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Publicidade |Telefone:232437461·Fax:232431225·BairroS.JoãodaCarreira,RuaDonaMariaGracindaTorresVasconcelos,Lt10,r/c.3500-187Viseu·[email protected]·www.jornaldocentro.pt| pág. 02 pág. 06 pág. 10 pág. 14 pág. 18 pág. 22 pág. 26 pág. 28 pág. 30 pág. 32 pág. 33 pág. 34 pág. 35 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURAS > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > EMPREGO > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRECTOR Paulo Neto Semanário 15 de Julho de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 487 1,00 Euro Publicidade Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Europeana distingue-o entre as propostas nacionais Nuno Ferreira Europa escolhe Grão Vasco | páginas 10, 11 e 12

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> ECONOMIA> DESPORTO> CULTURAS> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS> EMPREGO> NECROLOGIA> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORPaulo Neto

Semanário15 de Julho de 2011Sexta-feiraAno 10N.º 4871,00 Euro

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licid

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

∑ Europeana distingue-o entre as propostas nacionais

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Europa escolheGrão Vasco

| páginas 10, 11 e 12

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praçapública

palavrasdeles

rNão estamos a proceder à desactivação de escolas através de um processo meramente mecânico e automático”

Américo NunesVice-presidente da Câmara Municipal de Viseu

(Diário de Viseu, 13 de Julho)

r Só vingarão as IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) que tenham um serviço certificado”

João CruzDirector-adjunto da Segurança Social de Viseu

(Apresentação do Centro de Apoio e Acompanhamento ao Desenvolvimento Social, 12 de Julho)

rExistem sempre duas maneiras de não cumprir. Por diferença e por excesso”

José JunqueiroDeputado do PS

(Diário de Viseu, 8 de Julho)

rA população de Penalva do Castelo merece mais respeito e não vai continuar a permitir que brinquem com ela”

António VilariguesComissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde do

Distrito de Viseu(Lusa, 13 de Julho)

“Cada ser humano é uma pequena socieda-de”

(Novalis, Observações Entremescladas)

Vamos à definição nua e crua: “Sujeito passivo

do imposto é a pessoa a quem a lei obriga a pa-gar o imposto. Numa re-

lação jurídica fiscal, encontramos duas par-tes que se situam em posições opostas, uma que designamos por sujeito activo, a quem compete a definição, criação, lançamento e cobrança do imposto, e outra por sujeito pas-sivo, a quem compete o pagamento do im-posto e outras obrigações acessórias.”

Comecemos por referir a criatividade do legislador, muito afortunado na criação do termo: sujeito passivo. E se é verdade, que o excesso de formalismo bestifica (sem ofen-sa) o dito, a verdade é que a criatividade aqui é uma realidade.

Repare: falar em lixo ou em sujeito passi-vo, salvando as devidas proporções, vai dar ao mesmo.

Bom! Agora que andamos todos a clamar contra as empresas de rating, que nos clas-sificaram de lixo, nem ao conforto de um ecoponto tivemos direito, começamos a per-ceber, que a própria linguagem das institui-

ções financeiras, sejam elas na versão esta-tal ou privada, têm o fito de nos disciplinar, reduzindo-nos à insignificância, de meros elementos produtivos.

A terminologia podia ser hilariante, senão traduzisse a dimensão de acabrunhamento do cidadão, perante as adversidades.

E, estes quadros de vida não deixam de nos preocupar, até porque como escreveu Sophia Andresen: “Este é o tempo/ Da selva mais obscura” (Mar Novo).

Esta é uma sociedade de sujeitos passivos, vulgarizada na sua identidade humana, por úberos interesses financeiros. Nunca o capi-talismo foi tão selvagem e agressivo. Nunca deu mostras de tanto despudor.

Se é verdade que jamais o homem encon-trou uma alternativa credível ao sistema ca-pitalista, também deve ser dito, que foi sem-pre incapaz de o domesticar ou se quiserem, de lhe colocar uns bons freios.

O Marxismo, o mais importante sistema ideológico que o combateu tenazmente, - jus-tificando aqui as suas premissas ideológicas - acabou ele próprio a construir um modelo capitalista de estado, suportado por uma di-tadura insuportável (passe a redundância) assente em gulags. E até a própria China, tão escrupulosa do seu socialismo científico, acabou ironicamente num florescente e fluo-rescente sistema capitalista, também como é sabido com muleta ditatorial, freneticamente

a comprar tudo o que há para comprar pelo mundo fora.

O grande problema do dogma marxista, foi acreditar que o capitalismo implodiria. Esta análise enviesada falhou na previsão. Afinal, os ciclos sucedem-se e renovam sem-pre o sistema.

Resumindo: os apontamentos marxistas com a sua enorme carga teológica, acaba-ram por falhar na contemporaneidade das suas práticas.

A crise é tremenda, contudo tem sempre um mas: gera oportunidades, potencia no-vas visões.

Afinal, se temos de suportar a jactância capitalista, por falta de alternativas, que es-peramos nós do capitalismo? Que seja au-to-regulado e potenciador de lucro, conse-guindo dessa forma níveis razoáveis e acei-táveis de segurança económica para toda a população mundial, através de um circuito de distribuição de riqueza que acuda aos mais fracos.

E também se lhe exige, que evite uma cri-se derradeira. Sim, porque a idiossincrasia do sistema funda-se na evolução dos famo-sos ciclos económicos, que se manifesta por crescimento e… crises. Donde, se houver uma crise derradeira, os efeitos dessa ruptu-ra serão imprevisíveis. E então quem paga? Os do costume.

Não vale a pena idealizar cosméticas. A

realidade supera-as.Somos, pois, sujeitos passivos. Sombras en-

tediadas de um filme de Fritz Lang, de prefe-rência Metropolis.

Passivos! Pronto! Massificados pela políti-ca austera que o poder vai tecendo.

E como nos vamos desenvencilhar deste colete-de-forças? Não vamos! Estamos con-denados a sobreviver neste cenário. Mas, não vale a pena desanimar, como bem sen-tenciou Jean-Paul Sartre, estamos condena-dos à liberdade.

Usemo-la, então, com afinco. Temos de combater o dinheiro, enquanto ideologia terrorista. As empresas de rating não são mais do que um bando de trogloditas, que só pensa em ganhar dinheiro, utilizando até à exaustão o princípio de Nicolau Maquia-vel, de não olhar a meios para atingir fins.

Empregar a liberdade significa, num qua-dro ético responsável, valorizar a cidadania. Pressionar as instituições políticas, econó-micas e sociais, em prol da sociedade. Eleger a cultura como modelo de interacção entre todos na sociedade.

É urgente passarmos de sujeitos passivos a sujeitos activos. Façamos disto paradigma, em nome do futuro.

Permitam-me, para terminar que vos evo-que Séneca: “Não é por as coisas serem difí-ceis que não temos ousadia. É por não termos ousadia que as coisas são difíceis.”

Opinião Sujeitos passivos

José Lapa Técnico Superior do IPV

Na nossa região, no ano passado, ainda não se ti-nha vindimado uma uva e já se derramavam os pio-res vaticínios sobre a colheita. Os média, embar-cados na incessante procura de temas, assuntos e factos, espalharam-se numa teia ao longo das rotas de produtores e tentaram colher o que lhes permi-tisse informar sobre o tema, com o afago da meritó-ria verosimilhança da fonte onde beberam a notícia. Incaracterístico, o ano vitícola permitia que, sem margem de erro, fossem feitos os mais absconsos ar-tigos sobre a matéria. Sempre se acertaria, pelo me-nos em parte, no que se lhe referisse. A climatologia, em ordem de variação transanual, cindiu a elegante sabedoria dos mais velhos, confundindo-os à mercê de ciclos de calor/frio/humidade/seca/chuva/geada que, desregrados, se impuseram e obrigaram à inter-

venção técnica dos agrónomos, também esses, por vezes, sem soluções acertadas nas receitas prescri-tas e nos produtos indicados.

Depois, o resultado foi, no mínimo, curioso. Os enólogos foram obrigados a empenhar os seus conhe-cimentos e a entregarem-se denodadamente ao seu mister. Em boa hora. Deram conta do recado. Toma-ram a matéria-prima que tinham e, com todos os de-feitos que apresentavam, cavalgaram as dificuldades, obrigaram a técnica a emergir e a mostrar-se eficien-te e eficaz e apresentaram um panóplia de vinhos de muita qualidade. Mas mais. Com uma variedade de sensações organolépticas* conjugadas invulgar no Dão, mesclando sabores, aromas, cores, texturas e demais características num intrincado contexto de apreciação a que poucos têm acesso. Grandes enó-

logos temos na Região. O Dão afirmou-se, no meio vitícola e vinícola, como um tecido produtor de vi-nhos da mais alta qualidade, mesmo com as condi-ções mais adversas. Calculo, por outro lado, que os enógrafos(as) que se dedicam ao estudo da nossa Re-gião (os eméritos sucessores do Sr. Engenheiro Vi-lhena na Quinta da Cal) tenham extraído do sucedido algo mais que lhes permita agir no atempado conse-lho e acompanhamento dos nossos produtores.

Já nesta safra o que se vem verificando tem pouca semelhança com a anterior, mantendo-se, e de novo, a atipicidade.

Bom, a diferença entre o ano passado e este é, ba-sicamente, a seguinte:

Em 2010 havia uvas. Em 2011 escasseiam. Pousa-ram este ano, fantasmagoricamente, sobre as nossas

Dão dos VinhosOpinião

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Qual a sua opiniãosobre as agências de rating?

Importa-se de

responder?

Acho bem que existam mas não concordo com a forma de actuação. Estas agências são manipuladas pelas grandes po-tências económicas e pelo país em que estão sediadas.

Os resultados que transmitem devem ser credíveis e impar-ciais. Deveria haver uma fiscalização contínua a estas agên-cias, porque os resultados divulgados têm muito poder sobre a economia de um país.

Ermelinda OsórioJornalista

As opiniões destas agências de rating, como a Moody s, são essencialmente económicas. Não descrevem Portugal como lixo, dizem é que o risco de investir cá é grande, mas isso todos nós sabemos. Os verdadeiros alicerces destas agências não são os potenciais riscos económicos para os investidores, mas a questão do dólar face ao euro, camu-flada em opiniões como a da Moody s.

Liliana Marques Técnica de Laboratório

estrelas

Sérgio GorjãoDirector do Museu Grão

Vasco

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego (ESTGL) do Instituto Politécnico de Viseu apresentou esta se-mana o Centro de Apoio e Acompanha-mento ao desenvolvimento Social (CA-ADS). Um projecto destinado a apoiar as IPSS no caminho da certificação e na melhoria da sua gestão. Mais do que isso trata-se de um sinal que vai ao encontro da necessidade do ensino superior se li-gar às restantes organizações.

Hugo LopesBernardo Maia

Pilotos

números

8258 É o número de idosos anu-

almente abandonados pelos seus familiares nos hospitais públicos portugueses.

Há uma verdade de que ra-ramente nos lembramos: so-mos todos os velhos de ama-nhã, e o tempo passa mais cé-lere do que nós pensamos...

Álvaro BonitoDirector da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de

Lamego

São dois jovens pilotos de Viseu a competir no Ralicross Iniciação e que vão apresentando resultados. Bernardo Maia, de São Pedro do Sul, é o campeão em título enquanto Hugo Lopes, de Viseu dá os primeiros passos na competi-ção. Ostentam com orgulho o nome da região de onde são naturais nas suas viaturas, mas o apoio que recebem das respectivas autarquias é zero, ou perto disso. Valem os pais e os patro-cinadores. Comparando com outros pilotos da região, são dois pesos e duas medidas.

A Europeana, fórmula digital de pensar a cultura europeia, distinguiu o Museu Grão Vasco para, juntamen-te com o Palácio Nacional de Sintra, representar Portugal. Uma honra para Sérgio Gorjão, para o Museu Grão Vasco e para Viseu.

Não concordo com as agências de rating. O país está na miséria e elas ainda se aproveitam para o denegrir mais. É uma vergonha.

António AlvesConstrutor Civil

Não concordo. Acho que fizeram uma avaliação prema-tura da situação portuguesa, uma vez que ainda não foi aplicado o plano de austeridade a 100 por cento.

Esta avaliação vai ter um impacto muito negativo na eco-nomia portuguesa.

Bruno BrásMilitar

vinhas um ror de moléstias que assombraram as vi-deiras, as recolheram na sua produção, as envergo-nharam na sua pujança vegetativa e as remeteram para uma promessa de futuro. Mas não foi geral. Há vinhas que estão esplêndidas. Por quê? E porquê sempre nos mesmos a sorte e o azar? Pesarão, cer-tamente, para tal um conjunto alargado de factores que concorrem em “singulares” e em “equipa” quer a ajudar, quer a estragar. Não basta haver bons téc-nicos.

Para a maioria mantém-se o reconfortante, espe-rançoso e muito nacional «Talvez para o ano que vem…»

Mas, esta situação assemelha-se-me tanto com a do nosso País… Sempre à espera que tudo corra bem; que venham os produtos de fora milagrar a produ-

ção; que ajude o São Pedro; que tudo caia do céu e que a minha miséria não seja agigantada, fazendo eu menção de promessa de descruzar os braços.

Será porventura esta estreita e amarrada seme-lhança que nos faz amantíssimos da excelência do que temos produzido nos vinhos. Mas também com esses vinhos fazemos jus à famosa frase de Napoleão Bonaparte a propósito do seu consumo: «nas vitórias é merecido; nas derrotas é necessário».

*Organoléptica – perceptível pelos sentidos. As características organolépticas de um vinho são as suas sensações olfactivas, gustativas, visuais e tác-teis, percebidas durante a sua apreciação.

Pedro Calheiros

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

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GerênciaAlbertino Melo e Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesapara o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

E eis que chega entretanto o “quinteto maravilha”: Cavaco Silva de 1985 a 95; Guterres, de 1995 a 2002; Barroso de 2002 a 2004; Santana, de 2004 a 2005 e Sócrates, de 2005 a 2011…”

Editorial

Serravam os ramos em que se senta-vam

E gritavam uns aos outros as suas ex-periências

Como se podia serrar mais rápido, e despenhavam-se

Com ruído pra as profundezas, e os que viam

Abanavam a cabeça ao serrar eContinuavam a serrar.B.Brecht, Poemas, versão port. de Pau-

lo Quintela, Ed. ASA

“Portugal foi um indómito louco, ati-rou-se para um precipício, agarrou-se a uma corda que lhe atiraram. Está a tre-par com todas as forças, lúcido e humilde como só alguém que se arruína fica lúcido e humilde. Veio a Moody’s cuspiu para o chão e disse: subir a corda é difícil – e por-tanto cortou a corda.”

Pedro S. Guerreiro, in “Negócios on line”

Hoje toda a gente fala muito das agências de rating. Todos (eu inclu-sive) temos uma palavra contra elas. E todas não serão suficientes. Mas se-rão elas as únicas culpadas do estado de insolvência a que chegámos?

Imaginemos este cenário: O leitor é uma pessoa com diversos bens. Boa carteira de investimentos, diversos haveres pessoais, um nome impolu-to, etc. Recorre à banca porque quer montar determinado negócio que se deve auto financiar. Não quer mexer nos seus capitais próprios. A banca, porque o leitor é credível, facilita-lhe tudo o que deseja, com excelentes spreads, baixas taxas de juro e uma palmada amistosa nas costas.

Outro cenário: o leitor quer fazer o mesmo investimento que o atrás des-crito, é cumpridor mas não tem bens nem activos credíveis. Que lhe suce-de? Ou não financiam. Ou financiam-no com toda a espécie de avales, hi-poteca dos bens, spreads altos e juros semelhantes.

De certo modo é isso que acontece com países como a Alemanha e Por-tugal, por exemplo.

Pior. Portugal, tendo sido consi-derado pela Moody’s “junk status” (lixo), apesar de ter conseguido o em-préstimo da troika que, desde que o concedeu, veio gerir o país, está à bei-ra da bancarrota com esta notação. Ou seja, não presta!

E isto, naturalmente pela espiral de risco ampliada desde o 1º trimestre de 2009, quando o risco de “default” (incumprimento) era de 11,7% e colo-cava Portugal no 25º lugar entre os países com mais possibilidades de endividamento; para passar no 4º tri-mestre de 2010 para 40,1% e 4º lugar no ranking e finalmente, no pretéri-to 8 de Julho, atingir os estrondosos 59,07% que são iguais a lixo!

A Iª República, de 1911 a 26 teve 44 primeiros-ministros, junta constitu-cional incluída e alguns nomes que se repetiram. É obra! Foram muitos

para tão poucos anos…A Ditadura Nacional, de 1926 a 33

teve 6. Estava-se na fase da compres-são. O funil veio mesmo com a IIª Re-pública ou Estado Novo, de 1933 a 74 e apenas com dois primeiros-minis-tros: Salazar e Caetano. É obra! Fo-ram poucos para tantos anos…

Os Governos Provisórios, de 1974 a 76, trouxeram-nos uma Junta de Sal-vação Nacional chefiada por Spínola, à qual se seguiu Palma Carlos, Vasco Gonçalves, Pinheiro de Azevedo e Almeida e Costa, este último sendo tão breve que ninguém o recorda, de 23 de Junho a 23 de Julho de 1976.

A IIIª República inicia-se com Má-rio Soares, a quem se segue Nobre da Costa, Mota Pinto, Maria de Lurdes Pintassilgo, Sá Carneiro, Freitas do Amaral (interino), Pinto Balsemão e, de novo Mário Soares.

Em meados de oitenta, vivemos o princípio da adesão à CEE. Panaceia milagrosa que resolveria todas as ma-leitas. Clube dos ricos que nos dei-xava aceder, com complacência, “à mesa das sobremesas”. Entretanto, com Mário Soares, tivemos o FMI a comandar-nos, e é bom que não es-queçamos esses tempos de crise…

E eis que chega entretanto o “quin-teto maravilha”: Cavaco Silva de 1985 a 95; Guterres, de 1995 a 2002; Barro-so de 2002 a 2004; Santana, de 2004 a 2005 e Sócrates, de 2005 a 2011…

Estes Senhores, quer queiramos quer não, quer branqueemos ou não os seus actos, foram uma espécie de coveiros deslumbrados de Portugal. Uns mais que outros, até pela dife-rença de tempos de governação, de-ram o seu inquestionável contributo para conduzir o país à ruína, sendo a cereja posta em cima do bolo, por José Sócrates, adjuvado também pela crise internacional de 2008.

Mas a verdade incontornável é que a crise veio para todos e só soçobra-ram aqueles que já estavam no caos económico, moribundos…

As 4 pontas de um rectângulo a cer-carem a Europa: Portugal/Espanha a sudoeste; Grécia a sudeste; Irlanda a noroeste e Islândia a nordeste. Lá dentro… os outros, aqueles que ain-da têm “estofo” para resistir ao “Blo-queio Continental”, outrora feito por Napoleão e a França à Grã-Bretanha, e hoje feito pelas agência internacio-nais de rating (made in USA, maiori-tariamente).

Agora, em momento de encontrar-mos formas de sacudir a água do ca-pote, sabemos que em tempos de cri-se, sobem dos esgotos as ratazanas. E as ratazanas chamam-se rating, agências de rating. E aqui chamo a atenção para o visionamento, quase obrigatório do filme/comentário do realizador Charles Fergunson, “In-side Job”.

São 104’ de filme que, no dizer de David Germain, da Associated Press, tratam “A história de um crime como

não houve outro na História”. E nes-te filme premiado até com Óscares, pelos corredores afora do sistema, entendemos a “ascensão de uma in-dústria maldita (…) e suas perver-sas relações com corruptos políticos, académicos e operadores de merca-do.”

Foi o desmoronar de todo um siste-ma financeiro ultra liberal que des-graçou e arruinou milhões de pesso-as em todo o mundo e teve um custo de mais de 20 triliões de dólares.

No fundo, o tal império da Wall Street, através das CDO’S (Collate-rallized Debt Obligations) a vir per-mitir que os créditos de má qualida-de classificados com ratings eleva-dos fossem vendidos a Instituições e Bancos Centrais sedentos de “hed-ge founds” (fundos de cobertura só acessíveis aos ricos), gerando níveis de endividamento brutais face ao rendimento, criando os tais “produ-tos tóxicos”, créditos de má qualida-de, que no esquema de Ponzi, ou ou-tra qualquer pirâmide mais actual, se converteu nesta bancarrota quase generalizada.

E é então que, até aí mais ou me-nos discretamente incubadas, sur-gem em força as empresas de rating norte americanas, com o superavit de Reagan, Bush (pai), Clinton e Bush (filho).

Consultemos, a nível local, o site da CPR e leiamos:

“O rating é uma opinião sobre a ca-pacidade e vontade de uma entidade vir a cumprir de forma atempada e na íntegra determinadas responsa-bilidades.”

Ou de outra forma dito: As agên-cias de rating realizam avaliações sobre países, instituições, empresas, etc. e atribuem notas de risco sobre a capacidade de pagarem as suas dí-vidas. Ou seja, avaliam se um país ou empresa está em boas ou más condi-ções para pagar o dinheiro pedido na data acordada.

Até aqui tudo bem, com a bênção das ER (entidades reguladoras) as agências de rating vinham dar as boas e as más notas aos bons e maus alunos. E o Banco de Portugal, por exemplo, cumpriu a sua função, nes-te contexto? Onde está Constâncio? Ao lado direito de Trichet, pois cla-ro…! Quanto custou ao país e aos por-tugueses a sua “inobservância” dos factos?

Das agências mais importantes a actuar no mercado mundial, as mais reconhecidas são a Standard&Poor s, Moody’ s Investor Services e a Fitch Ratings. Foram criadas para que in-vestidores de todo o Mundo as usem para avaliar o risco que têm ao em-prestar dinheiro a determinadospaíses ou empresas. Existem há vários anos e foram criadas para fornecer avaliações independentes sobre in-vestimentos. No início, os investido-res pagavam para obter esses dados.

Os ratos do rating

Paulo NetoDirector do Jornal do Centro

[email protected]

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Em 1975, nos EUA, devido a uma proli-feração de agências de ratings - algu-mas com objectivos menos claros - de-cidiu-se que apenas a Standard&Poor s, Moody’ s e Fitch poderiam ser utiliza-das oficialmente. Os países pagam a es-tas agências para os avaliarem, como é o caso de Portugal e depois, sentadas à mesa com facas de gume luzidio, trin-cham-nos em fatias delgadinhas…

As suas avaliações são feitas com le-tras, com pequenas siglas, que têm este significado:

Hoje estas agências de rating estão debaixo de fogo cruzado devido às múl-tiplas acusações de falharem sistemati-camente nas avaliações, de modo a ser-virem a usura crescente dos investido-res/especuladores, que à custa dessas “falhas” têm feito fortunas incomen-suráveis, algumas, literalmente, de um dia para o outro… A maior falha deu-se no sector imobiliário dos EUA, onde fo-ram feitas avaliações sobredimensiona-das para de repente cair em bancarro-ta. E aqui coloca-se outra perspectiva: a qualidade do crédito tornou-se irre-levante e o activo para o qual se desti-nava – o imobiliário – era altamente in-flacionado pelo crédito concedido sem limites; entretanto terminou o cresci-mento dos preços; as transacções das casas caíram a pique, porque não é pos-sível refinanciar dívidas com bases em activos cada vez mais caros. E quando faltou o “soft landing” (a aterragem su-ave), deixou-se de transformar crédi-to que era quase lixo em crédito para o qual existiam investidores infinitos (Bancos Centrais incluídos). Ou seja, sempre que é possível a um devedor refinanciar-se é impossível que ele en-tre em incumprimento. E lá voltam os esquemas de pirâmide, perante os quais a célebre Dona Branca era uma freira Carmelita… quando deixa de se poder refinanciar entra em falência. Há sobe-jos exemplos disso na banca portugue-sa e exemplos de muitas empresas que continuaram a ser financiadas para evi-tar o estatelamento final, que arrasta-ria atrás de si a entidade financiadora… Mas além disso, as agências de rating falharam estrepitosamente, também com a Islândia que entrou em bancar-rota quando tinha uma avaliação ele-vada. E hoje, ainda ignoramos quais as consequências da reacção aguerrida do povo e do governo islandês… E ao con-tinuarem as falhas – e são demasiadas e grandes falhas juntas – estão a agir com

cirúrgica acutilância na sofreguidão de esquartejarem e chegarem ao osso, para nem o tutano lhe deixar…

Neste momento, a consciência des-te 5º ou 6 º poder (sei lá eu!) e a in-comensurabilidade da sua dimensão e abrangência, tornou-o mais temível que a mais grave das epidemias, mais letal que a bomba atómica, tornou-se na maior calamidade de todos os séculos. Em resultado disso, por todo o mundo, estas agências de rating começam a ser postas em causa , ouvem-se vozes his-

triónicas exigindo a reavaliação da sua regulação…, a sua extinção, o boicote generalizado a empresas e países que as acolham e a especuladores que tra-balhem com elas. Outra espécie de fun-damentalismo a confundir o “inchaço com a gordura”!

Isto tudo é a ponta do iceberg. O bloco descomunal está ainda imerso. E nin-guém sabe qual o seu tamanho, logo, o seu peso, a sua velocidade e capacida-de de devastação. Certo, certo, é que a Moody’s cortou em véspera de leilão o rating português para Ba2…

E agora outro enfoque; e se a Euro-pa, há séculos construtora de utopias, conseguisse que o petróleo fosse pago em euros e não em dólares, o que su-cederia aos EUA? E se a Europa, tives-se a força de erradicar a praga das ra-ting que vai cevando? E se a Europa se consciencializasse do seu falhanço e da falência das suas políticas neo-liberais? E se a Europa tivesse uma política social?

Há muitos “SÊS” no ar. Mas, assente em terra está uma certeza: um mundo na garra rapace da agiotagem sem rosto, que tem mãos que cheiram a droga, a pólvora e a sangue, é um mundo à bei-ra do colapso e pronto para o surgimento de todos os “is-mos” e xenofobias. Um mundo assim não está a construir-se. Antes a destruir-se, em nome de uma ganância cega, de uma corrupção ilimitada, de uma cumplicidade de interesses inqua-lificáveis e, fundamentalmente, no total esquecimento da componente social da Europa de Jacques Delors.

Que os credores do topo da pirâmi-de económica suportem as perdas, esse seria o recado corajoso que a Europa deveria transmitir univocamente, que o mesmo é dizer, sem tergiversações e a uma só voz. Ou será que os povos ao

perderem a identidade perderam tam-bém a coragem? Uma última pondera-ção: se a Europa criasse agências de ra-ting europeias e credíveis, determinan-do que todos os seus Estados membros cortassem com as agências USA? Ade-mais sabendo-se que o “olho do furacão” de 2008 viu a luz em Washington...

Ou será que a Europa tem interes-ses inconfessáveis por detrás de to-dos estes “economicídios”?

E já agora, porque não revisitar os “velhos” Marx e Engels?

“Cada homem especula sobre como criar no outro uma necessidade nova para o forçar a um novo sacrifício, para o deslocar para uma nova dependên-cia e induzi-lo a um novo modo de fruição e, por isso, de ruína económica. Cada um procura criar uma força essencial es-tranha sobre o outro, para aí encontrar a satisfação da sua própria necessida-de interesseira. Coma massa dos objectos cresce, por isso, o domínio do ser estra-nho ao qual o homem está subjuga-do e cada novo produto é uma nova potência do engano mútuo e do mú-tuo saque. O homem torna-se tanto mais pobre como homem, precisa tanto mais do dinheiro para se apo-derar do ser hostil, e o poder do seu dinheiro cai justamente na proporção inversa da massa da proporção, i. é, a sua indigência cresce à medida que au-menta o poder do dinheiro.”

Manuscritos Económico-Filosóficos de 1844, Ed. Avante.

Quem é o teu inimigoAo faminto, que te tirouO último pão, olha-lo como inimigo.Mas ao ladrão que nunca passou fomeNão lhe saltas às goelas.

B.Brecht, op cit.

ErrataO editorial do número anterior sofreu a abstrusidade de uma gralha

impertinente na última linha do 1º parágrafo, que o tornou semanti-camente desastrado. O leitor, tolerante e sábio, relevou-a e percebeu, pelo contexto, o conteúdo da frase. O leitor apressado, não deu por ela. O leitor ressabiado exclamou: “Este tipo não sabe escrever!” As nossas desculpas aos três.

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Manuscritos Económico-Filosóficos de1844, Ed. Avante.

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abertura textos e foto ∑ José Lorena

A 49ª edição do prémio “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor” surge em mais uma fase das várias que ao longo dos séculos XX e XXI têm acontecido à produção e aos vinhos da Região Demarcada do Dão. Em que tempo é que esta distinção da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVRD), vem apanhar a pro-dução de vinhos na mais antiga zona demarcada de vinhos de mesa do país?António Narciso (AN) –

Eu sinto que o Dão deu um grande salto na qualidade, mas tem uma enorme falta de meios para a sua promo-ção. Temos vinhos de gran-de qualidade e está mais do que provado que podemos ombrear, nesse aspecto,

com qualquer região nacio-nal e do mundo.

Em provas cegas [feitas por especialistas sem sabe-rem qual a proveniência dos vinhos a classificar] ficou já provado que o Dão fica à frente dos vinhos de qual-quer outra zona. Digo isto por experiência própria.

Fico com a sensação, no entanto, que as pessoas têm medo de pegar no vinho do Dão. Ainda pensam mui-to mal dele. O que nos falta hoje é a promoção. Fazer ba-rulho, muito barulho, com os nossos vinhos.

Há que criar o nosso lóbi na comunicação social, tal como outros o criaram e têm alimentado. Isso é ne-cessário também.

Chegou mesmo a temer-se uma crise grande no Dão nas últimas duas décadas, com a quebra do prestígio alcançado em anos anteriores. Acha que foi ultrapassado este estado?AN – Nesta última década

conseguiu-se avançar mui-to em relação ao que eram os vinhos há 10 ou 15 anos atrás.

O que sente do actual Dão?Carlos Silva (CS) – A

quem está dentro do Dão parece-me que é cada vez mais difícil falar do próprio Dão. Para quem está fora será mais fácil e surgem de imediato respostas rápidas.

Sinto que, ano após ano, estamos numa região ex-celente para a produção de

vinhos. Quando falo na ex-celência lembro o “terroir”, as características que aqui existem para a produção de vinhos.

Quando se colocam es-tes vinhos em provas in-ternacionais - os melhores fenómenos acontecem de fora para dentro, - esses são os momentos em que conse-guimos levar o Dão da Ásia à América do Sul, fechando todo o planeta.

Mas sentimos que ainda falta o grande salto. É um avanço que depende de to-dos e só com ele se pode ala-vancar a região a um pata-mar mais alto.

As bases estão cá todas, podemos ir longe, mesmo com a falsa questão da di-mensão que temos. Se nos agruparmos consegui-mos ultrapassá-la. Já houvepaíses e respectivas regiões vitivinícolas, como a Itália, que deram saltos muito sig-nificativos quando se agru-param.

Temos que tornar moda o nome Dão. E não estamos a falsear nada. Merecemos essa distinção.

O Dão deveria ser hoje a única marca principal para todos os vinhos que daqui saem?AN – Na promoção ex-

terna é preciso que, cada vez mais, se fale do nome, ou marca, Portugal. Nele se deve incluir tudo: vinhos, azeites e todos os produ-tos que temos e nos distin-guem.

Por cá é certo que deve-mos produzir Dão. Se o Dão estiver na moda e se os vi-nhos tiverem uma boa re-lação entre a qualidade e o preço essas são as condições desejáveis. O que não pode-mos é puxar cada um por si, promovendo a sua marca. Isso reflecte-se às vezes na distribuição: dizemos que os nossos vinhos são muito bons, mas depois… são do Dão e é difícil vendê-los ape-sar dos vinhos serem melho-res e mais baratos dos que já distribuem. Parece que há

pessoas que fogem dos nos-sos vinhos.

O Dão ainda sofre o estigma que sobre ele caiu há umas décadas…Se, por acaso, convidar-

mos um distribuidor a pro-var os nossos vinhos sen-timos que se fossem Dou-ro ou Alentejo eles viriam logo a correr. Eles até vêm, dizem que o vinho é muito bom mas começam depois a pôr dificuldades para o comprar.

I n f e l i z m e n t e o s “entendidos”consideram h o j e m a i s c h i q u e e consensual o Douro ou o Alentejo. Este comporta-mento reflecte-se na restau-ração, por exemplo. Na pró-pria região de Viseu o Dão está fora de moda. O que é chique e habitual é beber Douro e Alentejo e quan-to mais caro melhor. Se for caro é que é bom. Até por parte da distribuição a ten-tativa é cada vez mais a de, no coração do Dão, fazer com que se consuma Dou-ro e Alentejo.

A aposta na promoção é de facto importante…CS – Há coisas que cus-

tam muito. Por exemplo, tra-zer ao Dão os fazedores de opinião, críticos de vinhos oriundos de países como a Nova Zelândia, os Estados Unidos da América, a Ale-manha, a Suíça, a França ou o Reino Unido. Isso não foi fácil. Inicialmente temos os primeiros encontros e con-tactos. Tantas vezes nos vêem que acabam por nos fazer a vontade e vêm.

O resultado são os arti-gos que escrevem sobre o Dão. Isso já vem acontecen-do mas custa-nos muito a to-dos.

AN - …e na sequência dis-so às vezes temos surpresas, como a que surge dos escri-tos de muitos dos jornalistas de vinhos que asseguram serem os vinhos do Dão os mais equilibrados de todo o país.

Por ocasião da atri-buição dos prémios do 49º Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor”, o Jornal do Centro ouviu dois dos mais jovens e destacados enólogos da região demarcada.Carlos Silva e António Narciso representam a última geração de profissionais dedica-dos à qual se deve muito do sucesso ex-terno e interno dos vinhos Dão.Ambos fazem o pon-to da situação e apon-tam caminhos para o futuro da produção e, sobretudo, da pro-moção dos vinhos da Região Demarcada do Dão.

“Temos que com o Dão e

A Carlos Silva e António Narciso: dois enólogos à conversa sobre o Dão

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VINHOS DO DÃO | ABERTURA

CS - …e quando vemos alguns, por exemplo, con-siderar o Dão “uma rique-za escondida”, “nunca vi isto em lado nenhum do mun-do”… então dá para pensar: algo está a mudar! E falo dos grandes críticos de todo o mundo. O Dão para eles já está no mapa. O que tem que acontecer é que os nossos vi-nhos têm que ir para o mapa do consumidor.

AN – Aconteceu aqui há uns anos um vinho da zona de Palmela ter conseguido uma posição destacada num grande concurso interna-cional. Os seus produtores, a autarquia e outras entida-des apressaram-se a dizer que tinham o melhor vinho do mundo.

Se as pessoas soubessem quantas vezes e que distin-ções têm por vezes os vi-nhos do Dão em muitos concursos internacionais de prestígio iam ficar admi-radas, como aconteceu re-centemente a um vinho da Quinta da Fata, que esteve ao lado de alguns dos me-lhores vinhos do mundo e teve a melhor pontuação en-tre os vinhos portugueses.

CS - …ou até mesmo quan-do um vinho do Dão obtém uma medalha de ouro na re-vista “Decanter” [uma das mais prestigiadas revistas de vinhos do mundo]. Nem passa na cabeça das pes-soas o que será isso. É que nem estavam lá vinhos do Alentejo ou do Douro.

AN – Penso que até se podem esconder as marcas, mas tem obrigatoriamente que se falar no Dão.

O D o u r o , o A l e n t e j o , Carcavelos, Colares, a Penín-sula de Setúbal, entre outras zonas do país, sempre tiveram grandes vinhos. Mas é no Dão que nasce a primeira demarca-ção de vinhos de Portugal. Foi a primeira tentativa de organizar uma zona com características próprias. Com “terroir”, palavra francesa que hoje se conhece e utiliza por muitos. O que quer dizer?

CS – Em tradução lite-ral quer dizer… terrunho. É um conjunto de fenómenos como o clima, o solo ou as condições edafoclimáticas, que condicionam a casta de uvas criada em determinado local. Perante esse “terroir” de cada região é escolhida a casta. Por vezes a escolha é má e outras vezes muito boa. O “terroir” permite ob-ter um tipo de uva madura e a sua tipologia. Dois clones [geneticamente idênticos] de castas podem ter com-portamentos diversos se fo-rem colocados em zonas di-ferentes.

A faixa central da Região Demarcada do Dão tem um “terroir” aproveitável propí-cio à cultura da uva para vi-nhos. A norte e a sul as con-dições já não o permitem, mas tudo faz parte do Dão. E dentro da faixa dita boa exis-tem algumas variações.

AN – A variabilidade existe de produtor para pro-dutor. Se conseguirmos ter um “terroir” diferente em cada um desses nichos isso pode ser para nós uma gran-de vantagem.

O início da década de 90 do sé-culo XX marcou o surgimento de uma figura no Dão: a do enólogo, tanto em quintas particulares, como nas ade-gas ou no aconselhamento a pequenos produtores. É um profissional com formação específica. Que importância atribuem à vossa presença, à vossa profissão?CS – Sem desrespeito

para com as profissões das pessoas relacionadas com o vinho, a tarefa do enólogo representa muito. Pela ex-pressão antiga do Douro, o enólogo era o provador. Só provava os vinhos. Mas é muito mais que isso.

É preciso que o enólogo controle e sinta todo o pro-cesso. Desde a cultura da vi-nha à produção dos vinhos. Ele tem que sentir as dificul-dades do produtor e tem que o convencer a produzir bem. Tem que ficar até ao fim e

fechar o ciclo, para depois o abrir de novo. Penso que esse trabalho foi sendo con-seguido e é hoje uma reali-dade.

AN – Em muitas das casas de vinhos os proprietários vêem os enólogos como um mal necessário. Nós temos por obrigação que deve-mos acompanhá-los desde o plantio da vinha até que o vinho seja servido ao cliente. Cada projecto vitivinícola é um bocado de nós também.

Há duas referências no Dão actual. Sem serem únicos, todos os respeitam e falam deles. O que pensam do já de-saparecido Magalhães Coelho e do produtor de Seia, Álvaro de Castro?AN – Álvaro de Castro é

o produtor dos 95 por cento, ou seja, adapta-se ao que o mercado quer e assim pro-duz a maioria dos seus vi-nhos. É um homem que co-meçou no futuro, com uma grande visão do que era ne-cessário para fazer bem os seus vinhos.

Magalhães Coelho era o homem dos restantes cin-co por cento, que optava so-bretudo pelos vinhos de ex-celência.

Tenho respeito pelos dois.

CS – O primeiro signifi-ca o velho mundo, o Dão do “terroir”. Mas, Magalhães Coelho era também um ho-mem que estava sempre a aprender, ia a todas e nun-ca se cristalizou. Acho que estava muito à frente do seu tempo. E acho que aprendeu com Álvaro de Castro e vi-ce-versa. Um mais jovem, outro menos.

Álvaro de Castro tem um negócio para alimentar e quem não o conhece em qualquer feira internacio-nal de vinhos? Sabe perfei-tamente que tipo de vinhos tem que levar para os ven-der. É a tendência que temos vindo aqui a falar. Álvaro de Castro já a tinha trazido há mais de 20 anos para Por-tugal.

fazer barulho colocá-lo na moda!”

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ABERTURA | VINHOS DO DÃO

O ano de 2010 não foi um gran-de ano no Dão. Foi apenas um bom ano. Nos brancos não houve meda-lhas de ouro mas nos tintos apare-ceram muito bons vinhos.

Para mim o Dão é uma região que está adormecida, mas tem um elevado potencial. Ao longo da his-tória o Dão já teve mais notoriedade que tem hoje. Nestas coisas é preci-so ser firme e ter políticas e estraté-gias consequentes.

Recordo-me que há alguns anos, por exemplo, o Dão era um gran-de sucesso na Dinamarca. Depois abastardaram tudo à boa maneira portuguesa: começaram a vender gato por lebre.

O Dão tem vinhos que não são concentrados como os do Douro, mas são elegantíssimos. Acho que têm um perfil de futuro. Diria mes-mo que os vinhos do Dão poderão vir a satisfazer alguma elite. Mas é preciso trabalhar muito.

Felizmente temos (falo no plural porque também me revejo no Dão) uma Comissão Vitivinícola com um presidente – Arlindo Cunha – que é uma pessoa que pode acres-centar muito à região por conhecer o mundo, ser do Dão e, principal-mente, por vestir a camisola.

Mas há qualquer coisa que la-mento ainda relativamente ao con-curso dos melhores vinhos do Dão no produtor. Estes vinhos às vezes não chegam ao mercado. São feitos em pequenas quantidades e podem

entrar outros lotes nos circuitos co-merciais. Isso é uma pena.

“O Melhor Vinho do Dão” de-sejava-se que pudesse ser engar-rafado. Após a divulgação dos re-sultados do concurso, penso que os apreciadores ficam com curio-sidade em vir a provar os vinhos ganhadores.

Quando falamos de concursos de vinhos engarrafados torna-se mais fácil por já existirem no mercado. Neste caso trata-se de vinhos de produção, que ainda não foram en-garrafados e infelizmente não che-gam aos consumidores.

O desejável seria, por exemplo, que o vinho que ganhou o concur-so estivesse disponível para os con-sumidores.

Quanto à qualidade dos vinhos que apareceram no concurso não podemos dizer que ficou tudo dito sobre a qualidade do ano de 2010. Os produtores mandam os seus melhores vinhos.

Todos os vinhos premiados, prin-cipalmente os tintos que tiveram medalhas de ouro, têm grande ca-tegoria. O que é preciso agora é pro-movê-los e pôr as pessoas a falar da região do Dão, da qual se fala pou-co, em detrimento do Douro, do Alentejo ou dos Vinhos Verdes.

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Comentário

Anselmo MendesEnólogo, presidente do júri do XLIX Concurso

“Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor”

“Também me revejo no Dão”PRODUTOR ADEGA CATEGORIA ESPÉCIE

Virgínia Marques Barbosa Formoso Corga - Penalva do castelo IV TINTO

PRODUTOR ADEGA CATEGORIA ESPÉCIE Casta Prémio

Adega Cooperativa de Penalva do Castelo, CRL Penalva do Castelo II TINTO Medalha de OuroAntónio Silva Viana Vila Nova de Tazem II TINTO Medalha de OuroArlindo Marques Cunha S.João da Boavista - Tábua II TINTO Medalha de OuroCesce - Sociedade Agrícola, E.T.C.A., S.A. Oliveira - Mangualde IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de OuroJoão Coelho Gouveia Oliveira de Barreiros - Viseu IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de OuroPeter Viktor Eckert Oliveira do Conde - Carregal do Sal IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de OuroSociedade Agrícola e Comercial dos Vinhos Messias, S.A. Aldeia de Carvalho - Mangualde II TINTO Medalha de OuroVinícola de Nelas, S.A. Nelas II TINTO Medalha de OuroVirgínia Marques Barbosa Formoso Corga - Penalva do castelo IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de OuroAdega Cooperativa de Penalva do Castelo, CRL Penalva do Castelo II TINTO Medalha de PrataAdega Cooperativa de Silgueiros, CRL Loureiro de Silgueiros IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de PrataAgriema,Lda Paranhos da Beira IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de PrataCasa de Vilar de Ordem, Lda Povolide - Viseu IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de PrataJorge Almeida Ferreira dos Reis Oliveira de Barreiros - Viseu IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de PrataO abrigo da Passarela, Lda Passarela - Lagarinhos-Gouveia IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de PrataQuinta da Bica - Sociedade Agrícola, Lda Santa Comba de Seia - Seia IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de PrataQuinta da Bica - Sociedade Agrícola, Lda Santa Comba de Seia - Seia II TINTO Medalha de PrataQuinta do Perdigão - Sociedade Unipessoal, Lda Pindelo de Silgueiros - Viseu IV TINTO ALFROCHEIRO Medalha de PrataQuinta do Perdigão - Sociedade Unipessoal, Lda Pindelo de Silgueiros - Viseu IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de PrataQuinta do Perdigão - Sociedade Unipessoal, Lda Pindelo de Silgueiros - Viseu II TINTO Medalha de PrataQuinta do Sobral Santar - Nelas IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de PrataRaquel Camargo Mendes Pereira Oliveira do Conde - Carregal do Sal II TINTO Medalha de PrataRaquel Camargo Mendes Pereira Oliveira do Conde - Carregal do Sal IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de PrataSociedade Agrícola Casa Aranda, Lda Oliveirinha-Carregal do Sal IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de PrataSociedade Agrícola do Castro de Pena Alba, S.A. Penalva do Castelo II TINTO Medalha de PrataSpagre - Sociedade Agrícola, Lda Oliveirinha-Carregal do Sal IV TINTO TOURIGA-NACIONAL Medalha de PrataO abrigo da Passarela, Lda Passarela - Lagarinhos-Gouveia III ROSADO Medalha de PrataQuinta do Perdigão - Sociedade Unipessoal, Lda Pindelo de Silgueiros - Viseu III ROSADO Medalha de PrataAdega Cooperativa de Penalva do Castelo, CRL Penalva do Castelo IV BRANCO ENCRUZADO Medalha de PrataCesce - Sociedade Agrícola, E.T.C.A., S.A. Oliveira - Mangualde I BRANCO Medalha de PrataJoão Coelho Gouveia Oliveira de Barreiros - Viseu I BRANCO Medalha de PrataMaria de Lurdes M. Albuquerque Osório Lagarinhos - Gouveia I BRANCO Medalha de PrataSociedade Agrícola Casa Aranda, Lda Oliveirinha-Carregal do Sal IV BRANCO MALVASIA-FINA Medalha de PrataSpagre - Sociedade Agrícola, Lda Oliveirinha-Carregal do Sal IV BRANCO MALVASIA-FINA Medalha de PrataSpagre - Sociedade Agrícola, Lda Oliveirinha-Carregal do Sal IV BRANCO ENCRUZADO Medalha de Prata

TOURIGA-NACIONAL

Casta

XLIX Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor”Colheita de 2010

Prémio “O Grande Vinho do Dão”

O prémio “O Grande Vinho do Dão” da edição deste ano (re-lativa aos vinhos da produção de 2010) do Concurso Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor foi

para um tinto de Penalva do Cas-telo. A jovem agricultora Virgí-nia Barbosa Formoso conseguiu apresentar um lote feito unica-mente a partir da casta Touriga Nacional e conquistou o júri da competição.

Mas o grande trabalho da ade-ga de Corga, na freguesia de Pin-do, foi começado anos antes pelo pai, João Barbosa, figura conhe-cida no mundo dos vinhos do

Dão e antigo membro da Adega Coo-perativa de

Penalva do Castelo e da UDA-CA, em Viseu.

O lema de João Barbosa sem-pre foi “querendo é que se dan-ça”, diz. O produtor, e agora a filha, trabalham com os con-sultores “Wines & Wines”, es-peram que desapareçam as di-ficuldades na comercialização dos vinhos e na mão-de-obra para trabalhar as terras.

João Barbosa pretende intro-duzir no mercado todo o lote ganhador, composto por 21 mil litros de Morgado de Pindo 2010.

“Querendo é que se dança”“O Grande Vinho do Dão” - Morgado de Pindo - Touriga Nacional Tinto

2010) do Concurso Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor foi

apresentar um lotemente a partir da cNacional e conquiscompetição.

Mas o grande trabga de Corga, na fregdo, foi começado anpai, João Barbosa, fcida no mundo do

DmAp

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Como avalia a extinção do Ministério da Cultura?Sinceramente não tenho

opinião formada sobre isso. Pode ser uma medida inte-ressante se a Secretaria de Estado tornar o serviço mais operativo, se for mais útil, mais eficaz, mais eficiente para a gestão dos serviços e nessa perspectiva pode ser interessante, mas ainda não tenho uma opinião forma-da, porque não temos uma base comparativa para di-zer se é melhor ou pior. Nou-tros tempos, já tivemos uma Secretaria de Estado e não deixou de funcionar, claro que um Ministério nos dá a ideia de maior brilho na ins-tituição da cultura mas, in-dependentemente do nome que atribuirmos, se facilitar o trabalho de todos, tanto melhor.

Teme que isso minimize a cultura em Portugal?É verdade que essa ideia

está generalizada. Compete às instituições conseguirem mudar esse preconceito.

O Ministério da Cultura, como estava, dava resposta às exi-gências do seu sector?Acho que o Ministério da

Cultura estava a tentar dar resposta da maneira que po-dia, tendo em conta as graves carências que o país atraves-sa. Independentemente do Governo ser titulado por um ou outro partido, penso que

essas dificuldades são hoje muito patentes. No entan-to, nós que trabalhamos na área da cultura, gostaríamos de ver mais incremento nes-ta área, até porque sabemos ser este um dos caminhos pelo qual Portugal pode vir a sair-se bem. A cultura inte-gra um domínio mais vasto ligado ao património, ao tu-rismo e esses são também factores económicos muito importantes no nosso país. Se fizermos investimento na cultura, estamos a criar condições para virmos a usufruir desses frutos, mais à frente, se só fizermos gas-tos sem saber bem o que es-tamos a fazer, só estamos a enterrar dinheiro.

Quais são as maiores dificulda-des financeiras na gestão cor-rente do Museu Grão Vasco?Em primeiro lugar a área

de gestão do Museu assen-ta em três esferas: A área do pessoal, a área da gestão dos espaços e dos equipamentos e a área mais ligada à com-ponente museológica: inves-tigação e exposições. Claro que a falta de dinheiro afecta todas estas áreas, mas nem por isso deixamos de conti-nuar a trabalhar. Se não con-seguimos ir por um cami-nho temos de ir por outro, por vezes mais árduo, se ca-lhar não conseguimos tanta visibilidade do nosso traba-lho. Se tivéssemos uma base mínima, conseguiríamos produzir outros resultados, mesmo assim não deixamos nunca de trabalhar. Obriga-nos a explorar e a procurar novas oportunidades.

Até certo ponto é susten-tável que, mesmo com pou-cos recursos, se consiga produzir bom trabalho. Se conseguirmos estabelecer parcerias, criar protocolos com instituições, criar no-vas competências nos nos-sos próprios funcionários, interagir mais com a socie-dade, conseguimos superar muitas das deficiências que actualmente sentimos, cla-ro que em outras áreas não é tão fácil.

Em termos de recursos huma-nos, quantas pessoas estão

ligadas profissionalmente ao Museu Grão Vasco? Nos quadros estamos 18

pessoas. Mais quatro em contratos de inserção e te-mos muitos estagiários em períodos que variam entre um a três meses. Há alturas que temos 13 pessoas a mais

a trabalhar connosco, o que também é interessante, por-que, provavelmente, somos das instituições que mais pedidos de estágio recebe, não só aqui da cidade, mas também do distrito.

Os estagiários vêm de que áreas de ensino?

Essencialmente, da área de hotelaria e turismo. De escolas secundárias, de cur-sos profissionais, do ensino superior da área da Histó-ria da Arte, da área de Tu-rismo e Animação Cultu-ral. Temos outros estágios no âmbito de trabalhos de

mestrado e com alunos es-trangeiros.

Qual a projecção do Museu Grão Vasco no estrangeiro?O Museu Grão Vasco já

teve alguns momentos de projecção, relativamente isolados. Gostaríamos que essa projecção fosse de for-

ma continuada. Para isso acontecer deveríamos ter relações com outras insti-tuições e haver uma maior continuidade de trabalho. Agora, o Museu é sempre muito solicitado para fazer representar informação so-bre as suas peças e até mes-

mo empréstimo de peças, o que é sempre uma mais-va-lia para nós e para o país.

Houve um período que o Museu teve grande afluência de pessoas, devido a uma exposição de instrumentos de tortura, da Inquisição. Tem ideia disso?

Sim, não tanto pela ex-posição que ocorreu aqui, mas porque essa exposição foi itinerante no país, em várias cidades e vilas, aca-bando por estacionar em Silves.

Obviamente que essas exposições com grandes

temas atraem, à partida, muita gente. Um tema que mexa com a nossa imagi-nação ou com a nossa di-mensão emotiva faz com que as pessoas tenham uma maior apetência e de-pois há, também, uma má-quina de promoção dessas actividades.

Semanalmente, “À Conversa” resulta de um trabalho conjunto do Jornal do Centro e da Rádio Noar. Pode ser ouvida na íntegra na Rádio Noar, esta sexta-feira, às 11hoo e às 19h00, e domingo, às 11h00. Versão integral em www.jornaldocentro.pt

Entrevista ∑ Tiago Virgílio PereiraFotografia ∑ Nuno Ferreira à conversa

Sérgio Gorjão, 41 anos, é director do Museu Grão Vasco, em Viseu, desde Agosto do ano passado.É licenciado em História, pós-graduado em Muse-ologia e História da Arte e mestre em Museologia. Ao Jornal do Centro falou da actual situação finan-ceira do Museu, das difi-culdades, dos projectos para o futuro e o que fazer para dinamizar o espaço cultural da cidade. Sérgio Gorjão mostrou as obras em exposição no Grão Vasco e desvendou os tesouros escondidos nas reservas do Museu.

“Mesmo com poucos recursos consegue-se

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SÉRGIO GORJÃO | À CONVERSA

Apostas para o futuro, visando dinamizar o Museu?Nós gostaríamos de

reestruturar algumas áreas da exposição permanente. Tem a ver com a introdução de peças que estão em reser-va, ou que estiveram em res-tauro e que ainda podem en-

riquecer o conteúdo do Mu-seu. É fundamental, a curto prazo, rever todo o sistema de informação do Museu: as tabelas, as folhas de sala. Termos a base para a criação do site do Museu, que ainda não existe e na qual estamos a trabalhar, e esperamos que até ao final do ano possa ser

apresentado. Isto no nível da comunicação.

Em termos de exposições temporárias, gostaríamos que esse espaço destinado às exposições privilegias-se as nossas próprias colec-ções, dado que temos tan-tas coisas em reserva, que

faz sentido que o Museu estude e trate essas obras para as poder devolver, nem que seja temporaria-mente, ao público. É o que estamos a fazer com a ex-posição de José de Almei-da e Silva. Queremos abrir relacionamentos com ou-tras instituições de carác-

ter museológico, nomeada-mente com a exposição do Almada Negreiros, que te-mos actualmente, e é uma colecção do Abade de Ba-çal. No futuro, iremos tra-balhar a curto prazo com algumas exposições com outras entidades. É impor-

tante esta correlação entre instituições, porque nos ali-via muito em termos finan-ceiros e nos obriga a conhe-cer melhor o nosso patri-mónio.

Quantas peças constam do acervo do Museu? Passam das 4 mil peças.

Estamos a fazer um traba-lho de revisão dos inventá-rios, porque há peças que pertencem a outras insti-tuições e desde os anos 20, 30 e 40 foram depositadas aqui. Há peças que perten-cem ao Museu do Chiado, por exemplo, e temos de re-

ver essas situações, por ou-tro lado há também peças nossas que estão noutros locais. Há um número de-finido em termos de fichas, há um número definido em termos de registo de inven-tário, disponíveis por via digital, mas estamos a fa-zer uma revisão profunda.

Onde está guardado a maior parte desse espólio?Durante anos os Museus

eram depositários de gran-de quantidade de objectos e de informação. Actualmen-te temos uma perspectiva mais límpida, faz-se uma maior triagem daquilo que queremos expor, portanto há um conjunto de bens que estão remetidos para reserva e os melhores estão na expo-sição permanente, onde têm espaço para brilhar. Quan-to aos objectos do Museu, a maior parte está nas instala-ções do próprio Museu, isto porque aquando das obras, foi necessário remover to-dos esses bens, uma parte foi para a Misericórdia, onde se fez uma exposição, outros foram para o Regimento de Infantaria (R.I.V:), nº14, em Viseu e outros ainda, por motivos de empréstimo, es-tão dispersos por algumas instituições. Nos últimos meses conseguimos fazer a trasfega de grande parte dos materiais – centenas - guar-dados no R.I.V., e isso permi-te-nos dizer que a esmaga-dora maioria dos objectos já está aqui guardada.

O R.I.V. teria todas as condi-ções de segurança, mas há outros factores a ter em conta, como as condições ambientais. Estavam asseguradas? Isso é sempre um pro-

blema que se tenta minorar da maneira que se pode. A verdade é que as condições ambientais desses espaços, não eram suficientemente controladas, por outro lado, foi aquele o espaço que se conseguiu encontrar para acolher aqueles bens. Há um equilíbrio. Escolheram-se provavelmente os bens mais resistentes a essas variações: metais, por exemplo, mas também existia algum mo-biliário mais sensível. Foram tomadas medidas para mi-norar os danos de uma mu-dança de ambiente ou falta de controlo de ambiente. Por isso é que encetámos o mais depressa possível a trasfega dos bens para o museu.

Das peças que estão em reser-va, quem é que faz a escolha

daquelas que são expostas e as outras?Essa selecção foi delineada

na altura em que se fez o programa museológico para a reabertura deste museu, em 2004. Nessa altura fez-se uma selecção do melhor, do ponto de vista artístico, e que melhor simbolizava a ri-queza das colecções do mu-seu e também do ponto de vista da riqueza da História da Arte e daquilo que nos dá uma maior leitura. Há peças que não pertencem ao Grão Vasco e que foram solicita-das para conseguir comple-tar ainda melhor esse dis-curso. Essa selecção teve por base a circunstância de se ter de abrir novamen-te o museu com um discur-so museológico actualiza-do. Quando fazemos uma exposição temporária, se-leccionamos com base na representatividade daquela obra, a sua importância, o que ilustra um discurso que temos de apresentar.

Existem técnicos superio-res responsáveis por algu-mas das áreas das colecções, mas essa escolha é sempre feita pela direcção, em arti-culação com os respectivos técnicos.

Que factores pesam nesse “discurso museológico actu-alizado”?Nós estamos a atender às

opiniões, sensibilidades e sugestões que nos vão sen-do dadas. Acerca de um ano atrás, muitas pessoas disse-ram-me que era pena não haver mais peças do Almei-da e Silva expostas e foi isso que determinou a exposi-ção. Essa pressão que o ex-terior exerce sobre o Museu é útil. Desde que tempera-da, dá-nos a tónica do que as pessoas desejam ver e é também um gesto de parti-cipação que é muito útil nas instituições públicas.

O que mais sugere o público?O público, em geral, gos-

taria de ter legendagem em língua estrangeira, de ter acesso por via digital, ter fo-lhas de sala com informação tratada e objectiva.

Nós estamos aqui para

produzir um bom trabalho”

Dintinção A Europeana - agência para divulgação da cultura europeia – seleccionou para publicação inicial no seu portal europeu, dos 40.000 registos apresentados pelo Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), os conteúdos relativos às colecções do Museu Grão Vasco e do Palácio Nacional de Sintra.

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À CONVERSA | SÉRGIO GORJÃO

servir o público, nem pode-ria ser de outra forma, e as-sim, todas estas sugestões serão implementadas.

O que aconteceu ao café-bar que existia no Museu?Os Museus hoje em dia

não são apenas espaços de exposição, é bom que te-nham outras valências. Nós temos uma loja, uma cafetaria, uma bibliote-ca, um serviço de arquivo a funcionar. Há um con-junto de aspectos que po-dem ser de fruição públi-ca. Quanto à cafetaria, es-teve concessionada mas deixou de haver interesse nessa concessão e estamos a preparar-nos para a aber-tura de novo concurso.

O que pode acrescentar em relação à biblioteca?A biblioteca comporta

umas centenas de obras e

tem essencialmente dois pólos: é uma biblioteca de Arte, a maioria das obras que aqui constam são para investigação, tem a biblio-grafia nacional e estran-geira e está orientada para várias tipologias artísti-cas. Há também um núcleo com a História local, o Mu-seu Grão Vasco não se des-liga da História da própria cidade e a biblioteca tem tí-tulos raros de encontrar.

Há um espólio de livros no Museu?Temos um fundo mais

antigo e tem havido doa-ções esporádicas de algu-mas pessoas, as quais estão acessíveis ao público. Toda a gente o pode consultar.

Existem documentos desde o século XV e XVI. A maior parte destes do-cumentos estão microfil-mados. Existe um catálogo

dessas obras.

Tem havido espectáculos no Museu?Temos tido alguns espec-

táculos de teatro, música e acções pedagógicas. Nestas últimas duas semanas, tive-mos espectáculos de música em parceria com o Institu-to Piaget. O projecto “Pas-so ao Sábado”, em parceria com a Empório, também tem sido muito bem rece-bido. Não há uma activida-de regular, mas tem havi-do alguma constância. Não temos uma programação para eventos musicais, por exemplo, mas temos tido muitos eventos desses, por-que nos tem sido solicitado o espaço, temos feito par-cerias.

A parceria com o Teatro Viriato que se traduz nas Visitas Dançadas tem cor-rido muito bem e é aqui-

lo com que o Museu gos-taria de poder contar em outros domínios, que pas-sa por convidar as pessoas a ter uma leitura nova do próprio museu e das colec-ções.

Que tipo de formação é que é dada aos funcionários do Museu?A formação no Museu

passa muito dos funcioná-rios mais antigos para os mais novos, esta passagem de testemunho é muito im-portante. É algo estática, mas também há acções de formação ligadas ao acolhi-mento, aos aspectos da loja, ao aspecto cultural. Tenta-mos fazer formação inter-na e alguma externa e tudo isto tem de ser muito bem combinado com os perfis de cada pessoa.

Tem havido, por parte da Rede Portuguesa de Mu-

seus, formações com algu-ma regularidade, mas deve-ria haver todos os anos um momento em que as pes-soas fizessem uma pausa para refrescarem algumas das ideias sobre as forma-ções, trocarem algumas im-pressões e exporem dificul-dades, para superarem os obstáculos. É preciso mais formação, em muitos domí-nios diferentes, não é por ela existir pontualmente que o trabalho está assegu-rado.

A nível interno tentamos explicar o mais possível aos colaboradores, porque o pú-blico coloca muitas ques-tões e muito diversas, e é muito importante que as pessoas que dão a cara pelo museu, na recepção e na vi-gilância, saibam responder e ter a honestidade de dizer não sei – se for caso disso – e passem a um colega ca-

paz de satisfazer as neces-sidades do utente.

O que é para si mais importan-te na relação entre as pessoas e o Museu? O acolhimento no Mu-

seu é muito importante. A maior parte das pessoas, quando acaba de ver uma exposição e sai do museu não se recorda de tudo o que viu e passado uns dias, em geral, não se vai recor-dar de quase nada. O que fica da visita ao Museu, na memória futura, é o bom acolhimento que se deu aos utentes/visitantes e essa vertente emotiva che-ga a superar a dimensão académica.

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Tesouros da Beira O Jornal do Centro teve acesso à parte menos visível do Museu Grão Vasco, guiado pelo seu director. Assim, tivemos a oportunida-de de contactar com algumas das peças que compõem o seu acer-vo, constituído por mais de 4.000 obras de arte. Desde a escultura (arte sacra e profana), tapeçaria, faiança, pintura, numismática até relevante espólio arqueológico. Tudo muito acomodado e resguardado, na expectativa do momento de brilhar. Ou seja, quando for apresentado aos visitantes, de acordo com factores como: temática, oportunidade, critério estético e disponibilidade de espaço físico. Os viseenses podem e devem orgulhar-se do Museu Grão Vasco, mesmo se parcialmente desconhecedores de todos os tesouros lá existentes.

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regiãoPOPULAÇÃO DE PENALVA VOLTA A EXIGIR SAP

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde do Distrito de Viseu convocou uma concen-tração da população de Penalva do Castelo para esta sexta-feira, para de-bater medidas com vista a exigir melhorias nos ser-viços no centro de saúde local.

Esta concentração da população, segundo An-tónio Vilarigues, do nú-cleo de Penalva do Caste-lo da comissão de utentes, surge depois da entrega, em Março, de um abaixo-assinado com duas mil as-sinaturas onde era exigida a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) e mais médicos.

O núcleo de Penalva do Castelo da comissão de utentes recorda que passa-ram quatro meses desde a entrega do abaixo-assina-do e nada foi realizado.

“É urgente e imperioso que os responsáveis pela manutenção deste estado de coisas assumam os seus compromissos. A popula-ção de Penalva do Caste-lo merece mais respeito e não vai continuar a permi-tir que brinquem com ela”, adverte a comissão. Lusa

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Autarquia “estuda” a melhor solução para as escolas do concelhoEncerrar ou não?∑ Autarquia de Viseu tem vindo a conversar com os pais mas sabe que a decisão final é do Ministério da Educação

Já está em marcha o processo de reorganiza-ção escolar tendo em vis-ta o ano lectivo 2011/2012 que se aproxima.

Em Viseu, o vice-presi-dente da Câmara Munici-pal, Américo Nunes tem vindo a reunir com os encarregados de educa-ção, responsáveis pelos agrupamentos e autarcas para, em conjunto, ana-lisarem quais as escolas do 1º Ciclo que poderão encerrar. Ainda assim, o também responsável pelo pelouro da Educa-ção tem presente que “o Ministério da Educação é que tem a última pala-vra”.

Para já , o objectivo passa por desactivar es-colas que “não existiam para o Ministério da Educação”, uma vez que funcionam como pólos. Exemplo disso é o en-cerramento da escola de

Carragoso, Passos de Ca-vernães, Folgosa e Cou-to de Baixo e uma esco-la da freguesia de Bodio-sa. Dos muitos encontros

que tem vindo a manter, ficou “acordado” que os seis alunos da escola de Passos de Cavernães, vão ser transferidos

para a escola de Caver-nães. “Os pais entendem que é melhor transferir as crianças para uma es-cola que tenha mais alu-

nos”, disse. Apesar de faltarem

dois meses para o ar-ranque das aulas para os alunos do 1ª ciclo, Amé-rico Nunes disse que “as decisões são sempre to-madas por esta altura, todos os anos, porque as inscrições dos alunos aconteceram até ao dia 20 de Junho e, só a par-tir dessa data, é que os agrupamentos soube-ram o número exacto de alunos, e se esse número aumentou ou diminuiu”, explicou.

O vice-presidente não quis adiantar mais por-menores ao Jornal do Centro, deixou apenas duas garantias: “cada caso é um caso” e que “não é a Câmara que co-loca os professores”.

Tiago Virgílio [email protected]

A O objectivo passa por desactivar escolas que “não existiam para o M.E.

A Fenprof reuniu em Viseu o seu estado maior para analisar o momento nacional da Educação. A colocação de professores para o próximo ano lecti-vo esteve na ordem do dia, entre outros temas. Du-rante o encontro, o secretário-geral da organiza-ção, Mário Nogueira, avistou-se com o vice-presi-dente da Câmara Municipal de Viseu para entregar um memorando entretanto redigido. A presença na autarquia deveu-se apenas à inexistência de gover-nador civil do distrito na Alberto Sampaio. JL

foto legenda

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REGIÃO | VISEU | PENEDONO | PENEDONO

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O último troço da an-tiga Estrada Nacional 2, entre o centro da cida-de de Viseu e Vila Chã de Sá, que faltava alar-gar para quatro faixas de rodagem vai finalmente ser concluído.

Trata-se do alarga-mento de cerca de duas centenas de metros de via, actualmente ainda em duas faixas, junto aos semáforos de Repeses. De acordo com o presi-dente da Câmara Muni-

cipal de Viseu, Fernando Ruas, a obra estava pre-vista há largos meses mas tinha uma “barrei-ra” de peso: a autarquia fazia depender a conclu-são do alargamento de uma solução imposta a um grupo empresarial que pretendia investir num terreno próximo da via a alargar.

“Trata-se de uma ‘ope-ração’ que a Câmara Mu-nicipal dirigiu, que pre-via a solução deste caso”,

explicou Fernando Ruas. A “operação” a que o autarca se refere foi a de encontrar um parceiro que assumisse a obra, ou seja, uma união que fi-zesse com que a Câmara reduzisse os gastos com os trabalhos.

A antiga EN 2, no seu percurso da cidade a Vila Chã de Sá, foi toma-da em parte pela Câmara de Viseu, que conseguiu encontrar parceiros para a conclusão das obras de

alargamento para quatro faixas de rodagem.

De acordo com Fernan-do Ruas, o processo de alargamento do troço de Repeses vai entrar ago-ra na fase de negociação com os “poucos” mora-dores que ainda restam nas habitações próximas da estrada. “Penso que vamos conseguir chegar a entendimento com as pessoas para a aquisição dos terrenos necessários pois a obra vai ser muito

proveitosa para a cidade”, disse o autarca, que acres-centa poder ser usada a fi-gura da posse administra-tiva de terrenos “caso sur-jam dificuldades”.

Tanto as obras de alar-gamento, como o novo empreendimento junto à rotunda entre Paradinha e Repeses levaram à apro-vação da suspenssão do Plano de Pormenor nº 19 do Município de Viseu.

José Lorena

A O último troço que faltava passar a quatro faixas entre o centro de Viseu e Vila Chã de Sá

EN2 alargada em RepesesAcessibilidades ∑ Empreendimento comercial facilitou decisão da autarquia

Degolada. Uma jo-vem de 20 anos foi de-golada com uma faca de cozinha pelo ex-compa-nheiro na manhã de do-mingo, dia 10 de Julho na aldeia de Avões, em Lamego.

Pelas 9h30, José foi a casa de Lília, que tinha abandonado a casa que partilhavam, e, após uma acessa troca de pa-lavras, o jovem arrastou-a para a casa de banho e cortou-lhe o pescoço.

Foi o final trágico de uma relação de quatro anos marcada pela vio-lência.

Lília deixa dois f i-lhos menores. Um de três meses e outro de 3 anos.

José já foi presente ao Tribunal de Lamego e foi-lhe aplicada prisão preventiva, como medi-da de coacção.

D e t e n ç ã o . O N ú -cleo de Investigação Criminal da GNR de Moimenta da Beira de-teve na segunda-feira, dia 11, dois homens de 41 e 53 anos por posse ile-gal de armas em Pene-dono.

Na ocasião, foram apreendidas três cara-binas, 250 cartuchos de vários calibres e dois cartuchos de calibre 9 milímetros def lagra-dos.

Os detidos foram no-tificados para compare-cer no Tribunal de São João da Pesqueira.

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José

Lor

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TONDELA | LAMEGO | REGIÃOPublicidade

Ahipótese avançada na semana passada de o Posto Territorial da GNR do Caramulo (Tondela) poder passar a posto de atendimento e funcionar apenas entre as 9h00 e as 17h00 estará posta de parte. Fonte próxima do processo confirmou ao Jornal do Centro que que se tratou de uma ideia desgarrada, transmitida aos presidentes das jun-tas de Arca, Guardão, Mosteirinho, S. João do Monte, Silvares e Varzie-las, não estando prevista qualquer reestruturação do posto, a nível minis-terial.

O Posto da GNR do Caramulo dista cerca de 20 quilómetros da sede

do concelho, cobre um raio de acção alargado e por estradas sinuosas de montanha que vai até ao limite do concelho de Águeda.

O quadro de efectivos previsto para a esquadra é de 12 agentes, mas nesta altura dispõe apenas de cinco elementos da GNR. A população e as juntas de Freguesia há anos que reivindicam mais efecti-vos, sendo visível a falta de agentes para garantir a segurança de pessoas e bens em determinadas situações.

Perante os “rumores”, os autarcas das seis jun-tas reuniram no sentido de manifestar em con-junto a sua preocupação

e “discordância” com a possível passagem a pos-to de atendimento, con-siderando um “erro”.

“A nossa posição ape-nas se limita ao facto de defender os interes-ses das populações ‘re-sistentes’, que cada dia vêm mais difícil conti-nuar a habitar uma ter-ra que continuamente tem serviços deslocados para os grandes centros em nome de uma melhor eficácia e eficiência”, lê-se no comunicado, onde os autarcas reforçam a necessidade de mais efectivos da GNR para o Caramulo.

Emília [email protected]

A O quadro de efectivos previsto é de 12 agentes e dispõe apenas de cinco

Posto do Caramulo mantêm-seGNR ∑ Passagem a secção de atendimento não se coloca no ministério

A Câmara Municipal de Lamego e a municipali-dade francesa de Bouche-maine estão a preparar um acordo de geminação que leva a uma troca de conhecimentos e experi-ências entre as duas co-munidades.

O primeiro passo da formalização do pro-

cesso aconteceu duran-te uma visita à cidade de Lamego de uma delega-ção de Bouchemaine, en-tre 4 e 8 deste mês.

O presidente da Câma-ra de Lamego, Francis-co Lopes, considera que as geminações “são um instrumento indispensá-vel para facilitar a apro-

ximação entre os povos e cidadãos de diferentes países. O proximo passo para a concretização da assinatura de geminação passa por uma visita de uma comitiva de Lamego a Bouchemaine, “com vista a um melhor co-nhecimento da realida-de local”.

Bouchemaine e Lamego geminadas em breve

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economiaMissão da AIRV leva empresários a Luanda Huambo e Benguela

A Associação Empre-sarial da Região de Viseu (AIRV está a preparar mais uma missão empresarial a Angola, que vai decor-rer entre 30 de Outubro e 8 de Novembro, em Luan-da, Huambo e Benguela. É a terceira viagem em que a AIRV, com o apoio da AI-CEP em Luanda, leva em-presários da região a co-nhecer novas oportunida-

des de um mercado cheio de oportunidades. O pre-sidente da AIRV, João Cot-ta adianta que o objectivo desta missão é “estar mais tempo fora de Luanda”, con-vencido de que é mais fácil investir em outras cidades e região fora da capital an-golana: “Há muita gente a procurar oportunidades em Angola, mas Luanda exige grande capacidade finan-

ceira por ser uma cidade muito cara. Nesse sentido é importante procurar opor-tunidades fora”.

Para João Cotta as mis-sões empresariais da AIRV são preparadas no sentido de “ajudar a abrir portas”, uma vez que os potenciais investidores beneficiam de um trabalho preparatório reuniões marcadas, visitas guiadas, contactos estraté-gicos com empresas, com os ministérios e outras en-tidades.

As inscrições para par-ticipar na missão empre-sarial a Angola devem dar entrada na AIRV até 30 de Julho, sendo as inscrições consideradas por ordem de entrada. EA

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Há longos anos que se espera um investimento comercial para o espaço livre situado junto à ac-tual rotunda que, em Re-peses, dá acesso a Para-dinha, na freguesia de S. Salvador.

A empresa de gestão imobiliária Imoretalho é a proprietária do terre-no e vê agora aprovada pela autarquia de Viseu um projecto de constru-ção de um empreendi-mento híbrido para o lo-cal com as componentes de comércio, habitação e aparcamento.

A ligação da Imoreta-

lho ao grupo Jerónimo Martins fez com que a iniciativa há muito tivesse dado entrada para aprova-ção nos gabinetes da Câ-mara Municipal. Todavia, a autarquia colocou con-dições para a pretendida luz verde desejada pelos investidores.

O projecto apresentado inicialmente previa a ins-talação no espaço de uma unidade Feira Nova, por ocasião em que a maio-ria das novas superfícies comerciais de média e grande dimensão anun-ciavam o seu apareci-mento em Viseu. Feira

Nova era a designação da rede de supermerca-dos do ramo de distribui-ção do grupo Jerónimo Martins, entretanto ab-sorvida pelo Pingo Doce nas unidades de média dimensão.

De acordo com a Câ-mara Municipal de Viseu, o empreendimento tem a designação de “Pingo Doce” (ver planta sobre-posta em mapa fotográ-fico do local) e dele ain-da não são conhecidos pormenores de investi-mento.

José Lorena

Pingo Doce com novo projecto aprovadoConstrução∑ Câmara de Viseu dá luz verde

A Empreendimento da rede de supermercados aprovado para Repeses

Continente em LamegoA Câmara Municipal

de Lamego acaba de ce-der à Sonae Distribuição um espaço, sob a forma de arrendamento, desti-nado a escritórios e salas de formação para futuros trabalhadores de um su-permercado de média di-mensão - da cadeia Con-tinente Modelo - que em breve será instalado na-

quela cidade.A nova unidade Conti-

nente Modelo de Lamego ficará situada na zona das Amoreiras e será servida por uma nova acessibili-dade, a futura Circular Externa de Lamego, cujas obras referentes à primei-ra fase já se iniciaram.

O grupo Sonae vai ocu-par até 30 de Novembro o

terceiro piso do Mercado Municipal de Lamego, com mais de 700 metros quadra-dos, a partir do qual irão ser realizadas acções de forma-ção para preparar a maior área comercial do conce-lho que terá agregadas lojas como a Worten, Modalfa, Sport Zone, Book It, Bom Bocado e Wells - Saúde Óp-tica.

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“Oliveira do Hospital será o ponto central da região da Beira Serra”Evento ∑ Feira Regional de Oliveira do Hospital (ExpOH) decorre de 16 a 24 de Julho num formato “renovado”

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital jun-ta a partir de amanhã e até ao dia 24 o comércio, a in-dústria, o turismo, a agri-cultura, os serviços, as ins-tituições, a gastronomia e a música num só espa-ço que pretende ser umveículo de divulgação das potencialidades do con-celho e, este ano, ganha dimensões internacio-nais, nomeadamente com o grande espectáculo de Lloyd Cole.

A segunda edição da Ex-pOH - Feira Regional de Oliveira de Frades vai dar a conhecer durante nove dias o trabalho desenvol-vido pelos agentes eco-nómicos, sociais e cultu-rais, empresas e institui-

ções através da presença de cerca de 120 expositores presentes no certame com stands da sua actividade. Num formato renovado, mais trabalhado, mais di-nâmico e com um espaço de amostragem mais alar-gado, a ExpOH está mon-tada para que os visitantes encontrem “novas oportu-nidades para as activida-des e os desafios das em-presas e das instituições, mas também para os pro-jectos que cada família vai esboçando”, afirma o pre-sidente da Câmara Muni-cipal de Oliveira de Frades, José Mendes.

Para o autarca, “mesmo numa fase de contracção da economia e do investi-mento como a que se vive

em Portugal”, há “motivos para crer que a edição de 2011 da ExpOH conseguirá igualar, ou mesmo suplan-tar, o sucesso e a dinâmica da primeira edição”.

Mas a ExpOH vai viver também de espectáculos de várias dimensões (ver cai-xa ao lado). Para tal, estão montados dois palcos. Sen-do possível assistir a gran-des concertos, é igualmente possível assistir a espectá-culos de grupos concelhios num segundo palco e ou-tros eventos dedicados ao público jovem e à terceira idade. “Oliveira do Hospi-tal será o ponto central da região da Beira Serra”, ter-mina José Mendes.

Emília Amaral

Emanuel, 16 de Julho, 22h30

Os Golpes, 17 de Julho, 22h00

Pólen, 20 de Julho, 22h00

Gabriel, 21 de Julho, 22h00

Cuca Roseta, 23 de Julho, 22h00

Lloyd Cole, 24 de Julho, 22h30

Cerimónia de inauguração, 16 de Julho, 16h00

Concurso Soltem Talentos, 19 de Julho, 22h00

Expo Social - Dia Mundial da Amizade, 20 de Julho, 9h30

1ª Convívio Karting Urbano, 23 de Julho, 10h30

1ª Corrida de Púcaros, 24 de Julho, 14h00

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NEGÓCIOS | INVESTIR & AGIR

Festival de Doçaria regressa a VouzelaOs tradicionais pastéis

de Vouzela, folar, doces regionais variados, lico-res, compotas e mel são os protagonistas do Fes-tival de Doçaria “Doce Vouzela”, organizado pela Câmara Municipal, nos dias 30 e 31 deste mês, na Alameda D. Duarte de Almeida.

A intenção da autarquia ao apostar no evento que

mostra o que de melhor se faz em matéria de do-ces naquele concelho de Lafões, é aumentar a vi-sibilidade turística, pro-mover o desenvolvimento económico local e divul-gar o património gastro-nómico local.

O presidente da Câ-mara de Vouzela, Telmo Antunes disse na con-ferência de imprensa de

apresentação do festi-val que “a gastronomia e a animação são um dos principais pontos de atrac-ção turística e, como tal, pretende-se que esta ini-ciativa seja mais um pos-tal daquilo que Vouzela tem para oferecer”.

O “Doce Vouzela” vai contar com 16 produto-res oriundo da região de Lafões, mais cinco que no

ano passado, o que para Telmo Antunes “mostra um interesse crescente do festival”. EA

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Demografiae economia

em Dão-Lafões

Clareza no Pensamento

Feitas as contas, e acaute-lados os percalços próprios de resultados preliminares dos Censos 2011, vivem ac-tualmente em Portugal mais 200 mil pessoas do que há dez anos atrás. Números re-dondos, somos um pouco mais de 10,5 milhões, maio-ritariamente mulheres (52,1 por cento, que compara com 51,7 por cento, em 2001).

De 2001 a 2011, a população residente em Portugal cres-ceu cerca de 1,9 por cento mas esta evolução foi muito díspar entre as regiões. Com efeito, a Região Centro e o Alentejo viram reduzir as suas populações (- 0,9 por cento e - 2,3 por cento, res-pectivamente), enquanto o Algarve aumentou 14 por cento, valor recorde, a Ma-deira 9,4 por cento, a região de Lisboa 5,8 por cento, os Açores 1,8 por cento e a re-gião Norte praticamente es-tagnou (+ 0,1 por cento).

Dão-Lafões seguiu o pa-drão das regiões mais inte-riores da Região Centro e do País: uma taxa de cres-cimento negativa (-2,9 por cento) que corresponde a uma perda de 8,3 milhares de pessoas, contrariando o crescimento de +1,4 por cen-to na década de 90. Com excepção do concelho de Viseu, que teve um cresci-mento de 6,5 por cento (mais 6 mil residentes), todos os restantes municípios conhe-ceram perdas de população. Verifica-se pois que o con-celho de Viseu apresenta, em ambas as décadas, um comportamento mais posi-tivo (um ganho de quase 10 mil pessoas na década de 90 e de 6 milhares nesta última década). Um ganho, apesar da travagem na taxa de cres-cimento do número de resi-dentes.

Tudo leva a crer que nesta última década se acentuou o que vem acontecendo desde há mais de meio século com o País a descair para o lito-ral. Dão-Lafões, que na dé-cada de 90, resistiu ao que parecia ser uma inevitabili-dade, à entrada deste século XXI perdeu força de atrac-ção. Resta, ao que parece, al-guma resistência por parte

do concelho de Viseu e, den-tro deste, o centro urbano de Viseu deve ter desempenha-do o papel primordial des-sa resistência. A ser assim, a cidade de Viseu assume-se, cada vez mais, como o trun-fo maior com que a Região tem de contar para o seu fu-turo. Têm, a cidade e o con-celho, condições para conti-nuarem a resistir, por mais uma década, à perda de po-pulação generalizada nos territórios envolventes?

Mas, o que se passou em Dão-Lafões desde os anos 90 até agora que possa expli-car a perda de população, à semelhança do interior por-tuguês? De acordo com o INE o crescimento da po-pulação residente em Portu-gal deveu-se, em grande me-dida, à imigração, pois já há alguns anos que o número de nascimentos é inferior ao número de mortes. Confir-mando-se esta apreciação, e sendo a imigração cons-tituída fundamentalmente por mão de obra em idade de trabalhar, provavelmen-te esta não encontra razões para se instalar em Dão-La-fões e, como tal, o saldo ne-gativo entre nascimentos e mortes da Região não foi compensado com a entrada de imigrantes.

Entre 2001 e 2008 a região de Dão-Lafões perdeu 12,6 por cento das suas empresas (no conjunto do Pais essa perda cifrou-se em 1,3 por cento), por outro lado, seja pelos sectores dominan-tes, seja pela dimensão, seja pela maior disponibilidade de mão de obra, etc. os sa-lários nesta Região são infe-riores à média nacional, por outro lado ainda a taxa de natalidade de novos empre-endimentos empresariais é comparativamente mais baixa que a média nacional. Tudo isto pode ajudar-nos a compreender porque ra-zão Dão-Lafões está a per-der capacidade de atracção/retenção da população. Mas, infelizmente, deveremos es-tar preparados para outras notícias pouco simpáticas respeitantes à demografia.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Alfredo SimõesDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

20 Jornal do Centro15 | Julho | 2011

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INVESTIR & AGIR | NEGÓCIOS

Palácio do Gelo lança sorteio “Compras dão Compras”Objectivo ∑ Centro comercial aposta na fidelização de clientes ao sortear prémios todas as semanas até Setembro

O P a l á c i o d o G e l o está a promover até Setembro o concur-so de Verão “Com-pras dão Compras”. Os clientes que efectua-rem compras de valor igual ou superior a 25 euros no mesmo dia, nas lojas do centro co-mercial f icam habili-tados a participar no sorteio. Ao apresenta-rem os seus talões de compras no balcão de atendimento do piso -2, serão trocados por cupões de participa-ção que deverão ser colocados numa tôm-bola depois de preen-chidos.

“É uma iniciativa que se propõe multiplicar as compras efectuadas pelos clientes do cen-tro comercial”, adian-ta a direcção do Palá-cio do Gelo em comu-nicado.

Todas as sema nas serão sor te ados 2 4 prémios em vales de compras, uti l izáveis nas lojas centro co-mercial . Os sorteios decorrem nos dias 21 e 28 de Julho, 4, 11, 18 e 25 de Agosto e 1 de Se-tembro, às 18h00, jun-to ao balcão de infor-mações (piso -2).

“Com esta iniciativa, o Palácio do Gelo Sho-

pping pretende refor-çar os laços que unem este espaço comercial único à comunidade, indo ao encontro dos desejos dos seus clien-tes e prem ia ndo - os pela sua f idelidade”, acrescenta a nota in-formativa.

O Pa lácio do Gelo p o s ic ion a - s e como “um dos mais inovado-res espaços comerciais da Península Ibérica” e tem vindo a apostar no desenvolvimento de acções e eventos que “o tornam um dos mais importantes pó-los de lazer e cultura da região Centro”.

AQuem fizer compras de 25 euros ou mais no mesmo dia pode participar em mais um evento do shopping que tem vindo a apostar em acções paralelas de promoção

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21Jornal do Centro15 | Julho | 2011

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desportoVisto e Falado

Cartão FairPlay“Sangue novo” na di-

recção do Académico de Viseu Futebol Clube, este advogado viseense foi elei-to como vice-presidente. Marca um novo paradig-ma no clube e marca uma viragem completa no que tem sido a estratégia de co-municação do Académico num passado recente. Uma nova postura comunicati-va que se saúda num clube que não primava na forma como se relacionava com adeptos e imprensa.

Cartão Fairplay Futebol, voleibol, futsal

são modalidades que mar-cam a actualdiade na região por estarem associadas a torneios de Verão. Nas fé-rias competitivas, são pre-texto para manter atletas em activididade, mas não só. A eles também se jun-tam amadores e simples apaixonados pela prática desportiva. Organizados por clubes federados, co-lectividades de bairro ou meros cidadãos anónimos, estes torneios são impor-tantes por tudo o que re-presentam para a prática desportiva na região.

Cartão Fairplay Viseu, cidade e distrito,

voltam a figurar no percur-so da Volta a Portugal em bicicleta. Cidades como Viseu e Lamego, e as vilas de Sátão, Nelas Penalva do Castelo, vão este ano rece-ber o pelotão daquela que é a mais importante prova do calendário velocipédico em Portugal.

Visto

Pedro Ruas

Académico de Viseu

Torneio de Verão

Volta a Portugal

ViseuLamegoNelasSátãoPenalva Castelo

Vítor [email protected]

Gil

Pere

s

A Espectáculo está garantido para as águas do Douro, nas Caldas de Aregos

Motonáutica

Mundial F4 em ResendeVelocidade pura ∑ Máquinas do Mundial atingem os 170 kms/h

As águas do rio Douro, junto às Caldas de Are-gos, em Resende, voltam a receber o Mundial de F4 de Motonáutica.

Pelo segundo ano con-secutivo, Resende figura no calendário oficial do Mundial, sendo uma das duas provas que se dis-putam em território na-cional.

Vai ser este fim-de-se-mana, dias 16 e 17 de Ju-lho, com a marina das

Caldas de Aregos a rece-ber a comitiva do Mun-dial, mas também os pilo-tos portugueses que com-petem na segundo ronda do Campeonato Nacional de Motonáutica, nas clas-ses PR 750 e T 850.

Na prova maior do evento, o Mundial de Fór-mula 4, estão inscritos 14 pilotos em representação da França, Reino Unido, Hungria e Portugal en-tre os quais Pedro For-

tuna, que chega às águas do Rio Douro na segun-da posição do Mundial depois do segundo lugar conquistado em Inglater-ra. Paulo Raposo, que no ano passado conseguiu subir ao lugar mais alto do pódio em Caldas de Aregos, está inscrito na prova, assim como João Garcia, Luís Vila Verde, Rui Pinhão e Eduardo Miranda, habituais par-ticipantes no nacional da

modalidade.Sábado, durante a tar-

de, é dia de treinosNo domingo, a compe-

tição começa pelas 10h00 com os treinos livres que antecedem a prova do Campeonato Nacional de Motonáutica, com início marcado para as 12h00. Já as mangas do Campeona-to do Mundo de Fórmula 4 iniciam-se às 15h00.

Gil Peres

Hugo Lopes, segundo, e Bernardo Maia, terceiro, vol-taram a demostrar todo o seu potencial de condução no troféu de Iniciação do Cam-peonato Nacional de Rali-cross, na prova que se dispu-tou em Castelo Branco.

Hugo Lopes, estreou um Peugeot 106, depois das pri-meiras provas ao volante de um Peugeot 205, prepara-do na Automotorsport. Nos treinos sentiu dificuldades

de adaptação, mas durante as mangas, principalmente na terceira, só não venceu depois de um toque à entra-da para a última volta, quan-do liderava destacado. Na fi-nal, uma manobra “menos limpa”, de um dos seus ad-versários que lhe deu dois “toques” retirou-lhe o co-mando. O piloto viseense não desistiu mas teve que contentar-se com o segun-do lugar.

Quanto a Bernardo Maia, o jovem piloto de Lafões, campeão na última época, levou o Citroen AX até à ter-ceira posição na final.

Ivo Rosa, o terceiro pilo-to viseense em prova, com-petiu na Divisão 5, com um Peugeot 205 e terminou a fi-nal na quarta posição. d

O campeonato regressa agora no final do mês com o Ralicrosss de Sever do Vouga. GP

Campeonato Nacional Ralicross - Iniciação

Hugo Lopes e Bernardo Maia no pódio

CANAS DE SENHORIMDEFRONTA NAVALO Canas de senhorim faz este domingo, dia 17 de Julho, a apresen-tação oficial aos sócios. O jogo, que já havíamos noticiado, é frente à formação da Naval 1º de Maio, equipa da II Liga Profisisonal. Ao contrário do que estava inicialmente previsto, o horário da partida não será às 17h00, mas sim pelas 10h30 da manhã, no relvado de Canas de Senhorim.

VISEU “I TORNEIO DE VOLEIBOL DE PRAIA”

Estão abertas as inscri-ções para o que vai ser o I Torneio de Voleibol de Praia de Viseu. A compe-tição vai decorrer no pró-ximo dia 23 de Julho, no campo de areia do parque desportivo do Fontelo.Competição e convívio são o que pretende a or-ganização deste evento. O custo de participação é de 7 euros por dupla, e inclui oferta de t-shirt da prova. Haverá prémios, não monetário, para os primeiros lugares a car-go.As inscrições deverão ser enviadas até ao dia 19 de Julho, próxima terça-feira, para o endereço de email [email protected] e deverão indi-car os nomes dos atletas, número do BI e contac-to telefónico. As inscri-ções, devido a questões logísticas, são limitadas.

A Hugo Lopes foi segundo em Castelo Branco

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DESPORTO | ENTREVISTA

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Qual a sensação após o jogo com o Mortágua, a contar para a Final da Taça Sócios de Mérito, quando sabia que era o último jogo, oficial?A sensação na altura foi

de alegria pela vitória e respectiva conquista da taça e por me despedir de uma carreira longa com os seus altos e baixos mas que me deixou orgulho-so e feliz por tudo o que fiz e passei ao longo des-tes anos.

Acabou este ano porquê? Há sempre um fim para

tudo, não interessa estar aqui a dizer que ainda me sentia capaz fisicamente para continuar, interes-sa sim salientar que che-

guei aos 38 anos com a mesma vontade e alegria que tinha quando come-cei a minha carreira para jogar, treinar e aprender, mas chegou a altura de pôr um ponto final.

Olhando para o passado, qual o balanço da carreira? Nós ambicionamos

sempre mais, é para isso que trabalhamos, mas penso que o balanço é positivo, jogar vários anos na II liga e na II di-visão e ter recebido con-vites para a I liga deixa-me bastante orgulhoso, é sinal que o meu trabalho dentro de campo foi re-conhecido, porém não ter conseguido jogar na I liga por causa dos contratos

de formação e por outras questões deixam-me um pouco triste.

Quem foram as pessoas que mais 0 marcaram nestes longos anos como jogador de futebol?Foram várias pessoas,

treinadores, jogadores, directores mas é compli-cado estar a individuali-zar este ou aquele porque houve mesmo muita gen-te que me marcou ao lon-go da minha carreira.

Com quem é que não gostou mesmo nada de trabalhar?Há sempre pessoas com

quem gostamos menos de trabalhar, no futebol ou em outra profissão, mas

desde que as pessoas fa-çam tudo com serieda-de e que seja para ajudar nós só temos de respeitar e aceitar, o que não foi o caso de algumas (poucas) com quem trabalhei.

Numa longa carreira houve certamente momentos que o marcaram.Acima de vitórias ou

derrotas, subidas ou des-cidas, das lesões, da feli-cidade de marcar golos, o que mais me marcou foi ter perdido pessoas ami-gas que de um momen-to para outro nos deixa-ram e partiram. Recordo Luís Amaral meu treina-dor nas camadas jovens do Ac. Viseu, o presiden-te João Soares, os amigos

Pedro Ferreira (jogava comigo no Feirense) e o João Manuel, bem como o Marcelo Sofia que in-felizmente teve de deixar de jogar depois de um grave acidente de viação. Graças a Deus conseguiu recupera e hoje faz uma vida normal. Estes sim, foram os momentos mais marcantes que tive ao longo da minha carreira.

É conhecido o seu acade-mismo. Alguma mágoa por não ter sido no Académico que fez a despedida?Sim, não escondo o

amor que tenho pelo Académico, e para quem como eu que mais de 20 anos o representou, gosta-va de ter terminado com o emblema do Académico ao peito, mas não foi pos-sível. Felizmente conse-gui terminar no Fontelo, onde vivi excelentes mo-mentos e com uma saída em grande, com a vitó-ria na final da taça da AF Viseu ao serviço da A. D. Sátão.

A forma como na altura dei-xou o Académico, em “con-flito” com Luís Almeida, poderia ter sido evitada?São situações que po-

dem ser sempre evitadas se as pessoas forem sérias mas não vale a pena vol-tar a falar nesse assunto.

Duas ou três medidas, no imediato, para fazer do Académico um clube mais forte?É preciso urgentemen-

te arranjar um plano, um

projecto para tornar o Académico mais forte, não se pode só viver o presente, tem de se pre-parar o futuro é preciso começar por baixo pela formação, reestruturar todo o futebol, e é preci-so diálogo. Não se pode gastar tanto e não se ter nada.

Alguma justificação para ver clubes como o Tondela, e agora também o Cinfães, na II Divisão, e o Académico não estar nesse escalão?Acima de tudo o suces-

so vem da estabilidade e de uma estrutura forte e organizada. O Académico nas últimas três épocas teve seis treinadores. To-dos os anos contratam muitos jogadores, e isso não é bom para um clu-be que procura obter êxi-tos. O Cinfães teve 2 trei-nadores assim como o Tondela. Isso dá estabili-dade. É preciso dar tem-po às pessoas para que possam começar e de-pois dar continuidade a um bom trabalho e não andar constantemente a mudar.

O Académico de Viseu é “um gigante adormecido” ou “um projecto eterna-mente adiado”?Talvez um misto. O

Académico vive o presen-te à custa de um passado e sem olhar para o futuro. É preciso mudar de men-talidade urgentemente, é preciso criar alicerces para que o clube não caia de novo num abismo.

“O sucesso vem da estabilidade e de uma estrutura forte e organizada”Rui Lage, aos 38 anos, decidiu termi-nar a sua carreira de jogador de futebol. Um período não só de êxitos mas também de alguns momentos menos bons. Foi no estádio do Fontelo que deu os últimos pontapés na bola, mas com a camisola da Associa-ção Desportiva de Sátão. Um atleta de reconhecido carácter e carisma, terminou como merecia, com um troféu.

A Rui Lage é um símbolo do Académico de Viseu

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MODALIDADES | DESPORTO

Volta a Portugal 2011

Pelotão chega a Viseua 9 de Agosto

A 73.ª Volta a Portugal em Bicicleta vai este ano para a estrada entre 4 e 15 de agos-to, com um total de 10 eta-pas.

Uma Volta talhada para “trepadores” com metade das etapas a terminar em montanha.

A Volta começa em Fafe e vai terminar em Lisboa.

Quanto a Viseu, vai rece-ber o final da quinta etapa, no dia 9 de Agosto.

Uma ligação que trás os ciclistas de Oliveira do Hos-pital até Viseu, no que será uma das poucas etapas “em linha” da edição deste ano.

Um percurso de 150 kms, com passagens pelos con-celhos de Nelas, Penalva do

Castelo e Sátão. Em Viseu, os ciclistas vão fazer um mi-ni-percurso com duas pas-sagens pela Avenida da Eu-ropa, onde ficará instalada a meta.

Na véspera, o pelotão da Volta vai também andar pela região com uma eta-pa entre Lamego e Gou-veia. GP

Clube Desportivo de Cinfães

Luís Carvalho e Diogo Torres são reforços

Estão oficialmente con-firmados os ingressos de Luís Carvalho e Diogo Torres no Cinfães.

Luís Carvalho, já se sa-bia, estava de saída do Tondela. Regressa a um clube que bem conhece, e que representou mesmo antes de se transferir para os tondelenses há duas épocas. Vai acompanha-

do de Diogo Torres, médio ofensivo que alinhou tam-bém no Tondela na última temporada.

Quanto a reforços, é tam-bém confirmada a contra-tação de João Reis, que jo-gava no Candal. O plantel não está fechado estando prevista a entrada de mais dois ou três reforços.

De saída estão Quim,

Mikael , Gaio, Beaud, Hélder Calvino e Vítor Borges.

Migueli, treinador que levou o clube da III à II Di-visão Nacional, conta da época passada com Ar-mando, Padeiro, Eduardo, Marqueiro, Joel, Hugo Tei-xeira, Rogério, Rui Costa, Tiago, Serra, Quim Pedro, Vítor Diogo e Miki. GP

A Viseu é este ano final da 5ª etapaG

il Pe

res

A Diogo Torres jogou no Tondela

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culturas

VISEUFORUM VISEU (LUSOMUNDO)Sessões diárias às 14h10, 14h00, 21h10, 00h25*Transformers 3(M6Q) (Digital 2D)

Sessões diárias às 14h00, 14h10, 16h30, 19h10, 21h50, 00h15*Ressaca 2(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h50, 21h00, 00h10*Pirata das Caraibas: Por

Estranhas Marés(M12) (Digital 2D)

Sessões diárias às 11h00 (Só Dom.), 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20*Carros 2(CB) (Digital 2D) (VP)

Sessões diárias às 11h20 (Só Dom.), 13h50, 16h00, 18h20O Panda do Kung Fu 2_VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h20, 00h00*Empresta-me o teu Na-morado

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h30, 21h30, 00h30 (*)O Harry Potter e os Talis-mãs da Morte Parte 2(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO (LUSOMUNDO)Sessões diárias às 19h00, 21h30, 23h55 Ressaca 2(M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h00* (*Dom.), 14h30, 16h40O Panda do Kung Fu 2_VP

(M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 16h50, 19h20, 21h40Larry Crowne(CB) (Digital)

Sessões diárias às 10h45 (Só Dom.), 13h20, 16h00, 18h40Carros 2(CB) (Digital 3D) (VP)

Sessões diárias às 13h10, 15h20, 17h35, 10h50, 22h00, 00h15*Professor Baldas(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h20, 00h30Transformers 3(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h00, 17h00, 21h20, 00h10O Harry Potter e os Talis-mãs da Morte Parte 2(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h45, 21h00, 00h00A Melhor Despedida de Solteira

Legenda: * Sexta e Sábado

Arcas da memóriaexposVISEU

∑Instituto Piaget

Até dia 30 de Julho

Exposição “Reinventan-

do a Digressão”, de Mário

Vitória.

TONDELA

∑Museu Terras de Besteiros

Até dia 21 de Agosto

Exposição de pintura de

Alexandre Magno.

SANTA COMBA DÃO

∑Biblioteca Municipal

Até dia 30 de Setembro

Exposição “Viagem pela

História da Imprensa San-

tacombadense”.

LAMEGO

∑Museu de Lamego

Até dia 30 de Setembro

Exposição “Homenagem

às Artes Populares”,

da artista Alexandra As-

sunção Correia.

VILA NOVA DE PAIVA

∑Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até dia 31 de Julho

Exposição de escultura

“As Igrejas do Meu Con-

celho”.

roteiro cinemas

José do Egipto e o Zeloso Faraó

Estreia da semana

Harry Potter e os Talismãs da Morte Parte 2 – Tudo acaba. A batalha entre as forças do bem e do mal do mundo dos feiticeiros vai originar uma guerra sem preceden-tes. Os riscos nunca foram tão ele-vados e ninguém está seguro. Mas é Harry Potter quem terá de fazer o sacrifício final.

Destaque

A epopeia bíblica de José do Egipto cativa-nos sempre, quando a lemos. De muita feição nos cati-va, mas hoje lembro par-ticularmente esse curio-so episódio que aconte-ceu com um dos faraós da XVII Dinastia, no Antigo Egipto, cujo nome a Bíblia não nos fez chegar. Zelo-so, as preocupações com o seu reino levam-no a ter sonhos estranhos que não sabe bem interpretar, nem sequer os seus habituais conselheiros. Mas quando lhe falaram daquele que na altura parecia um per-sonagem insignificante, um tal José, de origem se-mita, descobridor de coi-sas ocultas, isto quer dizer o seu nome, que é a mes-ma coisa que adivinhador de sonhos, quis ouvi-lo e tim-tim-por-tim-tim lhe contou os dois sonhos que tivera. Num deles sete va-cas gordas e belas saíram do Nilo e logo sete vacas magras se atiraram sobre elas e gulosamente as de-voraram, permanecendo esqueléticas. E a mesma coisa se passara, noutro sonho, com as sete espigas túrgidas de milho e as sete espigas secas que rebenta-ram de hastes verdes num campo da beira do rio. José adivinhou nas preocupa-ções do inquieto faraó os sete anos de abundância que se avizinhavam. Nos lodos do Nilo as searas de

trigo produziriam a cem por um e tornar-se-ia ne-cessário construir celei-ros fartos para guardar o excesso das sementes porque sete anos de es-cassez chegariam depois, e a fome adviria com eles se acaso não se prevenis-se em justo tempo o tem-po de futuro. E o zeloso fa-raó manda construir vas-tos celeiros e despeja neles as medidas de trigo que os camponeses das margens do rio lhe fazem chegar. E nos sete anos em que as águas do rio não trans-bordaram com seus lo-dos, quando o sol gretou a terra e queimou as hortas semeadas, o trigo guarda-do nos celeiros tornou-se bastante para alimentar os súbditos do faraó que pôde vendê-lo ainda aos mercadores estrangeiros que ali vinham carregar as caravanas, tal foi o caso relatado com a venda de trigo aos ingratos filhos de Jacob, os tais que muitos anos antes haviam vendi-do o irmão José a um mer-cador de caminho para o Egipto.

Dá para pensar esta his-tória de José que ganhou foros de mito, dá para pensar como tão pouco aprendemos com a histó-ria.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

A Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva promove o III Concurso de Foto-grafia sobre “Floresta no meu concelho - Um Recurso a Preservar”, até 28 de Julho. O objectivo é sensibilizar os cidadãos para o papel que a floresta desempenha no desenvolvimento global sustentável.

D Concurso de fotografi a

Depois da abertura com chave de ouro, com a actuação de 300 músi-cos (alunos e professores) da Orquestra Conservató-rio de Música de Viseu, na quarta-feira à noite, o fes-tival de música do mun-do Tom de Festa, organi-zado pela Acert destaca hoje o terceiro dia com músicas da Argentina, da França e de Portugal. So-fia Rei (Argentina) actua às 21h45 no auditório ar li-vre, e L’Herbe Foll (Fran-ça), às 23h00, no palco jar-dim. Antes, pelas 19h00, os portugueses Diatóni-cos oferecem um espectá-

culo de concertinas acro-báticas num “frenesim de baile” pelas ruas da cida-de de Tondela.

Para o último dia do festival, sábado, às 21h45, está reservado um espec-táculo de rock, “de braço dado com a música tradi-cional portuguesa” num género de cocktail servi-do por aquela que é cha-mada uma das bandas portuguesas mais “vir-tuosas” da actualidade, Diabo na Cruz. Às 23h00 actua a cantora activista Mo’Kalamity & the Wi-zards. Neste dia, a par-tir das 17h00, as ruas de

Tondela vão ser animadas por um espectáculo por-tuguês de jazz do grupo Cottas Club Jazz Band.

Porque o Tom de Festa já na sua 21ª edição é mais que música, oferece ain-da a Feira das Tro(i)Cas, a exposição “Gestos e Ar-tes na Acert” de Ângelo de Sousa e outros artistas, restauração, Videoarte no Jardim, entre outras ini-ciativas. Amanhã, sábado, às 17h30, é lançado o CD/livro “Auto da Fonte dos Amores”, de Carlos Clara Gomes.

Emília Amaral

Tom de Festa faz de Tondela um “palco do mundo”Programa∑ Concertos e outros eventos até domingo

A Concerto de abertura celebrou 60 anos de arte (25 do Conservatório + 35 da ACERT)

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CULTURAS

A agenda de Verão “Viseu Naturalmente” da autarquia viseense reser-va para esta sexta-feira, dia 15, o grande espectá-culo da época. No Adro da Sé actuam, às 22h00, a Orquestra Filarmonia das Beiras e Paulo de Carvalho num concerto único preparado em con-junto para ser apresenta-do em Viseu.

O desafio foi lançado no concerto de ano novo pelo presidente da Câma-ra, Fernando Ruas, aceite por ambos e preparado para este Verão.

A autarquia deposita assim grandes expecta-tivas para o espectácu-lo de entrada livre, um concerto f inanciado pelo QREN, no âmbito do Programa Mais Cen-tro e da União Europeia, através do Fundo Euro-peu de Desenvolvimento Regional.

Mara Pedro no Viriato. O f im-de-semana da agenda cultural de Viseu reserva mais dois gran-des espectáculos. Sába-do, às 22h00, na Escada-ria da Igreja dos Tercei-

ros decorre mais uma edição do Adro Moda.

Domingo, a jovem fa-dista revelação de Viseu, Mara Pedro, pisa o palco do Teatro Viriato, a par-tir das 21h30 e terá a seu lado Joana Amendoeira. O concerto serve de apre-sentação do seu primeiro álbum “Doce Fado”. Um trabalho composto por 10 temas, em que Mara Pedro canta acompanha-da dos músicos André Teixeira, Miguel Amaral e Sérgio Marques.

Emília Amaral

ConcertoA escola de música Gira Sol Azul, de Viseu, promove um concerto esta sexta-feira, dia 15, às 18h00. O espectáculo encerra a iniciativa 1ª Orquestra Criativa de Verão, orientada por Bruno Pinto, um workshop que está a decorrer desde o dia 11, pretendendo promover a criatividade e o gosto pela música executada em grupo.

“As Viagens doFerro-Velho”

A A s s o c i a ç ã o D e s p o r t i v a e Cultura l Lapensa de L apa do L ob o (Canas de senhorim) recebe este sábado, às 21h00, a peça “As Viagens do ferro-Velho”.

A peça in fa nto -juven i l , escr ita e encenada por Álvaro Faria é apresentada pelo g r upo Zu m-Zum.

“Trata-se de uma p e ç a q u e é p a r a toda a família, para to d a s a s i d a d e s , colorida, interactiva e muito divertida”, descreve a Fundação Lapa do Lobo em comunicado.

Destaque

D Raid Fotográfi co em Tondela

Concerto inédito de Paulo de Carvalho e da Filarmonia das BeirasFim-de-semana ∑ Adro Moda e concerto de Mara Pedro

A Adro da Sé de Viseu recebe espectáculo esta sexta-feira, às 22h00

A localidade de Leo-mil, em Moimenta da Beira, recebe este do-mingo, dia 17, às 16h00, o tradicional festival de folclore, que vai já na sua 26ª edição.

Ao Rancho da Casa do Povo de Leomil vão jun-tar-se, no Largo Dr. An-tónio de Sèves, mais qua-tro agrupamentos: Gru-po de Danças e Cantares Regionais do Orfeão de

Vila Praia de Âncora, Grupo de Folclore “O Arrais”, de Ílhavo, Ran-cho Folclórico “A con-venção de Évora Mon-te” e Rancho Folclórico de Santa Luzia, de Vilar de Viando.

Folclore em Leomil

A mostra “Um Homem: pioneirismo no desenvolvi-mento Industrial”, de José Coelho dos Santos, está pa-tente até ao próximo dia 22, no átrio da Câmara Muni-cipal de Mangualde.

A exposição, inaugura-da esta quarta-feira, é com-posta por algum espólio de objectos pessoais do indus-trial, tais como fotografias alusivas às empresas EM-BEL, SAVA (montou o pri-meiro carro em Portugal)

e INTERBLOC.José Coelho dos San-

tos não sendo natural de Mangualde, foi naquela cidade que iniciou a sua vida de empresário e in-dustrial. Actualmente reside em Lisboa, mas a sua família reside em Mangualde. Em 1997 re-cebeu a Medalha de Ouro da cidade de Mangualde, entregue pelo então mi-nistro da Cultura, Manuel Maria Carrilho.

Espólio de José Coelho em Mangualde

Exposição

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A Câmara Municipal de Tondela promove dias 6 e 7 de Agosto, o II Raid Fotográfico de Tondela sob o lema “Captar Tondela”. A ideia da autarquia é conseguir desta forma uma “visão foto-artística” sobre o concelho. Os inte-ressados podem obter mais informação do raid em www.cm-tondela.pt

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Teatro

Variedades

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em foco texto ∑ Tiago Virgílio Pereirafotografias ∑ Nuno Ferreira

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A recém inaugurada Ecopista do Dão uniu mais o distrito. Os pre-sidentes da Câmara de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, concelhos pelos quais passa o novo espaço de desporto e lazer, destacaram o as-sociativismo municipal e consideraram o investimento - 5 milhões de euros - essencial para a promoção da região e do país e ainda como forma de atracção de turistas.

Os 49 quilómetros de extensão, em que o património abandonado foi colocado ao serviço das populações, vão proporcionar melhor qua-lidade de vida aos utilizadores.

Na inauguração estiveram muita caras conhecidas. Autarcas, em-presários, presidentes de Juntas de Freguesia, desportistas e curiosos marcaram presença na estação de Figueiró.

Fernando Ruas, presidente da autarquia de Viseu e João Lourenço, presidente da autarquia de Santa Comba Dão já percorreram toda a Ecopista, entre caminhadas e corridas.

Ecopista atrai famososa Viseu

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saúdeUtentes de Alcofra denunciam tempo de espera de consultaResposta∑ ACEC Dão Lafões II diz que se trata de um novo estilo de trabalhar “mais moderno”

Os utentes da Exten-são de saúde de Alcofra, em Vouzela, que marca-rem uma consulta por es-tes dias só vão ser atendi-dos no final de Setembro. Esta espera de mais de dois meses por uma consulta, resulta para os utentes da diminuição dos dias de atendimento de cinco para três, e está a causar grande descontentamento junto da população.

“Dou-lhe um exemplo, marquei na semana pas-sada para a minha esposa e vai ter consulta no dia 21 de Setembro”, exemplifi-cou o presidente da Casa do Povo de Alcofra, instituição que alberga a extensão de saúde. Nelson Ramos deu conta da situação à Junta de Freguesia e à Câmara Mu-nicipal de Vouzela. O presi-dente da autarquia, Telmo Antunes considera a situ-ação “intolerável” e já soli-citou esclarecimentos à di-recção do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões II.

Até Junho deste ano, a extensão de saúde dispu-nha de um médico cinco dias por semana que reali-zava consultas todas as ma-nhãs. Segundo o presidente da Casa do Povo a substi-tuição do médico coincidiu com a diminuição dos dias de consulta, que passaram

a ser de segunda a quarta-feira no período da manhã. “Antigamente marcava-se uma consulta e o tempo de espera era de três sema-nas”, reforça. Sem qualquer responsabilidade sobre a si-tuação, mas com os utentes a protestarem à porta da Casa do Povo, Nelson Ra-mos viu-se na obrigação de denunciar o problema, ad-mitindo que a situação “vai ser prejudicial do ponto de vista da melhor assistência à freguesia”.

O presidente do Conse-lho Clínico do ACES Dão Lafões II, contraria a tese da população. Cabrita Gra-de afirma que a capacida-de instalada na extensão de Alcofra “está longe de se vir a esgotar”, o que está a ser adoptado, explica o responsável, é “um estilo, mais moderno” de atender os cerca de mil utentes, em tudo parecido com o for-mato das unidades de saú-de familiar, “com consultas programadas” e uma nova

organização, mantendo-se “sempre disponíveis as consultas de agudos”.

Mesmo assim, Cabrita Grade, que comentou a si-tuação ao Jornal do Centro na hora em que preparava uma resposta para enviar à autarquia de Vouzela, adiantou que o ACES es-taria “atento” podendo “vir a corrigir” eventuais difi-culdades.

Emília [email protected]

A A extensão de Saúde de Alcofra presta assistência a cerca de mil utentes na sua maioria idosos a viverem nas franjas do caramulo

Esta semana, a Fregue-sia de Repeses viu con-cretizada uma das maio-res reivindicações da po-pulação daquela zona da cidade. A Farmácia Ave-nida abriu as portas na terça-feira e junta-se ao grupo das 19 farmácias disponíveis no concelho de Viseu.

António Moura, pro-prietário da Farmácia Avenida, revela que a aposta no investimento se deveu a dois factores, por um lado o facto de Repeses ser um “sítio es-tratégico, com “uma en-trada e saída da cidade de grande dinâmica” e, por outro lado, ser uma zona desprotegida deste equipamento: “Juntou-se o útil ao agradável”.

Quanto ao projec-to, assume-se “com um

posicionamento diferen-te”, aberto a outros seg-mentos de mercado “in-teressantes”.

“Vamos apostar no aconselhamento e no tratamento nas áreas da dermocosmética, da orto-pedia, consultas de nutri-ção e de podologia”, des-creve. António Moura acrescenta que a nova farmácia de Repeses vai oferecer campanhas de aconselhamento ao longo do ano ao inovar num ou-tro aspecto: “sair das suas instalações e ir comuni-car com a população”.

A Farmácia Avenida, disposta a “ser uma refe-rência rapidamente”, dis-põe de oito técnicos em atendimento, de dois ga-binetes de atendimento personalizado, entre ou-tras valências. EA

Farmácia Avenida abre em Repeses

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SAÚDE

Oftalmologia alerta para proteger os olhos

A Sociedade Portugue-sa de Oftalmologia (SPO) alerta para a necessidade de proteger devidamen-te os olhos da luz solar, ao lembrar que a falta de protecção “está na ori-gem de patologias graves como a degenerescência macular da idade e a me-lanoma da coroideia.

“Deixamos o a ler-ta porque muitos portu-gueses usam os protec-tores solares para a pele, mas ignoram que a luz solar pode estar na ori-gem de doenças graves a nível ocular, que podem muitas vezes ser evita-das com uma protecção adequada”, afirma a pre-sidente da SPO, Manuela Carmona.

O alerta surge nesta al-tura uma vez que, com a chegada do Verão, au-mentam os índices de raios ultravioletas (UV). “O sol actua directamen-te sobre os diferentes ele-mentos dos olhos. Atinge a córnea e a mácula por acção dos raios UV e o cristalino e retina por ac-ção dos raios infraverme-lhos. A luz solar também

actua por efeito acumula-tivo dos raios UV poden-do levar a lesões da retina e da área macular”, expli-ca o oftalmologia da SPO, Fernando Bivar.

Relativamente à pro-tecção, é essencial prote-ger os olhos com óculos com filtros para os raios UV.

Emília Amaral

800 202 669SOS VOZ AMIGA

Prótese fixa - Saiba o que é e para que serve

Opinião

Pedro Carvalho GomesMédico Dentista

Clínica Médica Dentária de Viseu, Supreme Smile

O que é uma prótese fixa? É a substituição parcial ou total da coroa de um den-te. Esta ao ser fixada sobre os dentes do paciente, pre-viamente preparados para recebê-la, reabilita-o para mastigar, falar ou sorrir! Recebe o nome de “fixa” porque não pode ser remo-vida pelo paciente.

Chamamos de COROA quando a prótese fixa é uni-tária; PONTE FIXA quan-do substituímos dois ou mais dentes, unidos uns aos outros; ou FACETA quan-do substituímos apenas a face frontal dos dentes.

Quando se utiliza uma prótese fixa?

- Para substituir uma restauração muito grande onde não resta muita estru-tura dentária.

- Restaurar um dente fracturado.

- Proteger um dente en-fraquecido.

- Cobrir um implante.- Cobrir um dente es-

curecido, deformado ou destruído.

É necessário desgastar o dente para confeccionar uma coroa? Sim. Somente dessa maneira se obtém es-paço suficiente para a con-fecção de estrutura seme-lhante à forma e ao tama-nho de um dente natural.

Que materiais são utiliza-dos?

- Metálicas (ligas nobres, semi-nobres ou alternati-vas);

- Metálicas revestidas por um material estético plásti-co ou cerâmico da cor dos dentes;

- Cerâmica ou porcela-na pura;

- Resinas especiais;- Resina acrílica (para

confecção de coroas tem-porárias, provisórias).

Qual a diferença entre re-sina e porcelana? A resina é um material de manuseio mais simples que a porce-lana. Apresenta um maior desgaste e, com o tempo, a alteração da cor também é maior. A porcelana apre-senta maior dureza e esta-bilidade de cor e supre me-lhor o requisito estético.

“CUIDA-TE”COM INSCRIÇÕES ABERTAS

O Instituto Português da Juventude (IPJ) tem abertas as candidaturas à Medida 1 do programa “Cuida-te”, até ao dia 29 deste mês de Julho.

Este programa, inte-grado na área da saúde e sexualidade juvenil, per-mite que unidades mó-veis devidamente ape-trechadas e com uma equipa técnica especia-lizada se desloquem para realizar o atendimento e aconselhamento aos jo-vens, bem como acções de sensibilização.

Quem se pode candi-datar ao “Cuida-te” são escolas, associações ju-venis, instituições parti-culares de solidariedade social e outras entidades sem fins lucrativos en-quadrados na área. As entidades interessadas podem formalizar candi-daturas às temáticas da nutrição/exercício físico com a campanha “Pesar Saúde”, da nutrição/exer-cício físico em gabinete, ao consumo nocivo de substâncias e à temática da sexualidade.

Integrado no serviço de odontopediatria criado em 2006, o centro Visage recebeu a primeira visita de estudo pedagógica de um grupo de crianças do pré-escolar do Jardim Infantil Nossa Senhora de Fá-tima (Misericórdia de Viseu).

O objectivo é sensibilizar as crianças para se habi-tuarem desde cedo a visitar o odontopediatra (mé-dico dentista especialista no tratamento dentário de bebés), de modo a familiarizarem-se com o consul-tório e com o médico, desmistificando o medo as-sociado a esta especialidade da medicina.

Alba Gonçalves, odontopediatra, explica que “a primeira visita ao dentista deve ocorrer antes de nascerem os primeiros dentes”, daí a importância da proximidade ocorrida nesta visita guiada.

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ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

CATARINA DE AZEVEDOMorada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email [email protected]

CARLA MARIA BERNARDESMorada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295JOÃO MARTINSMorada Rua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ANTÓNIO M. MENDESMorada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDEJOSÉ MIGUEL MARQUESMorada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email [email protected]

JOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Man-teiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morce-la como fazem nas Aldeias, Feijo-cas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 15 euros. Mora-da Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observa-ções Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Mo-rada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefo-ne 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos. Folga Terça-feira. Preço médio refeição 8,50 euros. Morada Quinta da Rama-lhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 962 723 772. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE BELOS COMERES (ROYAL)Especialidades Restaurantes Ma-risqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, bapti-zados, convívios, grupos.

TELHEIRO DO MILÉNIOQUINTA FONTINHA DA PEDRAEspecialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Do-mingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, bapti-zados e outros eventos) e Domin-gos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515-016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE A COCHEIRAEspecialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Ob-servações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Fol-ga Sábado (excepto Verão). Pre-ço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

RESTAURANTE EIRA DA BICAEspecialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Fol-ga 2ª Feira. Preço médio refei-ção 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilhari-gues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMARESTAURANTE SANTA RITAEspecialidades Bacalhau Espiri-tual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Fol-ga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fáti-ma. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http://santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresenta-ção do Jornal do Centro 5% des-conto no total da factura.

GUIA DE RESTAURANTES

ADVOGADOS / DIVERSOSIMOBILIÁRIO

VENDE-SET1 Jtº. Cidade c/pré – inst. A/C, estores elétricos, garagem c/ portão automático. 120.000,00€T. 969 090 018

T2 Dpx Qtª. Bosque novo c/ lareira, aquec. central, cozinha equipada, gara-gem. 170.000,00€917 921 823

T2 Qtª. Bosque c/ aquec. completo, lareira, arrumos, pré – inst. A/c, gara-gem, novo. 132.500,00€914 824 384

T3 Abraveses c/lareira, aquec. com-pleto, A/c, cozinha equipada, arrumos. 70.000,00€ 969 090 018

Moradia c/ cozinha equipada, aquec. completo, arrumos, churrasqueira. 180.000,00€917 921 823

Moradia c/450m2 área, aquec. central, copa, escritório, estores elétricos, chur-rasqueira. 200.000,00€914 824 384

IMOBILIÁRIOARRENDA-SET3 c/ 130m2 área, cozinha mob. e equipada, varandas, roupeiros, aquec. central. 360,00€969 090 018

T2 c/cozinha mob. e equipada, centro cidade, aquec. central, arrumos. 275,00€917 921 823

T2 c/boas áreas, todo mobilado, cozinha equipada, arrumos, Centro Cidade. 325,00€914 824 384

Moradia c/boas áreas, garagem, arrumos, varanda, logradouro. 300,00€ 969 090 018

T1 a 2 min. Cidade c/ cozinha equipada, boas áreas, roupeiro, boa exposição solar. 200,00€917 921 823

Moradia c/ cozinha equipada, aquec. completo, escritório, garagem p/5 carros, churrasqueira. 600,00€914 824 384

Moradia c/ aquec. completo, painéis solares, cozinha equipada, logradouro. 500,00€969 090 018

T4 Duplex c/ 200m2, cozinha mobilada e equipada, arrumos, centro cidade. 400,00€917 921 823

T2 c/110m2 área, cozinha equipada, aquec. completo, terraço, óptimo estado. 275,00€ 914 824 384

T0 Campo, quarto mobilado, cozinha equipada, boas áreas. 150,00€969 090 018

Moradia c/330m2, aquec. completo, lareira, cozinha equipada, churras-queira. 650,00€ 917 921 823

T2 Viso c/boas áreas, cozinha equipada, lareira, arrumos, óptima localização. 325,00€914 824 384

T1 Centro Cidade c/ cozinha equipada, A/c, arrumos, boa exposição solar. 320,00€969 090 018

T2 Cidade c/boas áreas, terraço, cozi-nha equipada, pré – inst. A/c., garagem. 450,00€917 921 823

T1 Centro Cidade c/ cozinha equipada, pré- inst. A/c, arrumos, garagem. 400,00€914 824 384

Andar moradia c/ aquec. central, lareira, cozinha equipada, logradouro. 350,00€ 969 090 018

T1 Centro Cidade c/ cozinha equipada, terraço, roupeiro, óptima localização. 310,00€917 921 823

T2 Viso c/ óptimas áreas, todo mobilado, cozinha equipada, arrumos. 325,00€ 914 824 384

T1 Centro Cidade c/ lareira, bom estado, roupeiro, óptima exposição solar. 250,00€969 090 018

Loja Centro Cidade c/ óptimas mon-tras, óptimo investimento, excelente localização. 500,00€917 921 823

AS

CLASSIFICADOS Jornal do Centro15 | Julho | 201132

Page 33: Jornal do Centro - Ed487

EMPREGOEmpresa Multinacional em Viseu esta a selecionar vendedores. Se és trabalha-dor e ambicioso, com vontade de vencer envia o teu currículo para o Jornal do Centro: ref. JC-484

Para o Distrito de Viseu. Empresa de Distribuição procura profissionais na área de vendas.T. 232 951 168

Centro de Emprego de TONDELA(232 819 320)

Empregado de mesa com forma-ção ou experiência (preferencial). Carregal do Sal – Ref. 587765894

Impressor de “offset” c/ expe-riência. Carregal do Sal – Ref. 587765814

Marceneiro c/experiência na área. Carregal do Sal – Ref. 587771391

Soldador por pontos com ou s/experiência. Carregal do Sal – Ref. 587769936

Copeiro preferência por candi-dato com experiência. Mortágua – Ref. 587768750

Cozinheiro com experiência profissional. Mortágua – Ref. 587768754

Empregado de mesa. Pretende-se candidato com expe-riência ou formação na área. Mortágua – Ref. 587768761

Empregado de quartos – hotelaria preferência por candi-dato com experiência. Mortágua – Ref. 587768748

Recepcionista de hotel. Pretende-se candidato com expe-riência ou formação na área e domínio de línguas. Mortágua – Ref. 587768776

Trabalhador florestal com experiência na limpeza de matas. Mortágua – Ref. 587770846

Engenheiro agrónomo / Arq. Paisagista. Santa Comba Dão – Ref. 587764799

Marteleiro com experiência mínima de 2 anos. Santa Comba Dão – Ref. 587772064

Motorista de automóveis ligeiros - passageiro com habilitação de motorista de transporte colectivo de crianças (obrigatório). Santa Comba Dão – Ref. 587770997

Servente – construção civil e obras públicas com experiência mínima de 1 ano. Santa Comba Dão – Ref. 567772046

Técnico de próteses dentárias. Santa Comba Dão – Ref. 587763680

Centro de Emprego de LAMEGO(254 655 192)

Enfermeiro. Tabuaço – Ref. 587759441

Serralheiro civil. Elaboração e montagem de estruturas metálicas (metalomecânica em geral). Moimenta da Beira – Ref. 587762479

Praticante de cabeleireira (com carteira profissional e pelo menos 1 anos de experiência): lavar; pentear; frisar; etc. Folgas: domingo e 2ª feira. Ordenado: 485.00 euros. Lamego – Ref. 587763573

Chefe de cozinha. Chefiar a equipa do restaurante, preparar ementas e gestão comercial com experiência e formação na área e conhecimentos de informática. Lamego – Ref. 587765140

Pedreiro. Lamego – Ref. 587767580

Servente - construção civil e obras públicas. Lamego – Ref. 587767587

Electricista – instalações eléctricas de baixa tensão; climatização; etc… (com carteira profissional e carta de condu-ção de ligeiros). Lamego – Ref. 587770450

Servente - construção civil e obras públicas. S. João da Pesqueira – Ref. 587771114

Geólogos e geofísicos. Armamar – Ref. 587771891

Cabeleireiro com experiência. Lamego – Ref. 587772686

Condução de máquinas gira-tórias e retroescavadoras, com experiência e carteira pro-fissional. Sernancelhe – Ref. 587772954

Desenhador criador industrial. Lamego – Ref. 587773571

Designer gráfico para concepção e desenvolvimento de trabalhos gráficos diversos. Lamego – Ref. 587773590

Motorista de longo curso internacional (TIR): Portugal; Espanha e França, para uma empresa de transportes com sede

numa freguesia do concelho de Sernancelhe. Contrato inicial de 6 meses. Sernancelhe – Ref. 587773926

Chefe de secção com 12º ano ou recém-licenciados com experien-cia em gestão de loja e liderança de equipas. Lamego – Ref. 587774086

Empregado de mesa. Moimenta da Beira – Ref. 587774458

Escriturário - Seguros (aten-dimento ao público e gestão de carteira de seguros, com carta de condução e no mínimo com o 12º ano). Lamego – Ref. 587775154

Pedreiro. Tarouca – Ref. 587775159

Serralheiro civil caixilharias em ferro (trabalho de oficina). Moimenta da beira – Ref. 587775478

Servente - Construção civil e obras públicas. Tabuaço – Ref. 587775644

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL

(232 720 170)Mont. de isolamentos, de pre-ferência com experiência em montagem de pladour. São Pedro do Sul – Ref. 587737311

Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785

Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

Serralheiro mecânico / traba-lhador similar. Vouzela – Ref. 587748245

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887

Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Serralheiro civil. Deve ter expe-riência em ferro ou alumínio. São Pedro do Sul – Ref. 587758487

Empregada doméstica - casas

particulares, com carta de con-dução. São Pedro do Sul – Ref. 587759222

Centro de Emprego de VISEU

(232 483 460)Electromecânico de AVAC. Viseu – Ref. 587773746

Licenciado em Economia ou Gestão de Empresas. Viseu – Ref. 587773742

Condutor manobrador de espa-lhador de betuminoso e/ou de moto niveladora. Viseu – Ref. 587774552

Cozinheiro. Bodiosa – Ref. 587772430

Empregado de Mesa. Bodiosa – Ref. 587772433

Auxiliar de limpeza. Bodiosa – Ref. 587772434

Administrativo com curso na área da gestão de empresas. Viseu – Ref. 587772585

Ladrilhador. Viseu – Ref. 587773793

Pedreiro. Viseu – Ref. 587773805

Pintor da construção civil. Viseu – Ref. 587773808

Carpinteiro de Limpos. Viseu – Ref. 587773811

Motorista Internacional – Ref. 587774763

Técnico de vendas (imobiliária). Viseu – Ref. 587775042

Auxiliar de Limpeza. Coimbrões – Ref. 587775052

Técnico de Vendas (área da construção civil - caixilharia). Distrito de Viseu – Ref. 587775195

Técnico de Vendas. Viseu – Ref. 587770785

Cozinheiro. Mangualde – Ref. 587771514

Pedreiro. Viseu – Ref. 587739175Caixeiro (Promotor). Viseu – Ref. 587775229

Motorista de Pesados. Canas de Senhorim/Nelas – Ref. 587775273

CLASSIFICADOS

EMPREGO & FORMAÇÃO

OFERTAS DE EMPREGO

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

ZÉ DA PINHAVende PinhaEntrega em casa

junto ao grelhador e à lareira.T. 967 644 571

A R e d e S o c i a l d e Vouzela promove dia 31 a acção de formação “Empoderar para Parti-cipar” para mulheres de-sempregadas. A forma-ção pretende dar a co-nhecer às participantes um conjunto de instru-mentos úteis para lidar com o processo de de-semprego e valorizar os saberes e as competên-cias adquiridas ao longo

da vida, na esfera profis-sional, pessoal e social. A acção é constiuida por dois workshops. Na pri-meira sessão será abor-dado o Plano de Desen-volvimento Social e na segunda será feita uma reflexão para desenvol-ver a motivação e a auto-estima. A participação é livre e gratuita. As ins-crições decorrem até 29 de Julho.

Fornação para desempregadas

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego (ESTGL) do Ins-tituto Politécnico de Viseu criou o Centro de Apoio e Acompanhamento ao de-senvolvimento Social (CA-ADS).

O projecto foi apresen-tado na terça-feira, dia 12. A sua missão consiste no desenvolvimento de um conjunto de serviços de “excelência” a prestar às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) ligados ao terceiro sector, com vista à requali-ficação das organizações, a uma melhor gestão das mesmas e a conduzi-las ao caminho da certificação.

O presidente da ESTGL, Álvaro Bonito chamou ao

projecto “a prestação de um serviço em rede” e o director adjunto da Segu-rança Social de Viseu, João Cruz acrescentou que “é uma ajuda para introduzir excelência na gestão” das IPSS, para uma maior auto-nomia, lembrando que em breve a Segurança Social deixará de ter um papel de promotora e regularizado-ra e “tenderá a ser fiscali-zadora”.

“As IPSS com serviço so-cial certificado, são as que estarão em condições para responder às necessidades futuras. O desafio é que se-jam cada vez mais autóno-mas e saibam gerir com ex-celência”, acrescentou João cruz.

Emília Amaral

Escola Superior de Lamego lança projecto socialMissão∑ Apoio à certificação das IPSS

A Centro de Apoio e Acompanhamento ao desenvol-vimento Social apresentado esta semana

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Jornal do Centro15 | Julho | 2011 33

Page 34: Jornal do Centro - Ed487

Fernando António, 73 anos, casado. Natural e residente em Tibaldinho, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 12 de Julho, pelas 17.300 horas, para o cemitério de Alcafache.

Agência Funerária PaisMangualde Tel. 232 617 097

Glória Augusta Pereira, 86 anos, casada. Natural e residente em Cambra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 13 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Cambra.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Domingos Pereira Rodrigues, 74 anos, casado. Natural de Tarouca e residente em Gondomar, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 2 de Julho, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca.

António de Matos Paiva, 82 anos, casado. Natural de Tarouca e residente em Lamego. O funeral realizou-se no dia 2 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca.

Manuel Rebelo dos Santos, 90 anos, viúvo. Natural e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 11 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca.

Agência Funerária Maria O. Borges DuarteTarouca Tel. 254 679 721

António Lopes, 87 anos. Natural e residente em Lamaçais, São Pedro de France, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de Julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de São Pedro de France.

Eduarda de Almeida, 90 anos. Natural e residente em Lamaçais, São Pedro de France, Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de Julho, pelas 18.30 horas, para o cemitério de São Pedro de France.

Agência Horácio Carmo & Santos, Lda.Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251

Paula Cristina de Almeida Loureiro, 38 anos. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 10 de Julho, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

José Augusto, 92 anos, casado. Natural de Torredeita e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Torredeita.

José Maria Correia Marques, 85 anos, casado. Natural de Lobão da Beira, Tondela e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Filomena Videira, 82 anos, casada. Natural e residente em Vil de Souto, Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Vil de Souto.

Agência Funerária de FigueiróViseu Tel. 232 415 578

Francisco Mariano Pinto, 77 anos, solteiro. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de Julho, pelas 9.30 horas, para o cemitério de Nelas.

Eugénia Ferreira da Encarnação, 78 anos, viúva. Natural e resi-dente em Vila Nova de Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Leonel dos Prazeres Lobão, 88 anos, casado. Natural de Santa Maria, Viseu e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 9 de Julho, pelas 15.30 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba.

Hermínio Rodrigues Gomes, 78 anos, casado. Natural de Cepões e residente em Barbeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 9 de Julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Barbeita.

Maria Filomena Lameiras, 95 anos, viúva. Natural de Bodiosa e residente em Queirela de Bodiosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 12 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Diamantino Melo José, 71 anos, viúvo. Natural de Santos Evos e residente em S. Pedro de France. O funeral realizou-se no dia 12 de Julho, pelas 18.30 horas, para o cemitério de S. Pedro de France.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

NECROLOGIA INSTITUCIONAIS

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 487 de 15.07.2011)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 487 de 15.07.2011)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 487 de 15.07.2011)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 487 de 15.07.2011)

Jornal do Centro15 | Julho | 201134

Page 35: Jornal do Centro - Ed487

clubedoleitorJornal do Centro - Clube do Leitor, Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu. Ou então use o email: [email protected] cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir iden-tificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selec-cionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

DEscreva-nos para:

Passeio Internacional de Carros Antigos e Clássicos da Casa do Hospital São Teotónio

O tempo convida-va a um passeio e foi o que fizeram 110 ve-lhas glórias de quatro rodas, algumas com mais de 80 anos, todas estimadas e cuidadas, preciosas relíquias.

Amantes dos mo-delos mais antigos dos automóveis mete-ram-se à estrada entre Viseu e Penedono, no 2º Passeio Internacio-nal de Carros Antigos e Clássicos da Casa do

Hospital São Teotónio de Viseu.

Ao chegarem a Pe-nedono, o senhor pre-sidente da Câmara Municipal, Carlos Es-teves, brindou os par-t icipantes com um porto de honra, se-guido de uma visita ao centro histórico de Penedono.

Após o almoço con-vívio, o autarca dispo-nibilizou quatro auto-carros com ar condi-

cionado - e tão bom que foi, pois esteve um dia com 40 graus - para se fazer uma visi-ta a alguns pontos de interesse turístico do concelho.

Pelas 19h00 fez-se apresentação de des-pedidas no auditório municipal. O passeio terminou com um jan-tar no Hotel Durão em Viseu.

Jaime Silva

PASS

EIO

DA

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FOTO DA SEMANA

As árvores têm estes in-convenientes, mas crescer é um direito que lhes as-siste. É preciso redobrar a atenção!

Marzovelos, Viseu.

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> NEGÓCIOS

> DESPORTO

> CULTURAS

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> RESTAURANTES

> CLASSIFICADOS

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> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

16 de Julho de 2010

Sexta-feira

Ano 9

N.º 435

1,00 Euro

(IVA 5% incluído)

Castro Daire

Bombeiros Voluntários

voltam a ter

combustível para

abastecer viaturaspágina 10

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Pub

licid

ade

Carlos Coelho, gestor da Rede Gestus Zona 4, projecto que integra

a criação do centro comercial a céu aberto na zona histórica de Viseu

“Não queremos tirar negócio de Viseu,

de Chaves, ou de Bragança queremos

gerar novas oportunidades”

Revelação em Viseu

Escritor de 11 anos

nomeado para prémio

nacional de literatura

para a infância página 16

RegiãoPaço de Santar Tinto

2009 ganha prémio

“O Grande Vinho

do Dão”página 12

Feira de S. Mateus

Sporting e Benfica

confirmados para o

Torneio Internacional

de Andebol de Viseupágina 15

O que fazem12confrarias

do distrito

de Viseu?

Oferta de bilhetesO Jornal do Centro tem bilhetes

para a Expofacic, em Cantanhede,

de 23 de Julho a 1 de Agosto. Para

ganhar ligue 232 437 461. Bilhetes

limitados.

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ra

| páginas 8

José

Lor

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| páginas 6

EDIÇÃO 435 | 16 DE JULHO DE 2010

∑ A serra do Caramulo (Tondela) era citada como des-

tino de excelência na apresentação do programa “Prove

Portugal” do Turismo de Portugal, destinado a promo-

ver a gastronomia nacional de excelência.

∑ O festival de músicas do mundo “Tom de Festa”, or-

ganizado pela Acert fez 20 anos. Uma data redonda que

ditou a continuação do evento realizado em Tondela,

como um dos mais importantes a nível nacional.

O que fazer quando en-contra um animal abando-nado? Comece por con-firmar se o animal possui coleira ou alguma identi-ficação. De seguida, vá a uma Clínica Veterinária para verificar o seu esta-do de saúde e se tem Mi-crochip. Caso este não exista, distribua panfle-tos de alerta na área onde o animal foi recolhido. Se não surgirem resultados, deve-se assumir que se trata efectivamente de

abandono. Se quem recolhe o ani-

mal não o puder adoptar, deve-se divulgar o caso através de anúncios em jornais, redes sociais, sites na internet espe-cíficos para adopção de animais, contactos com amigos e associações de apoio aos animais. Evite os canis municipais, pois após algum tempo os ani-mais são abatidos.

Sara Félix

O Pata Branca foi recolhido na estrada de São Pedro

do Sul. Estava muito desorientado e levantava o

olhar cada vez que passava um carro. Tinha coleira,

é bastante meigo e educado. Está em FAT e aguarda

padrinho de esterilização.

ANIMAIS DE RUA

Para adopção: Associação Animais de RuaTelefone: 926 662 295 E-mail: [email protected]: http://www.animaisderuaviseu.org/

O calor e o animal de estimação

OPINIÃO

O Verão é a altura ideal para passear os animais de estimação, as temperaturas sobem e há uma maior dis-ponibilidade dos donos para brincarem com eles. Com a temperatura elevada, é pre-ciso uma atenção redobrada ao passear ou exercitar o seu animal, pois pode levar a que este sofra um golpe de calor. São mais susceptíveis ani-mais geriátricos, com exces-so de peso ou com proble-mas cardio-respiratórios. Os primeiros sinais de alarme são: respiração ofegante, sa-livação, pele seca e quente, temperatura elevada, bati-mento cardíaco acelerado, fadiga e fraqueza muscular. Para prevenir esta situa-ção mantenha sempre água disponível e fresca para o seu animal e não o exerci-te ou passeie nas horas de maior calor. Certifique-se que o animal tem aces-so a lugares com sombra onde se possa refugiar enunca deixe o seu animal fe-chado num carro.

Joana FerreiraMédica Veterinária do Centro Veterinário da Beira Alta

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Jornal do Centro15 | Julho | 2011 35

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JORNAL DO CENTRO15 | JULHO | 2011Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 15 de Julho, sol. Temperatura máxima de 33ºC e mínima de 12ºC. Amanhã, dia 16 de Julho, algumas nuvens de mnhã, tempo limpo para o resto do dia. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 11ºC. Domingo, dia 17 de Julho, geralmente limpo com possibilidade de chuva durante o dia. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 12ºC. Segunda, dia 18 de Julho, tempo limpo. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 13ºC.

tempo: sol

Sexta, 15Santa Comba Dão∑ Concerto de encerramento da Academia Artística de Verão, às 21h30, na Casa da Cultura de Santa Comba Dão.

Sábado, 16Viseu∑ Abertura da 5ª semana Cultural do Rancho Folclórico de Passos de Silgueiros, com o Festival “Cantunando”, às 21h30, no Largo Major Marques, em Passos de Silgueiros.

Viseu∑ Sessão de encerramento da 5ª edição do projecto municipal Actividade Sénior, às 17h00, no pavilhão Multiusos. A edição deste ano contou com 1850 idosos e 88 grupos.

Domingo, 17Viseu∑ Reportagem sobre as provas de aptidão profissional dos alunos da Escola Profissional de Torredeita, às 11h00 na RTP2.

agenda∑ Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

O acasoComo escreveram Michael Hardt e Toni Ne-

gri em “Império”, o pesadelo nazi pode resu-mir-se a dois nomes: “Auschwitz (símbolo do holocausto judeu) e Buchenwald (símbolo do extermínio dos comunistas, dos homossexuais e dos ciganos, entre outros).”

Buchenwald é menos fa lado que Aus-chwitz mas foi a outra face da máquina de morte alemã. Dois sobreviventes de Bu-chenwald foram muito falados recentemente nos media: Jorge Semprún e Stéphane Hessel.Semprún aderiu à resistência contra os nazis aos 17 anos. Aos 20 foi preso, foi torturado e deportado para Buchenwald. Aí, quem lhe pre-encheu a ficha ouviu mal e, em vez de escre-ver “estudante” na profissão, escreveu “estu-cador”. Em Buchenwald sobravam estudantes, faltavam estucadores. Esse engano salvou-o de morte certa. Foi libertado pele e osso aos 22 anos, em 1945.

Depois da guerra, Semprún foi militante co-munista clandestino na Espanha franquista, rompeu com o comunismo, foi ministro, es-critor, um homem notável amante da liber-dade. Morreu há pouco mais de um mês, em 7 de Junho.

Stéphane Hessel faz 94 anos em Outubro e é também uma personalidade fascinante, um homem da liberdade. Aos 22 anos começou a lutar contra Hitler, primeiro no exército fran-cês, depois na resistência. Foi preso, sofreu tal como Semprún a “tortura da banheira”. Em Buchenwald, safou-se porque a sua identidade foi trocada pela de um prisioneiro que tinha morrido com tifo.

Em 1948, Stéphane Hessel foi um dos redac-tores da Declaração Universal dos Direitos dos Homens. O seu recente livro “Indignai-vos”é uma inspiração por essa Europa fora: o movi-mento dos “Indignados” que ocupou as praças espanholas esta primavera foi buscar a sua de-signação ao livro de Stéphane Hessel.

Dois homens que os fios precários do acaso salvaram em Buchenwald. Como se o acaso, ao menos ele..., adivinhasse o génio.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

A Quinta de Lemos, situ-ada em Passos de Silguei-ros (Viseu), está este ano a concretizar um dos seus objectivos de se tornar um projecto que vai para além do produção de vinho do Dão. Depois do Torneio de Golfe, este fim-de-semana (dias 15, 16 e 17) traz a Viseu o I Torneio de Ténis de Ca-deiras de Rodas, uma ac-ção inédita na região, que irá realizar-se no campo de ténis da Quinta.

“Celso de Lemos (pro-prietário da quinta), resi-de na Bélgica e pratica té-nis há muitos anos. Há cer-ca de seis anos conviveu, num Torneio de Ténis Ca-deira de Rodas, com uma equipa portuguesa de de-ficientes motores, na Bél-gica. A Quinta tem condi-ções para a prática do té-nis (tem campo próprio) e, ao longo de alguns anos, amadureceu a ideia, adian-ta Manuela Esteves da co-ordenação do evento.

A competição de carác-ter desportivo, organizada

em conjunto pela Quinta de Lemos e pela Associa-ção Nacional de desporto para deficientes Motores (ANDDEMOT) faz parte do calendário de provas da federação Portuguesa de Ténis. Entre os convidados estarão jogadores de diver-sas categorias, entre eles quatro jogadores interna-cionais, quatro jogadores nacionais. O torneio vai ainda contar com a partici-pação da conhecida figura social Bibá Pitta, acompa-nhada da filha Madalena, portadora de trissomia 21. O treinador do Clube de Ténis de Mirandela vai apresentar um filme so-bre deficiência, e a jovem atleta Beatriz Damasceno

estará presente para trans-mitir uma mensagem aos portadores de deficiência.

As receitas obtidas no Torneio revertem para a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental e para a Associação de Paralisia Cerebral de Viseu. “Esta-mos a fazer os possíveis para que estes torneios se-jam os primeiros de mui-tos que tencionamos rea-lizar no sentido da Solida-riedade”, termina Manuela Esteves.

As provas do torneio ar-rancam no sábado, às 9h00 e terminam no domingo às 13h00.

Emília Amaral

Convidados ∑ Bibá Pitta é uma das presenças confirmadas

Ténis em cadeira de rodas na Quinta de Lemos

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A Receitas revertem para a APPACDM e APPC

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