ISTOÉ GENTE 683

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istoegente.com.br Hebe ROBERTO CARLOS CONTA À GENTE COMO CONHECEU A DAMA DA TEVÊ: “ELA ERA MAIS CONTIDA, MAS SEMPRE ESTEVE À FRENTE DO SEU TEMPO” BONI REVELA POR QUE ELA RECUSOU IR PARA A GLOBO A VIRGINDADE CONTROLADA PELA MÃE E OUTRAS 14 COISAS QUE VOCÊ NÃO SABIA SOBRE A RAINHA “HEBE LUTOU COMO UMA LEOA. SABIA DA GRAVIDADE DO CÂNCER E TOPOU TUDO O QUE FOI POSSÍVEL”, DIZ UM DOS MÉDICOS EDIÇÃO ESPECIAL EXCLUSIVO “EU APRENDI COM A VIDA” 08.03.1929 29.09.2012 R$ 9,90 9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 9 7 6 0 0 ISSN 1516 -8204 9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 0 8 6 0 0 ISSN 1516 -8204 9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 1 8 6 0 0 ISSN 1516 -8204 9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 2 8 6 0 0 ISSN 1516 -8204 9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 3 8 6 0 0 ISSN 1516 -8204 10/out/2012 ano 13 n° 683 * * *

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ISTOÉ GENTE 683, Hebe Camargo

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istoegente.com.br

HebeRobeRto caRlos conta à gente como

conheceu a dama da tevê:“ela eRa mais contida,

mas sempRe esteve à fRente do seu tempo”

boni Revela poR que ela Recusou iR paRa a globo

a viRgindade contRolada pela mãe e outRas 14 coisas que você não sabia sobRe a Rainha

“hebe lutou como uma leoa. sabia da gRavidade do cânceR e topou tudo o que foi possível”, diz um dos médicos

EDIÇÃO EspEcIal

EXclUsIVO

“EU apRENDI cOM a VIDa”

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14/01/2011 | 33

Tributo

DEUS SALVE A RAINHAOtimista até os últimos dias, Hebe CamargO se despediu sem que ninguém

a visse chorar. Vencida por um câncer raro, aos 83 anos, a grande diva da tevê brasileira sai de cena para entrar na história

POR Gisele Vitória, silViane neno e simone Blanes

• A mansão no Morumbi amanheceu silen-ciosa no sábado 29. A noite da sexta-feira não tinha sido nada fácil. Já era tarde quan-do, autorizado pela família, o cardiologista Dante Senra, presença diária na casa, decidiu sedar Hebe Camargo. Não havia mais o que fazer. O câncer avançara e levou a medicina a entregar os pontos. Ela estava muito debi-litada. O rim já mostrava sinal de falência. E a sedação aliviaria a dor e o desconforto. A família já esperava pelo falecimento da rai-nha da televisão brasileira na manhã daquele sábado. Faltava pouco para o meio-dia quan-do seu coração parou. Mais do que o órgão vital, o de Hebe, como diria Maiakovski, de-safiava a anatomia. Ela era só coração. Ao seu lado no quarto, uma jovem amiga segu-rava sua mão. Era a empresária Helena Caio, anjo da guarda da apresentadora e mulher de seu sobrinho e empresário, Cláudio Pessutti. Na sala em que Hebe alegrou tantos jantares, o momento era triste. Cláudio e Marcello Camargo, filho da apresentadora, aguarda-vam nos sofás perto da escadaria que dava acesso ao seu quarto. Junto com eles, poucos amigos, como as inseparáveis companheiras da apresentadora, Rosinha Goldfarb e Labi-

be Alves da Silva. Os empregados da casa estavam inconsoláveis. Depois do falecimen-to, Helena desceu as escadas e avisou a todos. A notícia comoveu o País naquele sábado.

Menos de 24 horas depois, quando o cor-po de Hebe chegava ao cemitério Gethsê-mani, também no Morumbi, cerca de duas mil pessoas passavam nas proximidades do jazigo 65, o mesmo onde estavam enterrados os pais da apresentadora Esther Magalhães Camargo e Segesfredo Monteiro Camargo. Hebe teve um funeral com honras de chefe de Estado. Chegou em um carro do Corpo de Bombeiros, o caixão, coberto com uma bandeira do Brasil. Ninguém esperava me-nos. Foi difícil acomodar as mais de 30 coro-as de flores. “Hebe é carinho, saudade, exem-plo de vida e de generosidade”, discursou o governador Geraldo Alckmin pouco antes do sepultamento, às 10h47.

Todos rezaram o “Pai-Nosso”. A apresen-tadora Luciana Gimenez chegou muito emocionada quando o caixão já tinha baixa-do. Ela estava fora do Brasil e voltou às pres-sas para o enterro. “Todos me perguntam sobre a perda, mas não temos uma perda, e sim um privilégio porque tivemos Hebe du-

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Tributo

DEUS SALVE A RAINHAOtimista até os últimos dias, Hebe CamargO se despediu sem que ninguém

a visse chorar. Vencida por um câncer raro, aos 83 anos, a grande diva da tevê brasileira sai de cena para entrar na história

POR Gisele Vitória, silViane neno e simone Blanes

• A mansão no Morumbi amanheceu silen-ciosa no sábado 29. A noite da sexta-feira não tinha sido nada fácil. Já era tarde quan-do, autorizado pela família, o cardiologista Dante Senra, presença diária na casa, decidiu sedar Hebe Camargo. Não havia mais o que fazer. O câncer avançara e levou a medicina a entregar os pontos. Ela estava muito debi-litada. O rim já mostrava sinal de falência. E a sedação aliviaria a dor e o desconforto. A família já esperava pelo falecimento da rai-nha da televisão brasileira na manhã daquele sábado. Faltava pouco para o meio-dia quan-do seu coração parou. Mais do que o órgão vital, o de Hebe, como diria Maiakovski, de-safiava a anatomia. Ela era só coração. Ao seu lado no quarto, uma jovem amiga segu-rava sua mão. Era a empresária Helena Caio, anjo da guarda da apresentadora e mulher de seu sobrinho e empresário, Cláudio Pessutti. Na sala em que Hebe alegrou tantos jantares, o momento era triste. Cláudio e Marcello Camargo, filho da apresentadora, aguarda-vam nos sofás perto da escadaria que dava acesso ao seu quarto. Junto com eles, poucos amigos, como as inseparáveis companheiras da apresentadora, Rosinha Goldfarb e Labi-

be Alves da Silva. Os empregados da casa estavam inconsoláveis. Depois do falecimen-to, Helena desceu as escadas e avisou a todos. A notícia comoveu o País naquele sábado.

Menos de 24 horas depois, quando o cor-po de Hebe chegava ao cemitério Gethsê-mani, também no Morumbi, cerca de duas mil pessoas passavam nas proximidades do jazigo 65, o mesmo onde estavam enterrados os pais da apresentadora Esther Magalhães Camargo e Segesfredo Monteiro Camargo. Hebe teve um funeral com honras de chefe de Estado. Chegou em um carro do Corpo de Bombeiros, o caixão, coberto com uma bandeira do Brasil. Ninguém esperava me-nos. Foi difícil acomodar as mais de 30 coro-as de flores. “Hebe é carinho, saudade, exem-plo de vida e de generosidade”, discursou o governador Geraldo Alckmin pouco antes do sepultamento, às 10h47.

Todos rezaram o “Pai-Nosso”. A apresen-tadora Luciana Gimenez chegou muito emocionada quando o caixão já tinha baixa-do. Ela estava fora do Brasil e voltou às pres-sas para o enterro. “Todos me perguntam sobre a perda, mas não temos uma perda, e sim um privilégio porque tivemos Hebe du-

rante 83 anos conosco”, disse Luciana. Perto dela, outros amigos famosos, Otávio Mes-quita, Maria Paula, Serginho Groisman, o casal Amílcare Dallevo e Daniela Albuquer-que, além do governador Geraldo Alckmin. Ainda abalado, Otávio Mesquita contou como recebeu a notícia da morte da amiga. “Estava jogando golfe com uns amigos quan-do o telefone tocou. Comecei a chorar na hora e fiquei por uns dez minutos andando de um lado para o outro no gramado. Acho que lá, um lugar que me dá paz de espírito, consegui fazer meu último contato com ela em oração.” Otávio também falou dos últi-mos dias de Hebe. “Ela estava muito doenti-nha, mas até o final tinha esperanças de acor-dar melhor no dia seguinte. Ela não entregava os pontos, era a mulher que mais riu e viveu que eu conheci. E morreu contratada pelo SBT, seu sonho”, contou o apresentador.

“Minha mãe sempre achava que teria o dia seguinte”, desabafou Marcello Camargo, en-volto em um manto com a foto da mãe, à mi-nistra Marta Suplicy, na noite do sábado 29, ainda no velório no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo. É verdade. Na última terça-feira, falando baixi-nho, muito fraca, disse Hebe para um dos médicos: “Vocês vão ver como eu vou sair des-

sa. Sei que tudo vai ficar bem e ainda serei motivo de orgulho para o meu público por ter vencido essa doença terrível.”

Foram quase três anos de uma luta árdua contra o câncer no peritônio, um tipo raro de tumor. Nem sempre foi uma luta triste. Afi-nal era ela. Depois de fazer todo o tratamen-to, em 2010, a apresentadora anunciou que estava curada. Mas, em 2011, a doença vol-tou. Hebe foi submetida a novos procedi-mentos médicos. Há 34 dias ela decidiu dei-xar o Hospital Albert Einstein, onde ficou internada pela última vez. Preferia estar em casa. Ela tinha dificuldade para se alimentar e os remédios contra o câncer já não faziam mais efeito. Mas Hebe não se entregava.

Até os últimos dias fez questão de arru-mar os cabelos, as unhas e passar batom. E sorriu, vencendo a fraqueza, cada vez que lembrava que era Hebe Camargo. “Hebe, eu te amo”, gritou uma voz na multidão. Aplausos, mais gritos, lágrimas... Todos de-ram as mãos. “Pai nosso que estais no céu...” Famosos, políticos, anônimos a uma só voz. “Santificado seja o vosso nome...” Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani foi antes de tudo uma dama. Como diriam os ingleses à Sua Majestade, o Brasil diz: “Deus Salve a Rainha.” •

Tributo

O corpo de Hebe deixa o Palácio dos Bandeirantes no domingo 30

rante 83 anos conosco”, disse Luciana. Perto dela, outros amigos famosos, Otávio Mes-quita, Maria Paula, Serginho Groisman, o casal Amílcare Dallevo e Daniela Albuquer-que, além do governador Geraldo Alckmin. Ainda abalado, Otávio Mesquita contou como recebeu a notícia da morte da amiga. “Estava jogando golfe com uns amigos quan-do o telefone tocou. Comecei a chorar na hora e fiquei por uns dez minutos andando de um lado para o outro no gramado. Acho que lá, um lugar que me dá paz de espírito, consegui fazer meu último contato com ela em oração.” Otávio também falou dos últi-mos dias de Hebe. “Ela estava muito doenti-nha, mas até o final tinha esperanças de acor-dar melhor no dia seguinte. Ela não entregava os pontos, era a mulher que mais riu e viveu que eu conheci. E morreu contratada pelo SBT, seu sonho”, contou o apresentador.

“Minha mãe sempre achava que teria o dia seguinte”, desabafou Marcello Camargo, en-volto em um manto com a foto da mãe, à mi-nistra Marta Suplicy, na noite do sábado 29, ainda no velório no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo. É verdade. Na última terça-feira, falando baixi-nho, muito fraca, disse Hebe para um dos médicos: “Vocês vão ver como eu vou sair des-

sa. Sei que tudo vai ficar bem e ainda serei motivo de orgulho para o meu público por ter vencido essa doença terrível.”

Foram quase três anos de uma luta árdua contra o câncer no peritônio, um tipo raro de tumor. Nem sempre foi uma luta triste. Afi-nal era ela. Depois de fazer todo o tratamen-to, em 2010, a apresentadora anunciou que estava curada. Mas, em 2011, a doença vol-tou. Hebe foi submetida a novos procedi-mentos médicos. Há 34 dias ela decidiu dei-xar o Hospital Albert Einstein, onde ficou internada pela última vez. Preferia estar em casa. Ela tinha dificuldade para se alimentar e os remédios contra o câncer já não faziam mais efeito. Mas Hebe não se entregava.

Até os últimos dias fez questão de arru-mar os cabelos, as unhas e passar batom. E sorriu, vencendo a fraqueza, cada vez que lembrava que era Hebe Camargo. “Hebe, eu te amo”, gritou uma voz na multidão. Aplausos, mais gritos, lágrimas... Todos de-ram as mãos. “Pai nosso que estais no céu...” Famosos, políticos, anônimos a uma só voz. “Santificado seja o vosso nome...” Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani foi antes de tudo uma dama. Como diriam os ingleses à Sua Majestade, o Brasil diz: “Deus Salve a Rainha.” •

Tributo

O corpo de Hebe deixa o Palácio dos Bandeirantes no domingo 30

Políticos, artistas e uma multidão de fãs passaram pelo Palácio dos bandeirantes para se despedir de Hebe, que foi velada com honras de chefe de estado em cerimônia com missa celebrada pelo padre marcelo rossi POR Gisele Vitória, Julia leão e thaís Botelho

Tributo

Marcello, filho de Hebe, ficou no velório enrolado em um manto com o rosto da mãe

Silvio Santos dá o último selinho na

apresentadora

SELINHO DE ADEUS

Políticos, artistas e uma multidão de fãs passaram pelo Palácio dos bandeirantes para se despedir de Hebe, que foi velada com honras de chefe de estado em cerimônia com missa celebrada pelo padre marcelo rossi POR Gisele Vitória, Julia leão e thaís Botelho

Tributo

Marcello, filho de Hebe, ficou no velório enrolado em um manto com o rosto da mãe

Silvio Santos dá o último selinho na

apresentadora

SELINHO DE ADEUS

Tributo

10/10/2012 | 39

À esq., Lolita Rodrigues; o governador e a mulher, Lu Alckmin; Tom Cavalcante; o diretor Nilton Travesso, João Marcello Bôscoli e Eliana; Claudia Leitte e o marido, Marcio Pedreira

Em sentido horário: padre Marcelo Rossi reza a missa

de corpo presente, Paulo Maluf, a ministra Marta

Suplicy e o senador Eduardo Suplicy, e Emerson Fittipaldi

À esq., o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, cumprimenta Osmar Santos. Rodrigo Faro, Fabio Jr. e Mariana Weickert choram na despedida de Hebe

• Parecia inverno a noite do sábado 29 de se-tembro de 2012, data em que Hebe se despe-diu da vida. Mas, apesar do frio, as horas ge-ladas em seu velório, no Palácio dos Bandeirantes, tinham valor de primavera. A manhã de sol e céu azul na hora de seu sepul-tamento, às 10h30, no cemitério Gethsêma-ni, no Morumbi, fez jus a isso. Aos amigos que conviveram com ela em todas as etapas de sua trajetória, era reconfortante lembrar que Hebe partia em setembro, mês das flores e das rosas colombianas vermelhas que ela tanto gostava.“Nem parece que isso está acontecen-do. Outro dia mesmo ela passeava de madru-gada pelo hotel em Miami onde estivemos juntos no último show do Roberto lá. Andava com um prato de camarões para lá e para cá”, contava o amigo Tom Cavalcante, ao lado de Roberto Carlos e Bruna Lombardi. “Falava com o Cláudio (sobrinho de Hebe), nos últimos dias”, disse Tom. Foi na casa do humorista, em março, que Hebe comemorou seu último aniversário, de 83 anos, e os dois sopraram velinhas em bolos personalizados, ao lado de Faustão, Jô Soares e Roberto Carlos.

O aperto no coração era grande, o momen-to de despedida, solene e histórico, mas o cli-ma não era de um velório convencional. Ti-nha de ser assim. Afinal, ela seria a primeira a rir, brincar e a puxar um coro de celebração à vida. Seria primeira a ordenar, com sua voz divertida e amorosa, que ninguém ficasse tris-te ou chorasse. E certamente se lembraria que não podia ir a um sepultamento sem pensar em algo engraçado e ter de prender o riso. Ao chegar ao velório de Hebe, depois da emoção e das lágrimas, aos poucos todos se sentiam de certa forma autorizados a sorrir, brincar e a saudar a rainha da televisão brasileira com a leveza risonha que ela sempre teve.

Velar a dama da tevê significava isso. Assim parecia ser também para as cerca de oito mil pessoas, fãs de todas as idades, muitos com

crianças no colo, senhoras idosas, que cruza-vam o salão do palácio ao longo da noite e da manhã do domingo 30. Depois da missa de corpo presente celebrada pelo padre Marcelo Rossi, o corpo de Hebe partiu em cortejo pú-blico, levado por guardas de honra da Polícia Militar e, sobre um carro do Corpo de Bom-beiros, guiado por batedores num trajeto de três quilômetros no bairro do Morumbi.

Silvio Santos, que 48 horas antes anunciava oficialmente a volta de Hebe ao SBT, já havia se despedido da apresentadora com um seli-nho. Do grupo de estrelas, só Faustão e Jô não estavam ali naquele momento, já tarde no ve-lório, pertinho do caixão onde a amiga parecia apenas descansar, cuidadosamente maquiada, de cílios postiços e vestida de tailleur preto. Naquele momento, artistas, políticos e ami-gos percebiam que era hora de lembrar de suas histórias e do seu jeito único de levar a vida e aproveitá-la em todos os sentidos. “É tão estranho Hebe não estar mais com a gen-te”, disse a atriz Bruna Lombardi, depois de muito lembrar de episódios, como suas risa-das em uma viagem recente à Bahia. “Mas ela está aqui. Vai continuar brilhando”, sorriu Pa-trícia Cavalcante, mulher de Tom. •

“Nem parece que isso está acontecendo. Outro dia mesmo ela passeava de madrugada pelo hotel em Miami onde estivemos juntos no último show do Roberto lá. Andava com um prato de camarões para lá e para cá”Tom Cavalcante

“Minha mãe sempre achava que teria o

dia seguinte”

Marcello Camargo, filho de hebe

Tributo

10/10/2012 | 39

À esq., Lolita Rodrigues; o governador e a mulher, Lu Alckmin; Tom Cavalcante; o diretor Nilton Travesso, João Marcello Bôscoli e Eliana; Claudia Leitte e o marido, Marcio Pedreira

Em sentido horário: padre Marcelo Rossi reza a missa

de corpo presente, Paulo Maluf, a ministra Marta

Suplicy e o senador Eduardo Suplicy, e Emerson Fittipaldi

À esq., o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, cumprimenta Osmar Santos. Rodrigo Faro, Fabio Jr. e Mariana Weickert choram na despedida de Hebe

• Parecia inverno a noite do sábado 29 de se-tembro de 2012, data em que Hebe se despe-diu da vida. Mas, apesar do frio, as horas ge-ladas em seu velório, no Palácio dos Bandeirantes, tinham valor de primavera. A manhã de sol e céu azul na hora de seu sepul-tamento, às 10h30, no cemitério Gethsêma-ni, no Morumbi, fez jus a isso. Aos amigos que conviveram com ela em todas as etapas de sua trajetória, era reconfortante lembrar que Hebe partia em setembro, mês das flores e das rosas colombianas vermelhas que ela tanto gostava.“Nem parece que isso está acontecen-do. Outro dia mesmo ela passeava de madru-gada pelo hotel em Miami onde estivemos juntos no último show do Roberto lá. Andava com um prato de camarões para lá e para cá”, contava o amigo Tom Cavalcante, ao lado de Roberto Carlos e Bruna Lombardi. “Falava com o Cláudio (sobrinho de Hebe), nos últimos dias”, disse Tom. Foi na casa do humorista, em março, que Hebe comemorou seu último aniversário, de 83 anos, e os dois sopraram velinhas em bolos personalizados, ao lado de Faustão, Jô Soares e Roberto Carlos.

O aperto no coração era grande, o momen-to de despedida, solene e histórico, mas o cli-ma não era de um velório convencional. Ti-nha de ser assim. Afinal, ela seria a primeira a rir, brincar e a puxar um coro de celebração à vida. Seria primeira a ordenar, com sua voz divertida e amorosa, que ninguém ficasse tris-te ou chorasse. E certamente se lembraria que não podia ir a um sepultamento sem pensar em algo engraçado e ter de prender o riso. Ao chegar ao velório de Hebe, depois da emoção e das lágrimas, aos poucos todos se sentiam de certa forma autorizados a sorrir, brincar e a saudar a rainha da televisão brasileira com a leveza risonha que ela sempre teve.

Velar a dama da tevê significava isso. Assim parecia ser também para as cerca de oito mil pessoas, fãs de todas as idades, muitos com

crianças no colo, senhoras idosas, que cruza-vam o salão do palácio ao longo da noite e da manhã do domingo 30. Depois da missa de corpo presente celebrada pelo padre Marcelo Rossi, o corpo de Hebe partiu em cortejo pú-blico, levado por guardas de honra da Polícia Militar e, sobre um carro do Corpo de Bom-beiros, guiado por batedores num trajeto de três quilômetros no bairro do Morumbi.

Silvio Santos, que 48 horas antes anunciava oficialmente a volta de Hebe ao SBT, já havia se despedido da apresentadora com um seli-nho. Do grupo de estrelas, só Faustão e Jô não estavam ali naquele momento, já tarde no ve-lório, pertinho do caixão onde a amiga parecia apenas descansar, cuidadosamente maquiada, de cílios postiços e vestida de tailleur preto. Naquele momento, artistas, políticos e ami-gos percebiam que era hora de lembrar de suas histórias e do seu jeito único de levar a vida e aproveitá-la em todos os sentidos. “É tão estranho Hebe não estar mais com a gen-te”, disse a atriz Bruna Lombardi, depois de muito lembrar de episódios, como suas risa-das em uma viagem recente à Bahia. “Mas ela está aqui. Vai continuar brilhando”, sorriu Pa-trícia Cavalcante, mulher de Tom. •

“Nem parece que isso está acontecendo. Outro dia mesmo ela passeava de madrugada pelo hotel em Miami onde estivemos juntos no último show do Roberto lá. Andava com um prato de camarões para lá e para cá”Tom Cavalcante

“Minha mãe sempre achava que teria o

dia seguinte”

Marcello Camargo, filho de hebe

Tributo

RobeRto CaRlos contou a Gente, num papo firme, informal e exclusivo durante o velório da amiga e

admiradora, quando e como conheceu a dama da tevê nos tempos da Jovem Guarda e brincou que,

naquela época, “ela era mais contida”POR Gisele Vitória

“Ela sEmprE EstEvE à frEntE

dE sEu tEmpo”D

ivul

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o

O início da amizade: Hebe entrevista Roberto Carlos nos tempos da Jovem Guarda

Tributo

RobeRto CaRlos contou a Gente, num papo firme, informal e exclusivo durante o velório da amiga e

admiradora, quando e como conheceu a dama da tevê nos tempos da Jovem Guarda e brincou que,

naquela época, “ela era mais contida”POR Gisele Vitória

“Ela sEmprE EstEvE à frEntE

dE sEu tEmpo”

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O início da amizade: Hebe entrevista Roberto Carlos nos tempos da Jovem Guarda

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Tributo

Acima, Julio Iglesias e Roberto na festa

dos 80 anos de Hebe: ela ficou em êxtase quando viu o

Rei e o ídolo latino chegarem

Roberto homenageia Hebe no velório da apresentadora: “Nós nos tornamos amigos aos poucos. Ela ia muito me ver nos meus shows”, conta Roberto a Gente

Roberto cumprimenta Marcello Camargo, o

filho: “Ela é um símbolo de alegria e vai ficar no

coração de todos nós. Viva Hebe”, diz o Rei

• O Rei chegara cedo ao Palácio dos Bandei-rantes, às 19h36, e de lá partiu perto das 23h, depois de se aproximar mais uma vez do cor-po de Hebe Camargo, fazer as últimas ora-ções, segurar a mão da apresentadora e beijar-lhe a testa. Na chegada ao velório, Roberto Carlos chorou diante da rainha da tevê. “Hebe representa muito para o País. Ela é um sím-bolo de alegria e vai ficar no coração de todos nós. Viva Hebe”, declarou.

Durante quase três horas em que passou no velório, na área reservada aos parentes e amigos, Roberto esteve perto do amigo Tom Cavalcante e sua mulher, Patrícia, e de Suza-na Lamounier, braço direito do cantor e so-gra do humorista. Recebido pela família de

Hebe e pelo governador Geraldo Alckmin, ele também conversou com o apresentador Serginho Groisman, a atriz Bruna Lombar-di, Ronie Von e a atriz Lolita Rodrigues. Foi carinhoso e gentil com o público que se des-pedia de Hebe na fila vagarosa que cruzava o salão do Palácio em torno do caixão. Ao vê-lo ali - tão real e sempre majestoso – as se-nhorinhas de Hebe o saudavam amorosa-mente. Algumas passaram por baixo do cordão de isolamento para abraçá-lo. Uma delas, ao vê-lo conversando com Ronie Von, correu para um abraço: “Vocês são meus amores!” Roberto retribuiu.

A hora era de saudade e, junto com quem conviveu com Hebe em diferentes momen-

tos da vida, o Rei ouviu e relembrou histórias da apresentadora. Escutou atentamente Lo-lita Rodrigues contar passagens com a velha amiga de adolescência e, quando a atriz de 83 anos lhe disse “agora só falta eu”, Roberto a confortou com uma brincadeira carinhosa: “Não tenha pressa.”

Depois de ouvir Serginho Groisman con-tar a força que Hebe lhe deu em seu início de carreira e sorrir com os gracejos de Tom Ca-valcante sobre a rainha da tevê, foi a vez de Roberto relembrar suas histórias com ela, a pedidos. “Quando eu conheci a Hebe, ela ainda não me conhecia”, disse o Rei ensaian-do um riso generoso, quando eu lhe pergun-tei quando tinha sido isso:

• Roberto, quando exatamente você conheceu a Hebe?• Roberto. Quando eu conheci a Hebe, ela ain-da não me conhecia. Ela era cantora e eu a assistia pela televisão. Depois, ela me convi-dou e fui ao programa dela na Record (na es-treia de Hebe, em 1966). Ela me entrevistou. Eu tinha uns 20 e poucos anos. Foi na época da Jovem Guarda. Logo após, eu fui uma se-gunda vez ao programa dela. • Vocês nunca tinham cantado juntos no passado? • Acho que não. Nunca cantamos juntos an-tes. Foi mesmo agora, recentemente. (No es-pecial Elas Cantam Roberto, show no Teatro Municipal de São Paulo em 2009 em homena-gem aos 50 anos de carreira do Rei, e em um show beneficiente em novembro de 2010.) • Naquela época, ela já era loura, já tinha esse jeito Hebe de ser?• Já era loura, tinha esse jeito dela, sim... (Ro-berto franze os olhos e sorri baixando a cabeça,

como se contasse um segredo). Mas ela era mais contida (abre o sorriso e provoca risos em Bruna Lombardi). Mas desde sempre já era uma mulher à frente do seu tempo.

• Ainda não havia os selinhos?Não tinha ainda (risos). • E como vocês se tornaram amigos?Aos poucos. Ela ia muito me ver nos meus shows, sempre estava lá assistindo. • Depois vieram as declarações dela, a paixão declarada por você...• (Roberto sorri) Uma graça ela, muito queri-da. Ela era maravilhosa.

Já eram quase 22h30 e Roberto Carlos agradeceu quando o governador Geraldo Alckmin perguntou-lhe, ao lado da primei-ra-dama Lu Alckmin, se não gostaria de ir até o segundo piso do palácio, onde a família e os amigos próximos serviam-se de alguns aperitivos e descansavam. Disse que ficaria

“mais um pouquinho” no velório da amiga. Ao se despedir de Tom Cavalcante, num momento de descontração, convidou-o para um “racha” entre o seu Lamborghini e o Corvette que presenteou ao humorista em seu aniversário no início do ano. Também provocou Ricardo Almeida, comentando que o estilista bem que lhe avisara que, para andar de moto, tinha de ter começado aos 14 e não aos 60. Às 22h45, com um semblante triste, o Rei olhou no relógio e, junto com seus assessores, foi até Hebe, mais uma vez, dar o seu adeus antes de partir. •

“Quando conheci a Hebe, ela ainda não

me conhecia. Era cantora e eu a assistia pela televisão. Depois fui ao programa dela na Record. Eu tinha

20 e poucos anos. Era na Jovem Guarda.

Naquela época, ela era mais contida”

Roberto Carlos

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Tributo

Acima, Julio Iglesias e Roberto na festa

dos 80 anos de Hebe: ela ficou em êxtase quando viu o

Rei e o ídolo latino chegarem

Roberto homenageia Hebe no velório da apresentadora: “Nós nos tornamos amigos aos poucos. Ela ia muito me ver nos meus shows”, conta Roberto a Gente

Roberto cumprimenta Marcello Camargo, o

filho: “Ela é um símbolo de alegria e vai ficar no

coração de todos nós. Viva Hebe”, diz o Rei

• O Rei chegara cedo ao Palácio dos Bandei-rantes, às 19h36, e de lá partiu perto das 23h, depois de se aproximar mais uma vez do cor-po de Hebe Camargo, fazer as últimas ora-ções, segurar a mão da apresentadora e beijar-lhe a testa. Na chegada ao velório, Roberto Carlos chorou diante da rainha da tevê. “Hebe representa muito para o País. Ela é um sím-bolo de alegria e vai ficar no coração de todos nós. Viva Hebe”, declarou.

Durante quase três horas em que passou no velório, na área reservada aos parentes e amigos, Roberto esteve perto do amigo Tom Cavalcante e sua mulher, Patrícia, e de Suza-na Lamounier, braço direito do cantor e so-gra do humorista. Recebido pela família de

Hebe e pelo governador Geraldo Alckmin, ele também conversou com o apresentador Serginho Groisman, a atriz Bruna Lombar-di, Ronie Von e a atriz Lolita Rodrigues. Foi carinhoso e gentil com o público que se des-pedia de Hebe na fila vagarosa que cruzava o salão do Palácio em torno do caixão. Ao vê-lo ali - tão real e sempre majestoso – as se-nhorinhas de Hebe o saudavam amorosa-mente. Algumas passaram por baixo do cordão de isolamento para abraçá-lo. Uma delas, ao vê-lo conversando com Ronie Von, correu para um abraço: “Vocês são meus amores!” Roberto retribuiu.

A hora era de saudade e, junto com quem conviveu com Hebe em diferentes momen-

tos da vida, o Rei ouviu e relembrou histórias da apresentadora. Escutou atentamente Lo-lita Rodrigues contar passagens com a velha amiga de adolescência e, quando a atriz de 83 anos lhe disse “agora só falta eu”, Roberto a confortou com uma brincadeira carinhosa: “Não tenha pressa.”

Depois de ouvir Serginho Groisman con-tar a força que Hebe lhe deu em seu início de carreira e sorrir com os gracejos de Tom Ca-valcante sobre a rainha da tevê, foi a vez de Roberto relembrar suas histórias com ela, a pedidos. “Quando eu conheci a Hebe, ela ainda não me conhecia”, disse o Rei ensaian-do um riso generoso, quando eu lhe pergun-tei quando tinha sido isso:

• Roberto, quando exatamente você conheceu a Hebe?• Roberto. Quando eu conheci a Hebe, ela ain-da não me conhecia. Ela era cantora e eu a assistia pela televisão. Depois, ela me convi-dou e fui ao programa dela na Record (na es-treia de Hebe, em 1966). Ela me entrevistou. Eu tinha uns 20 e poucos anos. Foi na época da Jovem Guarda. Logo após, eu fui uma se-gunda vez ao programa dela. • Vocês nunca tinham cantado juntos no passado? • Acho que não. Nunca cantamos juntos an-tes. Foi mesmo agora, recentemente. (No es-pecial Elas Cantam Roberto, show no Teatro Municipal de São Paulo em 2009 em homena-gem aos 50 anos de carreira do Rei, e em um show beneficiente em novembro de 2010.) • Naquela época, ela já era loura, já tinha esse jeito Hebe de ser?• Já era loura, tinha esse jeito dela, sim... (Ro-berto franze os olhos e sorri baixando a cabeça,

como se contasse um segredo). Mas ela era mais contida (abre o sorriso e provoca risos em Bruna Lombardi). Mas desde sempre já era uma mulher à frente do seu tempo.

• Ainda não havia os selinhos?Não tinha ainda (risos). • E como vocês se tornaram amigos?Aos poucos. Ela ia muito me ver nos meus shows, sempre estava lá assistindo. • Depois vieram as declarações dela, a paixão declarada por você...• (Roberto sorri) Uma graça ela, muito queri-da. Ela era maravilhosa.

Já eram quase 22h30 e Roberto Carlos agradeceu quando o governador Geraldo Alckmin perguntou-lhe, ao lado da primei-ra-dama Lu Alckmin, se não gostaria de ir até o segundo piso do palácio, onde a família e os amigos próximos serviam-se de alguns aperitivos e descansavam. Disse que ficaria

“mais um pouquinho” no velório da amiga. Ao se despedir de Tom Cavalcante, num momento de descontração, convidou-o para um “racha” entre o seu Lamborghini e o Corvette que presenteou ao humorista em seu aniversário no início do ano. Também provocou Ricardo Almeida, comentando que o estilista bem que lhe avisara que, para andar de moto, tinha de ter começado aos 14 e não aos 60. Às 22h45, com um semblante triste, o Rei olhou no relógio e, junto com seus assessores, foi até Hebe, mais uma vez, dar o seu adeus antes de partir. •

“Quando conheci a Hebe, ela ainda não

me conhecia. Era cantora e eu a assistia pela televisão. Depois fui ao programa dela na Record. Eu tinha

20 e poucos anos. Era na Jovem Guarda.

Naquela época, ela era mais contida”

Roberto Carlos

Tributo

“Recebi hoje, com tristeza, a notícia do falecimento de uma das mais importantes personalidades

da televisão brasileira, a minha querida amiga Hebe Camargo.

Milhares de fãs em todo o Brasil perdem hoje a alegria de Hebe.”

Dilma Rousseff

“A Hebe vai fazer muita falta, não só na televisão, mas no Teleton. De

onde estiver, ela vai agradecer da mesma forma, como agradece todos

os anos, pedindo que as pessoas auxiliem as crianças excepcionais.

Eu me faço seu porta-voz.”Silvio Santos

“Minha maior lembrança é o seu sorriso. Todos os momentos ao

lado da Hebe me marcaram. Era minha amiga e será para sempre.”

Claudia Leitte

“Ela foi guerreira, corajosa, capaz de iluminar qualquer ambiente e

não sumirá da memória e dos corações.”

Tom Cavalcante

“Ela estava sofrendo muito e não ia nem estrear (no SBT). Foi um

gesto muito bonito do Silvio Santos. A Hebe morreu com a felicidade de saber que estava voltando para a

casa que tanto amava.”Carlos Alberto de Nóbrega

“Ela sai de cena deixando espaços vagos na tevê

brasileira, no panteão dos grandes ídolos, no dia a dia da

família, na noite paulistana e no coração dos amigos.”

Lucília Diniz

“Na primeira vez em que fui entrevistada por ela, nos

anos 80, Hebe estava com várias fichas. Perguntei por que tantas, e ela respondeu:

‘É porque é você, Marta. Preciso ter um papo cabeça’.

Ri muito. Ninguém nunca conseguiu chegar perto de sua

espontaneidade e delicadeza para falar de qualquer assunto.”

Marta Suplicy

“Ser velho é muito triste, pois vamos perdendo os amigos.

Sei que a Hebe está bem, mas eu choro porque vou ter muita

saudade. Éramos amigas há 68 anos. Já chegou lá em cima,

puxou um sofá e a primeira pessoa que foi entrevistar foi a Elis Regina, certeza. E ela e a Nair estão morrendo de rir. Eu falei com a Hebe no

hospital quando fui visitá-la. Cantei o Hino da Televisão que ela odiava e ela morreu de rir,

segurando a minha mão.” Lolita Rodrigues

“Hebe Camargo, com sua simpatia e carisma, conquistou

a admiração de gerações de brasileiros e deu uma

contribuição inigualável para a história da televisão no nosso

país. A sua alegria de viver ficará para sempre na nossa

memória. Nesta hora de tristeza, estendemos nossa solidariedade

a sua família, seus amigos e fãs.” dona Marisa Letícia

e Luiz Inácio Lula da Silva

“Perdemos a primeira e única rainha de todas, a nossa gracinha,

linda de viver, apaixonante Hebe. Como eu gostava de receber

aquele abraço, beijo e ouvir aquela risada. Vamos rezar para que

continue com seu ótimo humor onde estiver. Ela deve estar dando

selinhos em todos os anjos. E já está fazendo todo mundo rir lá em cima. Deus sabe o que faz, mas a Hebe vai fazer falta. Ninguém vai

ficar no seu lugar, ela é única.” Xuxa

“Aprendi a viver com ela. Aprendi a ser uma pessoa que não se

abala com as dificuldades. Essa é uma grande lição que a gente leva.

A Hebe deixou o ensinamento de como viver a vida com alegria. Isso foi uma lição para mim.”

Eliana

“Eu tive o privilégio de ser amiga íntima da Hebe, de

dividir momentos dentro da minha casa, dentro de sua

casa, momentos de felicidade. Brindamos muito à vida, como

ela gostava de fazer. A Hebe pegava muito no meu pé, ela era

uma professora maravilhosa, uma mulher espetacular. Ela

não queria que ninguém sofresse e chorasse, mas não dá para

atender a esse pedido. A gente sabe que o show tem

de continuar e é isso o que ela queria. Mas está difícil.

Estou arrasada.” Adriane Galisteu

“A Hebe, para mim, será sempre um exemplo de alegria.

Carinhosa com os amigos e a pessoa mais iluminada e

inspiradora que conheci. É difícil acreditar que não vamos mais

tê-la por perto.”Angélica

“Estou triste, fiz um minuto de silêncio por ela. Éramos amigos pessoais. Uma vez, estávamos em um jantar e contei a ela que

a tinha visto na tevê nos anos 50. Eu disse: ‘Hebe, eu era louco por você.’ Ela adorou, mas ficou muito surpresa e até sem jeito.”

José Serra

A divA por MUiToS

Tributo

“Recebi hoje, com tristeza, a notícia do falecimento de uma das mais importantes personalidades

da televisão brasileira, a minha querida amiga Hebe Camargo.

Milhares de fãs em todo o Brasil perdem hoje a alegria de Hebe.”

Dilma Rousseff

“A Hebe vai fazer muita falta, não só na televisão, mas no Teleton. De

onde estiver, ela vai agradecer da mesma forma, como agradece todos

os anos, pedindo que as pessoas auxiliem as crianças excepcionais.

Eu me faço seu porta-voz.”Silvio Santos

“Minha maior lembrança é o seu sorriso. Todos os momentos ao

lado da Hebe me marcaram. Era minha amiga e será para sempre.”

Claudia Leitte

“Ela foi guerreira, corajosa, capaz de iluminar qualquer ambiente e

não sumirá da memória e dos corações.”

Tom Cavalcante

“Ela estava sofrendo muito e não ia nem estrear (no SBT). Foi um

gesto muito bonito do Silvio Santos. A Hebe morreu com a felicidade de saber que estava voltando para a

casa que tanto amava.”Carlos Alberto de Nóbrega

“Ela sai de cena deixando espaços vagos na tevê

brasileira, no panteão dos grandes ídolos, no dia a dia da

família, na noite paulistana e no coração dos amigos.”

Lucília Diniz

“Na primeira vez em que fui entrevistada por ela, nos

anos 80, Hebe estava com várias fichas. Perguntei por que tantas, e ela respondeu:

‘É porque é você, Marta. Preciso ter um papo cabeça’.

Ri muito. Ninguém nunca conseguiu chegar perto de sua

espontaneidade e delicadeza para falar de qualquer assunto.”

Marta Suplicy

“Ser velho é muito triste, pois vamos perdendo os amigos.

Sei que a Hebe está bem, mas eu choro porque vou ter muita

saudade. Éramos amigas há 68 anos. Já chegou lá em cima,

puxou um sofá e a primeira pessoa que foi entrevistar foi a Elis Regina, certeza. E ela e a Nair estão morrendo de rir. Eu falei com a Hebe no

hospital quando fui visitá-la. Cantei o Hino da Televisão que ela odiava e ela morreu de rir,

segurando a minha mão.” Lolita Rodrigues

“Hebe Camargo, com sua simpatia e carisma, conquistou

a admiração de gerações de brasileiros e deu uma

contribuição inigualável para a história da televisão no nosso

país. A sua alegria de viver ficará para sempre na nossa

memória. Nesta hora de tristeza, estendemos nossa solidariedade

a sua família, seus amigos e fãs.” dona Marisa Letícia

e Luiz Inácio Lula da Silva

“Perdemos a primeira e única rainha de todas, a nossa gracinha,

linda de viver, apaixonante Hebe. Como eu gostava de receber

aquele abraço, beijo e ouvir aquela risada. Vamos rezar para que

continue com seu ótimo humor onde estiver. Ela deve estar dando

selinhos em todos os anjos. E já está fazendo todo mundo rir lá em cima. Deus sabe o que faz, mas a Hebe vai fazer falta. Ninguém vai

ficar no seu lugar, ela é única.” Xuxa

“Aprendi a viver com ela. Aprendi a ser uma pessoa que não se

abala com as dificuldades. Essa é uma grande lição que a gente leva.

A Hebe deixou o ensinamento de como viver a vida com alegria. Isso foi uma lição para mim.”

Eliana

“Eu tive o privilégio de ser amiga íntima da Hebe, de

dividir momentos dentro da minha casa, dentro de sua

casa, momentos de felicidade. Brindamos muito à vida, como

ela gostava de fazer. A Hebe pegava muito no meu pé, ela era

uma professora maravilhosa, uma mulher espetacular. Ela

não queria que ninguém sofresse e chorasse, mas não dá para

atender a esse pedido. A gente sabe que o show tem

de continuar e é isso o que ela queria. Mas está difícil.

Estou arrasada.” Adriane Galisteu

“A Hebe, para mim, será sempre um exemplo de alegria.

Carinhosa com os amigos e a pessoa mais iluminada e

inspiradora que conheci. É difícil acreditar que não vamos mais

tê-la por perto.”Angélica

“Estou triste, fiz um minuto de silêncio por ela. Éramos amigos pessoais. Uma vez, estávamos em um jantar e contei a ela que

a tinha visto na tevê nos anos 50. Eu disse: ‘Hebe, eu era louco por você.’ Ela adorou, mas ficou muito surpresa e até sem jeito.”

José Serra

A divA por MUiToS

Diversão & Arte

14/01/2011 | 95

• O thriller Busca Implacável, produção francesa de 2008, foi primeiro lugar no ranking dos mais vistos quando estreou nos Estados Unidos e, orçado em US$ 25 milhões, arrecadou cerca de US$ 145 milhões. O longa, sobre um pai que busca a filha sequestrada para fazer parte de uma rede de prostituição, ganha agora uma continuação trazendo novamente Liam Neeson como Bryan Mills. Transformado em herói de filme de ação aos 55 anos, o ator acredita que a identificação entre o público e o per-sonagem, que não confia nas autorida-des e age por conta própria, foi o motivo de o filme fazer tanto sucesso. Mas ele não pensa em ter mais continuações. “Daqui a dois anos, terei 62. Não dá para ficar por aí correndo sobre telhados”, diz.

• Você imaginava que Busca Implacável teria esse sucesso, com uma continuação quatro anos depois do primeiro filme?• Nunca. Mesmo quando eu estava filmando o primeiro, mesmo que eu tenha adorado cada minuto, havia uma parte de mim que pensava: “Essa é

só mais uma simples e velha história. Não vai decolar.” Mas foi exatamente o oposto. As pessoas se conectaram com a história.

• O que fez essa conexão tão forte?• Eu não conheço as estatísticas sobre paternidade no mundo, mas vamos dizer que oito em cada dez pessoas são pais. Elas fariam qualquer coisa por seus filhos, especialmente se eles esti-vessem em perigo. Acho que as pesso-as se conectaram com a história em um nível passional. Sim, eu faria o mesmo. Esse tipo de atitude (de pais fazendo qualquer coisa para salvar os filhos) toca não só os homens, mas mulheres também. O primeiro filme foi lançado em 2008. Foi quando aconteceu a crise financeira. Eu acho que, com Busca Implacável, o público viu um cara que não ia chamar as autoridades quando ele estava com problemas, porque elas não eram mais confiáveis. Todo mundo se sentia desse jeito naquele ano. Eu me sentia assim. Não dá para confiar em qualquer um. Certamente, não dá para confiar em banqueiros, em políti-cos. E lá estava um cara que não ia cha-mar a polícia quando algo acontecesse. Ele faria algo por si mesmo. Acredito que as pessoas torceram por ele por-que queriam aquele tipo de atitude.

• Bryan Mills, seu personagem, é bastante vulnerável também. Ele está aterrorizado por causa do que acontece com a filha. • Sim, absolutamente. Nós todos sabemos que há um mercado sexual horrível, mas muito lucrativo. Parece acontecer com pessoas do Leste Europeu, mas acontece também com muitas asiáticas. São meninos e meninas desaparecendo todo ano. Sou embaixador da Unicef e gosto de me envolver com essas questões.

• Ficou com medo de se envolver na sequência do filme?• Bem, os roteiristas foram muito esper-tos. Tive alguns encontros com (o rotei-rista) Luc Besson durante os últimos anos, tivemos um jantar muito agradável na França e começamos a trocar ideias sobre a sequência. O roteiro tem muitos

elementos do primeiro, coisas de que o público gostou e, claro, mais emoções e mais vilões. Então, vão querer ver Bryan tomando uma atitude severa.

• Você se tornou um ator de filmes de ação, algo que poucas pessoas espera-vam, mesmo que você já tivesse feito filmes de ação no passado. • Sim, com certeza. Fiz alguns filmes de cowboys e de luta. Eu acho que Star Wars é um filme de ação. Eu estava com 55 anos quando fiz Busca Implacável. Eu mantenho uma forma física razoável e, em parte por causa disso, continua-vam a me oferecer roteiros de filmes de ação. Isso é ótimo. Mas dou mais dois anos antes de os meus joelhos começarem a me dar problemas.

• Acha que Busca Implacável vai ser uma franquia que vai durar por algum tempo, como Difícil de Matar? • Acho que não. Eles começariam a ficar chatos. Daqui a dois anos, terei 62. Não dá para ficar por aí correndo sobre telhados. Mas, vamos ver.

‘‘O primeiro filme foi lançado em 2008. Foi quando aconteceu a crise financeira. O público viu um cara que não ia chamar as autoridades quando ele estava com problemas, porque elas não eram mais confiáveis. Todo mundo se sentia desse jeito”

cinema • LIAM NEESONavalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom

★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

liam NeesoN revela que Não acreditava

que o primeiro filme teria sucesso por ser uma história simples e aNtiga

Estrelando a sequência

Busca Implacável 2, o ator

conta que, quando fez o

primeiro filme, também não

confiava em autoridades, diz

como se sente ao virar um

herói de ação depois dos

50 e diz que novos filmes

como esse deverão ficar mais

escassos em função da idade

“não dá prA FicAr pOr Aí

cOrrEndO sOBrE tElhAdOs”

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

• Mas a atividade física que esse tipo de filme requer vai mantê-lo em forma. • Esse é um dos motivos pelos quais eu adoro esses filmes. Claro que tenho um dublê brilhante, Mark Vanselow, que é meu parceiro e faz parte da minha vida professional há 12 ou 13 anos. Ele faz a parte mais difícil, mas eu gosto de fazer as lutas. Fui boxeador quando criança. Adoro fazer essas coisas, desde que pareça ok.

• Você treina luta ou foca na coreografia das cenas? • Na coreografia. E estudo um pouco sobre de onde aquele tipo particular de luta veio. Essencialmente, nós coreografamos as lutas e se encontra-mos alguns movimentos difíceis para mim, por causa do meu tamanho, da minha forma, nós mudamos. Nós treinamos, mas fazemos parecer mais confuso para não ficar como as lutas do Jackie Chan. É brilhante o que ele faz, mas o que fazemos precisa parecer real e confuso. •AF

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Diversão & Arte

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• O thriller Busca Implacável, produção francesa de 2008, foi primeiro lugar no ranking dos mais vistos quando estreou nos Estados Unidos e, orçado em US$ 25 milhões, arrecadou cerca de US$ 145 milhões. O longa, sobre um pai que busca a filha sequestrada para fazer parte de uma rede de prostituição, ganha agora uma continuação trazendo novamente Liam Neeson como Bryan Mills. Transformado em herói de filme de ação aos 55 anos, o ator acredita que a identificação entre o público e o per-sonagem, que não confia nas autorida-des e age por conta própria, foi o motivo de o filme fazer tanto sucesso. Mas ele não pensa em ter mais continuações. “Daqui a dois anos, terei 62. Não dá para ficar por aí correndo sobre telhados”, diz.

• Você imaginava que Busca Implacável teria esse sucesso, com uma continuação quatro anos depois do primeiro filme?• Nunca. Mesmo quando eu estava filmando o primeiro, mesmo que eu tenha adorado cada minuto, havia uma parte de mim que pensava: “Essa é

só mais uma simples e velha história. Não vai decolar.” Mas foi exatamente o oposto. As pessoas se conectaram com a história.

• O que fez essa conexão tão forte?• Eu não conheço as estatísticas sobre paternidade no mundo, mas vamos dizer que oito em cada dez pessoas são pais. Elas fariam qualquer coisa por seus filhos, especialmente se eles esti-vessem em perigo. Acho que as pesso-as se conectaram com a história em um nível passional. Sim, eu faria o mesmo. Esse tipo de atitude (de pais fazendo qualquer coisa para salvar os filhos) toca não só os homens, mas mulheres também. O primeiro filme foi lançado em 2008. Foi quando aconteceu a crise financeira. Eu acho que, com Busca Implacável, o público viu um cara que não ia chamar as autoridades quando ele estava com problemas, porque elas não eram mais confiáveis. Todo mundo se sentia desse jeito naquele ano. Eu me sentia assim. Não dá para confiar em qualquer um. Certamente, não dá para confiar em banqueiros, em políti-cos. E lá estava um cara que não ia cha-mar a polícia quando algo acontecesse. Ele faria algo por si mesmo. Acredito que as pessoas torceram por ele por-que queriam aquele tipo de atitude.

• Bryan Mills, seu personagem, é bastante vulnerável também. Ele está aterrorizado por causa do que acontece com a filha. • Sim, absolutamente. Nós todos sabemos que há um mercado sexual horrível, mas muito lucrativo. Parece acontecer com pessoas do Leste Europeu, mas acontece também com muitas asiáticas. São meninos e meninas desaparecendo todo ano. Sou embaixador da Unicef e gosto de me envolver com essas questões.

• Ficou com medo de se envolver na sequência do filme?• Bem, os roteiristas foram muito esper-tos. Tive alguns encontros com (o rotei-rista) Luc Besson durante os últimos anos, tivemos um jantar muito agradável na França e começamos a trocar ideias sobre a sequência. O roteiro tem muitos

elementos do primeiro, coisas de que o público gostou e, claro, mais emoções e mais vilões. Então, vão querer ver Bryan tomando uma atitude severa.

• Você se tornou um ator de filmes de ação, algo que poucas pessoas espera-vam, mesmo que você já tivesse feito filmes de ação no passado. • Sim, com certeza. Fiz alguns filmes de cowboys e de luta. Eu acho que Star Wars é um filme de ação. Eu estava com 55 anos quando fiz Busca Implacável. Eu mantenho uma forma física razoável e, em parte por causa disso, continua-vam a me oferecer roteiros de filmes de ação. Isso é ótimo. Mas dou mais dois anos antes de os meus joelhos começarem a me dar problemas.

• Acha que Busca Implacável vai ser uma franquia que vai durar por algum tempo, como Difícil de Matar? • Acho que não. Eles começariam a ficar chatos. Daqui a dois anos, terei 62. Não dá para ficar por aí correndo sobre telhados. Mas, vamos ver.

‘‘O primeiro filme foi lançado em 2008. Foi quando aconteceu a crise financeira. O público viu um cara que não ia chamar as autoridades quando ele estava com problemas, porque elas não eram mais confiáveis. Todo mundo se sentia desse jeito”

cinema • LIAM NEESONavalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom

★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

liam NeesoN revela que Não acreditava

que o primeiro filme teria sucesso por ser uma história simples e aNtiga

Estrelando a sequência

Busca Implacável 2, o ator

conta que, quando fez o

primeiro filme, também não

confiava em autoridades, diz

como se sente ao virar um

herói de ação depois dos

50 e diz que novos filmes

como esse deverão ficar mais

escassos em função da idade

“não dá prA FicAr pOr Aí

cOrrEndO sOBrE tElhAdOs”

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

• Mas a atividade física que esse tipo de filme requer vai mantê-lo em forma. • Esse é um dos motivos pelos quais eu adoro esses filmes. Claro que tenho um dublê brilhante, Mark Vanselow, que é meu parceiro e faz parte da minha vida professional há 12 ou 13 anos. Ele faz a parte mais difícil, mas eu gosto de fazer as lutas. Fui boxeador quando criança. Adoro fazer essas coisas, desde que pareça ok.

• Você treina luta ou foca na coreografia das cenas? • Na coreografia. E estudo um pouco sobre de onde aquele tipo particular de luta veio. Essencialmente, nós coreografamos as lutas e se encontra-mos alguns movimentos difíceis para mim, por causa do meu tamanho, da minha forma, nós mudamos. Nós treinamos, mas fazemos parecer mais confuso para não ficar como as lutas do Jackie Chan. É brilhante o que ele faz, mas o que fazemos precisa parecer real e confuso. •AF

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5/set/2012ano 13

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