Jornal Brasil Atual - Barretos 17

8
Jornal Regional de Barretos www.redebrasilatual.com.br BARRETOS nº 17 Março de 2013 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA jornal brasil atual jorbrasilatual Brasil Atual, 102,7 FM já está em Barretos: ondas democráticas Pág. 6 RÁDIO NÓS NO AR BEC faz campanha lamentável e só ganha duas vezes na Série A 3 Pág. 7 FUTEBOL TIMINHO RUIM Bancários exigem mais funcionários nas agências Pág. 2 CAIXA PÕE GENTE, PÔ! Rita Cadillac, a dançarina que enfeitiça gente simples, de garimpeiros a presidiários PERFIL PROFISSÃO: CHACRETE DIREITOS HUMANOS Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente ganha uma velha guerreira Pág. 3 BEL, A BANCÁRIA QUE ASSUME O CONANDA

description

 

Transcript of Jornal Brasil Atual - Barretos 17

Page 1: Jornal Brasil Atual - Barretos 17

Jornal Regional de Barretos

www.redebrasilatual.com.br barretos

nº 17 Março de 2013

DistribuiçãoGratuita

jornal brasil atual jorbrasilatual

Brasil Atual, 102,7 FM já está em Barretos: ondas democráticas

Pág. 6

rádio

nós no ar

BEC faz campanha lamentável e só ganha duas vezes na Série A 3

Pág. 7

FUTEBoL

timinho ruim

Bancários exigem mais funcionários nas agências

Pág. 2

CAiXA

Põe gente, Pô!

Rita Cadillac, a dançarina que enfeitiça gente simples, de garimpeiros a presidiários

PErFiL

ProFissão: ChACrETE

dirEiTos hUMANos

Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente ganha uma velha guerreira

Pág. 3

BEL, A BANCáriA qUE AssUME o CoNANdA

Page 2: Jornal Brasil Atual - Barretos 17

2 Barretos

expediente rede Brasil atual – Barretoseditora gráfica atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Aquino José, Enio Lourenço e Lauany Rosa revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman telefone (11) 3295-2800 tiragem: 6 mil exemplares Distribuição gratuita

EdiToriAL

A grande imprensa comercial brasileira, também conhe-cida como PIG – o Partido da Imprensa Golpista –, por suas posições políticas conservadoras, alardeou aos quatro ven-tos, e pelo país afora, que o maior sucesso carnavalesco de 2013 seria uma máscara inspirada no juiz Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF). Joaquim é uma espécie de bom-moço, de terceira via para futuros embates eleitorais para quem não se acostumou a perder eleições. Houve mui-to rebuliço por causa disso. Uma empresa até, acreditando piamente no PIG, desembolsou uma baita grana para fazer muito dinheiro com esse negócio da China. Mas passaram os blocos, Momo se foi junto com confetes e serpentinas e não se viu meia dúzia de brasileiros fantasiados de Joaquim Barbosa, para desespero de quem pregava a bem-aventurança perfeita.

Outra coisa legal. Em Barretos já se pode ouvir a nossa emissora de rádio, a Rádio Brasil Atual, 102,7 FM, que trans-mite de Pirangi. Trata-se de uma nova opção para a região Noroeste Paulista, que já estava exausta de ouvir a mesmice radiofônica a que estava submetida. Outra boa nova é o perfil da chacrete Rita Cadillac, mulher que já teve “vida fácil” e hoje, aos 58 anos, ainda trabalha duro, rebolando como nin-guém, para delírio dos homens, que apreciam, além de tudo, um belo bumbum. É isso. Boa leitura!

sindicato quer mais funcionáriosBanco é um dos mais autuados pelo Procon de Barretos

CAiXA ECoNôMiCA FEdErAL

O presidente do Sindicato dos Bancários, Marco Antônio Pereira, o Marquinhos, reivin-dicou o aumento do quadro de funcionários da Caixa Econômi-ca Federal em Barretos. O pedi-do foi feito ao superintendente regional Clayton Rosa Carneiro, durante a inauguração da Agên-cia Parque do Peão, na esquina da Avenida 43 com a Rua 32. Se-gundo o sindicalista, a demanda nas agências é grande e os fun-cionários estão sobrecarregados. A Caixa atende todos os progra-mas sociais do Governo Federal, e não são poucos.

Em Barretos, o banco é um dos mais autuados pelo Procon,

por desrespeitar o tempo estabe-lecido para atendimento, que é de até 25 minutos até o 10º dia e de 15 minutos para o restante do mês. A Caixa não cumpre a legislação. “O resultado é a má qualidade no atendimento, ex-

trapolação de jornada, doenças ocupacionais – diz Marquinhos. A CEF conta com duas agências na cidade, cinco pontos de aten-dimento eletrônico, sete casas lotéricas e 13 correspondentes Caixa Aqui.

aq

uin

o J

osé

aq

uin

o J

osé

Juventude é tema de debateVárias paróquias da diocese debatem tema da CNBB

CAMPANhA dA FrATErNidAdE

A diocese de Barretos debate a juventude, tema da Campanha da Fraternidade da CNBB – Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil. A preocupação dos católicos é o impacto da mudança de época, que afeta principal-mente os jovens.

O bispo dom Edmílson Caetano destaca que uma característica dessa mudan-ça é a insegurança. “O jo-vem fica sem perspectiva. Só Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Te-mos de ter consciência que o

jovem não é apenas o futuro da sociedade e da Igreja. Ele é o presente da sociedade e o pre-sente evangelizador da Igreja.”

No encontro de formação de agentes da Campanha, a as-sistente social Graça Canoas revelou uma preocupação da Igreja, ao apresentar o Mapa da Violência 2012 – Crianças e

Adolescentes do Brasil, que mostra a elevação do núme-ro de assassinatos de jovens no Brasil: ele cresceu 376% entre 1980 e 2010 – no mes-mo período, os homicídios em geral cresceram 259%. Em 1980, o assassinato de jovens representava cerca de 11% dos casos; em 2010, o número saltou para 43%.

Outra preocupação é com a massificação midiá-tica para o consumo. Graça defende uma reflexão séria. “Isso atinge os valores mais profundos das pessoas.”

Marquinhos, com o prefeito Guilherme e Clayton: tratativas

CAI A MáSCARA

Page 3: Jornal Brasil Atual - Barretos 17

3Barretos

Div

uLg

ão

Maria izabel, a Bel, é a nova presidenta do ConandaEx-diretora do Sindicato dos Bancários de Barretos e Região assumiu o cargo no mês passado

dirEiTos hUMANos

Maria Izabel da Silva as-sumiu a presidência do Con-selho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), órgão da Secre-taria de Direitos Humanos da Presidência da República, composto por representantes da sociedade civil, do governo federal e formado por quatro comissões: Políticas Públicas, Orçamento e Finanças, Mobi-lização e Formação e Comis-são de Direitos Humanos e Ação Parlamentar.

Entre as ações do Conan-da, estão as políticas públi-cas de promoção, proteção e defesa das crianças e adoles-centes no combate ao trabalho infantil e à violência sexual, pelo convívio familiar e co-munitário e no fortalecimento do Conselho dos Direitos da

Criança e do Adolescente e dos Conselhos Tutelares. “O desafio é melhorar a articula-ção institucional com todos os conselhos, como o da mulher, da pessoa com deficiência, da saúde e da educação e para que as políticas sejam implan-

tadas” – afirma Bel. Segundo ela, a ideia é impulsionar a aplicação dos planos setoriais nos Estados e municípios. Ou-tra prioridade é a discussão do Plano dos Direitos da Criança e Adolescente nos próximos 10 anos.

Uma luta pelo jovemMaria Izabel da Silva

iniciou a sua trajetória na defesa dos direitos da crian-ça e adolescente em 1994, ao assumir a Secretaria de Políticas Sociais da Cen-tral Única dos Trabalhado-res (CUT-SP). Sua gestão potencializou a Comissão Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente e contribuiu no fortalecimen-to da Comissão Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente da CUT.

Entre 1995 e 1999, Bel representou a CUT no Fó-rum Estadual e no Conse-lho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente. De 1998 a 2007, foi conse-

lheira e representante cutis-ta no Conanda. Em 2006, eleita secretária de Políticas Sociais da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Fetec/CUT-SP), idealizou a campanha de combate à violência sexual infantojuvenil. Em 2009, levou a campanha para as cidades paulistas.

Em 2011, Bel licenciou--se da direção da Fetec/CUT-SP e do Sindicato dos Bancários e assumiu a as-sessoria de gabinete da Se-cretaria Nacional de Promo-ção dos Direitos da Criança e Adolescente da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Fórum questiona atenção básica da saúde na cidadeFalta de estrutura e precarização dos serviços foram questionados no Fórum Popular

sAúdE

O encontro foi em fe-vereiro, na Delegacia Re-gional do Sindicato dos Previdenciários, em Barre-tos. A falta de profissionais para atender nas Unidades Básicas – que causa uma relação desumana entre os profissionais e os pacientes –, a entrega de medicamen-tos com prazo de validade próximo do vencimento e a possibilidade do município contratar funcionários para o Centro de Atenção Psi-cossocial (CAPS) sem con-

curso público também foram outras questões levantadas.

A presidente do Conselho Municipal do Idoso, Môni-ca de Mello, lamentou a falta de políticas públicas para a terceira idade. O sindicalista Cláudio Machado condenou a possibilidade de restrição da quantidade de conselheiros em Barretos, cujo processo de renovação será este ano. Ele justificou a necessidade de debater a atenção básica no município. “Em Barretos, o Pronto Socorro da Santa Casa

lembrando que a Constituição Federal prega a saúde como um direito de todos. Ele colo-cou o seu mandato de vereador à disposição dos movimentos

que querem melhorar o aten-dimento da saúde na região.

Para ampliar o debate, o Fórum programou para o dia 13 de abril, das 14 h às 17 h, na quadra da escola João Ferreira Lopes, na Vila Rios, o seminário Atenção Básica que Temos e a Atenção Bá-sica que Queremos. Repre-sentantes de São José do Rio Preto, José Bonifácio e Fran-ca e outras cidades da região acompanham as atividades do Fórum Popular de Saúde de Barretos.

atende mais que todas as Uni-dades Básicas juntas – disse. Já o professor Adilson Ventu-ra afirmou que “a saúde como mercadoria não interessa”,

aq

uin

o J

osé

Page 4: Jornal Brasil Atual - Barretos 17

4 Barretos

rita Cadillac, a chacrete mais conhecida do Brasil

o que ela faz hoje A infância e o começo da carreira

Uma breve história de vida da dançarina que reinou na Discoteca do Chacrinha Por Lauany Rosa

PErFiL

Moradora de um prédio de três andares, estilo art déco, numa avenida arborizada do bairro paulistano de Santa Cecília, vizinho ao Centro da cidade, a carioca Rita de Cás-sia Coutinho – a Rita Cadillac, como é conhecida –, de 58 anos, convive numa boa com o caráter distinto do lugar, pois o sossego do dia dá lugar à agitação noturna de seus res-taurantes e barzinhos, sempre repletos. Paradoxo, aliás, que se estende pela história de vida da mais famosa chacre-te dentre as mais de 500 mu-lheres que trabalharam como assistentes de palco de Cha-crinha, o apresentador mais debochado do Brasil.

O apartamento dela exala ares do passado. Está no se-gundo andar de um edifício cinza e sem elevadores, onde se chega por uma escada ama-relada, de mármore puído, que enobreceria todo saguão de entrada, não tivesse ele se transformado numa papelaria, comércio solitário aos pés da fachada.

Na ampla sala há um sofá confortável e uma grande te-

levisão, que fica o tempo todo ligada. Mas é a simplicidade da decoração que conta a sua trajetória. Por exemplo: ela está repleta de artigos religio-sos, que misturam crenças. Há santos e pedras para energizar o ambiente. Buda e Iemanjá decoram esse cômodo de Rita, que não tem religião, acredita em “um pouquinho de tudo” e monta a sua crença.

No bairro em que mora, Rita é uma mulher comum:

caminha para manter a forma, faz compras, conversa com os vizinhos e passeia com a ca-chorrinha Angel, uma simpáti-ca poodle preta, de lacinhos nas orelhas. Em casa, usa moletom, não se maquia nem se preocupa com a aparência. “Não sou vai-dosa, levo uma vida simples”. Porém, na hora em que ela tem de virar Cadillac, produz-se em dois minutos.

Famosa mulher sensual, de belas curvas, essa mulher

avessa à academia diz que, para manter o corpão, ela ape-nas caminha e dança nos sho-ws. Sua única cirurgia foi uma prótese nos seios, em 2008. O silicone espantou a chegada de uma flacidez indesejável. Mas quando uma ruguinha a incomodar, “vou lá e modifi-co, mas não quero ficar igual a essa gente sem expressão ou com boca de pato”. E o que ela faz para manter o bumbum? “Nada” – garante. “Fiz um

seguro, que não chegou a um ano.” Um mês depois de parar de pagar, um fã apagou um ci-garro em sua nádega!

Ao contrário do que muita gente imagina, Rita Cadillac nunca pensou em sexo o tem-po todo. Ao contrário. Ela viveu dez anos em absoluta abstinência e, agora, está indo para mais três. “Quando sinto tesão, tomo um banho” – afir-ma essa “romântica à moda antiga”, que acredita no amor verdadeiro e espera a chegada do tão sonhado cara.

O segredo para a mulher se manter bonita e sensual é, antes de tudo, “aceitar-se com é. Não importa se ela é alta, baixa, gorda, magra; ser sensual é parte de sua natu-reza, basta deixar fluir”. Rita lamenta apenas que, desde a queima do sutiã, a mulher evoluiu muito, mas perdeu o sex appeal – a sensualida-de que produz desejo sexual – e, por medo de aparentar fraqueza, abdicou de sua ca-racterística natural feminina, como a de “pertencer a um sexo frágil, ainda assim mais forte que o homem”.

Com 36 anos de carreira, Rita Cadillac é feliz. “Alcan-cei o que queria, tenho um nome a zelar, uma carreira sólida e não me arrependo de nada do que fiz.” A artista faz em média 10 shows por mês. Antenada, usa e abusa das re-des sociais: posta notas em seu

Facebook e adora twittar novi-dades para os fãs. Avó coruja, ela acompanha a vida das ne-tas de 15 e de 2 anos e diz que “em vez de cuidar delas, adoro estragá-las, fazendo suas von-tades”. Para Rita Cadillac as coisas mais importantes são a família e o trabalho.

Rita nasceu no Rio de Ja-neiro, em 1954. Seu pai mor-reu logo que ela nasceu. A mãe abandonou-a e ela foi criada pela avó paterna, dona Regina d’Eça. Rita estudou em colégio interno e só ia para casa nas férias. Aos 16 anos, casou-se com um homem dez anos mais velho. Teve um fi-

lho, Carlos. A união durou um ano. Separada, prostituiu-se.

Um dia assistiu ao grupo de dança de Haroldo Costa. Lá, soube que precisavam de uma bailarina e, como estuda-ra balé clássico, ficou com a vaga. Entregou o filho ao ex--marido e se apresentou com o grupo fora do país por três

anos. Entre as idas e vindas ao Brasil, foi a um show de Paulo Silvino e conheceu Leleco, filho do Cha-crinha. Na noite se-guinte, era chacrete e logo apareciam maté-rias com fotos dela e, claro, de seu bumbum.

ar

qu

ivo

Pess

oa

L

ar

qu

ivo

Pess

oa

L

ar

qu

ivo

Pess

oa

L

Div

uLg

ão

Page 5: Jornal Brasil Atual - Barretos 17

5Barretos

Bela e formosa A rainha dos presidiários

o amor pela Praia Grande

Rita Cadillac ganhou seu apelido do humorista Paulo Silvino que a achava pare-cida com a artista francesa Nicole Yasterbelsky, que na década de 1940 fazia shows sensuais com esse codino-me. No Brasil, Rita virou Cadillac depois da aparição no programa do Chacrinha.

Houve mais de 500 cha-cretes. Porém, entre tantos rostos e corpos um dos que mais chamavam a atenção era o de Rita, conhecida pelo tamanho de seu bum-bum e pela sensualidade com que dançava. A fama e a popularidade a levaram a gravar Merenguendê, o pri-meiro vinil da carreira, com o qual se apresentava no programa e em shows pelo Brasil. “Era uma loucura; eu estava vestida de chacre-te, corria, trocava de roupa, cantava, depois me vestia novamente de chacrete”.

Depois de gravar o vinil,

Rita Cadillac fazia shows sozinha, o que levou a um “conflito de agendas” e a dançarina deixou o progra-ma para seguir na carreira de cantora. Rita diz que Chacri-nha sabia tudo de televisão e a ensinou a subir no palco e falar com o público. A dan-çarina lembra que o apresen-tador zelava pelas chacretes e fazia questão de que elas não saíssem sozinhas. “Era como um pai de virgem.”

Em suas andanças pelo Brasil, Rita fez um show para 30 mil homens no ga-rimpo de Serra Pelada e, diante de uma chuva de pe-dras, pensou que não esti-vesse agradando. Ia parar de rebolar o traseiro e dar uma bronca no povo quando per-cebeu que recebia uma chu-va de ouro. “Não fiquei com todas as pepitas, só com as que eram de minas clandes-tinas. Rendeu um dinheiri-nho” – recorda.

Em 1984, os artistas da gra-vadora RGE faziam shows pelas cadeias do país. Rita Cadillac então se apresentou na Peniten-ciária Frei Caneca, no Rio de Janeiro, o mais antigo presídio do país, que acabou implodido em 2010. Rita não gostou da ex-periência. “Achei deprimente; o local era sombrio.” Um ano de-pois, com essa lembrança ruim, ela foi escalada para ir ao Ca-randiru, em São Paulo, presídio que abrigou mais de 8.000 pre-sos, e era o maior de São Paulo. E se sentiu muito bem e curtiu fazer o show.

Um dia depois, a Comissão de Internos pediu aos dirigen-tes do Carandiru que convi-dassem Rita para um almoço, ocasião em que lhe pergun-taram se ela não queria ser madrinha dos detentos. Rita

não entendeu bem o convite e perguntou o que fazia uma madrinha dos presos. “Ah, participa de formaturas de es-colas, de capoeira, de eventos religiosos, de datas comemo-rativas; aceitei no ato.” A par-tir daí, ela lembra com carinho da convivência com os presos. “Eu tinha a maior honra, pois os respeitava e sempre acredi-tei que todos devem ter uma segunda chance.”

Após o massacre do Ca-

randiru, em outubro de 1992, quando a pretexto de sufocar uma rebelião a Polícia Militar invadiu a cadeia e deixou 111 presos mortos, Rita frequen-tou o local até seu fechamen-to, em 2002. Aliás, ao lembrar do “massacre do Carandiru”, Rita Cadillac se arrepia. Ela ouviu relatos dos detentos que sobreviveram à chacina e considera o que ocorreu como “uma tremenda covardia, um massacre cruel”.

Na época em que fazia shows no Carandiru, Rita fi-cou muito amiga de um dire-tor de patrimônio do presídio, que ela lembra chamar-se Francisco, o Chiquinho. Ele tinha um apartamento na Praia Grande, que Rita e o filho frequentavam. Tempos depois, ela comprou um apar-tamento para passar a tem-porada; depois, comprou um maior e foi morar nele. “Fi-quei apaixonada pela Praia Grande” – diz ela, que consi-dera as pessoas a melhor coi-sa da cidade: “São receptivas e maravilhosas”. Rita sente falta da casa praiana. Por isso, quando está de férias ou em período de descanso, adi-vinhe pra onde ela vai?

Em 2008, ela até se can-

didatou a vereadora em Praia Grande, pelo PSB, o Partido Socialista Brasileiro, e con-seguiu 378 votos. “O pre-conceito do eleitor continua” – desabafa. Em 2012, ela vol-tou a ser sondada por grandes

partidos em São Paulo, São Vicente e Praia Grande, que ofereceram uma nova chan-ce na política, mas ela recu-sou: “Já pensou você estar lá e não poder falar o que pensa ou o que considera errado!”.

ar

qu

ivo

Pess

oa

L

ar

qu

ivo

Pess

oa

La

rq

uiv

o P

ess

oa

L

rePr

oD

ão

rePr

oD

ão

ar

qu

ivo

Pess

oa

L

Div

uLg

ão

Page 6: Jornal Brasil Atual - Barretos 17

6 Barretos

Brasil Atual-Noroeste Paulista: no ar e pra valer

Com sede em Pirangi, ouvintes aprovam a emissora

Barretos, Catanduva e Bebedouro já sintonizam a 102.7 FM, o novo som da região

CoMUNiCAção

A Rádio Brasil Atual do Noroeste Paulista (RBA-NP), de Pirangi, já pode ser sinto-nizada em Catanduva e Bebe-douro. “A antena da rádio per-mite a cobertura de uma região mais ampla com a qualidade melhorada” – afirma o coorde-nador de jornalismo da RBA- -NP, Rafael Santos. A emis-sora deseja agora consolidar a sua grade de programação.

De segunda a sexta-feira, das 7 h às 9 h, ela apresenta

Notícias do Brasil e do Mundo, com destaque para assuntos locais – o programa também é veiculado em São Paulo, Mogi das Cruzes, Baixada Santis-ta e na internet. Depois, até o meio-dia, a vez é do carro-che-fe, o programa Nossa Cidade, revista radiofônica apresen-tada por Kelly Camargo, com variedades, música e presta-ção de serviços. “A gente faz campanhas com entidades como a APAE, fala de festas

A faxineira aposentada Clarice Betiol, 64 anos, ado-rou a chegada da rádio à cida-de. “Ela me alegra muito. O tempo passa rápido enquanto trabalho.” Dona Clarice co-menta o matutino Jornal Bra-sil Atual: “Antes eu não sabia das notícias de fora; o jornal

também me informa sobre o que ocorre na região”. O adminis-trador de empresas Douglas de Vasconcelos, 31, fã de música sertaneja desde a infância, afir-ma: “Muitas rádios não tocam o sertanejo de raiz e outras cobram jabá (dinheiro para veicular mú-sica) para lançar artistas em iní-

Ela sugere que o jornalismo seja intercalado aos progra-mas de entretenimento da tar-de. “Ligo para pedir as músi-cas do Daniel, que sonho em conhecer. Tomara que a rádio o traga algum dia para cá. Eu morreria infartada” – diz, com bom humor.

en

io L

ou

ren

ço

e dá dicas de emprego na re-gião” – diz Rafael. Das 14 h às18 h, a cultura caipira toma conta em Tarde Sertaneja, com o comunicador Jeff. As noites e madrugadas ficam por conta da música popular brasileira.

Nos fins de semana, a RBA-NP tem programas seg-mentados. Aos sábados e do-mingos, das 5 h às 9 h, Luís Romera apresenta o Orgulho Sertanejo, espaço da música de raiz, com moda de viola e

histórias, lembranças e emo-ções do homem do campo. E aos domingos, das 10 h às 12 h, é apresentado Um Show de Emoções, dedicado à vida e obra de Roberto Carlos. A gen-te mostra a carreira do ídolo, histórias curiosas do cantor e compositor e seus álbuns. É o resgate da memória do artista. “O resultado são os elevados índices de audiência” – diz o coordenador de jornalismo da RBA-NP.

cio de carreira. A rádio Brasil Atual, não. Ela apoia a cultura e já entrevistou artistas como Craveiro e Cravinho e Jair Ro-drigues”. Vasconcelos acredita que a emissora é uma conquista da cidade. “A população tem um canal de comunicação para saber o que acontece por aqui. E a au-

diência já extrapola os limites de Pirangi. Tenho amigos em Bebe-douro, Paraíso, Palmares Paulis-ta e Taquaritinga que escutam a Brasil Atual.”

A boleira Valdenice Zam-bom, 40, ouve a rádio diariamen-te. E faz uma crítica ao jornal da manhã: “É pesado e cansativo”.

Um CiC só pra nós Ministra Marta deve vir à cidade

CULTUrA

De 19 a 21 de agosto, o Ministério da Cultura vai montar uma base no Parque do Peão para reunir os Pon-tos de Cultura do Consórcio Intermunicipal Culturando

(CIC), com a presença da ministra Marta Suplicy.

O presidente da Asso-ciação Os Independentes, Hugo Resende, e diretores da Associação de Gestão Cultural do Interior Paulis-ta reuniram-se em fevereiro com a ministra em São Pau-lo, tratando de ações cul-turais na região. A festa do Peão de Barretos de 2013 será entre 15 e 25 de agosto.

Espaço aberto para artistasInscrições podem ser feitas até o dia 10 de maio

CAiPirodiVErsidAdE

Estão abertas inscrições para músicos e artistas no Palco Culturando, parceria de Os Independentes e da Asso-ciação de Gestão Cultural no Interior Paulista (AGCIP). O espaço na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos atrai um público variado e a pro-posta é fazer com que mi-lhares de turistas conheçam o trabalho da Associação Os Independentes pela cultura. O Espaço Culturando reúne

música, canto, dança e teatro e vai para o terceiro ano con-secutivo. Apresentam-se na festa cantores, duplas e gru-

pos que valorizam a caipiro-diversidade. O regulamento e a ficha de inscrição estão no site <www.agcip.gov.br>.

aq

uin

o J

osé

aq

uin

o J

osé

Page 7: Jornal Brasil Atual - Barretos 17

7Barretos

BEC decepciona a torcida Mais de mil em açãoEm 10 jogos, time consegue apenas duas vitórias

Competições começam em maio

FUTEBoLVárZEA

A campanha do Barretos Esporte Clube decepciona a torcida do Touro do Vale. Em 10 jogos da Série A 3 do Campeonato Paulista, o time ganhou duas vezes, empa-tou duas e perdeu seis vezes. O ataque marcou nove gols e a defesa sofreu 15 tentos. Montada pelo técnico Geime Rotta, a equipe não conseguiu vencer. A diretoria, comanda-da pelo vereador Juninho Lei-te, contratou então o treinador

André Oliveira, que conse-guiu duas vitórias. Em 10 de março, o time foi goleado por

As competições da Liga Barretense de Futebol de-vem começar em maio. A entidade reuniu este mês os clubes filiados para debater regulamento, entregar as fichas e acertar o início do certame, que movimenta cerca de 1,2 mil atletas e mi-lhares de torcedores. São 52 equipes, cada uma com 23 atletas. A Primeira Divisão (Série A) tem 14 times. A Se-gunda Divisão (Série B 1), 12 equipes. E a Terceira Di-visão (Série B 2) reúne 14

4 a 0, em Franca. Após a par-tida, o BEC ficou na 19ª posi-ção, na zona de rebaixamento.

agremiações. Há ainda o Torneio Plínio dos Santos para jovens de até 17 anos, com 12 times. A Prefeitu-ra banca o uniforme das equipes e a arbitragem. Em 2013, a Companhia do Es-porte, de Barretos, venceu a licitação para fornecer o material esportivo às equi-pes varzeanas. Ela dispo-nibilizará jogos de camisa, calções e meiões, cada um com 23 peças, e duas bolas para cada time, a um custo de R$ 56.565,00.

ro

Ber

to

Jo

aq

uin

o J

osé

Jogos regionais do idosoPrefeitura cadastra atletas com mais de 60 anos

EM FrANCA

Barretos vai participar dos Jogos Regionais do Ido-so (JORI), que ocorrem em abril, em Franca. Para isso, a Prefeitura está cadastran-do atletas com mais de 60 anos, que tenham interesse em competir em várias moda-lidades. O diretor do Depar-tamento Municipal de Espor-tes, Rodrigo Santos, garante o

as medalhas sejam conquista-das. “Queremos uma partici-pação ativa de Barretos nos Jogos, que incentivam a práti-ca esportiva na terceira idade. Tenho certeza de que temos bons atletas, que nem sabem de seu potencial” – afirma a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Andreza Junqueira Franco Marreli.

aq

uin

o J

osé

Encontro deve receber mais de 80 mil visitantesBarretos Motorcycles já é um evento tradicional do calendário de festas do município

MoTos

Entre os dias 26 e 28 de abril, o Parque do Peão sedia-rá o maior encontro de moto-ciclistas do país, o Barretos Motorcycles, com previsão de mais de 80 mil visitantes. No encontro haverá cerca de 10 equipes de motoacrobacias,

que terá ainda o desafio de fre-estyle. Já a programação musi-cal conta com o rock de Rai-mundos, o pop dos anos 80 de Rod Hanna, o alternativo Ven-tania, a banda feminina de rock Nota Promissória, entre outros.

O Parque do Peão conta

aq

uin

o J

osé

com estrutura completa para receber o evento com segu-rança, banheiros fixos, pos-tos de informação, ponto de atendimento ao turista, feira comercial, praça de alimen-tação, posto de Atendimento Médico de Emergência, área

de camping gratuita e área de camping paga com diferen-ciais. “Os motociclistas não precisam nem sair do evento. A realização é de Os Indepen-dentes, em parceria com o mo-toclube barretense Espírito de Liberdade.

apoio para que as equipes sejam montadas e o respaldo para que

Page 8: Jornal Brasil Atual - Barretos 17

8 Barretos

FoTo síNTEsE – Fé Aos sANTos rEis

aq

uin

o J

osé

PALAVrAs CrUZAdAsPALAVrAs CrUZAdAs

respostas

PALAVrAs CrUZAdAs

sUdokU

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

VALE o qUE ViEr

9 2 1 8 6

3 5 2

3 2 7

6 7 9

2 7 1 5

2 4 6

1 6 2

8 4 6

9 7 1 3

horizontal – 1. O nome deste jornal 2. Provido de mobília 3. Empregai a força física ou intelectual para realizar algo 4. Escola de Especialistas da Aeronáutica; Exprime negação ou recusa; Raiva 5. Rádio Bandeirantes; Associação dos Alcoólicos Anônimos 6. Agilidade; Variação da cor carmim 7. Abacaxi; General Eletric 8. Botequim; Munir de arma 9. Anno Domini; Grito dos torcedores, em touradas e estádios de futebol; Sétima nota musical 10. Nome de certa planta ornamental.Vertical – 1. Plantas de raízes vermelhas, usada na alimentação 2. Fatia frita de pão molhada em leite, vinho ou calda de açúcar, passada em ovos 3. Gostar muito; O número divisível por dois 4. Por baixo de; Nome original da bebida destilada à base de cereais e zimbro; Pessoa que admira (às vezes com exagero) uma figura pública 5. International Bank Account Number; Doar 6. As gradações da cor violeta; Usado no período menstrual 7. Erva usada como tempero; Divisão de uma escola de samba 8. A irmã da mãe; Povo, partido, sociedade 9. Indica surpresa ou impaciência; Atuam 10. Arte Digital (abrev.); Formato compactado de arquivos da Internet; Pessoa muito hábil 11. Parte filamentosa despida de folhas de certos liquens; Desunir, separar.

sudoku

492187653357946281816325794163759428274638915985214367531462879728593146649871532

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Palavras cruzadas

BRASIlAtUAlEMOBIlIADOtRABAlhAIREARNAORARBGSAAARAPIDEzGRAANANASGEBBARRARMARADFOlESISAMAMBAIAR