Jornal da Pinheiro nº 11

JORNAL DA

PINHEIRODISTRIBUIÇÃO GRATUITA | Ano 5 | Nº 11

Novo Maracanã promete mudar o Rio

Apesar do atraso nas obras, em 2013, o estádio deverá estar adaptado para receber a Copa do Mundo de 2014

Em 2007, o Brasil se tornou o país sede para a Copa do Mundo de 2014. Desde então, vem se preparando para receber os jo-gos. Com questões de preserva-ção ambiental e soluções sócio-economicas para o país, todo o projeto de obra e/ou reforma

Veja Mais...

Futebol Americanovira febre no Rio

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Saúde Bucal Sorriso saudável

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Concurso PúblicoDedicação ou fracasso

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Escândalo no jornalismo

O tabloide “News of the World” do Reino Unido é suspeito de prati-car escutas ilegais na capital inglesa e virou notícia durante duas se-manas. O escândalo iniciou-se em 2005 quando uma reportagem sobre um ferimento no joelho do prínci-pe Willian gerou reclamações da família real.

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Foto: Internet

terá que estar voltados para a sustentabilidade. Entre algu-mas necessidades exigidas no manual da Fifa, o Maracanã de-verá receber, no mínimo, 60 mil torcedores para a fi nal de uma Copa (antes a capacidade de público do Maracanã era de 45

a 50 mil) e estacionamento para mais de 10 mil veículos. O es-tádio deverá ter também grande espaço para jornalistas e convi-dados VIPs.

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Jornal da Pinheiro • ano 5 • nº 112

A quantidade de leitores de jornais no Brasil tem crescido a cada dia. Essa realidade é possível, mesmo na era do Jornalismo eletrônico praticado nos blogs e redes sociais. Um dos principais contribuintes para a explosão das mídias digitais é a diversidade que elas permitem, trazendo muitas vezes um olhar menos distanciado sobre os temas. Tamanho sucesso faz muita gente apostar até no fi m dos jornais impressos. Novas modalidades de Jornalismo nascem a partir da necessidade social. Com elas, temos a resistência de alguns setores mais conservadores que reivindicam o retorno ao senso comum, muitas vezes referendado pelos maus exemplos na mídia, trazendo como consequência o preconceito contra o novo. Diante desse quadro, por que deveríamos investir em um jornal de papel com distribuição gratuita? Nós, da Faculdade Pinheiro Guimarães, enxergamos o momento em que vivemos e a diversidade jornalística atual. É nosso objetivo agregar esses valores ao jornal, para valorizar o sangue novo, trazer notícias desvinculadas ao senso comum e multiplicar a ética que discutimos dentro da sala de aula. Para isso, apostamos em um formato gratuito, no qual a parceria com empresários visionários nos permite levar informação a quem mais precisa.

Editorial

Cacau Amaral • [email protected] Ricardo • [email protected]

As mudanças ocorridas com o passar dos anos trouxeram signifi -cativas formas de expressão da notí-cia pelos meios de comunicação.A criação de jornais em formato de ta-bloides (no sentido original signifi -cava jornal com formato quadrado para se distinguir de outros periódi-cos. Com o tempo, entretanto, pas-sou a signifi car jornais sensaciona-listas escandalosos”). A construção de uma mídia sensacionalista é uma prática cada vez mais comum, despreendendo-se de príncipios éticos do jornalismo.Caracterizam principalmente pela exacerbada vei-culação de fatos que são tratados como escandâlos,banalização da violência, criação de celebridades

A estreita relação do Jornalismo

Escândalo no Jornalismo

O escândalo envolvendo o ta-bloide “News of the World”, que praticava escutas ilegais na capital inglesa, ocupou os noticiários mun-diais durante semanas. O jornal era o mais vendido aos domingos no Reino Unido e fazia parte de um dos conglomerados mais poderosos do pla-neta, o “News Corporation”. O im-pério de Rupert Murdoch inclui produ-tos para TV, jornais e publicidade. Tudo teve seu início em 2005, quando a reportagem sobre o ferimen-to no joelho do príncipe Willian gerou reclamações da família real sobre in-terceptações de mensagens de voz. Em julho de 2011, surgem novas denún-cias, dessa vez sobre grampos ao tele-

fone de Milly Dowler, uma menina de 13 anos que foi encontrada morta após um período de desaparecimento em 2002. Além dos mais de 4000 gram-pos, há suspeitas de que o tabloide pa-gava por informações a policiais, es-pionagem a políticos e celebridades. Após uma série de reportagens do jornal “Guardian” e a pressão da oposição trabalhista, o primeiro- ministro David Cameron pede a reabertura do inquérito. Na primeira fase, as investigações não apontaram nada além de casos isolados de cor-rupção, mas com a repercussão do assunto, levantou-se questionamen-tos sobre os depoimentos de James Murdoch, fi lho do magnata que de-

Como a falta de ética afasta a confi ança popular

clarou não saber de nada. Segundo Cameron, é necessário uma inves-tigação a fundo, caso contrário não será resgatada a confi ança popular. Em julho de 2011, Andy Coulson, ex-funcionário do primeiro-ministro David Cameron é detido sob suspeita de corrupção e interceptação de tele-fonemas na ocasião que era diretor do “News of the World”. Outras deten-ções aconteceram, entre elas a de Re-bekah Brooks, ex-editora do “News of the World”, e Stuart Kuttner, respon-sável pelos pagamentos do tabloide. Durante os depoimentos, um manifes-tante foi preso após atirar uma torta de espuma em Rupert Murdoch.

instantâneas, entre outros. Esse jor-nais são produzidos para um público específi co de classes sociais mais baixas. Com apuração duvidosa, geralmente, as notícias não são as-sinadas tendem a não ouvirem todas as fontes envolvidas. Muitas vezes, até mesmo, distorcendo um fato, as manchetes desses jornais contêm apelo emotivo, linguagem“chula” e popularesca, utilizando ex-pressões aumentativas, e uso de imagens fabricadas, seguindo inte-resses comerciais do jornal. A co-mer-cialização desses veículos e o foco a ser abordado obedecem a vários crité-rios editorias que nos sugerem a cria-ção de um novo jornalismo rentável. Os profi ssionais do Jornalismo se

abstêm do conceito imparcialidade e recortam a realidade de acordo com interesses editorias designados pela empresa. Os tabloides ingleses sen-sacionalista são um exemplo de im-pacto dessa nova mídia.A frequência de paparazzi nas ruas retrata uma nova forma de criar uma notícia e vendê-la. Os custos de produção e dis-tribuição de um jornal impresso fa-vorecem o tabloide como um novo redirecionamento da notícia e a soma dos interesses do público em noti-ciosos escandalosos. Com o trata-mento editorial mercadógico, criam um contraste relevante com standard que resistem para manter a mesma postura informativa do passado.

Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Pinheiro Guimarães

Diretor-Executivo: Armando S. Pinheiro GuimarãesCoordenador do curso: André Luiz CardosoEditor-Chefe: Sergio Xavier([email protected])

Repórteres: Alana, Ana Carolina, Cacau Amaral, Camila Maux, Carolina Moreira, Cinthia, Daniele, Diana, Etiele Figueiredo, Fernanda, Flavia Ferreira, Gabriel Ribeiro, Isabela Messias, Jader, Jeferson da Silva, Leonardo Fabri, Lilian, Luciene Caruso, Marceli Teixeira, Micheli Ramos, Nadja Almeida, Rafael Ruivo, Rodrigo Coutinho, Sergio Ricardo, Simone Monteiro, Thais, Vania Fernandes.

Diagramação: turma de Jornal Laboratório

Revisão: Cláudio Pimenta

Impressão: Gráfi ca Folha DirigidaRua do Riachuelo, 144 - Centro - RJ - CEP 20230-014Tiragem:15 mil exemplaresRua Silveira Martins, 153 – Catete - RJTelefone: (21) 2205-0797

Produzido pelos alunos da disciplinaJornal Laboratório (7º período)

Marceli Teixeira • [email protected] Figueiredo • [email protected]

ano 5 • nº 10 • Jornal da Pinheiro 3

EDUCAÇÃO

Concurso PúblicoUma via de mão dupla

Fernanda Oliveira / [email protected] Jader França / [email protected]

O Brasil é um país em constante desenvolvimento e a indústria dos concursos públicos é crescente. Cada vez mais temos aberturas de novos editais para provas. Tendo em vista a possibilidade de galgar um cargo público e dispor da esta-bilidade oferecida, o cidadão se des-dobra a fim de conseguir se tornar um estimado funcionário público.

Consultando esse cenário, percebe-mos que muitas pessoas participam deste processo. O professor Marcelo Marques mantém um site com os pro-fessores Rodrigo Menezes e Alexandre Prado, para dar assistência aos concur-seiros. Marcelo observou uma oportu-nidade de negócio graças ao avanço

tecnológico e o aumento da procura das pessoas por um cargo público.

Ele é o dono de um curso para con-curso que ajuda os candidatos pela internet. O site é cada vez mais visi-tado e procura manter um padrão de qualidade em suas vídeo-aula, pois segundo Marcelo “se a cadência não for mantida, o fracasso é anunciado.”

Por causa das dificuldades enfren-tadas pelos concurseiros, Ronaldo Júnior, administrador de empresas, 28 anos, transformou sua rotina. Ele afir-ma que estuda cerca de 6 horas por dia, há mais ou menos 2 anos para poder ingressar em algum órgão público. O estudante faz um curso presencial e não passou em nenhum concurso até então.

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“O nível de dificuldade das provas tem sido alto. Não desisto dos objetivos que tenho. Principalmente deste.” Ronaldo Júnior

Projeto beneficia pessoas carentesCamila Maux • [email protected] Nadja Almeida • [email protected]

Circo Voador semeia a educação no Rio

O Circo Voador, uma das casas de show mais famosas da Lapa, desenvolve projetos sociais na área da educação desde 2007. Além de atrações musicais, o circo oferece vários cursos gratuitos para as comunidades carentes como cursos de inglês, espanhol, informática, reforço escolar, entre outros. As atividades são criadas conforme a necessidade e a procura da comunidade. Esse trabalho conta com o apoio de entidades governamentais e privadas além do apoio de pessoas físicas.

Tudo começou quando, em outubro de 2007, foi inaugurado o Espaço Joaquim Silva com os cursos de inglês, espanhol e informática. À medida que o projeto foi crescendo, outros cursos

foram surgindo. O projeto além de ter ajuda de diversos professores também conta com auxílio de estagiários de diversas faculdades do Rio.

Os cursos de inglês e informática são direcionados para alunos do 7º ano e também da 3ª idade com direito a certificado. Normalmente as inscrições acontecem em dezembro de cada ano.

Com a intenção de oferecer oportunidade a quem que não tem condições de pagar um curso, o projeto da casa de show colabora para mudar o cenário da educação e dar a oportunidade de crescimento para aqueles que realmente têm interesse em progredir.

De acordo com Débora Cruz, coordenadora do pro-jeto, nos últimos anos a média de alunos atendidos

chegou a 400 por ano. Ainda segundo Débora, no início o projeto era voltado somente para moradores da Lapa e região, mas a procura cresceu e teve que se estender a outros locais como Madureira e São Gonçalo, mas a maioria sem condições de pagar pelos cursos.

Os cursos acon-tecem de segunda a quinta-feira, das 9h às 20h, na Rua Joaquim Silva, 114, Lapa. No ato da inscrição, é necessário apresentar identidade original. Menores de idade precisam estar

Foto: Nadja Almeida

acompanhados de seus responsáveis. Tel.: 21 - 2222-2916 E-mail: [email protected].


GERAL

Desde anunciado como país sede para a Copa, em 2007, o Brasil vem se preparando para receber os jogos em 2014. Dentre os estados sedes escolhidos pela Fifa (Fédéra-tion Internationale de Football As-sociation), órgão responsável pela organização da Copa no mundo, é no Rio de Janeiro que ocorrerá a grande final e encerramento dessa grande festa. Para isso, desde agos-to de 2011, foram iniciadas as obras no Estádio Mario Filho, conhecido como Maracanã, para adequação as exigências da Fifa.

Além do Rio de Janeiro, foram escolhidas como sedes para as competições as cidades: Belo Ho-rizonte, Brasília, Cuiabá, Curiti-ba, Fortaleza, Manaus, Natal, Por-to Alegre, Recife, Salvador e São Paulo), que devem seguir o Foot-ball Stadiums Technical Rrecom-mendations and Requirements é

Novo Maracanã promete mudar o RioApesar do atraso nas obras, em 2013 o estádio deverá estar adaptado para receber a Copa do

Mundo de 2014

Alana Carvalho • [email protected] Vinhas • [email protected]

uma espécie de manual disponibi-lizado pela Fifa que recomenda os principais requisitos para adapta-ção dos estádios que serão usados nos jogos nas escolhidas cidades sedes.

Preocupado com questões de preservação ambiental e soluções sócio-econômicas para o país, todo o projeto de obra e/ou refor-ma terão que estar voltados para a sustentabilidade. O mesmo ma-nual foi utilizado pelos organiza-dores da África do Sul na última competição, em 2010. Segundo o Portal Copa 2014, site do Governo Federal, além do de soluções vol-tadas a sustentabilidade, o manual oferece mais 10 tópicos de rel-evante importância, visa à segu-rança para o todos que assistirem ao espetáculo.

Resumindo a extensa lista de exigências do manual da Fifa, o

estadio brasileiro deverá atender algumas necessidades como, no mínimo, 60 mil assentos para a fi-nal de uma Copa (antes a capaci-dade de público do Maracanã era de 45 a 50 mil) e estacionamento para mais de 10 mil veículos. O estádio deverá ter também grande espaço para jornalistas e convida-dos VIPs.

O item que mais causou dúvidas foi a cobertura das arquibancadas em locais de alta incidência solar e de climas frio ou úmido. Apesar disso, a cobertura não poderá im-pedir que o gramado receba venti-lação adequada e luz. Em relação a sustentabilidade, a principal meta é a redução da emissão de CO2. O manual tem como recomendação a armanagem de água potável, co-leta seletiva de lixo, venda de co-midas, produtos sem embalagem, entre outras exigências.

A previsão para o término da obra estava previsto para o final do 2012, porém devido a uma greve de funcionários que durou 19 dias, o prazo ficou para o início de 2013. “Até lá, o Maracanã fica fechado exclusivamente para a transformação do espaço”, declara Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro após confirmação da retomada dos funcionários.

As empresas Andrade Gutier-rez, Delta e Odebrecht, que for-mam o Consórcio Brasil 2014, são as vencedores da licitação de obras. Segundo Sérgio Cabral, inicialmente o gasto está esti-mado em R$ 705,6 milhões, mas caso seja necessário ampliar os gastos, afirma que não vai ultra-passar o valor R$ 1.057,5 bilhão, valor máximo para orçamento de obras desse tipo, de acordo a Lei nª 8666/93.


Lançamento do livro “Imagens da Clausura”

Vânia Fernandes • [email protected]

A Unirio e o Arquivo Nacional lançam em agosto, o livro Imagens da Clausura na Ditadura de 1964, em que a professora e pesquisadora Icléa Thiesen, organiza 12 artigos escritos por alunos, ex-alunos e professores da Universidade. Mesmo após décadas, entidades da sociedade civil seguem na busca de informações sobre mortos e desaparecidos políticos; e “Imagens da Clausura” vem trazendo um pouco dessa memória, mostrando as verdades sobre os episódios que deixaram marcas na vida de muitas pessoas. Icléa diz que “Imagens da Clausura”... não são necessariamente

imagens fotográficas, mas vamos dizer, imagens simbólicas, sobre o que é uma prisão, o que é o espaço prisional, o que é o dia a dia nesse mundo tão específico, nesse espaço muito especifico, com um cotidiano extremamente duro.” O livro irá tratar dos presos políticos que ficaram detidos no Brasil, a prisão no exílio e relembrar a luta pelos direitos concedidos pela Lei da Anistia, dando a sociedade o direito de entender esses acontecimentos tão marcantes da história do nosso país.“O exílio e o banimento são duas das experiências que muitos dos entrevistados

Publicação reabre discussão sobre a ditadura de 64

experimentaram e carregam com eles, para onde forem, à sensação da clausura. E hoje se sabe que mesmo lá fora, eles eram vigiados, não era paranóia, eles eram vigiados.” O lançamento será no auditório do Arquivo Nacional, composto por uma Mesa- Redonda e contará com a participação de Paulo Abraão, secretário de Justiça e Presidente da Comissão de Anistia da Justiça: Maurici Politi, diretor do Núcleo de Preservação da memória Política de São Paulo e Anita Correia Lima, diretora da Escola de História da Unirio; além da idealizadora da obra, Icléa Thiesen.

“Imagens da clausura na Ditadura de 1964” - Capa

CULTURA

Viva Favela: Jornalismo e cultura digital

favela e as periferias eram representadas na mídia. De acordo com Xico Vargas, a construção do projeto foi feita com surpresas desde o momento da escolha dos correspondentes, quando selecionam pessoas de áreas de risco e pedem para elas descreverem a vida na favela. “Acreditamos que o projeto cumpriu o dever de traduzir a favela à medida que ofereceu à mídia comercial outra visão das comunidades que, até então, eram vistas como expressão do crime”.

Os idealizadores do projeto não imaginavam o alcance que o portal teria e muito menos que ele se tornaria nacional, com mais de 1,4 mil correspondentes em todo o país. Atualmente, o portal tem

Correspondentes do Viva Favela, aces-sando o conteúdo do site

correspondentes da Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco e tantos outros. Esses colaboram com a desmistificação das periferias e favelas, mostrando a comunidade a partir do olhar do morador.

A capa do portal sempre mostra uma conteúdo que é selecionado eletronicamente com base no número de votos que recebeu. Por isso, o conteúdo pode estar na capa, mesmo tendo um número relativamente pequeno de votos, pois ele foi o mais votado daquela seção nos últimos dois dias. Para ser um correspondente, a pessoa tem que ter força de vontade e dedidação, além de se inscrever no portal e começar a postar seus conteúdos.

O Viva Favela é um portal de jornalismo colaborativo, criado pelo Viva Rio em

2001 que trabalha a cultura digital dentro do ambiente Web. O portal

utiliza o software livre Ubuntu Studio para a edição de conteúdos multimídia e para a reunião virtual, feita com os demais correspondentes.

Segundo o editor de fotografia do portal, Walter Mesquita, a utilização desse software democratiza os acessos à informação e ao conhecimento. “Tudo dentro do software livre é feito de forma participativa e compartilhada e isso potencializa também a produção cultural, criando inclusive novas formas de arte”.

Por meio do portal, pessoas e comunidades, antes excluídas deste processo, passam a ser potencialmente protagonistas de suas histórias. A criação do portal veio do des-contentamento com a forma que a

Flávia Ferreira: [email protected] Moreira: [email protected]

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Lílian Chagas • [email protected] Cínthia Lima • [email protected]

A tocha olímpica já está acesa. A cidade de Guadalajara no México, sede dos jogos Pan

Americanos de 2011, está em conta-gem regressiva. Os jogos começam em 14 de outubro e vão até 30 do mes-mo mês. O Pan acontece a cada qua-tro anos. Apenas atletas do continente americano disputam medalhas. Este ano serão 42 países em 46 modalidades. A grande Guadalajara, capital do estado de Jalisco, tem jeito de cidade do interior, mas é considerada uma das maiores cidades do mundo. Várias tradições mexicanas tiveram origem em Guadalajara; como exemplo a

tequila, os rodeios e os sombreiros. Atletas e turistas irão saborear vários petiscos como o chicharrón (toucinho) e a pitaya. Passear pelo Teatro Degolado, o Palácio do Governo, o Instituto Cultural Cabañas, a biblioteca Iberoamericana, além da Catedral Metropolitana Plaza Guadalajara. A Cidade foi escolhida em 2006 para ser a sede do PAN 2011. Esses jogos de apelo global são uma demonstração de valorização do esporte nacional, e influenciam dire-tamente na vida socioeconômica do país sede. Há investimentos em todos os setores como turismo, infraestru-

tura, comercial, industrial e cultural; gerando empregos, melhorando a condição de vida de muitos habi-tantes e movimentando a economia. Apesar do impacto positivo que essas competições mundiais causam, ainda falta investimento nos próprios atletas, como diz o jogador de fute-bol Marcelo Silva: “A valorização do esporte é fundamental, mas falta a participação de empresários no patrocínio”. Diversos países pos-suem o bolsa atleta, programa de pa-trocínio a atletas de alto rendimento sem nenhum tipo de patrocínio em dinheiro, mas que não consegue su-

prir toda a necessidade existente. O esporte atua na vida de mui-tas pessoas fazendo toda diferença. Grandes atletas despertaram o inte-resse por atividades esportivas desde a infância. Ele atua como agente edu-cador dentro de muitas comunidades carentes. Através dele, muitas meni-nas e meninos sonham com um futuro diferente da realidade cruel vivida.Após esperar quatro anos e a menos de um mês do Pan, agora só resta preparar a pipoca, o refrigerante, convocar todos os amigos e prepa-rar o coração para torcer pelos nos-sos queridos e guerreiros atletas.

Jogos Pan Americanos 2011: evento esportivo na terra da tequila

Cidade de Guadalajara já está preparada para receber atletas de vários países

ESPORTES

Futebol Americano vira febre nas praias cariocas

Futebol Americano vira febre nas praias cariocasRio já conta com 10 equipes masculinas e esporte cativa as mulheres

Michele Ramos • [email protected] Rodrigo Coutinho • [email protected]

Com a invasão do futebol americano nas praias cariocas, em 1991, muitas equipes foram formadas, mas o crescimento do esporte não atinge somente o público masculino. Além dos homens, as mulheres representam uma parcela considerável entre os praticantes. Criado originalmente no século retrasado, o esporte foi adaptado para as praias cariocas e para o bolso dos participantes. Os jogadores não usam toda a proteção rígida dos americanos. Somente ombreiras de proteção de outros esportes de formas adaptadas são utilizadas. Outra precaução dos participantes inclusa nas regras é a Foto: Ricardo Gomes

proíbição de choques na região do pescoço e da cabeça.O esporte conta atualmente com mais de 40 times em todo o território nacional, seis delas formadas por mulheres. Integradas por atletas amadores, as equipes treinam geralmente nos finais de semana e durante a semana no período noturno. O campeonato carioca masculino acontece desde 1999, e a rivalidade entre as equipes é grande e saudável. ‘’Já foi possível criar rivalidade entre os times . Antigamente, era pior. Chegamos a ter muita animosidade, mas com a formação da seleção carioca, os atletas passaram a se conhecer e, hoje, a rivalidade é mais saudável’’, revela

o presidente da Federação Estadual de Futebol Americano, João do Valle. A atleta Fernanda Pessanha afirma que o futebol americano também se desenvolveu entre as mulheres apesar de ainda existir um certo preconceito. “Na verdade ainda existe uma certa resistência das mulheres, mas quando você conhece o esporte, vê que não tem nada demais. Tenho vários hematomas e machucados pelo corpo, mas uso saia, vestido, short, sem nenhum problema. Conheço meninas que ficam com um pouco de vergonha com isso,mas eu não ligo’’, revelou Fernanda. Hoje o futebol americano de praia é um dos esportes que mais crescem

no Brasil. A Associação de Futebol Americano do Brasil já conta com 12 entidades filiadas, representando as cinco regiões brasileiras.


SEGURANÇA

Unidade de Polícia PacificadoraUma política turbulenta, às vésperas da Copa do Mundo

A política de pacificação do Rio de Janeiro leva a população carioca a um grande dilema. Às vésperas de grandes eventos como a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, ocorrên-cias envolvendo Unidades de Polícia Pacificadora, as “UPP”, ajudam a perceber que a teoria é diferente da prática.

O Rio de Janeiro vem de um históri-co de violência extrema, agravado pela corrida armamentista na disputa por territórios do tráfico. O projeto de pacificação da cidade tem total apoio da mídia. Ele prevê a retomada des-sas áreas pelo estado e a devolução da vida cotidiana aos moradores, prin-cipalmente das favelas, que são as regiões mais atingidas pela violência.

Quando se fala a palavra “favela”, a primeira cidade a vir à mente é o Rio de Janeiro, onde encontramos mais de mil. A associação desses espaços com a violência é bastante praticada. Ape-sar disso, o Rio ainda é um dos des-tinos mais procurados por turistas de várias partes do mundo.

Em junho de 2010, a revista “The Economist” publicou um artigo em reconhecimento à mudança de cenário na Cidade de Deus, segunda favela a rece-ber UPP. Para os moradores e analistas, só polícia não basta. Seriam necessárias outras ações acompanhando a ocupação mili-tar, principalmente, nas áreas de saúde, educação, cultura e lazer.

Segundo pesquisa do Centro de Justiça e Sociedade da Escola de Direito da FGV-Rio, publicada na Folha de São Paulo, prisões indevidas e maus tratos são algu-mas das queixas de quem vive em favela. No Morro do Cantagalo, em Copacabana, vinte meses após a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora, 29% dos moradores julgaram ter tais direitos desres-peitados pelos policiais.

Em setembro de 2011, diversas ocorrências trouxeram as UPP de volta à mídia, dessa vez de forma negativa. Três policiais foram presos com 13

mil reais, de origem desconhe-cida, em um veículo. A polícia disparou com munição de borra-cha contra um homem na Cidade de Deus. Um sargento da Polícia Militar ficou ferido após uma Unidade de Polícia Pacificadora ser atacada por moradores com pedras e garrafas, também na Cidade de Deus.

Essa onda de violência não é exclusividade das UPP. Um ano antes do início de sua implanta-ção, às vésperas dos jogos Pan

Americanos, diversas execuções sumárias aconteceram no Complexo do Alemão, conforme laudo da Se-cretaria Especial de Direitos Huma-nos da Presidência da República.

Outra prática de controle que re-cebe bastante crítica é o Caveirão. Externamente o veículo lembra os blindados que transportam valores para os bancos. Internamente tem capacidade para levar 11 policiais até as zonas de conflito urbano. Criado para situações de exceção, em 2007, o Bope chegou a realizar 2.200 horas de operação com es-ses blindados.

Greves de funcionários da cons-trução civil, professores e bom-beiros ajudam a tornar a política ainda mais turbulenta. Quase um ano após o exército ocupar o Com-plexo do Alemão, novas ocorrên-cias voltam a ter destaque na mí-dia, levando o governo a rever o projeto de ocupação. A convivên-cia entre a Força de Pacificação e os moradores está desgastada. Segundo o general do Comando Militar do Leste, Adriano Pereira Júnior, antropólogos e psicólo-gos ajudarão a integração dos militares.

Cacau Amaral - [email protected]

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Foto: Sergio Ricardo


SAÚDE

A saúde começa pela boca. Embora sai-bamos disso, com a correria do dia a dia,

deixamos um pouco de lado alguns cuidados essenciais para manter uma boca saudável. Ao aprofundarmos no assunto, percebemos que vários estu-dos são feitos voltados para a saúde bucal. Isso nos mostra o quanto pre-cisamos de orientação e que devemos levar esse assunto a sério. Exemplo disso é que, às vezes, um mau hálito pode significar apenas a falta de esco-vação e em outras, sinalizar que algo está errado em nosso organismo.

Segundo o Ministério da Saúde, nos anos 90, o Brasil avançou na prevenção de cáries em crianças, mas a situação de adolescentes, adultos e idosos perma-nece como foco de atenção. O Levan-tamento Nacional de Saúde Bucal – SB Brasil – concluído em 2003, revelou que 13% dos adolescentes nunca foram ao dentista, 20% da população brasileira já perderam todos os dentes e 45% dos

brasileiros não possuem acesso regular à escova de dente.

Em 2004, um ano após o levan-tamento, o MS apresentou um docu-mento com as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, propondo uma reorganização da atenção em saúde bucal, respondendo a uma con-cepção de saúde não centrada apenas na assistência aos doentes, mas, so-bretudo, na promoção da boa quali-dade de vida e intervenção nos fatores que a colocam em risco, pela incorpo-ração das ações programáticas de uma forma mais abrangente e do desenvol-vimento de ações intersetoriais.

O odontólogo, Luís Gustavo Garcia, que atua na área há mais de 17 anos, na cidade de Guapimirim, região metropolitana do Rio de Janeiro, alerta que é importante, desde cedo, os pais estimularem os filhos a escovar os dentes sozinhos, mostando-lhes como deve ser feito e não esquecendo de elogiar a atitude da criança.Sobre as estatísticas do Levantamento Nacional

de Saúde Bucal – SB Brasil 2003, Luis Gustavo declarou que tudo poderia ser evitado se houvesse um cuidado com a higiene bucal logo após o bebê mamar pela primeira vez. Usando uma gase com água limpa, passando sobre a língua e gengiva.

Sobre a questão da escovação diária, o dentista nos contou que uma pequena parte das pessoas no mundo escova os dentes corretamente e que mais campanhas deveriam ser feitas pelo Governo para alertar à sociedade.

E você? Escova bem seus dentes?

Lembre-se de que uma escovação adequada deve durar, no mínimo, dois minutos. Vamos lá, os dentes têm que ser escovados com movimentos suaves e curtos. Separe sua boca em quatro partes. Parte superior e inferior, lado esquerdo e lado direito e escove “varrendo” os restinhos de comida para que não venha a ser um incômodo se permanecerem na boca. Isso mesmo,

cuidado com a cárie, normalmente ela é formada por esse restinho de comida que se torna tártaro e causa mau hálito e, posteriormente, torna-se cárie. Preste atenção ao seu tipo de escova. Lembre-se que existem diversos tipos e tama-nhos diferentes. Procure seu dentista e oriente-se sobre qual tipo de escova é o sua. Não se esqueça de usar anti-séptico bucal e o fio dental após as escovações para uma melhor limpeza de sua boca. E por falar em limpeza, você tem aquela mania de molhar a escova de dente antes de levá-la a boca? Já com a pasta? Muitos cometem esse erro. A escova deve ser molhada. Depois coloca-se uma pequena quantidade de pasta e aí escova-se os dentes. Pois a pasta quando molhada perde suas propriedades. Maiores dúvidas você pode consultar seu dentista e para ter acesso ao conteúdo completo das diretrizes acesse o site da Política Nacional de Saúde Bucal.

Saúde bucalPor que é importante se preocupar com a higiene bucal?

Isabela Messias - [email protected] Jeferson Santana - [email protected]

Muitas pessoas ainda não sabem que a AIDS é uma doença totalmente transmissível, e que pode matar sim. É transmitida pelas relações sexuais, transfusões de sangue, doação de órgãos o uso de drogas injetáveis entre out-ros.Com isso acaba acarretando out-ras doenças que podem levar a morte, como infecções, tumores entre outras consequências. Existem pessoas que convivem com o vírus por muito tempo, mas por algum motivo não desenvolv-eram a doença e os sintomas também, isso devido ao sistema imunológico de cada um . Não se sabe ao certo o porquê que isso acontece. Podemos perceber que os principais sintomas de alguém

AIDSCausas e Prevenções

Daniele França [email protected] Simone Assunção [email protected]

com o vírus, na maioria das vezes são sempre os mesmos, dores de cabeça , febre, dores musculares e perda de peso, entre outros. Normalmente, eles apare-cem nas primeiras semanas após a in-fecção. Mesmo aqueles que os sintomas não desenvolvem ou não aparecem, são capazes de transmitir também o vírus.

É por isso que existem campanhas de conscientização do uso de preserva-tivos, hoje considerado como um mé-todo mais seguro nas relações sexuais. O uso de seringas e materiais descar-táveis são essenciais também. Evitando assim o compartilhamento entre pes-soas que são portadoras do vírus. As-sim como as gestantes que são orien-

tadas a fazer o teste de HIV , para que se ocorrer positivo , possam ter um tratamento adequado e até mesmo ter todo um cuidado na hora do seu parto.

Nos dias de hoje, existem vários remédios que são bastante eficazes ao tratamento, podendo dar a oportuni-dade e quem sabe uma chance de ter uma vida normal. Hoje os tratamen-tos estão bastante avançados com no-vas tecnologias , o que acaba gerando uma ar de esperança para aqueles que talvez tenham perdido. Graças a es-sas pesquisas e ao crescimento delas os portadores poderão usufruir de uma vida melhor. Esse é o objetivo do trata-mento, dar essa possibilidade de vida.

Jornal da Pinheiro nº 11

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