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1 Iº ENCONTRO NACIONAL FLORA E VEGETAÇÃO DE ANGOLA 31 de Outubro – 1 de Novembro de 2011 Hotel Trópico, Luanda Programa 3 Resumos Painel I - Tipos de vegetação de Angola 9 Resumos Painel II – Etnobotânica 17 Resumos Painel III – Mesa Redonda - Rede de Cooperação de Estudos de Flora - um caminho para a Conservação da Biodiversidade 27 Resumos de Posters 31 Lista de participantes e autores 37

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Iº ENCONTRO NACIONAL

FLORA E VEGETAÇÃO DE ANGOLA

31 de Outubro – 1 de Novembro de 2011

Hotel Trópico, Luanda

Programa 3

Resumos Painel I - Tipos de vegetação de Angola 9

Resumos Painel II – Etnobotânica 17

Resumos Painel III – Mesa Redonda - Rede de Cooperação de Estudos de Flora - um caminho para a Conservação da Biodiversidade 27

Resumos de Posters 31

Lista de participantes e autores 37

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PROGRAMA

31 de Outubro de 2011 - Manhã

08h30 - Chegada dos Convidados e Participantes

09h00 - Sessão de Abertura

- Hino Nacional

- Momento Cultural

- Mensagem da Associação Angolana dos Biólogos

09h30 - Sobre os objectivos do Encontro: Prof.ª Esperança da Costa

- Intervenção do Reitor da Universidade Agostinho Neto - Prof. Orlando da Mata

- Discurso de Abertura: S. E. Ministra do Ensino Superior Ciência e Tecnologia - Prof.ª Cândida Teixeira

10h45-11h00 - Intervalo para café

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PAINEL I – TIPOS DE VEGETAÇÃO DE ANGOLA

Moderador - Eng. Syanga Abílio - Vice Ministro do Ambiente

11h00 - A Importância dos Ecossistemas de Mangais no Desenvolvimento Sustentado de Angola MSc. Manuela Pedro, Centro de Botânica - UAN

11h15 - Caracterização e Monitorização da Biodiversidade em

Ecossistemas Tropicais: Contribuição do Instituto de Investigação Científica Tropical

Doutora Maria Romeiras - IICT, Portugal

11h30 - Importância Ecofisiológica das florestas. Das moléculas à Biosfera

Prof. Joaquim Laureano - Univ. José Eduardo dos Santos (UJES)

11h45 - Novidades Sobre a Flora e a Vegetação costeira do Namibe MSc. João Cardoso - UJES

12h00 - Degradação das Florestas e Alterações Climáticas. Doutor Andreas Per Gyllenhamma - Universidade de

UPSALA - Suécia

12h15 – A biodiversidade e os ecossistemas de Angola: recursos a valorizar, um património a preservar Doutora Cristina Branquinho - Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa

12h30 – Debate

13h00 - Intervalo para Almoço

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31 de Outubro de 2011 - Tarde

PAINEL II – ETNOBOTÂNICA

Moderador – MSc. Conceição Sango - Provedora Adjunta de Justiça

14h00 - A Utilização de Recursos Fitogenéticos para mitigar os efeitos de Mudanças Climáticas Prof.ª Elizabeth Matos, Directora do Centro de Recursos

Fitogenéticos da UAN

14h15 – Validação Científica de Usos Tradicionais de Plantas Medicinais angolanas

Prof.ª Rosalina Mata, FC - UAN

14h30 – Anacardium occidentale e o Tratamento da Diabetes Prof.ª Cristina Borges, FC - UAN

14h45 - Actividade Bioterapêutica de plantas Medicinais Angolanas Prof. Pedro Catarino - Universidade Katyavala

15h00 - Protocolo de Nagoya sobre o Acesso aos Recursos Genéticos e Partilha equitativa resultantes da utilização destes recursos para a Conservação da Diversidade Biológica

Dr.ª Paula Francisco (MINAMB)

15h20 – Debate

Intervalo

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Moderador: Prof. António Eduardo Vice- Reitor da UJES

15h45 - Flora e Vegetação Tropicais: Experiências da Guiné-Bissau e Novos Desafios para Angola

Doutor Luís Catarino - IICT, Portugal

16h05 - Caracterização da Biodiversidade Vegetal em Parcelas Amostrais do Miombo de Angola

Prof. André Ndjamba - UJES

16h20 - Plantas Utilizadas para o Artesanato em Luanda Paulo Adão, Estudante Finalista de Biologia - UAN

16h40- Debate

1 de Novembro de 2011 - Manhã

Painel III – Mesa Redonda - Rede de Cooperação de Estudos de Flora- um caminho para a Conservação da Biodiversidade

Moderador: Prof. José Pedro - Vice-Reitor da UAN.

09h00 – Drª. Maria Paulo – Angola LNG

09h20 – BioZaire - Biodiversidade na Província do Zaire: Cartografia e Orientações para a sua Conservação Valorização Prof.ª Esperança da Costa, FC - UAN

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09h30 - Papel da Detecção Remota na Identificação das Formações Vegetais

Prof. Humberto Gonçalves, FC - UAN

09h45 - Governo Provincial do Zaire

10h05 - Financiamento de Estudos de Biodiversidade - PNUD

10h25 – S. E. Ministra da Cultura Dr.ª Rosa Cruz e Silva

10h40 - Debate

11h00 - Intervalo

11h20 - Encerramento

- Intervenção do Decano da Faculdade de Ciências da UAN

- Síntese e Recomendações

- Discurso de Encerramento, S. E. Ministra do Ambiente Drª. Fátima Jardim

12h20 - Cocktail

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RESUMOS

Painel I

TIPOS DE VEGETAÇÃO DE ANGOLA

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A IMPORTÂNCIA DOS ECOSSISTEMAS DE MANGAIS NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DE ANGOLA

Manuela Pedro e Esperança da Costa

Centro de Botânica – Universidade Agostinho Neto, Av. Revolução de Outubro, Prédio CNIC, 1º andar, Luanda

Os mangais são florestas de espécies lenhosas, ocorrem em zonas costeiras das regiões tropicais e sub-tropicais dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. Esta distribuição mundial, quase exclusivamente tropical, sugere uma limitação relacionada com a temperatura. Em África os mangais ocorrem em ambas as costas, ocidental e oriental. Em Angola particularmente os Mangais ocorrem no Norte do País, em Cabinda, nomeadamente na foz dos rios Lubinda e Chiluango e na foz do Rio Zaire, desde o Soyo até cerca de 60 km para montante, próximo de Pedra do Feitiço, estando presente também nos estuários dos rios M’Bridge, Loge, Dande e Cuanza. O Presente trabalho refere a estrutura dos mangais na costa angolana, sua ecologia, e cartografia. Recorrendo a utilização de fotografias aéreas e de imagem satélite, é ainda analisado o grau de degradação deste ecossistema em algumas partes do País. É referida a elevada importância dos mangais e o impacto sócio económico nas comunidades locais. Finalmente é referida a componente ambiental nomeadamente a importância deste ecossistema para a adaptação do País às alterações climáticas.

Palavras-chave: Mangais, Biodiversidade, Adaptação, Alterações climáticas, Viveiros de reprodução

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CARACTERIZAÇÃO E MONITORIZAÇÃO DA BIODIVERSIDADE EM ECOSSISTEMAS TROPICAIS: CONTRIBUIÇÃO DO INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO

CIENTÍFICA TROPICAL

Maria Manuel Romeiras, Luís Catarino, Rui Figueira, Maria Cristina Duarte

Jardim Botânico Tropical, Instituto de Investigação Científica Tropical, Trav. Conde da Ribeira, 9, 1300-142 Lisboa, Portugal O Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) é o mais antigo organismo português dedicado à investigação nas áreas tropicais, tendo tido origem na Comissão de Cartografia, criada em 1883. Vocacionado para trabalhar em prol dos países das regiões tropicais, em particular, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), tem actualmente entre os seus principais objectivos desenvolver e apoiar projectos de investigação para o desenvolvimento e disponibilizar digitalmente o vasto património histórico e científico de que é detentor a toda a comunidade científica. Dos vários Centros de Actividades do IICT, o Jardim Botânico Tropical (JBT) tem como principal missão o conhecimento e estudo da biodiversidade e dos ecossistemas tropicais. A conservação de espécies e de habitats, os estudos taxonómicos, a gestão e uso sustentado dos recursos biológicos fazem, actualmente, parte das prioridades de investigação. Para além destas, as áreas da etnobotânica e da agrobiodiversidade destacam-se pelo renovado interesse pelas plantas medicinais e pela valorização das espécies alimentares usadas localmente ou das variedades melhoradas ao longo de séculos pelas populações nativas. Com o actual desenvolvimento de tecnologias de informação, as colecções biológicas, reunidas e preservadas durante decénios, são objecto de enorme interesse, tornando-se possível a sua divulgação à escala global através da Internet, o que facilita a sua utilização nas áreas da sistemática, da monitorização ambiental e da modelação ecológica, entre outras. Acresce, ainda, o papel do JBT na formação e capacitação de quadros de investigadores e técnicos dos países da CPLP. Na palestra são referidas algumas das áreas científicas de intervenção do JBT, e mostrados alguns dos projectos que têm vindo a ser desenvolvidos no âmbito do estudo e conservação dos recursos vegetais em regiões tropicais. Será discutida a potenciação do conhecimento existente e recursos disponíveis para desenvolvimento de novas aplicações em Angola, nomeadamente face aos desafios colocados pelas alterações climáticas, nos domínios da conservação e valorização da biodiversidade.

Palavras-chave: Flora de Angola, CPLP, Colecções Biológicas, Biodiversidade

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IMPORTÂNCIA ECOFISIOLÓGICA DA FLORESTA, DAS MOLÉCULAS À BIOSFERA

Joaquim Lauriano

Docente da Faculdade de Agronomia, Universidade José Eduardo dos Santos, Assessor da Ministra do Ambiente

O trabalho tem como objectivo apresentar ideias para um debate sobre a importância das plantas ao nível fisiológico. Compreender a forma como as reacções que acontecem cem ao nível molecular das plantas se repercutem na biosfera. Assim achamos que a visão sistémica do mundo é o caminho a seguir para que uma vez descodificados os segredos moleculares, melhor entenderemos o papel das plantas e de todos seres para o equilíbrio dos ecossistemas. Começaremos por apresentar a “função clorofilina” como ponto central da bioenergética, com o objectivo de ressaltar a importância das plantas verdes e das florestas na estabilização da luz solar em compostos orgânicos, a base de sustento de toda a vida. Depois apresentaremos o segundo motivo de discussão centrado nas implicações da libertação de O2 no decurso do processo fotossintético, com o objectivo de ressaltar o facto de como uma simples reacção molecular, como a reacção de Hill, pode condicionar uma entidade de tão grande dimensão como é a Biosfera e toda a sua evolução. Ressaltar o que significou para ela a presença do O2

na sua atmosfera. Finalmente o último ponto deste contributo tem como objectivo analisar os contornos de como a vegetação condiciona aspectos importantes da ecologia e da distribuição de recursos como sejam: estrutura trófica, relações ecológicas, biodiversidade, sequestro de carbono, pedogénese, etc.

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NOVIDADES SOBRE A FLORA E A VEGETAÇÃO COSTEIRA DO NAMIBE (SUDOESTE DE ANGOLA)

João Francisco Cardoso1, José Carlos Costa2, Maria Fernanda Pinto Basto3, Maria Cristina Duarte3, Ilídio Moreira †2

1 Universidade José Eduardo dos Santos, Faculdade Ciências Agrárias. Huambo, Angola. [email protected] 2 Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia, Centro de Botânica Aplicada à Agricultura (CBBA), Lisboa, Portugal. [email protected] 3 Instituto de Investigação Científica Tropical, Jardim Botânico Tropical, Trav. Conde da Ribeira 9, 1300-142 Lisboa, Portugal. [email protected]

No presente trabalho apresentam-se os resultados preliminares do estudo realizado sobre a flora e a vegetação costeira entre o Namibe e Tombwa. Segunda a classificação bioclimática da terra de Rivas-Martínez, o bioclima da área de estudo é tropical desértico, termo tropical superior, hirperárido inferior. Neste território observámos, pela primeira vez, a espécie Brownanthus pseudoschlichtianus; este género não estava referido para a flora de Angola. Também se anotou a presença de Sarcocornia natalensis var. affinis. Nas dunas móveis junto a Tombwa ocorre uma comunidade formada por Sesuvium mesembryanthemoides, Sporobolus

virginicus e Leucophyrs psammophila. Nas dunas fixas a vegetação é caracterizada por Brownanthus pseudoschlichtianus, Odyssea paucinervis e Lycium tetrandrum.

Nas paleodunas do Namibe, entre o Aeroporto e a cidade, observa-se uma comunidade nanofanerofítica dominada por Euphorbia virosa acompanhada de Stipagrostis hochstetterana var. secalina e Hoodia currori que, nas depressões mais húmidas, se enriquece com Sarcostemma viminale. Na saída para o Lubango, em areias, encontra-se uma comunidade dominada pelo endemismo angolano Euphorbia congestiflora. Nos sapais e salgados observam-se uma série de comunidades: uma dominada por Sarcocornia natalensis var. affinis em locais baixos e inundados diariamente; outra dominada por Sesuvium sesuvioides; uma terceira, em locais arenosos inundados por águas salobras, dominada por Odyssea

paucinervis; e, por último, nos locais mais elevados e nunca inundados ocorre, frequentemente, comunidades monoespecíficas de Suaeda fruticosa ou, mais raramente, com Juncus rigidus quando existem aquíferos de água salobra. Neste trabalho, apresentam-se, ainda, algumas notas sobre as comunidades com Welwitschia mirabilis.

Palavras-chave: Biodiversidade, Ecologia da vegetação, Sapais, Vegetação de dunas

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A BIODIVERSIDADE E OS ECOSSISTEMAS DE ANGOLA: RECURSOS A VALORIZAR, UM PATRIMÓNIO A PRESERVAR

Cristina Branquinho, Cristina Cruz, Cristina Máguas

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, E-mail [email protected]

É reconhecida a importância da biodiversidade como um dos princípios de funcionamento e da sustentabilidade dos ecossistemas. Mais biodiversidade pode implicar maior produtividade, maior estabilidade na dinâmica das populações e maior resiliência às alterações globais. Porém, a escala de intervenção da actividade humana tem aumentado, gerando impactos a nível global e local a um ritmo cada vez mais acelerado – “ (...) we are changing the earth more rapidly than

we understand it. (...)” (Vitousek et al., 1997). Esta mudança acelerada, muitas vezes associada à perda de biodiversidade, fragiliza os ecossistemas reduzindo os serviços ambientais prestados ao Homem. Assim, a avaliação económica, como a tentativa de atribuir valores quantitativos aos bens e serviços prestados pelos ecossistemas naturais, assume um papel importante, no sentido em que permite à sociedade tomar consciência de um vasto conjunto de serviços de que usufrui gratuitamente, o que por sua vez pode permitir ultrapassar o problema de uma gestão ineficiente dos recursos. Neste contexto serão apresentados exemplos de quantificação de serviços dos ecossistemas, de avaliações económicas e de estudos sócio-ecológicos no âmbito da biodiversidade e da conservação da natureza. Serão apresentadas propostas de que como estas metodologias poderão ser aplicadas para avaliação socioeconómica dos ecossistemas e agrosistemas Angolanos. Serão ainda apresentados factores chave a ter em conta na valorização da diversidade vegetal de Angola de forma a valorizar o seu património natural desde a diversidade genética à diversidade de interacções bióticas e abióticas ao nível do ecossistema numa perspectiva de desenvolvimento sustentável.

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RESUMOS

Painel II

ETNOBOTÂNICA

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A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS FITOGENÉTICOS PARA MITIGAR OS EFEITOS DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Elizabeth M. Matos

Docente da Faculdade de Ciências e Directora do Centro de Recursos Fitogenéticos da Universidade Agostinho Neto

Este trabalho considera os impactos e as implicações das mudanças climáticas para a gestão e a utilização de recursos fitogenéticos para alimentação e a agricultura e para a biodiversidade associada, e sua importância para a segurança alimentar em geral e especificamente para Angola. As previsões de mudanças climáticas incluem aumento de temperaturas entre 1,6°C e 6°C até 2050; aumento global de precipitação, mas com algumas áreas a receber menos precipitação anual enquanto outras recebem muito mais; mudanças nas datas do inicio e fim dos períodos de crescimento, e aumento na ocorrência de acontecimentos climáticos extremos. É previsto que estas mudanças terão amplos impactos sobre agricultura, com muitos países Africanos sendo particularmente vulneráveis, devido a limitadas capacidades económicas e instituições para adaptar. Prevê-se importantes riscos para a biodiversidade silvestre, incluindo para parentes silvestres de espécies cultivadas. Angola, sendo um país com uma ampla variedade de ecoregiões e zonas agrícolas, e associada variabilidade de recursos genéticos de plantas silvestres e culturas, pode ter maior potencial para mitigar alguns efeitos das mudanças climáticas. Os assuntos principais que precisam de atenção em Angola são as necessidades de aumentar: O germoplasma conservado em bancos genéticos para ajudar os agricultores a adaptar às mudanças climáticas; procurar diferentes características, incluindo resistência a seca, a inundações, resistência a altas temperaturas, ciclos de crescimentos variáveis; ampliar e consolidar as colecções de espécies silvestres, incluindo as variedades locais e parentes silvestres de culturas; revisão das estratégicas e prioridades para melhoramento; proteger de extinção espécies endémicas e as de adaptações estreitas; promover a manutenção da diversidade genética e a troca de sementes entre agricultores em regiões distantes; rever as políticas internacionais para facilitar acesso a mais materiais genéticos, devido ao aumento na interdependência causada pelas alterações climáticas.

Palavras-chave: RFAA (Recursos Fitogenéticos para alimentação e agricultura), Mitigação de mudanças climáticas, Interdependência regional e global, Segurança alimentar

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VALIDAÇÃO CIENTIFICA DE USOS TRADICIONAIS DE PLANTAS MEDICINAIS ANGOLANAS

Rosalina C. S. Mata1. Dina L. M. Mendonça2. António E. G. Santana3

1 Departamento de Química. Universidade Agostinho Neto. Luanda-Angola [email protected] 2 Departamento de Química. Universidade da Beira Interior. 6200 Covilhã. Portugal 3 Laboratório de Pesquisa em Recursos Naturais. Departamento de Química. CCEN-UFAL

Na procura de novas drogas para o controle de doenças e pragas, as plantas são sempre tidas como alternativas. Se por um lado, quando comparadas com medicamentos e pesticidas sintéticos, elas causam menos danos ao meio ambiente. Por outro lado, por serem endémicas os custos de tratamento dos focos são mais baixos. Doenças como Shistossomiase e malária matam milhares de pessoas em todo mundo. Neste trabalho, uma espécie Euphorbia conspícua, Família Euphorbiaceae, planta endémica em Angola, destacado na medicina tradicional, por seu uso no combate a dermatites e leprosis da pele, e a espécie Cassia occidentalis, família Fabaceae (Leguminosae) planta largamente utilizada no tratamento de paludismo, como tónico, durante a convalescença pós-paludismo e aplicadas externamente nas feridas, fungos, doenças da pele, abcessos, e como analgésico e anti-inflamatório, foram submetidos a estudos fotoquímicos, visando o isolamento e identificação de seus componentes químicos e suas actividades moluscicida e farmacológicas. Os estudos mostraram que a Euphorbia conspicua é uma alternativa eficaz no controlo do molusco vector do Shistossoma, parasita causador do shistossomiase, doença que afecta mais de 200 milhões de pessoas. O látex e as fracções irritantes da planta foram consideradas letais a 100µg⁄mL contra cercaria de Schistossoma mansoni e LC50 a <10 µg⁄mL contra Artemina salina. Do estudo de Cassia occidentalis possibilitou o isolamento de vários esteróis. A partir do estudo C. occidentalis “entende-se” a razão do uso desta planta no tratamento de doenças da pele, cicatrizante, desinfectante e febrífugo, uma vez que as suas folhas são ricas em esteróis, uma classe de compostos cujos estudos científicos já confirmaram a sua actividade contra fungos, bactérias, câncer e malária.

Palavras-chave: Euphorbia conspicua, Cassia. occidentalis, Látex, Moluscicidade, Diterpenos, Esteróis

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ANACARDIUM OCCIDENTALE E O TRATAMENTO DA

DIABETES

Cristina Maria Póvoa Borges

Universidade Agostinho Neto - Faculdade de Ciências - Departamento de Química; Av. 4 de Fevereiro nº 71, 3º andar. C.P. nº 3244, Luanda, Angola; [email protected]

Considerada a partir de 1997, pela OMS e outros organismos internacionais de saúde, como um problema de saúde pública; a diabetes, devido aos custos e sofrimentos impostos por suas complicações, é um dos maiores desafios para os governos dos países no século XXI. Até meados do século passado, a pesquisa para o desenvolvimento de novos fármacos era baseada na síntese química de novas substâncias e no estudo da sua actividade farmacológica. Contudo, os produtos de origem natural apresentam uma maior diversidade molecular e a função biológica. Daí, o estudo dessas substâncias e suas Anacardium occidentale pertencente à família Anacardaceae é desde há muito utilizado no tratamento de cólicas (folhas), antiséptico, antibacterial, adstringente, contra ulceras estomacais, contra infecções dos olhos, diurético, febrifugo, purgante, tónico, hipotensivo, antidiabetico. [1] Num estudo realizado sobre o efeito protector do extracto aquoso verificou-se que este pode estar directamente envolvido na inibição do STZ, competindo com este na associação aos receptores de glucose nas células β da membrana. [2] Já os compostos isolados: Stigmast-4-en-3-ol e Stigmast-4-en-3-ona poderão actuar impedindo a absorção de glucose por um lado e impedindo a quebra acentuada de açúcares por outro. [3]

Agradecimentos: UAN, INABE, FCT, UBI, POCTI 39380/QUI/2001

[1] http://www.rain-tree.com/cajueiro.htm 09/11/05 [2] Kamtchouing P, Sokeng SD, Moundipa PF, Watcho P, Jatsa HB, Lontsi D,

Protective role of Anacardium occidentale extract against streptozotocin-induced diabetes in rats, Jornal of Ethnopharmacology, 1998, 62 (2): 95-99

[3] Alexander-Lindo RL, Morrison EYS, Nair MG, Hypoglycaemic effect of stigmast-4-en-3-one and its corresponding alcohol from the bark of Anacardium occidentale (Cashew), Phytotherapy Research, 2004, 18 (5): 403-407

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ACTIVIDADE BIOTERAPÊUTICA DE PLANTAS MEDICINAIS ANGOLANAS

Soares, M.O.1,2; Vinha, A.F.1,2; Pires, P.2,3, Catarino, P.4

1 - Departamento de Biologia Funcional e Ciências da Saúde, Universidade de Vigo, Espanha 2 - Centro de investigação e Tecnologias da Saúde (CITS)-IPSN/CESPU, Portugal 3 - Instituto Superior Politécnico de Benguela – PEA, Benguela, Angola. 4 - Universidade Katyavala

Os resultados apresentados neste trabalho demonstram que as plantas medicinais Angolanas têm diversas acções terapêuticas, muitas não descritas no seu uso tradicional. O extracto aquoso do Chá de cachinde apresenta um efeito antioxidante elevado e um efeito bactericida. O presente trabalho foi o primeiro a claramente demonstrar que o óleo essencial de Cymbopogon citratus inibe o crescimento do Staphylococcus aureus MRSA, agente patogénico responsável pela maioria das infecções nosocomiais, com concentrações aproximadas de 0,92mM, assim como o St. epidermidis resistente à vancomicina, e a Escherichia coli, transmitido por contaminação fecal-oral, e causadores de infecções hospitalares, que apresentam elevada sensibilidade a este óleo. Estudos utilizando outras plantas demonstraram a actividade anti-hipercolesterolémica do extracto aquoso da raiz de borututu, associado à sua acção adelgassante, bem como a múcua que se apresenta como um fruto com elevado poder nutricional e é utilizado como um importante agente terapêutico por apresentar actividade hipoglicemiante, de rehidratação, antidiarreica. Palavra-chave: Etnofarmacologia, Múcua, Cachinde, Embondeiro, MRSA, Bactericida, Antiglicemiante, Hipocolesterolémico

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PROTOCOLO DE NAGOYA SOBRE O ACESSO AOS RECURSOS GENÉTICOS E PARTILHA EQUITATIVA RESULTANTES DA UTILIZAÇÃO DESTES RECURSOS PARA A CONVENÇÃO DA

DIVERSIDADE BIOLÓGICA Dr.ª Paula Francisco

Directora Nacional da Biodiversidade (MINAMB)

Adoptado aos 29 de Outubro de 2010 em Nagoya Japão, o Protocolo de Nagoya tem como base a implementação do terceiro (3) objectivo do Summit Mundial sobre o Desenvolvimento Sustenatvel e os Artigos 15 (Acesso aos Recuros Geneticos) e 8 (Conhecimento Tradicional), bem comos os três (3) obejctvos da Convenção da Diversidade Biologica. Com enfasis no terceiro (3) objectivo da Convenção da Diveridade Biologica, o Protocolo de Nagoya, providencia a base juridica legal transparente para os providenciadores e usuarios dos rescursos geneticos. As inovações do Protocolo de Nagoya (comparatrivo a outros Protocolos ex: Protocolo de Cartagena) são as obrigações especificas que suportam o Protocolo de Nagoya, quer entram em concordancia com a legislação nacional tendo em conta os requisitos e regulamentos de cada País parte da Convenção da Diversidade Biologica, da forma e ou maneira de providenciar recuros geneticos e obrigações contratuais que são reflectiddas nos acordos mutuos. As previsões concordadas bem como as estabelecidas podem providenciar as condicções predictas para o acesso aos recursos geneticos que irao contribuir para assegurar a partilha de beneficios quando os recuros são providenciados por um Pais Parte da Convenção. De igual modo o Protocolo de Nagoya, preve o acesso ao conhecimento tradicional que é austentado pelas comunidades indigenas e locais quando associadas aos recuros geneticos que possibilita estas comunidades de beneficiar do uso dos seus conceheimentos, inovações e praticas. Assim, com a promoção e reconheciemnto tradicional do uso dos conhecimentos tradicionais e recuros geneticos das comunidades, o Protocolo de Nagoya visa criar sinergias e incentivo para a conservação da diversidade biológica, bem como o uso sustentável dos seus recursos para posterior desenvolvimento sustentável e bem-estar.

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FLORA E VEGETAÇÃO TROPICAIS: EXPERIÊNCIAS DA GUINÉ-BISSAU E NOVOS DESAFIOS PARA ANGOLA

Luís Catarino, Rui Figueira, Maria Manuel Romeiras, Maria Cristina Duarte

Jardim Botânico Tropical, Instituto de Investigação Científica Tropical, Trav. Conde da Ribeira, 9, 1300-142 Lisboa, Portugal

Ao longo das últimas décadas a equipa do Jardim Botânico Tropical (JBT) do IICT tem desenvolvido projectos na Guiné-Bissau no âmbito da biodiversidade e ecologia da vegetação em colaboração com várias entidades locais, tanto governamentais como ONGs. Como resultado destes projectos foram publicados, nas últimas duas dezenas de anos, trabalhos em várias áreas relacionadas com a flora e a vegetação do país, com a utilização das plantas para fins medicinais e alimentares e com o estudo das infestantes das culturas agrícolas de sequeiro e de bolanha, entre outras. Ecossistemas particularmente importantes para a conservação como as florestas do Cantanhez, a vegetação do arquipélago dos Bijagós e a dos Parques Naturais das Lagoas de Cufada e dos Tarrafes de Cacheu foram objecto de estudo tendo em vista aprofundar os conhecimentos sobre a sua composição, estrutura e funcionamento. Mais recentemente têm sido executados projectos e consultorias no âmbito da ecologia da vegetação, da cartografia da vegetação e da ocupação do solo, da quantificação da biomassa e do carbono armazenados na vegetação florestal e da elaboração e implementação de planos de monitorização de ecossistemas, em particular mangais e florestas costeiras. Outra vertente que tem sido privilegiada é a capacitação de quadros guineenses, nomeadamente com a orientação de teses de pós-graduação e a realização de estágios e acções de formação, tanto em Portugal como na Guiné-Bissau. Em resultado do sucesso científico e da boa interacção institucional, as actividades vão prosseguir, prevendo-se para 2012 o arranque de novos projectos de investigação. A experiência adquirida e os resultados relevantes obtidos na Guiné-Bissau constituem mais-valias para o desenvolvimento de novos projectos em ecossistemas de outras regiões tropicais, nomeadamente em Angola, onde com parceiros locais, e em particular com o Centro de Botânica da UAN, se espera poder vir a contribuir para melhorar o conhecimento e conservação da biodiversidade no país.

Palavras-chave: Guiné-Bissau, Vegetação, Alterações do coberto do solo, Etnobotânica, Etnofarmacologia, Monitorização ambiental

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CARACTERIZAÇÃO DA BIODIVERSIDADE VEGETAL EM PARCELAS AMOSTRAIS DO MIOMBO DE ANGOLA

(MUNICÍPIO DO EKUNHA, PROVÍNCIA DO HAUMBO) André NdJamba

Docente da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade José Eduardo dos Santos Um dos problemas ambientais que tem suscitado grande interesse mundial nas últimas décadas é a perda da biodiversidade como consequência das actividades humanas, quer seja devido à sobre-exploração ou alteração do ambiente. Qualquer que seja a estratégia de protecção do meio natural deve assegurar a salvaguarda da biodiversidade, pois que o conjunto de seres vivos que povoam um país constitui um património insubstituível, uma vez que cada espécie, e inclusive cada população, alberga no seu genoma a informação de milhões de anos de adaptações evolutivas. Com base nestes pressupostos, foi realizado, no município da Ekunha (província do Huambo), um estudo envolvendo 19 parcelas amostrais com 400 m2 cada, perfazendo uma área total de 7.600 m2, o qual objectivou comparar a riqueza e distribuição da abundância das espécies vegetais com caule de consistência lenhosa, com Diâmetro da Base (DB) e Atura Total (AT) definidas dentro de certos limites. Foram identificadas, nas 19 parcelas, 37 espécies diferentes de plantas, o número de espécies/parcela variou de 7 a 15, enquanto o número de plantas/parcela variou entre 30 a 185. Tais factos podem indicar o grau da perda de espécies nas parcelas submetidas a diferentes intensidades de intervenção humana. Palavras-chave: Biodiversidade, Parcelas do Miombo, Angola

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PLANTAS UTILIZADAS PARA O ARTESANATO EM LUANDA Paulo Adão

Estudante finalista do curso de Biologia, na especialidade de Botânica O presente trabalho aborda questões culturais e étnicas, o que é de total conhecimento da ciência da Etnobotânica, uma vez que, se faz uma interligação entre as plantas usadas para confecção de peças artesanais, seu uso e significado para diferentes povos etnolinguísticos. O artesanato sendo considerado uma das principais formas de expressão da cultura africana em particular da nossa cultura desperta uma grande atenção em nós estudantes de botânica, visto que a matéria-prima é de origem vegetal. Diferentes espécies de plantas são utilizadas para confecção de diferentes peças, destas destacam-se algumas como (em nome vulgar) o Pau-preto, Pau-ferro, Tola branca, Luvuiti sendo estas espécies distribuídas fundamentalmente em três províncias do território angolano: Cabinda Zaire e Uíge. Palavras-chave: Artesanato, Plantas artesanais, Etnias, Mercados de artesanato, Evolução do homem

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RESUMOS

Painel III

MESA REDONDA REDE DE COOPERAÇÃO DE ESTUDOS

DE FLORA – UM CAMINHO PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

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BIODIVERSIDADE NA PROVÍNCIA DO ZAIRE - BIOZAIRE CARTOGRAFIA E ORIENTAÇÕES PARA A SUA

CONSERVAÇÃO E VALORIZAÇÃO

Esperança da Costa1, M. Cristina Duarte2

1 Centro de Botânica – Universidade Agostinho Neto, Av. Revolução de Outubro, Prédio CNIC, 1º andar, Luanda 2 Instituto de Investigação Científica Tropical, Jardim Botânico Tropical, Trav. Conde da Ribeira 9, 1300-142 Lisboa, Portugal. [email protected]

A Província do Zaire situa-se no extremo noroeste de Angola. Tem uma superfície de 40 130 km2 e compreende os Municípios de Soyo, Tomboco, N´zeto, Nóqui, M´banza Congo e Cuimba. Tendo como finalidade dotar as entidades governamentais de conhecimentos necessários ao planeamento e gestão desta Província, o estudo centra-se na zona norte, em particular nos Municípios do Soyo e de M´banza Congo, e pretende, entre outros, identificar ecossistemas e espécies com maior valor de ecológico, no sentido de definir as prioridades de conservação e estimar o seu potencial valorização. Nestes municípios ocorre uma enorme diversidade de habitats, nomeadamente estuarinos e dulçaquícolas, que encerram importantes ecossistemas cuja riqueza florística e faunística, potencialmente bastante elevada, é ainda mal conhecida. Assim, são essenciais estudos que forneçam às entidades governamentais a informação técnica e científica necessária para enquadrar a biodiversidade nos processos de planeamento e gestão do território, bem como de conservação e valorização dos recursos naturais, visando a melhoria da qualidade de vida das populações e a sua compatibilização com o rápido desenvolvimento que se verifica, nomeadamente no município do Soyo. Aliando-se os valores ecológicos e paisagísticos destes municípios à excepcional importância histórica e cultural da cidade de M´banza Congo, antiga capital do reino do Kongo, candidata a Património Mundial da Humanidade da UNESCO, esta região potencia-se como um excepcional pólo de atracção a nível do continente africano.

Palavras-chave: Biodiversidade, Comunidades vegetais, Conservação, Desenvolvimento sustentável, Valorização

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O PAPEL DA DETECÇÃO REMOTA NA IDENTIFICAÇÃO DAS FORMAÇÕES VEGETAIS

Humberto A. Gonçalves

Docente da Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto, Luanda, Angola; e-mail [email protected]

Os fenómenos naturais, de entre os quais se encontram as formações vegetais, são dinâmicos, estruturais e fenomenologicamente complexos. Cobrem geralmente grandes extensões de terreno, abarcam uma grande quantidade de fenómenos inter-actuantes com características muito variadas. Para a sua compreensão têm de intervir, diferentes disciplinas, como as ciências naturais, as ciências exactas e a tecnologia. No caso dos das formações vegetais, intervém uma forte influência humana na sua exploração, renovação e gestão. Para acompanhar a dinâmica e a complexidade das mudanças das formações vegetais, é preciso dispor de dados e técnicas que forneçam as referências espaciais dessa dinâmica. A utilização de informações que possam apoiar estratégias de acção direccionadas à conservação da cobertura vegetal requer, hoje, que se incorporem na análise dos dados ambientais, atributos que tenham expressão espacial. A limitação do homem para observar esses recursos naturais de forma precisa e global conduziu ao desenvolvimento de tecnologias que tiveram o seu início com o surgimento da Detecção Remota. Está provado que é, a nível mundial, uma ferramenta poderosa para a compreensão de uma grande variedade de fenómenos, sendo particularmente apreciada pelas suas características de técnica não invasiva e não destrutiva, assim como de cobertura global. Nesta dissertação serão apresentados os conceitos básicos da Detecção Remota, como os sistemas de Detecção Remota; a reposta espectral de alvos: vegetação, solos, água; o processamento digital de imagens: aspectos geométricos e radiométricos e os métodos de interpretação de imagens de satélite.

Palavras-chave: Detecção remota, Resposta espectral, Satélite, Processamento digital

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RESUMOS

Posters

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VALORIZAÇÃO E ACESSO ÀS COLECÇÕES BOTÂNICAS DE ANGOLA - O PROJECTO IMBAMBA

Luís Catarino1; Rui Figueira1; Ana I. Correia2; Joana A. Abreu1; M. Inês Silva1; Filipe Sousa1; Dulce Ferreira1; João Tavares1; Rita Guerra1; Ana Martins1; Inês Santos1; Susana Matos1; Eurico S.Martins1

1 – Jardim Botânico Tropical, Instituto de Investigação Científica Tropical; Trav. Conde da Ribeira 9; 1300-142 Lisboa, Portugal; [email protected] 2 – Jardim Botânico; MNHN/UL; Rua da Escola Politécnica 58, 1250-102 Lisboa, Portugal; [email protected]

Angola é o maior país da África Austral, uma das regiões mais ricas em diversidade florística no mundo. Ocorrem no país mais de 5000 espécies, numa flora que é ainda mal conhecida. O projecto IMBAMBA, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia de Portugal (PTDC/BIA-QOR/66702/2006) tem por objectivo estudar, colocar em base de dados e disponibilizar as colecções angolanas que se encontram nos Herbários portugueses LISC (Instituto de Investigação Científica Tropical) e LISU (Universidade de Lisboa). Foi iniciado em Janeiro de 2008 e será concluído em Dezembro de 2011. O software de base de dados escolhido para a implementação do projecto foi o Specify 6 (http://specifysoftware.org/), desenvolvido pela Universidade do Kansas, EUA, que implementa os padrões de dados internacionalmente aceites para bases de dados biológicas. A taxonomia e nomenclatura são verificadas e actualizadas sempre que necessário. A informação geográfica é actualizada e sempre que possível os locais de colheita são localizados pelo menos até ao nível do município. Foram processados até ao presente mais de 51 mil espécimes, pertencentes a 165 famílias, 1574 géneros e cerca de 3500 espécies, maioritariamente de Dicotiledóneas. Ao longo do projecto os dados obtidos foram colocados online regularmente, podendo ser consultados através do catálogo online do JBT (http://maerua.iict.pt/colecoes), no portal do GBIF (http://www.gbif.org/) e no Arquivo Científico Tropical Digital do IICT (http://actd.iict.pt/). Os resultados do projecto IMBAMBA permitiram até ao presente a elaboração de uma tese de mestrado e de manuscritos submetidos a revistas internacionais com arbitragem científica, a apresentação de comunicações em várias reuniões científicas e a descrição de três novas espécies de plantas vasculares.

Palavras chave: Flora, Angola, Colecções biológicas, Bases de dados

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COLECÇÕES BOTÂNICAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL (JBT/IICT): COMPREENDER E DOCUMENTAR A

BIODIVERSIDADE NA ÁFRICA TROPICAL

Maria Cristina Duarte; Luís Catarino; Rui Figueira; Eurico Martins; Maria Adélia Diniz; Maria M. Romeiras

Instituto de Investigação Científica Tropical, Jardim Botânico Tropical, Trav. Conde da Ribeira 9, 1300-142 Lisboa, Portugal; e-mail: [email protected] O Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) é detentor de um importante património e conhecimento histórico-científico relativo às regiões tropicais. O Jardim Botânico Tropical (JBT), um dos principais centros de investigação do IICT, reúne no seu herbário (LISC), com cerca de 300 000 espécimes, algumas das mais importantes colecções botânicas dos países africanos de língua oficial portuguesa. Estas colecções são essenciais para estudos de flora e vegetação e estão em curso alguns projectos visando a sua colocação em bases de dados digitais. Encontram-se já disponíveis à comunidade científica no catálogo de colecções do JBT (http://maerua.iict.pt/colecoes) dados relativos a 45 988 espécimes de herbário, dos quais cerca de 41 000 são de Angola, esperando-se, nos próximos anos, continuar a disponibilização dos dados de espécimes de outras regiões geográficas, nomeadamente Moçambique e Cabo Verde. Estes dados estão também disponíveis através de redes e repositórios internacionais (http://www.gbif.org, http://plants.jstor.org e http://actd.iict.pt/). O desenvolvimento deste programa, garantindo a disponibilização e o acesso global à informação científica é da maior importância para apoiar futuros estudos sobre a biodiversidade tropical africana. Áreas de investigação relevantes do JBT são, ainda, a sistemática (incluindo a elaboração de floras e checklists), estudos sobre a origem e diversidade de floras e faunas, mais recentemente com o recurso a técnicas moleculares permitindo um estudo rigoroso da biodiversidade tropical, conservação de recursos biológicos, ecologia da vegetação, modelação ecológica e etnobotânica. Palavras-chave: Bases de dados digitais, Conservação, Flora, Ecologia, Herbário, Sistemática

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ANÁLISE À PARTILHA DE DADOS ONLINE: QUEM ESTÁ A USAR OS DADOS DE BIODIVERSIDADE?

Rui Figueira, Maria M. Romeiras, Luís Catarino, Maria Cristina Duarte

Instituto de Investigação Científica Tropical, Jardim Botânico Tropical, Trav. Conde da Ribeira 9, 1300-142 Lisboa, Portugal; e-mail:[email protected]

O acesso aos dados de Biodiversidade através da Internet é possível há apenas cerca de dez anos, mas para os investigadores em taxonomia e conservação da biodiversidade a sua utilização tornou-se uma prática comum. A partilha de dados promoveu o desenvolvimento e adopção de padrões de dados, em resultado dos avanços recentes em informática para a biodiversidade, que facilitam a colaboração entre investigadores e o acesso a esta informação por gestores dos recursos naturais. Este é um dos principais objectivos do Global Biodiversity Information Facility (GBIF), a maior infraestrutura de partilha de dados de biodiversidade disponível a nível global. É conhecido, contudo, o forte enviesamento entre as regiões onde a diversidade existente nos habitats naturais é elevada – centradas nas regiões tropicais – e a sua representação em colecções de História Natural – centrada nas instituições do hemisfério norte. Adicionalmente, algumas lacunas podem não ser evidentes à luz do fácil acesso aos dados. A primeira é a representatividade da informação, quer de grupos taxonómicos, quer de áreas geográficas. Outra é o uso efectivo da informação na promoção e conservação dos recursos biológicos nos seus habitats naturais. Neste poster discute-se a contribuição dos dados de biodiversidade disponíveis na Internet no estudo e gestão dos recursos naturais, nos seus habitats de origem. A análise é focada no continente Africano, particularmente nos PALOP, de modo a avaliar o uso dos dados disponibilizados pelo GBIF nestes países, através dum indicador baseado em publicações. Outro exemplo é demonstrado pelas recentes adições/alterações dos nomes dos taxa, em relação à região de origem. Conclui-se que a razão entre dos dados utilizados e dados disponibilizados para os países Africanos é ainda bastante baixa. Palavras chave: Dados primários de biodiversidade, Taxonomia, Bases de dados online, GBIF, Informática para a biodiversidade

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GESTÃO DA BIODIVERSIDADE COSTEIRA NO CONTEXTO DA EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE ENERGIA

Margarida Peliganga

CHEVRON Angola

A Protecção do ambiente que inclui a preservação da biodiversidade, é um dos principais valores da Chevron. O Campo de Malongo é rico em biodiversidade, e os profissionais de Saúde, Segurança e Ambiente da Chevron tem o compromisso de manter o habitat natural para diversos tipos de plantas e animais. Esforçamo-nos para evitar riscos significativos e minimizar impactos que os nossos projectos e operações possam representar para espécies sensíveis, habitats e ecosistemas. Exemplos de Gestão e Conservação da Diversidade Biológica em Cabinda

Tartarugas Marinhas O Programa de Protecção da Tartaruga Marinha do Malongo, protege 3 espécies diferentes de tartarugas marinhas em vias de extinção. Uma equipa de vigilantes monitoriza a praia do Malongo todas as noites durante a época de nidificação, com a finalidade de encontrar tartarugas marinhas; marcar e registar a localização dos ninhos; recolocar ninhos depositados em áreas perigosas; etiquetar as tartarugas; registar o número de filhotes; e verificar o sucesso dos nascimentos em cada estação.

Mamíferos Marinhos A monitorização rotineira dos mamíferos marinhos durante as operações de sísmica da Chevron envolve a minimização dos distúrbios provocados pelo ruído e a vigilância continua dos mamíferos marinhos antes e durante as operações. O programa estabelece uma zona de exclusão na qual as operações devem ser suspensas para que os animais possam nadar para o exterior. O programa aumentou a consciencialização sobre mamíferos marinhos, especialmente as baleias jubarte, e species em perigo que passam o inverno ao longo da costa de Angola.

Instalações para Peixes O Recife Artificial, resulta de reutilização da estrutura desmantelada de uma plataforma do campo petrolífero de Cuntala, que removida e colocada no solo oceânico. O principal objectivo é a melhoria das condições para os peixes e outras espécies marinhas de forma a beneficiar os pescadores artesanais, reduzindo assim o potencial impacto das operações. Monitorizações anuais, revelaram que o recife foi colonizado por uma diversidade de peixes e vida marinha sedentária. O programa de monitorização pode beneficiar cientistas marinhos angolanos na avaliação da biodiversidade marinha.

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LISTA DE PARTICIPANTES E AUTORES

Participante / Autor Páginas Abreu, Joana A. .............................................................33 Adão, Paulo ...................................................................26 Borges, Cristina M. P. ...................................................21 Branquinho, Cristina .....................................................15 Cardoso, João Francisco ................................................14 Catarino, Luís ........................................12, 24, 33, 34, 35 Catarino, Pedro ..............................................................22 Correia, Ana I. ...............................................................33 Costa, Esperança .....................................................11, 29 Costa, José Carlos .........................................................14 Cruz, Cristina ................................................................15 Diniz, Maria Adélia .......................................................34 Duarte, Maria Cristina .....................12, 14, 24, 29, 34, 35 Ferreira, Dulce ...............................................................33 Figueira, Rui ..........................................12, 24, 33, 34, 35 Francisco, Paula ............................................................23 Gonçalves, Humberto A. ...............................................30 Guerra, Rita ...................................................................33 Lauriano, Joaquim .........................................................13 Máguas, Cristina ............................................................15 Martins, Ana ..................................................................33 Martins, Eurico S......................................................33, 34 Mata, Rosalina C. S. ......................................................20 Matos, Elizabeth M. ......................................................19 Matos, Susana ...............................................................33 Mendonça, Dina L. M. ..................................................20 Moreira, Ilídio † ............................................................14 NdJamba, André ............................................................25 Pedro, Manuela ..............................................................11 Peliganga, Margarida ....................................................36

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Pinto-Basto, Maria Fernanda .........................................14 Pires, P. ..........................................................................22 Romeiras, Maria Manuel .............................12, 24, 34, 35 Santana, António E. G. ..................................................20 Santos, Inês ....................................................................33 Silva, M. Inês .................................................................33 Soares, M.O. ..................................................................22 Sousa, Filipe ..................................................................33 Tavares, João .................................................................33 Vinha, A.F. ....................................................................22