Jornal da SBD - Nº 6 Novembro / Dezembro 2008

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Jornal da SBD Ano XII n. 6 1 Diretoria 2007-2008 Presidente - Alice de Oliveira de Avelar Alchorne Vice-presidente - Omar Lupi Secretária-geral - Ryssia Florião Tesoureira - Cláudia Pires Amaral Maia 1 a secretária - Célia Kalil 2 o secretário - Josemir Belo Jornal da SBD Esta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, dirigida a seus associados e órgãos de imprensa. Publicação bimestral - Ano XII - n o 6 - novembro-dezembro - 2008 Coordenador médico - Paulo R. Cunha Conselho editorial - Alice Alchorne, Omar Lupi, Ryssia Florião, Cláudia Pires Amaral Maia, Célia Kalil e Josemir Belo Jornalista responsável - Andréa Fantoni - Reg. MTB/RJ n 0 22.217 JP Redação - Andréa Fantoni Editoração eletrônica - Nazareno N. de Souza Estagiária - Ana Luíza Reyes Contato publicitário - Priscila Rudge Simões A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou serviços anunciados, sendo as propagandas de responsabilidade única e exclusiva dos anunciantes. As matérias e textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Correspondência para a redação do Jornal da SBD Av. Rio Branco, 39/17 o andar - Centro - Rio de Janeiro – RJ CEP: 20090-003 E-mail: [email protected] Assinatura anual: R$ 100,00 Número avulso: R$ 20,00 Tiragem: 6.000 exemplares Impressão: Sol Gráfica SBD tem nova sede Sociedade Brasileira de Dermatologia Afiliada à Associação Médica Brasileira www.sbd.org.br Editorial Sumário Várias reportagens desta última edição de 2008 merecem leitura atenta. A primeira, ao meu juízo, é sobre a inauguração da ampliação da sede da SBD no dia 20/12/2008, que não poderia deixar de ser tema de nossa matéria de capa. Com esse investimento, duplicamos o espaço físi- co de nossa entidade, proporcionando, agora, uma sede que atende a todas as atuais necessidades da SBD; realmente uma grande conquista da administração Alice Alchorne e Omar Lupi. Leia a matéria na página 20. Um dos bons textos deste número, um belo trabalho de história e ciência, é a matéria “O Rio de Machado”, que mostra o cenário carioca em que viveu o autor e nasceu a SBD. O preparo da matéria me desper- tou a vontade de reler alguns livros de Machado e leva a concluir que a nossa SBD, assim como a obra de Machado de Assis, é imortal e moder- na mesmo próxima de seu centenário. A reportagem relatando as atividades dos membros da diretoria gestão 2007/2008 mostra, a par- tir da página 26, os detalhes das realizações desta gestão.Vale a pena conferir. Chamo a atenção para o texto “Abnegação no exercício da medicina”, a partir da página 30, de autoria de Jaison Antônio Barreto, que aborda a vida do prof. Opromolla, médico que seguiu ao pé da letra o juramento de Hipócrates. Outra matéria interessante é a “Linha do Tempo”. Lançamo-nos à procura de importantes papéis de arquivos e nos deparamos com detalhes precisos e preciosos, valorizando pessoas e pontuando fatos científicos, políticos e sociais dos últimos 100 anos. Na coluna “Pérolas do Journal of Investigative Dermatology”, o jornal de maior valor científico da der- matologia mundial, encontram-se resumos de artigos de interesse clínico e de pesquisa, possibilitando ao leitor aprofundar-se em cada assunto seguindo as fontes bibliográficas indicadas. De olho no mundo, apresentamos a dermatologia e a medicina na Inglaterra, país de tradição na ciência, que possui cerca de um dermatologista para cada 100 a 120 mil habitantes, sendo que o aten- dimento na especialidade só é feito após encaminhamento por um generalista. Tive o privilégio de entrevistar meu amigo prof. Rod Ray, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Oxford e atual presidente da Fundação Internacional de Dermatologia. Brilhante professor reconhecido mun- dialmente, vem desenvolvendo trabalhos e galgando postos nas maiores e melhores instituições médi- cas do mundo. Não deixem de ler essa reportagem. Ainda sobre nossa sociedade é a matéria “Omar Lupi assume a presidência da SBD”, na qual o pre- sidente eleito expõe suas idéias e propostas para a gestão 2009/2010. Com a chegada do final do ano, somos constantemente tocados por boas lembranças, em meio às quais se insere a gratidão àqueles homens reconhecidos pelos grandes trabalhos em benefício da huma- nidade. Dentre eles, destacam-se os ganhadores do Prêmio Nobel de medicina, literatura e paz, pelas lutas que empreenderam em suas respectivas áreas. Leiam essa bela matéria. E, para terminar, sugiro a leitura dos textos sobre as campanhas sociais da SBD, o Dia da Psoríase e os 10 anos da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele. Como mensagem final, gostaria de agradecer aos amigos leitores deste nosso jornal, a toda a equi- pe do JSBD, em especial Andréa, Ana Luíza e Nazareno; e à diretoria 2007/2008, presidida por Alice Alchorne e Omar Lupi. Registramos nossa gratidão pelas palavras de incentivo e elogios recebidos após o lançamento de cada edição, por um trabalho desempenhado com muita alegria e amor. Sinto-me pleno de energia e vigor para continuar esta tarefa pelos próximos dois anos e com a expectativa de cada vez mais aprimorar o nosso Jornal da SBD. Muito obrigado. Feliz 2009! Boa leitura. 20 02 Palavra da Presidente 03 Dia Nacional da Psoríase acontece de norte a sul do país 06 Décima edição da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer da Pele 10 Dermatologia na Inglaterra 13 O Rio de Machado 15 Omar Lupi assume a presidência da SBD 17 Pérolas do Journal of Investigative Dermatology 18 Prêmio Nobel: 107 anos reconhecendo os grandes trabalhos em benefício da humanidade 19 AMB: Revista O Médico & Você 25 Fronteiras da Dermatologia 26 Gestão 2007/08 29 Vultos da Dermatologia 30 Abnegação no exercício da medicina 31 Painel 32 Linha do tempo: Retrospectiva 37 Departamentos Serviços Credenciados 40 Regionais Matéria de capa Paulo R. Cunha - Coordenador médico do Jornal da SBD Prof. Dr. Paulo R. Cunha

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Jornal da SBD � Ano XII n. 6 � 1

Diretoria 2007-2008

Presidente - Alice de Oliveira de Avelar Alchorne

Vice-presidente - Omar Lupi

Secretária-geral - Ryssia Florião

Tesoureira - Cláudia Pires Amaral Maia

1a secretária - Célia Kalil

2o secretário - Josemir Belo

Jornal da SBDEsta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia,

dirigida a seus associados e órgãos de imprensa.

Publicação bimestral - Ano XII - no 6 - novembro-dezembro - 2008

Coordenador médico - Paulo R. Cunha

Conselho editorial - Alice Alchorne, Omar Lupi, Ryssia

Florião, Cláudia Pires Amaral Maia, Célia Kalil e Josemir Belo

Jornalista responsável - Andréa Fantoni - Reg.MTB/RJ n022.217 JP

Redação - Andréa Fantoni

Editoração eletrônica - Nazareno N. de Souza

Estagiária - Ana Luíza Reyes

Contato publicitário - Priscila Rudge Simões

A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de

Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou

serviços anunciados, sendo as propagandas de responsabilidade

única e exclusiva dos anunciantes.

As matérias e textos assinados são de inteira responsabilidade

de seus autores.

Correspondência para a redação do Jornal da SBD

Av. Rio Branco, 39/17o andar - Centro - Rio de Janeiro – RJ

CEP: 20090-003

E-mail: [email protected]

Assinatura anual: R$ 100,00

Número avulso: R$ 20,00

Tiragem: 6.000 exemplares

Impressão: Sol Gráfica

SBD tem nova sede

Sociedade Brasileira de DermatologiaAfiliada à Associação Médica Brasileirawww.sbd.org.br

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Várias reportagens desta última edição de 2008 merecem leituraatenta. A primeira, ao meu juízo, é sobre a inauguração da ampliação dasede da SBD no dia 20/12/2008, que não poderia deixar de ser tema denossa matéria de capa. Com esse investimento, duplicamos o espaço físi-co de nossa entidade, proporcionando, agora, uma sede que atende atodas as atuais necessidades da SBD; realmente uma grande conquista daadministração Alice Alchorne e Omar Lupi. Leia a matéria na página 20.

Um dos bons textos deste número, um belo trabalho de história eciência, é a matéria “O Rio de Machado”, que mostra o cenário cariocaem que viveu o autor e nasceu a SBD. O preparo da matéria me desper-tou a vontade de reler alguns livros de Machado e leva a concluir que anossa SBD, assim como a obra de Machado de Assis, é imortal e moder-na mesmo próxima de seu centenário.

A reportagem relatando as atividades dos membros da diretoria gestão 2007/2008 mostra, a par-tir da página 26, os detalhes das realizações desta gestão.Vale a pena conferir.

Chamo a atenção para o texto “Abnegação no exercício da medicina”, a partir da página 30, deautoria de Jaison Antônio Barreto, que aborda a vida do prof. Opromolla, médico que seguiu ao pé daletra o juramento de Hipócrates.

Outra matéria interessante é a “Linha do Tempo”. Lançamo-nos à procura de importantes papéisde arquivos e nos deparamos com detalhes precisos e preciosos, valorizando pessoas e pontuandofatos científicos, políticos e sociais dos últimos 100 anos.

Na coluna “Pérolas do Journal of Investigative Dermatology”, o jornal de maior valor científico da der-matologia mundial, encontram-se resumos de artigos de interesse clínico e de pesquisa, possibilitandoao leitor aprofundar-se em cada assunto seguindo as fontes bibliográficas indicadas.

De olho no mundo, apresentamos a dermatologia e a medicina na Inglaterra, país de tradição naciência, que possui cerca de um dermatologista para cada 100 a 120 mil habitantes, sendo que o aten-dimento na especialidade só é feito após encaminhamento por um generalista. Tive o privilégio deentrevistar meu amigo prof. Rod Ray, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Oxforde atual presidente da Fundação Internacional de Dermatologia. Brilhante professor reconhecido mun-dialmente, vem desenvolvendo trabalhos e galgando postos nas maiores e melhores instituições médi-cas do mundo. Não deixem de ler essa reportagem.

Ainda sobre nossa sociedade é a matéria “Omar Lupi assume a presidência da SBD”, na qual o pre-sidente eleito expõe suas idéias e propostas para a gestão 2009/2010.

Com a chegada do final do ano, somos constantemente tocados por boas lembranças, em meio àsquais se insere a gratidão àqueles homens reconhecidos pelos grandes trabalhos em benefício da huma-nidade. Dentre eles, destacam-se os ganhadores do Prêmio Nobel de medicina, literatura e paz, pelaslutas que empreenderam em suas respectivas áreas. Leiam essa bela matéria.

E, para terminar, sugiro a leitura dos textos sobre as campanhas sociais da SBD, o Dia da Psoríasee os 10 anos da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele.

Como mensagem final, gostaria de agradecer aos amigos leitores deste nosso jornal, a toda a equi-pe do JSBD, em especial Andréa, Ana Luíza e Nazareno; e à diretoria 2007/2008, presidida por AliceAlchorne e Omar Lupi. Registramos nossa gratidão pelas palavras de incentivo e elogios recebidos apóso lançamento de cada edição, por um trabalho desempenhado com muita alegria e amor.

Sinto-me pleno de energia e vigor para continuar esta tarefa pelos próximos dois anos e com aexpectativa de cada vez mais aprimorar o nosso Jornal da SBD.

Muito obrigado. Feliz 2009!Boa leitura.

2200

02 � Palavra da Presidente03 � Dia Nacional da Psoríase acontece de norte a sul do país06 � Décima edição da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer da Pele10 � Dermatologia na Inglaterra13 � O Rio de Machado15 � Omar Lupi assume a presidência da SBD17 � Pérolas do Journal of Investigative Dermatology18 � Prêmio Nobel: 107 anos reconhecendo os grandes trabalhos em benefício

da humanidade19 � AMB: Revista O Médico & Você25 � Fronteiras da Dermatologia26 � Gestão 2007/0829 � Vultos da Dermatologia30 � Abnegação no exercício da medicina31 � Painel32 � Linha do tempo: Retrospectiva37 � Departamentos

� Serviços Credenciados40 � Regionais

Matéria de capa

Paulo R. Cunha - Coordenador médico do Jornal da SBD

Prof. Dr. Paulo R. Cunha

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�� Palavra da Presidente Alice de Oliveira de Avelar Alchorne

Estamos encerrando a nossa gestão.No primeiro trimestre de 2007 precisáva-

mos conhecer profundamente a SBD (Estatuto,Regimentos, Regulamentos, seus serviços aosassociados e a parte administrativa). Planejarmedidas de melhoria aos associados e à espe-cialidade com novos projetos veio a seguir. As

tarefas que mais se destacaram foram:1. Para a parte administrativa foi contrata-

da uma empresa de Advocacia Trabalhista que, após algunsmeses de estudo, nos forneceu um relatório com inúmerasorientações neste aspecto.

2. A captação de recursos que superou a prevista e medi-das de contenção de despesas trouxeram estabilidade econô-mica tão necessária ao bom funcionamento da Sociedade.

3. A discussão sobre certificação em Áreas de Atuação(Cosmiatria e Cirurgia Dermatológica), em duas reuniõesdo Conselho Deliberativo foi de grande interesse ao asso-ciado, pois houve consenso de que essas áreas não têmnecessidade de outra certificação além do Título deEspecialista , uma vez que são inerentes à formação dodermatologista e portanto competências da especialidade.

4. A realização do Exame de TED em 2007 e 2008demandou como sempre um grande empenho daDiretoria e da Comissão de TED da SBD. Em 2008 tivemoso esperado Exame Especial para Título de Especialista quecertificou quase 200 antigos colegas.

5. Diversos eventos, bastante acessíveis financeiramen-te para a EMC/D foram realizados: 25 cursos ou simpósiospelos diferentes Departamentos Especializados nas diversasRegionais da SBD.

6. A aquisição de equipamentos e construção de salaespecializada para a realização de eventos deTeledermatologia na própria sede da SBD foi sem dúvidaum bom investimento para todos os associados, tendo jásido realizadas seis palestras on-line.

7. Redação e distribuição do Manual com Normas deBiossegurança em Laser.

8. Foram realizadas diversas atividades para divulgaçãoda especialidade: Dia do Dermatologista (2007 e 2008),participação no PAN, Campanhas de Prevenção do Câncerem nível nacional (2007 e 2008), Dia da Psoríase, Pare deFumar ou Sinta na Pele em várias Regionais (2007 e 2008),evento sobre meio ambiente.

9. Julgamento de centenas de cursos para pontuação naComissão Nacional de Acreditação (CNA) da AMB e pro-gramação da pontuação na EMC/D da própria SBD.

10. Diversas melhorias na parte física da biblioteca

(mobiliário e assinatura de novas bases de dados de pesquisabibliográfica). Uma grande tarefa foi a implementação da recu-peração e catalogação das inúmeras obras raras da biblioteca,um verdadeiro tesouro no sentido da história da especialidade.

11. Inúmeros projetos para a Mídia Eletrônica (reestrutura-ção do site;Atlas de Dermatologia – “Troias”;passagem para o siteda coleção dos Anais Brasileiros de Dermatologia; Casos Clínicos).

12. Edições regulares do Jornal da SBD, que sofreureestruturação, com novas matérias, e dos Anais Brasileirosde Dermatologia.

13. Inúmeras entrevistas e matérias nos diferentesmeios de comunicação que, além de prestação de serviço àcomunidade, colaboram para a divulgação da especialidade.

14. Estudo para modificações de Estatuto, Regimentos eRegulamentos e preparo de duas assembléias extraordináriaspara redução de quórum do Estatuto da SBD.

15. Incentivo com democratização do acesso dos associa-dos aos Departamentos Especializados, com inúmeras adesões.

16. Resposta a milhares de e-mails e correspondênciaspara associados, entidades variadas e comunidade.

17. Representação em inúmeros eventos das Regionaise outras entidades científicas e governamentais. Destaque-seaqui a representação constante da Diretoria em reuniões eeventos da AMB. De grande importância também foi a inscri-ção da SBD na Associação Brasileira de Ensino Médico(ABEM), uma vez que assim poderemos participar das discus-sões nos diferentes níveis sobre o ensino da Dermatologia .

18. Realização do 62o e 63o Congressos da SociedadeBrasileira de Dermatologia, sob as presidências dos drs.Jayme de Oliveira Filho (São Paulo) e Heitor Sá Gonçalves(Fortaleza) respectivamente.

19. O último e dos mais importantes empreendimentosdesta Diretoria foi a aquisição no dia 20/12/2007 de um conjun-to no mesmo prédio da sede da SBD e inauguração da reformacompleta dos dois andares da entidade no dia 20/12/2008. Esteinvestimento duplicou o espaço físico de nossa entidade, queestava muito aquém de nossas necessidades,e certamente cons-titui um grande salto no patrimônio da SBD.

Além da reforma física da sede houve adaptação e comprade vários equipamentos para boas condições de funcionamen-to da parte burocrática e realização de vários tipos de eventos.

Quero deixar aqui o meu enorme agradecimento a todaa Diretoria, aos diferentes assessores da SBD e aos funcio-nários da entidade, pois sem a colaboração de todos nãoseria possível realizar as metas a que nos propusemos aoassumir a Presidência da SBD.

A Diretoria deseja a todos os associados Feliz Natal e2009 com muita paz e prosperidade.

Alice de Oliveira de AvelarAlchorne

Prestando Contas – 2008

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Dia Nacional da Psoríase acontece de norte a sul do país

A Regional Minas Gerais promoveu o evento naPraça da Liberdade, com o apoio da Associação Médica deMinas Gerais. Segundo a coordenadora da campanha noestado, dra. Andréa Ramos, dermatologistas dos trêsServiços Credenciados pela SBD em Belo Horizonte distri-buíram panfletos educativos e tiraram dúvidas sobre a pso-ríase. Mais de 300 pessoas passaram pelo estande. “Nossopúblico foi bem variado, desde pessoas simples a executi-vos”, avalia a dra. Andréa Ramos. “Fico orgulhosa por con-seguirmos reunir voluntários para um serviço tão importan-te”, conclui.

Em São Paulo, muitos serviços,da capital e do interior, realizaram acampanha — Universidade do OestePaulista – Unoeste, FaculdadeEstadual de Medicina de São José doRio Preto, Hospital Ipiranga,Faculdade de Medicina de RibeirãoPreto, Hospital Universitário deTaubaté, Faculdade de Medicina deJundiaí, Complexo Hospitalar PadreBento de Guarulhos, Faculdade de

NNo dia 29 de outubro de 2008 aconteceu a 3a edição doDia Nacional da Psoríase, o qual teve sua primeira edição em2006 por proposta do Prof. Paulo Cunha, que também coor-denou o evento e que, desde então, passou a fazer parte docalendário oficial da SBD pela sua importância por melhorara qualidade de vida dos portadores de psoríase e o entendi-mento da população em relação ao trabalho do dermatolo-gista profissional que trata essa doença. Este ano foi ampliadacom a participação de 26 Serviços Credenciados e 13Regionais da SBD. Segundo os coordenadores da campanha,drs. Maria Denise Takahashi e Ricardo Romiti, e uma das dire-toras da SBD, dra. Cláudia Maia, oobjetivo central da campanha foiesclarecer sobre a doença.“Orientamos os associados no senti-do de que esclarecessem a populaçãosobre a ausência de risco de contágio,as possibilidades de controle com cui-dados e tratamentos adequados e,principalmente, a importância do der-matologista no atendimento ao doen-te”, afirma o dr. Ricardo Romiti.

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Material

adeq/sufadeq/insufina/insu

0

11 9

nãosim - perda de temposim - boa audiência

Aula

8

2

10

Divulgação/veículo

Entrevista/veículo

Preferência de data

Participação em 2009

NãoSimRádio

TVJornal

1212

16

49

SimNão

6

14

AtualFinal de semana

SimNão

137

1

19

Repercussão

muitamédiapouca

nenhum

1 2

11

6

4 � Jornal da SBD � Ano XII n. 6

Medicina do ABC, Hospital das Clínicas da FMUSP,Fundação Lusíadas – Centro Universitário Lusíadas,Unicamp, Hospital e Maternidade Celso Pierro – PUCCampinas e Hospital Universitário Wladimir Arruda –Unisa. No Hospital das Clínicas, o evento foi realizado na

Para avaliar o Dia Nacional da Psoríase (DNP), os coordenadores dra. Maria DeniseTakahashi e dr. Ricardo Romiti formularam um questionário de avaliação. Dos 36 dermatolo-gistas entrevistados, 20 responderam; alguns deles, entretanto, eram responsáveis por mais deum posto. Em relação à repercussão do evento nas cidades o resultado foi bastante positivo,pois seis deles avaliaram ter muita repercussão, 11, mediana, um, pouca, e dois, nenhuma.

Em relação à quantidade e adequação do material feito para o evento, que consistiaem folders, banners, camisetas, faixas e cartazes, houve unanimidade quanto à adequação;11 médicos, porém, consideraram as quantidades enviadas insuficientes, embora novetenham respondido que foram suficientes. Diversas respostas referiram as aulas para opúblico leigo durante a campanha. De acordo com dois médicos, essa atividade é perdade tempo, mas 10 a consideram boa, além de ter audiência; oito médicos disseram nãoter ministrado aulas nesse dia.

Na mídia a divulgação foi boa, pois 16 dos 20 entrevistados responderam ter visto inser-ções na imprensa – 12 na televisão, 12 no rádio e nove em jornais – tendo 14 sido entrevis-tados.

Indagados sobre a data da campanha para 2009, 13 preferem manter o dia 29 deoutubro, e sete gostariam que o evento acontecesse no final de semana mais próximodessa data. A quase-totalidade (19) pretende participar do DNP na próxima edição.

Praça Esperança, e a aula foi ministrada na Faculdade deHigiene e Saúde Pública. O chefe do Serviço do Hospital deBase da Faculdade Estadual de Medicina de São José do RioPreto, dr. João Roberto Antônio, realizou a campanha den-tro dos ambulatórios de Dermatologia. “Houve ampla par-ticipação da equipe durante o dia todo”, informa. Já naUnisa, a equipe coordenada pelo dr. Artur Duarte, além deorientar os pacientes no dia do evento, concedeu entrevis-tas sobre o tema nas TV e Rádio Unisa. Segundo ele, trêsmilhões de pessoas foram atingidas por esses meios. “Alémdisso, fizemos o treinamento de acadêmicos e médicos para

Na direita está a dra.Maria Denise Takahashie, na fileira de trás (ao centro),o dr. Ricardo Romiti,ladeados pelos colaboradores da campanha

Pesquisa

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diagnóstico e abordagem do paciente também com grandesucesso”, afirma o dr. Artur Duarte.

A Rodoviária do Plano Piloto abrigou o evento emBrasília. Segundo uma das coordenadoras, dra. GladysMartins, cerca de duas mil pessoas passaram pela tenda. Osdermatologistas voluntários informaram sobre o atendimen-to nos hospitais de referência da rede pública de saúde. Adra. Carmélia Reis, presidente da Regional DF, considerouque a ação foi um sucesso.“Podemos dizer que a escolha dolocal foi fundamental.A qualidade do material impresso, com

linguagem bastanteacessível, tambémcontribuiu”, avaliou.

Em Goiânia, oevento aconteceuno Parque VacaBrava, que é consi-derado o cartão-postal da cidade.

Segundo a presidente da regional, dra. Marilene Silvestre, osmoradores fizeram filas para os atendimentos.“Desde as setee meia da manhã já havia movimento.Acredito que 500 pes-soas tenham passado pela tenda”, afirma.

No Mato Grosso do Sul, de acordo com a presidenteda regional, dra. Elza Garcia daSilva, a resposta da populaçãofoi boa na campanha que acon-teceu nas dependências doShopping Campo Grande.Tevês,rádios e jornais também estive-ram presentes para cobrir oevento. Ela acredita ter sido umsucesso pela quantidade de

médicos envolvidos e pela participação dos populares.Em Recife (PE) houve mobilização em quatro postos

de atendimento montados em três hospitais públicos e noParque da Jaqueira, uma das áreas verdes de maior circulaçãoda cidade. O presidente da regional, dr. Emerson Andrade

Lima, ministrou palestra gratuita no auditório da LivrariaSaraiva, no Shopping Center Recife. Cerca de 600 pessoasreceberam orientações da equipe formada por 30 médicosdermatologistas. "Trabalhamos para combater o preconceito",salienta o dr. Emerson Andrade Lima.

Na Bahia, as açõesforam realizadas na Praçado Centro de Salvador.Segundo a coordenadoraregional, dra. Maria deFátima S. Paim de Oliveira,a repercussão foi extrema-mente satisfatória, com1.500 pessoas atendidas. Jáem Alagoas, a presidente, dra. Socorro Ventura, realizou oevento no Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes.“Fizemos divulgação entre os pacientes dos ambulatórios euma palestra voltada para a comunidade e estudantes”, conta.

No Rio de Janeiro, o evento coordenado pela dra.Luna Azulay ocorreu na Praça da Cinelândia, por onde pas-saram, segundo sua avaliação, 300 pessoas. Na Policlínica doRio o movimento também foi grande, contando com oapoio de residentes do Hospital Marcílio Dias e da própriaPoliclínica. O mesmo se deu no Hospital UniversitárioAntônio Pedro, cujos dermatologistas voluntários distribuí-ram folhetos para cerca de 1.500 pessoas.

No Ambulatório de Dermatologia Sanitária e Serviço deDermatologia da Universidade Federal de Ciências daSaúde de Porto Alegre aconteceram palestras para 150pessoas. Segundo o coordenador local, dr. Sérgio Dornelles,a maioria era composta por portadores da doença e seusfamiliares. Na Paraíba, de acordo com o presidente da regio-nal, dr. Otávio Lopes, foi montada uma tenda no ParqueSolon de Lucena, no Centro de João Pessoa.

A coordenadora do DNP, dra. Maria Denise Takahashi,pretende aprimorar a campanha em 2009. “Fizemos umapesquisa e com base nos resultados faremos mudanças. Acampanha deverá contar com anúncios, além de divulgaçãomais antecipada e adequada visando principalmente aosesclarecimentos sobre a doença, sua cronicidade, sua possi-bilidade de controle e seu caráter não contagioso”, avalia.

Equipe da Faculdade Estadual de Medicina de São José do RioPreto. No estado de São Paulo, 13 serviços participaram do DNP

Tenda montada no ParqueVaca Brava, na capitalgoiana

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Décima edição da

ACampanha Nacional de Prevenção do

Câncer da Pele (CNPCP) completou 10 anos com louvor.

Foram atendidas mais de 200 mil pessoas em todo o

país nesse período, sendo detectado que 10%

apresentaram a doença. Todas foram

encaminhadas para tratamento nos

Serviços Credenciados da SBD.

Na edição do dia 8 de novem-

bro de 2008, em torno de

duas mil pessoas estive-

ram envolvidas entre

dermatologistas e profis-

sionais de saúde volun-

tários que atenderam a

população em 178 pos-

tos de diversas cidades

brasileiras. Cerca de 150

milhões de pessoas foram

impactadas com informações

sobre prevenção solar, através

6 � Jornal da SBD � Ano XII n. 6

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da mídia nacional. No início de fevereiro serão divulgados

os resultados estatísticos da CNPCP. Estima-se que 40 mil

pessoas tenham sido atendidas.

Segundo um dos coordenadores Nacionais da

CNPCP, Marcus Maia, o enfoque principal do even-

to foi o grupo de risco, composto geralmente

por pessoas de pele clara, com manchas, casos

de câncer da pele na família ou quadro ante-

rior da doença. “Não adianta batermos

nenhum tipo de recorde. Queremos interfe-

rir na incidência da doença, estimulando o

processo de prevenção primária. Evitar que

o câncer ocorra, lembrando a importância

do uso de protetor solar, roupas e chapéus

na exposição ao sol”. Compõem a coordena-

ção nacional os professores Selma Cernea e

Lúcio Bakos.

Segundo a coordenadora da CNPCP, dra. Selma

Cernea a próxima edição já está marcada para o dia 5

de dezembro.

Jornal da SBD � Ano XII n. 6 � 7

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Santa Cruz do Sul

Santa Maria

PelotasRio

Grande

Jí-Paraná

Tabatinga

O ator Malvino Salvador, intérprete de Damião nanovela A Favorita, da TV Globo, considera importanteo trabalho da SBD. Leia a entrevista a seguir.

JSBD – O que pensa da CNPCP promovida pela SBD?Malvino Salvador – É mérito de qualquer entida-de ligada a uma profissão divulgar o trabalho

executado por essa profissão. Em se tratandode saúde, essa divulgação torna-se mais rele-

vante, e o mérito, maior. É digna a iniciati-va de realizar uma ação social levandoao conhecimento da população, princi-

palmente à parcela que menos tem aces-so, não só o esclarecimento sobre as for-

mas de tratamento, mas, principalmente, as formasde prevenção de uma doença cada vez mais

recorrente.Além de oferecer consulta e tra-tamento gratuito durante um diainteiro.

JSBD – Você costuma se prote-ger do sol? Como?

MS – Sim, evito a exposiçãoexcessiva ao sol. Uso diariamente prote-tor solar no rosto fator 30.

JSBD – Por que aceitou participar da campanha?Você já participou de iniciativas desse tipo?

MS – Parto do princípio de que se faço algum tipode bem faço o bem para mim mesmo. É prazerosopoder contribuir com algo que é para o bem detodos.

Bastidores da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer da Pele

8 � Jornal da SBD � Ano XII n. 6

Váriosformadores de opinião

foram convidados a vestir acamisa literalmente para divulgar acampanha, sem cobrar cachês, como

uma das estratégias usadas para divulgar aCNPCP. Participaram o surfista Adriano

Souza, os jogadores de vôlei de praia Nalberte Virna, os atores Regiane Alves, Lázaro

Ramos, Nívea Stellman, Malvino Salvador,Nicete Bruno, Natasha Haydt,Taíssa

Carvalho,Amanda Lee, Rocco Pitanga, aapresentadora Sabrina Sato e a ex-participante do programa de tele-

visão Big Brother BrasilFanny Pacheco.

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Anápolis

Juiz de Fora

Uberlândia

5

8

32

2

3I

4

Goiânia2

2Jataí

Rio Verde

Iporá

Prim. do LesteCuiabá

Sinop

CáceresVárzea Grande

Dourados

Três Lagoas

Maringá LondrinaApucaranaCascavel

Caxias do Sul

2

Randonópolis

6

Tapejara

Vitória

Natal

Tangará da Serra

Imperatriz

Feira de SantanaAlagoinhas

Cabrália

Salvador

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1313 Rio de JaneiroSão Paulo

Florianópolis

Curitiba

Vitória daConquistaCampo

Grande

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Belo Horizonte

Teresina

Fortaleza

São Luiz

BelémManaus

MaceióAracajú

Recife

Porto Alegre

Campos | A São Fidélis | BNova Friburgo | CPetrópolis | DNiterói | EVassouras | FCachoeira de Macacu | GMacaé | HNova Iguaçu | I

Campinas | ARibeirão Preto | BMarília | CGuarulhos | DJundiaí | ETaubaté | FSanto André | GS. J. do Rio Preto | HSantos | IBaurú | JBotucatú | KMogí das Cruzes | LSorocaba | MCaraguatatuba | NPromissão | OP. Prudente | POlímpia | QRegistro | RS. J. dos Campos | RDracena | SJaú | TFernandópolis | U

Joinville | AItajaí | BBlumenau | CCriciúma | DBrusque | ES. B. do Sul | FJoaçaba | GChapecó | HTubarão | I

Petrolina | AGaranhuns | BCaruarú | CCampina Grande | DTamandaré | EJoão Pessoa | F

BarreirasArembepe

Guarajuba

Vila Velha

Augustinópolis

OC

ânce

rda

Pe

leno Brasil

Em 2008,aos 75 anos,Teresinhade Jesus Barbosa de Souza par-

ticipou pela primeira vez da CampanhaNacional de Prevenção do Câncer da

Pele. A moradora do bairro carioca deBotafogo conta que nunca usou protetor solar

e, por isso, considera a Campanha da SBD degrande utilidade. “Além de conscientizar os que

participam, tem o boca a boca: a gente vai passan-do as orientações para os que não vêm”.Já a moradora de Copacabana MarildaDomingues, de 68 anos, participa de todas asCampanhas desde 2003.“Geralmente me infor-mo sobre o evento pela TV”, diz. Com casos decâncer na família, Marilda não deixa de se pro-teger do sol.“Acho uma maravilha essa inicia-tiva da SBD. Eu uso protetor todo dia, pois

como diz o ditado, é melhor prevenir doque remediar”, conclui.

Jornal da SBD � Ano XII n. 6 � 9

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10 � Jornal da SBD � Ano XII n. 6

JSBD - Fale brevemente sobre sua traje-tória profissional.Roderick J. Hay - Formei-me em Medicinapela Oxford University e Guys HospitalMedical School, de Londres, em 1971.Especializei-me em Dermatologia noGuys Hospital e no St Johns Instituteof Dermatology, e também emMicologia Clínica. Inicialmente traba-lhei como dermatologista no StJohns, onde fundamos uma clínicade doenças infecciosas cutâneas,em 1979, e fui professor de mico-logia clínica na London School ofHygiene and Tropical Medicine.Em 1989, fui nomeado professortitular de Medicina Cutânea noKings College London, e o StJohns Institute of Dermatologypassou a ser parte do Guys andSt Thomas Hospital desde então.Fui diretor do St Johns de 1995 a2000 e diretor de pós-graduaçãodo Kings College de 2000 a 2002.Fui diretor da Faculdade deMedicina e Ciências da Saúde e

professor titular de dermatologia da Queens University, emBelfast, a partir de 2002. Em 2007, voltei a Londres comopresidente da International Foundation e dermatologista noKings College Hospital. Sou professor emérito de

Dermatologia da Queens University Belfast e professorhonorário da Unidade de Pesquisa Clínica da London

School of Hygiene and Tropical Medicine. Fui presi-dente da Associação Britânica de Dermatologistase das Sociedades Britânica e Européia deMicologia Clínica. Sou diretor não executivo daSecretaria Estratégica de Saúde de Belfast.

JSBD - Poderia nos dar umpanorama geral da dermatolo-gia em seu país?RJH - A medicina no Reino Unido baseia-se em um sistema em que todos estãoregistrados e atendidos por um médicogeneralista. Todos os atendimentos porespecialistas, inclusive por dermatologis-tas, são através de encaminhamento porum generalista. Portanto, os dermatologis-tas atendem um espectro de doenças depele mais complexas, e todos estão vincula-dos a um hospital. Pode-se ter sua própriaclínica, e dois terços dos dermatologistasfazem uma ou duas consultas particulares

por semana.

na InglaterraDermatologia

Prof. Roderick Hay

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Jornal da SBD � Ano XII n. 6 � 11

JSBD - Como é o mercado de trabalho nasua especialidade? Qual a proporção dedermatologistas por habitantes naInglaterra?RJH - É difícil responder a esta pergunta, pois todo oprocesso de especialização em medicina está mudandoem termos de pós-graduação. Contudo, como membrosda Comunidade Européia, estamos sujeitos à legislaçãotrabalhista européia, que determina acesso igual a opor-tunidades de trabalho para cidadãos europeus, confor-me padrões de treinamento estabelecidos em cada país.Em geral, todos os médicos residentes do Reino Unidoconseguem um emprego como dermatologistas apóscinco anos ou mais de especialização. E todos fizerampreviamente pelo menos dois anos de especializaçãoem clínica médica. O padrão de serviços é excelente, etemos cerca de um dermatologista para cada 100.000 a120.000 habitantes.

JSBD - Como é feita a especialização deum dermatologista na Inglaterra? Há mui-tos centros de treinamento?RJH - Há um programa de treinamento mínimo de qua-tro anos, com possibilidade de realizar depois pesquisasou estudos mais especializado, por exemplo, em cirurgiadermatológica. Como já mencionado, isso ocorre apósdois anos de residência em clínica médica, após a conclu-são da graduação. Todos os dermatologistas do ReinoUnido têm que ser aprovados em uma prova de clinicamédica como membros do Royal College of Physicians,antes de começar o treinamento como especialista emdermatologia. O treinamento é organizado em setoresregionais que, na prática, abrangem todo o Reino Unido.Pode-se fazer a especialização em qualquer lugar, mas hámaior concentração de trabalho nos grandes hospitais ehospitais-escola. Poucos centros oferecem treinamentoem subespecialidades.

Entrevista com o prof. Roderick J. Hay feita pelo prof. Paulo Cunha

JSBD - Como é o atendimento público eprivado da dermatologia?RJH - Conforme expliquei, todo atendimento pelo setorpúblico é feito através de encaminhamento pelo genera-lista. No Reino Unido, a assistência prestada pelo setorprivado corresponde a menos de 10% e concentra-seprincipalmente na região sudeste da Inglaterra.As consul-tas no setor público são gratuitas. Cada medicamentoprescrito tem um preço fixo (crianças, pacientes crônicose idosos não pagam). O atendimento privado pode seratravés de indicação de um generalista, médico de empre-sa ou escolha do paciente.

JSBD - Quais os principais desafios dosdermatologistas e das sociedades médicasna Inglaterra? RJH - Há dois desafios principais. O primeiro é a visão dogoverno de que a assistência à saúde deve ser prestadaperto da casa do paciente e há um certo estímulo para osgeneralistas fazerem especialização em dermatologia,assim como em outras especialidades médicas ou cirúrgi-cas. Isso funciona melhor quando os generalistas especia-listas trabalham junto com dermatologistas locais, e o ser-viço é, em geral, muito bom. Entretanto, há uma variaçãoregional significativa e não funciona bem em algumaregiões do país.

O segundo desafio é que antes o ingresso nas faculdadesde medicina e o número de estudantes eram determinadosatravés de um processo de planejamento complexo, basea-do no número de vagas disponíveis para generalistas ouespecialistas qualificados.Como a legislação da ComunidadeEuropéia permite a livre concorrência nos centros de trei-namento de especialistas, ficou muito difícil planejar o núme-

ro adequado de especialistas e outros médicos.Adermatologia sempre foi muito popular e difícilpara entrar como residente, e isso tornou a dis-puta para residentes ainda mais competitiva.

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LIVERPOOL

LONDRES

MANCHESTER

LEEDS

NOTTINGHAM

EDINBURGHGLASGOW

BRISTOL

População: 50 milhões de habitantes

Moeda: Libra esterlina

Idioma: Inglês

Dematologistas: 1 para cada 100 mil habitantes

Apontada como a cidade mais visitada do mundo,com 15,6 milhões de turistas no último ano, Londres,sem dúvida, tem muito a oferecer a quem quiserconhecê-la.

Um dos lugares mais populares da capital inglesa é oPalácio de Buckingham, residência oficial da monarquiadesde a ascensão da Rainha Vitória, em 1837. Lá, é possí-vel visitar, entre outros cômodos, o Grande Salão, asenormes escadarias, o Salão do Trono e a Galeria de Arte.Em frente ao palácio acontece a tradicional troca de guar-das, um dos momentos clássicos de Londres que atraimilhões de turistas.

Próximo ao Palácio de Buckingham, estão a EstaçãoVictoria e a Catedral de Westminster, grandioso templocatólico de arquitetura neobizantina. No entanto, o san-tuário mais interessante e popular de Londres é a Abadiade Westminster. A igreja anglicana de estilo gótico teveimportante papel na história da Inglaterra, sendo palco deinúmeras coroações e casamentos reais. Além disso, láestão os túmulos do físico Isaac Newton, do naturalistaCharles Darwin, de ex-monarcas e membros da realeza.

Em frente à Abadia, está o majestoso prédio doParlamento, cuja fachada dos fundos é voltada para o RioTamisa. O famoso Big Ben — a torre do relógio com sino

de 13 toneladas — é um dos pontos mais atrativosdo edifício, considerado um símbolo da capi-tal britânica. Outro ponto turístico interes-sante é a Catedral de Saint Paul, no Centro

financeiro de Londres. Com sua enorme

cúpula, ela é a segundamaior do mundo,atrás apenas daBasílica de São Pedro,no Vaticano.

O passeio con-tinua pelobairro de West End, caldeirão cultural da cidade, onde ficamcinemas, teatros e as famosas praças Leicester e PiccadillyCircus, points da noite londrina. Os que preferem destinosmais calmos podem optar pelo Hyde Park,o mais famoso da cidade, ou pelo ParqueRegent, que abriga o Zoológico deLondres.

Grande parte desses pontos podeser apreciada de cima da London Eye,elegante roda gigante às margens doTamisa.No alto de seus 135m de altu-ra, é possível ter uma belíssima vistapanorâmica da cidade. Mas quemtiver medo de altura não precisa sepreocupar: a capital britânica tam-bém é linda vista do chão.

a cidade mais visitada do mundo

Londres:

12 � Jornal da SBD � Ano XII n. 6

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Jornal da SBD � Ano XII n. 6 � 13

Muito já se falou sobre Machado de Assis em 2008,quando foi celebrado o centenário de seu falecimento.Eventos, publicações e inúmeros artigos e reportagens lembra-ram a obra e as características do mestre, considerado o maiordos escritores brasileiros. Buscando diversificar a homenagemao legado machadiano, o Jornal da SBD propôs uma pauta dife-rente: relembrar a cidade onde nasceu e viveu Joaquim MariaMachado de Assis e na qual o escritor ambientou grande partede sua obra. Em 1908, aos 69 anos, morria Machado e nomesmo cenário físico, político e social nascia a SBD em 1912.

O Rio de Janeiro no início do Novecentos respirava oespírito da modernidade trazido pela proclamação daRepública. Em 1896, o cinema chegara ao país e, no anoseguinte, fora fundada a Academia Brasileira de Letras, pre-sidida então pelo próprio Machado. Por outro lado, na pas-sagem para o século XX, a capital federal convivia comsérios problemas sociais.

O aumento do número de habitantes, que chegava a800 mil em 1906, e a enorme pobreza urbana contribuíampara a proliferação de cortiços e casas de cômodos, super-lotados e insalubres, no Centro da cidade. Aliadas aos defi-cientes serviços de saneamento básico, essas condiçõesforam determinantes para a erupção de violentas epidemiasde febre amarela, varíola e peste bubônica, que ceifaram avida de milhares de cariocas.

A resposta das elites foi a mais profunda transformaçãovivenciada pela cidade até então. Em 1903, o prefeitoPereira Passos deu início a uma ambiciosa reforma urbanaque derrubou mais de 1.600 velhos prédios residenciais ecomerciais. A Santa Casa de Misericórdia teve 24 imóveisdesapropriados. A malha de ruas estreitas, sujas, sinuosas econgestionadas foi substituída por largas avenidas, como ado Mangue (atual Francisco Bicalho) e a do Cais (hojeRodrigues Alves), um exagero talvez para uma cidade quecontava com cerca de 40 automóveis.

As mais importantes obras da época, contudo, foram areforma do cais do porto e a abertura da Avenida Central, atualRio Branco, onde hoje está localizada a sede da SociedadeBrasileira de Dermatologia.O amplo e elegante bulevar, no esti-lo parisiense, era ladeado por um conjunto de suntuosas cons-truções — grandes escritórios, instituições bancárias e culturais,como o Museu de Belas Artes, a Biblioteca Nacional e oTheatro Municipal —, o que aumentava seu prestígio.

Ao todo, cerca de 20 ruas do Centro do Rio foram alar-gadas, e outras abertas, de forma a arejar e ventilar a cidade,afastando os vapores nocivos causadores de doenças, con-forme rezava a teoria dos miasmas, dominante na época.Além disso, o alargamento da malha viária promoveu a reor-ganização das diversas redes subterrâneas (gás, esgoto eágua) e aéreas (telegrafia e telefonia), além de possibilitar afutura instalação dos postes de iluminação elétrica pública.Em 1908, com a inauguração da usina hidrelétrica de Fontespela empresa canadense Rio de Janeiro Tramway, Light andPower, difundiu-se o uso da eletricidade nos serviços de ilu-minação pública e particular, nas fábricas e nos transportes.

A renovação urbana foi acompanhada por ampla refor-ma sanitária, encabeçada por Oswaldo Cruz, que visavaerradicar as epidemias e também desfazer a imagem decidade empesteada, que prejudicava a economia. Entre asprincipais medidas saneadoras estavam a criação de briga-das mata-mosquito, de um rígido código de conduta e davacinação obrigatória, determinações que geraram a revol-ta dos setores mais pobres da população.

Graças às medidas terapêuticas e profiláticas, a febreamarela foi erradicada no Rio de Janeiro em 1907, e a saúdepública começou a receber a atenção que merecia dasautoridades brasileiras.Alguns anos depois, em 5 de feverei-ro de 1912, foi fundada a primeira sociedade de especiali-dade médica do Brasil, a SBD, no Pavilhão Miguel Couto daSanta Casa de Misericórdia. Vale lembrar que, à época, ohospital ficava junto ao mar, já que apenas em 1922, com ademolição do Morro do Castelo, a região seria aterrada.

Em 100 anos, a cidade atravessou muitas transforma-ções. E Machado de Assis, através de crônicas, contos,romances e poemas, nos permitiu conhecer as peculiarida-des desse Rio de Janeiro que ficou para trás. O autor, nasci-do em 1839, vivenciou todo o reinado de D. Pedro II e osprimeiros passos claudicantes da República. Seus escritossão considerados chave reveladora dessa época, abordandoaspectos do cotidiano, como a instalação dos bondes elétri-cos no Rio, e fatos políticos, como a mudança do regime,descrita no romance Esaú e Jacó, de 1901. Com efeito, paraalém da reconhecida excelência literária, a obra deMachado de Assis nos dá acesso privilegiado ao entendi-mento do Brasil. O Rio da mesma forma é berço da imor-tal obra de Machado e da nossa já quase centenária SBD.

O Rio de MachadoComo era a cidade que se despediu do escritor e viu nascer a SBDna Santa Casa de Misericórdia

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14 � Jornal da SBD � Ano XII n. 6

JSBD - Machado de Assis ganhou várias homenagenseste ano, em virtude do centenário de seu falecimento.Para o senhor, quais os maiores valores do escritor?Luiz Paulo Horta - Num país muitas vezes apressado edescuidado, Machado de Assis é um exemplo de trabalhocontínuo, de bom-gosto, de permanente aprimoramentopessoal. Além disso, era um escritor absolutamente original,que começa a ser conhecido internacionalmente; ummestre da ironia e do português clássico.

JSBD - Como era a relação de Machado com a cidade doRio de Janeiro?LPH - Uma relação muito profunda, porque ele nunca saiudaqui, a não ser para uma breve estada em Friburgo.Machado não era um escritor “paisagista”, como Eça de

Entrevista com o acadêmico Luiz Paulo Horta - neto de um dos fundadores da SBD

O jornalista e crítico de música Luiz Paulo Horta tornou-se, em novembro de 2008, o mais novomembro da Academia Brasileira de Letras. Ele ocupa hoje a cadeira 23, que pertencera a Machado deAssis. Horta trabalha como editorialista no jornal O Globo e também é membro da AcademiaBrasileira de Música e da Academia Brasileira de Arte. Seu avô, o médico Paulo de Figueiredo ParreirasHorta, foi um dos 18 fundadores da Sociedade Brasileira de Dermatologia, em 1912, na Santa Casade Misericórdia do Rio de Janeiro. Segundo o dr. Paulo Cunha, foi também Parreiras Horta quem, em1921, observou o primeiro caso de Tinea Nigra no Rio de Janeiro, isolando o fungo das lesões e clas-sificando-o como Cladosporium werneckii.O jornalista concedeu ao Jornal da SBD uma rápida entrevistasobre o legado de Machado de Assis, que você lê a seguir.

Queiroz; não fica fazendo descrição de paisagens; mas acidade está presente por trás do que ele escreve.Sobretudo bairros como Botafogo, Catete, Laranjeiras,Andaraí. E o Centro da cidade, claro. Lendo as crônicas deMachado, podemos ter uma boa idéia do que era o Rio deJaneiro durante o II Reinado e nos primeiros tempos daRepública.

JSBD - Como o senhor se sente ao tornar-se membroda Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira que foide Machado de Assis?LPH - É uma responsabilidade enorme, porque ninguém écapaz de substituir Machado de Assis. Mas estou contente,entre outros motivos, porque sou a primeira pessoa vinda daárea musical a ocupar uma cadeira naquela casa tão ilustre.

O Rio de Machado

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Omar Lupi assume a presidência da SBD Anova diretoria estará em vigor quando esta edição chegarao associado. Formada pelos doutores Omar Lupi (presiden-te), Bogdana Victoria Kadunk (vice-presidente), Maria deLourdes Viegas (secretária-geral), Maria Fernanda R. Gavazzoni(tesoureira), Célia Luiza P. Kalil (primeira secretária), EmersonVasconcelos de Andrade Lima (segundo secretário), PauloRicardo Criado e Júlio César Empinotti (coordenadores daEducação Médica Continuada), Ada Regina Trindade deAlmeida (diretora de Relações Internacionais), Ricardo Romiti

(diretor de biblioteca) e GilvanFerreira Alves (ombudsman).

Segundo o presidente, dr.Omar Lupi, a nova administraçãovalorizará ainda mais a dermato-

logia com projetos direcionados àmídia, através do programa deno-

minado DermaAção, que será umgrande guarda-chuva com ações

sociais, como a CampanhaNacional de Prevenção aoCâncer da Pele, SBD éVerde, e parcerias comoos projetos Amigos daEscola e Ação Global daRede Globo.

Coordenadores� Departamentos Josemir Belo dos Santos (PE)� Mída Eletrônica Aldo Toschi (SP) e Cidia Vasconcellos (SP)� Campanha do Câncer Selma Schuartz Cernea (SP)

da Pele� Campanha de Psoríase Maria Denise Fonseca Takahashi (SP)

Anais Brasileiros de Dermatologia� Editor Científico Izelda Maria Carvalho Costa (DF)� Editores Científicos Vitor Manoel Silva dos Reis (SP)

Associados Renan Rangel Bonamigo (RS)

Surgical & Cosmetic Dermatology� Editora Científica Bogdana Victória Kadunc (SP)� Editores Científicos Associados

Gabriel Teixeira Gontijo (MG) - Cirurgia DermatológicaDenise Steiner (SP) - Cosmiatria

Jornal da SBD� Coordenador médico Paulo Rowilson Cunha (SP)

Coordenador médico Iphis Tenfuss Campbell (DF) Associado

Outra realização importante será o lançamento da revis-ta Surgical & Cosmetic Dermatology, voltada para trabalhoscientíficos nas áreas da prática cirúrgica e cosmiátrica, previs-to para abril.“Esse periódico está sendo planejado para che-gar ao topo das edições científicas da área, com reconheci-mento internacional.A atividade do presidente da SBD deveser muito mais a de um construtor de pontes do que a deum edificador de muros”, afirma o dr. Omar Lupi.

Jornal da SBD � Ano XII n. 6 � 15

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Pérolas do Journal of Investigative DermatologyEdição de novembro de 2008 O único periódico no âmbito da dermatologia que atingiu, em 2007, o critério A1 (revistas com fator de impacto superior a 4,2)

A disfunção autonômica desempenha um papelna dermatite atópica?

A dermatiteatópica (DA)car ac ter i za - sepor pele excessi-vamente seca. Ofator mais apon-tado como res-ponsável pelapatogênese dapele seca é umaalteração da fun-ção de barreirado estrato cór-

neo.Apesar disso, Cicek e cols. observaram latência e ampli-tude de resposta cutânea simpática significativamente pro-longadas nas extremidades superiores de pacientes comDA. Esses achados demonstram que a atividade sudomoto-ra controlada pelo sistema nervoso simpático está compro-metida em pacientes com DA e sugerem que a participa-ção dessa atividade sudomotora possa ser uma das causasque levam à disfunção nas glândulas sudoríparas e à peleseca. (Br J Dermatol 2008; 159:834-8).

Incidência dos fatores de risco para infarto domiocárdio e outras doenças vasculares em pacien-tes com psoríase

Estudos recentes descrevem uma maior prevalência dediabetes e outros fatores de risco para doença cardiovascu-lar em pacientes com psoríase. Contudo, as relações detempo entre o início da psoríase e vários fatores de risconão são claras.Através do Banco de Dados de Pesquisas emClínica Geral [General Practice Research Database], Kaye ecols. encontraram que diabetes e outros fatores de riscopara doenças cardíacas ocorreram com mais freqüência doque esperado após o diagnóstico inicial de psoríase (Figura).A incidência de infarto do miocárdio foi também maior empacientes com psoríase do que na população geral. Embora

ainda não se conheçam as causas, deve-se assegurar ummonitoramento mais regular dos pacientes com psoríaseem termos de desenvolvimento de fatores de risco cardio-vascular. (Br J Dermatol 2008; 159:895-902).

Incidência de câncer de pele em 3867 pacien-tes tratados com fototerapia ultravioleta B debanda estreita

A fototerapia ultravioleta B de banda estreita (NB-UVB)aumenta o risco de ter câncer de pele? Estudou-se o efeitodo número de tratamentos com exposição a NB-UVB e orisco de desenvolver câncer de pele. Dos 4.690 dados depacientes revisados, 3.886 estavam associados com o regis-tro de câncer, e 3.867 foram seguidos por pelo menos seismeses, antes de 31 de dezembro de 2002. A mediana detratamentos com NB-UVB foi 29, e 352 pacientes recebe-ram 100 ou mais tratamentos. O estudo propiciou 24.753pessoas-anos de seguimento. Os primeiros casos de câncerde pele registrados nos pacientes do estudo foram 27 car-cinomas basocelulares (CBC), sete carcinomas espinocelula-res e seis melanomas. Não houve associação significativaentre tratamento com NB-UVB e qualquer tipo de câncerde pele. Houve um pequeno aumento nos casos de CBCnos indivíduos tratados também com Puva. Esses resultadosencorajadores não demonstram o aumento precoce emcâncer de pele, como observado no tratamento com Puva.(Br J Dermatol 2008; 159:931-5).

Revisão da classificação de EBA epidermólise bolhosa (EB) foi descrita em 1886, e seu

primeiro sistema de classificação foi elaborado em 1962.Desde então, microscopia eletrônica de transmissão, mapea-mento por imunofluorescência e análise mutacional têm sidousados para diagnosticar e classificar a doença. Em 2007, rea-lizou-se a III Reunião Internacional do Consenso sobreDiagnóstico e Classificação da Epidermólise Bolhosa, emViena, Áustria, para analisar o sistema diagnóstico atual edesenvolver uma estratégia para classificação clínica. O siste-ma de classificação revisado proposto, que seria facilmenteentendido pelos clínicos, baseia-se em achados clínicos elaboratoriais não moleculares. Recomendou-se classificar aEB em quatro tipos principais e, depois, em subtipos. A clas-sificação por mutações, apesar de extremamente informati-va para os investigadores de pesquisa básica, foi consideradainviável por dificuldades financeiras e de acesso para muitaspacientes. O ideal é que esse sistema de classificação apri-morado possa auxiliar os clínicos em termos de diagnósticopreciso e tratamento dos pacientes com EB. (J Am AcadDermatol 58:931-50, 2008).

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Ativo ControleGrupo Inativo

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Jornal da SBD � Ano XII n. 6 � 17

PsoríaseComparação

MesesNúmero de risco

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Como acontece todos os anos desde 1901, no últimodia 10 de dezembro foram entregues os Prêmios Nobel nasáreas de ciência, literatura e paz. As premiações de física,química, medicina e literatura foram concedidas pelo rei daSuécia, no Conservatório Real de Estocolmo. Já a entregado Prêmio Nobel da Paz aconteceu em Oslo, na Noruega.

A data da cerimônia é homenagem ao aniversário demorte do industrial sueco Alfred Nobel, idealizador doprêmio. Quando faleceu, em 1896, Nobel legou em testa-mento sua fortuna àqueles que trouxessem benefícios àhumanidade, através de pesquisas importantes, técnicas pio-neiras ou contribuições destacadas à sociedade.

Os vencedores de cada uma das cinco categorias doPrêmio recebem um medalhão de ouro, um diploma ecerca de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a 1,4milhão de dólares. Os nomes dos premiados são anuncia-dos em outubro pelos diferentes comitês e instituições querealizam a escolha. A medicina é tradicional-mente a primeira área a ser agraciadacom o Prêmio Nobel todos os anos.

Especialistas em HIV e HPVdividem o Prêmio Nobel deMedicina de 2008

Três cientistas europeus dividiram oPrêmio Nobel de Medicina de 2008. Osfranceses Françoise Barré-Sinoussi e LucMontagnier foram premiados peladescoberta do vírus causador da Aids, oHIV, e o alemão Harald zur Hausen, porconstatar que o papilomavírus humano(HPV) é responsável pelo câncerde colo do útero.

A premiaçãofrancesa aconteceu 25

anos após os cientistas identificarem o vírus da imunodefi-ciência humana. Em 1983, os pesquisadores do InstitutoPasteur foram os primeiros a isolar o HIV. Posteriormente, oenviaram aos EUA, onde o cientista norte-americano RobertGallo teria constatado que aquele era o vírus causador daAids, a doença desconhecida que alarmava o mundo.

Já o trabalho de Zur Hausen foi iniciado na década de1970, visando comprovar a origem viral do câncer de colodo útero. Durante 10 anos, o cientista buscou tratamentopara diferentes tipos de HPV, detectando-os em biópsias depacientes com câncer de colo do útero. Os tipos que elelocalizou estão presentes em 70% das biópsias da doençano mundo.

Autor francês recebe o Nobel de LiteraturaO prêmio Nobel de Literatura de 2008 foi destinado ao

francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, pelo livro Révolutions,publicado em 2003. O autor iniciou sua carreira nos anos 60e escreveu aproximadamente 40 romances. No Brasil, forampublicados O deserto (1986), A quarentena (1997), Peixedourado (2001) e O africano (2007).

Diplomata finlandês é premiado com oNobel da Paz por sua atuação como mediador internacional

Coube ao ex-presidente finlandês Martti Ahtisaari oPrêmio Nobel da Paz de 2008, um reconhecimento a suasnumerosas mediações de paz em vários pontos do mundonos últimos 30 anos. Ele foi escolhido entre 197 personali-dades e organizações.

Professor formado pela Universidade de Oulu, Ahtisaaritornou-se diplomata em 1965, vivendo desde então a

maior parte do tempo no exterior.Ocupou o cargo de embaixador daFinlândia na Tanzânia entre 1973 e

107 anos reconhecendo os grandes trabalhos em benefício da humanidade

Prêmio Nobel 2008:

�� Dep18 � Jornal da SBD � Ano XII n. 6

Page 18: Jornal da SBD - Nº 6 Novembro / Dezembro 2008

Jornal da SBD � Ano XII n. 6 � 19

Em outubro de 2008, aAssociação MédicaBrasileira lançou a revista O

Médico & Você, respondendo aoentendimento de que uma dasmissões da entidade é informar apopulação sobre saúde de formacriteriosa e baseada em evidên-cias científicas, bem como visandoser um contraponto a váriaspublicações relacionadas aoassunto que não o exploram emprofundidade.

O sonho da AMB de produzir um periódico vol-tado para o público leigo é antigo. Para dar continui-dade a esse projeto, a Associação procurou umaagência com conhecimento de mercado e capacida-de de atender a essa proposta da entidade. O obje-tivo foi desenvolver um veículo de comunicação queabordasse as pautas de saúde de forma abrangente,sem abrir mão de leitura leve e agradável. Desseposicionamento nasceu também o desejo de criarum conceito de programação visual que facilitasse acompreensão.

Pretende-se, inicialmente, lançar um exemplar a cadatrês meses.Alguns assuntos de saúde pública terão espa-ço fixo em todos os números, porém um tema ficará emdestaque a cada edição. O Conselho Editorial dará aorientação necessária para as matérias da revista.

Será desenvolvido ainda um portal para atualizar eacrescentar informações aos assuntos discutidos. Oespaço também é uma forma de ampliar o acesso àpublicação.

A primeira edição foi lançada com tiragem de 500mil exemplares. O objetivo inicial é distribuir, pelomenos, um exemplar para cada médico brasileiro, que éconvidado a repassá-lo a seus pacientes. A expectativa éatingir, em breve, 20 milhões de leitores.

76, mas foi na Namíbiaque conseguiu seu maisimportante sucesso emmissões diplomáticas.Como representante das Nações Unidas, teve papel deter-minante no processo de transição pacífica para a inde-pendência daquele país africano.

No campo das mediações, Ahtisaari também con-tribuiu para o acordo de paz assinado em 2005 entre ogoverno indonésio e os rebeldes separatistas doMovimento Aceh Livre (GAM), colocando ponto final emum conflito de quase 30 anos e 15 mil mortos. Em 2006,o finlandês organizou as conversações de paz entreiraquianos sunitas e xiitas, lançando pontes entre as duascomunidades.

Suas ações na resolução de conflitosinternacionais estenderam-se poráreas tão diversas como o OrienteMédio, o Cáucaso, o Afeganistão, oSirilanka, a Birmânia e a Irlanda doNorte. “Esses esforços contribuírampara um mundo mais pacífico e paraa fraternidade entre as nações noespírito de Alfred Nobel”, explicou opresidente do Comitê NobelNorueguês, Ole Danbolt Mjoes, aojustificar a escolha do diplomata.

Ahtisaari foi ainda presi-dente da República daFinlândia entre 1994 e 2000.Ele nasceu em 23 de junhode 1937, em Viborg,.Amante do golfe, ele falacinco línguas, é casado e temum filho.

Revista O Médico&Você

O finlandês Martti Ahtisaarilaureado com o Nobel

da Paz em 2008

partamentos

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20 � Jornal da SBD � Ano XII n. 6

�� Capa

SBD tem nova sede

No discurso de inauguração,

a presidente da SBD dra.

Alice Alchorne destaca que a

sede ofereceagora para

seus associadosum espaço com

a qualidademerecida pela

entidade centenária

Anova sede da SBD foi inaugurada no último dia 20de dezembro com festa. Entre os 70 presentes, os membrosda diretoria receberam os presidentes de regionais dr.Carlos Barcaui (Rio de Janeiro), dr. Emerson Lima(Pernambuco) e dr. Dilhermando Calil (São Paulo), além dosex-diretores da SBD Nacional, os doutores Abdiel Figueira,Luna Azulay, José Ramon Varela Blanco, Leninha Valério doNascimento, José Trindade Filho e David Azulay. Para aentão presidente da SBD, dra.Alice Alchorne, a aquisição danova área física e a reforma completa dos dois andares pro-porcionaram um salto de qualidade.“Esta entidade centená-ria e com número muito grande de associados (segundamaior do mundo) merece”, afirma.

A estrutura da nova sede conta com cerca de 760m2

em dois pavimentos: o 17o e 18o, do n. 39 da Av. Rio Branco,no Centro do Rio de Janeiro. De acordo com a dra. AliceAlchorne, o projeto foi idealizado mesmo antes de ela assu-mir a gestão. “Deparamos com uma sede acanhada e des-provida da modernidade que a entidade necessitava. Apóslongo estudo, com pesquisa trabalhosa no setor imobiliário,

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constatamos que a compra do andar logo abaixo seria umaótima aquisição”, comenta. “Depois veio o estudo das plan-tas para os dois andares. Outro trabalho árduo foi relativo àslicitações para toda a reforma, desde a contratação de arqui-teto e construtora até os mínimos detalhes, passando poracabamento da construção, móveis, decoração e principal-mente os mais diversos equipamentos para os mais diversosambientes”, explica a dra. Alice Alchorne.

Diretoria executiva (da esq. para a dir.): os drs. Omar Lupi, Cláudia Maia, Josemir Belo, Alice Alchorne,Ryssia Florião e Célia Kalil

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Acesso internopara o 18o andar

Dois ambientes de estar,na área social

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Foto 1: Os drs. Omar Lupi e Dilhermando Kalil; 2: Dras.Andreia Mateus e o filho João Pedro e Alice Alchorne, 3: Drs. José Trindade

Sala de estar

Sala de Reunião

1 2

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Auditório - capacidade:30 lugares

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Filho, Alice Alchorne, Maria de Lourdes Viegas,Abdiel Figueira e José Ramon Blanco; 4: Drs. Izelda Costa, Josemir Belo e Célia Kalil

Biblioteca

17o andar

3 4

O 18o andar da entidade foi destinado à área social.“No andar antigo temos agora de forma mais confortável etotalmente equipada a parte social da instituição”, continua.Esse pavimento dispõe de um bem-equipado auditório,com capacidade para 30 pessoas, além de aconchegantesala de espera, salas de reuniões, sala de telemedicina,banheiros e uma pequena copa para os visitantes.Tambémabriga a biblioteca da SBD, que foi ampliada, ganhando maisespaço para as publicações, consulta e serviço de fotocópia.

O 17o andar comporta as áreas administrativas,cozinha, pequeno refeitório, banheiros e recepção. Oespaço destinado aos funcionários é amplo e sem pare-des, criando um ambiente mais arejado e interligado. Os

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setores estão separados por divisórias baixas. Além disso,piso, teto e iluminação são uniformes, de forma a possibi-litar mudanças na disposição dos ambientes quandonecessário. “Essas mudanças trouxeram mais confortopara os funcionários e maior agilidade para a prestaçãodos inúmeros serviços aos associados por parte daDiretoria executiva, assessores da Diretoria e funcioná-rios”, conclui a dra. Alice Alchorne.

A elegante cerimônia de inauguração realizada no últimodia 20 de dezembro foi apenas uma pequena amostra de comoa nova sede da SBD trará maior conforto e funcionalidade às ati-vidades da entidade. Segundo o dr. Omar Lupi, além de confra-ternizações, o espaço permitirá a realização de reuniões simultâ-neas, cursos e palestras, facilitando também a pesquisa, o estudoe a interação dos associados. “Sem dúvida, uma sede com aestrutura e o bom gosto que a SBD tem direito”, encerra.

A Diretoria homenageou os funcionários Márcia Rodrigues,Graça de Castro, Luiz Marcelo Bezerra e Nazareno de Souza.

No centro está a dra. Alice Alchorne

A gerente-geral da SBD, Priscila Simões e a arquiteta responsável peloprojeto da obra, Neuza Martinez

Os drs. Luna Azulay e Carlos Barcaui Os drs. Ryssia Florião, Maurício Alchorne e Célia Kalil

Os drs. Alice Alchorne, Josemir Belo, Paulo Cunha, Paulo Criado, Izelda Costa, Emerson de A. Lima, Maria de Lourdes Viegas, Omar Lupi, Andréia Mateus,Célia Kalil, Maria Fernanda Gavazzoni e Cláudia Maia

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Rehder, J.; Batista, F. R. X.; Mendes, M. E. S.; Puzzi, M. B.Laboratório de Cultivo de Células da Pele/Centro de Investigação em Pediatria/Faculdade de Ciências Médicas/Universidade Estadual de Campinas

Fronteiras da Dermatologia

Terapia celular em úlceras cutâneas

Visando solucionar o problema da necessidade de pelepara enxertia em casos de pacientes com úlceras crônicasde pele de diferentes etiologias, inicialmente foi tentada autilização de células cultivadas in vitro, autólogas2, 12 ou não,1

de forma isolada, sobre essas áreas. Com o avanço dabioengenharia de tecidos, foram desenvolvidos modelos deepiderme humana reconstruída in vitro,9, 8 mas a utilizaçãoclínica de alguns desses modelos obteve sucesso relativo,em grande parte devido a problemas de retração do enxer-to, decorrentes da falta de leito dérmico (tecido conjuntivo)adequado4 ou da espessura fina do enxerto.3 Mais recente-mente, tem sido estudado o uso de substitutos ou equiva-lentes dérmicos, contendo colágeno, associados a célulasautólogas cultivadas in vitro, com melhores resultados.5, 7, 6

A grande quantidade de substitutos de pele que surgiunos últimos 10 anos forneceu a médicos e pacientes amplavariedade de tratamentos. Muitos deles apresentaram resul-tados clínicos insatisfatórios, o que acabou por limitar seuuso. Existem alguns substitutos dérmicos utilizados paracobertura de áreas cutâneas ulceradas, como, por exemplo,Biobrane®, Dermagraft®, Alloderm®, Integra®, MySkin®, etc.,que consistem em biomateriais como colágeno, ácido hialu-rônico, silicone, derme cadavérica, etc., em que podem sersemeadas culturas de queratinócitos ou fibroblastos.Também são encontradas equivalentes de epidermes comoSkinEthicRHE®, EpiSkin® e EpiDerm®, e de pele humana(derme e epiderme) como EpiDerm FT®, utilizadas princi-palmente para testar drogas e cosméticos.

Em pesquisas realizadas no Laboratório de Cultura deCélulas da Pele – Ciped/FCM/Unicamp, Rehder et al.10 descre-veram a técnica para obtenção de epiderme humana recons-truída in vitro, perfeitamente diferenciada, a partir da cultura dequeratinócitos e melanócitos sobre derme humana mortadesepidermizada. Complementarmente, Souto et al.11 descre-vem modelo de pele humana reconstruída in vitro (Skin Tissue),composta de derme e epiderme associadas. Com a utilizaçãode matriz de colágeno, que permite o direcionamento defibroblastos em cultura, foi obtida derme humana reconstruídain vitro, semelhante à derme humana in vivo, com as células(fibroblastos) organizadas paralelamente, umas em relação àsoutras, dentro de estrutura tridimensional, matriz de colágeno,produzida pelos próprios fibroblastos. Reproduziu-se, a partirda cultura de queratinócitos e melanócitos, sobre essa dermehumana reconstruída in vitro, epiderme humana reconstruída invitro, nitidamente diferenciada. Assim, desenvolveu-se ummodelo de pele humana reconstruída in vitro, composto ederme e epiderme associadas, histológica e imuno-histoquimi-camente semelhante à pele humana in vivo.

O modelo é de pele humana reconstruída ex vivo desen-volvida por Souto et al.11 que apresenta como diferenciaisdos equivalentes de pele acima mencionados a presença demelanócitos na epiderme, derme humana reconstruída, emque os próprios fibroblastos produzem o colágeno (matrizextracelular), além da capacidade de permitir transplantesautólogos. As culturas celulares podem ser criopreservadaspossibilitando futuros transplantes, se necessário.

BIBLIOGRAFIA1. BOLÍVAR-FLORES Y. J.; KURI-HARCUCH W. Frozen allogeneic epidermal cultured sheets for the cure of complicated leg ulcers. Dermatol Surg, 25(8): 610-7, 1999.2. BOSS W. K.; USAL H.; FODOR P. B.; et al. Autologous cultured fibroblasts: a protein repair system. Ann Plast Surg, 44(5): 536-42, 2000.3. CARSIN H.; AINAUD P.; LE BEVER H.; et al. Cultured epithelial autografts in extensive burn coverage of severely traumatized patients: a five year single-center

experience with 30 patients. Burns, 26(4): 379-87, 2000.4. EL-SHEEMY M. A.; MUIR I. F.;WHEATLEY D. N.; et al. Inhibition of the contraction of collagen gels by extracts from human dermis. Cell Biol Int, 25(7): 635-42, 2001.5. JANSSON K.; HAEGERSTRAND A.; KRATZ G. A biodegradable bovine collagen membrane as a dermal template for human in vivo wound healing. Scand J Plast

Reconstr Hand Surg, 35(4): 369-75, 2001.6. KIM BM; SUZUKI S; NISHIMURA Y; et al. Cellular artificial skin substitute produced by short period simultaneous culture of fibroblasts and keratinocytes. Br J Plast

Surg,52(7):573-8, 1999.7. KREMER M.; LANG E.; BERGER A. C. Evaluation of dermal-epidermal skin equivalents (composite-skin) of human keratinocytes in a collagen-glycosaminoglycan

matrix (IntegraTM Artificial Skin). Br J Plast Surg, 53(6): 459-65, 2000.8. PRUNIÉRAS M.; RÉGNIER M.;WOODLEY D. Methods for cultivation of keratinocytes with an air-liquid interface. J Invest Dermatol, 81(1 Suppl): 28s-33s, 1983.9. RÉGNIER M., PATWARDHAN A.; SCHEYNIUS A.; et al. Reconstructed human epidermis composed of keratinocytes, melanocytes and Langerhans cells. Med Biol

Eng Comput, 36(6): 821-4, 1998.10. REHDER J.; SOUTO L. R. ; PUZZI M.B. Model of human epidermis reconstructed in vitro with keratinocytes and melanocytes on dead de-epidermized human

dermis. Sao Paulo Med J, 122(1): 22-5, 2004.11. SOUTO LR; REHDER J; VASSALO J; CINTRA ML; KRAEMER MH; PUZZI MB. Model of human skin(dermis+epidemis)reconstructed in vitro.São Paulo Méd.

J, 2006 Mar 2;124(2):71-6.12. TERSKIKH V.V.;VASILIEV A.V. Cultivation and transplantation of epidermal keratinocytes. Int Rev Cytol, 188: 41-72, 1999.

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4

3

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Gestão 2007/0812

Dra.Alice de Oliveira de A.Alchorne - PresidenteAs conquistas desta gestão se devem ao esforço indivi-

dual de cada membro da Diretoria e ao harmonioso traba-lho em equipe

Dr. Omar Lupi - Vice-presidenteO dr. Omar Lupi, vice-presidente da SBD, esteve presen-

te nas principais atividades da gestão 2007-2008. Dentreelas, destaca-se a coordenação do grupo responsável pelaampliação e reforma da sede da SBD. Com a aquisição deum novo andar e a reestruturação e modernização dosambientes, a entidade agora oferece espaço mais amplo econfortável a funcionários e associados.

Omar Lupi participou, ainda, de ações que atestarammaior visibilidade à SBD, como o desenvolvimento do pro-jeto de participação nos Jogos Pan-Americanos do Rio deJaneiro e a estruturação da campanha de valorização daespecialidade, intitulada “Defendendo o Dermatologista”.Além disso, foi responsável pela reestruturação do Jornal daSBD, em parceria com o atual coordenador médico do veí-culo, dr. Paulo Cunha.

Sob coordenação do dr. Omar Lupi, foi realizada a cam-panha “A SBD é Verde”, com informações sobre os riscosque a destruição da camada de ozônio oferece à pele. Ovice-presidente foi também responsável por diversos conta-tos interinstitucionais, entre eles com o Ministério do MeioAmbiente (Dia do Meio Ambiente), a Ilds (LigaInternacional das Sociedades de Dermatologia) e a AAD(Academia Americana de Dermatologista). Ainda por suasugestão, foram doados às Regionais da SBD notebooks eprojetores digitais, o que trouxe redução de custos para asentidades e mais uniformidade técnica entre elas.

Dra. Ryssia Alvarez Florião - Secretária-geralCoordenei a atualização do número de residentes e seu

cadastro nos Serviços Credenciados, além do controle deingresso de novos associados.A secretaria concentra toda acorrespondência da entidade. Logo, respondi a 2.438 e-mails apenas durante 2008. Assinei diplomas, bem comotodos os cheques da tesouraria da SBD. Cuidei das diversasconsultas feitas à entidade, seja por associados, entidades oupúblico em geral. Direcionei e respondi correspondênciasrelativas à Associações Médica Brasileira (AMB), à AcademiaAmericana de Dermatologia (AAD) e à Liga Internacionaldas Sociedades de Dermatologia (Ilds).

Estive, ainda, à frente da substituição de funcionários, bemcomo do processo de avaliação e atualização dos contratosde trabalho, legalização, controle do ponto de freqüência e

férias.Também acompanhei a reforma do 17o andar, partici-pando de avaliação das obras e da escolha do mobiliário.Finalmente, continuo com o propósito de encaminhar a cria-ção do Departamento de Mucosas Oral e Genital.

Dra. Cláudia Maia - TesoureiraEstamos terminando nossa participação à frente da

Tesouraria da SBD, com orgulho de ter feito parte dessaequipe e sensação de dever cumprido.

Durante a gestão, baseamos nossas ações na reduçãodos gastos estruturais e na criteriosa gestão dos recursosresultantes de nossos eventos científicos e dos obtidos comnossos parceiros da indústria farmacêutica.

Dessa forma, após atingirmos as metas estabelecidaspor essa Diretoria e cumprir rigorosamente todos osrepasses às Regionais (estatutários e os provenientes deconvênios firmados), encerraremos o ano de 2007 com umresultado positivo na ordem de R$1.900.000,00 (um milhãoe novecentos mil reais) e esperamos resultado superior em2008. Esses valores tornam-se mais significativos quandoconsiderados dentro do contexto das realizações (metas)dessa Diretoria, a saber:

1. Aquisição do 17o andar do edifício que abriga nossasede, e ampla reforma de seus dois andares, dobrando aárea física de nossa Sociedade, possibilitando sensívelmelhoria na qualidade do atendimento aos associados,lotando a SBD de todos os equipamentos necessários parareuniões, eventos e palestras, além de maior eficiência da

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estrutura organizacional e melhores condições de trabalhoaos funcionários.

2. Sensível redução nas despesas estruturais daSociedade, alinhando a estrutura organizacional a ummodelo de gestão focado no associado e que certamentecontribuiu para melhorar nossa “saúde financeira”.

Além disso, demos continuidade à política iniciada emoutras gestões de tentar resgatar os associados em débito.

Por fim, aproveito para agradecer aos funcionários e àequipe da Trust Contabilidade o empenho, a competência e adedicação demonstrados, superando contratempos e sempreagindo de forma proativa em proveito de nossa Sociedade.

Quero também agradecer profundamente meus colegas daDiretoria executiva e estendida pela amizade, pelo coleguismo eespírito de união, e desejar sucesso aos colegas da nova gestão,com votos de que a nossa Sociedade sempre caminhe no senti-do de união, da busca de credibilidade, da educação continuadae do engrandecimento profissional da classe dermatológica.

Dra. Célia Kalil - 1a SecretáriaDando continuidade aos trabalhos iniciados em 2007, a

dra. Célia Kalil permaneceu em 2008 com a atividade deorientar e fiscalizar a participação dos associados da SBDcomo coordenadores de cursos ou palestrantes em even-tos de entidade não reconhecidas pela própria SBD, AMB,CFM. A cada situação dessas identificada, foi enviada cartade orientação e alerta, demonstrando a valorização damanutenção do trabalho ético de todo associado da SBD,

respeitando o fortalecimento da der-matologia.

Também em relação à manutençãoda ética médica dermatológica, procu-rou-se consolidar a atenção em relaçãoaos cursos de dermatologia lato sensu,estreitando as orientações pertinentesjunto à Diretoria Executiva e aoDepartamento Jurídico da SBD, alémdas Regionais.

Quanto à fiscalização de reporta-gens com temas dermatológicos naimprensa leiga, foram fornecidas orien-tações para que o leitor seja esclareci-do de maneira objetiva e ética, valori-zando os departamentos da SBD comsua indicação para esse fim.

A participação na Comissão deRevisão do Estatuto SBD gerou, alémde reuniões com os demais membros,sugestões de alterações a esseEstatuto, vindas dessa comissão, daDiretoria Executiva da SBD e de asso-ciados, via site da instituição, em perío-do previamente estabelecido; a junção

dessas sugestões, portanto, irá compor a proposta de ade-quação em assembléia geral a ser marcada. Quanto aosmembros dessa comissão, cabe destaque ao trabalhoexaustivo de seu primeiro presidente, o saudoso professorSebastião A. P. Sampaio.

Obteve-se boa penetração junto à Rede Globo, atravésde orientações para caracterização de personagem emnovela do horário das 19h. Foram feitos diversos esclareci-mentos e respondidas perguntas visando à boa apresenta-ção de uma dermatologista. Esse trabalho, gratuito, contoutambém com o apoio do dr. Omar Lupi.

Foi feito levantamento de entrevistas em jornais, revis-tas, tevê e rádio, no período 2007/2008, com participaçãodos departamentos e Diretoria da SBD.

Além da participação na redação das atas, junto com asecretária-geral, dra. Ryssia, correção de folders e cartazesde eventos científicos dos departamento SBD, e do CD daCampanha de Prevenção do Câncer da Pele, cabe registraro levantamento das diversas logomarcas das regionais daSBD, a colaboração no manual de Normas de Bios-segurança quanto ao uso de Lasers/Luz Intensa Pulsada e,com o segundo secretário, dr. Josemir Belo, a revisão e ela-boração de regimentos e regulamentos da SBD.

Dr. Josemir Belo - 1o SecretárioCom o apoio irrestrito da Diretoria e o empenho e

cooperação de todos, diretores executivos, coordenadoresde departamentos, presidentes de regionais e funcionários,

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enfim, com o esforço de todos em sua execução, as açõese o plano de metas sugeridos pela Diretoria e pelos coor-denadores dos departamentos, gestão da SBD 2007 e2008, foram atingidos.

Atividades realizadas em 2007A) Eventos, todos pontuados pela AMB e SBD1) Curso Nacional de Alergia Dermatológica (Módulo MG)2) Curso Nacional de Alergia Dermatológica (Módulo RS)

Departamento de Alergia e Dermatoses Ocupacionais

3) II Simpósio de Doenças Infecciosas e Parasitárias eIII Simpósio Nacional de DST/AidsDepartamento de Doenças Infecciosas e ParasitáriasDepartamento de DST/Aids

4) III Simpósio Nacional de CosmiatriaDepartamento de Cosmiatria

5) XXIX Curso de Dermatopatologia Tropical e Meio AmbienteDepartamento de MicologiaDepartamento de Doenças Infecciosas e ParasitáriasDepartamento de HanseníaseDepartamento de Doenças Bolhosas

6) Curso Teórico Multidisciplinar das Afecções UngueaisDepartamento de Cabelos e Unhas

7) 1o Simpósio Internacional de PsicodermatologiaDepartamento Dermatologia Integrativa

8) II Simpósio Internacional de LaserDepartamento de Laser

B) Distribuição do Manual com Normas de Biossegurança em LaserDepartamento de LaserDr. Roberto MattosDra. Célia Kalil Dr. Alexandre Filippo

C) Democratização do acesso de associados aos Departamentos da SBD, mapeando os profissionais que estão trabalhando nessas áreas.

D) Participação de todos os departamentos da SBD nasessão "Tire suas Dúvidas" no 62o Congresso Brasileiro deDermatologia em São Paulo, 2007.E) Atualização dos cadastros postais e eletrônicos doscoordenadores, secretários e assessores dos departamentosF) Formulário padronizado para a produção de materialde eventos dos Departamentos.G) Normas para a realização de eventos da SociedadeBrasileira de Dermatologia.Aos coordenadores dos departamentos da SBD e presi-dentes das regionaisH) Assessoramento na elaboração dos folders e cartazes

Atividades realizadas em 2008A) Eventos, todos pontuados pela AMB e SBD1) Curso de Dermatoscopia e de Fotografia

Departamento de Imagem2) 2o Curso Nacional de Dermatologia Geriátrica

Departamento de Geriatria3) II Simpósio de Psicodermatologia e II Protegendo a sua Pele

Departamento de Psicodermatologia4) Curso Nacional de Alergia Dermatológica e

Dermatoses OcupacionaisDepartamento de Alergia Dermatológica e Dermatoses Ocupacionais

5) I Simpósio Nacional de Cosmiatria e Laser Departamento de CosmiatriaDepartamento de Laser

6) I Simpósio de Hanseníase Departamento de Hanseníase

7. 3o Curso Nacional de Dermatologia GeriátricaDepartamento de Geriatria

8. Curso de Dermatoscopia e Fotografia DigitalDepartamento de Imagem

9. Curso Nacional de Alergia DermatológicaDepartamento de Alergia e Dermatoses Ocupacionais

B) Cursos itinerantes teórico-práticos de cosmiatria Peelings faciais e corporais, toxina botulínica e preenchimentosDepartamento de Cosmiatria Teresina,Vitória,Aracaju, Belém, Salvador, Porto Alegre,Manaus

C) Democratização do acesso de associados aosDepartamentos da SBD, mapeando os profissionaisque estão trabalhando nessas áreas. Adesão a todosos departamentos de 97 associados.

D) Participação de todos os departamentos da SBD nasessão "Tire suas Dúvidas" no 63o CongressoBrasileiro de Dermatologia em Fortaleza, 2008.

E) Palestras on-line1) Ecos do II Simpósio Internacional de Laser da SBD

Dr. Alexandre Filippo, em 28 de janeiro de 20082) Atualizações do Meeting da Academia Americana de

Dermatologia, San Antonio, 2008Dr. Omar Lupi, em 28 de abril de 2008

3) Tabagismo e suas conseqüências na peleDr. Marcus Maia, em 26 de maio de 2008

4) Dúvidas comuns sobre cosméticos de cabelosDra. Maria Fernanda Reis Gavazzoni Dias

5) Dermatoses Ocupacionais – principais riscosDra. Alice Alchorne

6) Atualização no tratamento da psoríase – Quando utilizar biológicos?Dra. Denise Takahashi, em 27 de agosto de 2008

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Diretoria Presidente: Dr. Roberto Moreira Amorim FilhoVice-Presidente: Dr. Nilson Octávio Campos Lobo E SilvaSecretário Geral: Dr. Daniel Holthausen Nunes1º Tesoureiro: Dr. Jorge Luiz Battisti Archer2º Tesoureiro: Dr. Luiz Dario SponholzCoordenador de Eventos Científicos: Dr. Nilton NasserAsses. de Ética Def. Profissional: Dr.Vicente Pacheco OliveiraDelegados: Dr.Vicente Pacheco Oliveira, Dr. André Luiz

Rossetto, Dr. Nilton NasserDelegados Suplentes: Dr. José Valsi de Vargas, Dra. Ana Sílvia Dal Pizzol,

Dr. Maurício Zanini Ribeiro

Serviço Universidade Federal de Santa Catarina -Credenciado: Dermatologia - HUSC

Exemplo de excelência da dermatologiabrasileira, o professor Jorge José de SouzaFilho nasceu em Florianópolis, SC, em 18de setembro de 1937. Graduou-se emmedicina pela Universidade Federal doParaná em 1964; tendo realizado suaespecialização em dermatologia noHospital de Clínicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de São Paulo em 1965, já em 1966 foiaprovado por concurso público para a vaga de médico assistenteda Divisão de Dermatologia da Faculdade de Medicina de SãoPaulo.

Desenvolveu sua carreira acadêmica na UniversidadeFederal de Santa Catarina, como auxiliar de ensino, professor-assistente, professor adjunto e professor titular após concur-so em 1990. Criou e coordenou o Serviço de Dermatologiado Hospital Universitário de Santa Catarina.

Nesse estado desempenhou papel importante perante a classemédica, sendo presidente do Conselho Regional de Medicina, dire-tor técnico dos hospitais Governador Celso Ramos e de Caridade,e fundador, em 1974, da Regional de Santa Catarina da SociedadeBrasileira de Dermatologia, da qual foi o primeiro presidente.

Presidente nacional da Sociedade Brasileira deDermatologia, presidente da Sociedade Brasileira de CirurgiaDermatológica, em 1985 realizou em Florianópolis os con-gressos brasileiros de Dermatologia e de CirurgiaDermatológica, na condição de presidente de ambos. É autordo livro Drogas e doenças em dermatologia.

Atualmente exerce a função de médico em clínica priva-da e coordena a reunião semanal de discussão de casos clíni-

cos da Sociedade Brasileira de Dermatologia-SC. Com suaparticipação e experiência, a dermatologia catarinenserealizará novamente o Congresso Brasileiro em 2011.

É respeitado e tido como líder e exemplo a ser seguido,em meio aos dermatologistas catarinenses, que têm orgulhode tê-lo como seu representante maior junto à dermatolo-gia brasileira.

Prof. Jorge José de Souza Filho

Por dr. Roberto Amorim Filho, presidente da SBD-SC

Jornal da SBD � Ano XII n. 6 � 29

F) Projeto Notificação das FarmacodermiasDepartamento de Alergia e Dermatoses Ocupacionais

Outras atividades desenvolvidas pela 2a secretariaa) Participação na elaboração dos regimentos e

regulamentos da SBD;b) Respostas aos questionamentos enviados à Diretoria;c) Respostas aos pareceres dos órgãos especializados;d) Criação do Departamento de Teledermatologia em 2007;e) Respostas a questionamentos enviados por

associados e leigos;

f) Confecção de material didático e de divulgação.Em 2009, a SBD Nacional terá o Calendário Único dos

Eventos, em consonância com os coordenadores dos depar-tamentos, as regionais, as distritais e serviços credenciados. Égrande honra e privilégio coordenar os DepartamentosEspecializados da Sociedade Brasileira de Dermatologia.Finalizando, gostaríamos de expressar nossos agradecimen-tos pela participação de todos que possibilitaram tornar rea-lidade o Plano de Metas elaborado pela gestão 2007-2008,à Diretoria executiva e estendida, a coordenadores dosdepartamentos, presidentes de regionais e funcionários, pelotrabalho e dedicação na execução dessas atividades tão pra-zerosas, que esperamos dar continuidade em 2009.

Vd a D e r m a t o l o g i au l t o s

Prof. Jorge José de Souza Filho

Av. Rio Branco, 404 Sala 502-Planel Towers-Tor .188015-200 - Florianópolis - SCTel.: (48) 3222-2288Fax: (48) 3222-2288email: [email protected]

R e g i o n a l S a n t a C a t a r i n a

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Abnegação no exercício da

Hipócrates, considerado o pai da medicina, vislumbrou a medicina baseada emevidências. Ele exaltou em juramento a importância da ética profissional. O texto,tradicionalmente recitado nas formaturas de médicos, pode ser atualizado ao res-saltar a responsabilidade social intrínseca à profissão.

Para citar alguns dermatologistas que se devotaram destacadamente a seuspacientes, devem ser lembrados Diltor Opromolla, da cidade de Bauru (SP), quetrabalhou a vida toda com leprosos (leia artigo), e o professor Grossman, que dei-xou para trás o sucesso profissional vivido na Alemanha e mudou-se para a Áfricaa fim de cuidar de pessoas que vivem na maior penúria possível ao ser humano.Ele é o fundador do Centro Regional de Dermatologia (RDTC, sigla em inglês) emMoshi, na Tanzânia. Ele será focalizado na próxima edição.

medicina

Jaison Antônio Barreto *

O antigo Asilo Colônia Aymorés, hoje Instituto Lauro de Souza Lima, existe porque aquiaportou, em 1958, um jovem médico dermatologista chamado Diltor Vladimir Araújo Opromolla.Muito bem preparado tecnicamente, muito humano e, sobretudo, um visionário, que notou,naquele asilo colônia abarrotado de sofrimento, uma estrutura capaz de manter e aperfeiçoar osconhecimentos na área de hanseníase, com ênfase no diagnóstico, tratamento, formação de pes-soal adequado e pesquisa. Acreditou nessa transformação e nadou contra a corrente da desati-vação do asilo colônia. Enfrentou a descrença, a imobilidade, a indiferença e arrebanhou poucos,mas eficientes aliados.

De início, trabalhou praticamente sozinho. Após alguns anos, estimulou a vinda de dermato-logistas, oferecendo-lhes em troca participação em sua clínica particular na cidade de Bauru, deonde retirava a maior parte de seu sustento. Cada novo especialista que chegava a Bauru erarecrutado com a sedução de Opromolla para trabalhar no hospital onde, com a ajuda do dr.Osvaldo Cruz e do sr. Silas Braga Reis, havia estrutura adequada para o desenvolvimento dessesprofissionais.

Diltor aliava a competência no diagnóstico e tratamento com profundo e pessoal interessenos pacientes, estabelecendo vínculo com freqüência afetivo que era plenamente correspondido.Essa qualidade, aliada a sua inteligência, capacidade de trabalho, sólida formação profissional ecuriosidade científica quase patológica, encaminhou-o irredutivelmente para o ensino e pesquisa.Tinha sólida base em microbiologia, patologia, imunologia, epidemiologia, clínica dermatológica,

neurologia, terapêutica e reabilitação. Trabalhou eopinou com propriedade em todas essas

áreas e produziu inúmeros trabalhos cien-tíficos, por vezes com pontos de vista polê-micos, mas legitimados por sólida expe-

riência, capacidade de observação econhecimento da literatura cien-tífica. Aglutinou profissionais demuitas áreas a sua volta: outraluta, pois trabalhar em hanseníasenão é, e nunca foi, economica-mente atraente.

JURAMENTO DE HIPÓCRATES"Eu juro, por Apolo, médico, por

Esculápio, Higeia e Panacea, e tomo portestemunhas todos os deuses e todas asdeusas, cumprir, segundo meu poder eminha razão, a promessa que se segue:estimar, tanto quanto a meus pais, aque-le que me ensinou esta arte; fazer vidacomum e, se necessário for, com ele par-tilhar meus bens; ter seus filhos pormeus próprios irmãos; ensinar-lhes estaarte, se eles tiverem necessidade deaprendê-la, sem remuneração e nemcompromisso escrito; fazer participardos preceitos, das lições e de todo o restodo ensino, meus filhos, os de meu mestree os discípulos inscritos segundo os regu-lamentos da profissão, porém, só a estes.

Aplicarei os regimes para o bem dodoente segundo o meu poder e entendi-mento, nunca para causar dano ou mala alguém. A ninguém darei por compra-zer, nem remédio mortal nem um conse-lho que induza a perda. Do mesmomodo não darei a nenhuma mulher umasubstância abortiva.

Conservarei imaculada minha vidae minha arte.

Não praticarei a talha, mesmo sobreum calculoso confirmado; deixarei essaoperação aos práticos que disso cuidam.

Em toda casa, aí entrarei para obem dos doentes, mantendo-me longede todo o dano voluntário e de toda asedução, sobretudo longe dos prazeresdo amor, com as mulheres ou com oshomens livres ou escravizados.

Aquilo que, no exercício ou fora doexercício da profissão e no convívio dasociedade, eu tiver visto ou ouvido, quenão seja preciso divulgar, eu conservareiinteiramente secreto.

Se eu cumprir este juramento comfidelidade, que me seja dado gozar feliz-mente da vida e da minha profissão,honrado para sempre entre os homens;se eu dele me afastar ou infringir, o con-trário aconteça".

Hipócrates

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Na área de reabilitação das deficiências neurológicas dahanseníase, começou com uma simples sala para prevençãodas úlceras dos pés e evoluiu para um serviço de reabilita-ção completo. Atraiu para Bauru, um cirurgião ortopédicoespecializado em tratamento das deformidades na hanse-níase, o dr. Frank Durksen, da Universidade de Winnipeg(Canadá). Como conseqüência da atividade do dr. Durksenna área de cirurgia reabilitadora, recebemos o dr. Marcos daCunha Lopes Virmond, nosso atual diretor técnico.

Em 1970, convence o médico patologista dr. RaulNegrão Fleury a ir para Bauru a fim de complementar, his-tologicamente, o estudo dos casos de hanseníase. Essepatologista, aliando o fabuloso conhecimento de Diltorcom sua excelente formação em patologia, torna-se umadas maiores autoridades mundiais na área de anatomiapatológica da hanseníase e em dermatopatologia geral,com quase 300 necropsias realizadas em pacientes faleci-dos no hospital.

Em 1974, passa por Bauru, com destino a Minas Gerais,um sociólogo, que foi também seduzido e aqui ficou, inte-grado a um programa Pró-Reabilitação. Criou-se, então,junto com pessoas da sociedade local, a Sorri (Sociedadepara Reabilitação e Reintegração do Incapacitado). Essaentidade germinou, cresceu, deu frutos e lançou raízes paraoutros locais do Brasil. O sociólogo,Thomas Frist, envolveu-se com a hanseníase e posteriormente tornou-se presiden-te da American Leprosy Mission.

De uma pequena estante com livros velhos e umabibliotecária mantida por minguada verba não governa-mental, desenvolveu a Biblioteca do Instituto, que incor-porou a biblioteca do Instituto de Saúde (BibliotecaLuiza Keffer – especializada em hanseníase), atualmentea maior biblioteca especializada em hanseníase noBrasil. Os restos da Revista Brasileira de Leprologia, deprestígio internacional, mas também então em deca-dência, foram reativados, criando-se o periódicoHansenologia Internationalis, com quase 30 anos de

publicação ininterrupta.Seguiram-se a criação do setor de Oftalmologia, dos

laboratórios de Microbiologia, de Micobactérias, esteespecializado em pesquisa na área de resistência medica-mentosa na hanseníase, de Patologia Clínica, este últimodecorrência do processo de sedução do dr. DirceuDalpino, que durou quase 30 anos. Finalmente, houve aconsolidação do Instituto Lauro de Souza Lima comoInstituto de Pesquisa da Secretaria de Estado de Saúdedo Estado de São Paulo. Opromolla lutou muito para terdermatologistas, clínicos e especialistas de várias áreaspara o atendimento dos pacientes, além de pesquisa eensino. Nesta última área, muito cedo sonhou com umaResidência Médica, mas com muito trabalho, conseguiu. AResidência Médica do Instituto Lauro de Souza Lima hojetem tradição e prestígio, e distribui dezenas de médicosdermatologistas por todo o Brasil. Diltor acreditou quepoderia transformar um hospital para hansenianos emum Hospital Dermatológico, tratando lado a lado pacien-tes de hanseníase e pacientes portadores de outras der-matoses; conseguiu, rompendo todos os preconceitosexistentes.

Diltor não trabalhou sozinho, mas sonhou, acreditoue lutou todos os dias de sua vida médica, e soube atraire estimular pessoas de dentro e de fora da instituiçãopara essa empreitada. Devo a ele muito do que soucomo médico e como especialista. Faleceu no dia15.12.2004, deixando um vazio tremendo no coraçãode seus admiradores. Conservou imaculadas a vida e aar te médica.

* Coordenador do Programa de Residência Médica doILSL e chefe de Serviço Credenciado - Adaptado detextos elaborados pelo prof. dr. Raul Negrão [email protected]

�� Painel

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Nova ortografia no Jornal da SBDO Jornal da SBD passará a usar a partir da

primeira edição de 2009 as normas do novo acor-do ortográfico da língua portuguesa, que entraramem vigor no dia 1o de janeiro de 2009.

MemóriaOs mestres João

Gontijo, RubemAzulay e SebastiãoSampaio posarampara foto durante oevento “Triangular”que aconteceu no anopassado, em BeloHorizonte.

ABCD EFE

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�� LLiinnhhaa ddoo tteemmppoo -- RReettrroossppeeccttiivvaa

Chegamos ao fim da nossa coluna “Linha do Tempo”, que valorizou pessoas epontuou fatos científicos, políticos e sociais nos últimos 100anos. Dessa forma, respeitando o passadoestamos preparados para o futuro.Alguns tópicos de des-taques deste período

Pessoas e fatos que marcaram os últimos 100 anos

Prof. dr. Paulo Cunha

Pessoas e fatos que marcaram os últimos 100 anos

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�� Departamentos

✔✔ Departamento de LaserA equipe do Departamento de Laser — drs. Alexandre

Filippo, Luis Torezan, Roberto Mattos e Valéria Campos —está iniciando a organização do I Encontro dos Usuários deLaser da SBD.“Ficaremos um dia inteiro discutindo e trocan-do experiências sobre laser”, explica o dr. Alexandre Filippo.

No evento, serão abordadas controvérsias, comparaçãode aparelhos e de tecnologias, condução das complicações,relação com as firmas representantes de aparelhos, entreoutros assuntos. O encontro ocorrerá em abril, no HotelPortobello, em Angra dos Reis. “Faremos num sábado edepois poderemos aproveitar o restante do final de sema-na, para nosso lazer ; aliás, se alguém quiser levar a família...”,observa o dr. Alexandre. A SBD está negociando tarifasespeciais, com tudo incluído. Por isso, o número de vagasserá limitado.

�� Serviços Credenciados

✔✔ Universidade de Mogi das CruzesA equipe de residentes da Universidade de Mogi das

Cruzes (UMC) ganhou os quarto e quinto lugares do PrêmioCientífico “Programa Residente 2008”, promovido pelaGalderma. No site da UMC (www.umc.br) será disponibiliza-do o edital do Curso de Especialização em Cosmiatria paradermatologistas, com a coordenação da dra. Denise Steiner.

✔✔ Universidade de TaubatéDe 20 a 23 de novembro, 35 jovens com dermatoses

✔✔ Departamento de Oncologia CutâneaO Departamento de Oncologia Cutânea apoiou o

concurso Salve sua Pele, realizado pela SBD-SC, comescolares da primeira à quarta séries do ensino funda-mental de todo o estado.

Foram distribuídas, para todas as escolas catarinenses,cartilhas sobre fotoproteção e câncer da pele, conteúdoelaborado pelo chefe do Departamento de Oncologia, dr.Nilton Nasser. Com base nessa cartilha, os alunos produ-ziram desenhos com o tema "Salve sua Pele". O trabalhovencedor da cada escola foi enviado para a Regional SantaCatarina, onde uma comissão julgadora escolheu o dese-nho com a melhor mensagem sobre fotoproteção e cân-cer da pele. Esse desenho será utilizado na capa de folhe-tos sobre a doença, que serão distribuídos à população.

Este ano, em Blumenau, sob a supervisão direta doDepartamento de Oncologia Cutânea, 30.000 criançasde 80 escolas participaram do concurso, e os melhoresdesenhos receberam diplomas e medalhas da SBD, alémde kits de fotoprotetores. A ação contou com o apoiodireto das Secretarias de Educação e da Saúde do

Município de Blumenau e do Lions Clube Blumenau-Centro.

Foram distribuídos através das escolas e alunos demedicina cerca de 40.000 folhetos com os desenhos ven-cedores, patrocinados pela SBD-SC e Lions Clube.“Estamos propondo à nova diretoria estender o concur-so para todo o país”, informa o dr. Nilton Nasser.

Crianças apresentam desenhos premiados

severas estiveram reunidos no oitavo AcampamentoDermacamp, promovido pelo Serviço de Dermatologia daUniversidade de Taubaté, com o fundamental apoio da SBD-RESP. Os participantes se divertiram, esqueceram seus pro-blemas de pele e descobriram que, sim, podem levar umavida normal. Futebol, teatro, passeio de caiaque e um baile àfantasia foram algumas das atividades desenvolvidas.Segundo o chefe do Serviço, dr. Samuel HenriqueMandelbaum, o ponto alto do encontro foi o passeio deboião no lago, puxado por lancha a toda velocidade: emo-

Os coordenadores do departamento,Alexandre Filippo e Valéria Campos,receberão pelos e-mails [email protected] e [email protected] suges-tões de temas e de pessoas interessa-das em participar.

Esse evento, pioneiro no Brasil, é rea-lizado anualmente nos EUA, com grandesucesso técnico e de público. Dermatologistasbrasileiros que tiveram a oportunidade de participar ressal-taram a riqueza de aprendizado que um encontro dessetipo oferece. “Vamos fazer o nosso ser tão bom quanto oamericano, por isso conto com a participação de todos”,conclui o dr. Alexandre Filippo.

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ção total! Mais uma vez o acampamento contou com o tra-balho de 50 voluntários. Os dermatologistas interessadospodem inscrever seus pacientes de nove a 13 anos para par-ticipar do Dermacamp 2009.

✔✔ Universidade Federal do ParanáNa semana de 03 a 10 de novembro, diversas atividades

foram realizadas em comemoração aos 30 anos deResidência Médica em Dermatologia no Hospital das Clínicasda UFPR.A data foi celebrada juntamente com a décima edi-ção da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer da Pele.Dessa forma, um curso de extensão preparou médicos e alu-nos de medicina para orientação e prevenção da doença.

O evento contou com a participação especial da der-matologista americana Rebecca Tung, da The ClevelandClinic Foundation, que abriu a campanha contra o câncer dapele no HC-UFPR com a palestra "What´s new in SkinCancer". Ela ministrou, com autorização do CRM-PR, cursospráticos de Cirurgia Micrográfica de Mohs, técnicas combi-nadas com toxina botulínica e preenchimento com hidro-xiapatita de cálcio. "O evento atingiu seus objetivos, pois,

✔✔ Centro de Estudos Dermatológicos do RecifeNo último dia 15 de novembro, foi realizado o I

Encontro dos Ex-alunos do Ceder, contando, na parte damanhã, com simpósio sobre envelhecimento cutâneo e, àtarde, com apresentações em atualizações terapêuticas. Oevento foi concluído com um momento lúdico, em queforam apresentadas fotos de ex-alunos e professores doCeder, resgatando a história do Serviço desde sua criação,sem deixar de citar os diversos momentos de descontração.Cerca de 40 médicos participaram do encontro, encerradocom coquetel de confraternização.

No dia 28 de novembro, foi realizada mais uma seleçãopara o Curso de Especialização em Dermatologia do Ceder– 24 candidatos, alguns de estados vizinhos, inscreveram-separa concorrer às duas vagas oferecidas. “A procura pelonosso Curso de Especialização tem-se tornado crescente,demonstrando sua qualidade e o reconhecimento por

médicos e outros serviços de Pernambuco, bem como deestados vizinhos”, aponta a chefe do Ceder, dra. Sílvia daCosta Carvalho Rodrigues.

Ex-alunos, no encerramento, coquetel de confraternização

Dra. Rebecca Tungno Curso práticode Preenchimentocom Hidroxiapatita de Cálcio

além dos residentes e médicos do Serviço deDermatologia, os cursos tiveram a participação gratuita deex-residentes do Serviço, o que foi uma ótima oportunidadepara reciclagem e confraternização dos colegas", observa achefe do Serviço, dra. Fabiane Brenner.

✔✔ Universidade Federal de PernambucoPara o chefe do Serviço da Universidade Federal de

Pernambuco, dr. Josemir Belo, os números de atendimentostanto do Dia Nacional da Psoríase quanto da 10a CampanhaNacional de Prevenção do Câncer da Pele foram bastanteexpressivos. Ainda segundo ele, a residência médica emdermatologia do Hospital das Clínicas da UFPE é a maisconcorrida, com 79 candidatos, portanto, 26,3 candidatospor vaga.

✔✔ Instituto Lauro de Souza LimaO Instituto Lauro de Souza Lima e o VII Distrito

Dermatológico Bauru-Botucatu realizaram, nos dias 17 e 18 deoutubro, o Curso de Atualização em Hansenologia e a JornadaAnual Dermatológica. O evento aconteceu no anfiteatro doInstituto Lauro de Souza Lima e foi creditado pela ComissãoNacional de Acreditação.

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Rio de Janeiro ParaíbaMato Grosso do Sul

Regionais

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No dia 22 de novembro, tomou posse anova diretoria da SBD-PB, para o biênio2009-2010, no Tia Nila Recepções. A novagestão, ciente do dever associativo, firmou

com todos os dermatologistas o compro-misso de manter o bom nível de respeito que

a Regional guarda junto aos órgãos da classe médi-ca e à sociedade. A nova diretoria executiva serácomposta pelos drs. Carla Wanderley Gayoso (pre-sidente), Luciana Rabelo (vice-presidente), EdrianeAraújo (tesoureira), Cláudia Teixeira (primeira secretária),Ivana Villar (segunda secretária), Luciana Trindade,Mohamed Azzouz, Sandra Lemos e Jáder Freire (comissão

Drs. Loanda, Michela, Cristina, Elza Garcia e Rubenilda

Nos dias 16 e 17 de outubro de2008, a Regional Mato Grosso do Sulcomemorou seus 20 anos com a rea-lização da 15a Jornada da SBD-MS, a 1a Jornada do Serviço de Der-matologia do Hospital Universitário daUFMS, além de jantar de confraterni-

zação. Os eventos contaram com o apoio da SociedadeBrasileira de Cirurgia Dermatológica. Durante as jornadas,os drs. Hamilton Stolf e Mauro Enokihara ministrarampalestras e cursos práticos de cirurgia de tumores e deunha. Também palestraram o dr. Evandro Rivitti e diversosdermatologistas do estado.A quase-totalidade dos especia-listas do Mato Grosso do Sul esteve presente, além de aca-dêmicos de medicina.

O evento de Cosmiatria eLaser realizado nos dias 28 e29 de novembro, no WindsorHotel, foi marcado pela quali-dade científica e ampla par tici-pação de dermatologistas e da

indústria farmacêutica. A festa comemorativa dos 45anos da SBD-RJ fechou a gestão Aldy Barbosa Lima(2007-2008). O evento celebrou com muita alegria e

clima amistoso as últimas realizações da Regional Riode Janeiro que, ao longo de 45 anos, tem-se dedica-do à dermatologia carioca, buscando a excelênciacientífica e o aprimoramento constante de suas reali-zações de maneira democrática e ética. Na ocasiãofoi feita uma retrospectiva dos fatos marcantes daRegional e apresentada a gestão prof. Antar Padilha,eleita para o biênio 2009-2010, presidida pelo dr.Carlos Barcaui.

científica), Karla Renata F. Meira e Carla Simone (comissãosocial), Otávio Sérgio (defesa profissional e ética) e PatríciaAquino (coordenadora de divulgação).