Jacques Louis David

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Um representante do Neoclassicismo Um representante do Neoclassicismo

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Trabalho elaborado por Filipa Galo

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Um representante do NeoclassicismoUm representante do Neoclassicismo

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Nasceu em Paris, a 30 de Agosto de 1748.

Aos nove anos, pela mãe ,ficou ao cuidado dos tios abastados devido à morte do pai em duelo. E estes providenciaram-lhe uma primorosa educação com esperança que ele se tornasse arquitecto.

Não obstante, nunca foi um bom aluno, passava o tempo todo a desenhar e sofria de um tumor na face que lhe afectava a fala.

Procurou ser aceite como discípulo de Boucher (importante personagem na pintura do Rococó ) contudo este enviou-o para aprender com Joseph-Marie Vien.

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Após 4 tentativas falhadas de ganhar o Prémio de Roma à 5º em 1774 foi de vez, com a tela "Antíoco e Estratonice“.

Dirigiu-se a Roma e lá tornou-se o mais entusiasta defensor do neoclassicismo. Permaneceu lá por 5 anos.

Executou inúmeros desenhos e esboços das ruínas da cidade histórica, material que o proveu de inspiração para as arquitecturas das suas telas ao longo de toda a vida.

Ao visitar Pompeia ficou maravilhado pela sua magnificência

Possuía também uma predilecção pelo trabalho de Rafael Sanzio

.

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Em Paris instalou-se no Louvre, privilégio concedido apenas a alguns grandes artistas.

Desposou Marguerite Charlotte e com ela teve 4 filhos.

Em 1784 recebeu a encomenda do rei para pintar “O juramento dos Horácios” e para tal retornou a Roma.

Ainda em Roma o pintor pensou em tornar-se director da secção da Academia Francesa mas devido à sua idade este desejo foi-lhe recusado.

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Pormenor do quadro

Todos os elementos do quadro

se destinam a facilitar o nosso

entendimento do drama: os

três bravos romanos arriscam

a vida pelo seu país. A justeza

da sua intenção revela-se no

modo como estendem os

braços quando recebem as

espadas da mão do pai.

Grandes arcos simétricos

estabilizam o acto do

juramento, inserindo-o num

contexto nobre. A austeridade

e a claridade das cores

realçam a abnegação e a

totalidade do seu fervor.

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Pormenor do quadro

Os homens são duros, concentrados, activos; do outro lado do recinto agrupam-se as mulheres, suaves, passivas, pesarosas… O contraste entre eles é absoluto, e é neste clima não comprometedor de absolutos que David se sente mais à vontade. Quando David pintou o juramento dos Horácios, a Revolução não vinha longe, e o quadro encerra uma clara referência a esse acontecimento. Não precisamos de enquadrá-lo no seu contexto histórico para podermos reagir inteiramente: é maravilhoso na concisão total da sua visão. Não há elementos supérfluos, mas o despojamento é adequado.

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Em 1787 foi concluída a sua obra “A morte de Sócrates “ a qual Diderot qualificou como : “absolutamente perfeita”.

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As seguintes obras de David em 1788 “Os litores trazendo a Brutus os corpos de seus filhos” e “Retrato de Lavoisier e sua esposa”deveriam ser aprovadas de antemão para serem exibidas devido à Revolução e estas duas obras não foram aprovadas. Uma pela sua simbologia republicana e a outra pelas associações do famoso químico com o partido Jacobino.

Contudo devido à reacção do público face à proibição o Júri teve que reconsiderar e expôs os quadro sob uma escolta voluntária de estudantes de arte.

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Pormenor do quadro

Madame Récamier é o epítome do encanto neoclássico. Percebemos que ela sabe que tem encanto e que quase observa o efeito que este provoca no pintor. Tudo o que a cobre e a rodeia é de uma simplicidade sofisticada: sentimos que ela troça da vulgaridade dos artifícios, mas ela é um artifício vivo, obrigando-nos a aceita-la pelo seu próprio valor. David vê que ela é encantadora e dá-no-la a ver também: ela reclina-se porque está certa do poder do seu encanto, segura por trás da frieza marfínica da sua pose. Mas ele procura conhece-la a um nível que se situa abaixo do consciente e é nisso que reside a força da imagem.

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David apoiou a Revolução desde o início.

Não deixou o país, permanecendo assim para auxiliar na queda do antigo regime, votando pela morte do rei; de facto, na primeira Convenção Nacional em que se reuniu ele foi alcunhado de "terrorista feroz".

Um dos seus mais célebres quadros foi "Marat assassinado" de 1793, obra cuja mestria técnica realça uma sincera emoção.

Quando apresentou a tela na Convenção, disse: "Cidadãos, o povo novamente clamou por seu amigo; sua voz desolada foi ouvida: 'David, toma teus pincéis, vinga Marat!'... Eu ouvi a voz do povo, e obedeci".

Apesar de manifestar seu apoio a Marat, David não foi executado, apenas preso. Na prisão fez um auto-retrato, mostrando-se muito mais jovem do que aparentava. Visitado por sua esposa no cárcere, concebeu a ideia para uma nova obra, “A intervenção das Sabinas”, como um apelo pela reunião nacional e pela paz, depois de tanto sangue derramado.

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Pormenor do quadro

A Morte de Marat é um

símbolo revolucionário.

David idealiza Marat como

um santo moderno, foi

assassinado pela adepta

da realeza Charlotte

Corday, que se preparou

para o seu acto com jejum

e orações.

Na vida real, Marat foi um

politico de aspecto

particularmente

desagradável, que era

obrigado a tomar banho

com frequência devido a

uma grave infecção de

pele.

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Pormenor do quadro

David mostra-o belo e

martirizado, abatido, nos

intervalos das suas

tarefas em prol do bem

comum. Mas a verdade

literal não é importante

neste caso. David pintou

a verdade em que quis

acreditar, um acto

deliberado de

propaganda, e a

ansiedade total, a crença

apaixonada na revolução

e no seu poder

santificador conferem à

obra uma força

gigantesca.

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Se esquecermos o próprio Marat e generalizarmos, temos aqui uma imagem da morte em toda a sua pureza. Tudo conspira para recordar os mártires cristãos – o fundo escuro ilumina-se para a direita, como se a glória celeste aguardasse o santo moribundo.

No entanto, trata-se de um truque, pois David engana-nos com imagens cristãs: tudo é obra de uma reminiscência subtil.

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No reinado de Napoleão o ambiente mudara radicalmente.

Os mártires da Revolução foram removidos do Panteão e reenterrados na vala comum, e as suas estátuas destruídas.

Desde o regicídio que David estava divorciado, contudo em 1796 volta a casar-se com a sua ex-mulher após ela lhe ter confessado que nunca o deixara de amar.

Reabilitado e reintegrado no seu atelier e posição, voltou a aceitar alunos e retirou-se da política.

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Napoleão e David admiravam-se mutuamente. David desde o primeiro encontro ficara impressionado com o então general, e quando este subiu ao trono solicitou David para fazer o seu retrato.

Depois pintou-o na cena da coroação, nas bodas com Josefina, outra grande composição, e de novo na da Passagem dos Alpes, montado num fogoso cavalo.

Por sua vez, Napoleão o indicou-o pintor oficial da corte, e pediu que ele o acompanhasse na campanha do Egipto, mas o pintor recusou, alegando que era velho demais para aventuras, e enviou no seu lugar um dos seus estudantes, Antoine-Jean Gros.

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Cúpido e Psiquê de Jacques-Louis

David1817

Na monarquia Bourbon rejeita uma posição na

corte oferecida por Luís XVIII,

preferindo o auto-exílio em Bruxelas.

Lá pintou “Cupido e Psiquê”, vivendo

tranquilamente com a sua esposa, e dedicando-se a composições em pequena escala e

retratos.

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Pormenor do quadro

A sua última grande

criação foi “Marte

desarmado por Vénus

e as três Graças”,

terminada um ano

antes da sua morte.

Segundo expressou,

desejava que a desejava que a

obra fosse o seu obra fosse o seu

testamento testamento

artísticoartístico. Exposta em

Paris, reuniu uma

multidão de

admiradores.

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Faleceu depois de ter sido atropelado por um carro na saída do teatro, a 29 de Dezembro de 1825. O seu espólio foi vendido, mas as pinturas remanescentes obtiveram baixos valores. Pelas suas actividades revolucionárias o seu corpo foi impedido de retornar à pátria, e foi sepultado no cemitério Evere, em Bruxelas. O seu coração, porém, repousa no cemitério Père Lachaise, em Paris.

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Trabalho elaborado por Filipa Galo