Jornal Correio do Metrô

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Pág. 2 - Reforma política é coisa séria! Pág. 4 - Ajustes e Reajustes Pág. 5 - A comunidade do Guará pede socorro! Pág. 6 - Licença paternidade de 30 dias Pág. 12 - Diversidarte é atração no TJDFT Pág. 14 - Lucas Araújo se apresenta em Buenos Aires PáG. 15 - A manipulação do futebol brasileiro Em Águas Claras, concreteiras atuam sem alvará Vinhos Piorro chegam ao Brasil “Pirulitos” resistem no DF Página 3 COMPORTAMENTO “O sucesso e o fracasso em dois pesos e duas medi- das” é o tema em torno do qual a jornalista e psicóloga Sandra Fernandes discorre sobre os nossos desafios para lidar com estas duas realidades em nossa vida. Página 11 MUNDO SINDICAL A teimosia da Fenaban acabará levando os bancários para a greve. O alerta é de Rodrigo Britto, presdiente do Sindicato dos Bancários de Brasília. Página 13 Para especialistas, como o sommelier Olinaldo Oliveira, os vinhos da Piorro, se adequam ao gosto do brasileiro. Página 10

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Pág. 2 - Reforma política é coisa séria!Pág. 4 - Ajustes e ReajustesPág. 5 - A comunidade do Guará pede socorro!Pág. 6 - Licença paternidade de 30 diasPág. 12 - Diversidarte é atração no TJDFTPág. 14 - Lucas Araújo se apresenta em Buenos AiresPáG. 15 - A manipulação do futebol brasileiro

Em Águas Claras,

concreteiras atuam sem alvaráVinhos Piorro chegam aoBrasil

“Pirulitos” resistem no DF Página 3

COMPORTAMENTO“O sucesso e o fracasso em dois pesos e duas medi-das” é o tema em torno do qual a jornalista e psicóloga Sandra Fernandes discorre sobre os nossos desafios para lidar com estas duas realidades em nossa vida.

Página 11

MUNDO SINDICALA teimosia da Fenaban acabará levando os bancários para a greve. O alerta é de Rodrigo Britto, presdiente do Sindicato dos Bancários de Brasília.

Página 13

Para especialistas, como o sommelier Olinaldo Oliveira, os vinhos da Piorro, se adequam ao gosto do brasileiro.

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2 • Correio do Metrô 409 • OPINIÃO • Brasília, setembro de 2011

OpiniãO

Reforma Política é coisa séria!Alfredo Bessow *

Um dos grandes desafios que a sociedade brasileira precisa encarar – e isto terá de ser feito sem a atual classe política! – é o de reinventar o conceito e criar um novo patamar de referência para a própria política. E isto vale para Executivo, Legislativo e Judiciário – que hoje acabaram con-taminados pela preocupante percepção (junto à sociedade) de que atuam deliberadamente no sen-tido de transformar a impunidade em norma.

É estranho perceber como as nossas pseu-do-lideranças – de situação ou de oposição – sen-tem imenso prazer em literalmente brincar com fogo e escarnecer, com seus atos, da boa fé de boa parte do chamado ‘povo brasileiro’. Porque estou entre aqueles que considera ‘sua excelência, o elei-tor’ um sujeito de regra leviano, adepto da tese de levar vantagem e diretamente responsável pela queda na qualidade dos entes públicos.

Porque o quadro atual, de absoluta dete-rioração dos parâmetros, é também um momento ‘adequado’ para certas propostas ‘higienizantes’ e de demonização da política – onde éticos de plan-tão, pitonisas da pureza para quem os conceitos generalizantes e indefinidos têm mais valor do que a análise criteriosa das razões que nos trouxeram até este beco.

O simplismo de achar que antes era dife-rente, que todas as mazelas são invenções recentes é desdenhar da própria história da humanidade. É

* Alfredo Bessow é jornalista e brasileiro

Mensagens extraídas dowww.5minutoscomjesus.blogspot.com

Espaço para fé e oração. Acesse todos os dias!

palavra dO senhOr

Sonho de consumo

Qual é o seu sonho de consumo? Um carro novo, uma casa? Cada pessoa tem o sonho, mas no fundo, lá no fundo, todos temos o mesmo desejo: “sermos felizes para sempre”. Este sonho, que parece só ser possível em contos de fada, realmente é possível. Isto não quer dizer que não teremos tempos difíceis. Teremos sim! Mas teremos forças para enfrentá-los e até superá--los. Para realizar este sonho precisamos de um forte aliado: Jesus Cristo. Ele é a fonte da felicida-de eterna. Todos que estiverem unidos com ele terão vida plena e eterna. Ele mesmo afirma isto: “Eu lhes dou a vida eterna, e por isso elas nunca morrerão” (Jo 10.29). Confie em Jesus Cristo! Ele é a fonte da felicidade eterna.

Ele te protegerá

Socorro! Socorro! Ao ouvir um pedido destes sabemos que alguém está em apuros e precisando de ajuda. Você já passou por esta si-tuação? Já precisou de ajuda e não encontrou ninguém que pudesse ajudar você? É realmente desesperador precisar de ajuda e não ter com quem contar. Nós estaríamos assim se Deus não tivesse enviado Jesus. Por causa das coisas erradas que fazemos estaríamos condenados à morte eterna. Nada do que fizéssemos; nin-guém poderia nos ajudar. Mas, por amor e sem exigir nada em troca, Deus enviou Jesus. Ele é o nosso protetor. Ele deu a vida dele para nos proteger da morte eterna. E ele promete que está ao nosso lado. Você não está sozinho, con-fie nele, ele está ao seu lado hoje e sempre.

Deus sabe nos ouvir

Certo homem enfrentava um grande sofri-mento. Vendo seus amigos tentando consolá-lo, disse: “O melhor consolo que vocês me podem dar é escutar com atenção as minhas palavras”. E é exatamente disso que precisamos quando enfrentamos problemas: de alguém que saiba nos ouvir com atenção. E este alguém é Deus! Ele quer ouvir você relatando seus problemas, suas frustrações, seus medos, seus fracassos, e tam-bém suas alegrias e os seus desejos. Apresente tudo aquilo que está em seu coração a Deus, e ele mostrará o quanto ama você, dando-lhe forças através de sua santa Palavra, que diz: “Na minha aflição, eu clamei ao Senhor; ele me res-pondeu e me livrou da angústia”.

Imagens do nosso tempo

omitir-se, por conivência, de trazer estes assuntos para a discussão sem ideias pré-concebidas, valores em forma de sentenças. Mas, por outro lado, dar de ombros e dizer que sempre foi assim revela uma impotência que interessa sob medida aos que se lo-cupletam e se beneficiam desta estrutura.

Por vezes chega a ser patético observar o non sense das circunstâncias, porque como são to-dos frutos da mesma árvore da corrupção e do fi-siologismo, na medida em que práticas condenadas em nível federal ocorrem no plano dos governos estaduais e municipais – e nem sempre quem bran-de a espada contra um tem condições de fazê-lo também em relação ao outro.

Na verdade, ao menos no caso aqui do Bra-sil, algumas ações poderiam ajudar – como o fim da judicialização da política e uma celeridade maior dos processos no âmbito eleitoral. Mas fundamen-tal mesmo seria a convocação de uma Constituinte Exclusiva para fazer a Reforma Política – para a qual não pudessem se candidatar políticos detentores de qualquer mandato eletivo. Claro que deputados e senadores poderiam se candidatar, desde que renun-ciassem aos respectivos mandatos do Legislativo...

Se quisermos ter esperança, o caminho é lu-tar para que a Reforma Política seja tarefa de uma Constituinte Exclusiva – e não este monstrengo que está sendo costurado pelas raposas que to-mam conta do galinheiro.

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Brasília, setembro de 2011 • GERAL • Correio do Metrô 409 • 3

cUrTas

Emprego em altaA construção civil aumentou em 8,07% o nú-

mero de trabalhadores na atividade em todo o país no acumulado até julho deste ano. Segundo pesquisa divulgada dia 13 pelo Sindicato da Indús-tria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), no período foram contratados 228,2 mil trabalhadores.Em julho foram 31,7 mil admissões, um crescimento de 1,05%. No total, o setor emprega 3,075 milhões de pessoas, um recorde, de acordo com o Sinduscon.

Eleições na VenezuelaAs eleições presidenciais na Venezuela foram

agendadas para o dia 7 de outubro de 2012, se-gundo informou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O órgão decidiu ainda que as eleições regionais serão realizadas em dezembro des-te ano e as locais em abril de 2013.Em julho, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que pretende candidatar-se à reeleição em 2012, ape-sar dos problemas de saúde que tem enfrentado. “Tenho razões médicas, razões científicas, razões humanas, razões de amor e razões políticas para continuar à frente do governo e manter a candi-datura com mais força do que antes”, declarou.

Mais tempo de aulaO Ministério da Educação e entidades do setor

estudam aumentar o número de horas do aluno na escola. As possibilidades em análise são elevar a carga horária diária, que hoje é de 4 horas, ou am-pliar o número de dias letivos, atualmente definido em 200 dias, informou o ministro Fernando Ha-ddad. Hoje, a criança ou o adolescente devem ficar 800 horas por ano na sala de aula, carga conside-rada baixa quando comparada a de outros países, segundo Haddad.“O aprendizado está relacionado à exposição ao conhecimento. Há um consenso no Brasil de que a criança tem pouca exposição ao conhecimento seja porque a carga horária diá-ria é baixa ou porque o número de dias letivos é inferior ao de demais países”, disse o ministro, ao participar da abertura do Congresso Internacional Educação: uma Agenda Urgente, promovido pelo movimento Todos Pela Educação.

Os “pirulitos” resistem!Um dos diferenciais de Brasília sobrevive em algumas satélites

Criados nos anos 80 – segundo alguns sau-dosistas de ocasião em 1985, quando José Apareci-do era governador (biônico) de Brasília, os pirulitos logo passaram a fazer parte da paisagem da Capital da República: um espaço democrático e plural de propaganda. Era nos pirulitos que que a cidade verda-deiramente se informava dos eventos, das festas, das assembleias e dos preparativos de greve. Nos tempos de eleição – como nas primeiras que aconteceram aqui no DF em 1986 – era um espaço de batalha pelo espaço, com colagens se sobrepondo a cada instante.

Para quem chega hoje, as paradas do Plano Piloto, por exemplo, se tornaram ridículas – com aquele ar de hipócrita assepsia que apenas serve para esconder a liberdade. Em lugar do plural, ven-ceu a ganância pelo lucro de alguma empresa bem articulada dentro do GDF. Restam alguns, mas está mais do que na hora de algum distrital propor um projeto de lei pela volta dos pirulitos.

Candidato a Distrital não eleito em 2010, Edil-son Barbosa (PDT), tinha o compromisso de lutar por sua volta – dentro da visão de que eles possibili-tavam uma visibilidade para eventos que não conse-guem disputar espaço com os grandes anunciantes.

Salvando vidasHá uma história bem ilustrativa do papel

dos pirulitos.

Em 1994, numa destas noites de fim de fes-ta, um carro se esborrachou – e derrubou! – o pirulito que existia ao lado da parada da 714 Sul. Detalhe: atrás do pirulito, protegido por ele, um quiosque onde dormia o ‘dono’ do quiosque com dois filhos. Não fosse a existência providencial da-quele artefato, os três teriam morrido – porque o carro simplesmente tinha passado por cima de tudo (armação de lata/zinco).

Pode-se dizer que os pirulitos são de um tempo ‘romântico’ de uma Brasília antes de ser in-vadida pelos loucos por dinheiro, mas a verdade é que perdeu muito do colorido que antes tinha – inclusive desarticulando equipes de colagens que trabalhavam para os sindicatos de então.

PluralidadeEntidades como dos Bancários, dos Professo-

res, dos Rodoviários e dos Vigilantes estavam entre as que mais usavam este meio de massificação de suas pautas. Munidas de cola feita à base de polvilho, baldes, vassouras e muitos cartazes, as equipes va-ram a madrugada – onde o que contava também era o compromisso com esta forma de comunicação.

Em Taguatinga e Ceilândia ainda são localiza-dos alguns, mas a cidade onde os pirulitos mantém um dinamismo impressionante é o Guará – resta saber até quando eles irão resistir.

Espaço democrático, os “pirulitos” sofrem com a concorrência de poderosas empresas de publicidade que viraram “donas” das paradas

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4 • Correio do Metrô 409 • PONTO DE VISTA • Brasília, setembro de 2011

Ajustes e ReajustesO governo federal anunciou com pompa

e circunstância que não é possível con-ceder qualquer reajuste salarial para o

funcionalismo público. Depois deste anúncio, já se percebe que acabará cedendo para os servi-dores do Judiciário e, na sequência, do Legisla-tivo. E não resta dúvidas que também terá que ceder para os servidores do Executivo.

Ao anunciar que não há condições de con-ceder reajuste para os servidores o governo alega a crise econômica mundial, argumento cansativo de tão utilizado por governos anteriores. Na ver-dade, o governo está mirando a votação da “Emen-da 29”, prevista para acontecer no final do mês de setembro, e que prevê mais recursos para a saúde e em consequência necessidade de novas fontes de financiamento. E em decorrência da necessida-de de novas fontes de financiamento para a saúde, surge a possibilidade de ressurgimento da CPMF, agora rebatizada de CSS. Ou seja, o governo quer mais dinheiro. Mas, enfim, nosso objetivo hoje não é analisar o discurso do governo e sim a postura dos sindicatos e sindicalistas. E aqui claramente a falta de visão e de discurso estão imperando.

Alguns sindicalistas, por não conseguirem ver a jogada do governo, ou por falta de estra-tégia ou sabe-se lá por que compromissos as-sumidos, partidários ou não, simplesmente têm repetido a posição oficial do governo, sendo comum ouvirmos discursos começando assim: “olha, eu almocei com o Senhor fulano de tal, secretário geral do órgão tal, e ele me disse que o governo não tem como dar reajuste”. Bom, uma novidade para estes “sindicalistas”: governo algum, de país algum, vai dizer: “vem, que agora tem”. Reajuste salarial se negocia, se conquista, nunca se recebe porque o governo

percebeu que determinado grupo de servido-res passaram a merecer.

Infelizmente a verdade é que se tem per-cebido uma grande acomodação por parte de vários sindicalistas e sindicatos, aceitando passiva-mente o discurso do governo. Sinal que o mesmo tem trabalhado bem, ao contrário destes. Neste cenário, a pergunta que fica é: “o que fazer?”. Vai nossa pequena lista de sugestões aos sindicatos:a) Não levar o discurso do governo tão a sério e

parar de repeti-lo (muitos governantes costu-mam mentir, sabiam?);

b) Esquecer a filiação partidária (pelo menos um pouco);

c) Esquecer a associação à Central da qual o Sin-dicato faça parte (que normalmente repete o discurso do governo);

d) Se debruçar em cima do orçamento federal, receitas e despesas, e se preparar para o de-bate em torno destes pontos (importantíssi-mo para debate com parlamentares);

e) Fazer um estudo sério sobre a remuneração dos servidores que representa (já deveriam ter isto pronto);

f) Da mesma forma fazer estudo sobre o órgão, ou órgãos, nos quais os servidores trabalham, seus pontos fortes e fracos(muitos poucos sindicatos fazem isto);

g) Com base nos dados acima, desmontar o dis-curso do governo perante a sociedade (cada qual com suas possibilidades: panfleto, faixas, televisão, jornal, etc.);

h) Não ter medo de chamar autoridades gover-namentais de mentirosas (sim, elas mentem);

i) Levar as tratativas com o governo aos servido-res que representam de forma transparente;

j) Não ter receio de utilizar os institutos de manifestação, operação-padrão, paralisação e greve se for necessário (estes institutos têm que ser usados com parcimônia: o alvo é o governo e não a população).

Naturalmente que qualquer que seja a medida adotada pelos sindicatos de servidores não traz garantias de que o reajuste salarial pos-sa ser obtido. Mas nada justifica a atual pasma-ceira reinante no movimento sindical. Mesmo porque os argumentos utilizados pelo governo federal tem sido desarrazoados.

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Brasília, setembro de 2011 • PELAS CIDADES • Correio do Metrô 409 • 5

Comunidade do Guará pede socorro! Assustados com a brutal perda da qualidade de vida, moradores se mobilizam

C onsiderada como uma das melhores cidades do DF para viver e morar, o Guará foi destruído pela perversa

aliança entre a ganância imobiliária e a coni-vência das supostas lideranças políticas que só aparecem em tempos de eleição. Um dos grupo de líderes comunitários cansou de ru-minar sua contrariedade em silêncio e resol-veu ir à luta – para defender o que ainda res-ta. O Movimento Popular Viva Guará lançou manifesto vigoroso contra a implantação do CMG-Centro Metropolitano do Guará, em defesa do Parque Ecológico, pela não implan-tação da interbairros e pelo fim da estapafúr-dia lei que permite prédios de até 26 anda-res na via de contorno – algo que JAMAIS foi autorizado pelos moradores em audiências públicas que discutiam o PDL.

Munidas de um raro idealismo, as lide-ranças estão coletando assinaturas e querem sensibilizar o Governador Agnelo que não seja o ‘coveiro’ que dê a última pá de terra na cida-de, enterrando aquela que já foi padrão e refe-rência para outras satélites e hoje é sinônimo de problemas e abandono.

Contra o CMGSegundo o manifesto, “esse projeto

imobiliário não favorecerá a estrutura urba-na, ao contrário, prejudicará a acessibilidade e o uso razoável da área central da cidade, ocu-pando e destruindo a única área para cons-trução de equipamentos públicos e de lazer para a população”.

No documento que vem sendo distri-buído, há um alerta preocupante: “O Parque Ecológico da cidade, já ameaçado por inva-sões e projetos mirabolantes, será ainda mais

prejudicado por esse empreendimento, pois a impermeabilização do solo com o surgimento de edifícios e construções, acabará por levar as águas da chuva, esgotos, lixo e entulho di-retamente para as nascentes do Guará – que não terão capacidade para absorver mais essas megasestruturas imobiliárias e comprometerá, ainda mais, a Bacia do Paranoá”.

Outro detalhe não abordado no docu-mento, mas que preocupa igualmente, é com-prometer o chamado Corredor Ecológico que hoje AINDA existe no DF, ligando parques e

reservas, mas que já foi seriamente seccionado pelas obras da chamada Linha Verde que não cumpriu as determinações de galerias e túneis de passagens para animais silvestres.

Próximos passos

Levando em conta o perfil dos morado-res do Guará, nos próximos dias estará sendo disponibilizado o espaço www.souguara.com.br para ampliar a luta em defesa da cidade – para que os que trabalham pela destruição da cidade não o façam mais de modo impune.

Lideranças tentam preservar o que resta do Guará

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6 • Correio do Metrô 409 • PELAS CIDADES • Brasília, setembro de 2011

Erika Kokay quer licença paternidade de 30 dias Está tramitando na Câmara dos Deputados

o Projeto de Lei879/11, da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que eleva para 30 dias o período da licença-paternidade. A proposta, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), estende o direito também ao pai adotante. Atualmente, a licença paternidade está fixada em cinco dias.

Há um abaixo-assinado em apoio ao Pro-jeto de Lei circulando na internet. O abaixo-assi-nado está disponível em http://www.erikakokay.com.br/licencapaternidade/

Mãe sobrecarregadaErika Kokay argumenta que os primeiros

dias de vida de um recém-nascido – e, nos ca-sos de crianças adotadas, as primeiras semanas

de convivência com a família adotante –, repre-sentam o estreitamento de laços e a criação de vínculos, de forma a promover o convívio e a integração da criança e seus pais.

“A ausência do pai deixa a mãe sobrecar-regada, ainda mais quando ela está atravessando o chamado puerpério, que dura de 30 a 45 dias após o parto.A mulher está no pós-operatório, com limitações físicas e carências psíquicas, e precisa da ajuda do pai no cuidado com o bebê”, diz a deputada.

Ela acrescenta que o mesmo vale para a mãe adotante, que precisa da presença e da participação ativa do pai adotante, em razão do período de adaptação à nova realidade familiar.

II Concurso de Redação do Sinpro-DFNeste ano, o tema em destaque é o bullying

As inscrições para o II Concurso de Re-dação do Sinpro-DF estão abertas até 14 de ou-tubro. O evento faz parte da Campanha pela Paz nas Escolas desenvolvida pela entidade. Desta vez o tema será“Bullying: essa brincadeira não tem graça”. O concurso é dirigido aos alunos do Ensino Médio (regular e EJA). Os três primei-ros lugares receberão um laptop, sendo que o primeiro lugar também receberá R$ 1.500 em dinheiro, o 2º R$ 1000 e o 3º R$ 500.

O Sinpro conta com o engajamento dos professores e, desta forma, incentivem seus alu-nos e alunas a discutirem o assunto e participa-rem do concurso. A redação será na verdade um vetor para aprofundar o debate sobre formas de promover a cultura da paz nas escolas e reduzir uma das formas mais perversas de discriminação. Como fator de motivação, estão sendo sugeri-das atividades com os alunos e alunas para apro-fundar a reflexão sobre o assunto.

Para fazer a inscrição basta acessar www.sinprodf.org.br/concurso-de-redacao.

As redações poderão ser entregues até o dia 31 de outubro. No endereço podem ser consultados ainda vários textos sobre o tema. A proposta é no sentido de induzir os alunosdas escolas públicas a pensarem sobre essa questão e expressem o que sentem em relação a essa prática, que tantos problemas e conflitos acarre-tam nas escolas e em toda a sociedade.

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Brasília, setembro de 2011 • PELAS CIDADES • Correio do Metrô 409 • 7

À espera das chuvasMeteorologia ainda não prevê ‘quando’ acabará o martírio da seca no DF

Depois do clima de medo e pavor que to-mou conta dos brasilienses nos primeiros dias de setembro, com a acusação e que boa parte dos incêndios na região eram ‘criminosos’, a segunda quinzena começou com alguns bons indicativos: a umidade relativa do ar subiu dos desérticos 8% para algo mais suportável, na casa dos 50%. Também a temperatura ficou menos abrasiva, na casa dos 15% na madrugada e na média de 28% durante o dia.

O ponto culminante da estiagem foi no dia 9 de setembro, quando, através de portaria, o GDF declarou estado de alerta no Distrito Fe-deral, por causa da baixa umidade relativa do ar. De acordo com o documento, ficaram suspensas as atividades ao ar livre em todas as unidades de ensino da rede pública do Distrito Federal. Além disso, todos os órgãos das administrações direta e indireta do DF adotaram medidas necessárias para organizar seus serviços de maneira a mini-mizar os efeitos da seca.

Há uma percepção de que o clima está

ficando mais ‘cruel’ a cada ano – ainda que o pe-ríodo de seca seja parte da própria história da região. O que alguns observam é o aumento da temperatura e a relacionam com a crescente im-permeabilização do solo aqui no DF – quer pelas obras de ampliação da malha viária, a ocupação desordenada do solo em decorrência da apro-vação de um Pdot e o crescimento da frota de veículos, com o lançamento cotidiano de gases na atmosfera.

CUIDADOSA Defesa Civil segue orientando a po-

pulação sobre os cuidados necessários no pe-ríodo da seca: crianças e idosos são os mais vulneráveis. Entre as recomendações, orienta--se consumir bastante água, suprimir exercí-cios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h, evitar aglomerações em ambientes fe-chados e usar soro fisiológico para olhos e narinas. Recomenda também umidificar o am-biente com vaporizadores, toalhas molhadas e

recipientes com água, entre outros, bem como permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas.

No combate aos focos de incêndios as orientações são: • Não jogar pontas de cigarro pela janela do

carro e nem fumar em locais com vegetação densa;

• Em acampamentos, evitar fazer fogueiras, mas se for realmente necessário, deixar sempre al-guém vigiando e apagar totalmente antes de se afastar do local;

• Orientar e monitorar as crianças para não brincarem com isqueiros e fósforos, principal-mente próximo a vegetações;

• Se necessitar fazer queimadas de plantio ou de lixo, entrar em contato com o Corpo de Bom-beiros e com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renová-veis (Ibama) para obter orientações;

• Não deixar garrafas ou pedaços de vidro pró-ximo a vegetações.(Informações: Secom/GDF)

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8 • Correio do Metrô 409 • ESPECIAL • Brasília, 1de setembro de 2011

Em Águas Claras, duas concreteiras ins-taladas onde estão sendo construídos prédios que irão abrigar hospitais, clí-nicas, laboratórios – além do escritó-

rio central da Caesb e prédios residenciais - estão tirando a tranquilidade de morado-res e dos empresários que estão investindo no setor. Existe a promessa de que elas se-rão transferidas, mas segundo moradores e trabalhadores, a história é antiga e ninguém sabe como estas fábricas funcionam – tendo em vista que não possuem alvará ou qual-

Águas Claras: mesmo sem alvará ou licença, concreteiras

continuam funcionandoAlém dos riscos aparentes e perceptíveis, há outros tão ou mais perversos e que não são observados

quer tipo de autorização da Administração Regional.

Diante de tanta ilegalidade, fica a per-gunta: como conseguem continuar poluindo e prejudicando pessoas e o meio-ambiente? Cabe lembrar que o amianto, que entra na composição do cimento, é cancerígeno e sua dispersão pelo ar causa problemas de saúde nos moradores de prédios vizinhos, bem como transtornos para investidores que temem por prejuízos – além da sujeira que se acumula nos

veículos que ficam em estacionamentos, nas mesas dos funcionários da Caesb e principal-mente nas residências.

PoeiraOs caminhões saem carregados e cru-

zam as vielas de chão batido – levantando nu-vens de pó. Mesmo por vias e ruelas estreitas e improvisadas, eles aceleram e colocam em risco a segurança dos pedestres. Segundo ope-rário de obras nas proximidades, há um tráfe-go superior a 100 caminhões por dia.

Page 9: Jornal Correio do Metrô

Brasília, 1de setembro de 2011 • ESPECIAL • Correio do Metrô 409 • 9

Além dos riscos aparentes e perceptí-veis, há outros tão ou mais perversos e que não são observados pelas autoridades. Os tanques de decantação, por exemplo, deve-riam servir para ‘filtrar’ a água utilizada e fazer a separação dos resíduos sólidos. Em lugar desta precaução, a água é acondiciona-da em reservatórios sem impermeabilização, permitindo que água com produtos químicos infiltre e chegue ao lençol freático.

Em uma área próxima, formou-se um verdadeiro poço – espaço ideal para prolife-ração do mosquito da dengue. É a água que, por gravidade, vem pelo solo – oriunda dos ‘tanques’. Como não há nenhum sistema de captação desta água, ela escorre num vergo-nhoso ‘esgoto’ a céu aberto – numa das áreas mais valorizadas de Brasília.

Em Águas Claras, duas concreteiras instaladas onde estão

Doenças

Alguns empresários já resolveram di-minuir o ritmo dos seus empreendimentos, temerosos de que as concreteiras, por algum passe de mágica, consigam, mesmo sem nenhu-ma autorização, continuar funcionando. Eles temem aprontar imóveis e depois não conse-guirem comercializá-los pela proximidade com estes focos de pó e problemas.

Para se ter uma ideia: naquela área, já es-tão em fase final de construção os prédios que irão abrigar o Hospital do Câncer, Hospital da Amil – além de um sem fim de espaço para empreendimentos correlatos. O Centro Psi-quiátrico de Brasília já está em funcionamento e são grandes os transtornos causados pelo pó e a sujeira.

Terrível mesmo é a situação dos mora-dores do Edifício Órion, que sofre com a po-eira – algo que acaba afetando principalmente a saúde crianças e idosos. Os que podem, tra-tam de mudar de endereço. Os que investiram em imóveis, esperam ansiosos que o drama chegue logo ao fim.

Todos esperam ansiosos que este jogo de empurra chegue logo ao fim.

Terrível mesmo é a situação dos moradores do

Edifício Órion.

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10 • Correio do Metrô 409 • BEM VIVER • Brasília, setembro de 2011

Piorro: um português para conquistar os brasileiros

A cada novo dia, o consumidor ‘descobre’ o prazer de consumir produtos de qualidade

Chegam ao Brasil no começo de outubro e estarão nas casas de vinho de Brasília e presentes nas cartas dos melhores restaurantes e casas espe-cializadas, os produtos da Piorro – vinícola portu-guesa cuja Quinta de São Bernardo, localizada no Douro, este ano completa 100 anos.

Em verdade, os vinhos que passarão a ser comercializados mundialmente neste mês serão os primeiros produtos de mercado desta casa cen-tenária, com destaque para o Branco, Rose, Tinto Doc, Tinto Reserva e Tinto Grande Reserva.

No Centro-Oeste e Rio de Janeiro, os vi-nhos chegam pela Empório Lusitano, empresa candanga que atua no segmento há três anos. Co-mandada por José Amado, português de Alcobaça (cidade próxima de Lisboa) e amigo dos grandes enólogos da terra de Camões, a proposta é trazer vinhos de alto padrão de qualidade dentro de uma faixa de preços compatíveis com a nossa realidade.

DesafiosAbrir o mercado para novos rótulos eu-

ropeus é uma barreira que implica em adversi-dades adicionais – inclusive tributárias e alfande-gárias, com elevadas sobretaxações, ao contrário

dos produtores do Mercosul, por exemplo, que possuem tarifas menores.

Sem contar que, durante muitos anos, o consumidor brasileiro ficou restrito a poucos pro-dutos – muitas vezes embustes e nomes que eram desconhecidos no suposto País de origem. A partir da estabilização da economia, o brasileiro começou a viajar mais e, assim, passou a ‘descobrir’ outros produtos e a aprimorar seu paladar, aumentando o nível de exigência em relação ao vinho que lhe agrada consumir. É um processo natural que advém destas descobertas.

DiferencialNa avaliação do sommelier Olinaldo Oliveira,

os vinhos da Piorro se enquadram no paladar do consumidor brasileiro e se ajustam e harmonizam com a diversidade da cozinha nacional. “Na medida em que há um intercâmbio por conta de viagens, por uma disseminação maior da informação pela in-ternet em sites de gastronomia e enologia – além de um aumento no número de publicações e espaços em jornais e revistas tradicionais – é natural que o consumidor esteja apto e ansioso por conhecer produtos de qualidade”, discorre Olinaldo.

CaracterísticasA diversidade da matéria-prima produzida nas

suas quintas – Da Água e de São Bernardo – resul-tado de condições naturais (terreno, exposição, alti-tude, castas e modo de cultivo) permite a obtenção de uma gama de vinhos de qualidade, desde frutados, equilibrados, elegantes, jovens, a vinhos de grande complexidade e potencial de envelhecimento.

Os vinhos brancos são frutados, macios e com acidez, enquanto os tintos têm aroma frutado e floral, bem estruturados e geralmente estagiam em barricas, para lhe atribuir maior complexidade e maciez.

10 • Correio do Metrô 409 • BEM VIVER • Brasília, setembro de 2011

José Amado: hoje existe uma preocupação com a qualidade

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Brasília, setembro de 2011 • COMPORTAMENTO • Correio do Metrô 409 • 11

O sucesso e o fracasso em dois pesos e duas medidas

S ucesso e fracasso são dois conceitos rela-tivos. Interpretá-los depende de muitos fa-

tores, entre eles a expectativa que cada pessoa nutriu acerca do próprio desempenho na vida e também do meio social, seja ele mais imediato, como a família ou os grupos aos quais o indivíduo pertence, seja aquele formado pela sociedade como um todo. A propaganda costu-ma vender a ideia de que o su-cesso pessoal pode ser medido pelo patrimônio e, sobretudo, pela quantidade de símbolos de riqueza que uma pessoa ostenta. Por isso, a ostentação acaba sendo uma das másca-ras que muitos usam para subir no palco do teatro capitalista, mesmo que ela seja custeada por dezenas de carnês, em incon-táveis prestações – incontáveis, sim, pois, nesse caso, nem a matemática resolve, já que, depois de uma demanda, fatalmente surgirá outra e mais outra.

De outro lado, ensina-nos o grande escritor Shinyashikique sucesso é ser feliz. Seguindo essa linha de pensamento, seria descer do palco e entrar na vida, olhar para dentro de si, considerar os que estão ao re-dor e, sobretudo, dar menos importância ao que os outros pensam da gente, julgar-nos a nós mesmos e confiar na nossa percepção. Mas essa não é tarefa fácil. Nossa percepção nos engana muitas vezes e será tão mais dis-torcida quanto maiores forem as questões pessoais que não conseguimos resolver.

Ensinam-nos os psicólogos sociais que fazemos atribuições para explicar as causas dos eventos e dos comportamen-tos, tanto aqueles que dizem respeito a nós, quanto aos que se referem aos outros.

Forjamos inferências a partir das quais ten-tamos trocar em miúdos realidades multifa-toriais, além do alcance de nossa modesta capacidade de avaliação. Mas precisamos organizar os fatos, então tentamos. A ques-tão que emerge é até que ponto nossa compreensão da realidade funciona para nos tornar seres mais aptos a lidar com a vida e a crescer como pessoa. E isso passa pela forma como interpretamos as causas do que costumamos chamar de sucesso ou fracasso, por exemplo.

Voltando aos estudiosos, lecionam eles que ao atribuirmos as razões de um sucesso, usamos dois pesos e duas medi-das. Se o sucesso é nosso, ele é visto como decorrente de fatores internos. Temos um bom emprego porque somos competen-tes, temos boa saúde porque nos cuidamos, temos um bom relacionamento amoroso porque somos pessoas maravilhosas que fa-riam feliz a qualquer um. Mas a coisa muda de perspectiva quando passamos para o ou-tro lado do muro – quando analisamos o sucesso alheio. João tem um emprego bom porque o pai dele é amigo de fulano e sicra-no, “foi uma peixada”. Maria tem saúde por-

que teve a sorte de nascer com uma carga genética privilegiada e José tem um bom casamento porque a mulher dele é de ouro – “também, pra aguentar aquele chato, só sendo de ouro...”

Nossos fracassos – e to-dos nós os temos, em alguma medida – esses são ainda mais difíceis de interpretar. Se não conseguimos passar no con-curso é porque deve ter havido fraude, se nosso(a) amado(a) nos deixou é porque era uma pessoa egoísta e se ficamos doentes é porque o governo não investe em prevenção de

saúde. Em suma, nosso sucesso se deve a fatores internos como nosso próprio esforço e nosso talento. O sucesso dos outros deriva de causas externas do tipo privilégios ou mesmo de trapaças. Já nos-so fracasso, esse vem sempre de fora – traições, fatalidades e por aí vai. Para com o fracasso alheio, somos implacáveis. Se o outro falhou, foi realmente culpa dele, de seu descaso, de sua incapacidade, de sua incompetência.

Vemos o mundo através de lentes que nos mostram uma realidade distorcida e, fatalmente, nos farão tropeçar pelo ca-minho ou, no mínimo, andar cambaleantes. Melhor seria olhar para o sucesso do outro e procurar aprender com ele o caminho para chegar lá e olhar para o nosso de uma forma mais modesta, pois somos todos ta-lentosos em algumas coisas e limitados em outras. Mais proveitoso seria ver o fracas-so dos outros sem censurá-los e o nosso como parte de nossa limitação, de nossa humanidade que nos chama a melhorar a cada dia e que reconhece que crescemos quando todos crescem e que nos tonamos melhores quando todos melhoram.

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12 • Correio do Metrô 409 • JUSTIÇA & CIDADANIA • Brasília, setembro de 2011

2ª Diversidarte traz Romário e miss Ceará ao TJDFT

O ex-jogador de futebol e atual deputado federal Romário e a miss Ceará 2008, Vanessa Vidal, estarão no Tribunal de

Justiça do Distrito Federal e dos Territórios para participar da programação da 2ª DiversidARTE - mesclando singularidades, promovida pelo Tri-bunal, através do Núcleo de Inclusão - NIC. O evento acontece na próxima semana, entre os dias 19 e 23, com exposições de pinturas, escul-turas e fotografias, apresentações musicais e de dança, palestras e oficinas, todas voltadas a pes-soas com e sem deficiência. A 2ª DiversidARTE estará aberta ao público das 12h às 19h.

Romário, que em seu trabalho parlamen-tar tem empreendido esforços em prol das pes-soas com deficiência, estará no Fórum de Brasí-lia às 16h30 do dia 21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. No mesmo dia, será realizada apresentação de um grupo de crianças da Academia de Dança Peniel, algumas das quais, portadoras da Síndrome de Down. Haverá também duas apresentações musicais, uma delas com o jovem pianista surdo Alexandre Mesquita de Oliveira que executará o Minueto de Bach e Yello-wSubamrine dos Beatles. O pianista Paulo José e a solista Rejane Mendell apresentarão a ária Cantile-na da Bachiana nº5 de Heitor Villa-Lobos.

Vanessa Vidal, eleita miss Ceará em 2008, é deficiente auditiva e proferirá, em Libras, a Língua

Brasileira de Sinais, a palestra Força, Vida e Supe-ração - Uma Via para a Inclusão, que terá tradu-ção simultânea. Ela falará, no dia 22, no Fórum de Brasília e, no dia 23, em Ceilândia. Outra história de vida será apresentada pelo atleta paraolímpico Sérgio Fróes, servidor do TJDFT. Ele fará sua pa-lestra em Ceilândia, no dia 23, abordando o tema O Esporte Como Meio de Inclusão Social.

A abertura oficial da 2ª DiversidARTE acontecerá na segunda-feira (19/6), às 15h, no átrio do Palácio da Justiça e contará com a pre-sença de bailarinos em cadeira de rodas apre-sentando a coreografia Brasileirinho.

A mostra acontecerá nos Fóruns de Bra-sília, Ceilândia e Taguatinga, ao longo da semana. A programação inclui também a apresentação da pianista Angelina Lindoso e do flautista Paulo José executando Jesus Alegria dos Homens, de Bach e também do Coral Justiça Encantus, for-mado por servidores do TJDFT. Serão realizadas ainda oficinas dos sentidos pela Associação Bra-siliense dos Deficientes Visuais.

O Núcleo de Inclusão - NIC do TJDFT foi instituído pela Portaria GPR 811, de 3/7/2009 com a responsabilidade de planejar, implementar e pro-mover ações integradas para viabilizar a efetiva inclusão dos servidores com deficiência no TJDFT. Trabalho pioneiro, o NIC antecipou-se à Recomen-dação nº 27, do Conselho Nacional de Justiça, que

Equipe da Acessibilidade.

prescrevia a adoção de “medidas para a remoção de barreiras físicas, arquitetônicas, de comunicação e atitudinais de modo a promover o amplo e irres-trito acesso de pessoas com deficiência”. Em seus dois anos de atuação, o Núcleo, que é subordinado à Presidência da Casa, vem realizando cursos, pro-movendo palestras e orientando gestores e servi-dores, bem como buscando adequação do espaço físico aos servidores e usuários da justiça que se-jam pessoas com deficiência.

Para acompanhar a programação, aces-se: http://www.tjdft.jus.br/trib/imp/imp_not.asp?codigo=16636

Zezé TJDFT

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Brasília, setembro de 2011 • MUNDO SINDICAL • Correio do Metrô 409 • 13

Bancários: greve cada vez mais próximaIntransigência dos banqueiros tende empurrar a categoria para a paralisação

Os banqueiros, tendo a Fenaban como porta-voz, estão deixando claro em todas as ne-gociações com os representantes dos bancários que não querem diálogo e não aceitam conceder aumentos reais e muito menos ampliar a cesta de

benefícios das pautas específicas. Mesmo com os lucros cada vez maiores, garantidos pela generosi-dade do Governo Federal, a ganância está falando mais alto. Comenta-se que hoje a Fenaban conta inclusive com o respaldo dos bancos públicos que,

a mando do ministro Mantega, estão tratando de endurecer toda e qualquer negociação.

Respaldado pela experiência de outras cam-panhas salariais, Rodrigo Britto, presidente do Sin-dicato dos Bancários de Brasília, já avalia que tan-to os trabalhadores do ramo financeiro quanto a sociedade devem estar preparados para um longa e árdua greve. “Qualquer conquista somente virá com luta, porque em 2010 a gente ainda contou com uma certa ‘generosidade’ dos bancos públicos por conta da eleição, mas o cenário de hoje é bem mais sombrio”, discorre ele.

As principais reivindicações da categoria são reajuste salarial de 12,8% (composto por aumento real de 5% mais reposição da inflação, projetada em 7,5%), participação nos lucros ou resultados (PLR) de três salários mais R$ 4,5 mil, piso salarial equivalente ao salário mínimo necessário segun-do o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – estimado em R$ 2.297,51 em junho –, aumentos em vales refeição e alimentação e auxílio creche/babá para R$ 545 cada, contratação da remuneração total e previdência complementar para toda a categoria.

A educação não pode esperar!

As condições das escolas da rede pública re-tratam o descaso do GDF com a Educação. A falta de investimento da última década resulta em uma triste realidade para a comunidade escolar. Tanto alunos quanto professores sofrem diariamente com a falta de estrutura que garanta o bom fun-cionamento e rendimento nas escolas. Muitas pre-cisam de reformas urgentes. Os(as) gestores(as) fazem malabarismos para contornar problemas di-ários e garantir o funcionamento das escolas. Mas a educação não pode esperar!

O Sinpro tem feito denúncias há anos, mas pouco tem sido feito efetivamente para mudar essa situação. Há escolas em que a estrutura física está totalmente comprometida, com pisos danifica-dos, fios desencapados, muros e tetos desabando, enfim, um cenário que fica bem distante da ideia de priorizar a educação pública, que não pode ter qualidade com essas condições.

A morte do aluno Marcos Vinícius, nas de-pendências da Escola Classe 4 do Paranoá, onde cursava o 3º ano do Ensino Fundamental, mostra bem a realidade em que se encontram algumas es-colas públicas do DF. O GDF disse que não medirá esforços para esclarecer os fatos e apurar respon-sabilidade. É preciso que o governo entenda que uma escola pública é um direito do cidadão e cabe a ele zelar pela vida dos estudantes e de toda a comunidade escolar. Educação de qualidade para todos deve ser prioridade!

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14 • Correio do Metrô 409 • VARIEDADES • Brasília, setembro de 2011

Lucas Araújo fará concerto em Buenos AiresAo todo, serão quatro apresentações na Argentina

Em outubro, Lucas Araújo, músico gaúcho radicado em Brasília desde 2006 – inclu-sive com formação acadêmica em violão

pela UnB – estará na Argentina para uma série de apresentações na Argentina, culminando com um concerto em Buenos Aires no dia 12. Para quem ainda não o conhece, trata-se de um dos grandes talentos da nova geração de violonistas com um currículo que o mostra semifinalista do concurso internacional Agustin Barrios, no Para-guai em 2009, disputando com instrumentistas de todo mundo e vencedor do I Concurso In-ternacional de Guitarra Lucas Areco, realizado na Argentina em 2010.

A série de apresentações na Argentina, por sinal, é parte da premiação – e demonstra o alto nível de suas interpretações. Além de Buenos Aires, ele se apresentará em Posadas e em Mis-siones, sendo que viaja para lá no dia 5 de ou-tubro. No repertório, obras dos principais músi-cos latino-americanos, com chamamês, milongas, chacareiras, vidalas.

Lucas também está se preparando para par-ticipar de outros festivais, no Brasil e exterior.

Em nível de Brasil, Lucas é considerado im-batível no Fenarte-Festival Nacional de Arte e Tradição Gaúcha, tendo abocanhado o prêmio máximo na categoria instrumentista - violão nos

Lucas Araújo: talento musical burilado por estudos na UnB e intercâmbio com grandes instrumentistas.

dois últimos eventos. Aqui no DF, é requisitado para gravações de vários cantores, professor, ar-ranjador e acompanhamento em shows. Com-positor talentoso, tem várias de suas obras gra-

vadas por músicos gaúchos – inclusive sendo o responsável pelos arranjos de muitas delas.

Para saber mais sobre ele, inclusive aulas, acesse: http://www.lucasaraujo7.blogspot.com/

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Brasília, setembro de 2011 • ESPORTES • Correio do Metrô 409 • 15

O futebol brasileiro manipulado por outros interessesRoberto Carvalho - Torcedor

E specialistas temem que, com o fim do Clube dos 13 –implodido pela per-versa aliança entre Globo

e CBF para poder privilegiar ainda mais abertamente o Co-rinthians e o Flamengo – o fu-turo do futebol brasileiro seja semelhante ao quadro que se verifica na Espanha, onde apenas dois times disputam o topo da tabela. Os demais, meros coad-juvantes – que, pela fragilidade, viram saco de pancada.

Resultados isolados não-servem para encobrir o que está sendo construído pela CBF e pela Globo – às quais convém comercialmente que sejam ‘unanimidades’ nacionais. Já há um abismo nas chamadas cotas de TV, inclusive com o privilegiamento nas transmis-sões esportivas e, desta manei-ra, aumentar, pela massiva exi-bição, o valor de mercado das respectivas marcas.

Claro que isto não acon-tecerá da noite para o dia, mas é um cenário real.

Sem o Clube dos 13, Corinthians e Fla-mengo passarão a receber mais do que o do-bro dos times que ficarão situados no segundo grupo de interesse da CBF e da Globo. A dis-tância em relação aos do terceiro grupo, este será ainda maior.

Se olharmos para a tabela do Brasileirão deste ano já percebermos que ele virou uma espé-cie de Roberto Gomes Pedrosa dos anos 60 – res-trito aos clubes do Rio e de São Paulo. As sete pri-meiras colocações estão com eles, algo que pode ter uma ou outra alteração – e a única exceção é o Santos que, por conta de ter priorizado a disputa da Libertadores, está na parte de baixo da tabela.

Alguém irá dizer que esta é uma preo-cupação periférica, restrita aos torcedores de times de fora do eixo – mas é algo que pode acabar exatamente com uma das principais ri-quezas do futebol brasileiro, que é a rivalidade entre os torcedores. Falei rivalidade, não as de-monstrações de selvageria e de agressividade que por vezes explodem.

Veja caso específico do Atlético Mineiro que na década de 70 decidiu ou ficou entre os

quatro clubes semi-finalista durante toda a déca-da, culminando em 1981 com um título roubado para o Flamengo(árbitro carioca : José Roberto Wright) para levá-lo as finais da Libertadores e do Mundial do mesmo ano.

Este título dos cariocas foi duramente contestado pela imprensa mineira (e de outros estados) e pela Diretoria. Depois deste episódio a poderosa Globo passou a perseguir o Atlético, tirando sua visibilidade. Reflexo desta situação: sua torcida, que era três vezes maior que a do Cruzeiro(outro queridinho da Globo e da CBF) e estava entre as três maiores do País, começou a declinar. Reflexo desta marcação cerrada da Globo, o Galo nos últimos anos figura sempre na parte debaixo da tabela da competição.

Para se ter uma ideia da força da torcida do Galo nos anos 60 e 70, a convocação de Da-rio para a Copa de 70 foi um ‘pedido’ de Brasília – sob o argumento de que um clube com uma massa de aficionados como o Atlético não pode-ria ficar sem um jogador vestindo a ‘amarelinha’.

Não bastasse isso, detém a maior dívida entre os clubes da primeira divisão. Vejam como

a televisão tem influência: Minas é o segundo na economia na-cional, tem 22 milhões de habi-tante, com dois clubes de ponta, mas suas torcidas aparecem em 7º (Cruzeiro) e em 8º (Atlético Mineiro) – segundo pesquisas do IBOPE e outros institutos a preferência aponta e mostra como a quantidade de torcedo-res acaba sendo distorcida pela excessiva exposição: Flamengo (Rio, 14 milhões de habitantes), Corinthians (SP, 40 milhões de habitantes) , São Paulo FC, Pal-meiras, Grêmio, Vasco, Cruzeiro, Atlético, Internacional, Santos Botafogo, Fluminense...

Para encerrar: cada tor-cedor de Clube ‘de fora’ do eixo Rio-São Paulo tem uma garfeada na sua história. Vamos algumas históricas:

O Cruzeiro foi assaltado na final de 74, no jogo contra o Vasco – em uma arbitragem polêmica e tendenciosa, o juiz Armando Marques prejudica o Cruzeiro, anulando um gol legítimo no fim do jogo que

daria o título aos mineiros.O Grêmio foi roubado dentro do Olímpi-

co com um pênalti não marcado no jogo contra o Flamengo em 1982 – quando Andrade tirou a bola com a mão, depois de o goleiro Raul já ter sido vencido. O cinismo do flamenguista é tão estarrecedor que ao final do jogo, entre risos, disse que não se lembrava mais se a bola tinha batido na sua mão. É a desfaçatez levada ao ex-tremo, ‘abençoado’ pela CBF e TV Globo.

O Inter foi dilapidado pelo Corinthians no Brasileirão de 2005 – com a atruação de luxo de Márcio Rezende de Freitas (por sinal o mesmo árbitro que operou o Santos na final de 1995, em favor do Botafogo) para garantir o empate do time paulista ao não marcar um pênalti claro de Betão em Tinga.

Portanto, o fim do Clube dos 13 é, na verdade, uma ameaça para a sobrevivência do futebol brasileiro dentro do conceito de ter 20 Clubes disputando com as mesmas condi-ções o Brasileirão - mesmo que a torcida sai-ba que jogadores costumam ganhar partidas e esquemas e acordos garantem a conquista de grandes títulos.

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16 • Correio do Metrô 409 • TURISMO • Brasília, setembro de 2011

Congresso da ABAV e Feira das AméricasO 39º Congresso Brasileiro da Abav está

sendo desenhado com muitas novidades que focam a necessidade de transformar o encontro e elevá-lo para ser um centro de discussões provocativo, atual e sintonizado com as necessidades e urgências dos Agentes de Viagens. A Abav quer tirar benefícios dos cenários e oportunidades do presente e não tirar os olhos e o planejamento do futuro.

Para isso a Associação está trazendo profis-sionais conceituados do mercado que vão inaugurar uma nova era no Congresso com Rodadas de Ofici-nas inéditas abordando os mais modernos assuntos de gestão voltados ao Turismo. Gabriela Otto, dire-tora da GO Consultoria, por exemplo, vai falar sobre como a implantação do conceito de hospitalidade na empresa pode beneficiar o atendimento; Luiz Carlos Martins, Diretor Estratégico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), vai liderar a oficina “Olimpíadas 2016 : Estratégias e Recomendações para Destinos e Distribuidores de Viagens durante Mega Eventos”; Benjamin Gleason, diretor geral do Groupon Bra-sil e Maira Barcellos, gerente geral de viagens Peixe Urbano, estarão juntos na palestra “Sites de Vendas Coletivas: oportunidade ou ameaça para o Agente de

Viagens”; e a palestra “O Poder do Boca-a-boca Virtu-al” com Alessandro Lima, CEO da E-Life Inteligência de Mercado, promete ser concorrida.

Essa expectativa de mudança e a vontade de trazer mais criatividade, levou a Abav a contratar a Imaginadora Marketing e Inteligência em Even-tos para pensar o Congresso com novo formato e novo enfoque. O presidente da Abav Nacional, Carlos Alberto Amorim Ferreira, Kaká, afirma: “A Imaginadora, liderada por Ana Donato, assina al-guns dos mais inovadores e estratégicos eventos que a Indústria de Viagens vem realizando nos úl-timos anos. Essa qualificação nos levou a acredi-tar no potencial criativo para chegar ao resultado que esperamos.” A Imaginadora é responsável pela produção de todo o conteúdo do Congresso e da dinâmica da abertura, oficinas e plenárias.

O diretor do Instituto de Capacitação da Abav Nacional, Antonio Azevedo, afirma que quando os cenários mudam, temos que mudar também nossos instrumentos de trabalho e de ação: “O momento é de investir em capacitação, preparar pessoas e contribuir para que os líderes entendam o lado positivo das mudanças. É isso

que estamos fazendo e certamente teremos um dos melhores congressos da ABAV”.

PESQUISA NORTEIA TEMÁRIO

O temário foi estruturado a partir de uma pesquisa de mercado com representantes de vá-rios segmentos, que sinalizaram algumas das prin-cipais demandas do setor. Com base nos dados apurados, definiu-se a programação e o tema cen-tral: “Brasil Bem Sucedido: Oportunidades e No-vas Atitudes para o Turismo”.

Durante os três dias do Congresso serão mais de 50 oficinas percorrendo um mix de gestão e ma-rketing de forma criativa e diversa. Quem participar terá uma valiosa oportunidade de ouvir as recomen-dações de experts da academia e de profissionais do mercado sobre promoção, distribuição e desenvolvi-mento de produtos; tecnologia; estratégia; comunica-ção, marketing, vendas; direitos do consumidor; entre outros assuntos inéditos no Congresso.

O 39º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens e Feira das Américas – ABAV 2011, será realizado entre os dias 19 e 21 de outubro, no Riocentro (RJ).