Jornal 5.5 - número 23 - KOBAN - policiamilitar.mg.gov.br · Seminário Internacional de ......
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CincoPontoCincoDiretoria de Comunicação Organizacional - Edição 23 - 20 de março de 2015
Sistema KobanSistema Koban
Trocando experiências com o JapãoTrocando experiências com o Japão
Integrante da Senasp e peritos japoneses da Jica estiveram em Belo Horizonte, de 23 de fevereiro a 2 de março, com o objetivo de conhecer o policiamento comunitário feito pela Polícia Militar mineira. A comitiva participou, ainda, do VI Seminário Internacional de Policiamento Comunitário - Sistema Koban, realizado nos dias 26 e 27, no Expominas, atividade simultânea à programação do Festival do Japão.
A comitiva chegou na segunda-feira, dia 23, mesmo dia em que seus integrantes reuniram-se com o
comandante-geral da PM, Coronel Marco Antônio Badaró Bianchini. A visita técnica dos peritos da Polícia
Nacional do Japão e integrante da Senasp - Secretaria Nacional de Segurança Pública está prevista como uma
das ações de um acordo de cooperação técnica internacional para manter o intercâmbio. A meta é
implementar o policiamento comunitário, nos moldes japoneses porém, adaptados à realidade brasileira. Os peritos Katsuya Endo, da Província de Kanagawa e Akemi Shibuya, da Província Saitama, o
Capitão Maurício Pavão Flores, representante do Ministério da Justiça / Senasp, acompanhados do intérprete
Yoshiko Oyama, da agência de cooperação Jica Brasil assistiram apresentações sobre a PMMG e o trabalho de
policiamento comunitário, participaram de um seminário e de reuniões de nivelamento de conhecimentos e
de ações. A programação ainda incluiu visita à Base Comunitária do Shopping Estação e o lançamento do
Base Comunitária nos Bairros Calafate e Prado.
ACORDOACORDO
A COOPERAÇÃOA COOPERAÇÃO
A PMMG firmou com o Ministério da Justiça/ SENASP, Polícia Nacional do Japão (NPA), Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) e Brigada Militar do Rio Grande do Sul (BMRS) o Acordo de Cooperação Técnica Internacional para Implantação do Policiamento Comunitário - Sistema Koban. Este acordo visa um sistema contínuo e auto-suficiente de multiplicação da Polícia Comunitária pelas Polícias Militares Brasileiras. Para sua implementação estão previstas, entre outras atividades, visitas técnicas aos estados modelos (MG, SP e RS) no período de 2015- 2017, para conhecer as práticas de policiamento comunitário e propor melhoria da qualidade.
A Jica é a agência do governo japonês responsável pe la execução da Assistência Oficial para o Desenvolvimento nos países em desenvolvimento. A JICA Brasil desenvolve projetos de cooperação técn ica e fi n a n c e i r a n a á r e a d e urbanização, meio ambiente e prevenção de desastres naturais. Também oferece assistência para mais de 1,5 milhões de nikeis no Brasil, como envio de voluntários japoneses para comunidades nikeis, além de cursos e treinamentos em diversas áreas específicas. Na foto, detalhe da visita da comitiva ao Cel Bianchini, comandante geral da
REUNIÃO NO QCGREUNIÃO NO QCG
O representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública - Senasp, Capitão Maurício
Pavão Flores, da PM do Mato Grosso do Sul, lembrou que Minas Gerais é um dos estados
escolhidos como referência nacional da implantação da polícia comunitária brasileira. E
justificou: "O diferencial da PM de Minas Gerais é que ela tomou o cuidado de documentar e
transformar em doutrina todo esse processo de formação. Isso sinaliza o seu nível de
excelência".Ao avaliar o trabalho que a PMMG vem desenvolvendo junto à comunidade, o perito
Katsuya Endo foi enfático. "Se podemos resumir esta atuação em uma palavra, ela é:
fantástico", afirmou o perito. Na manhã desta quinta-feira, dia 26, a comitiva formada pelos
japoneses, o representante da Senasp e o Diretor de Apoio Operacional - DAOp, Cel Winston
Coelho Costa, além de militares que atuam diretamente nas Bases Comunitárias reuniram-se
no auditório do Quartel do Comando Geral - QCG quando conversaram sobre a atuação dos
militares mineiros.Os peritos fizeram considerações sobre o que viram, deram sugestões e os policiais não
perderam tempo. Cerca de 20 militares que acompanharam a apresentação - e que serão
multiplicadores destes conhecimentos -, fizeram perguntas, esclareceram dúvidas para
conhecer como tudo acontece no Japão onde, culturalmente, o cidadão se aproxima do
policial de forma natural.
CONFIANÇA DA POPULAÇÃOCONFIANÇA DA POPULAÇÃO
Para vencer a
barreira da
desconfiança nas forças
de segurança pública e
promover uma
aproximação com o
cidadão num nível que
facilite o trabalho do
policial, não existem
fórmulas: é preciso
tempo, motivação do
militar e engajamento
do cidadão. Quem
garante é o perito da
Província de
Kanagawa. "Tudo
depende do
posicionamento do
policial e do quanto ele
está motivado para
conhecer a sua
comunidade",
salientou Endo. O
perito ainda ressaltou
que este não é um
trabalho solitário e que
depende de suporte e
da compreensão da
comunidade. "Ganhar
a confiança é um
trabalho lento e
gradual. Pouco a pouco
os resultados surgem",
garantiu.
NO ESTADONO ESTADO
PRADO E CALAFATEPRADO E CALAFATE
Militares mineiros vêm sendo treinados pela Polícia Japonesa desde 2008 para desenvolver o policiamento
comunitário. Em todo estado, o sistema Koban foi adaptado e a filosofia do policiamento colocado em prática
por meio das Bases Comunitárias. Há 113 bases móveis nos 80 batalhões, em Minas Gerais. No Japão, a
comunidade aproxima-se da polícia naturalmente. No Brasil, essa aproximação passa pelo resgate da
confiança do cidadão em sua polícia.
Comerciantes e residentes dos Bairros Calafate e Prado comemoram o reforço do policiamento que foi
destinado à região. Uma Base Comunitária está sendo lançada todos os dias em horários específicos em três
pontos: nas praças Carlos Marques, conhecida como Praça do Recruta , em frente à Escola Bernardo
Monteiro, na Inácio Fonseca, em frente à Igreja do Calafate e na Estação Metrô, no mesmo bairro.O trabalho é feito pelos Cadetes da Academia de Polícia Militar. Dois ficam na Base, enquanto os demais,
atentos e com o suporte de duas viaturas, percorrem as ruas dos dois bairros mantendo contato estreito com a
população, cumprindo um planejamento feito antecipadamente. "Distribuímos Dicas PM, fazemos visitas
comunitárias e ao comércio, cadastros, um contato estreito focado na prevenção", enfatizou a Cadete Gisele,
no comando da Base lançada nesta quinta-feira, 25.De acordo com o comandante da Academia de Polícia Militar, Coronel Hebert Fernandes Souto Silva, a
Base Comunitária Móvel da APM é ponto de referência em função de visibilidade e acessibilidade. "O foco é
prevenir crimes, melhorar a sensação de segurança e resolver problemas que afetam a qualidade de vida da
comunidade", afirmou.
Seminário InternacionalSeminário Internacional
O VI Seminário Internacional de Policiamento Comunitário - Sistema Koban aconteceu nos dias 26 e 27
de fevereiro, no Expominas. Neste momento Minas Gerais e Japão trocaram experiências na área de
segurança. Hiroyuki Nagata, cônsul do Consulado Geral do Japão no Rio de Janeiro, apresentou aos
participantes do Seminário o sistema policial do seu País, as ações da Agência Nacional, como são as
organizações de Polícia Províncial e Delegacias e a atual situação criminal do Japão.
Informações sobre o Curso de Capacitação de Agentes da Rede Comunitária de Segurança (CCACS),
desenvolvido pela Polícia do Estado do Tocantins. Foram abordados os fundamentos da capacitação, o perfil
de quem é capacitado, os professores e apresentadas a cartilha dos agentes, a identificação de cada um e os
certificados que recebem.
O projeto Karatê do Saber, da PM da Bahia, aplicado em diversas Bases Comunitárias de Segurança - BCS,
instaladas em Salvador. Apresentada a sua finalidade, público atingido, as aulas gratuitas e os esforços para as
crianças e adolescente em situação de vulnerabilidade, buscando a aproximação com a comunidade e
desenvolvimento dos laços de confiança no Policiamento Comunitário. E o ponto alto do projeto com a
indicação de dois alunos da modalidade para o Mundial na Argentina, em 2013.
As boas práticas em Polícia Comunitária da Polícia Militar do Estado de Alagoas, dentre eles, o Projeto
Diálogo Comunitário, além das ações de aproximação com a comunidade, a capacitação do efetivo. Também
foram apresentas as ações desenvolvidas e os projetos Bombeiro Mirim, Informar, Anjos da Paz, Tocando em
Frente, futebol, Rua Fechada, Colônia de Férias, Palestras nas Escolas dentre outros.
O trabalho do 4º Batalhão da Polícia Militar do Amapá, sediado no município de Santana, que fica a 18
quilômetros da capital Macapá, que aplica no seu policiamento a filosofia de polícia comunitária desde 1999.
O projeto como primeira ação da Unidade depois de sua implantação foi na área da saúde. Médicos da Polícia
Militar e do Corpo de Bombeiros Militar fizeram mais de 300 atendimentos em diversas especialidades.
A participação da Polícia Militar no ProPaz, no Pará, foi apresentado como uma experiência de sucesso
neste estado. Os participantes conheceram o Núcleo de Mediação de Conflitos, suas ações e o trabalho
conjugado entre a coordenadoria do ProPaz, a Polícia Militar, Defensoria Pública, Secretaria de Segurança
Pública, a importância do monitoramento eletrônico, a participação do Corpo de Bombeiros e as metas do
governo.
A Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Sul trouxe sua experiência em policiamento comunitário e os
canais abertos à participação da comunidade para criar uma cultura de segurança e, ao mesmo tempo, valorizar
o policial militar. Apresentou os Núcleos de Policiamento Comunitário implantados, os que estão em fase de
implantação e fez considerações sobre o projeto-piloto em Caxias do Sul implementado em 2012. Foi feito
um comparativo antes e depois da implantação do projeto e os impactos nos índices de segurança.
A Polícia Militar do Estado de São Paulo apresentou como eles conseguiram fazer do policiamento
comunitário a atividade mais bem aceita pela população, de acordo com pesquisa aplicada em 2014. Citou os
acordos de cooperação, o treinamento dos policiais, o perfil da cidade e os índices de roubos, furtos,
homicídios e outros. O projeto-piloto começou a ser implantado em 1999. Neste estado existem 46 Bases
Comunitárias instaladas na Capital; 35 na RM; 99 no interior do Estado, um total de 180 Bases no Estado. Um
dos grandes desafios agora é readequar o modelo de Polícia Comunitária às atuais demandas e à capacidade de
atuação do policiamento, especificamente, em relação ao efetivo disponível.
OS CASOS DE SUCESSO NO BRASILQUE OS JAPONESES CONHECERAM POR MEIO DOS PALESTRANTESCONVIDADOS PELA PMMG
OS CASOS DE SUCESSO NO BRASILQUE OS JAPONESES CONHECERAM POR MEIO DOS PALESTRANTESCONVIDADOS PELA PMMG
ExpedienteDiretoria de Comunicação Organizacional - DCOJornalista: Márcia Cândido Diagramador: Anderson RobertoFotos: Cb ZênioFale com a Comunicação Interna: (31) 3071.2543e-mail: [email protected]