemuraSede DIST: Avenida Giocondo Maturi 731, Jardim Maria Celina

Financiador:

(43) 3327-6421 - CEP: 86081-542Impressão: Editora e Gráfica Paraná Press S/A - GRAFIPRESSTiragem: 2.000 exemplaresExecução:

Bruna Ferrari e Luiza Belloto

Parceira do Projeto DIST em vá-rias ações, a Unimed Londrina organizou no mês de junho uma campanha de doação de agasalhos que arrecadou roupas, calçados e cobertas, que foram doadas aos moradores do Vista Bela por meio do DIST.

No total, 1118 peças de roupas, 53 pares de calçados e 19 cober-tores foram arrecadados e dispo-nibilizados para a comunidade, por meio de um bazar organizado pelo projeto no dia 21 de junho, em que os moradores retiraram gratuitamente as peças. As arre-cadações foram feitas entre cola-boradores da Unimed e grupos de clientes da empresa.

Fabianne Piojetti, especialista em Responsabilidade Social da Uni-med, explica que o cronograma anual da empresa conta com vá-rias ações sociais e que a ideia de fazer a campanha destinada para o DIST veio da relação que a Uni-med desenvolveu com o projeto.

“Nos aproximamos do DIST le-vando voluntários para realizar palestras para grupos atendidos pelo projeto. Percebermos a se-riedade do trabalho, o cuidado e respeito com o público atendido.

Acreditamos que parcerias com projetos sérios e de qualidade po-dem contribuir na melhoria da co-munidade. Para a Unimed isso faz toda diferença”, ressalta Fabianne.

A responsável pela organização do bazar foi a moradora do Vis-ta Bela e colaboradora do Projeto DIST Luiza Aparecida da Silva. Ela conta que foram distribuídas senhas na semana que antecedeu o bazar, para organizar a entrada das pessoas.

“Conforme as pessoas iam che-gando com uma senha, nós libe-rávamos a entrada de grupos de 15 pessoas. Cada grupo tinha em torno de 15 minutos para esco-lher as peças”, explica Luiza. Ela ressalta que a ação teve bons re-sultados, tanto no dia do bazar, quanto depois. “Quando entrega-va as senhas, já explicava como ia funcionar, então no dia não tive-mos nenhum problema. Acho que o pessoal aproveitou bem, tanto que depois vieram me perguntar quando seria o próximo”, lembra.

Estavam disponíveis 350 senhas para o bazar, foram entregues 250 e segundo Luiza, 150 pessoas compareceram no dia. O bazar foi realizado das 9h às 12h, na sala de aula do Projeto DIST, no Vista Bela.

Bazar DIST-UNIMED repassa doações arrecadadas pela campanha da Unimed

Cartaz da campanha do agasalho realizada pela Unimed Londrina

Foto: Bruna FerrariFoto: M

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3JULHO de 2015

Ministério Público intervém pela populaçãoMP atua na proteção de todos os direitos garantidos pela Constituição Federal

Bruna Ferrari

Com o objetivo de defender os in-teresses da sociedade, o Ministério Público (MP) é uma instituição autônoma, que atua junto ao Esta-do para que este cumpra seu papel e garanta os direitos da população garantidos pela Constituição Fede-ral.

A atuação do Ministério Público não se restringe a uma área específica, mas trabalha na garantia dos direitos em todas as instâncias da qual o Estado é responsável, ou seja, saúde, educação, habitação, etc. Para esclarecer um pouco mais sobre o papel do MP na área da saúde, por exemplo, o InformAção deste mês traz uma entrevista com o Promotor de Justiça, Dr. Paulo Cesar Vieira Tavares da Comarca de Londrina, que atua na Promotoria de Saúde do Ministério

Público Estadual. Confira: InformAção: Que problemas no atendimento público de saúde di-zem respeito ao MP?

Dr. Paulo: Na área da saúde pú-blica, o Ministério Público atende aos usuários do SUS e seu objetivo é fazer com que o direito à saúde previsto na Constituição Federal seja cumprido. InformAção: Que tipo de recla-mações sobre atendimento no SUS o MP recebe?

Dr. Paulo: Os problemas que che-gam à Promotoria de Justiça estão relacionados à falta de medicamen-tos, demora para realização de ci-rurgias e de exames, e irregularida-des nos locais onde são prestados os serviços de saúde (Postos de Saúde, Hospitais, Clínicas etc.).

InformAção: Como o MP traba-lha para resolver essas questões?

Dr. Paulo: Inicialmente, o MP tenta resolver os problemas na es-fera administrativa, sendo que essa Promotoria de Justiça consegue resolver cerca de 80% das deman-das que chegam até ela; o restante (20%) é judicializado, ou seja, é ne-cessário a interposição de alguma ação judicial junto ao Poder Judi-ciário. InformAção: Se a população reco-nhecer esses problemas, pode levar até o MP? Como ela deve fazer isso?

Dr. Paulo: As demandas devem ser trazidas ao Ministério Público (Promotoria da Saúde Pública). É lógico que o usuário deve tentar es-gotar no âmbito do Município ou do Estado sua tentativa de obter o

que deseja. InformAção: Existe alguma ação do MP no Vista Bela, em anda-mento ou programada, que diga respeito a área de saúde?

Dr. Paulo: Sim, temos um Proce-dimento Administrativo que cui-da de denúncia de falta de escolas, posto de saúde e de policiamento no Vista Bela. Já recebemos as res-postas do Poder Público e estamos cobrando para que os equipamen-tos públicos sejam construídos o quanto antes.

Cidade Industrial de Londrina prevê geração de empregos na Zona NorteIndústrias serão construídas a partir de dezembro de 2016

Luiza Bellotto

A Cidade Industrial de Londri-na (Cilon) está com o lançamento marcado para o final do ano que vem. Ela será um parque industrial com aproximadamente 255 lotes, com 2 mil m² cada. A venda des-ses lotes, que acontecerá a partir de dezembro de 2016, é destinada à instalação de empresas com bai-xo impacto ambiental. Esse projeto poderá gerar mais de 4 mil empre-gos na cidade e, principalmente, nos bairros do entorno.

De acordo com a Diretora Técnica e de Desenvolvimento da Compa-nhia de Desenvolvimento de Lon-drina (Codel), Andréa Mandelli, a escolha de instalar a Cilon na Zona Norte de Londrina foi estratégica. “Vários fatores foram considerados para escolha da área, como a mu-dança do zoneamento de residen-cial para industrial, a proximidade com a PR-445 e com o Contorno Norte, o que facilita o tráfego de caminhões. Além disso, o maior be-nefício para os bairros é a geração de empregos. Se considerarmos que

poderão se instalar aproximada-mente 200 empresas com 20 fun-cionários cada, o Parque Industrial poderá gerar muitos empregos”, afirma.

Ainda segundo Andréa, apostar em indústrias trará benefícios para a ci-dade como um todo. “Investir em um espaço industrial significa gerar impostos, que poderão ser reverti-dos em serviços à população, tais como postos de saúde e creches, por exemplo”, acrescenta.A aquisição dos lotes acontecerá

por meio de licitação, ou seja, os terrenos não serão doados, e sim comprados pelas empresas. Andréa Mandelli explica que existirão cri-térios para o edital da licitação, po-rém, eles ainda não estão definidos A Codel já está fazendo o cadastro das empresas interessadas, que pode ser realizado via telefone ou e-mail.

A Cidade Industrial de Londrina está localizada próxima a entrada do bairro Vista Bela, na Zona Norte da cidade. A área fica no fim da Aveni-da Saul Elkind, sentido Cambé.

ServiçoO Ministério Público Esta-dual em Londrina fica na rua Capitão Pedro Rufino, 605, no Jardim Europa e atende de de segunda a sexta, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30. O telefone para contato é 3372.9200.

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4JULHO de 2015

Campeonato de Judô aproxima pais e judocasAlém da experiência esportiva, campeonato incentivou o acompanhamento dos pais e

responsáveis junto aos alunosBruna Ferrari

O 1º Campeonato Interno de Judô Caminho Suave, organizado pelo educador físico Wellington Berbel, trouxe para as duas tur-mas de judô do Projeto DIST um momento de competição saudável com as lutas realizadas no decor-rer do campeonato, e de relação familiar com a presença de pais e responsáveis torcendo pelos atle-tas.

O evento foi realizado no dia 27 de junho e contou com a presen-ça de 22 alunos. De acordo com Berbel, responsável pelas aulas no projeto, o campeonato foi adapta-do para conseguir proporcionar a experiência de competir e testar os conhecimentos do esporte que adquiriram ao longo desses meses de aula. As turmas começaram em fevereiro e têm um total de 31 alunos. Os jovens, de 10 a 17 anos, frequentam as aulas no con-tra turno da escola, duas vezes por semana.

Com o filho de 10 anos frequen-tando o judô, Osmar Barbosa con-ta que as mudanças em casa são notáveis. “Ele mudou totalmente. Está esperto, ágil e mais sossega-do. É uma disciplina que o tirou da frente do vídeo game e do com-putador. Ele não pode faltar, chega o dia da aula e já vai perguntando para a mãe se está tudo certo com o quimono para treinar.”

Para Osmar, além da prática de es-porte, o judô pode ser uma chance de os pais apoiarem seus filhos e acompanharem o desenvolvimen-to das crianças. “De um modo

geral, eu acho muito importante a prática do esporte. Acho que os pais também têm que interagir com a situação e buscar incentivar. Sempre procuro conversar com o professor para saber se precisa de alguma coisa, para incentivar o projeto para que continue com o esporte”

Mateus, um dos judocas, tem 10

anos e conta que começou a trei-nar principalmente pelo incentivo da mãe, mas que com o tempo, pe-gou gosto pelo esporte. “Eu nunca tinha feito nada de luta, só treinei futsal. No começo, tive dificulda-de de aprender os golpes, porque eles são complicados, mas agora já consigo fazer.” Ele ainda con-ta que a primeira experiência em um campeonato foi positiva. “Foi

Atletas do DIST no 1º Campeonato Interno de Judô Caminho Suave

muito bom, deu um pouco de ver-gonha, porque tinha um monte de gente, mas agi normal e lutei. Foi ruim que perdi uma luta, mas ga-nhei duas.” Voluntário no Projeto DIST, Ber-bel conta que a ideia de trazer o judô para os jovens foi para traba-lhar com a prevenção da violência. Além disso, a experiência de com-petir reforça nos alunos uma con-duta positiva para a vida. “Acho que na vida tudo tem regras e a competição ajuda nesse sentido. Por isso o judô é avaliado tão posi-tivamente, porque ele aplica muito essas condutas de comportamen-to, como respeitar o próximo e ter disciplina. Sem contar que é um estímulo para eles fazerem uma auto avaliação.” Todos os judocas que treinam com Berbel receberam quimonos que foram arrecadados pelo edu-cador físico. De acordo com ele, a ideia é arrecadar mais para poder expandir o atendimento nas aulas. “Estou vendo resultados com essa turma, alguns que tinham muito o costume de xingar os outros já es-tão melhorando e acho que temos potencial para fazer mais, tem ain-da muito jovem parado no bairro.” Para quem quer participarAs inscrições para o curso de judô podem ser feitas de segunda à sex-ta, das 13h30 às 18h30, na sede do Projeto DIST, na Avenida Gio-condo Maturi 731. As aulas são gratuitas e para jovens de 10 a 17 anos. Para fazer a matrícula, bas-ta que um responsável pelo aluno vá até a sede com um documento pessoal próprio.

Judocas e o educardo físico Wellington Berbel

Fotos: Bruna Ferrari

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5JULHO de 2015

Curso de azulejista leva mulheres para a construção civil

Parceria DIST e IC garante qualificação de 14 alunos

Luiza Bellotto

O Projeto DIST, em parceria com o Instituto da Construção (IC) de Londrina, ofereceu para morado-res do Vista Bela e entorno, um novo curso: o de azulejista. O cur-so aborda essa área da construção civil, trazendo noções sobre pi-sos, decoração e acabamento em azulejos. O destaque da turma vai para o fato de serem 9 alunas mu-lheres, o que significa a maioria. O total da turma é de 14 pessoas. Esse curso está inserido na Meta 3 do Projeto, que possibilita e au-xilia a profissionalização dentro dos bairros atendidos.

Para Viviane Araújo Pernomian

Bettoni, diretora do IC, essa é uma realidade cada vez mais comum na construção civil. “As mulheres têm uma sensibilidade maior para os detalhes e acabamentos, então tem se tornado mais frenquente contratar mulheres para esse tipo de serviço. É comum construtoras apostarem mais na mulher”, com-pleta.

A diretora ainda ressalta que um dos motivos pela entrada de mu-lheres nesse mercado é porque, nos dias de hoje, elas contribuem cada vez mais com as finanças da casa. “Antigamente, a mulher não era educada para isso. A constru-ção civil era para homens. Mas,

hoje, as mulheres também preci-sam trabalhar. Elas são guerrei-ras, vivem fazendo de tudo pra melhorar a vida e começaram a ver que são capazes de fazer esses serviços tanto quanto os homens”, salienta.

Segundo Maria Crislaine Ribei-ro de Souza, de 26 anos, aluna do curso e moradora do Vista Bela, o caminho até o mercado de tra-balho ainda tem obstáculos como o machismo e a pouca confiança que algumas pessoas têm nas mu-lheres. “Às vezes, a própria família atrapalha e fica falando que não vai dar certo, mas eu sou casca dura e isso até me dá mais vonta-

Rosangela da Silva, moradora Vista Bela, em aula prática do curso de azulejista no Instituto da Construção.

de de conseguir. O primeiro piso que eu colocar, vou escrever de ca-netão: lugar de mulher é onde ela quiser”.

Maria também fala sobre outras mulheres que pensam em entrar nesse meio e ainda têm receio. Para ela, a mentalidade tem que mudar. “As mulheres têm que en-tender que tudo o que forem fa-zer, elas têm que acreditar. Nós te-mos força. Se quisermos mesmo, temos que ir à luta, independente do que dizem”, sustenta.

AzulejistaSegundo a diretora Viviane, a escolha pelo curso de azulejista é inteligente, já que é uma área que tem se destacado e ganhado cada vez mais prestígio. “É fundamental, hoje, saber pôr um piso. Quem contrata, não quer um profissional que não saiba fazer isso ou faça de qualquer jeito, por exemplo. Passou-se a valorizar mais o profissional de azulejo”, coloca.

O curso tem duração de 72 ho-ras e é dividido em dois módulos: o fundamental e o específico. Na primeira etapa, os alunos apren-dem segurança do trabalho, pri-meiros socorros, finanças e, o di-ferencial: sustentabilidade. Com isso, aprendem o que pode e o que não pode ser rejeitado como lixo e onde jogam o que não é mais necessário. No segundo módulo, entram as questões técnicas e es-pecíficas da parte de azulejos.

Fotos: arquivo Instituto da Construção

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6JULHO de 2015

Esquizofrenia: quando a doença nos pega de surpresa Ana Lucia Cardoso,

moradora do Vista Bela

Vinte e três milhões de pes-soas no Brasil têm transtornos mentais e hoje em dia é comum presenciarmos pessoas que têm uma doença da qual a maioria não sabe nada sobre ela. É o caso da esquizofrenia.

E o que é essa doença? Ela é um transtorno mental complexo que dificulta a distinção entre experiência reais e imaginarias, interfere no pensamento lógico, nas resposta emocionais nor-mais e no comportamento es-perado em situações sociais. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a esquizofrenia não é um distúrbio de múltiplas personalidades, ela é uma doen-ça crônica e complexa que exige tratamento por toda vida.

Causas

As causas são ainda desconhe-cidas, mas os médicos dizem que uma combinação de fatores genéticos e ambientais podem estar envolvidas no desenvolvi-mento deste problema. Mesmo sendo um fator genético, nem todos que têm um caso na fa-mília desenvolvem a doença. Não há como evitar nem preve-nir, mas ele pode ser controlado através de medicamentos. Além disso, quanto antes começar o tratamento, melhor.

É essencial e muito importante que alguém cuide dessa pessoa. Não é fácil cuidar de um esquizofrênico, mas a ajuda e o acompanhamento da família é preciso. É muito complicado para a família, tanto a aceitação,

quanto o entendimento da nova situação e da realidade do doente.

Penso que quando alguém nasce doente, os pais vão aos poucos se adaptando e aprendendo a cuidar de seu filho com limita-ções e esse filho vai aprendendo a depender de alguém. Assim é mais fácil. Agora, quando acon-tece de alguém ficar doente já adulto e já responsável por si mesmo, pela sua própria família, até com filhos dependentes, não é fácil. É aí que a pessoa não aceita a ideia de estar doente e não acata conselhos de outros, rejeitando procurar ajuda e tra-tamento, já que, para ele, está tudo normal e em tudo que ele faz ou fala, existe razão.

Há muitas famílias que entram em desespero por ser uma si-tuação embaraçosa e por fal-ta de informação, não sabem como ajudar e onde procurar ajuda. Alguns familiares se sen-tem envergonhados e passam a sofrer, evitando até falar sobre a doença. Têm pessoas que não sabem como lidar com o doente e ficam depressivas, mas é bom lembrar que é preciso ser forte para ajudar o doente.

É preciso fazer o melhor para cuidar do paciente em casa, mas há situações que a internação é necessária para segurança até mesmo do próprio doente. Al-guns pacientes passam por cri-ses. Nem todos reagem igual, e existem casos de violência, mas a maioria é passivo.

Mesmo com todo transtorno e dificuldade, é preciso ter muita paciência e amor, pois ninguém

fica doente por querer. Existem caso em que a família ou algum familiar mais próximo fica re-voltado e não compreende, pois o convívio com algum portador da esquizofrenia não é nada tranquilo. É preciso procurar conhecer o que passa com o portador da doença e saber que a principal vítima é o doente.

Esse transtorno faz com que a pessoa escute vozes e, por isto, fique agitada. Muitos chegam ao suicídio e outros pensam nele como solução por não te-rem descanso em suas mentes. Eles deixam até mesmo de dor-mir, de se alimentar e de cuidar de sua higiene.

Além de tudo, eles ainda têm que superar o preconceito. Pes-soas que faziam parte da socie-dade se isolam e deixam de atuar como antes. Muitos não conse-guem estudar ou permanecer no trabalho. A família também sofre com o preconceito e fica

envergonhada como se ficar doente fosse um crime. Muitos tentam disfarçar. No primei-ro momento, sempre dão outro nome à doença, como depres-são, pois acham que é melhor. Mas não há vergonha em ficar doente. É preciso ter consciên-cia, procurar ajuda e se tratar para superar as dificuldades e preconceitos. Há casos em que, mesmo sendo diagnosticado, o paciente leva uma vida normal.

Muitos não dão nem ouvidos ao doente por saberem da doença, mas muitos doentes são bem conscientes. É preciso ouvir e respeitá-los antes de julgar. Com o tratamento adequado, tudo ficará bem. Não dá para se desesperar e abandonar, seja seu filho, seu pai, sua mãe, seu irmão ou seu esposo. Busque ajuda de um clínico geral e ele poderá encaminhar a consul-ta para um psiquiatra, através do posto de saúde e do Caps. As coisas podem melhorar.

“Não há vergonha em ficar doente. É preciso ter consciência, procurar ajuda e se tratar para superar as dificuldades e preconceitos.”

Foto: Gabriel Siqueira Lopes

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7JULHO de 2015

Curso trabalhará moda e empreededorismoInscrições já estão abertas para Laboratório de Moda, que desenvolverá senso crítico e conhecimento

Bruna Ferrari

A maneira como as pessoas se ves-tem pode dizer alguma coisa so-bre elas? Até que ponto devemos nos preocupar com o que produ-zimos e consumimos no mundo da moda? Como podemos inovar trabalhando com moda? Essas e outras reflexões serão abordadas pelo Laboratório de Moda, curso que o Projeto DIST traz para o Vista Bela em agosto.

Além de desenvolver o senso crí-tico e a criatividade das alunas, o curso busca mostrar as possi-bilidades do mercado da moda, instigando o sentimento em-preendedor das jovens. Segundo Daniela Zanardo, diretora cria-tiva da Trend|247 e responsável pelo curso, o laboratório vai mos-trar o novo momento de consumo da sociedade e como, por meio dele, abrir novas oportunidades.

“O foco é mostrar que a franque-za com o consumidor é a chave para começar um negócio, seja ele qual for. Mostrar o leque de possibilidades que se pode ter no mercado de moda (e na vida), uma vez que o auto-conhecimen-to se conecte à realidade de cada uma”, ressalta.

Para se conectar com essa reali-dade, as jovens que participam do curso constroem, por exemplo, um caderno de referências, em que cada aluna desenvolve uma leitura pessoal do seu ambiente de vida e das suas experiências, base importante para um cami-nho empreendedor, segundo Da-niela.

“É importante que cada aluna entenda a si mesmo e possa tra-zer, com o estudo da moda, um cuidado com a auto-estima e a auto-imagem. Quando há a com-

preensão com o ambiente que as cerca e com a mensagem que que-rem passar e com elas mesmas, há uma segurança no que cada uma planeja para vida”,afirma.

Além do auto conhecimento, o Laboratório de Moda trabalha a relação entre o que é produzido e o que é consumido no merca-do, trazendo a moda sustentável como o resultado de um trabalho consciente, que vai afetar o estilo de vida dos consumidores..

“Quando, em um âmbito global, o meio ambiente que nos abriga é o mesmo que nos fornece ma-téria-prima, as experiências que vivemos com problemas de clima, por exemplo, nos mostraram que a preocupação com o que se pro-duz/consome é a nova postura a se ter. Moda Sustentável é uma forma de se produzir e consumir buscando agredir menos o am-

biente,” conta Daniela.

Durante os cinco dias de curso, as alunas irão estudar o conceito de moda, moda no mundo e no Brasil, moda sustentável e o novo consumidor, estruturação de um negócio e oficina para estrutura-ção de projetos.

Serviço: o curso será realizado de 10 a 15 de agosto, na sede do Projeto DIST e está com inscri-ções abertas. O Laboratório de Moda é voltado para meninas de 16 a 22 anos. As vagas são li-mitadas e para se inscrever, basta comparecer à sede do projeto, na Avenida Giocondo Maturi, 731, com comprovante de endereço e certidão de nascimento. Mais informações pelo telefone 3327-6121 ou na sede do DIST, das 13h30 às 18h30, de segunda á sexta, e das 08h00 às 13h00 aos sábados.

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8JULHO de 2015

Novas turmas da Escola DIST começam no Vista Bela

Luiza Belloto

Começou, no dia 1º de junho, as novas turmas do Programa de En-sino para Jovens e Adultos (EJA) da Escola DIST. As aulas, que acontecem no bairro Vista Bela, são ministradas por professores do Sesi, de segunda à quinta-fei-ra. O Programa conseguiu trazer mais 80 alunos para a sala de aula.

Foram abertas duas turmas: uma de ensino fundamental e outra de ensino médio, cada uma com 40 alunos. A metodologia de ensino é feita por blocagem, ou seja, pri-meiro os alunos aprendem todo o conteúdo de uma disciplina para depois entrar em outra. O obje-tivo desse tipo de metodologia é facilitar o aprendizado e tor-ná-lo mas rápido, benefi ciando

Jovens e adultos nas

primeiras aulas da disciplina

de geografi a do ensino médio

da Escola DIST

Primeiras aulas da

disciplina de português da turma do ensino

fundamental da Escola

DIST

Fotos: Bruna Ferrari

Marcenaria, tapetes bordados e salgados

José Vanellço e Rita de Cássia

Bairro Ana Terra Telefone – 3357-7984 e 8448-3682 / 8411-7423

Professora de Pole DanceCarla Durazinni

Aulas no Stúdio de Dança LC

Telefone: 9900-9953

Ingredientes

- 3 cenouras grandes cozi-das, mas que já estejam à temperatura ambiente;- 4 ovos inteiros;- 1 xícara (de chá) de óleo;- 3 xícaras de farinha de trigo;- 2 xícaras de açúcar;- 1 colher (de sopa) de fer-mento em pó;- 1 pitada de sal.

Modo de preparo

Bata as cenouras, os ovos e o óleo no liquidifi cador;Em um recipiente, misture a farinha, o açúcar, o fermento e a pitada de sal. Faça um furo no meio dessa mistura e acrescente o conteúdo do liquidifi cado. Misture bem a massa;Unte uma forma e enfari-nhe, coloque a mistura na forma e asse em forno bem quente até crescer e dourar por cima.

Classifi cados

Receita Bolo de cenoura

os alunos que têm que conciliar as responsabilidades do trabalho e da casa com a nova rotina de estudos.

Com as novas turmas, a Escola DIST atingi um total de 173 alu-nos matriculados. A reinserção da comunidade no sistema escolar faz parte da meta 04 do Projeto DIST, o Volta às Aulas.