João Presta Atenção · O meu nome é João e já tenho 9 anos! Sabes, estou tão contente hoje,...
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,João presta atenção!
Ilustrado por Edu A. Engel
Patrícia Secco
,Joãopresta atenção!
Esse livro é dedicado ao meu amigo Luiz Antonio Gomes da Silva. P.E.S.
Fundação EDUCAR DPaschoal www.educardpaschoal.org.br
F: (19) 3728-8129
Olá! O meu nome é João e já tenho 9 anos! Sabes, estou tão contente hoje, mas tão contente, que vou dar um grito:
IUPI! PASSEI DE ANO!
E o melhor: com notas muito boas!
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Não é uma maravilha?
Finalmente as pessoas
Eu estou super-hiper-mega-feliz!
Tão feliz que até te vou contara minha história!
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começaram a compreender-me.
Pois bem, até ao semestre passado, ou melhor,
até às férias, eu detestava ir para a escola.
Eram inúmeras cópias para fazer, frases para
completar, caligrafia, palavras cruzadas...
E eu era o único da turma que não conseguia
fazer isso correctamente.
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Não sei porquê, mas as letras faziam-me uma grande confusão
na cabeça que eu preferia não olhar para elas!
E, quando eu tinha de ler em voz alta, então, era horrível...
Morria de vergonha, pois tinha a certeza que os meus amigos
estavam todos a olhar para mim, a pensarem o quanto eu era burro.
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Sabes, uma vez a minha professora organizou um concurso de
quebra-cabeças. Tive uma vontade enorme de sair dali, porque
para mim aquelas peças amontoadas e coloridas não faziam
sentido nenhum.
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Mas, como eu não podia fugir dali, acabei
por ficar em último lugar no concurso.
Fiquei arrasado!
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Mas só fiquei assim até às férias, isto é, até conhecer
a tia Paula, uma amiga da minha mãe. Elas devem
ter conversado muito sobre a minha vida na escola.
Um dia a tia Paula pediu-me para falarmos um pouco,
e outro dia mais um pouco, e mais outro dia...
Eu disse-lhe que me esforçava muito na escola, mas as coisas
pareciam estar a ficar cada vez mais complicadas.
E por causa disso, eu ficava muito triste. Pois, eu não queria ser
conhecido como o pior aluno da turma. 9
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Então a tia Paula explicou-me que ela era uma psicóloga, uma pessoa
especial que, com outros profissionais, consegue perceber a razão de
muitas coisas, até a razão pela qual eu não tinha bons resultados na
escola!
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A tia Paula contou-me que apesar de ser adulta
ainda estudava, e tu sabes o quê?
Crianças com perturbações, com dificuldades de
aprendizagem, assim como eu! Ela estudava a
dislexia!
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sobre
E sabes que mais? Quando começaram as aulas, a tia Paula e a
minha mãe foram até à escola conversar com a minha professora,
para lhe explicar que eu poderia ser Disléxico , ou seja, que talvez
sofresse dessa perturbação.
Desde então a minha vida mudou! A minha professora tentou compreender
melhor a e aprendeu várias coisas, tais como: explicar-me tudo
passo a passo, dividir as minhas cópias em partes, deixar-me fazer as
provas e os testes oralmente e muito mais.
dislexia
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Até as coisas mudaram lá em casa, pois os meus pais começaram a
ajudar-me de forma mais correcta. Eles têm-me lido muitas coisas e
também, me têm encorajado a ler livros curtos, mas muito interessantes.
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Bem, as coisas mudaram lá em casa também, pois os meus pais
começaram a me ajudar da maneira certa. Eles têm lido muito para
mim, além de me encorajar a ler livros curtos, mas muito interessantes.
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Como os resultados melhoraram muito, eu até me tornei o
o que foi óptimo para mim
Afinal, consegui mostrar aos meus
amigos que também sou capaz!
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ASSISTENTE DO 3º ANO,
Assim como o João, muitas outras crianças, com um bom nível
intelectual, são incapazes de utilizar adequadamente alguns
instrumentos básicos de comunicação, como a leitura, a escrita, a
interpretação de textos ou até aprenderem uma 2ª língua, sendo muitas
vezes totalmente desmotivadas pelo baixo desempenho na vida escolar.
Estas crianças merecem ser encorajadas a sentir que são capazes
e, para isso, nada melhor do que o apoio, a amizade, o carinho e o amor,
de todos aqueles que estão à sua volta: amigos, colegas, professores
e, sobretudo, dos pais.
A dislexia é uma perturbação da aprendizagem de origem neurológica
que tem sido estudada por diversos profissionais como
psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e neurologistas,
com o intuito de proporcionar tratamentos cada vez mais
adequados, não só às crianças, mas também aos adultos.
Todas estas pessoas devem ser orientadas pelo profissional que
acompanha o disléxico.
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"Homens como Leonardo da Vinci, Walt Disney e Albert
Einstein também eram disléxicos. Acredite em seus sonhos!”