Jornal do Saferj abril de 2013

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saferj.com.br JORNAL DO SAFERJ Saferj - Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro - Fundado em 1979 Um dos heróis da conquista do penta em 92, hoje atua pelo masters rubro-negro Por onde anda... Nélio Pág. 2 Jairo Campos retorna ao futebol equatoriano depois de temporada na fisioterapia do Saferj Fisioterapia de Resultado Foto: Divulgação Saferj Jornal do Saferj - abril de 2013 Executivos do futebol Págs. 4 e 5 Pág. 3 São Cristóvão vem com nova formação para tentar voltar à Segundona Pág. 7 Vamos torcer pela tradição JS entrevista o ex- atleta Rodrigo Caetano, diretor executivo de futebol do Fluminense. Ele dá dicas de como chegar e se aperfeiçoar na profissão

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Executivos do futebol

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JORNAL DO SAFERJSaferj - Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro - Fundado em 1979

Um dos heróis daconquista do penta

em 92, hoje atuapelo mastersrubro-negro

Por onde anda... Nélio

Pág. 2

Jairo Campos retornaao futebol equatoriano

depois de temporadana fisioterapia do

Saferj

Fisioterapia de Resultado

Foto: Divulgação Saferj

Jornal do Saferj - abril de 2013

Executivosdo futebol

Págs. 4 e 5

Pág. 3

São Cristóvão vem com nova formação

para tentar voltarà Segundona

Pág. 7

Vamos torcer pela tradição

JS entrevista o ex-

atleta Rodrigo Caetano,

diretor executivo de

futebol do Fluminense.

Ele dá dicas de como

chegar e se aperfeiçoar

na profissão

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Presidente do Saferj

Alfredo Sampaio

Editor-chefeCamilo Sepúlveda

Diagramador e RevisorGustavo Vieira

Estagiária de RedaçãoTaís Teixeira

GráficaAreté S.A.

PresidenteAlfredo Sampaio1º Vice-presidenteDenson Celço Costa Melo2º Vice-presidenteJorge Ivo Amaral da SilvaDiretor-tesoureiroLuiz Carlos R. de Santana

Por onde anda... Nélio

Casa do Atleta faz quatro anos

SAFERJ JORNAL

A Nação não esqueceDa infância no futsal para a consagração do Penta em 92. Nélio agorase apresenta pelo masters rubro-negro e não pensa em ser treinador

Camilo Sepú[email protected]

ria de Vila Isabel, a história de Nélio da Silva Melo no futebol começou C no futsal, o antigo futebol de salão.

Antes de chegar à base do Flamengo, clube que se consagrou, ele passou pelas quadras do Bradesco e do Grajaú Tênis. Nos campos da Gávea, o então cabeça-de-área seria colocado no ataque pelo treinador e revelador de craques, Neca.

Após conquistar vários campeonatos pelas divisões de base rubro-negra, em 1991, já pelos profissionais, foi campeão carioca, quando o Flamengo venceu o Fluminense na final. No ano seguinte, seu grande momento: campeão brasileiro, junto com outros da sua geração como Marquinhos, Paulo Nunes, Júnior Baiano, Fabinho, Piá e capitaneados pelo craque Junior. Nesse ano, o Flamengo desbancou os favoritos Vasco e Botafogo na reta final da competição.

O penta rubro-negro trouxe junto a consa-gração de Nélio e de sua geração. Aos 21 anos, o “prata da casa” foi um dos destaques daquela campanha, fazendo inclusive um dos gols na vitória por 3 a 0 sobre o Botafogo no primeiro tempo na primeira partida da final. Jogo que os rubro-negros não se esquecem jamais.

Em 95, Nélio “Marreco” (apelido que o acompanha desde os sete anos), que é irmão

dos atletas de futebol Nilberto e Gilberto (Flamengo, Vasco, Seleção etc) foi emprestado ao Guarani. Retornou meses depois, ainda no ano do centenário do clube, quando conviveu com o time que tinha o ‘‘ataque dos sonhos’’, que acabou decepcionando. Em 96, foi cam-peão carioca invicto, jogando ao lado do irmão Gilberto. Já em 97 foi emprestado novamente, agora para o Atlético-MG, e depois para o Fluminense. Em 1999, jogou pelo Botafogo-SP e na virada do século foi atuar no futebol húngaro, pelo Haladás.

- Não joguei num time de ponta da Hungria, mas fizemos um bom campeonato. Eu era o único brasileiro por lá, gostaram do meu futebol – conta com orgulho.

A partir de 2001, mais veterano, Nélio jogou por clubes menores, ingressando depois no time de masters do Flamengo, a convite do craque Adílio. Roda o Brasil inteiro se apresen-tando com craques rubro-negros de gerações passadas.

Hoje, aos 42 anos e morador de Jacarepaguá, Nélio diz que não pensa na carreira de treinador, pois não saberia lidar com certos jogadores.

- Empresário, sim, mas treinador, não. Joguei com muitos jogadores bons dentro e fora de campo, mas não teria paciência de lidar com alguns que são mau caráter. Penso em fazer algo como empresário junto com meu irmão Gilberto, que também está parando de jogar – projeta Nélio.

No último dia 10 de março, o Saferj comemorou quatro anos de inauguração da Casa do Atleta.

Ao constatarmos que esses anos se passaram – e de forma tão rápida – vimos com muita satisfa-ção e orgulho que a proposta de trabalho que traçamos lá atrás, estava dando certo e trazendo inúmeros benefícios aos nossos associados.

É importante enaltecer o empenho que todos tiveram para que esses anos se tornassem tão intensos como foram e pelo resultado alcançado.

O setor administrativo, o financeiro, a imprensa, a fisioterapia, a recepção, a gerência Safit, coorde-nadores, o operacional e professores funcionaram com extrema eficiência. Parabéns a todos.

É importante que nosso trabalho seja divulgado e visto, pois tudo que é feito no Saferj, só tem um objetivo: atender e amparar os atletas do futebol carioca. Muitos atletas que hoje estão atuando nas Primeira e Segunda divisões do Rio, por exemplo, utilizaram os serviços da Casa do Atleta.

Os dirigentes, principalmente dos clubes de menor investimento, precisam saber que toda a estrutura Saferj está à disposição de seus clubes e, consequentemente, dos seus atletas. Entendemos que apesar de ser um sindicato de atletas, nossa função também é defender e ajudar o futebol como um todo, e isso, passa por criar caminhos de ajuda aos clubes também.

Nosso trabalho continuará firme, é nossa obrigação buscar sempre melhorar e ampliar os benefícios. Aproveito para convidar todos os atletas e dirigentes, que por acaso ainda não conheceram nossa sede, que venham nos visitar e ver de perto o que a Casa do Atleta tem a oferecer a todos.

EXPEDIENTE

O meia-atacante Nélio, no início dos anos 90, aos 21 anos, e hoje aos 42, nas dependências do Saferj

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Fisioterapia de excelência

Camilo Sepú[email protected]

Fisioterapia que recuperae põe de volta ao jogoSaferj tem recolocado no mercado de trabalho diversos atletas.Setor recebe elogios e indicação de profissionais de fora do país

setor de fisioterapia do Saferj recebe todos os anos dezenas de atletas e ex-atletas em Obusca de recuperação. O futebol atual

necessita cada vez mais que esses trabalhadores possam se recuperar bem – com rapidez e segurança – para assim darem seguimento às suas carreiras.

Ao longo dos anos, o Saferj tem prestado um serviço na recolocação desses profissionais no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, contribui com os clubes do estado fluminense que, às vezes, não possuem a estrutura necessária para essa recuperação.

Sendo cada vez mais elogiada por profissionais da área e por atletas de futebol de todo Brasil que visitam as instalações do Sindicato, a Fisioterapia do Saferj se orgulha de ter recuperado neste último fim de ano vários atletas que agora, em 2013, podem entrar nos gramados de todo país e praticar suas profissões.

Gilvan Paes participou de boa parte do processo de recuperação do meio-campo Mayaro, que teve uma lesão por avulsão da inserção do adutor, um problema na virilha que impedia o atleta de jogar.

- É uma satisfação enorme ver um atleta como o Mayaro (hoje no Bangu) recuperado, após um período longo de tratamento. Ele chegou a ficar desanimado, mas conseguimos recuperá-lo com êxito. Vê-lo em campo, fazendo gol neste Estadual, é

muito gratificante para nós – diz, orgulhoso, o fisiote-rapeuta da casa Gilvan Paes.

O consagrado atacante equatoriano Carlos Tenório, do Vasco da Gama, quando visitou o Saferj em janeiro deste ano, também se encantou com a estrutura do setor.

- A fisioterapia de vocês está muito bem aparelha-da. Não deve nada para grandes clubes nacionais e internacionais – disse o atacante, que já atuou em países como Equador, Catar e Brasil.

Outro que se tratou neste início de ano na fisiotera-pia do Saferj foi o zagueiro equatoriano Jairo Campos, do Barcelona de Guayaquil-EQU, e que defendeu o Atlético-MG, em 2010. Jairo recebeu indicação dos próprios profissionais do clube equatoriano de que deveria vir ao Brasil se tratar no Sindicato do Rio.

- Foi uma experiência maravilhosa ter passado no Saferj. Vim lá do Equador com um problema difícil, mas estou clinicamente recuperado. Aqui tem uma estrutura muito boa, material para o atleta trabalhar, os profissionais são espetaculares – elogia o equato-riano.

Mais uma prova da eficiência do setor fisioterápico do Saferj.

A fisioterapia do Saferj conta com os profissionais Alexandre Abrantes e Gilvan Paes. A equipe se completa com Jean Michel e Christiane Colucci. Os aparelhos e materiais utilizados são os mais moder-nos e eficazes para trazer o atleta de volta aos gramados com segurança e rapidez. O que é muito

elogiado também é o circuito proprioceptivo e os exercícios com bola. Nessa etapa, os atletas saem da sala de fisioterapia e vão para as outras dependên-cias do Sindicato, onde desfrutam de material, profissionais e técnicas de alta qualidade.

Atletas que se recuperaram na Fisioterapia do Saferj em 2012 e que voltaram a atuar em clubes profissionais em 2013:

Bangu-RJPortuguesa-RJBangu-RJFigueirense-SCBangu-RJBangu-RJParalimni (Chipre)Goytacaz-RJBangu-RJMesquita-RJMesquita-RJMesquita-RJMesquita-RJSão Cristóvão-RJPortuguesa-RJBarcelona-EQUFutebol da Suécia

Thiago Leal (goleiro) Digão (meia) Mayaro (meia) Léo Rocha (lateral) Rafael Azevedo (zagueiro) Carlos Renan (zagueiro) Anderson Alves (lateral) Marcio Bambu (atacante) Diego Alves (meia) Bruno Rocha (zagueiro) Douglas (zagueiro) Diogo (meia) Alan (lateral) Felipe Silva (atacante) Jonathan (atacante) Jairo Campos (zagueiro) Pedro Sanchez (lateral)

Fotos: Divulgação Saferj

O zagueiro equatoriano Jairo Campos em dois momentos de sua recuperação, utilizando as dependências do Saferj. Em março deste ano, o atleta retornou ao seu país clinicamente recuperado

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Entrevista - Rodrigo Caetano

Atletas como executivosNesta edição, o JS entrevista Rodrigo Caetano, ex-atleta de futebol e que hoje está entre os mais

renomados executivos do futebol brasileiro. Ele dá dicas sobre a profissão e conta o caminho que fez

Mudar

Camilo Sepú[email protected]

Todo atleta profissional de futebol, em determina-do momento de sua carreira, pensa no que vai fazer após pendurar as chuteiras. Que caminho seguir? Continuar no mundo do futebol ou tentar outra área?

Há alguns anos, a carreira de executivo do futebol vem sendo encarada com muito respeito por parte dos clubes e, mais do que isso, tem sido primordial ter um profissional desses gerenciando este setor do clube. O profissionalismo realmente chegou ao futebol e essa é mais uma oportunidade para o ex-atleta. Mas não é tão simples assim. É preciso se preparar, se especializando. Cursos, palestras, interagir com outros profissionais, enfim, se aperfei-çoar sobre tudo que um clube precisa para ser bem administrado.

Nesta edição, o JS entrevistou Rodrigo Caetano, ex-atleta de futebol, e que hoje está entre os mais renomados executivos do futebol brasileiro. Após estrear na função no RS Futebol, do Rio Grande do Sul, passar por Grêmio e Vasco da Gama, há pouco mais de um ano ele é o diretor executivo de futebol do

Fluminense, atual campeão brasileiro. Rodrigo, que também é vice-presidente da Abex, Associação Brasileira dos Executivos do Futebol, nos recebeu nas Laranjeiras para dar dicas aos atletas que pensam em um dia, talvez, seguir a carreira de executivo da bola.

JS- Seria realmente uma nova profissão para atletas que estão encerrando suas carreiras?

RC- Ela já é uma profissão consolidada. Claro que hoje, não é só exercida por ex-atletas. O fato de ser ex-atleta o credencia, mas não satisfaz completamen-te. Pelo que eu vejo nas palestras e cursos que faço, muitos ex-atletas estão visualizando essa profissão. Antigamente, quando um jogador parava de jogar, se ele continuasse no futebol, normalmente focava em ser técnico ou preparador físico. Hoje, até essas profissões exigem mais especialização, assim como os executivos do futebol.

JS- Que tipos de especialização você fez para chegar até aqui e o que você indicaria para o atleta que queira seguir esse caminho?

RC- Se o atleta agregar o conhecimento que ele adquiriu no futebol; se puder trabalhar nas divisões de base de algum clube; juntar isso à formação acadêmi-

ca, ele com certeza vai levar vantagem sobre aquele que só tem a formação acadêmica. O network (rede de pessoas que ele conhece no trabalho) é muito importante. As relações que esse atleta construiu ao longo de sua carreira. A capacidade de interagir, se comunicar, internet, também são importantes. Saber sobre gestão de marketing, gestão no esporte, noções de direito esportivo. Quem comanda um clube

O ideal é tentar deixar sempre um “legado no clube

onde você passa”

Fotos: Divulgação Saferj

Rodrigo Caetano em sua mesa de trabalho nas Laranjeiras: o ex-atleta é hoje um consagrado executivo do futebol brasileiro

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Entrevista - Rodrigo Caetano

Gonçalves, Léo Inácio, Tiano e Petkovic são outros exemplos de ex-

atletas que se especializaram após pendurar as chuteiras e estão

também no mercado de diretores executivos. Veja abaixo a posição do

diretor executivo no organograma sugerido pela Abex:

deseja que seu diretor executivo de futebol ajude também na administração do mesmo.

JS- Como foi sua trajetória? Teve alguém que colaborou para você chegar onde chegou?

RC- Fiz administração de empresas na PUC, do R.G. do Sul, depois MBA de gestão empresarial, na FGV. Como jogador, joguei pelo Grêmio, Sport-PE e outros times de menor expressão. Foram 13 anos dentro do campo. Outros dez nas divisões de base. Hoje estou com 43 anos e há dez ingressei nessa vida e não saí mais. No dia seguinte que me retirei do campo, já ingressei no RS Futebol, clube do Paulo César Carpegiani, que foi um dos que mais me incentivou a exercer essa profissão. Antigamente, não existiam grandes modelos de executivo de futebol, de uma década pra cá é que surgiram.

JS- Quais seriam seus conselhos e os obstá-culos a se enfrentar nessa profissão?

RC- Primeira coisa: buscar um complemento na formação. Depois, seria pegar a experiência neces-sária, como as divisões de base dão a um jogador, buscar funções como coordenador, supervisor etc. É claro, que essa função está atrelada ao resultado. Às vezes, o planejamento é bem feito, mas se o resulta-do não vier... O risco é inerente. Se por um lado buscamos reconhecimento e valorização da profis-são, temos o risco também. O ideal é tentar deixar sempre um legado no clube por onde você passa.

JS- Você acha que é um caminho sem volta?RC- Com certeza. Só espero que cada vez menos

tenhamos adaptações, por conveniência ou política. E que essa função seja enxergada pelos presidentes dos clubes como uma profissão que eles terão que buscar esse profissional no mercado. E que não sejam feitos ajustes internos para preencher essa vaga.

JS – Que lugar dentro da hierarquia do futebol do clube estaria esse diretor executivo?

RC- Aqui no Fluminense, por exemplo, trabalha-mos com o diretor executivo comandando o futebol do clube e estando somente abaixo do vice de futebol e, obviamente, do presidente. Aqui também temos o presidente da patrocinadora, que participa. O diretor executivo estaria acima do gerente, supervisor e coordenador. Isso, no modelo do Fluminense, que seria próximo do ideal, mas podemos ter outros modelos, em que o diretor pode acumular funções.

JS- Quais seriam as principais atribuições do diretor executivo?

RC- O ideal é que formatássemos isso: o planeja-mento do departamento de futebol, contratações, ajustar as competições ao calendário, fazer a relação da alta cúpula do clube com os jogadores, basica-mente você é responsável pelo planejamento, organização e controle de orçamento do departa-mento de futebol do clube.

JS- E a relação com torcida, beneméritos, dirigentes?

RC- Procuro sempre inserir essas pessoas, eles têm sua legitimidade. Todos essas pessoas têm sua história. Mas se um executivo foi contratado é porque algo está faltando, aí entra o profissional como mais uma peça. Na hora da execução, do conhecimento técnico, prático, é tarefa para o executivo. Claro que existem as tarefas que você tem que delegar e o executivo não pode ter a pretensão de ensinar tudo

aos profissionais de cada setor.JS – Quais conselhos, então, você daria aos

que estão começando na profissão ou que pensam em entrar nela?

RC- Que cada vez mais busque conhecimento, ferramentas do gestor, saber o que é um plano de ação, saber lidar com orçamento. Não olhar somente para os atletas, mas também para cima, para os donos do clube. Contribuir e, principalmente, prestar contas ao clube.

Fonte: site da Abex

Diretor Executivo

Espero que essa

função seja “enxergada pelos

presidentes dos clubes

como uma profissão que

eles terão que buscar no

mercado”

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Foto: Reprodução

Convênio Saferj-ABO-RJ

Advogada do Saferj

Ana Beatriz Macedo

O que é e para que servea cláusula compensatória

Com a modificação da Lei Pelé, passaram a existir duas cláusulas: a indenizatória e a compensatória.

A compensatória é aquela que o clube tem que pagar ao atleta quando dispensá-lo sem motivo, antes do fim do contrato.

Essa é a que mais interessa ao atleta.No momento da assinatura do contrato tem que ficar

determinado o valor da cláusula compensatória. O valor pode ser livremente acertado entre clube e atleta, obedecendo o valor máximo e o valor mínimo, mas no contrato tem que ficar estipulado o seu valor.

O valor máximo para ela é de 400 vezes o valor do salário mensal e o valor mínimo é igual ao valor total dos salários mensais a que teria direito o atleta até o término do citado contrato. Portanto, o atleta tem que ficar atento a ela e por que?

Porque no momento em que o clube rescindir o contrato antes do seu prazo, a cláusula servirá para calcular o que o clube deve ao atleta por essa rescisão antecipada, uma vez que nela se baseará o cálculo para o pagamento do valor total pelo contrato de trabalho.

A indenizatória é aquela que dá ao atleta o direito de procurar, antes do fim do contrato, outro clube para trabalhar, e o clube, por sua vez, obter uma reparação financeira pela saída do atleta antes do fim do contrato.

Próximo benefício:Sala de Odontologia

Camilo Sepúlveda

Há cerca de seis meses os atletas de futebol do Rio de Janeiro vêm sendo contemplados com o convênio entre o Saferj e a ABO-RJ (Associação Brasileira de Odontologia – Seção Rio de Janeiro). Cerca de 40 atletas já passaram pelo consultório da Rua Barão de Sertório, no Rio Comprido, e tiveram seus problemas dentários detectados e resolvidos.

Agora, o Sindicato do Rio quer ir além: montar sua própria Sala de Odontologia, para que não precise encaminhar seus associados aos dentistas da parceira ABO. O arquiteto Paulo Teixeira, o presidente da ABO-RJ, Dr. Paulo Murilo, e o presidente do Saferj, Alfredo Sampaio, estão tomando as providências para que o espaço reservado possa servir com que há de melhor para os atletas.

- Resolvemos montar um consultório aqui dentro para que possamos disponibilizar um atendimento mais completo desse serviço. O convênio com a ABO já atende parcialmente às necessidades de muitos atletas, mas o consultório próprio ampliará esse serviço, que terá, por exemplo, o tratamento de canal, que é um dos principais problemas dos atletas de futebol - explicou Alfredo Sampaio.

Ao longo de 2012, o Jornal do Saferj mostrou o quanto é vantajoso e importante para os profissionais da bola uma boca bem cuidada.

Não só na questão da estética como também na saúde em geral e na recuperação de lesões. O presidente Alfredo Sampaio acredita que com esse tipo de benefício esteja trazendo saúde e bem-estar aos atletas e ex-atletas. - A inclusão de um dentista na área esportiva é de fundamental relevância, já que manter uma saúde bucal correta evita diversos problemas de lesões, como vemos em muitos clubes. O Sindicato resolveu encampar esse projeto e disponibilizará aos atletas de todas as divisões, estando com contrato ou não, este tratamento adequado, seguro e contínuo - completou Alfredo. A Sala de Odontologia do Saferj deverá ter dois consultórios que poderão atender simultaneamente. A intenção é que na sala possam ser realizados microcirurgias e tratamentos de canal.

[email protected]

abril de 2013

O presidente Alfredo Sampaio em reunião com o presidente da ABO-RJ, Dr. Paulo Murilo, e o arquiteto Paulo Teixeira

Projeto de construção de um consultório dentário dentro do Sindicatojá está em fase final. Serão atendidos atletas de todas as divisões

PROJETO DE UM DOS CONSULTÓRIOS

ATENDIMENTOS EM 2013JAN / FEV / MAR

Academia

Cesta básica

TOTAL

Jurídico

Curso de inglês

Homologação

Odontologia

Fisioterapia

Outros

33

470

1874

1251

58

98

10

35

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São Cristóvão

Vamos torcer pela tradiçãoCamilo Sepú[email protected]

ampeão carioca em 1926 e revelador de craques como CRonaldo Fenômeno, o São

Cristóvão Futebol e Regatas, que teve como preparador físico, nos anos 60, o técnico campeão mundial, Carlos Alberto Parreira, vive seu pior momento em mais de cem anos de existência. Pela primeira vez, o time de Figueira de Melo está na Terceira Divisão do Estadual do Rio.

Para a disputa da Série C deste ano, o São Cri-Cri apresentou Deninho como novo treinador. O ex-zagueiro do Olaria tem treinado forte com o grupo na Lespam, na Av. Brasil. O JS acompa-nhou um desses treinos e conversou com as pessoas que tentam reestrutu-rar o clube. Eles acreditam no potencial do elenco e botam fé que em maio, quando começar o campeonato, a equipe estará na ‘‘ponta dos cascos’’.

- Estou gostando desses jogadores. Os treinos têm sido bons. Estamos com mais de 40 atletas no elenco. Para o início do campeonato devemos reduzir para algo em torno de 30 – revela Deninho.

O Estadual da Série C ainda deve ter desistências, pois alguns clubes que estão relacionados para a disputa não terão condições financeiras de disputá-lo. Atletas como Thales e Raí são promessas para que o time engrene durante a competição e conquiste uma das quatro vagas para trazer o São Cristóvão de volta à Segundona. O gerente de futebol Marcelo Ribeiro está fazendo parcerias com comunidades para trazer jogadores ao clube. Além de resgatar valores e ajudar os garotos carentes, Marcelo quer fortalecer a base do clube.

- A regra este ano diz que temos que ter no elenco jogadores abaixo de 23 anos, com apenas cinco acima dessa idade – diz Marcelo, que cita o jogador Soldado como um dos que vão dar experiência ao elenco.

Já o diretor de futebol Carlos Alberto, que assumiu em 15 de feverei-ro, acredita no trabalho que está sendo feito. Na reformulação do elenco, o diretor está priorizando o respeito e o compromisso dos jogadores.

- Contratamos 15 atletas. Queremos jogadores de caráter, que deem

exemplos aos garotos. Atleta nosso tem que chegar na hora e se dedicar aos treinamentos – dá a receita Carlos Alberto.

A maioria do plantel irá receber de um a dois salários mínimos por mês. Os

A nova formação do São Cristóvão

Tradicional clube da Zona Norte do Rio, pela primeira vez o São Cristóvão terá que jogar a Terceira Divisão. Atletas, dirigentes e até torcedores de outros clubes torcem pela volta por cima do Cadete, que vem com nova formação

Além de Deninho, outros assumiram o Novo São Cristóvão: Daniel é o auxiliar; Jorcey o preparador de goleiros; Fernando, o preparador físico. Carlos Alberto, assumiu a direção geral e Marcelo Ribeiro, a gerência de futebol. Digão é o novo supervisor e a diretoria

ainda conta com a ajuda de Marcos Barcelos. Lira, ex-Vasco e Fluminense é o diretor de assuntos estratégicos. Todos em busca da retomada do caminho para as vitórias. E de um lugar ao sol. De onde o São Cristóvão nunca deveria ter saído.

O São Cristóvão, famoso por ter jogado sempre com seu uniforme único – todo branco (apenas nos anos 90 teve um rosa e um preto comemorativos) –, terá agora um segundo e terceiro uniformes. Um alvinegro, com listras verticais, e um rosa e preto vestirão o clube de Figueira de Melo. Além, é claro, do tradicional todo branco.

mais renomados, um pouco mais que isso. Ainda há chance de contratações se a diretoria achar necessário. Desde o dia 4 de março, os atletas estão treinando na Lespam, na Avenida Brasil, em Olaria, ao lado da Casa do

Marinheiro. A estreia do time na Série C acontece no dia 5 de maio, fora de casa, diante do São Gonçalo EC, no Clube Mauá.

O novo gerente de futebol, Marcelo Ribeiro, tem a missão de formar uma equipe competitiva

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Aniversário

Parabéns para a Casa do Atleta!

Da Redaçã[email protected]

Complexo dedicado aos atletas comemora quatro anos com quase dois mil atendimentos nos três primeiros meses de 2013. Academia e fisioterapia são os que mais beneficiam os atletas. Ao todo 344 atletas já foram beneficiados

Após muitos anos sendo idealizada, atletas e ex-atletas de futebol do Rio podem contar há quatro anos, comple-tados em março, com a Casa do Atleta – um complexo onde esses jogadores conseguem se recuperar de traumas físicos, manter a forma, além de obter orientações jurídicas, curso de inglês e tratamentos dentários. São quase 200 atendimentos semanais, que somam quase 1900 nos três primeiros

meses do ano, 470 na fisioterapia e 1251 na academia. Ao todo, desde a inauguração, em março de 2009, a Casa já atendeu 344 atletas de diver-sas formas. Localizada na Tijuca, a Casa do Atleta tem quatro andares e fica na Rua Professor Gabizo, nº 237. Não só pelas instalações e por tudo que foi construído e melhorado, a Casa também recoloca no mercado de trabalho ex-atletas. Hoje são doze, com carteira assinada, trabalhando na Casa. William (ex-Vasco), Josimar

(ex-América), Roberto Teixeira (ex-Vasco), Dedé (ex-América) são exem-plos de ex-jogadores que trabalham diariamente no Sindicato.

O mais novo projeto que deve bene-ficiar os atletas é o consultório dentá-rio, dentro do próprio Sindicato. Os atletas já têm sido encaminhados à ABO-RJ para atendimento, por meio do convênio que é mantido desde o ano passado. Agora, com a sala no próprio Saferj, mais um benefício começará a ser desenvolvido.

o seu lugar