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GAZETA IMPERIAL Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial
Ano XXIII - Número 271 - Agosto de 2018
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Frontões Neoclássicos na cidade do Rio de Janeiro Luís Severiano Soares Rodrigues.
Surpreendentemente a Gazeta Imperial pode trazer aos seus
leitores imagens de alguns interessantes exemplares da so-
brevivência de resquícios da arquitetura neoclássica na ci-
dade do Rio de Janeiro, que tem seus primórdios na arquite-
tura civil com a chegada da Missão Francesa ainda no perío-
do joanino. Fixamo-nos, aqui, nos frontões, que vem a ser
uma composição artística de cunho decorativo da fachada
dos edifícios desse estilo, e o exemplar da antiguidade mais
conhecido é a do Partenon de Atenas, hoje no Museu Britâ-
nico. Quanto à “sobrevivência” de exemplares desse estilo
arquitetônico na capital fluminense, a título de comparação,
numa cidade que foi praticamente destruída como Berlim,
os alemães reconstruíram ou restauraram todos os seus
imponentes prédios nesse estilo.
Na arquitetura relacionada a instituições caritativas temos
um exemplar fantástico que vem a ser o da antiqüíssima
Santa Casa de Misericórdia com seu medalhão magnífico na
Rua de Santa Luzia, seguida do Hospital da Ordem Terceira
do Carmo na Rua Riachuelo. E na rua Larga de São Joaquim,
hoje com o malsinado nome de Mal Floriano a Caixa de So-
corros D. Pedro V, esta uma instituição caritativa dos abne-
gados comendadores portugueses de outrora que esbanja-
vam benemerência e amor cristão para o bem do povo po-
bre.
Um exemplar belíssimo em um prédio, infelizmente, hoje
mal cuidado, temos na Rua do Passeio, o antigo Cassino
Fluminense, que posteriormente foi sede do Automóvel
Clube do Brasil. Magnífico prédio que hoje poderia servir de
”Guildhall” como em Londres, não fosse isso demais para
uma cidade sub-administrada como é hoje a capital flumi-
nense. Uma lembrança querida desse prédio é a festa de
Bodas de Prata da nossa Imperatriz D. Isabel I e do príncipe
consorte Gaston de Orleans, Conde d`Eu, quando ainda
Princesa Imperial.
Finalizando trazemos o frontão da nossa magnífica Bibliote-
ca Nacional, em plena av. Rio Branco, que vem a ser um dos
maiores legados da monarquia brasileira ao nosso povo e
relembramos um crime arquitetônico que privou o centro da
cidade do mais significativo prédio nesse estilo que era a
Academia Imperial de Belas Artes, obra de Grandjean de
Montigni, de que resta o pórtico como ruína no Jardim Bo-
tânico, restando desse arquiteto no centro da cidade apenas
a antiga Alfândega, hoje, Casa França-Brasil.
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Antiquíssima Santa Casa de Misericórdia RJ
Medalhão Santa Casa RJ
Hospital da Ordem Terceira do Carmo
Caixa de Socorros D. Pedro V
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Frontão Cassino Fluminense, que depois foi
sede do Automóvel Clube do Brasil.
Frontão da magnífica Biblioteca Nacional
Casa França Brasil
Academia-Belas Artes-1890
O Autor é economista e historiador
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Palácio Leopoldina, uma analogia. Da Redação.
Na edição passada a Gazeta Imperial trouxe o caso, em vias
de solução, do Palácio Isabel, confiscado pelos espertos re-
publicanos. E nessa edição se faz necessário lembrar o caso
do Palácio Leopoldina, que guarda grande analogia com o
primeiro caso, pois pertencia aos herdeiros da princesa Leo-
poldina, irmã de D. Isabel.
Esse edifício ficava próximo ao paço de São Cristóvão, na
antiga rua do Duque de Saxe, hoje rua Gal. Canabarro, e foi
expropriado pelo governo através do chefe de polícia que o
mandou arrombar para tomar posse. O referido Palácio foi
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utilizado por diversas instituições
até ser demolido para a constru-
ção da Escola Técnica Federal. Dois
trabalhos muito bem fundamenta-
dos esgotam o assunto e reafir-
mam os direitos dos herdeiros da
referida princesa sobre aquela
propriedade, são eles:
https://ihgb.org.br/revista-
eletronica/artigos-
438/item/108524-palacio-
leopoldina.html
https://www2.senado.leg.br/bdsf
/bitstre
am/handle/id/242432/000017601
.pdf?sequence=1
No caso dos dois palácios, a consti-
tuição desse patrimônio para os
nubentes são objeto de um trata-
do internacional do Imperador do
Brasil com os respectivos chefes
das casas reinantes, ou não, dos
príncipes consortes. E o governo
provisório tão logo se estabeleceu,
deu publicidade de que respeitaria
todos os compromissos assumidos
pelo Império do Brasil. Essas pro-
priedades só poderiam voltar ao
Patrimônio Nacional caso se extin-
guissem os herdeiros diretos das
princesas.
Então, se existir meio jurídico de
se arrolar esse caso no processo
do Palácio Isabel seria interessan-
tíssimo, pois teríamos duas repa-
rações.
Passamos a palavra para os
juristas.
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Resenha – “Clamar e Agita Sempre”
Os Radicais da Década de 1860.
Luís Severiano Soares Rodrigues.
Com o lema dos Liberais do fim da
década de 1860, por título, o histori-
ador José Murilo de Carvalho nos trás
mais uma importante contribuição
para o estudo do pensamento político
no Império do Brasil pela editora
Topbooks – 2018.
Esse trabalho resgata as conferências
realizadas por um grupo de intelectu-
ais, que pelo teor de suas manifesta-
ções se intitulavam de Radicais. Tais
conferências se deram em São Paulo,
Rio de Janeiro e Recife, tais grupos se
constituíam em Clubes Radicais vincu-
lados às suas respectivas Províncias, e
se deram no ano de 1869, todas fo-
ram posteriormente publicadas nos
jornais liberais das cidades onde fo-
ram realizadas as conferências, cuja
assistência se constituía invariavel-
mente de intelectuais liberais.
José Murilo de Carvalho, na primeira
parte do livro, contextualiza o ambi-
ente político institucional em que se
gerou a argumentação desses que se
diziam Radicais, bem como analisa o
ideário liberal brasileiro frente aos
oponentes conservadores, e nos pro-
põe o que seria o legado desses Radi-
cais, alguns dos quais se bandearam
para as lides republicanas e outros
não. O autor, no entanto, nos chama
atenção para o fato dos conferencis-
tas, em sua maioria, abstraírem os
fatores políticos culturais das suas
análises, muitas vezes se apegando a
idealizações que estavam longe das
possibilidades concretas da realidade
política brasileira.
A temática recorrente desses intelec-
tuais era a Descentralização Adminis-
trativa, o fim da Guarda Nacional, o
fim do Poder Moderador e aquilo que
eles chamavam de poder pessoal, o
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fim do Senado vitalício, as Eleições
Diretas, a Educação leiga, o fim da
Religião Oficial vinculada ao Estado,
ou seja, a Implantação do Estado Lai-
co, etc.
Um dado interessante de se observar
nessa geração de pensadores e que
em sua ampla maioria nasceram no
Brasil já independente, não vindos
portanto, do período colonial e tam-
bém não viveram, com maturidade, o
tumultuado período das Regências.
Na segunda parte do livro temos a
transcrição de quase todas as Confe-
rências, as quais, como dito anteri-
ormente, saíam na imprensa, para
qualquer um ler, algumas não foram
localizadas. Portanto temos certeza
que o Imperador leu todas essas con-
ferências. Mas as transcritas nos dão
um excelente panorama da argumen-
tação proposta.
Analisando-se “a posteori” o legado
dessa argumentação podemos chegar
a um legado de frustrações, haja vis-
ta, de que do muito de que se sonha-
va, muito pouco se conseguiu.
As eleições diretas foram conseguidas
no Império pelo projeto do Senador
Saraiva, o quê, foi um avanço por
todos aplaudidos.
A descentralização que a princípio
teria sido alcançada com a Federação,
já na república, foi uma ilusão, pois já
no seu começo, no governo Campos
Salles, a política dos governadores,
impõe o encastelamento de oligar-
quias governantes nos estados fede-
rados.
O fim da Guarda Nacional foi outra
ilusão, pois ela perdurará até a déca-
da de 30 do século XX.
O fim do senado vitalício, já era estu-
dado nos últimos anos do Império, o
qual já se podia esperar sob a monar-
quia, mas foi conseguido na repúbli-
ca, assim como o Estado Laico, mas os
políticos da republica viviam beijando
os anéis dos bispos. A educação leiga
já existia no Império.
O fim do poder moderador, que eles
tanto almejavam, na república foi
substituído por um poder moderador
bastardo exercido pelos generais de
plantão que se arvoravam em defen-
sores da pureza republicana, com os
resultados funestos que conhecemos.
Muitos desses conferencistas viveram
para ver um monstro republicano
chamado de, com originalidade, Esta-
dos Unidos do Brasil, que se trans-
formou no túmulo dos sonhos liberais
tupiniquins.
Luís Severiano Soares Rodrigues
e José Murilo de Carvalho O autor economista e historiador.
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As Eleições da Agonia. Teófilo Vandeley.
Mais uma vez o povo brasileiro está
convocado para exercer o seu “direi-
to” cívico de ir às urnas para escolher
e eleger os membros dos poderes
executivo e legislativo, nos níveis fe-
deral e estadual. Sendo assim as res-
peitáveis agremiações políticas dessa
“insigne” república vão levar os no-
mes dos seus “respeitáveis” e “impo-
lutos” membros para que o povo, de
todos eles razão de existirem, escolha
conforme as suas preferências e con-
vicções.
Eu sei que exagerei no parágrafo aci-
ma, mas a verdade é que o povo está
devidamente convocado a exercer
esse direito – OBRIGATÓRIO – que é o
de ter de votar nos nomes que esses,
partidos políticos, não se sabe com
quais critérios, lançam para ver se
enganam os incautos. Alguns deles,
quase sempre os menos preparados,
se elegem e passam a ter quatro anos
para sacanear os seus eleitores, faze-
rem seus pés de meia e depois man-
darem um abraço pra galera.
A sorte dos eleitores é que aqueles
que não forem votar vão ter um pre-
juízo pequeno de pouco mais de
R$3,50 da multa por não exercer esse
“direito” compulsório, o prejuízo
maior é ter de perder tempo na fila
dos Bancos para pagar tal multa. Na
verdade esse custo baixo é a prova de
que a justiça eleitoral entende quem
não quer votar, porque essa demo-
cracia brasileira é uma piada, das
mais sem graça.
Uma parte positiva, se é que ela exis-
te é que o público se diverte, a pesar
da sensação de que já viram o mesmo
filme nas eleições anteriores. Mas
isso é apenas um detalhe o que conta
é a diversão das propostas mirabolan
tes e estapafúrdias, além dos bate-
bocas que mostram os níveis dos
candidatos.
Na campanha presidencial desse ano
alguns debates tem sido reveladores
do pouco preparo e do muito do irre-
alismo dos presidenciáveis. Então
temos um panorama muito curioso
nessas eleições:
O Sr. Geraldo Alckmin fez uma coliga-
ção com muitos partidos fisiológicos e
promete governar com independên-
cia, fazendo inclusive a reforma polí-
tica. Não explica como se escorando
em partidinhos ele conseguirá acabar
com os partidinhos em geral. Um e-
xemplo bom é o apoio do partido da
república a esse candidato, esses que
montaram uma quadrilha no Ministé-
rio dos Transportes certamente vão
querer o Ministério onde seu esque-
ma já está montado, e o Sr. Alckmin
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dá uma de bom moço e que está aci-
ma dos fisiologismos de ocasião, ele
terá de explicar melhor essa situação.
O Sr. Ciro Gomes entre as propostas
mirabolantes está a de ajudar a 63
milhões de brasileiros que estão no
SPC a pagarem suas dívidas, inclusive
instando os credores a retirarem par-
te dos juros das respectivas dívidas.
Ele só não explica como o setor públi-
co vai se imiscuir em uma seara que
não lhe diz respeito, pois o caso vem
a ser uma questão entre particulares,
além do que resgatar a capacidade de
endividamento das pessoas, por si só
nada adianta se elas não estiverem
empregadas. Além do que é uma
transferência de renda imprópria,
pois retira dinheiro dos contribuintes
em geral direcionando os recursos
para maus pagadores, que nem sem-
pre ficaram nessa situação por causa
do desemprego.
A Senhora Marina Silva, fica com o
seu semblante calmo, dizendo que
governará com as pessoas de boa
vontade ou bem intencionados de
todos os partidos, o que é curioso,
pois no inferno também não faltam
boas intenções, como diz o povo do
alto do pedestal da sua sabedoria.
Assim o problema se forma para a
candidata, nesse meio político boas
intenções são coisa rara, haja vista
seus amigos e antigos correligionários
do PT, muitos deles hoje na cadeia.
Sem falar nos partidinhos de aluguel,
pois como o nome diz seus membros
se alugam, dificilmente com boas
intenções.
O Sr. Álvaro Dias, já perdeu qualquer
esperança de ter nossa simpatia, pois
sua proposta de refundar a república
merece além da nossa pena o nosso
desprezo, se ele fosse um homem
inteligente saberia que ela tem de ser
extinta para o bem do futuro do Bra-
sil, além do que no Estado do Rio de
Janeiro, certamente por populismo, o
seu partido pôs o Jogador aposentado
Romário, uma das nulidades da ban-
cada do Estado no Senado, para ser
candidatar ao governo do mesmo.
Coitado do Estado Fluminense, ele
merece mais respeito.
Algumas candidaturas não merecem
serem comentadas, como a do tal
cabo Daciolo, deputado federal, que
comandou uma sublevação dos bom-
beiros militares fluminense, e hoje faz
campanha quando não está em reco-
lhimento para fazer orações. Mas só
para comentar uma das suas propos-
tas, contra o desemprego, para ele, a
solução é mais escolas técnicas fede-
rais, para capacitar os cidadãos e de-
pois ele abaixa os juros e os investi-
mentos privados absorverão esses
trabalhadores. Ou seja, o dito cabo
não sabe o tempo que leva para cons-
truir uma escola desse tipo, não sabe
que para entrar em escola técnica
federal tem que se passar num con-
curso difícil, que a maior parte do
nosso povo não está preparado para
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tal, além do que um curso técnico
leva tempo para ser concluído. Ou
seja, terminado o seu mandato as
pessoas ainda não estarão formadas.
Além do que os investimentos para
aumentar a oferta de postos de tra-
balho demandam tempo para cons-
trução de plantas industriais, lojas,
meios e vias de transporte. Etc.
O Sr. Henrique Meirelles, a pesar do
seu belo currículo não empolga mui-
to, se fia numa competência que ale-
ga ter, ele só esquece de que, se
comparado com alguns outros países
de economias importantes, o cresci-
mento da economia brasileira, no
período em que foi presidente do
Banco Central, é decepcionante em
se levando em conta o boom das
commodities que então de vivia,
quando outros países alcançaram
resultados significativos. Se compara-
do com dois dos mais importantes
países dos Brics, Rússia e China fica-
mos muito atrás, pois no período em
tre 2000 e 2013, estes países tiveram
seu PIB, aumentados respectivamen-
te em 8,1 e 7,5 vezes, enquanto o
Brasil aumentou o seu PIB em 3,5
vezes. Ou seja, no mundo dos resul-
tados reais esse currículo não ajuda
muito. Achar que sua eleição seria
como um choque no doente que o
reanimaria é um pouco de convenci-
mento.
O PT por sua vez insistiu em inscrever
o nove do etílico Lula, hoje presidiá-
rio, como candidato, o que tem sua
lógica, já que estamos numa repúbli-
ca de ladrões, nada mais apropriado.
Mas não é assim tem-se de, para o
bem da república, manter as aparên-
cias. O Partido dos Trabalhadores,
para marcar com estardalhaço o lan-
çamento da campanha do presidiário,
demonstrou que só de trabalhadores
no nome, pois lá naquele evento ha-
via somente desocupados, que se
tivessem um trabalho não estariam
lá. Aquilo que foi dito para o Sr. Mei
relles, que foi presidente do BACEN
na gestão Lula, vale para o etílico Lula
também. O mesmo aparece como o
melhor colocado nas pesquisas de
intenção de votos, porque o nosso
povo tem a ilusão que ele voltando
voltam as condições externas favorá-
veis que se deram na época do seu
governo, onde inclusive ele colheu os
frutos dos ajustes econômicos feitos
pelos Tucanos. Mas eu lamento in-
formar que essa lógica não é verossí-
mil. Mas como tudo isso é fogo de
palha, e isso para um homem sabi-
damente dependente de álcool é um
perigo, da o mesmo ter sua ficha suja
em tempos de lei da ficha limpa. Os
petistas têm como plano B a candida-
tura do Sr. Fernando Haddad, que
não ganha nem eleição para síndico
na cidade em que foi prefeito, foi
uma escolha curiosa, e a vice será
uma deputada do PC do B, o que
comprova que este partido é um sa-
télite do PT.
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O caso do Sr. Bolsonaro também é
interessante, pois com seu discurso
de prende e arrebenta aos moldes do
presidente Figueiredo, tem empolga-
do muita gente, tanto é que tirando o
Lula das pesquisas ele assume a lide-
rança. Seu maior argumento é que
escolherá um ministério de notáveis e
isso será suficiente para fazer um
bom governo. Suas propostas, no
campo da segurança pública, têm
atraído multidões, e isso se justifica,
pois se olharmos as declarações nos
últimos 30 anos, vamos ver todos os
presidentes e governadores dizendo
que iam acabar com o crime organi-
zado, e a realidade comprova que
todos eles estavam mentindo. O Sr.
Bolsonaro diz que com ele é pra valer.
Além do que ele não tem medo de
botar o dedo na ferida quando fala da
necessidade de reduzir a idade da
maioridade penal e rever o processo
de progressão das penas criminais.
Devemos lembrar ao candidato que é
importante um posicionamento em
relação à Corrupção Policial, pois uma
polícia corrupta deixa a bandidagem
trabalhar em paz, desde que a sua
pelenga esteja em dia, e isso em toda
a cadeia hierárquica, em alguns casos
chegando até o chefe do executivo
local e isso se dá praticamente no
Brasil todo. Essa verdade, numa crise
de sincericídio, foi dita pelo ministro
da justiça, Torquato Jardim, que foi
premiado com a retirada da área de
segurança das suas atribuições, mas
as forças de intervenção no Estado
fluminense até o momento não de-
ram a devida atenção ao fato, ou seja,
indo por aí as coisas não vão muito
longe. O que é de se lamentar, pois, a
coisa está preta por lá, e o povo do
Estado está acuado e tem fornecido
vítimas à vontade no meio do fogo
cruzado. Aonde isso vai chegar ainda
não está muito claro, nos últimos dias
desse mês os confrontos com as fac-
ções criminosas se intensificaram,
com vítimas inclusive entre os milita-
res, se essa ofensiva vai quebrar os
traficantes, é cedo para sabermos. O
candidato Bolsonaro se propõe a
combater tudo isso. Vamos esperar
para ver.
Concluímos que se os senhores e se-
nhoras candidatas, não explicam mui-
to bem como governarão, nas condi-
ções atuais, de parlamento pulveriza-
do e fisiológico, ou seja, as condições
efetivas não se alteraram. Se tives-
sem visão eles proporiam a fim da
república e não assumirem esse con-
junto de instituições condenadas pela
própria experiência republicana brasi-
leira. Sem isso a atual novela será
revista em 2022. Se o país aguentar
até lá.
O autor se diverte muito vendo os
debates dos candidatos.