Jornal da Arquidiocese de Florianópolis 04/09

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Dom JosØ se despede da Arquidiocese Aps trŒs anos como Aps trŒs anos como Aps trŒs anos como Aps trŒs anos como Aps trŒs anos como bispo-auxiliar na Ar bispo-auxiliar na Ar bispo-auxiliar na Ar bispo-auxiliar na Ar bispo-auxiliar na Arquidio- uidio- uidio- uidio- uidio- cese, Dom JosØ assume cese, Dom JosØ assume cese, Dom JosØ assume cese, Dom JosØ assume cese, Dom JosØ assume no no no no nova missªo. A posse em a missªo. A posse em a missªo. A posse em a missªo. A posse em a missªo. A posse em Blumenau serÆ no dia 04 Blumenau serÆ no dia 04 Blumenau serÆ no dia 04 Blumenau serÆ no dia 04 Blumenau serÆ no dia 04 de abril, s 1 de abril, s 1 de abril, s 1 de abril, s 1 de abril, s 10h, na Cat 0h, na Cat 0h, na Cat 0h, na Cat 0h, na Cate- e- e- e- e- dral Sªo P dral Sªo P dral Sªo P dral Sªo P dral Sªo Paulo Apst aulo Apst aulo Apst aulo Apst aulo Apstolo. olo. olo. olo. olo. P`GINA 09 P`GINA 09 P`GINA 09 P`GINA 09 P`GINA 09 Solenidade contou com a participaªo de mais de 10 mil pessoas que acompa- nharam a Celebraªo atravØs de telıes Aps quase cinco anos de trabalhos, a Catedral Ø entre- gue comunidade, restaurada em sua estrutura. Solenidade contou com celebraªo euca- rstica presidida pelo nosso ar- cebispo Dom Murilo Krieger, descerramento de placa come- morativa, apresentaªo de coro de 500 vozes, do Ballet Bolshoi e show pirotØcnico. Nos œltimos quatro anos des- cobri que, para nosso povo, a Catedral Ø muito mais impor- tante do que se imaginava, disse Dom Murilo. Apesar de inaugurada, as obras continuam. AlØm de res- taurar as obras sacras e alta- res, pintura e restauraªo dos bancos da igreja, o projeto pre- tende alcanar o complexo Ca- tedral. Contamos com o apoio das autoridades e dos empre- sÆrios para levar adiante o tra- balho, disse Pe. Chico, pÆroco da Catedral. Projeto vai captar os recursos necessÆrios. Catedral Ø inaugurada Arquidiocese Jornal da Florianópolis, Abril 2009 N” 144 - Ano XIII Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Celebraıes paroquiais abrem o Ano CatequØtico P`GINA 03 CONESPA reœne oito corais para cantar a PÆscoa P`GINA 03 P`GINA 03 P`GINA 03 P`GINA 03 P`GINA 03 Seminarista Ø or- denado diÆcono na Espanha P`GINA 05 P`GINA 05 P`GINA 05 P`GINA 05 P`GINA 05 Igreja celebra em abril o Dia Mundi- al da Juventude P`GINA 0 P`GINA 0 P`GINA 0 P`GINA 0 P`GINA 07 Fundo de Solida- riedade completa 10 anos P`GINA 1 P`GINA 1 P`GINA 1 P`GINA 1 P`GINA 10 Pe. Gercino: expe- riŒncia de vida em terra de missªo P`GINA 1 P`GINA 1 P`GINA 1 P`GINA 1 P`GINA 14 P`GINA 1 P`GINA 1 P`GINA 1 P`GINA 1 P`GINA 16 A Igreja dos primeiros tempos usava a palavra "Caminho" para falar de Jesus. Estar "no caminho" era viver em comunidade, partir do pªo, ouvir e praticar a Palavra, anunciar o Evangelho aos povos, formar novas comunidades, man- ter-se fiel doutrina dos Apstolos. Viver no caminho, hoje, Ø assu- mir a realidade em que vivemos: a realidade pessoal de sofrimento, crise, provaıes, dœvidas etc., e a realidade social de injustia, corrupªo, exclusªo, pobreza, fome etc. uma realidade que nos ques- tiona, pois nªo estÆ de acordo com o projeto de Deus para a humani- dade. uma realidade que contra- diz o Reino da Vida proposto por Jesus de NazarØ. Ser discpulo de Cristo, hoje, Ø estar no caminho, para encontrar-se com o Mestre presente nos irmªos sofredores, no povo da rua, nos migrantes, nos en- fermos, nos dependentes de dro- gas, nos presidiÆrios, nos exclu- dos, nos desempregados. E deixar- se questionar por eles. P`GINA 04 P`GINA 04 P`GINA 04 P`GINA 04 P`GINA 04 Caminho para o Discipulado AlØm da restauraªo, Catedral ganhou iluminaªo especial Parquia NSra. do RosÆrio Com apenas quatro anos de existŒncia, a parquia Ø uma das mais novas da Arquidiocese. Apesar disso, conta com uma boa estrutu- ra. A fora da parquia estÆ na formaªo oferecida s suas li- deranas. O maior desafio Ø atender aos mais de 30 mil ha- bitante, distribudos em qua- tro comunidades. P`GINA 08 P`GINA 08 P`GINA 08 P`GINA 08 P`GINA 08 Azambuja Ø elevada a parquia A celebraªo, realizada no dia 07 de maro, foi um mar- co histrico para a Arquidio- cese. Azambuja Ø o local onde a maioria dos nossos padres fez a sua formaªo. A par- quia terÆ como primeiro pÆro- co Pe. P e. P e. P e. P e. Pedr edr edr edr edro Schlichting o Schlichting o Schlichting o Schlichting o Schlichting, que tambØm Ø o reitor do SeminÆ- rio e do SantuÆrio. Ele conta- rÆ com o auxlio dos padres do SeminÆrio e do Hospital. P`GINA 09 P`GINA 09 P`GINA 09 P`GINA 09 P`GINA 09 De graa recebestes, de graa dai De graa recebestes, de graa dai De graa recebestes, de graa dai De graa recebestes, de graa dai De graa recebestes, de graa dai (Mt 10,8)

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Edição 144, ano XIII, Abril de 2009

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Dom José sedespede daArquidiocese

Após três anos comoApós três anos comoApós três anos comoApós três anos comoApós três anos comobispo-auxiliar na Arbispo-auxiliar na Arbispo-auxiliar na Arbispo-auxiliar na Arbispo-auxiliar na Arqqqqquidio-uidio-uidio-uidio-uidio-cese, Dom José assumecese, Dom José assumecese, Dom José assumecese, Dom José assumecese, Dom José assumenononononovvvvva missão. A posse ema missão. A posse ema missão. A posse ema missão. A posse ema missão. A posse emBlumenau será no dia 04Blumenau será no dia 04Blumenau será no dia 04Blumenau será no dia 04Blumenau será no dia 04de abril, às 1de abril, às 1de abril, às 1de abril, às 1de abril, às 10h, na Cat0h, na Cat0h, na Cat0h, na Cat0h, na Cate-e-e-e-e-dral São Pdral São Pdral São Pdral São Pdral São Paulo Apóstaulo Apóstaulo Apóstaulo Apóstaulo Apóstolo.olo.olo.olo.olo.

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Solenidade contou com a participaçãode mais de 10 mil pessoas que acompa-nharam a Celebração através de telões

Após quase cinco anos detrabalhos, a Catedral é entre-gue à comunidade, restauradaem sua estrutura. Solenidadecontou com celebração euca-rística presidida pelo nosso ar-cebispo Dom Murilo Krieger,descerramento de placa come-morativa, apresentação decoro de 500 vozes, do BalletBolshoi e show pirotécnico.�Nos últimos quatro anos des-cobri que, para nosso povo, aCatedral é muito mais impor-

tante do que se imaginava�,disse Dom Murilo.

Apesar de inaugurada, asobras continuam. Além de res-taurar as obras sacras e alta-res, pintura e restauração dosbancos da igreja, o projeto pre-tende alcançar o complexo Ca-tedral. �Contamos com o apoiodas autoridades e dos empre-sários para levar adiante o tra-balho�, disse Pe. Chico, párocoda Catedral. Projeto vai captaros recursos necessários.

Catedral é inaugurada

ArquidioceseJornal da

Florianópolis, Abril 2009 Nº 144 - Ano XIII

Participe doJornal daArquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis

P O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

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Celebrações paroquiais abrem o Ano Catequético PÁGINA 03

CONESPA reúneoito corais paracantar a Páscoa

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Seminarista é or-denado diáconona Espanha

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Igreja celebra emabril o Dia Mundi-al da Juventude

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Fundo de Solida-riedade completa10 anos

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Pe. Gercino: expe-riência de vida emterra de missão

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A Igreja dos primeiros temposusava a palavra "Caminho" parafalar de Jesus. Estar "no caminho"era viver em comunidade, partir dopão, ouvir e praticar a Palavra,anunciar o Evangelho aos povos,formar novas comunidades, man-ter-se fiel à doutrina dos Apóstolos.Viver �no caminho�, hoje, é assu-mir a realidade em que vivemos: arealidade pessoal de sofrimento,crise, provações, dúvidas etc., e arealidade social de injustiça,corrupção, exclusão, pobreza, fomeetc. É uma realidade que nos ques-

tiona, pois não está de acordo como projeto de Deus para a humani-dade. É uma realidade que contra-diz o Reino da Vida proposto porJesus de Nazaré. Ser discípulo deCristo, hoje, é estar no caminho,para encontrar-se com o Mestrepresente nos irmãos sofredores, nopovo da rua, nos migrantes, nos en-fermos, nos dependentes de dro-gas, nos presidiários, nos excluí-dos, nos desempregados. E deixar-se questionar por eles.

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Caminho para o Discipulado

Além da restauração, Catedral ganhou iluminação especial

Paróquia NSra. do RosárioCom apenas quatro anos

de existência, a paróquia éuma das mais novas daArquidiocese. Apesar disso,conta com uma boa estrutu-ra. A força da paróquia está na

formação oferecida às suas li-deranças. O maior desafio éatender aos mais de 30 mil ha-bitante, distribuídos em qua-tro comunidades.

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Azambuja é elevada a paróquiaA celebração, realizada no

dia 07 de março, foi um mar-co histórico para a Arquidio-cese. Azambuja é o local ondea maioria dos nossos padresfez a sua formação. A paró-quia terá como primeiro páro-co PPPPPe. Pe. Pe. Pe. Pe. Pedredredredredro Schlichtingo Schlichtingo Schlichtingo Schlichtingo Schlichting, quetambém é o reitor do Seminá-rio e do Santuário. Ele conta-rá com o auxílio dos padres doSeminário e do Hospital.

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�De graça recebestes, de graça dai��De graça recebestes, de graça dai��De graça recebestes, de graça dai��De graça recebestes, de graça dai��De graça recebestes, de graça dai� (Mt 10,8)

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Na Bíblia, Deusnunca é designa-do como mãe, eninguém se diri-

ge a Ele comessa invocação�.

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Murilo S. R. Krieger Dom Murilo S. R. Krieger Dom Murilo S. R. Krieger Dom Murilo S. R. Krieger Dom Murilo S. R. Krieger,,,,, SCJ Arcebispo de Florianópolis

Discípulos missionários do RessuscitadoA Conferência de Aparecida fez

de Jesus Cristo o tema principal deseus debates e do documento final.Ensina-nos, assim, que o melhorque podemos fazer para os homense as mulheres de nosso tempo étestemunhar que Ele ressuscitou,está vivo e presente em nosso meio.

�Se Cristo não ressuscitou, ésem valor a nossa fé�, proclama-va Paulo. E, com muita proprieda-de, acrescentava: �Se é somentepara esta vida que esperamos emCristo, somos os mais miseráveisde todos os homens� (1Cor 15,17-18). As primeiras comunidadescristãs acreditaram que a mensa-gem de Cristo era verdadeira, pelaconvicção de que o Ressuscitadohavia vencido a morte.

�Se ressuscitastes com Cristo,

procurai as coisas do alto, onde Cris-to está sentado à direita de Deus�(Cl 3,1). O Ressuscitado continuavivo entre nós, acolhe-nos e convi-da-nos à doação: através de nós,quer acabar com toda forma de es-cravidão (e o pecado é a primeiradelas!) e criar um novo tipo de rela-cionamento entre as pessoas.

Não fomos nós que o escolhe-mos como nosso Salvador e Mes-tre, Irmão e Amigo: ele é que nosescolheu e nos chama (cf Jo15,16), para sermos seus discípu-los missionários. Essa escolhaamorosa nos dá força para segui-lo. Ser fiéis a Jesus Cristo exige denós um renovado exame de cons-ciência sobre nossa vida, nossascelebrações litúrgicas, nosso tra-balho catequético, nossa ação

social e solidária, perguntando-nos se elas levam as pessoas aoencontro vivo com Cristo, se o ce-lebram, se o prolongam e se oanunciam aos que não o conhe-cem - enfim, se estamos anunci-ando o Evangelho como uma men-sagem de esperança e alegria.

Se encontrar Cristo é o primei-ro passo para alguém dar um novosentido à sua vida, ser seu discí-pulo comporta outros passos: es-cutar sua Palavra, contemplá-lo eprocurar �amar como ele amou�.Mais: aderir tão profundamente àsua Pessoa, que tudo o mais sejaconsiderado �lixo� (cf. Fl 3,8). Emseguida, é necessário integrar-senuma comunidade de outros dis-cípulos de Jesus e ali alimentar-seda oração e dos sacramentos, prin-

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bent Bent Bent Bent Bento XVIo XVIo XVIo XVIo XVI

Deus é PaiNa oração do Pai-nosso, �reza-

mos a Deus com palavras dadaspor Deus para Deus... O Pai- nos-so surge da oração de Jesus, dodiálogo do Filho com o Pai... O Pai-nosso é sempre uma oração deJesus e que se descobre a partirda comunhão com Ele... O Pai-nos-so é uma oração trinitária: nósrezamos com Cristo ao Pai peloEspírito Santo� (pp. 123-127)

Na Bíblia, �Deus nunca é desig-nado como mãe, e ninguém se di-rige a Ele com essa invocação, nemno Antigo nem no Novo Testamen-to. �Mãe� não é na Bíblia um títulodivino. Por quê? Só podemos ten-tar compreender isso às apalpade-las. Naturalmente, Deus não é nemhomem nem mulher, mas precisa-mente Deus, o criador do homeme da mulher. As divindades mater-nas, que habitavam nos espaçosao redor, tanto do povo de Israelcomo da Igreja do Novo Testamen-to, mostram uma imagem da rela-ção entre Deus e o mundo que éinteiramente oposta à imagem bí-blica de Deus. Elas incluem sem-pre, e mesmo inevitavelmente, con-cepções panteístas, nas quais de-saparece a distinção entre o Cria-dor e a criatura. O ser das coisas edos homens aparece desse pontode partida necessariamente comouma emanação do seio maternodo ser, o qual se temporaliza napluralidade dos entes.

Em contraste com essa con-cepção, a imagem do pai era e éadequada para exprimir aalteridade entre Criador e criatu-ra, a soberania do ato criador. So-mente por meio da exclusão dasdivindades maternas podia o An-tigo Testamento levar à maturida-de sua imagem de Deus, a puratranscendência de Deus. Masmesmo se não podemos oferecerabsolutas nem concludentes fun-damentações, para nós permane-ce normativa a linguagem da ora-ção de toda a Bíblia, na qual, comodissemos, apesar de todas asgrandes imagens do amor mater-no, �mãe� não é nenhum título di-vino, não é nenhuma alocuçãopara Deus. Nós rezamos comoJesus no horizonte da Sagrada Es-critura nos ensinou a rezar, nãocomo nos agrada. Só assim é querezamos corretamente.�

O Ósculo Fraterno e a Comunhão CristãsDiversos textos de Paulo e de

Pedro recomendam aos cristãos�Saudai-vos mutuamente com oósculo santo� (Rm 13,12),�Saudai-vos uns aos outros comum ósculo santo� (Cf. Rm 16,16;1Cor 16,20; 2Cor 13,12; 1Tes5,26); �Saudai-vos uns aos ou-tros com o ósculo fraterno� (1Pd5,14). Como as Cartas eram li-das na Celebração da Eucaristia,nela encontra-se o sentido des-se �ósculo santo�: é o ósculolitúrgico, símbolo de união. �É o�ósculo de caridade� ou �beijo deamor� (1Pe 5.14).

Para situarmos a profundida-de e o compromisso desse�ósculo santo� devemos nos re-montar ao gesto da liturgia daIgreja apostólica, que prevaleceuaté o século IV, sendo depoissubstituído por uma saudaçãofraterna que poderia consistir noaperto de mão, no olhar sorriden-te, no beijo na face. Todas asliturgias da Igreja conservamesse ósculo santo, o abraço dapaz antes da comunhão.

A palavra ósculo vem do latim�os�, que quer dizer boca. O�ósculo santo� era o beijo da pazque os cristãos de trocavam an-tes da comunhão e consistia nobeijo na boca. Esse hoje estranhobeijo na boca recebia o nome de�conspiratio� (respirar com), cons-piração. Conspiratio é trocar entresi a respiração, o espírito, a vida.No momento do �ósculo santo�,

através do beijo na boca os fiéisque iriam comungar se davam avida, a respiração, o espírito-Espí-rito Santo. Assim como Deus so-prou sobre o homem e ele tornou-se um ser vivente, cada um rece-be esse mesmo sopro divino edepois faz o outro dele participan-te. A comunhão das respiraçõesunifica todos e, ao mesmo tempo,distingue: eu me torno �nós�, e o�nós� se torna �eu�. A união do es-pírito vital identifica a pessoa e,com ela, forma a comunidade.

Era um gesto revolucionário:pobres e ricos, homens e mulhe-res, judeus e gregos, escravos elivres, todos participavam de ume mesmo espírito, com o beijosanto derrubando todos os mu-ros de separação. O �ósculo san-to� criava a �comunhão�, a co-munidade, a ekklesía-Igreja. Naseqüência, preparando a comu-nhão, o que presidia a Eucaris-tia partia um pedaço do Pão e omergulhava no Cálice: assimcomo o Corpo e o Sangue doSenhor estão unidos, os que re-ceberiam a comunhão se torna-vam um só Corpo no Corpo doSenhor: Cristo em todos e todosem Cristo.

Seguia-se a comunhão: osque haviam realizado a conspi-ratio/ósculo agora �conspiravam�com Cristo, por ação do EspíritoSanto. Os irmãos que trocaram arespiração, a vida, pelo poder doEspírito trocavam a respiração e

Jornal da ArJornal da ArJornal da ArJornal da ArJornal da Arqqqqquidiocese de Florianópolisuidiocese de Florianópolisuidiocese de Florianópolisuidiocese de Florianópolisuidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - FlorianópolisCep 88015-130 - Fone/Fax (48) 322(48) 322(48) 322(48) 322(48) 3224-44-44-44-44-4799799799799799E-mail: jornal@arjornal@arjornal@arjornal@[email protected] - uifln.org.br - uifln.org.br - uifln.org.br - uifln.org.br - Site: wwwwwwwwwwwwwww.ar.ar.ar.ar.arqqqqquifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.br22 mil exemplares mensais

Diretor e revisor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Dom José Negri,

Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Guilherme

Pontes, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC

01224 JP - Departamento de Publicidade: Pe. Francisco Rohling - Editoração e Fotos: Zulmar Faustino

- Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão e Fotolitos: Gráfica Rio Sul

cipalmente da Eucaristia; cultivaruma atenção especial aos neces-sitados, com os quais Cristo tantose identifica; estar unido aos su-cessores dos Apóstolos; imitá-lo,colocando em prática os princípi-os da moral cristã. Cheio de entu-siasmo, o discípulo sente necessi-dade de dar ainda outros passos:torna-se, então, missionário, poisdeseja que outros tenham a possi-bilidade de viver a experiência defé que ele está vivendo; e procuraimprimir na sociedade em que viveos valores do Evangelho. Aos pou-cos descobre que alguém viveu ple-namente o que está procurandoviver: Maria, a Mãe de Jesus. Porisso, aproxima-se dela, para apren-der como ser �discípulo missioná-rio� do Ressuscitado.

� BentBentBentBentBento XVIo XVIo XVIo XVIo XVI, Jesus de Nazaré, pp.

130-131)

a vida com o Senhor ressuscita-do. Retornando a seus lares, oscristãos viviam a comunhãoeclesial, dispunham-se a trocar orespiro, a vida, com todos, espe-cialmente os mais pobres..

O Senhor ressuscitado sopra-va sobre os discípulos ao se lhesmanifestar. Comunicava-lhes oEspírito vital para que depois, en-tre si, se dessem o ósculo santo.O "ósculo santo" não se constituíaem problema nos costumessemitas. Ainda hoje os árabes sesaúdam com um beijo, às vezesna boca: com o sinal estão trocan-do a paz. Na cultura greco-roma-na o costume foi desaparecendo,mas não o rito: era impossível acomunhão sem a conspiratio: o�ósculo santo� foi substituído peloabraço da paz, pelo encontro defaces. Sempre no sentido de co-munhão de vida. A reformalitúrgica do Vaticano II reintroduziuo rito do abraço da paz, antes re-servado aos presbíteros ediáconos concelebrantes. Corre-seo risco de abuso transformando-onum momento festivo de amigos,sem a comunhão dos diferentes,sem o significado profundo e sa-grado da comunhão de respira-ção, da convocação para a comu-nhão de irmãos. O abraço da pazé rito penitencial e de compromis-so fraterno. É a condição para fa-zermos comunhão com o Senhor.

PPPPPe. José Are. José Are. José Are. José Are. José Artulino Besentulino Besentulino Besentulino Besentulino Besen

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

2 Opinião Abril 2009 Jornal da Arquidiocese

Se o primeiropasso paraalguém dar

um novo sen-tido à sua vida

é encontrarCristo, ser seudiscípulo com-

porta outrospassos�

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Jornal da Arquidiocese Abril 20093Geral

Celebrações abrem o Ano CatequéticoDurante o ano, a partir de junho, serão realizadas concentrações em todas as comarcas da Arquidiocese

Para cele-brar os 50 anosdesde que em1959 foi reali-zado o primeiroAno Catequé-tico, a 44ª As-

sembléia dos Bispos do Brasil, de2006, aprovou que o evento seriarepetido neste ano em todo o Bra-sil. A celebração de abertura serárealizada no dia 19 de abril, primei-ro domingo após a Páscoa.

O Ano Catequético tem comotema �Catequese, caminho para odiscipulado�, que se insere no es-pírito do Documento de Aparecida.O lema �Nosso coração arde quan-do Ele fala, explica as escrituras eparte o pão� (cf. Lc 24, 13-35), étirado do texto de Emaús.

Na Arquidiocese, a aberturaserá realizada no dia 19 de abril,com celebrações em todas as pa-

Em 2007, Concentração Catequética, realizada em Florianópolis, reuniutrês mil participantes de todas as comarcas da Arquidiocese

Arquivo/JA ITESC oferece

pós-graduaçãoem Arte Sacra

O Instituto Teológico de San-ta Catarina (ITESC) estará pro-movendo o CurCurCurCurCurso de Pós-Gradu-so de Pós-Gradu-so de Pós-Gradu-so de Pós-Gradu-so de Pós-Gradu-ação Latação Latação Latação Latação Lato Sensuo Sensuo Sensuo Sensuo Sensu em EspaçoEspaçoEspaçoEspaçoEspaçoCelebrativCelebrativCelebrativCelebrativCelebrativo-Litúrgico e Aro-Litúrgico e Aro-Litúrgico e Aro-Litúrgico e Aro-Litúrgico e Arttttte Sa-e Sa-e Sa-e Sa-e Sa-cracracracracra. O curso é divididoo em trêsetapas. A primeira será de 20 dejulho a 1º de agosto; a segunda,de 1º a 13 de fevereiro de 2010,e a terceira, de 19 a 31 de julhode 2010. Cada fase tem 120 ho-ras/aula.

A Especialização nasceu dodesejo de o ITESC, tendo presen-te as necessidades atuais daIgreja, em comunhão com a Co-missão Arquidiocesana deLiturgia (Comissão de Arte Sacra)de Florianópolis, oferecer umaformação interdisciplinar especi-alizada sobre Arte Sacra, particu-larmente, sobre o EspaçoCelebrativo-Litúrgico.

Há mais de 45 anos a Igrejavivenciava um dos momentosmais significativos dos últimostempos: o Concílio Vaticano II,acontecimento memorável, quegrandes transformações trouxepara a vida e a missão da Igreja.Indubitavelmente, a �reformalitúrgica�, através da ConstituiçãoConciliar Sacrosanctum Conci-lium, representa uma das maio-res riquezas desse Concílio.

As inscrições já estão abertase vão até o dia 15 de maio. São60 vagas. Para se candidatar, osinteressado devem apresentarcomprovante de graduação reco-nhecido pelo MEC em Teologia, ouCiências da Religião, Arquitetura,Artes Plásticas, Arte Sacra, Enge-nharia, Bens Culturais e Patri-mônio Histórico e áreas afins. Oscandidatos passarão por proces-so seletivo.

A inscrição tem uma taxa deR$ 150,00 e o mesmo valor serápago mensalmente durante a re-alização do curso. Ao final do cur-so, o aluno deverá elaborar umamonografia conclusiva. As inscri-ções sejam feitas preenchendo aficha apropriada, que pode serconseguida pelo fone (48) 3234-3234-3234-3234-3234-0400 0400 0400 0400 0400 ou pelo e-mail:secresecresecresecresecretaria@ittaria@ittaria@ittaria@[email protected].

róquias. Todas as comunidades elideranças são convidadas a par-ticipar para que assumam uma fémais convicta. A data será cele-brada com liturgia eucarís-tica,procissões, símbolos e ban-ners.Em algumas paróquias serão rea-lizadas encenações teatrais. �Acriatividade fica por conta de cadaparóquia e comunidade�, disseIrmã Marlene Bertoldi, coordena-dora Arquidiocesana de Cate-quese e promotora do evento.

Segundo o Documento Cate-quese Renovada �A Catequese éum processo de educação comu-nitária, permanente, progressiva,ordenada, orgânica e sistemáticada fé, da esperança e do amor. Por-tanto, este evento não é exclusivopara os catequistas, nem criançase adolescentes, mas de toda a co-munidade, especialmente dosadultos�, informa Ir. Marlene.

Para celebrar o Ano Cate-quético, desde fevereiro a coorde-nação realizou formação com aslideranças em todas as comarcasda Arquidiocese. Elas se compro-meteram a realizar estudos nas pa-róquias com as demais lideranças.Também serão realizadas concen-trações em todas as comarcas.

Comarcas realizarão concentrações No dia 15 de abril, quarta, às20h, na Catedral de Florianó-polis, será realizada mais umaedição do CONESPA, o �Concer-to Espiritual da Páscoa�. Promo-vido pelo Coral Santa Cecília daCatedral Metropolitana, estaserá a XXIV edição do evento, quemais uma vez reunirá Corais daGrande Florianópolis para canta-rem a Páscoa do Senhor.

Neste ano, além do CoralSanta Cecília da Catedral, es-tarão apresentando-se a Asso-ciação Coral de Florianópolis, oCoral �Encantos�, o Coral Líri-co da OSSCA, o Coral Cidade deSão José, o Coral de AntônioCarlos, o Coral São Sebastião,de Sul do Rio, Santo Amaro, e

Oito Corais cantam a Páscoao �Polyphonia Chorus�.

Como de praxe, cada Coralse apresentará individualmen-te, unindo-se todos no finalpara o canto do Aleluia deHaendel, com acompanhamen-to de um quarteto de metais, eregidos pelo PPPPPe. Nee. Nee. Nee. Nee. Ney Brasil Py Brasil Py Brasil Py Brasil Py Brasil Pe-e-e-e-e-reirareirareirareirareira, regente do coral anfitriãoe organizador do evento.

Após cinco anos sendo rea-lizado fora da Catedral, desdeque foi fechada para os traba-lhos de restauração, o eventovolta a ser realizado no mesmolocal onde há 24 anos aconte-ceu a primeira edição. �Convi-damos todos a participar des-ta importante apresentação demúsica sacra�, convida Pe. Ney.

Movimento Focolares prepara MariápolisCom o tema �Uma nova cul-

tura: resposta aos desafios dehoje�, o Movimento Focolares re-alizará, nos dias 18 a 21 de abril,a Mariápolis 2009. O evento seráem Joinville e terá como sede acasa de retiros Recanto da Paz,no bairro Itinga. O encontro é pro-movido anualmente e tem comoobjetivo fazer com que as pes-soas conheçam o Movimento epratiquem a espiritualidadefocolarina. A Mariápolis preten-de testemunhar uma sociedade

renovada pelo amor evangélico,onde cada um é valorizado, oamor e a justiça reinam entre osirmãos, as culturas e as classessociais se integram como umdom recíproco.

A participação é recomen-dada a adultos e jovens acimade 17 anos. Os interessadosdevem entrar em contato atra-vés dos fones (48) 3244-0970ou 3244-4199, ou pelo e-mailfffffocmflorianopolis@focmflorianopolis@focmflorianopolis@focmflorianopolis@focmflorianopolis@focolares.ocolares.ocolares.ocolares.ocolares.com.brcom.brcom.brcom.brcom.br.....

Nessas concentrações, serãodesenvolvidos quatro temas: se-guir Jesus sendo seus discípulos;a palavra de Deus, fonte daCatequese; Eucaristia, fonte dacaminhada; ser catequista, suavocação e missão. Seguindo olema do Ano Catequético, �Nos-so coração arde quando Ele fala,explica as escrituras e parte opão� (cf. Lc 24, 32-35), se inspi-ra todo no texto-base do AnoCatequético, que está dividido emtrês partes. A primeira traz pre-sente o encontro com o ressusci-tado: �Aprender, caminhandocom o Mestre�; a segunda partetem como fundamento a Palavrado ressuscitado: �Aprender ouvin-do o Mestre�; e a terceira parteenfatiza a Missão: �Aprenderagindo com o Mestre�.

Dia Comarca21/06 São José05/07 Biguaçu12/07 Itajaí02/08 Estreito16/08 Tijucas22/08 Santo Amaro30/08 Brusque13/09 Ilha

Os padres da Arquidiocese orde-nados de 1995 até agora, estarãoreunidos no dia 14 de abril, na sededa APAZ, Associação Pe. AugustoZucco, em Barreiros, das 8h30 às15h. Este será o primeiro �Encon-tro Generacional� dos presbíterosda Arquidiocese. Ainda serão reali-zados dois outros neste ano.

Em todos eles, os participantesrefletirão sobre �O presbítero noConcílio Vaticano II", assessoradopelo PPPPPe. Le. Le. Le. Le. Luiz Beruiz Beruiz Beruiz Beruiz Bertttttooooottittittittitti, vigário daCatedral. Em seguida, eles serãoreunidos em pequenos grupospara partilha de vida: sofrimentos,

Padres participam de encon-tro por tempo de ministério

alegrias, expectativas, etc. À tarde,depois do almoço, se fará um en-contro geral, para partilha da con-versa dos pequenos grupos.

A proposta foi levantada no anopassado, como forma de celebraro Centenário da Diocese. �Nos trêsencontros, os participantes avalia-ram como bastante positiva a ini-ciativa e solicitaram que o encon-tro fosse repetido este ano�, dissePPPPPe. Vite. Vite. Vite. Vite. Vitor For For For For Fellerellerellerellereller, coordenador daPastoral Presbiteral, promotora doevento. Os próximos encontros se-rão realizados no dia 16 de junhoe no dia 07 de julho.

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4 Tema do Mês Abril 2009 Jornal da Arquidiocese

A CNBB instituiu este ano de2009 como Ano Catequético. Diver-sos motivos levaram a esta indica-ção: comemorar o cinquentenáriodo primeiro Ano Catequético, de1959; incentivar a acolhida doDiretório Catequético Nacional,publicado em 2005; receber aspropostas pastorais e evangeliza-doras do Documento de Aparecida,de 2007; celebrar os 30 anos doDocumento de Puebla e da Exorta-ção Apostólica Catechesi Traden-dae, de João Paulo II, ambos de1979; ecoar as reflexões e deci-sões do Sínodo dos Bispos sobrea Palavra de Deus, do ano passa-do; aprofundar o conhecimento doensino de São Paulo, no AnoPaulino instituído pelo papa BentoXVI. O tema escolhido para o AnoCatequético é: Catequese, caminhopara o discipulado. E o lema, tira-do do relato da aparição do Res-suscitado aos dois discípulos deEmaús: �Nosso coração arde quan-do ele fala, explica as Escrituras eparte o pão� (cf. Lc 24,32.35).

Na esteira do Documento deAparecida, o Ano Catequético pre-tende incentivar os católicos a as-sumirem a própria catequesecomo um compromisso perma-nente da sua formação de discí-pulos missionários. No campo doconhecimento da fé e do segui-mento de Jesus Cristo não há li-mites. Ninguém pode afirmar terchegado ao topo. Não há diplomaspara a catequese. Há muitos ca-tólicos que ainda usam suaroupinha de primeira comunhão.Não se atualizaram, não lerammais nada, não estudaram mais,ficaram por fora dos grandes avan-ços da teologia, não conhecem osdesafios atuais a serem enfrenta-dos pela fé. Quem foi batizado nacomunhão da Santíssima Trinda-de, na comunhão da Igreja Católi-ca, é convidado a manter-se for-mado e informado como discípu-lo de Cristo. A catequese é umcaminho para esta formação.

O ENCONTROCOM O MESTRE

Como os discípulos de Emaús,os católicos de hoje devem fazer aexperiência de deixar-se encontrarpelo Mestre no caminho da própriaexistência. Os evangelhos mostramJesus constantemente no cami-nho. Ele caminha com os discípu-los entre a Galiléia, a Samaria e aJudéia em direção a Jerusalém. Nocaminho, ele instrui os discípulos,anuncia o Reino, cura doentes,aproxima-se dos leprosos, valorizaas mulheres, ensina o povo, criticao legalismo dos fariseus, revela oamor do Pai. A Igreja dos primeirostempos usava a palavra �Caminho�para falar de Jesus. Estar �no ca-

Caminho parao Discipulado

Igreja veio dando às diversas pas-sagens bíblicas. Ler a Bíblia naIgreja, com a Igreja, é sentir-semembro de uma comunidademantida pela Palavra. É deixar-seformar pela Palavra. Todos somosformados pela palavra. Resta per-guntar: qual palavra nos forma?Ou nos deforma? Frequentemen-te acontece, hoje, que muitaspessoas são deformadas em seucaráter e personalidade pela pa-lavra do mundo, pela idolatria dodinheiro, da moda, da mídia, dostatus. Os católicos, como discí-pulos de Cristo, precisam deixar-se guiar e formar pela Palavra deseu Mestre.

A MISSÃO DO MESTREComo os discípulos de

Emaús, os católicos de hoje de-vem partir em missão. Quem feza experiência do encontro com oMestre, quem ouviu a sua Pala-vra de salvação, quem o recebeuno Pão eucarístico, quem o expe-rimentou presente na comunida-de, não pode ficar parado. Os dis-cípulos de Cristo sentem-se im-pelidos a sair pelas ruas, a ir decasa em casa, a todos os ambi-entes e espaços, públicos ou pri-vados, a retomar o caminho, parafazer o Reino de Cristo acontecer.

Partir em missão é sentir-seentusiasmado, possuído pelo Es-pírito Santo, para anunciar a ale-gria de ser seguidor de um Mes-tre que fascina multidões, que dáa vida na cruz e ressuscita paraabrir a todos o caminho da vidaem plenitude. Todos os católicossão chamados a ser missionários,a descobrir os carismas que o Es-pírito Santo lhes deu, para tornar-se servidores de Cristo e de seupovo. Há muitos ministérios queos católicos podem exercer a ser-viço da Igreja e da sociedade: aacolhida de novos moradores dobairro; a preparação de jovenspara o casamento; o aconse-lhamento a casais em crise; a so-lidariedade com os enlutados; avisita a doentes e a presidiários;a visitação e a bênção de casas efamílias; o amparo a idosos; a per-tença a conselhos paritários dedireito; o cuidado com os sofredo-res de rua etc. Desse modo, nocaminho da missão o católico échamado a fazer e refazer conti-nuamente a experiência do encon-tro com Cristo, a viver em comuni-dade, a manter-se permanente-mente no itinerário formativo, semjamais cansar de ser aprendiz doMestre Jesus.

P P P P Pe. Vite. Vite. Vite. Vite. Vitor Galdino For Galdino For Galdino For Galdino For Galdino FellerellerellerellerellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,Prof. de Teologia e Diretor do ITESCEmail: vitvitvitvitvitorororororfffffeller@areller@areller@areller@areller@arqqqqquifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.br

minho� era viver em comunidade,partir o pão, ouvir e praticar a Pa-lavra, anunciar o Evangelho aospovos, formar novas comunida-des, manter-se fiel à doutrina dosApóstolos.

Viver �no caminho�, hoje, éassumir a realidade em que vive-mos. Tanto a realidade pessoal desofrimento, crise, provações, dú-vidas etc., como a realidade soci-al de injustiça, corrupção, exclu-são, pobreza, fome etc. É uma re-alidade que nos questiona, poisnão está de acordo com o projetode Deus para a humanidade. Éuma realidade que contradiz oReino da Vida proposto por Jesusde Nazaré. Ser discípulo de Cris-to, hoje, é estar no caminho, paraencontrar-se com o Mestre pre-sente nos irmãos sofredores, nopovo da rua, nos migrantes, nosenfermos, nos dependentes dedrogas, nos presidiários, nos ex-cluídos, nos desempregados. Edeixar-se questionar por eles.

de catequese, nas reuniões pas-torais e, sobretudo, na Missa.

Hoje os católicos aprende-ram a amar e ler a Bíblia. Masfalta ainda muito. É preciso faci-litar não só a leitura, mas a com-preensão da Bíblia. Há diversoscursos de teologia bíblica queensinam a conhecer a geografiae a história da salvação, os per-sonagens, os gêneros literários,os autores, o contexto e a inten-ção de cada livro bíblico. Ensi-nam que a Bíblia é um livro sem-pre aberto, quer dizer, que pos-sibilita muitas interpretações.Não se pode lê-la com interes-ses ideológicos, ao pé da letra,de modo individualista e subje-tivo. É a Palavra de Deus dada àIgreja, para que nela possamospermanecer sempre com o Mes-tre. Por isso, a leitura da Bíbliadeve ser feita sempre em comu-nhão com a Igreja, de acordocom os seus ensinamentos, norespeito à interpretação que a

� O Hoje os ca-tólicos apren-deram a amar

e ler a Bíblia.Mas falta ain-

da muito�.

A PALAVRA DO MESTREComo os discípulos de

Emaús, os católicos de hoje de-vem escutar a Palavra do Mestre.Sua Palavra vem das perguntasque brotam da vida e ajuda a ilu-minar e entender os grandes pro-blemas humanos. É a Palavra queouvimos quando lemos e ouvi-mos as Escrituras na família, nosgrupos bíblicos, nas celebraçõesda comunidade, nos encontros

Como discípulos de Cristo, precisamos deixar-nosguiar e formar pela Palavra de Cristo.

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Jornal da Arquidiocese Abril 20095Geral

Azambuja é elevada a paróquiaCelebração é um evento histórico para a Arquidiocese. Paróquia contará com três comunidades e mais duas em processo de formação

Hélio LHélio LHélio LHélio LHélio Luciano de Olivuciano de Olivuciano de Olivuciano de Olivuciano de Oliveiraeiraeiraeiraeiraserá ordenado diácono transitó-rio no dia 25 de abril, na Paró-quia San Nicolás, no centro dePamplona, na Espanha. A cele-bração será presidida por DomMario Busquets, bispo-preladode Chuquibamba-Camaná (Peru).Durante a solenidade, serão or-denados diáconos 12 seminaris-tas do Peru, El Salvador, outro doBrasil, do Chile e Filipinas. AArquidiocese de Florianópolisserá representada pelo PPPPPe.e.e.e.e.Vânio da SilvVânio da SilvVânio da SilvVânio da SilvVânio da Silvaaaaa, reitor do Semi-nário Teológico Convívio Emaús.

Após cinco anos de estudosno Seminário Internacional deBidasoa, na Província deNavarra, na Espanha, Hélio estána última fase do curso de teo-logia, que concluirá em junhodeste ano. Depois, virá para aArquidiocese, onde será mar-cada sua ordenação presbiteralem Florianópolis, em local edata a serem definidos.

Hélio, de 29 anos, é forma-do em Odontologia pela UFSC.A oportunidade de estudar naEspanha surgiu depois que par-ticipou de um retiro promovidopela prelazia do Opus Dei, cria-do nesse país. Em entrevista,ele fala sobre a experiência daformação no exterior, a relaçãocom o Opus Dei, os projetosfuturos e a decisão de seguir avida presbiteral.

Jornal da ArJornal da ArJornal da ArJornal da ArJornal da Arqqqqquidiocese -uidiocese -uidiocese -uidiocese -uidiocese -Após cinco anos de estudos noSeminário Internacional Bida-soa, na Província de Navarra, naEspanha, você concluiu seus es-tudos. Que diz dessa experiên-cia de formação no exterior?

Hélio - Hélio - Hélio - Hélio - Hélio - A primeira, creio, é co-nhecer experencialmente que omundo é mais do que a nossacasa. Nesses cinco anos vivicom pessoas de mais de 20países e culturas totalmente di-ferentes. Apesar da dificuldadeinicial, aprendemos a respeitarmais as diferenças, a valorarmais as amizades (provavel-mente nunca mais verei a vári-os deles), a conhecer mais osproblemas do mundo.

JJJJJA - A - A - A - A - Sua formação foi reali-

Seminarista de Florianópolis éordenado diácono na Espanha

Dom Murilo presidi a celebração no Santuário Nossa Senhora deAzambuja, a nova Igreja Matriz onde ele há 65 anos foi batizado

zada no Seminário Internacionalconfiado ao Opus Dei. Qual a suarelação com a Obra?

Hélio - Hélio - Hélio - Hélio - Hélio - Vivo em um ColégioEclesiástico Internacional confia-do à Prelazia do Opus Dei, masvoltado à formação de seminaris-tas diocesanos de todo o mundo.Não somos e nem estudamoscom os seminaristas do Opus Dei.Tenho um real afeto pela "Obra"(Opus Dei) e pela sua espiritua-lidade, mas meu vínculo é com anossa Arquidiocese.

JJJJJA - A - A - A - A - Nesses cinco anos em queestá na Espanha, como fez parase manter atualizado quanto aoBrasil e a Arquidiocese?

Hélio - Hélio - Hélio - Hélio - Hélio - Sempre busquei estarem contato com o Brasil. Recebimensalmente o Jornal da Arqui-diocese nesses cinco anos, alémde conectar com freqüência comos meios de informação do Brasile de Florianópolis. Assim acompa-nhei o Congresso Eucarístico Naci-onal, o Centenário da nossa Arqui-diocese e ultimamente o faleci-mento de alguns de nossos pa-dres. Posso dizer que nesses anosestive, de certo modo, presente aí.

JJJJJA - A - A - A - A - Após a sua ordenaçãopresbiteral, você permanecerá naArquidiocese?

Hélio - Hélio - Hélio - Hélio - Hélio - De acordo com D.Murilo, de julho a setembro esta-rei em Florianópolis. Depois irei aRoma continuar um doutorado embioética que já comecei em janei-ro deste ano. Terminarei o douto-rado em 2011, quando regressa-rei definitivamente a Florianópolis.

Após cinco anos de estudos,Hélio será ordenado diácono

Divulgação/JA

Celebração presidida pelo nos-so Arcebispo Dom Murilo Krieger,com a presença maciça de pa-dres, diácono e fiéis da comuni-dade, marcou a elevação do San-tuário Nossa Senhora de AzamNossa Senhora de AzamNossa Senhora de AzamNossa Senhora de AzamNossa Senhora de Azam-----bujabujabujabujabuja, em Brusque, à condição deParóquia. A celebração foi realiza-da no dia 07 de março, às 19h.No início da celebração, DomMurilo falou que se tratava de ummomento histórico não só para acomunidade, mas também paratoda a Arquidiocese. Lembrou quepara ele, pessoalmente, era tam-bém um momento especial. �Foiaqui que fui batizado em 17 de ou-tubro de 1943�, disse.

Feita a leitura do decreto decriação da Paróquia, informando oslimites territoriais, foi lida a provi-são do pároco e dos vigários paro-quiais. PPPPPe. Pe. Pe. Pe. Pe. Pedredredredredro Schlichtingo Schlichtingo Schlichtingo Schlichtingo Schlichting, rei-tor do Seminário e do Santuário,foi nomeado pároco. Ele contarácom o auxílio do Pe. Gercino AtílioPiazza, formador do Seminário, edo Pe. Alvino Milani, reitor doPropedêu-tico, e do Pe. NélioRoberto Schwanke, Diretor do Hos-pital Arquidiocesano e administra-dor da Fazenda do Brilhante.

Durante o ofertório, duas lide-ranças da paróquia levaram até oaltar o quadro original de NossaSenhora do Caravaggio, vindo com

os primeiros imigrantes italianosque habitaram o vale. Ao final dacelebração, Pe. Pedro agradeceua presença de Dom Murilo, dospadres e diáconos e de todos osfiéis. Lembrou que muitas pesso-as foram beneficiadas pelo Semi-nário, pelo Hospital e que milha-res têm visitado o Santuário, des-de a primeira capelinha de 1885.O reconhecimento como �Santu-ário Episcopal� data de 1905, an-tes da criação da diocese.

Após a missa, todos os pre-

Na noite do dia seis de mar-ço, às 23h30min, faleceu, deinfarto, Pe. Sérgio Maykot. Ele ti-nha 60 anos e desde janeiro erao pároco da Paróquia São José.Tinha 35 anos de vida presbiteral,marcada pela dedicação às vári-as paróquias onde atuou comovigário e pároco.

Seu corpo foi velado na Ma-triz de São José, e contou com apresença de inúmeras pessoasdas várias paróquias onde atuou.A celebração de corpo presentecontou com a presença de umgrande número de seus colegaspresbíteros e diáconos. Após, foirealizado o enterro no Cemitériode Coqueiros, em Florianópolis,onde encontram-se os seus fami-liares falecidos.

Natural de Florianópolis, ondenasceu a 01 de maio de 1948, Pe.Sérgio era de tradicional família decomerciantes do Estreito, bairro dacapital. Ainda bastante jovem tevedespertada a vocação para a vidapresbiteral. Ingressou no Seminá-

sentes foram convidados a parti-cipar de um coquetel realizado nosalão paroquial, que ocupa o an-dar térreo do Seminário. Enquan-to degustavam os salgadinhos,regado a refrigerantes, as pesso-as puderam acompanhar a apre-sentação de um vídeo que mos-trava a história do complexo deAzambuja (Santuário, Seminário,Hospital e Museu).

VVVVVeja mais feja mais feja mais feja mais feja mais foooootttttos no sitos no sitos no sitos no sitos no siteeeeewwwwwwwwwwwwwww.ar.ar.ar.ar.arqqqqquifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.br e cliq e cliq e cliq e cliq e clique emue emue emue emue em�Galerias�.�Galerias�.�Galerias�.�Galerias�.�Galerias�.

Perdemos Pe. Sérgio Maykotrio de Azambuja e lá concluiu oensino fundamental, médio e a Fi-losofia. A Teologia foi realizada de1970 a 1973, em Curitiba. Em 03de maio de 1973, foi ordenadodiácono, e em 12 de dezembro domesmo ano foi ordenadopresbítero. Ainda realizou o cursosuperior de Psicologia, em Roma.

A maior parte de sua trajetó-ria pastoral foi dedicada ao tra-balho paroquial. Trabalhou nasparóquias de Tijucas (73-74),Camboriú (75-79), SantíssimoSacramento (80-85), Cordei-ros(80), Fazenda (81), todas emItajaí, Piçaras (85), São Francis-co Xavier, Florianópolis (86-93),vigário paroquial da Catedral, emFlorianópolis (98) e depois páro-co (99-2001).

Em 22 de junho de 2001 foinomeado reitor do extinto Seminá-rio Filosófico Edith Stein, em SãoJosé. Em 09 de dezembro de2003, assumiu a paróquia N.Sra.Aparecida, na Procasa, Florianó-polis. Este ano, em 01 de feverei-

ro, assumiu a paróquia São José.Também era professor no ITESC,onde lecionava Psicologia Pastoral.

Pe. Sérgio teve fundamental tra-balho na organização do Congres-so Eucarístico Nacional, realizadona Arquidiocese, de 18 a 21 demaio de 2006. Também nas cele-brações comemorativas do cente-nário da Diocese de Florianópolis,realizado no ano passado.

Era muito querido por todos. Issofica evidenciado nos depoimentospublicados no site da Arquidiocese,junto com a notícia de seu faleci-mento. Deixa muitas saudades!

Foto JA

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Salmos 25(24): Mostra-me Teus Caminhos!

6 Bíblia Abril 2009 Jornal da Arquidiocese

Para refletir:Para refletir:Para refletir:Para refletir:Para refletir:

De fácil compreensão e gran-de beleza, este salmo une a sú-plica individual a temas dos sal-mos sapienciais, isto é, os quese debruçam sobre o sentido davida. Predomina, porém, a súpli-ca. Uma pessoa, já com certaidade, pede especialmente aDeus o perdão dos pecados(desvios) da juventude (v. 7), e alibertação das ameaças de seusadversários (vv. 2 e 19) A formaliterária é a alfabética: cadaversículo inicia com uma letra doalfabeto hebraico, que tem vin-te e duas letras: daí, as vinte eduas estrofes. O último versículo(v. 22) é um acréscimo litúrgico,comunitário. Como está, o salmopode ser dividido em três mo-mentos: no primeiro (vv. 1-7), osalmista expressa a sua confian-ça; no segundo (vv. 8-15), fazuma reflexão sapiencial,centrada no "temor" de Deus; eno terceiro (vv. 16-21), descrevea situação difícil pela qual estápassando, reafirmando, porém,a sua esperança.

A ti, Senhor,a minha alma

1. A ti, Senhor, elevo a mi-nha alma, / meu Deus, em time refugio:

2. Que eu não fique enver-gonhado, / não triunfem sobremim meus inimigos!

3. Não fiquem desiludidosos que em ti esperam; / fiqueconfuso quem levianamentefalta à sua palavra.

Os versículos iniciais do sal-mo constituem o texto da. antigaantífona de entrada da Missa doprimeiro domingo do Advento: Ati, Senhor, elevo a minha alma (v.1). É a "elevação" do espírito hu-mano a Deus, cuja vinda, cujoAdvento, é ansiosamente espera-do. Esse Deus, que "vem", é o "re-fúgio" do salmista. É a garantiade que ele "não ficará envergo-nhado", nem "desiludido" na suaesperança. Pelo contrário, "fi-quem "confusos" os traidores, e"não triunfem" sobre ele seus "ini-migos",

Mostra-me os teuscaminhos!

4. Mostra-me, Senhor, osteus caminhos, / ensina-metuas veredas.

5. Faz-me caminhar na tuaverdade e instrui-me, / porqueés o Deus que me salva, e emti sempre esperei.

Há uma famosa passagem dolivro do Êxodo, que nos apresen-ta Moisés pedindo ao Senhor:Mostra-me a tua glória! (Ex 34,6)No evangelho de João, é o após-tolo Filipe quem pede a Jesus:Mostra-nos o Pai! (Jo 14,4) E re-cebe a resposta: Filipe, quem mevê, vê o Pai (Jo 14,9). Da mesmaforma, a Tomé, que lhe pergunta-va pelo "caminho", Jesus respon-de: Eu sou o Caminho... (Jo 14,6)Em outra passagem do mesmoevangelho, Jesus assegura: Sepermanecerdes na minha pala-vra, sereis verdadeiramentemeus discípulos. Entãoconhecereis a verdade, e a ver-dade vos libertará! (Jo 8,32)

Lembra-te, Senhor!6. Lembra-te, Senhor, do

teu amor, / e da tua fidelidadedesde sempre.

7. Não recordes os pecadosda minha juventude, e as mi-nhas transgressões, / lembra-te de mim na tua misericórdia,pela tua bondade, Senhor.

Nesses dois versículos, osalmista pede que o Senhor "selembre", e ao mesmo tempo "nãose lembre": que Ele "não se lem-bre" dos "pecados" e "transgres-sões" do orante, mas "se lembre",

antes, do seu divino "amor", dasua "fidelidade", da sua "miseri-córdia", da sua "bondade", infini-tamente maiores que qualquerpecado.

Bom é o Senhor8. Bom e reto é o Senhor, /

por isso indica aos pecadoreso caminho certo;

9. guia os humildes na suajustiça, / aos pobres ensinaseus caminhos.

Muitas vezes se reafirma, naBíblia, a "bondade" de Deus. EJesus, ao jovem que o chamavade "Bom Mestre", adverte: SóDeus é bom, e mais ninguém(Mc10,18). No entanto, ensinou-nos a emular a bondade do Pai,que faz nascer o sol sobre mause bons (Mt 5,45), e cuja miseri-córdia devemos imitar: Sereismisericordiosos, como o vossoPai é misericordioso" (Lc 6,36).Aliás, aqui, no salmo, a bondadedivina se estende aos "pecado-res", como aos "humildes" e aos"pobres".

Todas as veredas10. Todas as veredas do

Senhor são amor e bondade /para quem observa sua alian-ça e seus preceitos.

são tantos! / E me detestamcom ódio violento...

Numa súplica humilde, oorante pede que o Senhor volteseu olhar para ele, para a sua"miséria e fadiga", e perdoe "to-dos os seus pecados". Ao mesmotempo, olhe também para os "ini-migos", numerosos, que o odei-am, na certeza de que o Senhoros reprimirá. O salmista, porém,não pede que Deus os castigue.

Conclusão confiante20. Protege-me, dá-me a

salvação: / sob a tua proteçãoeu não fique desiludido.

21. Integridade e retidãome protejam, / pois em ti con-fiei.

Concluindo sua súplica, osalmista insiste em que o Senhoro proteja e salve, e não permitaque ele algum dia se frustre ouse desiluda. Garantia da proteçãodivina é agora a sua "integridadee retidão", que, apesar das "trans-gressões" passadas (v. 7), o Se-nhor bem conhece,

Alargamento da súplica22. Ó Deus, livra Israel de

todas as suas aflições!Um acréscimo litúrgico leva o

salmo a expandir-se, fazendo oorante superar a visão individua-lista da sua situação, Assim, eleassume as "aflições" do seu povo,por quem agora intercede. Possatambém a nossa oração pessoalnunca esquecer a dimensão co-munitária, incluindo em nossaintercessão os sofrimentos dosoutros, muitas vezes maiores queos nossos. Essa inclusão.não di-minui, mas pelo contrário refor-ça a nossa própria oração.

PPPPPe. Nee. Nee. Nee. Nee. Ney Brasil Py Brasil Py Brasil Py Brasil Py Brasil PereiraereiraereiraereiraereiraProfessor de Exegese Bíblica no ITESCemail: [email protected]

Faça como Elson Goedert, de Florianópolis, escreva para o Jornal da Arquidiocese, responda asquestões desta página e participe do sorteio de uma Bíblia, doada por CRUZ ARTE SACRA - Livros eObjetos Religiosos Católicos (48-9983-4592). Jornal da Arquidiocese: rua Esteves Júnior, 447 -Centro - Florianópolis-SC, 88015-530, ou pelo e-mail: [email protected]

Conhecendo o livro dos Salmos (14)Conhecendo o livro dos Salmos (14)Conhecendo o livro dos Salmos (14)Conhecendo o livro dos Salmos (14)Conhecendo o livro dos Salmos (14)

11. Por teu nome, Senhor,perdoa meu pecado, / por mai-or que seja.

Aqui, o salmista faz uma res-trição à bondade do Senhor, afir-mando que ela é "só" para quemobserva a sua aliança (v. 10) Porisso, mais que depressa, pedeperdão pelo seu "pecado", pormaior que seja (v. 11). Ele nãoesclarece de que "pecado" se tra-ta, embora reconheça que podeter sido grave. Como quer queseja, confia no perdão.

O temor de Deus12. Qual é o homem que

teme o Senhor? / Indica-lhe ocaminho a seguir.

13. Ele viverá feliz, / suadescendência possuirá a terra.

14. O Senhor se faz íntimode quem o teme, / dá-lhe a co-nhecer sua aliança.

Várias vezes na Bíblia se afir-ma que "o temor do Senhor é oprincípio da sabedoria" (p.ex. Sl111,10), isto é, não da erudição,mas do "saber fazer" que agradaa Deus e leva à felicidade. Nãoé, portanto, o "medo", que nãopode coexistir com o amor, poiso amor exclui o medo (1Jo 4,18).É o "respeito", sem o qual nãoexiste o amor, razão por que, norito do casamento, os cônjugesprometem mutuamente "amar-see respeitar-se". Esse "respeitoamoroso" de Deus traz "felicida-de" e garante a "posse da terra"(v.13).

Olhos fixos no Senhor15. Tenho os olhos fixos no

Senhor, / pois ele livra do laçoos meus pés.

16. Volta-se para mim etem misericórdia, / porque sousó e infeliz.

17. Alivia as angústias domeu coração, / livra-me dasaflições.

Desse olhar voltado "fixamen-te" para o Senhor, brotam as cer-tezas do salmista. Apesar de sen-tir-se "só e infeliz", está seguro deque Deus, voltando-se para ele,cheio de misericórdia, o livrarádas armadilhas, aliviará as an-gústias do seu coração, há delibertá-lo de suas aflições.

Minha miséria emeus inimigos

18. Vê minha miséria e mi-nha fadiga / e perdoa todos osmeus pecados.

19. Olha os meus inimigos:

1)1)1)1)1) Cono o salmista começaa sua oração, e quesignifica este "elevar-se"da alma?

2) 2) 2) 2) 2) Quem nos revela "oscaminhos" de Deus?Quem no-los mostra?

3)3)3)3)3) Em que sentido "só Deusé bom"? Isso exclui ouinclui que também nóssejamos bons.?

4)4)4)4)4) Como você vê a diferen-ça entre o "temor" e o"medo" de Deus?

5) 5) 5) 5) 5) Que diz do alargamentoda súplica no v. 22?

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Jornal da Arquidiocese Abril 20097Juventude

Caravana da Pastoral da Juventude

Divulgação/JA

Jovens reunidos na Comarca do Estreito. Caravana busca conhecer osjovens das paróquias e articular trabalho em conjunto

Nos dias 28 e 29 de marçorealizaram-se as três primei-ras visitas da Caravana daPastoral da Juventude, nascomarcas do Estreito, SãoJosé e Ilha. Foi um momentoimportante, neste início do tra-balho da nova coordenaçãoarquidiocesana, propiciando-lhe conhecer os jovens dasparóquias e iniciar a articula-ção do trabalho em conjunto.

Também foi possível iniciaro processo da AssembléiaArquidiocesana da Pastoralda Juventude, que acontecerádias 20 e 21 de junho, quandoserá construído o plano deações da PJ para os próximostrês anos. Foi distribuído o ma-terial preparatório, que será le-vado a todos os grupos, com oobjetivo de conhecê-los e saber

suas necessidades.As próximas etapas aconte-

cerão em Abril (Comarcas de

Jovens marcham em defesa da pazA Procissão do Senhor Jesus

dos Passos, é um símbolo da ci-dade de Florianópolis, é a maiore mais antiga manifestação reli-giosa de Santa Catarina. EssaProcissão representa um mo-mento de profunda religiosidadepopular, particularmente visívelnos símbolos e rituais da prepa-ração e celebração. Há 243 anosa Procissão do Senhor dos Pas-sos mantém-se como uma dasmaiores festas de fé e de religi-osidade de Santa Catarina.

Neste ano, a convite da Ir-mandade do Senhor dos Pas-sos, na pessoa do seu Prove-dor, Valter Brasil Konell, a Pas-

toral da Juven-tude foi convi-dada a partici-par de uma ma-neira diferenci-ada da procis-são, com a pre-ocupação dacont inuidadedesta tradiçãoda fé católica.

Foram cercade 80 jovens,que estiveramusando umacamiseta daprocissão, identificados com afrase “Juventude em marcha

Biguaçu e Santo Amaro) e emMaio (Comarcas de Brusque,Itajaí e Tijucas).

Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...

Dia Mundial da JuventudeO Papa Bento XVI divulgou

uma mensagem aos jovenspara a celebração do DiaMUNDIAL DA JUVENTUDE,no dia 5 de abril (Domingo deRamos). O tema da mensa-gem é extraído da Primeiracarta de S.Paulo a Timóteo:“Colocamos a nossa esperan-ça no Deus vivo” (1 Tm 4,10).

“A questão da esperançaestá, na verdade, no centro danossa vida de seres humanose da nossa missão de cristãos,sobretudo na época contem-porânea. Todos sentimos a ne-

cessidade da esperança, não deuma esperança qualquer, masde uma esperança firme econfiável”, afirma o Pontífice.

A juventude, em especial, éo tempo de esperanças, porqueolha para o futuro com váriasexpectativas. Os questiona-mentos que permeiam a adoles-cência fazem com que os jo-vens se perguntem onde bus-car e como manter viva no co-ração a chama da esperança.

Conclui o Santo Padre, osjovens devem dar espaço àoração: “A Igreja conta com

vocês para esta exigentemissão: que as dificuldadese as provas que encontraremnão os desencorajem. Sejampacientes e perseverantes,vencendo a natural tendênciados jovens à pressa, a que-rer tudo e já”.

O Dia Mundial da Juven-tude é celebrado "em nívelmundial" a cada três anos emum grande encontro dos jo-vens do mundo inteiro. O pró-ximo deverá acontecer em2011, em Madrid, capital daEspanha.

Para quem gosta de apro-veitar o feriado e acamparcom os amigos, chegou o quefaltava. A 5ª edição do Acam-pamento de Jovens Shalom -Acamp's ocorre de 17 a 21(Tiradentes) de abril. A Cas-cata do Encanto na cidade deCamboriú será o ponto parareunir as barracas. Com o

Shalom realiza acampamento para jovenstema “Radicalidade, aqui co-meça a nossa alegria”, os jo-vens vão participar de mo-mentos de intensadescontração e amizade.

Mais informações pelo fone(48) 3223-7801, a partir das 14h.Ou entre em contato pelo e-maile v e n t o s f l o r i a n o p o l i [email protected].

CF-2009CF-2009CF-2009CF-2009CF-2009

A Assembléia Legislativa deSanta Catarina realizou na noi-te do dia 16 de março umaSessão Especial em homena-gem à Campanha da Fraterni-dade de 2009, que tem comotema “Fraternidade e Seguran-ça Pública” e, como lema, “Apaz é fruto da justiça”.

Após a apresentação daspessoas que compuseram amesa, foi mostrado um vídeoinstitucional fazendo alusão aotema da Campanha. Compuse-ram a mesa: os deputados Pe.Pedro Baldissera (proponenteda sessão) e Sargento AmauriSoares, o secretário arquidioce-sano da Pastoral da Juventude,Guilherme Pontes, a coordena-dora arquidiocesana da Campa-nha da Fraternidade, AdelirRaupp, o superintendente daPolícia Rodoviária Federal deSanta Catarina, Luiz AdemarPaes, o secretário executivo daCNBB - Regional Sul 4, Pe.Francisco de Assis Wloch, o co-ordenador da Pastoral Carcerá-

ria em Santa Catarina, Pe. CélioRibeiro, e o Arcebispo Metropo-litano, Dom Murilo Krieger. Aofalar para uma platéia repleta, odeputado Pe. Pedro Baldissera,referiu-se à sessão como umespaço para a reflexão e desta-cou que o grande mérito daCampanha está em trazer àtona problemas que afetam atodos: fraternidade, segurançapública, paz e justiça.

Dom Murilo afirmou quenuma sociedade justa e solidá-ria a paz nasce da justiça (Is32,17). “Precisa-se de umanova concepção de sociedade,que aprenda a conjugar o ver-bo repartir", disse Dom Murilo.Ele acredita que essa novaconcepção de sociedade deveser obra de todos, já que, quan-do o medo domina, a paz de-saparece. Ora, numa socieda-de justa e solidária, é essenci-al que a justiça seja efetiva.

Mais fotos no sitewww.arquifln.org.br, cliqueem "Galeria".

Sessão solene na Assembléiahomenageou a CF-2009

em defesa da paz”, aludindo àcampanha da fraternidade.

Jovens do Grupo Jovem da Paróquia Santo Antonioparticiparam da procissão

Divulgação/JA

Dom Murilo fala aos participantes durante a Sessão Solene na AL

Foto JA

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8 Paróquia Abril 2009 Jornal da Arquidiocese

Paróquia Nossa Senhora do Rosário

Foto/JA

Inaugurada em 1995, Igreja Matriz é o centro de uma comunidade quecresce e que cada vez exige um atendimento mais próximo aos fiéis

Com apenas quatro anos deexistência, desde que foi criadaem 30 de janeiro de 2005, a pa-róquia Nossa Senhora do Rosá-rio tem o desafio de atender maisde 30 mil pessoas, em quatrocomunidades. Uma populaçãobastante numerosa e que crescerapidamente.

Para atender essa populaçãocrescente, PPPPPe. André Gonzagae. André Gonzagae. André Gonzagae. André Gonzagae. André Gonzaga, opároco, se empenha o mais quepode. Para esse trabalho, ele con-ta com o auxílio dos diáconosVilson Manoel dos SantVilson Manoel dos SantVilson Manoel dos SantVilson Manoel dos SantVilson Manoel dos Santososososos e Wil-Wil-Wil-Wil-Wil-son Fábio de Castrson Fábio de Castrson Fábio de Castrson Fábio de Castrson Fábio de Castrooooo, e das nú-mero de lideranças espalhadaspelas quatro comunidades.

Apesar de ter apenas quatroanos, a paróquia conta com umbom número de pastorais fortese atuantes e uma equipe de lide-ranças formadas e ativas. Conhe-ça alguns dos trabalhos pastoraisrealizados na paróquia.

Dízimo - Dízimo - Dízimo - Dízimo - Dízimo - Há uma coordenaçãoparoquial e uma equipe do Dízimoem todas as quatro comunida-des. Eles realizam um trabalho deconscientização e de evangeliza-ção. O trabalho caminha muitobem, mas o valor arrecadado co-bre apenas 50% dos custos daparóquia. O restante depende

das festas e promoções. �Se con-siderarmos que a paróquia temapenas quatro anos, nosso traba-lho caminha muito bem. Espera-mos que em mais alguns anos odízimo cubra todas as despesas�,disse Pe. André.

GBF - GBF - GBF - GBF - GBF - Os Grupos Bíblicos emFamília são assumidos comoverdadeira prioridade pastoral.Segunda-feira é o dia destina-do ao encontro dos cerca de 40grupos da paróquia. Há umaequipe de coordenação paro-quial e cada comunidade tam-bém conta com uma coordena-ção. Os grupos participam deformação continuada, oferecidapela paróquia e pela Arqui-diocese. O trabalho é favoreci-do porque duas lideranças daParóquia fazem parte da equi-pe de elaboração dos livretesdos GBF e ajudam a dinamizaros encontros na paróquia.

CatCatCatCatCateqeqeqeqequese - uese - uese - uese - uese - É uma das forçasda paróquia. Quando foi criada aparóquia, a coordenação paroqui-al conseguiu articular muito bemo trabalho entre as comunidades.A paróquia conta com a pré-catequese, catequese de primei-ra eucaristia, crisma e com adul-

tos, e pastoral da adolescência.Ano passado teve início a

pré-catequese, que todo sába-do recebe cerca de 30 criançasa partir de cinco anos em pre-paração para a Catequese. A pa-róquia também conta com aPastoral da Adolescência, des-tinada àqueles que fizeram aPrimeira Eucaristia e aguardampara participar da Crisma. O tra-balho está presente em três co-munidades e os encontros são

Crescimento é o maior desafio que é enfrentado graças ao apoio das lideranças que recebem formação continuada

realizados aos sábados.

JuvJuvJuvJuvJuventude - entude - entude - entude - entude - Após a Crisma,os jovens são convidados a par-ticipar da Pastoral da Juventudeem um dos quatro grupos da pa-róquia, um em cada comunida-de. São mais de cem jovens querealizam importantes trabalhosna paróquia. Eles participam daLiturgia e Catequese, realizamtrabalhos sociais e de evan-gelização.

HISHISHISHISHISTÓRIA - TÓRIA - TÓRIA - TÓRIA - TÓRIA - Até o início do sé-culo XX eram poucas as famíliasque moravam na comunidade, en-tão denominada de Alto Roçado.Na década de 50 começou a mo-vimentação para a construir umacapela. O projeto foi levado ao co-nhecimento do Frei AlbanoMarciniszya, então pároco de SãoJosé, paróquia à qual a comuni-dade estava ligada. Foi formadauma comissão que, juntamentecom o Frei, escolheu o local. Ummorador fez a doação de uma pro-priedade de quatro mil metrosquadrados, onde a capela foicons-truída. A primeira capelinhade madeira foi inaugurada no dia29 de março de 1959. No altarfoi colocada a Imagem de N.Sra.do Rosário de Pompéia, doação deuma família e imediatamente setornou a padroeira do Bairro. Em1979, a Câmara de Vereadoresaprovou o nome do bairro comoNossa Senhora do Rosário.

Com o crescimento, foi preci-so construir uma igreja maior. Em12 de outubro de 1981, por oca-sião da festa da Padroeira, foi re-alizado a benção da pedra funda-mental, presidida por Dom Afon-so Niehues. A obra foi concluídaem 1995. Em 1994 foi ordenadoo Diácono Vilson dos Santos, filhoda comunidade. E em 1999, DomEusébio Oscar Scheid reconheceua rápida expansão do Bairro e ele-vou à categoria de Capelania Es-pecial a igreja de Nossa Senhorado Rosário, nomeando como ca-pelão o PPPPPe. Le. Le. Le. Le. Luiz Carlos Ruiz Carlos Ruiz Carlos Ruiz Carlos Ruiz Carlos Rodriguesodriguesodriguesodriguesodrigues.E em 30 de janeiro de 2005, foicriada a Paróquia, que tem comopároco o PPPPPe. André Gonzagae. André Gonzagae. André Gonzagae. André Gonzagae. André Gonzaga. Alémda Matriz, a paróquia conta comas comunidades de Nossa Senho-ra Aparecida, no Roçado, São Cris-tóvão, em Bela Vista I, e Nossa Se-nhora Aparecida, em São Luiz.Com a criação da paróquia, a co-munidade ganhou o reforço dodiácono Wilson Fábio de Castro.Este ano foi concluída a obra deconstrução da casa paroquial,antigo sonho da comunidade.

Durante o ano, a Paróquia criavárias oportunidades de formaçãopara as suas lideranças. O ano jáinicia com uma semana inteira deformação. Sempre em fevereiro oumarço, de segunda a sexta-feira,as lideranças são reunidas naIgreja Matriz. Cada dia é estuda-do um tema. Os assuntos são va-riados, mas giram entorno daCampanha da Fraternidade, daespiritualidade e da liturgia. Maisde 100 lideranças costumam par-ticipar das formações que são nor-malmente ministradas por pesso-as da paróquia.

A Paróquia conta tambémcom dois núcleos de Escolas de

Formação é o ponto forte da paróquiaFormação Bíblica: um na Matrize outro na comunidade NossaSenhora Aparecida, no Roçado.Em média 25 lideranças partici-pam das formações bíblicas quecostumam ser conduzidas por li-deranças da paróquia.

Os retiros espirituais tambémsão bastante valorizados. Todosos anos são realizados retirospara os ministros, os catequistase catequisandos, os jovens e oApostolado da Oração. São reali-zados em casas de retiro na pro-ximidade e contam com um bomnúmero de participantes. As pre-gações normalmente ficam porconta de convidados.Pe. André ministra uma das formações oferecidas às lideranças da paróquia

Arquivo JA

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GeralJornal da Arquidiocese Abril 20099

Dom José se despede da ArquidioceseNomeado para Blumenau, Dom José iniciará seu ministério de bispo titular no dia 04 de abril

Uma celebração eucarísticarealizada no dia 28 de março, às18h15min, na Catedral, marcou adespedida da Arquidiocese deFlorianópolis de Dom José NegriDom José NegriDom José NegriDom José NegriDom José Negri(PIME), nosso ex-bispo auxiliar. Oevento contou com a presença depadres, diáconos e leigos que fo-ram dar o seu abraço a nosso ex-bispo auxiliar. No início da celebra-ção, após a procissão de entrada,Dom Murilo fez questão de justifi-car sua ausência na celebração.Tinha um compromisso inadiávelmarcado antes mesmo da nome-ação de Dom José. Em suas pala-vras, Dom Murilo falou que foi umagraça especial termos Dom Joséem nosso meio nestes três anos.

Dom Murilo disse que DomJosé tem muitas qualidades, masressaltou três marcas especiais:a primeira é o sentido da unida-de. �Sempre muito unido ao Papa,à Igreja e unido a mim. É muitofraterno, companheiro e amigo�.A segunda é a alegria, que é umdom do Espírito Santo e que fazbem a quem o rodeia. A terceira éo entusiasmo para o trabalho pas-toral, que contagia a todos.

Iniciando a celebração, DomJosé agradeceu aos padres,

diáconos, religiosas e religiosos, eaos leigos. Fez um agradecimentoespecial a Dom Murilo. �DomMurilo foi meu pai em minha orde-nação episcopal. Senti-me muitopróximo a ele no tempo em queestive aqui�, disse Dom José.

Em sua homilia, Dom José lem-brou que há 22 anos, quando che-gou ao Brasil, tudo o encantou.�Aqui é uma Igreja verdadeiramen-te viva�, disse. Ele também falousobre a nova missão. �Diante des-se novo desafio, sinto um temorpela responsabilidade que tenhoque assumir. É um grande desafio.Levo comigo a amizade e o carinhode todos da Arquidiocese�, disse.

Ao final da celebração, LedaVendrúsculo Cassol fez os agra-decimentos a Dom José em nomedos leigos da Arquidiocese. �Agra-decemos pelos três fecundosanos de seu ministério de bispo-auxiliar. Mesmo sendo poucotempo, foi suficiente para deixara imagem de um pastor junto aoseu rebanho, fortalecendo o es-pírito missionário em nossaArquidiocese�, disse Dona Leda.

Na sequência, Pe. Franciscode Assis Wloch, através de duaslideranças da Catedral, ofereceu

Celebração lem-bra um ano dofalecimento deChiara Lubich

Uma celebração eucarísticarealizada na Catedral, no dia 14de março, às 18h15min, cele-brou um ano da morte de ChiaraLubich, fundadora do Movimen-to Focolares. Presidida pelo nos-so arcebispo Dom Murilo Krieger,celebração contou com a presen-ça de leigos consagrados e sim-patizantes do movimento.

Durante a homilia, Dom Murilolembrou as palavras proferidaspelo Papa Bento XVI na ocasiãode sua morte. �Uma generosa tes-temunha de Cristo, que entregou-se sem reservas para anunciar oevangelho�, disse. Ele ainda infor-mou que ela é fundadora de umagrande obra evangelizadora, pre-sente em 182 países com maisde dois milhões de simpatizantes.

Ao final da celebração, foi apre-sentado um vídeo que resgata avida e obra de Chiara. O docu-mentário fala do surgimento da obrana II Guerra Mundial, na Itália, o seucrescimento e avanço para os ou-tros países, o diálogo com as outrasreligiões, até os tempos atuais. Nasequência, algumas pessoas con-vidadas deram o seu testemunho.Entre ela, Irmã Clea Fuck, que falousobre o seu contato com Chiara emcerta ocasião na Itália. Lá teve aoportunidade de conversar com elae rezar em sua capela particular.�Depois que a conheci, passei aseguir a Congregação das Irmãs daDivina Providência com mais con-vicção�, disse.

Chiara Lubich nasceu em1920 em Trento, na Itália. Duran-te a II Guerra Mundial, aos 23anos, com algumas companhei-ras, criou o Movimento Focolares,que hoje se espalhou pelo mun-do. Na Arquidiocese, o movimen-to conta com uma casa masculi-na e outra feminina.

Na celebração, Dom José agradeceu aos padres, religiosos(as) e leigos(as)que o acompanharam nesses três anos como nosso bispo-auxiliar

duas lembranças da Arquidio-cese,. Uma delas foi uma foto daCatedral já restaurada, e a segun-da, um buquê de flores.

Bispo de BlumenauDom José, 49 anos, foi nomea-

do no dia 18 de fevereiro, pelo PapaBento XVI, bispo titular da Diocesede Blumenau, sucedendo a DomDomDomDomDomAngélico Sândalo BernarAngélico Sândalo BernarAngélico Sândalo BernarAngélico Sândalo BernarAngélico Sândalo Bernardinodinodinodinodino, 76,que solicitou a renúncia canônica

(obrigatória no ano em que o bis-po completa 75 anos). A celebra-ção de posse será no dia 04 deabril de 2009, às 10h, na CatedralSão Paulo Apóstolo, no centro dacidade. Dom José será o segundobispo de Blumenau, diocese cria-da em junho de 2000.

Mais fMais fMais fMais fMais foooootttttos no sitos no sitos no sitos no sitos no siteeeeewwwwwwwwwwwwwww.ar.ar.ar.ar.arqqqqquifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.br, cliq, cliq, cliq, cliq, cliqueueueueueem �Galerias�.zem �Galerias�.zem �Galerias�.zem �Galerias�.zem �Galerias�.z

Os diretores paroquiais doApostolado da Oração realizaramno dia 28 de fevereiro o seu encon-tro arquidiocesano. Esse foi o pri-meiro encontro do ano, semprerealizado na Catedral, no últimosábado do mês, a partir das 14h.Participaram 61 lideranças, repre-sentando 32 paróquias dascomarcas de Biguaçu, Estreito,Ilha, São José e Santo Amaro. �Du-rante a tarde, partilhamos a cami-nhada de evangelização daArquidiocese, a CF-2009 e a devo-ção ao Sagrado Coração de Jesus�,informou TTTTTeresinha Nair da Reresinha Nair da Reresinha Nair da Reresinha Nair da Reresinha Nair da Rosaosaosaosaosa,

Apostolado da Oração reiniciaencontros arquidiocesanos

responsável leiga pelo Apostolado.O Apostolado da Oração está

presente em 60 paróquias daArquidiocese. Conta com 14.765associados, divididos em 182 nú-cleos (grupos), distribuídos entreas paróquias e capelas. São pes-soas que se reúnem uma vez porsemana, geralmente às sextas-feiras, para rezar. O destaque ficapara a primeira sexta-feira domês, quando fazem a adoraçãoao Santíssimo. Além disso, a par-tir do Apostolado, formam-se im-portantes lideranças que atuamnas pastorais.

Retiro acolhe casais em segunda uniãoA Paróquia São Vicente, em

Itajaí, estará promovendo nosdias 17 e 18 de abril, o �Retiropara Casais em Segunda União�.O evento está em sua oitava edi-ção. O objetivo é acolher os ca-sais nesta situação e trazê-lospara a comunidade, para que sesintam Igreja como todo cristão.

O Retiro contará com a asses-soria do PPPPPe. Re. Re. Re. Re. Roberoberoberoberoberttttto Arripeo Arripeo Arripeo Arripeo Arripe (Pe.Chiru), orientador espiritual daPastoral Familiar da Diocese deNovo Hamburgo, RS, que desdea primeira edição assessora oencontro. Ele é o criador dametodologia �O Senhor é o meuPastor�, que orienta os casais em

segunda união que, embora im-pedidos de receberem os sacra-mentos, são aceitos na comuni-dade eclesial, onde podem de-senvolver muitos trabalhos.

Para os casais com filhos,serão criados espaços de recre-ação. Os casais de comunida-des distantes serão hospeda-dos na residência de pessoasda comunidade. As inscriçõescustam R$ 60,00. Mais infor-mações com o casal Gervásio eMaria Aparecida Vieira Schnei-der, casal coordenador dos Ca-sos Especiais da Pastoral Fami-liar na Arquidiocese, pelo fone(48) 3240-8064 ou 9972-2484.

Foto JA

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10 ASA Abril 2009 Jornal da Arquidiocese

Fundo de Solidariedade completa 10 anosO Fundo Arquidiocesano de

Solidariedade (FAS) completa 10anos de sua instituição, nesta co-leta da solidariedade no domingode Ramos (dia 05/04).

Em 1998, na 36ª Assembléia daCNBB, foi definido que a Coleta daCampanha da Fraternidade seriadestinada para o apoio a projetos,principalmente os relacionadoscom a temática da CF de cada ano.Desde a coleta de 1999, os recur-sos arrecadados formam dois fun-dos: o Fundo Nacional de Solidarie-dade e o Fundo Arqui-diocesano deSolidariedade, com a distribuiçãode 40% e 60% dos recursos arre-cadados. Ambos apóiam diversasiniciativas sociais da Igreja e de or-ganizações da sociedade civil.

A Arquidiocese de Florianópolisorganizou o FAS assim que foi apro-vado pela CNBB. Desde então, temapoiado vários projetos sociais e degeração de trabalho e renda. Nes-tes 10 (dez) anos foram apoiados97 projetos, sendo que foram atin-gidas 107.509 pessoas. Foram pro-jetos que apoiaram as tribosindigenas, os programas sócio-educativos para crianças e adoles-

Em uma década de existência na Arquidiocese, Fundo aprovou 97 projetos beneficiando mais de 100 mil pessoas

centes, a organização de grupos deprodução, as casas de acolhimen-to aos dependentes químicos, asoficinas de fitoterapia, os cursos deinformática e profissionalizantes, aconstrução de cisternas, a reformada Orionópolis Catarinense, os cur-sos e encontros de formação paralideranças sociais presentes naArquidiocese.

Neste ano, o Conselho do FAS

Com o objetivo de fornecer ele-mentos teóricos e práticos para asAções Sociais Paroquiais em rela-ção à Política Nacional de Assistên-cia Social e Sistema Único da As-sistência Social - PNAS/SUAS e aresolução 191/05 do ConselhoNacional de Assistência Social, aAção Social Arquidiocesana esta-rá realizando CURSO EM POLÍTICASPÚBLICAS a partir de abril desteano. Em 2008 o curso foi desen-volvido em dois grandes grupos (re-gião Sul e Norte).. Buscandooportunizar a participação de todasas Ações Sociais, a etapa de 2009ocorrerá por município, especial-mente nos municípios com um nú-mero maior de Ações Sociais Paro-quiais, como é o caso de: Floria-nópolis, São José, Palhoça,Brusque e Itajaí. No entanto, a pro-posta objetiva possibilitar a parti-cipação de todas as Ações Sociais.Por isso, a participação dos demaismunicípios será discutida e plane-jada com as Ações Sociais.

Por que participar?1 - As Ações Sociais estão juri-

dicamente constituídas e regis-tradas nos CMAS (Conselhos Mu-nicipais de Assistência Social), eem seus objetivos se comprome-

PNAS e a responsabilidadedas Ações Sociais

tem com a execução de Projetos eProgramas relacionados às Políti-cas Públicas (Assistência Social,Criança e Adolescente, Famílias,Idosos...); 2 - O curso trará elemen-tos teóricos e práticos para quepossamos adequar nossas açõescom vistas ao reordenamento pre-visto na Política Nacional de Assis-tência Social. Os Conselhos Muni-cipais têm por competência orien-tar e fiscalizar as entidades paraessas adequações; 3 - A propostado curso é, com os elementos teó-ricos obtidos e as atividades práti-cas, fazer o processo de reorde-namento com as ações sociaisparoquiais (Planejamento, Planode Trabalho, Projetos etc).

Como participar?Os municípios de Florianó-

polis, São José, Brusque, Palhoça,Itajaí e Itapema já estão se orga-nizando para a primeira etapa docurso nos meses de abril e maio.Cada município tem uma progra-mação específica (data e horári-os). Estão sendo disponibilizadasaté três vagas por Ação Social. Asinscrições deverão ser feitas naASA pelo e-mail: asa@arasa@arasa@arasa@arasa@arqqqqquifln.uifln.uifln.uifln.uifln.org.brorg.brorg.brorg.brorg.br ou pelo telefone: 32248776até o dia 20/04.

Arquivo/JA

Na CF-2004, os recursos do FAS foram repassados para a Diocese deBarra, na Bahia, e possibilitaram a construção de 70 cisternas

lançou um edital para recebimen-to de projetos sociais e de gera-ção de trabalho e renda relativosà temática da Campanha daFraternidade, �Fraternidade e Se-gurança Pública�. O prazo para re-cebimento de projetos encerra nodia 20 de maio de 2009.

Mais informações, no site daArquidiocese: wwwwwwwwwwwwwww.ar.ar.ar.ar.arqqqqquifln.uifln.uifln.uifln.uifln.org.brorg.brorg.brorg.brorg.br, no link Ação Social.

�Chegar per�Chegar per�Chegar per�Chegar per�Chegar perttttto é imo é imo é imo é imo é imperativperativperativperativperativo...o...o...o...o...É condição eÉ condição eÉ condição eÉ condição eÉ condição exigida para poderxigida para poderxigida para poderxigida para poderxigida para poder-----mos estar entre os humanos.mos estar entre os humanos.mos estar entre os humanos.mos estar entre os humanos.mos estar entre os humanos.Não há outra altNão há outra altNão há outra altNão há outra altNão há outra alternativernativernativernativernativa paraa paraa paraa paraa paraqqqqquem caminha... Chegar peruem caminha... Chegar peruem caminha... Chegar peruem caminha... Chegar peruem caminha... Chegar perttttto!o!o!o!o!A cada instantA cada instantA cada instantA cada instantA cada instante, a cada passo,e, a cada passo,e, a cada passo,e, a cada passo,e, a cada passo,a cada hora, a cada cura cada hora, a cada cura cada hora, a cada cura cada hora, a cada cura cada hora, a cada curvvvvva o ce-a o ce-a o ce-a o ce-a o ce-nário está aí enário está aí enário está aí enário está aí enário está aí expostxpostxpostxpostxposto, gritandoo, gritandoo, gritandoo, gritandoo, gritandoem seu silêncio ensurem seu silêncio ensurem seu silêncio ensurem seu silêncio ensurem seu silêncio ensurdecedordecedordecedordecedordecedor...�...�...�...�...�

A Rede de Ações Sociais daArquidiocese reuniu-se no dia 26de março, na paróquia São JoãoEvangelista em Biguaçu, com o

Encontro Arquidiocesano da Rede de Ações Sociaisobjetivo de avaliar a caminhadae discutir o fortalecimento dostrabalhos que são realizados nascomunidades, e a proposta deorganização enquanto rede.

O Encontro contou com a pre-sença de 18 Ações Sociais Paroqui-ais e com a assessoria da Irmã Lu-zia Pereira, que trabalhou de formacelebrativa. Na dinâmica utilizada,Ir. Luzia falou sobre as travessiasque são necessárias para o avan-çar dos trabalhos sociais, buscan-do a iluminação bíblica a partir do

evangelho de Lc 8, 22-26. Foramressaltados a missão, princípios eobjetivos da Rede ASA, com enfoquena �defesa e promoção da vida hu-mana�, através de ações que pro-movam os excluídos e excluídas, ea cultura da solidariedade.

Nos trabalhos em grupo, asAções Sociais partilharam suasexperiências, seus trabalhos,além de discutir e apontar açõesque possam reafirmar e fortale-cer o pertencimento à rede ASA.

No final do encontro, as AçõesSociais assumiram compromissospara 2009, entre eles: o de avan-çar no processo de reordenamentoda Política de Assistência Social,apoiar e incentivar a rede ASA naluta pela implantação da Defen-soria Pública, ampliar a discussãosobre sustentabilidade, fortaleceros espaços da rede municipal, Se-mana da solidariedade, comemo-ração do dia dos voluntários, e ela-boração de planejamento dasações social paroquiais.

Os próximos passos para essatravessia acontecerão nas reuni-ões das redes municipais a par-tir de abril e na continuidade daformação em políticas públicas.Realizado em Biguaçu, encontro reuniu 18 Ações Sociais paroquiais

Divulgação/JA

Com o tema: �Fraternidade eSegurança Pública�, a Campanhada Fraternidade de 2009 temcomo objetivo desenvolver naspessoas a capacidade de reco-nhecer a violência na realidadesocial e pessoal, percebendo ascausas e conseqüências que sur-gem no cotidiano das pessoas, ecomo modificar essa situação.

Todo cidadão, sem condiçõesde pagar um advogado, deve tergarantido pelo Estado esse direi-to, sendo que a Defensoria Públi-ca é um órgão Público que garan-te às pessoas o acesso à justiça.Em Santa Catarina, esse direitoestá prejudicado, pois ainda nãofoi criada a Defensoria Pública.

O que existe hoje é o modelode Defensoria Dativa, que aten-de apenas alguns aspectos da as-sistência judicial. Dessa forma, no

Movimento reivindica cria-ção da Defensoria Pública

inicio deste ano foi organizado oMovimento pela criação da Defen-soria Pública. A CNBB Sul 4, atra-vés das Pastorais Sociais, Cáritas,grupos e movimentos, integrou-senesse movimento.

O Movimento pretende orga-nizar audiências públicas em vá-rias regiões do Estado, dinami-zando o debate público sobre atemática e coletando assinatu-ras, para encaminhar para a As-sembléia Legislativa o projeto delei de iniciativa popular. Para con-segui-lo, são necessárias muitasassinaturas. É de fundamentalimportância nossa participaçãonesse Movimento, coletando as-sinaturas. A audiência públicada região de Florianópolis acon-tecerá no dia 1dia 1dia 1dia 1dia 19 de maio9 de maio9 de maio9 de maio9 de maio, naAssembléia Legislativa, com ho-rário a definir.

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Divulgação/JA

Realizado em Florianópolis, encontrou contou com a participação de50 pessoas representando nove dioceses do Regional

Evangelizar em Comunhão com o Regional

Jornal da Arquidiocese Abril 200911GBF

Em comunhão com a Igrejade Santa Catarina - Regional Sul4, iniciamos nossa caminhadade 2009 animados e comprome-tidos em articular e fortalecer osGrupos de Reflexão e Família(GR/F) e as ComunidadesEclesiais de Base (CEBs), par-tilhando as experiências vividasnas Dioceses. Nos dias 27 e 28de fevereiro e 01 de março, asEquipes de coordenação regio-nal das CEBs e dos GR/F doRegional Sul4 foram carinhosa-mente recepcionadas pelaArquidiocese de Florianópolis nacomunidade do Monte Serrat -Igreja Nossa Senhora do MonteSerrat e comunidade do Alto daCaieira - Igreja Nossa SenhoraAparecida, atendidas pelo Pe.Vilson Groh e membros da co-ordenação dos Grupos Bíblicosem Família (GBF).

Participaram da reunião re-presentantes dos GR/F e dasCEBs das Dioceses: Lages, Riodo Sul, Joaçaba, Chapecó, Ca-çador, Criciúma, Tubarão,Joinville, e das comunidades lo-cais da Arquidiocese, aproxima-damente 50 pessoas. Estamosanimados desde o 10º EncontroEstadual das CEBs, realizado emLages (2008), os Interdiocesanosdos Grupos de Reflexão em Fa-mília, realizados por regiões, parainiciarmos a preparação do 11ºEncontro Estadual das CEBs, em2012, que será sediado naArquidiocese de Florianópolis.

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Encontro buscou partilhar experiências dos GBF com as Comunidades Eclesiais de Base do Estadocontro, refletimos a partir do Do-cumento de Aparecida a cami-nhada das CEBs e dos GR/F,com assessoria do Pe. EliasWolff, do ITESC, junto com Pe.Vilson Groh. Na reflexão perce-bemos que a finalidade da mis-são é anunciar a vida, anunciaro Reino de Deus, tendo comoponto de partida a realidade queinterpela, e como ponto de che-gada a vida plena em Deus -Jesus Cristo. O primeiro passoé reconhecer a Deus nas suasdiversas manifestações, nos di-versos rostos da humanidade.Assim, os GR/F e as CEBs enri-quecem sua espiritualidade comatitudes de escuta, ternura,gratuidade, acolhida, justiça,igualdade, fraternidade, solidari-edade e comunhão, fieis aoEvangelho e à igreja.

Os Grupos de Reflexão e Fa-mília e as Comunidades Ecle-siais de Base evangelizam pelapalavra e pelo testemunho, com-prometidos com o projeto deDeus, de vida para todos: “…to-dos tenham vida e vida emabundância” (Jo10,10). Temos agrande missão de anunciar emnossas dioceses o Reino deDeus de maneira concreta, atra-vés do dia-a-dia do povo e emfavor do povo, fazendo parceriase trabalhando juntos. Além daspropostas da agenda comum, osrepresentantes das dioceses as-sumiram caminhar juntos no pro-cesso de preparação para o 11°Encontro Estadual de CEBs,

em 2012, com a seguinte propos-ta: o encontro será sediado nascomunidades empobrecidas pelaquestão social e falta de oportu-nidades da grande Florianópolis.São 17 áreas no Maciço do Mor-ro da Cruz, Campeche, SacoGrande, também algumas áreasno continente, Ponte do Maruim,Procasa e outras.

Nosso objetivo é apresentarcalorosamente as comunidadescomprometidas com a luta pelavida, o direito de ir e vir com dig-nidade e respeito, fé e vida eoração/ação. Venha você tam-bém fazer parte dessa lindamissão. As comunidades dosmorros agradecem e se sentemhonradas.

Após ter refletido sobre o Do-

cumento de Aparecida, e ter en-caminhado o Intereclesial (21 a25/07/2009 em Rondônia), e ten-do encaminhado os compromis-sos da agenda comum desteano, percebeu-se na avaliaçãofinal o quanto o Regional estáconfiante e esperançoso, tantocom a preparação quanto como Encontro Estadual de 2012,no intuito da construção do Rei-no de Deus, através da luta pelaVIDA. No momento da avalia-ção, um dos participantes falou:“Nos alegramos com a rica ex-periência de ser hospedadospelas famílias das comunidades,conhecendo, sentindo e convi-vendo um pouco do seu dia-a-dia”. Finalizamos o encontrocom muita satisfação e alegria.

Na Paróquia São Judas Ta-deu, Barreiros,São José, as co-ordenações dos Grupos Bíbli-cos em Família, da Catequeseda 1ª Eucaristia e do Apostoladoda Oração, assumem juntas aorganização dos encontros deformação durante o ano paraseus membros, pastorais, mo-vimentos e toda a comunidade.Essa ação conjunta, além delevar formação para todos e to-das, possibilita a integração e acomunhão entre comunidade elideranças engajadas, fortale-cendo e animando a caminha-da da Igreja.

A integração das três coorde-nações leva ao conhecimento dacomunidade o talento de umacatequista da 1ª Eucaristia, tam-

Paróquia colhe os frutos de uma ação conjunta

do temas da Campanha daFraternidade conforme o ano,auxiliando na reflexão nos mo-mentos de formação e nos en-contros de catequese. Neste ano,ela criou “a cidade da paz, da jus-

tiça e da fraternidade, onde nãohá muros, medos e injustiças”. Éuma utopia para o nosso tempo,mas é o sonho de Deus e tam-bém nosso, no qual Jesus noschama e convoca a vivermos emsegurança na sua justiça e paz.“Eu vos deixo a paz, Eu vos doua minha paz!” (cf. J0 14, 27).

Conhecemos nossa realidadeem termos de justiça social, paz esegurança. Também sabemosque a fé, a esperança, o amor sãoinstrumentos de evangelizaçãoque darão outro sentido e direçãoá construção de uma sociedademais justa, fraterna e solidária, nocompromisso com o projeto deJesus: “Eu vim para que todos te-nham vida, e a tenham em abun-dância” (Jo 10, 10).

A Igreja voltandoàs suas origens“Igreja nas casas” - É uma

prática desde o início da Igre-ja. Os primeiros cristãos se reu-niam nas casas com os Após-tolos (Atos 2,42). O tempo pas-sou, a Igreja fez uma longa ca-minhada de evangelização. OConcílio Vaticano II apresentoua Igreja como povo de Deus emcomunhão, sinal e instrumen-to do Reino, pequeno rebanhono meio da sociedade. Incenti-vou a leitura e o estudo da Bí-blia, como alimento para a fé eo compromisso dos fiéis. A Pa-lavra de Deus é colocada nasmãos do povo. Inicia a práticados Círculos Bíblicos, asnovenas de Natal e tantas ou-tras experiências.

Para pôr em prática essenovo modo de ser e viver a fé,a Igreja de Santa Catarina in-centivou a criação dos Gruposde Reflexão e Família, com opropósito de reunir pessoaspara rezar e refletir a Palavrade Deus e, à sua luz, colabo-rar com a transformação dasociedade. Hoje temos no Re-gional Sul4 - Igreja de SantaCatarina os GR/F como priori-dade nas Diretrizes da AçãoEvangelizadora, assumidospelas Dioceses.

A nossa Arquidiocese en-tende que os Grupos Bíblicosem Família (GBF) são a Igre-ja na base, nas casas, nochão da vida. Neles é possí-vel concentrar diversas açõesevangelizadoras e pastoraisda Igreja, como a leitura re-fletida e orante da Bíblia, acatequese com adultos, oaprofundamento da fé, o des-pertar de vocações e ministé-rios, a formação de lideran-ças, a prática concreta doamor, a solução de conflitospessoais e grupais.

Entende também que osGBF formam comunidadesconcretas de fé, porque ma-nifestam a presença de Jesusno meio do povo (Mt 18,20) etestemunham a mensagemde esperança de Jesus Res-suscitado, que prometeu per-manecer conosco até o fimdos tempos (Mt 28,20).

Para RefletirPara RefletirPara RefletirPara RefletirPara Refletir

bém participante do GBF, que seempenha na evangelização nãosó com palavras, mas com arte.

Adélia Raimundo de Souza,artista plástica, cria e confeccio-na maquetes e paineis, envolven-

�Cidade da paz�é a obra de umaliderança,resultado daintegração entreos GBF,Catequese da 1ªEucaristia eApostolado daOração daparóquia

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Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis 04/09

12 Artigos Abril 2009 Jornal da Arquidiocese

Filho de Fritz Tombrock e AnnaRamert, Frederico nasceu emRoxel, Westfália, Alemanha, em14 de abril de 1864. Ordenadopresbítero pela diocese deMünster em 18 de março de1893, veio para o Brasil no anoseguinte, atendendo a convite dePe. Topp. Em 1895 foi Vigário pa-roquial de São Luiz Gonzaga,Brusque e, a partir de 31 de mar-ço de 1896, sua vida esteve liga-da a São Ludgero do Braço doNorte: em 1896 e 1897, respec-tivamente, foi Vigário paroquialde Nossa Senhora da Piedade,Tubarão, com residência em SãoLudgero do Braço do Norte, e Vi-gário paroquial de Nossa Senho-ra da Piedade de Tubarão, NossaSenhora Mãe dos Homens deAraranguá e Bom Jesus do Socor-ro de Pescaria Brava, sempre re-sidindo em São Ludgero. Os pa-dres alemães chegaram com a fi-nalidade de atender somente aoscolonos alemães, mas a neces-sidade fez com que estendessemas mãos sacerdotais ao povo bra-sileiro desassistido. Finalmente,de 31 de dezembro de 1901 a 27de dezembro de 1957, Pe.Tombrock foi Pároco de SãoLudgero, São Ludgero.

Monsenhor Frederico Tombrock - uma vida por São LudgeroSão Ludgero

São Ludgero foi fundado noano de 1873 por imigrantesvestfalianos, que se fixaram novale do rio Braço do Norte, ondehavia bom solo arável. A primeiracapela de pau-a-pique recebeupor padroeiro São Lourenço, quemais tarde foi mudado para SãoLudgero, venerado em Warendorf,terra do Pe. Roer e do Pe. Topp.Os colonos logo se preocuparamcom a igreja e a escola. No início,as aulas eram na própria capela.O primeiro professor foi HenriqueBuss. Ótimos professores vindosda Alemanha foram GermanoBeiering e José Grunding.

O Pe. Frederico Tombrock che-gou em março de 1896 e tambémministrava lições. Em 1899 a es-cola foi entregue às Irmãs da Divi-na Providência, que ali desenvol-veram notável trabalho de educa-doras e promotoras vocacionais.Junto à capela foi construído o in-ternato, funcionando desde 1900.O internato surgiu para possibili-tar a aprendizagem da doutrina àscrianças do interior. Ficavam alidois ou três meses, até estaremprontas para a primeira comu-nhão. Somente em 1905 come-çaram as aulas em português,

isso por insistência dos pais dosalunos. Em 1912, pelo númerocrescente de alunos, deu-se inícioa mais construções, que conver-giram na Escola paroquial San-tana. Como primeiro pároco, Pe.Tombrock foi o centro e o anima-dor da comunidade. Nada se fa-zia sem seu conselho e consenti-mento. Seu projeto era uma colô-nia católica habitada por alemães.Era contrário a que se vendessemterras para gente �de fora� e ao

casamento com �brasileiros�.Das viagens que empreendeu

à Alemanha trouxe dinheiro paraobras paroquiais e arados de fer-ro e outros instrumentos agrícolas.Unia a preocupação do crescimen-to espiritual com a do desenvolvi-mento. Os valores da fé, da ora-ção no lar, da obediência, da au-toridade, da família, eram inculca-dos através de suas pregações econversas. Conhecia a todos.

Promotor vocacionalPe. Tombrock percebia a neces-

sidade urgente de mais padres. Osque vinham da Alemanha nãoeram suficientes. As colônias semultiplicavam. Surgiu um proble-ma em sua consciência: achavaque os �brasileiros� não tinhamcondições para serem padres, poisnascer num clima tropical não fa-vorecia o celibato. Depois conven-ceu-se de que aos menos os filhosde alemães e seus descendentesseriam aptos para o ministério.

Em 1907, com o auxílio do Pe.Kloecker, iniciou um Seminário naCasa paroquial. Devido a problemasfinanceiros, os alunos foram envia-dos para São Leopoldo. Outra ten-tativa, com a direção do Pe.Sundrup, foi em 1919. Experiência

Mons. Frederico Tombrock,uma vida dedicada a atender osimigrantes alemães

Jornais, Igreja e EstadoO Brasil é um país de expres-siva maioria católica. A informa-ção de religião, portanto, mere-ce atenção especial. A quantida-de da informação religiosa, emgeral, é bastante razoável. Al-guns riscos, no entanto, amea-çam a qualidade da coberturajornalística. Cite-se, por exem-plo, o amadorismo, o despreparoe a falta de transparência da co-municação eclesiástica. Recen-tes episódios, lamentáveis, evi-denciam a urgente necessidadede profissionalização da comu-nicação institucional da Igreja.

A Igreja Católica, instituiçãode grande presença e influênciana agenda pública brasileira, ésempre notícia. Trabalhar a in-formação religiosa com rigor eisenção é um desafio. Muitasvezes ganhamos. Outras, perde-mos. Em sua primeira viagem àÁfrica, o papa Bento XVI reafir-mou a oposição da Igreja ao usodos preservativos. Os jornaisafirmaram que Bento XVI teriadito que "a camisinha agrava aaids". Errado. O que o papa dis-se e tem repetido é que a verda-deira luta contra a aids passapela "humanização da sexuali-dade". A mera distribuição depreservativos é, segundo a Igre-ja, uma estratégia equivocada.A Igreja prega abertamente quea fidelidade dentro do casamen-to heterossexual, a castidade ea abstinência são a melhor ma-neira de combater a aids. Tal

postura não decorre de uma his-teria conservadora. Resulta, naverdade, de conceitos antropo-lógicos profundos, embora, re-conheço, politicamente incorre-tos. Podemos concordar ou dis-cordar, podemos achar que setrata de uma exigência excessi-va, mas não podemos desqua-lificar por baixo.

A Igreja é sempre notíciaA mídia dá foco absoluto ao

que a Igreja faz ou fará. Gentede todas as denominações cris-tãs (e até mesmo sem qualquerprofissão religiosa) dá opiniõessobre os caminhos que a IgrejaCatólica deve adotar. Se a Igre-ja estivesse de fato fora do tem-po, anacrônica e ultrapassada,poucos se dariam a esse traba-lho. A eleição de Bento XVI, porexemplo, foi um case jornalísticointeressante. A cobertura, lá forae aqui, foi quantitativamente exu-berante. Do ponto de vista daqualidade, no entanto, ficou bas-tante aquém do que poderíamoster feito. Ficaram, alguns jornais,reféns de declarações de redu-zidos e conhecidos desafetos doentão cardeal Ratzinger. Criou-se, assim, uma falsa imagem donovo papa. Bento XVI seria umeclesiástico duro, quase intra-tável. Quem o conhece, e nós o

vimos de perto aqui no Brasil,sabe que se trata de um brilhan-te intelectual, mas também deum homem simples, cordial,com uma ponta de timidez quedesarma e cativa.

Agora, como papa, por óbvio,defende o núcleo fundamentalda fé católica. Sem essa defe-sa, muitas vezes na contramãodos modismos de ocasião, aIgreja perderia sua identidade.Se os papas procurassem o "su-cesso" - que parece ser a medi-da suprema da realização paraos que tudo medem pelos ibopes-, bastaria que, esquecendo-seda verdade que custodiam, se ti-vessem bandeado pouco a pou-co, como fazem certos "teólo-gos", para os "novos valores"(em linguagem cristã, contra-valores) que cada vez mais ten-tam dominar o mundo.

É patente que, na hora atual,vivemos uma encruzilhada his-tórica em que são incontáveis osque parecem andar pela vidasem norte nem rumo, entre asareias movediças do niilismo. Opapa teve sempre plena consci-ência dessa situação e, em vezde sentir a tentação daqueles te-ólogos que aspiram aos afagosdo mundo para dele receberemdiploma de “modernos” e “pro-gressistas”, ele dá, diariamente,a vida por uma verdade que

pode resgatar este mundo, semse importar com que o chamemde retrógrado, conservador oudesatualizado. Ou será que seespera um papa que deixe deser cristão para ser mais bemaceito?

O Estado é laico,mas não ateu

Pretende-se que, peranteeste deslizamento do mundopara baixo, com a glorificação detodo nonsense moral, o papaexerça a sua missão acompa-nhando a descida, cedendo atudo e se limitando a um vagoprograma socioecológico, a be-los discursos de paz e amor e aum ecumenismo em que todosos equívocos se podem abraçare congraçar, porque ninguémacredita mais em coisa alguma,a não ser em viver bem? Mas acoerência doutrinal da Igreja, porvezes conflitante com certasposturas comportamentais, temsido um fator de defesa e eleva-ção ética das sociedades.

O crescimento da Igreja,como salientou Bento XVI, dá-se “muito mais por atração”,nunca por imposição. Entreuma pessoa de fé e um fanáti-co existe uma fronteira nítida: oapreço pela liberdade. O sectá-rio assume a sua convicçãocom intolerância. O fanático

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

Divulgação/JA

OpiniãoOpiniãoOpiniãoOpiniãoOpinião

breve. Finalmente, em 1927 era cri-ado o Seminário Menor emAzambuja. Pe. Tombrock gostavaque os seminaristas passassem asférias na Casa paroquial. Era suaalegria no futuro acompanhar no al-tar esses meninos que vira nascer,batizara e instruíra. No seu Jubileude Ouro Sacerdotal, em 19 de mar-ço de 1946, podia mostrar os fru-tos de seu empenho: 21 padres, 35religiosas e 20 seminaristas. A obracontinuou e São Ludgero tornou-seceleiro de vocações. Teve a alegriade ver a fundação do Pré-Seminá-rio de São Ludgero em 1946, delesendo reitor um dos seus �meni-nos�, Pe. Afonso Niehues.

De 1919 a 1940 Pe. FredericoTombrock teve o auxílio preciosode outro grande sacerdote, Mons.Huberto Ohters. Uma paróquiaprivilegiada. Sempre atento atudo e a todos, protegendo e con-templando o crescimento de suaSão Ludgero, Mons. FredericoTombrock foi recolhido por Deusem 27 de dezembro de 1957: 93anos de vida, 64 de padre e 61em São Ludgero. Sua fé e a fir-meza de caráter marcaram gera-ções do sul catarinense.

PPPPPe. José Are. José Are. José Are. José Are. José Artulino Besentulino Besentulino Besentulino Besentulino Besen

impõe. A pessoa de fé, ao con-trário, assenta serenamente emseus valores. Por isso, a suaconvicção não a move a impor,mas a estimula a propor, a ex-por à livre aceitação dos outrosas ideias que acredita dignas deserem compartilhadas.

A correta informação sobrea Igreja passa pelo reconheci-mento de seu papel na socie-dade e pelo seu direito de tran-sitar no espaço público. Casocontrário, cairíamos no laicismoantidemocrático. O Estado élaico, mas não é ateu. O laicis-mo militante pretende ser a “úni-ca verdade” racional, a únicadigna de ser levada em consi-deração na cultura, na política,na legislação, no ensino, etc.Por outras palavras, o laicismoé um dogmatismo secular, algotão pernicioso quanto o clerica-lismo do passado.

Tentar expulsar a Igreja dodebate em defesa da vida, porexemplo, é arbítrio laicista. A in-dependência é um bem para aIgreja e para o Estado. Mas nãosignifica ruptura e, muito menos,virar as costas para o Brasil real,uma nação de raízes culturaiscristãs. Informar com isenção éum desafio. E é aí que mora ofascínio da nossa profissão.

Carlos Alberto Di Francodoutor em Comunicação pela Uni-versidade de Navarra e professor deÉtica - E-mail: [email protected]

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis 04/09

Jornal da Arquidiocese Abril 200913Missão

O Anjo de Molokai

Nascido em três de janeiro de1840, na Bélgica, Josef DeVeuster é, sem dúvida, um dosmais impressionantes exemplosde missionário que o mundo jáconheceu. Isto se deve ao fato deque Pe. Damião chegou a doar to-talmente sua vida para ajudar oshansenianos na �ilha maldita� deMolokai, no Havaí, destinada pelogoverno para ser local onde seri-am abandonados os portadoresde hanseníase, privando-os doconvívio social.

A Grande DecisãoMotivado por um bispo

havaiano, Pe. Damião deixa o por-to de Bremen, na Alemanha, em1863, e parte para a �Ilha maldi-ta� onde conviverá com oshansenianos que, abandonados àprópria sorte e sem condições detrabalhar, se pervertiam entregan-do-se aos roubos, assaltos e as-sassinatos. É nessa situação queEle escolhe viver e doar sua vida.Para a missão que lhe estava sen-do confiada, o missionário levaapenas um crucifixo, seu eternocompanheiro, até o dia 15 de abrilde 1889, quando veio a morrer,com apenas 49 anos de idade.

Doação pelosRejeitados

O heróico missionário alimen-ta sua força através da Adoração:�Aos pés do altar - escrevia em1881 a seu irmão - é onde encon-tro a força necessária em minhasolidão. É aí que me encontro to-dos os dias contigo. Sem Ele se-ria insustentável uma situaçãocomo a minha. Mas, tendo o Se-nhor a meu lado, estou semprealegre e contente�. Damião de

Molokai continua suscitando umaprofunda admiração e perguntassobre a radicalidade de sua entre-ga. Qual o motivo de tamanhadedicação, que fez Damião traba-lhar obstinadamente em prol da-queles rejeitados pela sociedade?

Ele jamais hesitou em tocar,de modo afetivo e caloroso, aque-les hansenianos, caracterizando-se como um deles, a ponto de seconsiderar um hanseniano antesmesmo de contrair a doença.Dessa forma, era como se elelhes dissesse: �Estou entre vocêse sou um de vocês, partilhandode suas experiências e dificulda-des�. E os doentes da �ilha mal-dita� o tinham como sua única es-perança e conforto.

�Nós, os leprosos!�Pe. Damião auxilia-os, seja no

tratamento de feridas, seja noapoio psicológico-espiritual, estan-do junto com eles em todos osmomentos. Ele os organiza emcomunidade, para que tivessemao menos um mínimo de dignida-de. Compartilhando a vida daque-les excluídos, o missionário lutoupara que não vivessem como ani-mais. Pe. Damião começava sem-pre seus discursos com as pala-vras: �nós, os leprosos�. Ainda nãosabia que, mais tarde, isso seriarealidade também para ele.

Certa noite, ao realizar suahigiene pessoal, Pe. Damião per-cebe que perdera sua sensibili-dade nos pés. O heróico missio-nário, que bem conhecia a doen-ça, percebe que agora ele tam-bém é um hanseniano, tendo adoença que sempre combatera.Desde o início de suas atividadesnaquele local, Pe. Damião tinhaconsciência de que poderia sercontagiado e que nunca maisvoltaria a ver seus amigos de in-fância e parentes. Portanto, oserviço a Jesus nos hansenianos,isolados e desumanizados, dailha de Molokai, foi feito pelo Pe.Damião com a dedicação total desuas forças e sem reservas.

Doação RadicalA missão é um projeto de vida

doada para sempre e totalmen-te. A fonte para tal heroísmo podeser expressa nestes termos: Avida adquire seu maior significa-do quando é doada aos pobres,sem reservas, por amor a Jesuse ao seu Reino.

A figura de Pe. Damião deMolokai é tão significativa na his-tória missionária e na vida dopovo do Havaí que, quando setratou de indicar um símbolo donovo Estado, que estava paranascer, sua pessoa foi lembra-da. Em 1965, o Estado das ilhasdo Havaí, tornando-se o qüinqua-gésimo Estado da Federação

Em outubro o Pe. Damião de Veuster será canonizado

�Quem quiser salvar a sua vida deve doá-la� (Jo 12,25):este foi o testemunho de Pe. Damião de Veuster,pouco conhecido entre nós, mas, sem dúvida, umdos maiores missionários da história das missões.

norte-americana, escolheu serrepresentado pela estátua deDamião de Molokai no StatuaryHall do Capitólio de Washington.Essa estátua encontra-se lá des-de 1969.

Gandhi chegará a dizer que omundo político e jornalístico nãotem figuras do tamanho e do va-lor da pessoa de Pe. Damião deMolokai. É o legado de Damião:A missão se realiza verdadeira-mente quando a gente abraça,sem reserva, a causa daquelesque necessitam de nossa ajuda,vendo neles o próprio Cristo a seramado e servido.

Missão 2009na Bahia

Julho é o mês em que asnossas lideranças realizamanualmente uma semanamissionária na diocese irmãde Barra - BA. Para quem nãosouber, a Diocese de Barra éa nossa Igreja-Irmã, no sen-tido de desenvolver uma efe-tiva entre-ajuda no que cadauma mais necessita. Infeliz-mente, até agora, isso acon-teceu em sentido único: deFlorianópolis para Barra. Épara se pensar seriamenteem nossa capacidade deabertura para receber tam-bém ajudas das lideranças,por sinal muito criativas, daIgreja da Barra.

PreparaçãoJá houve, em Itapema, a

primeira preparação dos mis-sionários. Os 40 que partici-param gostaram muito e vol-taram animados. A gente sepergunta: por que será que,após 10 missões, anualmen-te realizadas, muitas de nos-sas paróquias ainda não des-pertaram para a oportunida-de de enviar, nesta missão,alguma de suas melhores li-deranças?

Não seria uma injeção denovo entusiasmo para a pa-róquia que envia? Trata-se,naturalmente, de fazer umaboa escolha. O candidatopoderia ser escolhido entreas lideranças e pelas própri-as lideranças. O escolhidoparticiparia das preparações;a paróquia prepararia umenvio significativo e, na vol-ta, o missionário daria seutestemunho para os paroqui-anos. Entre outras razões,isso poderia ser uma ajudapara a realização da MissãoContinental nas Paróquias.

Portanto, todas as paró-quias estão convidadas aescolher seu (sua) candida-to (a).

Futuras preparações111118 de A8 de A8 de A8 de A8 de Abril: bril: bril: bril: bril: em Biguaçu111116 de Maio: 6 de Maio: 6 de Maio: 6 de Maio: 6 de Maio: em Itapema20 de Junho: 20 de Junho: 20 de Junho: 20 de Junho: 20 de Junho: em Biguaçu

ConConConConConvidados:vidados:vidados:vidados:vidados: adolescentese jovens acima de 16 anos

Se você quiser refletir sobrea possibilidade de oferecer avida a Deus como sacerdotemissionário, nos dias 9 e 10 demaio você está convidado a fa-zer essa experiência .

LLLLLugar:ugar:ugar:ugar:ugar:Sítio PIME em Brusque

Encontro Vocacional MissionárioHorário:Horário:Horário:Horário:Horário:Inicio do encontro: às 10 hs

de Sábado. Conclusão: às 17horas do Domingo.

Mais infMais infMais infMais infMais informações:ormações:ormações:ormações:ormações: Pe. Gian-franco - gianfrancogianfrancogianfrancogianfrancogianfrancovianello@vianello@vianello@vianello@vianello@ttttterra.com.brerra.com.brerra.com.brerra.com.brerra.com.br - tel. (47) 3351-9614

Inscrições:Inscrições:Inscrições:Inscrições:Inscrições:Até o dia 4 de maio com Do-

mingos - Fone 9968-8654

Pe. Damião: uma vida dedicada aos hanseníacos

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14 Geral Abril 2009 Jornal da Arquidiocese

VozQuantas vidas desgraçadas por

causa das vozes duras, quantas vi-das construídas por causa das vo-zes animadoras. As vozes dos tira-nos amedrontaram multidões; asdos santos, ajudaram a salvarimensidão de almas. Nas casas,quantas vozes tristemente abafa-das; nos lares, quantas vozes ale-gremente recheadas de amor.Com a voz podemos construir océu na vida de muitos, mas tam-bém podemos erguer o inferno.Podemos ser dóceis ou violentos.Sejamos construtores da paz quevem do Alto!

ConsciênciaQuantas vezes sufocamos

sua voz... E então, a desarmonianem pede licença e se instala emnossa vida: desarmonia comDeus, contigo, comigo. Como étriste quando a harmonia vaiembora!

Perigo"Sobre cofres de moedas, Je-

sus teria escrito: "Perigo de mor-te", como os engenheiros nas tor-res de transformadores elétri-cos." (Bernanos)

RenúnciaRenunciar a si mesmo é con-

dição para estar contigo, Senhor.É renunciar-se, tomar a cruz decada dia e seguir-te. Quem renun-cia a si mesmo se encontra e en-contra a vida, quem não renun-cia a si mesmo se perde e encon-tra a morte.

Renúncia 2Renunciar-se é sempre opção

livre, pessoal. Eu me renunciopara ser, para ser mais. Na medi-da em que renuncio a mim mes-mo, torno-me verdadeiramenteeu e, então, já não vivo para mim,mas para ti, em quem encontroDeus.

LuzA respeito de João Batista, Je-

sus disse aos judeus: �Ele era umalâmpada que estava acesa e abrilhar, e vós com prazer vosalegrastes por um tempo com sualuz� (Jo 5,35). Fomos criados paraser luz: �Vós sois a luz do mundo�(Mt 5,14). Ah, que bom se, quan-do morrermos, e se for verdadei-ro, a lembrança que ficar de nósseja esta: �Nós nos alegramos porum tempo com sua luz�!

Foto/JA

EscravidãoO livro das Crônicas relata o

exílio na Babilônia, a escravidãode um povo. O Brasil foi mancha-do por longo período de abomi-nável escravidão, desfeita porquem tinha Deus no coração.Essas foram escravidões exter-nas; há outras mais danosas: asque me aprisionam em mimmesmo, as que me põem nosferros da inveja, da impureza, daindiferença... Libertar-nos delasdepende só de nós e da graçade Deus, que não falta. Por quecontinuar escravos, se podemosser livres?

CerzirComo vovó cerzia bem. Era ar-

tista da restauração das roupasrasgadas. Depois do trabalho fei-to, para perceber por onde havi-am andado agulha e linha nãoera fácil. Também na vida nos ras-gamos e sempre de novo é neces-sário cerzi-la. Somos nós mes-mos os mestres do cerzimento oudeixamos que outros nos ajudema reparar o que está estragado?Cuidemos para não confiar de-mais nas próprias forças...

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

Desde de jovem, PPPPPe. Gere. Gere. Gere. Gere. GercinocinocinocinocinoAAAAAtílio Piazzatílio Piazzatílio Piazzatílio Piazzatílio Piazza teve um desejo for-te de realizar um trabalho missi-onário. O incentivo veio atravésde um retiro quando ainda parti-cipava da Pastoral da Juventude,em Nova Trento, sua paróquianatal. Nele, através de slides doNordeste, pôde conhecer aquelarealidade, a questão da seca, dafome, da miséria.

Mais tarde, quando semina-rista, teve duas oportunidades deconhecer a Bahia em duas visi-tas missionárias: na primeira porquarenta dias, a segunda por 11meses. Mas a experiência maisprofunda de vida missionária foirealizada a partir de janeiro de2004, quando assumiu missãopastoral na diocese de Jardiocese de Jardiocese de Jardiocese de Jardiocese de Jardimdimdimdimdim, noMatMatMatMatMato Gro Gro Gro Gro Grossoossoossoossoosso. Após cinco anosem missão, Pe. Gercino retornoue atualmente é formador no Se-minário Menor de Azambuja. Naentrevista que segue, ele nos falada sua experiência como padremissionário, do que recebeu nes-ses cinco anos em terra de mis-são, dos projetos futuros, e deixauma mensagem para quem de-seja seguir a vida missionária.

Jornal da ArJornal da ArJornal da ArJornal da ArJornal da Arqqqqquidiocese - uidiocese - uidiocese - uidiocese - uidiocese - O se-nhor está retornando a Arquidio-cese depois de cinco anos nadiocese de Jardim, no Mato Gros-so. Fale-nos um pouco sobre essaexperiência.

Pe. GercinoEle fala dos cinco anos de experiência

como missionário no Mato GrossoPPPPPe. Gere. Gere. Gere. Gere. Gercino - cino - cino - cino - cino - Os 5 anos em

Bodoquena, na Paróquia N.Sra. doPerpétuo Socorro, Diocese de Jar-dim, foram marcantes em diver-sos aspectos da caminhada. Den-tre eles, a alegria de estar junto auma comunidade paroquial se-denta de Deus e sua Palavra. Emtodas as comunidades e localida-des aonde íamos chegando, a re-cepção era calorosa e aberta.Havia nos olhos das crianças, jo-vens e adultos uma grande espe-rança e confiança de que poderí-amos ser felizes. Como realizaçãopastoral, marcou-me a visita atodas as comunidades para o pri-meiro contato e depois a visita atodas as famílias; a realizaçãodas Santas Missões Populares(SMP), que aconteceram no perí-odo de fevereiro de 2006 a 2008,concluindo com o Ano Bíblico.

JJJJJA - A - A - A - A - Diz-se que, quando reali-zamos um trabalho missionário,mais recebemos do que damos.O que o senhor recebeu nessescinco anos de trabalho?

PPPPPe. Gere. Gere. Gere. Gere. Gercino - cino - cino - cino - cino - Tive muita ale-gria interior e contentamento.Aprendi a viver mais na simplici-dade e desprendimento. Comomuitos diziam por lá: �o poucocom Deus é muito e o muito semDeus é nada�. Aprendi a ser maispaciente, pois o povo das comu-nidades e localidades daquelaregião vive mais sem a �hora

marcada�. Aprendi a ser maleávelcom a programação planejada eassim, viver mais o momento pre-sente, confiando mais em Deusdo que nos planos e programas.

JJJJJA - A - A - A - A - Desde fevereiro deste anoo senhor atua como formador noSeminário Menor, em Azambuja.Pretende passar aos jovens essasua experiência para que sejadespertado neles o interesse pelamissão?

PPPPPe. Gere. Gere. Gere. Gere. Gercino - cino - cino - cino - cino - Creio ser impor-tante transmiti-la na convivênciado dia a dia, porém sem preten-são alguma. Contudo, espero po-der contribuir no despertar paraa missionariedade do ser Igreja,

povo de Deus que caminha.

JJJJJA - A - A - A - A - O senhor sempre sentiuum chamado forte para a missão.Essa primeira experiência o ins-pira a assumir novas missões?

PPPPPe. Gere. Gere. Gere. Gere. Gercino - cino - cino - cino - cino - O dia de ama-nhã, a Deus caberá, diz um dita-do do povo. Por isso, se for de suaDivina Vontade que algum dia euvolte a novas experiênciasmissionárias em terras distantes,creio que Ele mesmo me envia-rá. Contudo, quero deixar claroque, o estar aqui nesta realida-de, hoje, é também Missão.

JJJJJA - A - A - A - A - Quando seminarista o se-nhor teve duas experiências de

trabalhos missionários na Bahia.O senhor pretende assumir algumtrabalho lá?

PPPPPe. Gere. Gere. Gere. Gere. Gercino - cino - cino - cino - cino - Quando ingresseino seminário em 1987, havia emmeu coração um grande desejo deir para alguma região do sertão donordeste brasileiro e sinto que istonão morreu. Porém, não tenho pre-tensão alguma de me antecipar àvontade de Deus.

JJJJJA - A - A - A - A - Desde 2006, Pe. LúcioEspíndola realiza trabalho missio-nário na Guiné-Bissau. A missãoalém-fronteiras está em seus pla-nos?

PPPPPe. Gere. Gere. Gere. Gere. Gercino - cino - cino - cino - cino - Sempre que leioas revistas missionárias, sinto quetocam em meu coração os teste-munhos e realidades, do Brasil ealém-fronteira, mas não tenho issoem meus planos. Contudo, se es-ses forem os planos de Deus, po-deria eu negá-los?

JJJJJA - A - A - A - A - Que mensagem o senhordeixa para as pessoas que pen-sam em realizar um trabalho mis-sionário?

PPPPPe. Gere. Gere. Gere. Gere. Gercino - cino - cino - cino - cino - Não deixe paraamanhã, o que pode ser decidi-do hoje. Todo chamado missioná-rio é correspondido pela Graça deDeus. Se você sente este chama-do, procure orientação espiritualjunto ao padre da paróquia. En-volva-se em algum grupo de mis-são e antes faça verdadeira ex-periência de missão em sua co-munidade local, paróquia ediocese, para então, depois, serencaminhado à missão em regi-ões distantes. Seja pessoa deoração fervorosa, esperança ale-gre e caridade ativa.

Foto JA

A vocação missionária despertada na infância foi colocada em prática

�Sempre tive o desejo de ir para onordeste. Mas não vou me anteci-para à vontade de Deus�.

Aprendi a viver mais na simplicidade e desprendimento.

SorrisoMeu rosto não me perten-

ce, ele pertence ao meu irmão.O que meu rosto revela demim? Nele carrego fechamen-to e tristeza ou porto ternura ealegria? Manifesto mágoa ouestampo um sorriso? "Cada dia

sorriam uns para os outros",dizia Madre Teresa de Calcutá.Por uns dias - só por uns dias -acompanhei a página policialdos jornais. Vi fotos de bandi-dos e de assassinos. Nenhumdeles sorria...

O cartaz na loja convida:�Recarregue aqui seu celular!�. Eas pessoas vão entrando... Na vida,onde recarregamos as forças? Je-

sus nos deixou a Eucaristia, suaPalavra, a Confissão, a família...Tantos aproveitam. E tantos andamcom a �bateria� fraca... Por quê?

Recarga

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Jornal da Arquidiocese Abril 200915Mundo

A Angola é um dos paísescom maior percentual de católi-cos da África central, entre 60e 70% dos 17 milhões de habi-tantes. Esse foi um dos fatorespelo qual Bento XVI escolheu opaís como parte de seu itinerá-rio pelo continente africano.Além disso, Angola está com-pletando 500 anos de evange-lização.

O país está localizado nacosta ocidental da África, e temcomo capital Luanda, sua maiorcidade. Tem como idioma oficialo português, mas possui mais de20 línguas nacionais. A Angolasaiu de um longo período de ins-tabilidade e quase 30 anos deconflitos armados, mas agoraprocura trilhar com êxito o cami-

Angola completa 500 anos deevangelização com visita do Papa

Por onde passou na África, Bento XVI foi saudado pelos fiéis com fervor

Divulgação/JA

Após dez meses da Campa-nha "Ficha Limpa", a coleta deassinaturas continua aconte-cendo em todo o país para queseja alcançado 1,3 milhão deassinaturas necessárias ao en-vio do Projeto de Lei de iniciati-va popular ao Congresso Naci-onal. Dioceses, paróquias e en-tidades da Igreja Católica detodo o país têm sido importan-tes parceiros nesse sentido.Para reforçar esse apoio e in-centivar a coleta de assinaturasnos Estados, foram apresenta-das aos Bispos do ConselhoEpiscopal Permanente daCNBB, em 11-03, as ações de-

Balanço da Campanha Ficha Limpasenvolvidas e as dificuldadesenfrentadas.

Participaram da apresenta-ção, o diretor da Secretaria Exe-cutiva do Comitê Nacional doMovimento de Combate àCorrupção Eleitoral (MCCE),Carlos Alves Moura; a secretá-ria executiva do Comitê Nacio-nal do MCCE, Suylan Midlej, eo representante da ComissãoBrasileira Justiça e Paz (CBJP/CNBB), Gilberto Sousa.

Foi lembrada a participaçãoda CNBB na campanha da Lei9840, quando foi feita uma gran-de mobilização para coleta deum milhão de assinaturas. Com

a Campanha Ficha Limpa, osbispos foram chamados nova-mente a estimular a coleta emsuas dioceses, com o objetivo deatingir mais rapidamente a metade 1,3 milhão de assinaturas.

A secretária do MCCE apre-sentou aos bispos o desenvol-vimento da Campanha e o nú-mero de assinaturas enviadaspelas dioceses, paróquias eentidades da Igreja Católica. osbispos reafirmaram o compro-misso de intensificar os traba-lhos de coleta de assinaturasem suas dioceses.

Mais informações no sitewww.lei9840.org.br.

Mensagem para oDia Mundial daJuventude: Do-

mingo de RamosO XXIV Dia Mundial da Ju-

ventude será celebrado, em ní-vel diocesano, em todas asdioceses do mundo, no Domin-go de Ramos, 5 de abril. Otema da mensagem deste anoé extraído da Primeira Epístolade Timóteo: “Colocamos a nos-sa esperança no Deus vivo” (1Tm 4,10). E é justamente a es-perança o foco desta mensa-gem de Bento XVI. No texto, oPapa recorda o “encontro ines-quecível” em Sidney, na Austrá-lia, no ano passado, e convidapara o próximo, em 2011, emMadri, capital espanhola.

“A esperança está no centroda nossa vida e da nossa mis-são de cristãos, sobretudo naépoca contemporânea. Todossentimos a necessidade de umaesperança firme e confiável”,afirma o Pontífice. A juventude,em especial, é o tempo de es-peranças, porque olha para ofuturo com várias expectativas.Os questionamentos quepermeiam a adolescência fa-zem com que os jovens se per-guntem onde buscar e comomanter viva no coração a cha-ma da esperança.

A experiência - escreve oPapa - demonstra que as quali-dades pessoais e os bens ma-teriais não bastam para garan-tir aquela esperança da qual oser humano está em buscaconstante. A crise da esperan-ça atinge mais facilmente asnovas gerações que, em con-textos socioculturais sem certe-zas, sem valores e sem sólidospontos de referência, enfrentamdificuldades que parecem supe-riores a suas forças.

O Santo Padre conclui dizen-do que os jovens devem dar es-paço à oração: “A Igreja contacom vocês para esta exigentemissão: que as dificuldades e asprovas que encontrarem não osdesencorajem. Sejam pacientese perseverantes, vencendo anatural tendência dos jovens àpressa, a querer tudo e já”.

nho da reconciliação e estabili-dade. Apesar de a maior parteda população viver na pobreza,

o país é o segundo maior pro-dutor de petróleo e exportador dediamante da região.

Conferência no Vati-cano sobre a mulher

Nos dias 21 e 22 de março,foi realizada em Roma a I Con-ferência Internacional sobre otema “Mulher, desenvolvimentoe trabalho: o papel feminino nadimensão social e econômica”.O evento contou com a partici-pação de especialistas e repre-sentantes de organizações eassociações femininas de todoo mundo. Na conclusão do en-contro, o presidente doPontifício Conselho da Justiçae da Paz, Cardeal RenatoMartino, destacou a promoçãode “um novo feminismo repletode amor pela vida, pela famíliae pelos outros”.

O Papa Bento XVI, na suamensagem aos participantes,saudou o evento como uma“exemplar resposta ao pedido deJoão Paulo II de um ‘novo huma-nismo’, com o poder de transfor-mar a cultura, elevando-a comum decisivo respeito pela vida”.

Bento XVI anunciaum Ano Sacerdotal

Relembrando os 150 anosda morte do Santo Cura de Ars,SãoJoão Maria Vianney, BentoXVI anunciou que, de 19 de ju-nho de 2009 a 19 de junho de2010, se realizará um especialAno Sacerdotal, que terá comotema: “Fidelidade de Cristo, fi-delidade do sacerdote”. OSanto Padre abrirá esse Anopresidindo a celebração dasVésperas, em 19 de junho, napresença da relíquia do Cura deArs, trazida pelo Bispo deBelley-Ars. Bento XVI encerra-rá o Ano em 19 de junho de2010, participando de um “En-contro Mundial Sacerdotal” naPraça de São Pedro.

Durante esse Ano jubilar,Bento XVI proclamará São JoãoMaria Vianney “Padroeiro detodos os sacerdotes do mundo”.Além disso, será publicado o“Diretório para os Confessorese os Diretores Espirituais”, jun-to a uma coletânea de textos doSanto Padre sobre temas es-senciais da vida e da missãosacerdotal na época atual.

Vaticano acompanha V Fórum Mundial sobre a ÁguaO Vaticano marcou presença

no V Fórum Mundial sobre a Água,em Istambul, de 16 a 22 de Mar-ço, com uma nota intitulada “Água,elemento essencial para a vida”.O documento foi preparado peloConselho Pontifício Justiça e Paz(CPJP), retomando posições queforam anteriormente apresenta-das em Quioto (2003) e na Cida-de do México (2006).

Para o Vaticano, é essenci-al que exista uma compreensãoética e religiosa dos “vários ecomplexos” problemas ligadosà questão do acesso à água. Odocumento analisa a águacomo um bem social, econômi-co e ambiental.

O CPJP defende o acessouniversal a “uma água limpa e aum saneamento seguro”, con-

centrando a sua posição no re-conhecimento do acesso à águacomo um direito humano, o quenão é aplicado a mais de 1,5 bi-lhão de pessoas. O Vaticanolembra que todos os anos mor-rem quase cinco milhões de pes-soas, sobretudo crianças, porcausa das doenças associadasao consumo de água não potá-vel ou a carências hídricas.

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Celebração marca restauração da Catedral16 Geral Abril 2009 Jornal da Arquidiocese

Mais de 10 mil pessoas se con-centraram dentro e fora da igrejapara participar da celebração queinaugurou a restauração da Cate-dral de Florianópolis. Realizada nodia 22 de março, às 19h, a cele-bração eucarística foi presididapelo nosso arcebispo Dom MuriloKrieger e concelebrada pelo bispo-auxiliar emérito Dom Vito Schlick-mann e pelo pároco da Catedral,PPPPPe. Fe. Fe. Fe. Fe. Francisco de Assis Wloch.rancisco de Assis Wloch.rancisco de Assis Wloch.rancisco de Assis Wloch.rancisco de Assis Wloch.

A celebração ainda contoucom a presença do governador doEstado, Luiz Henrique da Silveira,do prefeito de Florianópolis, DárioElias Berger, além de outras auto-ridades do Estado e do município.

A igreja foi pequena para aco-lher os fiéis que participaram dacelebração. Por isso, dois telões fo-ram colocados no lado de fora. Tam-bém foram instaladas arquibanca-das. Ao final da celebração, Pe.Francisco Wloch lembrou momen-tos vividos na Catedral nesse tem-po em que a igreja ficou em refor-ma. �Depois de quatro anos e ummês, com emoção e alegria,estamos devolvendo à comunidadea Catedral recuperada, restaurada,segura, modernizada e adequadaàs necessidades atuais�, disse Pe.Chico visivelmente emocionado.

Ele advertiu, porém, que o tra-balho inaugurado é apenas meta-

Após quatro anos de restauração, Catedral foi entregue aos fiéis, completamente restaurada em sua estruturade de tudo o que ainda falta fazerno complexo Catedral, que compre-ende: auditório, salas de encontros,Centro sócio-cultural e residênciados padres. Ele conta com o apoiodas autoridades e dos empresári-os para levar adiante o trabalho.

Apresentaçãomusical e show

Após a celebração, que con-tou com a participação do CoralCoralCoralCoralCoralSanta Cecília Santa Cecília Santa Cecília Santa Cecília Santa Cecília com o histórico ór-gão, todos se concentraram nolado de fora da Catedral, onde foidescerrada uma placa comemo-rativa a restauração. Os sinos, hámuito silenciados por receio deque sua vibração comprometes-se ainda mais a abalada estrutu-ra da igreja, voltaram a tocar.

Roberto Alvares Bentes de Sá,presidente da Comissão de Res-tauração da Catedral, agradeceu atodos os que contribuíram. Em se-guida várias autoridades fizeram oseu pronunciamento. Por volta das21h, houve a apresentação de umGrande Coro, formado por novecorais da Grande Florianópolis, eregido pelo maestro RobsonMedeiros Vicente. Na sequência,foi realizado o show do balletBolshoi, de Joinville.

A cerimônia foi encerrada coma queima de fogos.Foram mais de 20minutos de showpirotécnico que ilu-minaram a noite eabrilhantou aindamais a bela, res-taurada e seguraCatedral.

Catedral ficou lotada de fiéis que participaram da celebração eucarística

Foto/JA

Para nosso arcebispo DomMurilo, a importância da Cate-dral é divida em dois momen-tos: um por ser templo voltadoà fé dos fiéis católicos; o outropor ser um monumento históri-co situado no coração da cida-de. �Nos últimos quatro anos,por causa de tudo o quevivenciamos com sua restaura-ção, descobri que, para nossopovo, ela é muito mais impor-tante do que eu imaginava quefosse�, disse Dom Murilo.

Segundo ele, do ponto de vis-

Templo e monumento históricota histórico, ela tem uma impor-tância única, pois não se podefazer referência a Florianópolis ouao nosso Estado sem mencionarnossa Catedral. Por isso ela foitombada pelo poder público epassou a obedecer às comple-xas exigências a que estão sujei-tos os prédios históricos. �Tais exi-gências tornam caríssima qual-quer restauração, mas, já que foitombada, é justo que tais despe-sas, ao menos em parte, sejamassumidas por quem tem a obri-gação de preservá-la�, disse.

Nesses três anos e meio detrabalhos de restauração, muitacoisa foi feita. Mas ainda faltamuito por fazer. �As obras que fal-tam serão realizadas, mas depen-dem de recursos. Empresas estãosendo contatadas, afim de queinvistam nas obras�, disse Pe.Chico. Todo o trabalho foi concen-trado na reforma e restauração doprédio da igreja. Mas o projeto to-tal contempla outros espaços.

As obras ainda devem continu-ar neste ano e nos próximos. Alémde restaurar as obras sacras e al-tares, pintura e restauração dos

O que foi feito e o que falta fazerbancos da igreja, o projeto preten-de alcançar o complexo Catedral.Ele compreende a construção deuma nova secretaria paroquial,readaptação dos espaços paranovas salas de atendimento, re-cuperação da casa paroquial e doauditório, restauração do CentroSocial da Catedral e instalação decâmeras de segurança. As obrasnão têm prazo para serem inicia-das, nem para serem concluídas.Vai depender da disponibilidadede recursos. As empresas dispos-tas a apoiar esta obra, podemfazê-lo através da Lei Rouanet.

Foto/JA

Mais de 10 milpessoas acompa-nharam a Celebra-ção através detelões e, após amissa, a apresenta-ção do coro de500 vozes, doBallet Bolshoi e aqueima de fogos

ÁtrioO Átrio é o lugar que dá senti-

do á missão. É o lugar da acolhi-da, de receber o outro, espaçopara o cristão e para o não cris-tão, lugar onde se pode estar àvontade. Por isso deve ser belo,pois é lugar de transição, de pas-sagem entre dois mundos, Tran-sição entre o mundo exterior e olocal da celebração comunirtária.

Esse espaço deve ser vazio,para as pessoas reunirem-se aseu modo antes e depois da cele-bração. Espaço para a festa doencontro e para o silencio profun-do da preparação, do sinal dacruz, da água benta, ou seja, puri-ficar-se para entrar no espaço sa-grado. A pia de água benta nesselugar poderia ser a própria fontebatismal. É de antiga tradição daIgreja o lugar da preparação parao ingresso no Corpo Místico.

O Átrio é o lugar da porta deentrada, e essa porta é o próprioCristo. Não se pode ter aí umaporta qualquer: é preciso que elareceba um tratamento diferenci-ado das demais, sendo maior emais nobre. É aconselhável quereceba um símbolo ou desenhos,em alto ou baixo relevo.

Em especial no interior de nos-sas cidades barulhentas, o Átriodeve ser previsto desde a concep-ção do projeto. O Átrio, tão comumem nossa melhor tradiçãoarquitetônica, deve ser revisto, evi-dentemente seguindo esse espíri-to, utilizando os conceitos novoscriados pela evolução da arquite-tura e beneficiados pelo progres-so nos processos construtivos.

�Para entrar em uma casa deDeus, é preciso atravessar um li-miar, símbolo da passagem domundo ferido pelo pecado para omundo da vida nova, ao qual to-dos são chamados�.

Informações pelo fone (48)8439-4004 ou pelo e-mail:[email protected]

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