Jorge Britto

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Relevância e dinamismo de PMEs em arranjos Relevância e dinamismo de PMEs em arranjos produtivos na indústria brasileira: uma produtivos na indústria brasileira: uma análise exploratória a partir de dados da análise exploratória a partir de dados da RAIS RAIS Jorge Britto – Departamento de Economia – UFF Artigo para o Seminário Internacional “Políticas para Sistemas Produtivos Locais de MPME”, Hotel Portobello, Mangaratiba, Rio de Janeiro, 11-13 de março de 2002

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Relevância e dinamismo de PMEs em arranjos Relevância e dinamismo de PMEs em arranjos produtivos na indústria brasileira: uma análise produtivos na indústria brasileira: uma análise

exploratória a partir de dados da RAISexploratória a partir de dados da RAIS

Jorge Britto – Departamento de Economia – UFF

Artigo para o Seminário Internacional “Políticas para Sistemas Produtivos Locais de MPME”, Hotel Portobello, Mangaratiba,

Rio de Janeiro, 11-13 de março de 2002

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HIPÓTESE BÁSICAS:

Inserção de PMEs em arranjos produtivos favorece acesso a recursos e competências especializados disponíveis em escala local e permite aprofundamento de processos de aprendizado.

Novas condições competitivas impõem desafios específicos à sobrevivência de PMEs, geralmente mais vulneráveis o que se refere a canais de suprimento, comercialização e financiamento.

Inserção de PMEs em arranjos produtivos reforça suas possibilidades de sobrevivência e crescimento, na medida em que favorece a capacitação produtiva e tecnológica e que amplia suas possibilidades de acesso àqueles canais.

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OBJETIVOS:

Identificação de um painel de setores nos quais as PMEs assumem maior destaque

Identificação e caracterização de arranjos produtivos nos setores selecionados.

Levantamento e sistematização de informações sobre a presença de PMEs em arranjos produtivos.

Identificação das características de arranjos nos quais observa-se uma predominância de MPEs na estrutura industrial.

Discussão do impacto dinâmico da inserção de PMEs em arranjos produtivos locais.

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METODOLOGIA:

Análise da base de dados da RAIS (1999): 25 milhões de trabalhadores formais registrados em 31 de dezembro de 1999, dos quais aproximadamente 4,5 milhões em atividades industriais.

Limitações intrínsecas da base de dados: . Informações restringem-se ao mercado “formal” de trabalho; . Informações captam de forma insatisfatória atividades e regiões nas quais o mercado de trabalho encontra-se menos estruturado do ponto de vista institucional. . Informações restritas a emprego e remunerações não são adequadas para avaliar performance econômico-produtiva, principalmente face a processo de reestruturação industrial.

Vantagens relacionadas a base de dados:. Amplitude e grau de detalhamento das informações levantadas.. Possibilidade de recorte por tamanho de empresa. . Possibilidade de referenciar informações a uma análise descentralizada (ao nível de municípios). . Possibilidade de utilização de “proxies” para avaliar performance.. Informações adicionais disponibilizadas: (i) remuneração total e a remuneração média de trabalhadores no ramo de atividade; (2) qualificação formal da mão de obra; (3) tempo de vínculo empregatício.

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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Recorte setorial: análise ao nível da “divisão” na classificação CNAE (23 setores da indústria de transformação).

Informações sobre emprego constituem a referência básica para a caracterização de arranjos

Referência espacial: municípios de localização de atividades industriais.

“Focalização” de atividades com base em indicadores de especialização setorial.

Critério básico: cálculo do Quociente Locacional (QL): QL = (EMP setor i/EMP município j) / (total do país EMP setor i/ total do país EMP)

Incorporação de critério de “importância”: utilização de variável de controle relacionada à participação mínima do município no total do emprego do setor (limites de 1% ou 2%).

Incorporação de critério de “densidade” mínima para avaliar complexidade estrutural e institucional de arranjos.

Expansão de procedimentos para informações relativas ao total de estabelecimentos e para o total das remunerações recebidas pelos trabalhadores.

Identificação de arranjos e detalhamento de sua estrutura interna.

Identificação da importância de PMEs no âmbito dos arranjos identificados.

Avaliação dos ganhos gerados para PMEs em comparação com as demais empresas integradas aos arranjos e em relação a PMEs “isoladas” atuantes no setor.

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1. SELEÇÃO DE PAINEL DE SETORES1. SELEÇÃO DE PAINEL DE SETORES

Identificação de atividades nas quais a presença de PMEs assume

um papel de destaque na estrutura industrial.

Seleção de nove ramos de atividades, identificados ao nível de

divisão CNAE do IBGE:

1) Produtos têxteis e vestuário (divisões 17 e 18 da CNAE);

2) Couros, artef. de couro, artigos de viagem e calçados (divisão 19);

3) Produtos de madeira (divisão 20);

4) Edição, impressão e reprodução de gravações (divisão 22);

5) Artigos de borracha e plástico (divisão 25);

6) Produtos de minerais não metálicos (divisão 26);

7) Produtos de metal - exclusive máquinas e equipam. (divisão 28);

8) Máquinas para escritório e equipam. de informática (divisão 30);

9) Móveis e indústrias diversas (divisão 36).

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Participação de Setores Selecionados no Total de PMEs na Indústria deTransformação – 1999

Indústria deTransformação

SetoresSelecionados

Participação deSetores

Estabelecimentos 215.223 143.095 66,5%

Emprego 1.548.584 1.013.711 65,5%

Remunerações 705.733.581 403.675.623 57,2%

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

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Participação de PMEs no Total de Estabelecimentos, Emprego eRemunerações nos Setores Selecionados - 1999

Estabelec. % PMEsEstabelc.

Emprego % PMEsEmprego

Remunerações % PMEsRemun.

Têxtil 42.099 95,16 640.642 42,62 281.040.761 31,70

Calcados 9.488 90,18 269.070 23,45 103.598.772 18,58

Madeira 15.471 95,07 205.667 53,47 73.993.704 46,02

Mobiliário 20.084 96,05 235.869 54,08 115.043.345 39,80

Gráfica 14.954 96,13 187.881 43,86 200.518.882 26,51

Borracha 9.311 88,58 245.896 34,54 187.333.036 23,22

Cerâmica 18.152 94,87 265.237 52,02 147.893.020 33,61

Prod. Metal 21.084 95,71 272.433 47,98 192.826.669 33,62

Informática 531 85,49 15.894 24,81 21.271.992 20,39

Tot. setoresselecionados

151.174 94,66 2.338.589 43,35 1.323.520.180 30,50

Total Indústriatransformação

230.311 93,45 4.530.041 34,18 3.410.116.421 20,69

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

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EVIDÊNCIAS DA REPRESENTATIVIDADE DOS SETORES SELECIONADOS:

Conjunto de setores selecionados são responsáveis por aproximadamente dois terços do total de estabelecimentos de PMEs existentes na indústria de transformação.

Em todos os setores selecionados a participação de PMEs localizava-se próximo ou superior a 90% do total de estabelecimentos no setor.

Setores selecionados são responsáveis por aproximadamente 65% do emprego em PMEs na indústria de transformação.

Nos setores selecionados, a participação de PMEs no total do emprego dos ramos de atividade é bastante variável, evoluindo de 32% no setor de calçados e couro até mais de 54% no setor de produtos de madeira.

Setores selecionados eram responsáveis por aproximadamente 38% da remuneração da indústria de transformação, valor que se elevava a aproximadamente 57% no caso das PMEs.

Importância das PMEs no total das remunerações nos setores atingia 31%, contra 21% para o conjunto da indústria de transformação.

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2. IDENTIFICAÇÃO DE ARRANJOS PRODUTIVOS 2. IDENTIFICAÇÃO DE ARRANJOS PRODUTIVOS EM SETORES SELECIONADOSEM SETORES SELECIONADOS

Critérios Considerados: Especialização; Relevância e Densidade

472 arranjos produtivos selecionados

Arranjos responsáveis por 25,0% do emprego total da indústria de transformação (gerando 1.132.288 empregos).

Arranjos responsáveis por 20,5% do total de estabelecimentos (totalizando 47.268 estabelecimentos)

Arranjos responsáveis por 22,3% do total de remunerações da indústria de transformação no ano de 1999.

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Critérios Considerados na Identificação de Arranjos Produtivos

Atividade Critério 1(Especialização)

No Critério 2(Relevância)

No Critério 3(Densidade)

No

1) Têxtil eVestuário

QL > 1 722 QL>1 ePart>0,2%

72 Mais de 10 (dez)estabelecimentos nadivisão

68

2) Calçados QL > 1 396 QL>1 ePart>0,2%

79 Mais de 4 (três)estabelecimentos nadivisão

65

3) Madeira QL > 1 1115 QL>1 ePart>0,3%

65 Mais de 10 (dez)estabelecimentos nadivisão

61

4) Mobiliário QL > 1 776 QL>1 ePart>0,3%

53 Mais de 10 (dez)estabelecimentos nadivisão

52

5) Gráfica QL > 1 203 QL>1 ePart>0,2%

48 Mais de 10 (dez)estabelecimentos nadivisão

45

6) Borracha QL > 1 361 QL>1 ePart>0,3%

56 Mais de 10 (dez)estabelecimentos nadivisão

51

7) Cerâmica QL > 1 1258 QL>1 ePart>0,3%

49 Mais de 10 (dez)estabelecimentos nadivisão

47

8) Prod. deMetal

QL > 1 474 QL>1 ePart>0,3%

54 Mais de 10 (dez)estabelecimentos nadivisão

53

9)Informática

QL > 1 43 QL>1 ePart>0,1%

30 Não consideradoface às evidências debaixa densidade emgeral.

30

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

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Padrões de Especialização de Arranjos

QLEmprego

Part.Div.

Mun.

Part.Mun.Div.

QLEstab.

TamMédio

Arranjo

TamArranjo/Tam Div

Remun.Media

naDivisão

Compar.Remun.Media

Têxtil-Vest. 3,50 8,98% 42,61% 2,52 20,7 1,36 461,79 1,05

Calcados 18,06 19,45% 66,18% 11,75 36,6 1,29 395,72 1,03

Madeira 9,65 7,94% 40,26% 4,99 26,1 1,96 339,06 0,94

Mobiliário 4,53 4,46% 37,53% 2,42 22,4 1,90 598,45 1,22

Gráfica 1,70 1,28% 67,77% 1,45 18,1 1,44 1.258,76 1,18

Borracha 2,38 2,34% 57,74% 2,39 32,6 1,23 896,52 1,18

Cerâmica 4,65 4,94% 28,95% 2,59 27,9 1,91 670,26 1,20

Prod. Metal 2,24 2,44% 53,54% 1,81 19,5 1,51 840,12 1,19

Informática 3,94 0,25% 87,71% 3,74 41,5 1,39 1.368,04 1,02

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

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COMPARAÇÃO INTERSETORIAL DE ARRANJOS:

Participação dos arranjos no total do emprego setorial varia bastante de um ramo para outro: excluindo-se produtos de informática, participação varia entre 29% e 66%.

Excluindo-se as grandes metrópoles (São Paulo e Rio de Janeiro), arranjos são responsáveis por parcela mais expressiva do emprego total nos setores calçadista, têxtil-vestuário, madeira, borracha e produtos de metal (com participação próxima ou superior a 40%).

Índices de especialização relativos a emprego (QLs) são mais elevados nos casos do ramo de calçados (em especial), madeira, cerâmica, mobiliário e têxtil-vestuário.

Índices de especialização setorial relativos a estabelecimentos (QLs) são mais elevados nos casos dos ramos de calçados (em especial), madeira e cerâmica.

Comparando-se o tamanho médio dos estabelecimentos nos arranjos com o tamanho médio do ramo de atividade em geral, verifica-se que esse é maior nos casos dos ramos de madeira, mobiliário e cerâmica.

A remuneração média no arranjo, comparada àquela observada no ramo de atividade, é maior nos casos dos arranjos de mobiliário, cerâmica e produtos de metal. Supondo existência de uma relação entre os níveis de remuneração e a produtividade do trabalho. , há evidências de que a formação de arranjos naqueles setores afeta de forma positiva a produtividade da indústria.

Page 14: Jorge Britto

Participação de PMEs em Emprego e Remunerações em ArranjosIdentificados e Comparação de Remuneração Média

EmpregoArranjos

EmpregoPMES

%PMESEmp.

Remun,Arranjos

(R$1000)

Remun,PMEs

(R$1000)

% PMEsna

Remun,

Remun.MédiaPMEs

Remun.PMEs /Remun.

Arranjos

Têxtil-Vest. 272.992 92.435 33,86 126.065 27.457 21,78 297,0 0,643

Calcados 178.076 32.517 18,26 70.468 9.781 13,88 300,8 0,760

Madeira 82.805 30.803 37,20 28.076 8.810 31,38 286,0 0,844

Mobiliário 92.534 32.803 35,45 55.377 12.781 23,08 389,6 0,651

Gráfica 127.318 43.619 34,26 160.262 34.921 21,79 800,6 0,636

Borracha 141.979 41.217 29,03 127.287 24.592 19,32 596,6 0,666

Cerâmica 76.794 25.488 33,19 51.471 9.661 18,77 379,0 0,566

Prod. Metal 145.853 57.379 39,34 122.534 35.498 28,97 618,7 0,736

Informática 13.941 2.647 18,99 19.072 3.025 15,86 1.142,6 0,835

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

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CARACTERÍSTICAS DA ESTRUTURA INDUSTRIAL DOS ARRANJOS

Emprego nos arranjos dos ramos de produtos de metal, madeira e mobiliário concentra-se mais fortemente nas faixas de menor tamanho de estabelecimento.

Nos arranjos dos ramos de calçados, têxtil-vestuário e gráfica, o emprego encontra-se mais fortemente concentrado nas faixas de maior tamanho de estabelecimento.

Nos casos dos ramos de informática e borracha verifica-se uma maior concentração nas faixas intermediárias de tamanho.

Quanto à distribuição de remunerações por faixa de tamanho, os arranjos de produtos de metal e madeira apresentam uma maior concentração nas faixas de menor tamanho (até 50 empregados), enquanto nos ramos de calçados, têxtil-vestuário e gráfica ocorre uma maior concentração nas faixas acima de 500 empregados.

Remuneração média é mais elevada nos arranjos dos ramos de informática, gráfica, borracha e produtos de metal. Em contraste, essa remuneração média é menor nos ramos de madeira, calçados e têxtil-vestuário.

Diferenciais de remuneração entre PMEs e o total das empresas integradas aos arranjos são menos expressivos nos casos dos ramos de madeira, informática, calçados e produtos de metal.

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3. ANÁLISE DE ARRANJOS “DOMINADOS POR PMES” 3. ANÁLISE DE ARRANJOS “DOMINADOS POR PMES”

Definição: arranjos “dominados por PMEs” - caracterizados como aqueles nos quais essas empresas são responsáveis por mais de 50% do emprego

Elementos da análise:

intensidade do nível de especialização e relevância daqueles arranjos no total do emprego e no total das remunerações nos diversos ramos de atividade;

complexidade estrutural dos arranjos com forte presença de PMEs;

aspectos relacionados à contratação de mão de obra nesses arranjos, envolvendo o nível de qualificação dos trabalhadores e a remuneração paga aos mesmos.

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Participação de Arranjos Dominados por PMEs no Total de Arranjos, noTotal do Emprego e no Total de Remunerações

No deArranjos(Emp) (1)

Part. NoTotal deArranjos

Emprego Part.Total

Emprego

No deArranjos(Rem) (2)

Part. NoTotal deArranjos

Part.Total

Remun.

Têxtil-Vest. 16 23,5 54.377 19,91 12 17,7 8,6Calcados 4 6,2 10.162 5,71 2 3,1 1,7Madeira 16 26,2 18.528 22,38 15 24,6 17,9Mobiliário 16 30,8 23.518 25,42 12 23,1 7,9Gráfica 6 13,3 4.786 3,76 2 4,4 0,5Borracha 5 9,8 4.961 3,50 3 5,9 1,2Cerâmica 11 23,4 20.755 27,03 5 10,6 4,4Prod. Metal 13 25,0 63.022 43,21 9 17,0 7,9Informática 8 26,7 397 2,85 9 30,0 2,4Total 95 20,3 200.506 17,71 69 14,6

(1) Informações referem-se ao número de arranjos cuja participação de PMEs no totaldo emprego era superior a 50%

(2) Informações referem-se ao número de arranjos cuja participação de PMEs no totaldas remunerações era superior a 50%

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

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TENDÊNCIAS GERAIS

Na maioria dos arranjos, a faixa de participação de PMEs localiza-se entre 25% e-50% do emprego total.

Arranjos dominados por PMEs assumem maior importância nos ramos de mobiliário, madeira, informática e produtos de metal. Nestes ramos de atividades, eles compreendem mais de 25% do total de arranjos produtivos identificados no ramo respectivo.

Arranjos dominados por PMEs assumem maior relevância, em termos do emprego total, nos ramos de produtos de metal (principalmente), cerâmica e mobiliário. Em contaste, a participação desses arranjos no total do emprego é bastante inexpressiva nos ramos de informática, borracha e gráfica.

Considerando o valor total das remunerações, em vez de dados relativos a emprego, observa-se uma tendência a maior concentração das mesmas nas faixas relacionadas a uma menor participação de PMEs.

Faixa correspondente a arranjos “dominados por PMEs” assume maior importância, em termos do total das remunerações, nos casos dos ramos de madeira, têxtil-vestuário, produtos de metal e mobiliário.

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QUALIFICANDO A ANÁLISE PARA SETORES (EXEMPLOS):

TÊXTIL-VESTUÁRIO:

Arranjos “dominados por PMEs” que apresentam um padrão de especialização mais nítido: Ibitinga, Nova Friburgo, Capivari, Apucarana e Formiga.

O conjunto de arranjos “dominados por PMEs” eram responsáveis por 8,5% do emprego e por 6,0% do total das remunerações das divisões CNAE respectivas

Arranjos dominados por PMEs apresentam um tamanho médio de estabelecimento de 10,6 empregados, valor equivalente a metade do observado para o conjunto dos arranjos.

Valor da remuneração média (R$ 307,00 em dezembro de 1999) nos arranjos “dominado por PMEs” era aproximadamente 50% inferior ao observado para o conjunto dos arranjos.

Arranjos “dominados por PMEs” com valores mais elevados de remuneração média: Nova Friburgo, Capivari, Petrópolis e Ibitinga.

Qualificação: arranjos localizados em Vila Velha, Formiga, Feira de Santana e Ibitinga destacam-se por apresentar um emprego relativamente mais concentrado na faixa de “2o grau” (completo e incompleto).

Alguns arranjos apresentam uma elevada participação de empregados na faixa inferior (até 4a série), como nos casos de Capivari, Petrópolis e Nova Friburgo.

Nível de Remuneração: emprego concentra-se na faixa inferior (até 2 salários mínimos), nos casos em que a participação de PMEs é mais elevada.

Participação do emprego nas faixas superiores de remuneração é inexpressiva, com exceção daqueles localizados em Nova Friburgo e Petrópolis.

Page 20: Jorge Britto

Características estruturais de Arranjos Dominados por PMEs - Textil-Vestuário

% Empregode PMEs

Empregos Part.Div.Municip.

QL Part.Mun.na Div.

Muriae 82,16 1.479 11,2% 4,368 0,231%

Goiânia 80,98 8.265 2,7% 1,063 1,290%

Vila Velha 78,19 2.883 6,5% 2,549 0,450%

Divinopolis 78,09 4.473 13,9% 5,435 0,698%

Caruaru 72,41 2.400 10,6% 4,143 0,375%

Formiga 68,19 1.716 18,9% 7,369 0,268%

Feira de Santana 66,98 1.793 3,8% 1,485 0,280%

Ibitinga 63,62 2.780 40,0% 15,592 0,434%

Juiz de Fora 58,64 5.984 6,5% 2,555 0,934%

Criciúma 57,45 3.347 10,0% 3,901 0,522%

Tubarão 56,64 1.552 7,8% 3,050 0,242%

Rio do Sul 55,65 1.337 10,8% 4,214 0,209%

Petropolis 54,72 4.167 8,6% 3,364 0,650%

Apucarana 54,29 3.409 19,1% 7,467 0,532%

Nova Friburgo 54,26 7.184 24,6% 9,610 1,121%

Capivari 53,66 1.608 20,0% 7,809 0,251%

Arranjos domin. PMEs 54.377 8,488%

Total de arranjos 33,86 272.992 9,0% 3,504 42,612%

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

Page 21: Jorge Britto

Características estruturais de Arranjos Dominados por PMEs - Textil-Vestuário

EstabTotais

TamanhoMédio

NoEstabel.PMEs

% PMEsna Rem.

doArranjo

%Arranjona Rem.

Div

RemMédia

Muriae 203 7,29 199 83,51 0,11% 210,4

Goiânia 1129 7,32 1110 80,70 0,74% 253,2

Vila Velha 353 8,17 350 71,35 0,25% 247,2

Divinopolis 584 7,66 578 73,87 0,45% 280,1

Caruaru 177 13,56 170 65,44 0,20% 230,9

Formiga 99 17,33 91 67,40 0,10% 157,0

Feira de Santana 146 12,28 140 61,55 0,13% 200,3

Ibitinga 285 9,75 277 55,97 0,36% 363,9

Juiz de Fora 517 11,57 499 51,50 0,63% 295,4

Criciúma 275 12,17 261 57,27 0,38% 322,6

Tubarão 159 9,76 153 50,04 0,15% 273,2

Rio do Sul 130 10,28 125 46,04 0,17% 362,0

Petropolis 353 11,80 335 42,39 0,56% 380,5

Apucarana 218 15,64 202 55,15 0,35% 288,7

Nova Friburgo 450 15,96 442 31,45 1,14% 446,8

Capivari 60 26,80 55 44,40 0,23% 398,1

Arranjos domin. PMEs 5138 10,58 4987 5,96% 307,8

Total de arranjos 13162 20,74 12335 21,78 44,86% 461,8

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

Page 22: Jorge Britto

Estrutura de Qualificação e Remuneração da Mão de Obra – FaixasEspecíficas – Têxtil-Vestuário

Até 4 série 2o grau ATE 2 SM 5-10 SM

Muriae 18,6 16,6 95,3 0,6

Goiania 13,4 30,2 84,7 1,7

Vila Velha 10,8 41,9 86,3 0,6

Divinopolis 10,4 23,5 68,2 1,3

Caruaru 22,5 26,6 88,8 0,1

Formiga 14,4 40,6 97,3 -

Feira de Santana 13,1 39,0 93,4 6,6

Ibitinga 11,4 36,2 22,4 2,0

Juiz de Fora 22,8 15,2 74,1 2,1

Criciuma 15,8 18,2 35,9 2,1

Tubarao 11,3 23,3 74,1 0,3

Rio do Sul 17,2 24,0 46,0 1,5

Petropolis 30,7 16,7 39,5 0,6

Apucarana 13,8 29,3 77,9 9,6

Nova Friburgo 27,9 14,4 57,6 2,6

Capivari 36,3 18,1 9,5 3,2

Total geral dos arranjos 20,2 25,3 42,6 4,2

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

Page 23: Jorge Britto

MOBILIÁRIO

Índice de especialização (QL emprego) é bastante variável, existindo arranjos fortemente especializados - como Rodeiro, Carmo do Cajuru, Valentim Gentil, Guaporé, Lagoa Vermelha, Gramado e Votuporanga - e outros nos quais esse índice é pouco superior à unidade – como Duque de Caxias, Contagem, Petrópolis e São Bernardo do Campo.

Arranjos “dominados por PMEs” eram responsáveis por 9,5% do emprego e por 9,1% do total das remunerações da divisão CNAE respectiva.

Tamanho médio de estabelecimento de 13,5 empregados, valor bastante inferior ao observado para o conjunto dos arranjos (22,4).

Remuneração média, (R$ 467,00 em dezembro de 1999) inferior ao observado para o conjunto dos arranjos identificados no ramo (R$ 598,00 em dezembro de 1999).

Arranjos com maior valor de remuneração média: Petrópolis, Araçatuba, São Bernardo do Campo, São José do Rio Preto e Limeira.

Qualificação: emprego concentra-se na faixa entre 4a e 8a série. Arranjos localizados em Guaporé, Araçatuba, São José do Rio Preto e Limeira com participação expressiva do emprego na faixa de “2o grau” (completo e incompleto).

Remuneração: emprego concentra-se na faixa inferior (até 2 salários mínimos) em Gramado, Rodeiro e Lagoa Vermelha, e na na faixa entre 2-5 salários mínimos nos casos de Araçatuba, Valentim Gentil e Votuporanga.

Participação do emprego nas faixas superiores de remuneração é inexpressiva nos arranjos “dominados por PMEs”, com exceção de São Bernardo do Campo.

Page 24: Jorge Britto

Características estruturais de Arranjos Dominados por PMEs –Mobiliário

% Empregode PMEs

Empregos Part.Div.Municip.

QL Part.Mun.na Div.

Duque de Caxias 86,17 925 1,23% 1,25 0,38%

Valentim Gentil 79,68 1.053 62,68% 63,53 0,43%

Guapore 70,81 959 20,57% 20,85 0,39%

Contagem 68,68 1.357 1,33% 1,34 0,55%

Lagoa Vermelha 67,43 875 25,64% 25,99 0,35%

Sao Jose 66,44 778 2,54% 2,57 0,32%

Gramado 66,4 1.857 22,58% 22,89 0,75%

Petropolis 65,55 810 1,68% 1,70 0,33%

Aracatuba 62,14 787 2,87% 2,91 0,32%

Rodeiro 60,82 758 71,37% 72,35 0,31%

Carmo do Cajuru 58,03 948 43,03% 43,62 0,38%

Sao Bernardo 56 3.084 1,73% 1,76 1,25%

S.J. do Rio Preto 52,96 2.232 3,45% 3,50 0,91%

Caxias do Sul 52,95 2.357 2,56% 2,60 0,96%

Votuporanga 51,97 1.890 16,71% 16,94 0,77%

Limeira 50,07 2.848 6,68% 6,77 1,16%

Arranjos domin. PMEs 23.518 9,54%

Total de arranjos 35,45 92.534 4,46% 4,53 37,53%

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

Page 25: Jorge Britto

Características estruturais de Arranjos Dominados por PMEs –Mobiliário

EstabTotais

TamanhoMédio

NoEstabel.PMEs

% PMEsna Rem.

doArranjo

%Arranjona Rem.

Div

RemMédia

Duque de Caxias 99 9,34 97 82,33 0,29% 371,7

Valentim Gentil 58 18,16 55 78,32 0,30% 346,8

Guapore 78 12,29 75 71,02 0,28% 348,9

Contagem 121 11,21 117 57,09 0,43% 382,3

Lagoa Vermelha 67 13,06 64 64,58 0,20% 280,0

Sao Jose 91 8,55 89 72,07 0,20% 310,5

Gramado 117 15,87 114 68,01 0,46% 301,0

Petropolis 79 10,25 75 62,69 0,28% 409,9

Aracatuba 69 11,41 65 56 0,27% 412,7

Rodeiro 26 29,15 24 61,38 0,15% 236,6

Carmo do Cajuru 75 12,64 73 53,34 0,19% 245,4

Sao Bernardo 172 17,93 163 37,79 2,10% 818,8

S.J. do Rio Preto 172 12,98 162 43,52 0,93% 499,5

Caxias do Sul 220 10,71 212 45,94 1,11% 569,4

Votuporanga 88 21,48 80 52,89 0,59% 379,0

Limeira 201 14,17 191 34,04 1,33% 561,2

Arranjos domin.PMEs 1733 13,57 1656 9,11% 466,6

Total de arranjos 4130 22,41 3766 23,08 45,95% 598,4

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

Page 26: Jorge Britto

Estrutura de Qualificação e Remuneração da Mão de Obra – FaixasEspecíficas – Mobiliário

Até 4 série 2o grau ATE 2 SM 5-10 SM

Duque de Caxias 22,9 14,1 37,3 4,6Valentim Gentil 9,3 20,0 0,9 0,2Guapore 9,8 38,1 44,5 3,4Contagem 25,9 18,7 45,0 6,1Lagoa Vermelha 5,7 19,9 63,7 1,6Sao Jose 9,8 28,3 46,2 2,8Gramado 34,0 11,2 69,4 2,6Petropolis 29,8 15,7 26,8 5,4Aracatuba 10,4 35,1 9,3 4,7Rodeiro 65,4 7,0 67,3 0,7Carmo do Cajuru 22,6 19,5 71,3 1,0Sao Bernardo 29,2 20,0 1,8 21,0S.J. do Rio Preto 16,9 25,0 9,3 9,3Caxias do Sul 10,1 26,6 11,2 16,7Votuporanga 23,8 29,8 1,1 1,5Limeira 15,9 29,3 31,5 11,3Total de arranjos 23,1 23,8 22,9 11,1

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

Page 27: Jorge Britto

PRODUTOS DE MINERAIS NÃO-METÁLICOS (CERÂMICA)

Índice de especialização (QL emprego) é bastante elevado, destacando-se alguns arranjos fortemente especializados, como Sangão, Tambau, Porto Ferreira, Araripina, Pedreira e Cachoeiro do Itapemirim.

Arranjos “dominados por PMEs” responsáveis por 7,8% do emprego e por 5,8% do total das remunerações da divisão CNAE respectiva.

Tamanho médio de estabelecimento de 16,3 empregados, valor bastante inferior ao observado para o conjunto dos arranjos no ramo de atividade (27,8 empregados).

Valor de remuneração média (R$ 414,00 em dezembro de 1999) inferior ao observado para o conjunto dos arranjos (R$ 670,00).

Arranjos “dominados por PMEs” com maior valor de remuneração média: Sorocaba, Tambau, Colombo e Cachoeiro do Itapemirim.

Qualificação: emprego encontra-se mais concentrado nas faixas até a 4a série (principalmente) e entre 4a e 8a série.

Arranjos com forte concentração do emprego na faixa de qualificação inferior: Campos e Araripina.

Arranjo localizado em Porto Ferreira destaca-se por apresentar uma participação mais expressiva do emprego nas faixa de “2o grau” e “superior”.

Remuneração: emprego concentra-se na faixa entre 2-5 salários mínimos, apesar de alguns arranjos apresentarem uma forte concentração na faixa inferior, como Araripina, Campos e Sangão.

Participação do emprego nas faixas superiores de remuneração é inexpressiva, com exceção daquele localizado em Sorocaba.

Page 28: Jorge Britto

Características estruturais de Arranjos Dominados por PMEs –Cerâmica

% Empregode PMEs

Empregos Part.Div.Municip.

QL Part.Mun.na Div.

Campos 100,00 1.990 4,56% 4,30 0,75%

Araripina 82,24 805 22,97% 21,65 0,30%

Colombo 80,63 1.120 6,29% 5,92 0,42%

Sangao 75,15 1.014 80,73% 76,07 0,38%

Tambau 68,40 1.715 40,12% 37,80 0,65%

Anapolis 64,27 1.083 3,04% 2,86 0,41%

Porto Ferreira 59,08 2.730 28,86% 27,20 1,03%

Cacho. Itapemirim 58,87 5.527 19,55% 18,42 2,08%

Sorocaba 52,58 1.145 1,32% 1,24 0,43%

Tatui 50,75 1.533 10,14% 9,56 0,58%

Pedreira 50,45 2.093 25,76% 24,27 0,79%

Arranjos domin. PMEs 20.755 7,83%

Total de arranjos 33,19 76.794 4,94% 4,65 28,95%

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

Page 29: Jorge Britto

Características estruturais de Arranjos Dominados por PMEs –Cerâmica

EstabTotais

TamanhoMédio

NoEstabel.

PMEs

% PMEsna Rem.

doArranjo

%Arranjona Rem.

Div

RemMédia

Campos 128 15,55 128 100,01 0,29% 217,5

Araripina 71 11,34 69 66,58 0,16% 296,2

Colombo 89 12,58 87 69,48 0,36% 476,5

Sangao 85 11,93 83 73,2 0,17% 249,6

Tambau 90 19,06 87 60,54 0,56% 484,0

Anapolis 66 16,41 64 44,26 0,25% 338,4

Porto Ferreira 135 20,22 127 38,12 0,73% 395,4

Cacho. Itapemirim 349 15,84 329 46,88 1,73% 464,2

Sorocaba 71 16,13 67 44,24 0,49% 638,1

Tatui 46 33,33 37 41,25 0,47% 451,9

Pedreira 141 14,84 131 48,24 0,60% 420,8

Arranjos domin. PMEs 1.271 16,33 1.209 5,82% 414,6

Total de arranjos 2.754 27,88 2.458 18,77 34,80% 670,2

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

Page 30: Jorge Britto

Estrutura de Qualificação e Remuneração da Mão de Obra – FaixasEspecíficas – Cerâmica

Até 4 série 2o grau ATE 2 SM MAIS 10 SM

Campos 82,1 4,0 81,3 0,1

Araripina 71,8 11,4 77,1 0,9

Colombo 56,3 6,3 30,9 4,6

Sangao 47,6 3,7 82,4 -

Tambau 61,0 9,4 1,6 1,7

Anapolis 36,8 15,7 57,2 1,8

Porto Ferreira 21,5 17,1 56,4 2,3

Cachoeiro de Itapemirim 47,6 14,6 22,4 2,2

Sorocaba 27,9 11,9 2,8 7,0

Tatui 69,8 4,6 1,3 1,8

Pedreira 36,7 18,0 50,9 1,2

Total geral dos arranjos 37,4 18,9 23,3 6,7

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

Page 31: Jorge Britto

4. BENEFÍCIOS GERADOS PELA INTEGRAÇÃO DE PMES A ARRANJOS 4. BENEFÍCIOS GERADOS PELA INTEGRAÇÃO DE PMES A ARRANJOS

Aspectos contemplados na análise: qualificação formal da mão de obra; nível de remuneração auferido (em salários mínimos); e o tempo médio na empresa da mão de obra contratada.

Sistematização de informações sobre quatro grupos de empresas: (1) PMEs integradas a arranjos identificados nos diversos ramos de atividade: (2) total de PMEs presentes nos diversos ramos de atividades (divisões CNAE); (3) arranjos identificados nos diversos ramos de atividade; (4) total de empresas presentes nos ramos de atividades (divisões CNAE)

Hipóteses quanto ao processo de comparação:

Diferenças entre os grupos (1) e (2) denotam impactos que a integração de PMEs a arranjos acarreta, ao compará-las ao total de PMEs (que inclui PMEs “isoladas”) dos ramos de atividade

Diferenças entre os grupos (1) e (3) contrastam PMEs e as demais empresas que fazem parte dos arranjos produtivos identificados nos ramos de atividades investigados;

Diferenças entre os grupos (3) e (4) contrastam as empresas integradas a arranjos e as demais empresas atuantes nos ramos de atividades investigados.

Page 32: Jorge Britto

Distribuição do Emprego por Faixas de Grau de Qualificação

Até 4 série 4-8 série 2o grau Superior Total

Têxtil-Vestuário1) PMEs-Arranj. 16,40 57,94 24,18 1,48 92.4512) PMEs-Total 18,32 54,37 25,33 1,97 273.0533) Arranjos-Tot. 20,17 51,63 25,25 2,96 272.9904) Setor Total 20,81 50,74 25,43 3,02 640.641

Calçados1) PMEs-Arranj. 20,33 62,98 15,18 1,52 32.5222) PMEs-Total 20,21 58,72 19,48 1,60 63.0873) Arranjos-Tot. 24,21 55,41 18,02 2,37 178.0764) Setor Total 23,20 53,84 20,56 2,39 269.070

Madeira1) PMEs-Arranj. 54,52 37,67 6,41 1,38 30.8042) PMEs-Total 42,92 44,25 11,48 1,35 109.9793) Arranjos-Tot. 53,72 35,46 8,73 2,10 82.8054) Setor Total 44,96 40,68 12,33 2,03 205.667

Mobiliário1) PMEs-Arranj. 22,23 55,24 20,21 2,43 32.8042) PMEs-Total 23,06 47,37 23,80 5,80 92.5353) Arranjos-Tot. 21,65 53,62 22,51 2,26 133.6854) Setor Total 22,29 49,46 24,14 4,13 246.572

Produtos de Metal1) PMEs-Arranj. 22,94 50,03 22,99 4,07 57.3692) PMEs-Total 21,02 51,86 23,93 3,20 130.7333) Arranjos-Tot. 22,01 45,02 26,36 6,62 145.8554) Setor Total 21,28 46,91 26,30 5,51 272.432

Cerâmica1) PMEs-Arranj. 48,40 38,80 10,74 2,06 25.4852) PMEs-Total 44,13 40,72 12,62 2,53 138.0013) Arranjos-Tot. 37,43 38,39 18,85 5,32 76.7944) Setor Total 39,91 38,14 17,21 4,74 265.238

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

Page 33: Jorge Britto

Distribuição do Emprego por Faixas de Remuneração

ATE 2 SM 2-5 SM 5-10 SM MAIS 10 SMIGNORADO TotalTêxtil

1) PMEs-Arranj. 63,03 33,87 2,51 0,44 0,15 92.4512) PMEs-Total 55,19 40,57 3,34 0,74 0,17 273.0533) Arranjos-Tot. 42,55 45,84 8,71 2,66 0,24 272.9904) Setor Total 43,46 46,57 7,27 2,47 0,23 640.643

Calçados1) PMEs-Arranj. 61,22 35,27 2,61 0,45 0,46 32.5222) PMEs-Total 60,15 36,21 2,82 0,51 0,31 63.0873) Arranjos-Tot. 50,25 42,82 4,75 1,84 0,36 178.0764) Setor Total 53,68 39,7 4,51 1,8 0,3 269.070

Madeira1) PMEs-Arranj. 64,91 32,35 2,04 0,42 0,29 30.8042) PMEs-Total 60,16 36,54 2,55 0,5 0,26 109.9793) Arranjos-Tot. 57,52 36,66 4,18 1,31 0,32 82.8054) Setor Total 54,45 39,26 4,52 1,49 0,28 205.667

Mobiliário1) PMEs-Arranj. 32,88 60,22 5,88 0,81 0,22 32.8042) PMEs-Total 43,95 49,71 5,25 0,91 0,18 133.6853) Arranjos-Tot. 22,85 61,04 11,11 4,74 0,24 92.5344) Setor Total 34,21 53,86 8,63 3,08 0,2 246.572

Produtos de Metal1) PMEs-Arranj. 7,82 66,13 21,16 4,62 0,26 57.3692) PMEs-Total 23,86 59,26 13,86 2,79 0,22 130.7333) Arranjos-Tot. 5,49 55,49 27,34 11,4 0,29 145.8554) Setor Total 15,47 54,61 21,3 8,36 0,26 272.432

Cerâmica1) PMEs-Arranj. 41,88 51,55 4,83 1,49 0,24 25.4852) PMEs-Total 51,33 42,17 4,54 1,72 0,23 138.0013) Arranjos-Tot. 23,26 52,23 17,46 6,74 0,31 76.7934) Setor Total 37,96 43,88 12,43 5,48 0,26 265.237

Fonte: elaborado a partir da RAIS (1999)

Page 34: Jorge Britto

RESULTADOS OBTIDOS:

QUALIFICAÇÃO FORMAL:

Comparando PMEs “integradas a arranjos” e o total de PMEs atuantes nos diversos ramos de atividades, as diferenças entre as faixas de qualificação são pouco perceptíveis, com exceção do ramo de madeira (onde o padrão de distribuição favorece o total de PMEs).

Comparando PMEs integradas a arranjos com o total de empresas integradas aos mesmos, os contrastes também não são evidentes. Exceção dos ramos de produtos de metal e cerâmica (nos quais existem diferenças entre exigências de qualificação das PMEs e das empresas de maior dimensão).

REMUNERAÇÃO MÉDIA:

Comparando PMEs “integradas a arranjos” e o total de PMEs atuantes nos ramos de atividades, observam-se diferenças mais evidentes do que no caso da comparação baseada no grau de qualificação.

Em pelo menos três dos seis ramos de atividades – mobiliário, produtos de metal e cerâmica – as evidências apontam que o emprego nas PMEs integradas a arranjos encontra-se mais concentrado em faixas superiores de remuneração do que no caso geral das PMEs existentes no setor.

Comparando PMEs integradas a arranjos com o total de empresas integradas aos mesmos, também observam-se contrastes : em todos os ramos de atividades considerados, o emprego das PMEs está relativamente mais concentrado em faixas inferiores.

Comparando-se os arranjos com o total dos ramos de atividade observa-se que, como tendência geral, a integração a arranjos produtivos favorece a concentração do emprego em faixas de remuneração mais elevada, denotando o impacto positivo dessa inserção sobre a produtividade empresarial.

Page 35: Jorge Britto

5. CONCLUSÕES E DESDOBRAMENTOS DA ANÁLISE5. CONCLUSÕES E DESDOBRAMENTOS DA ANÁLISE

CONCLUSÕES:

Utilização de um recorte analítico baseado no conceito de arranjos produtivos é

relevante para a compreensão dos condicionantes do crescimento de PMEs.

Existem diferenças relevantes entre diversos ramos de atividades quanto ao

impacto gerado pela inserção em arranjos produtivos sobre as possibilidades de

crescimento e de reforço da competitividade de PMEs.

Importância de PMEs na estrutura industrial dos arranjos produtivos varia

consideravelmente de um ramo de atividade para outro, podendo-se identificar

ramos onde a existência de arranjos “dominados por PMEs” assume maior

importância.

Inserção em arranjos produtivos influencia os níveis médios de remuneração da

mão de obra, os quais podem vistos como proxis da produtividade empresarial.

Impacto gerado varia bastante entre os diversos ramos de atividade.

Page 36: Jorge Britto

DESDOBRAMENTOS:

Aprofundar análise estrutural dos arranjos para obter: (i) maior detalhamento do grau de especialização setorial, incorporando informações mais desagregadas, ao nível das classes que compõem cada divisão; (ii) a ampliação da análise para outros setores industriais; (iii) a sofisticação dos critérios de caracterização de arranjos e a construção de algoritmos específicos; (iv) o aprofundamento de análises comparativas mais detalhadas ao nível inter e intra-setorial.

Desenvolver uma análise intertemporal para captar trajetória evolutiva desses arranjos em termos da sua estrutura e do padrão de especialização.

Realizar esforços que combinem a ampliação do painel de setores com a sofisticação do instrumental analítico, incorporando algum exercício econométrico.

Incorporar informações que permitam confrontar a evolução da estrutura dos diversos arranjos a indicadores de performance econômica e tecnológica definidos no plano empresarial.

Desenvolver uma análise geo-referenciada para avaliar o padrão de localização espacial de atividades industriais, incorporando informações sobre o ambiente local.

Utilizar as informações levantadas como ponto de partida para a identificação das necessidades dos arranjos produtivos em termos de políticas públicas capazes de fortalecer sua estrutura e seu potencial de crescimento.