Intro Duca oda

download Intro Duca oda

of 21

Transcript of Intro Duca oda

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    1/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    1

    I. INTRODUO

    I.1. Aspectos Gerais

    Esta tese trata da preparao e caracterizao de filmes de xido de zinco

    dopado com alumnio (ZnO:Al) e filmes de xido de zinco dopado com eurpio

    (ZnO:Eu) via processo sol-gel.

    De um modo geral, xidos amorfos e policristalinos so freqentemente

    preparados a partir de uma soluo contendo compostos precursores apropriados.

    Existem muitos mtodos [1] para se transformar ons metlicos presentes nas

    solues precursoras em xidos. A Figura 1 ilustra os mtodos mais comumente

    empregados. Independentemente do mtodo usado (precipitao, complexao,

    gelificao ou misturas com outros xidos), o slido contendo o on metlico do

    xido geralmente separado da soluo. Este precipitado ento lavado, seco e

    finalmente calcinado. Normalmente o xido um p que pode dar origem a

    pastilhas ou tabletes e possui aplicabilidade em catlise [2].

    SOLUO CONTENDO CTIO NS PRECURSORES

    PRECIPITAO COMPLEXAO FORMAO DE GEL MISTURA DEXIDOS PRECURSORES

    (ENVELHECIMENTO) SECAGEM SECAGEM (ENVELHECIMENTO)

    LAVAGEM REMOO DE EXTRUSO

    COMPOSTOS

    VOLTEIS

    (ENVELHECIMENTO)

    SECAGEM (ENVELHECIMENTO)

    TRATAMENTO TRMICO TRATAMENTO TRMICO TRATAMENTO TRMICO TRATAMENTO TRMICO

    XIDO FINAL

    Figura 1.Mtodos para a preparao de xidos. [3]

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    2/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    2

    Contudo, as diferentes tcnicas de formao de xidos podem resultar em

    amostras com propriedades superficiais muito diferentes [4], pois a estrutura

    cristalina, morfologia e composio do xido obtido podem variar dependendo do

    processo de preparao. De um modo geral, temperaturas mais elevadas originam

    ps com maior cristalinidade.

    xidos podem tambm ser preparados por oxidao trmica do respectivo

    metal. Geralmente, as amostras de metais possuem reas superficiais baixas e esto

    na forma de lminas, pastilhas e ps. A cintica de oxidao lenta devido ao

    processo de difuso de ons metlicos e oxignio pelo retculo cristalino e,

    consequentemente, temperaturas elevadas so necessrias para se obter taxas de

    converso razoveis. Amostras cristalinas de xido de zinco de baixa reasuperficial so obtidas quando zinco metlico submetido a altas temperaturas em

    atmosfera oxidante [5].

    Por razes prticas, xidos so comumente preparados pela decomposio de

    compostos precursores que contm o on metlico desejado na presena de ar ou

    oxignio. Os precursores mais usados so aqueles que sofrem decomposio a

    baixas temperaturas, como carbonatos, bicarbonatos, hidrxidos, nitratos e oxalatos,

    com o intuito de se minimizar a sinterizao do xido resultante que provocaria umadiminuio da rea superficial. A rea superficial de xido de zinco preparado pela

    decomposio de carbonato de zinco precipitado a partir de soluo de nitrato

    depende do procedimento de calcinao [1]. Uma rea superficial superior a 30 m2

    g-1 obtida se a gua aprisionada no precipitado for removida eficientemente

    durante o aquecimento do mesmo. Do contrrio, a rea superficial obtida igual ou

    inferior a 10 m2g-1.

    A metodologia envolvendo a preparao de aerogis [6] tambm usada com

    sucesso na obteno de xidos de metais de transio de elevada rea superficial.

    Neste processo, um precursor do tipo hidrxido inicialmente precipitado a partir de

    uma soluo alcolica pela hidrlise de um alcxido [7], ou um reagente que forme

    intermedirio do tipo alcxido, com quantidade controlada de gua. O solvente

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    3/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    3

    ento removido a uma temperatura acima de sua temperatura crtica. O motivo de se

    usar solventes alcolicos ao invs de gua deve-se ao fato de que os mesmos

    possuem menor tenso superficial e, desta forma, a estrutura do gel apresenta poros

    maiores e impedida de colapsar durante a etapa de secagem. No caso do precursor

    hidrxido ser preparado por hidrlise em meio aquoso, a gua deve ser trocada por

    um solvente alcolico, pois pode ocorrer a dissoluo do xido em gua quando a

    temperaturas elevadas. Aerogis de TiO2, ZrO2 e NbO2com reas superficiais de

    200, 100 e 200 m2 g-1, respectivamente, foram preparados via processo sol-gel a

    partir de solues alcolicas de alcxidos metlicos [8]. Aerogis de Al 2O3 foram

    obtidos atravs da hidrlise de isopropilato de alumnio dissolvido em isopropanol

    ou metanol e a influncia da concentrao do precursor alcxido nas propriedadesfsico-qumicas dos aerogis foi investigada [9].

    I.2. Processo Sol-Gel

    O processo sol-gel [10] para a preparao de ps, monolitos e filmes finos

    baseado em reaes de hidrlise e polimerizao de precursores alcxidos, que so

    sem dvida os reagentes mais comumente empregados por possurem uma srie de

    vantagens relatadas inicialmente por Mackenzie [11]. A primeira delas deve-se

    natureza sinttica destes compostos, capaz de gerar solues de alta pureza. Alm

    disso, o processo sol-gel envolve o uso de reagentes lquidos de baixa viscosidade e,

    portanto, uma boa homogeinizao da soluo pode ser alcanada em um curto

    espao de tempo. Desta forma, a mistura bem-sucedida dos reagentes na soluo

    implica em uma considervel homogeneidade em nvel molecular quando sis e gis

    so formados. Se uma homogeneidade satisfatria das solues j alcanada no

    estgio inicial de mistura, ento baixas temperaturas para a produo de sis e gis

    so requeridas. Os benefcios decorrentes so a economia de energia, menores

    perdas de solvente por evaporao, diminuio de reaes com o recipiente da

    reao e reduo da poluio do ar.

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    4/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    4

    Os alcxidos metlicos so membros da famlia dos compostos

    metalorgnicos, os quais possuem ligantes orgnicos ligados a tomos de metais. A

    facilidade de reao entre os alcxidos metlicos e a gua a propriedade qumica

    mais notvel destes compostos e de interesse direto no processo sol-gel. O exemplo

    mais comum de alcxido metlico usado no processo sol-gel o tetraetoxissilicato

    (TEOS), Si(OC2H5)4. De fato, a maior parte dos trabalhos publicados est voltada

    para o uso dos alcxidos de silcio [12-17], titnio [18,19] e vandio [20] e h uma

    deficincia de dados sobre outros alcxidos.

    O processo de gelificao dividido em dois estgios: hidrlise e

    condensao. As equaes de reao abaixo ilustram estas duas etapas:

    Si(OR)4 + H2O (OR)3Si-OH + ROH (Hidrlise) (1)

    (OR)3Si-OH + HO-Si(OR)3 Si-O-Si + H2O ou

    (OR)3Si-OH + Si(OR)4 Si-O-Si + ROH (Condensao) (2)

    A hidrlise a principal reao qumica que conduz transformao de

    precursores aos produtos finais, ou seja, os xidos, e sua importncia justifica o

    grande interesse de pesquisadores na compreenso dos mecanismos reacionais

    envolvidos e tambm na estrutura e morfologia do produto. Alm disso, uma

    variedade de fatores fsicos e qumicos como, por exemplo, temperatura, presso,

    pH, concentrao dos reagentes e catalisadores, influencia os processos de

    polimerizao e consequentemente as propriedades dos xidos [21].

    Atualmente, tem-se disponvel livros textos [10,22-24], artigos de reviso

    [25-28] e de divulgao [29-32] deste processo devido a sua importncia tecnolgica

    e ao nmero de grupos de pesquisa que o utiliza. Entretanto, o processo sol-gel para

    a fabricao de xidos inorgnicos tem sido conduzido atualmente no apenas pela

    metodologia alcxido como tambm pela metodologia que usa disperses coloidais

    formadas a partir de sais inorgnicos ou orgnicos, ou mtodo no-alcxido [33,34].

    A explicao para este fato encontra fundamento nas desvantagens que o mtodo

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    5/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    5

    alcxido possui como, por exemplo, a solubilidade limitada destes em lcoois e ao

    alto custo de seus reagentes, inviabilizando assim a aplicao do processo sol-gel em

    larga escala. Alm disso, a grande reduo de volume associada aos processos de

    gelificao e secagem de gis, as dificuldades na remoo de resduos orgnicos

    indesejveis, os perodos elevados de reaes, os riscos sade devidos a toxicidade

    das solues e sensibilidade das mesmas ao calor, umidade e luz [35] podem ser

    citadas como desvantagens adicionais.

    Daremos aqui um enfoque maior ao processo sol-gel que faz uso de reagentes

    no-alcxidos. Os reagentes no-alcxidos mais usados so sais inorgnicos como

    nitratos e cloretos, ou sais orgnicos como acetilacetonatos e acetatos [32]. Reaes

    de hidrlise e condensao tambm ocorrem no mtodo no-alcxido. Existe naliteratura, como descrito posteriormente no item I.7.1., diversas metodologias para a

    preparao dos precursores metalorgnicos (tipo etxido). De uma forma geral, os

    mesmos so preparados atravs da reao entre o sal metlico (inorgnico ou

    orgnico) e o solvente orgnico, com posterior etapa de hidrlise.

    I.3. Histrico

    O interesse pelo processo sol-gel para a produo de vidros e materiais

    cermicos teve incio na metade do sculo 19 com os estudos de Ebelmen [36] e

    Graham [37] sobre gis a base de slica. Estes pesquisadores observaram que a

    hidrlise de tetraetoxissilicato (TEOS), Si(OC2H5)4, em meio cido, produzia SiO2

    na forma de um material vtreo. Fibras e lentes monolticas puderam ser obtidas a

    partir de gis viscosos, mas o interesse tecnolgico foi pequeno porque longos

    perodos de secagem de um ano ou mais eram necessrios para se evitar que os gis

    de slica formassem ps.

    Somente em 1939 houve o reconhecimento pela indstria alem Schott

    Glaswerke [38] de que os alcxidos metlicos podiam ser usados em escala

    industrial na formao de camadas delgadas de xidos com propriedades pticas

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    6/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    6

    capazes de alterar a reflectncia, transmitncia e absoro dos substratos sobre os

    quais os xidos eram formados.

    Roy et al. [39,40] reconheceram o potencial do processo sol-gel para o

    alcance de nveis muito altos de homogeneidade em gis coloidais e entre os anos 50

    e 60 usaram o mtodo sol-gel para sintetizar um grande nmero de cermicas a base

    de xidos envolvendo os elementos qumicos Al, Si, Ti e Zr, que no podiam ser

    obtidas via mtodos tradicionais de produo de cermicas.

    Um grande aumento nas aplicaes do processo sol-gel nas mais diversas

    reas da tecnologia foi notado aps Dislich [41] e Levene e Thomas [42]

    apresentarem independentemente a viabilidade de se preparar vidros

    multicomponentes atravs do controle das etapas de hidrlise e policondensao dealcxidos, durante a transio sol-gel. No final dos anos 70, aps a demonstrao

    por Yoldas [43] e Yamane et al. [44] de que monolitos podiam ser produzidos

    atravs da secagem cuidadosa de gis, vrios grupos de pesquisa aplicaram o

    processo sol-gel na preparao de corpos monolticos de slica usados como

    preformas para a fabricao de fibras pticas [45].

    Mackenzie [35] enfatiza que, durante a dcada de 1970, cermicas e vidros

    deixaram de ser materiais convencionais e passaram a ser considerados materiaisda era espacial. Atualmente, os aspectos gerais da qumica do processo sol-gel j

    so conhecidos. Entretanto, a grande dificuldade em se compreender melhor tal

    processo a nvel molecular devida escala de tamanho extremamente reduzida das

    partculas envolvidas. Alm disso, outra barreira que surge frente a um progresso

    mais rpido desta metodologia a falta de base cientfica suficientemente forte para

    a aplicao bem-sucedida desta nova tecnologia.

    I.4. Aplicaes do Processo Sol-Gel

    De um modo geral, a aplicao de uma nova tecnologia requer que a mesma

    seja capaz de produzir mais benefcios e comodidade quando comparada

    tecnologia em uso corrente.

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    7/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    7

    Quando comparado aos mtodos convencionais de fuso para a obteno de

    vidros e cermicas, o processo sol-gel surge como uma potencial alternativa na

    obteno de materiais com propriedades singulares produzidos a temperaturas

    relativamente baixas.

    Desta forma, monolitos, ps, fibras e filmes podem ser produzidos via

    processo sol-gel e as aplicaes mais bem-sucedidas certamente sero as que

    utilizarem um conjunto satisfatrio de vantagens tais como custo, pureza e

    homogeneidade dos reagentes combinadas com a capacidade de se produzir objetos

    moldados a baixas temperaturas.

    Filmes e recobrimentos representam a aplicao comercial mais antiga

    envolvendo a tecnologia sol-gel [38]. Filmes com espessuras menores do que 1 mconsomem pequenas quantidades de reagentes e podem ser formados rapidamente

    sem craqueamento superando a maioria das desvantagens do processo sol-gel. Estes

    filmes e recobrimentos podem ser formados sobre grandes substratos e ambos os

    lados dos substratos podem ter a sua superfcie coberta. Atualmente, filmes de

    xidos preparados pelo processo sol-gel capazes de refletir a luz tm sido

    empregados na construo de edifcios [46]. Outra aplicao no campo da ptica

    visa a produo de discos de memria ptica [47]. Alm disso, encontram aplicaes

    como materiais passivadores, sensores e em eletrnica [48].

    I.5. Formao de Filmes

    Um dos aspectos mais importantes do processo sol-gel que a soluo

    coloidal seja ideal para a preparao de filmes em processos de deposio tais como

    dip-coating(deposio por imerso e emerso do substrato) [49,50] e spin-coating

    (deposio por rotao do substrato) [51].

    Quando comparado a outros processos de formao de filmes, tais como a

    deposio por reao qumica a partir da fase vapor, evaporao reativa, ablao por

    laser, pirlise de spray, e pulverizao catdica reativa assistida por campo

    magntico, o processo sol-gel requer menos equipamentos e potencialmente mais

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    8/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    8

    econmico. Entretanto, a vantagem mais importante desta metodologia em relao

    s demais a capacidade de um controle preciso do arranjo local e morfologia dos

    filmes depositados, alm da espessura e rea dos mesmos.

    O processo de dip-coatingpode ser dividido em quatro estgios: (a) imerso,

    (b) emerso, (c) deposio e drenagem e (d) evaporao (Figura 2). No caso de

    solventes volteis, tais como lcoois, o processo de evaporao normalmente

    acompanha as etapas de emerso, deposio e drenagem.

    Figura 2.Estgios do processo de deposio por imerso e

    emerso de substrato (dip-coating) [52].

    Um esquema mais detalhado do fluxo de lquido que ocorre durante a etapa

    de deposio e drenagem apresentado na Figura 3, onde U a velocidade deemerso, E o ponto de estagnao, a camada de fronteira (entre o filme e o

    interior da soluo) e h a espessura do filme.

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    9/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    9

    Figura 3.Esquema do fluxo de lquido durante as etapas de

    deposio e drenagem [52].

    Quando a viscosidade () e a velocidade do substrato (U) so elevadas o

    bastante para reduzir a curvatura do menisco, ento a espessura do filme depositado

    (h) capaz de balancear a viscosidade (U/h) e a fora da gravidade (gh):

    h = c1(U/g)1/2

    onde a constante de proporcionalidade, c1, possui valor aproximado de 0,8 para

    lquidos newtonianos [53]. Quando a viscosidade do lquido e a velocidade de

    emerso do substrato no so elevadas, o que freqentemente ocorre no processo

    sol-gel, o balano modulado pela razo da viscosidade pela tenso superficial

    lquido-vapor (LV

    ) de acordo com relao proposta por Landau e Levich [54]:

    h = 0,94 (U / LV)1/6. (U / g)1/2

    Outra caracterstica importante a ser considerada durante as etapas de

    deposio por dip-coatinge que muito influencia a estrutura dos filmes depositados

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    10/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    10

    a estrutura dos precursores. As partculas coloidais que formam a cobertura dos

    substratos concentram-se na superfcie dos mesmos por drenagem gravitacional

    acompanhada de evaporao e reaes de condensao, o que acaba acarretando um

    aumento na viscosidade do material depositado. A concentrao das solues

    aumentada por um fator de 20 ou 30 promovendo assim uma maior aproximao das

    partculas dos precursores. A Figura 4 representa a etapa de dip-coatingno estado

    estacionrio e mostra a seqncia de estruturao resultante do processo de

    drenagem seguido de evaporao de solvente e reaes de polimerizao.

    Figura 4.Processo de dip-coatingno estado estacionrio [52].

    Durante a etapa de transferncia e evaporao do solvente, ocorre a formao

    de estruturas rgidas que podem ser formadas por partculas coloidais,

    caracterizando um gel coloidal, ou por cadeias polimricas, caracterizando um gel

    polimrico (Figura 5).

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    11/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    11

    Figura 5.Esquema do processo de gelificao para (a)

    sistemas coloidais e (b) polimricos [55].

    Uma das vantagens do processo sol-gel por dip-coating a possibilidade de

    introduo de espcies dopantes no volume do sol antes de sua transferncia para

    substratos slidos. Contudo, em alguns casos, os tomos dopantes podem ser

    eliminados por evaporao da soluo quando os filmes transferidos so submetidos

    a tratamentos trmicos [56]. Este processo depender dos reagentes usados, das

    espcies inicas formadas no sol bem como de suas interaes com o solvente.

    I.6. Filmes de xidos Metlicos

    Filmes de xidos de metais de transio [57,58] podem ser caracterizados

    como semicondutores do tipo nou p dependendo do processo de preparao do

    xido. Alm disso, estes xidos passam a ter caractersticas condutoras quando so

    submetidos a processos de dopagem. Estes filmes podem ser preparados atravs de

    uma variedade de tcnicas tais como ablao por laser[59-64], deposio por reao

    qumica a partir da fase vapor [65-68], evaporao reativa [69-72], pirlise despray[73-80], pulverizao catdica reativa sob a ao de campo magntico [81-88] e

    processo sol-gel [10,89-95].

    Os exemplos mais clssicos de compostos preparados na forma de filmes e

    que possuem caractersticas de semicondutores e condutores so, respectivamente,

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    12/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    12

    xido de ndio (In2O3) [96] e xido de estanho dopado com ndio (ITO) [97]. Estes

    compostos tm sido objeto de muitas investigaes desde a dcada de 1960, quando

    suas propriedades eltricas e pticas foram investigadas, e encontram uma variedade

    de aplicaes, dentre elas como dispositivos eletrocrmicos [98], dispositivos

    eletroluminescentes [99], espelhos refletores de calor [100] e mostradores a cristal

    lquido [101]. A grande faixa de aplicao destes filmes devida ao fato de os

    mesmos serem fisicamente estveis e quimicamente inertes [96], desde que em pHs

    no alcalinos.

    No contexto dos aspectos tecnolgicos de filmes de xidos, filmes de xido

    de zinco (ZnO) [102-108] ganharam bastante ateno por se tratar de um material

    transparente. Devido as suas propriedades condutoras, so usados comoheterojunes [109,110] e sensores de gases [111]. Tambm encontram aplicao

    como dispositivos de onda acstica superficial por possuir elevada constante

    piezeltrica [112-114]. Alm disso, filmes de ZnO so estveis em temperaturas de

    at 700 K [115] e, portanto, podem ser usados na fabricao de clulas solares

    [116,117] em substituio aos filmes de ITO por apresentarem maior estabilidade

    em plasma gasoso contendo hidrognio.

    A presena de ons dopantes na matriz de ZnO no interfere na transmitnciados filmes, mas altera as caractersticas eltricas no sentido de diminuir a

    resistividade do material final. Valores de transmitncia entre 80 e 90% na regio do

    visvel so observados tanto para filmes de ZnO [108] como para filmes de xido de

    zinco dopado com alumnio (ZnO:Al) [118-124]. Por outro lado, a resistividade de

    filmes de ZnO pode sofrer alteraes significativas quando do processo de dopagem

    com o on Al 3+ [118-124]. Quando comparados aos filmes de ITO produzidos

    industrialmente, filmes de ZnO dopado representam uma alternativa de baixo custo

    para a produo de materiais condutores, transparentes e quimicamente estveis que

    podem ser usados como dispositivos eletroluminescentes [118]. A dopagem de ZnO

    pode ser feita com elementos do grupo IIIA, tais como B [125], Al [118-124], Ga

    [126] e In [127] e do grupo VA, tais como Sb [128] e Bi [128]. Entretanto, ons Al 3+

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    13/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    13

    (0,54 ) e Ga3+so considerados os melhores dopantes por possurem raios inicos

    prximos do raio inico do on Zn2+(0,74 ).

    I.7. xido de Zinco

    I.7.1. Preparao

    A Qumica Coloidal tem sido usada na preparao de uma grande variedade

    de partculas com dimenses nanomtricas. Neste contexto, a preparao e

    caracterizao de partculas coloidais de ZnO tem se destacado devido s

    propriedades eltricas, pticas e condutoras deste composto.

    Partculas coloidais de ZnO formadas em meio alcolico a partir de

    perclorato de zinco hexahidratado so descritas na literatura [129,130]. Entretanto,Bahnemann et al. [131] e Spanhel et al. [132] foram os pioneiros na obteno de

    partculas coloidais estveis de ZnO formadas em meio etanlico a partir de acetato

    de zinco dihidratado. Basicamente, o procedimento de preparao de partculas

    nanomtricas segundo estes autores consiste em: (a) se preparar um precursor

    metalorgnico pela reao de acetato de zinco com etanol (EtOH) e (b) promover a

    hidrlise do precursor metalorgnico usando-se hidrxido de ltio como catalisador.

    Segundo os autores, a presena de meio etanlico fundamental para se promover adesidratao de hidrxido de zinco, formado quando ons Zn2+so precipitados por

    ons OH-, e conduzir ento obteno de ZnO. As equaes de reao abaixo

    ilustram as principais etapas de formao de ZnO:

    Formao do precursor: (CH3-COO)2Zn + 2EtOH EtO-Zn-OEt + 2CH3COOH

    Hidrlise bsica do precursor: EtO-Zn-OEt + 2OH- HO-Zn-OH + 2EtO-

    Formao de ZnO: HO-Zn-OH + HO-Zn-OH -(O-Zn-O-Zn-O)-n + 2H2O

    Estas equaes so simplificadas. Cineticamente, o processo bastante

    complexo e sabe-se que ZnO formado em soluo coloidal apenas na presena de

    pequena quantidade de gua. Na prtica, partculas coloidais de ZnO no so obtidas

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    14/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    14

    na forma de cristais puros quando de sua etapa de preparao [133,134]. Grupos

    acetato e outros provveis subprodutos de reao esto ligados ou adsorvidos na

    superfcie dos colides e consistem numa mistura de estruturas unidentada,

    bidentada e ponte (Figura 6). A quantidade e estrutura de grupos acetato ligados ou

    adsorvidos depender da concentrao de ons Zn2+e da quantidade de hidrxido de

    ltio usado na hidrlise do precursor.

    Figura 6.Tipos de estruturas de ligao para acetato e metal [133,134]

    Resultados de estudos por termogravimetria para disperses coloidais de ZnO

    mostram uma considervel perda de massa entre 200 e 350C atribuda a

    decomposio de grupos acetato ligados superfcie das partculas do xido

    [133,134].

    Partculas coloidais de ZnO ou ZnO:Al nem sempre esto presentes nas

    solues iniciais que daro origem a filmes formados por processos de transferncia.

    Algumas metodologias, como as descritas a seguir, conduzem formao de

    solues precursoras preparadas pela dissoluo de reagentes de partida em

    solventes alcolicos.

    Bao et al. [106] prepararam uma soluo de acetato de zinco em etanol onde

    cido ltico foi adicionado como agente de hidrlise. Aps duas horas de agitao

    magntica, uma soluo homognea e transparente foi obtida e transferida para

    substratos slidos por spin-coating. Os filmes formados foram calcinados em

    temperaturas acima de 400C.

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    15/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    15

    Tang e Cameron [118] prepararam solues etanlicas de acetato de zinco e

    nitrato de alumnio hidrolisadas por cido ltico. O processo de transferncia de tais

    solues para substratos slidos conduzido por drain-coating, isto , transferncia

    para substratos slidos por drenagem de sis, e filmes de ZnO:Al so obtidos por

    calcinao da soluo transferida.

    Nishio et al. [119] usaram o mtodo de spin-coating para formar filmes de

    ZnO:Al a partir de solues contendo acetato de zinco e nitrato de alumnio, s quais

    os aditivos acetilacetona, monoetanolamina, dietanolamina e dietilenotriamina

    foram misturados separadamente.

    Em seus relatos, Gonzlez e Ureta [121] e Gonzlez et al. [122] prepararam

    solues de acetato de zinco em metanol que foram deixadas envelhecer por 24horas. Aps a transferncia das solues para substrato slido, as amostras foram

    aquecidas a 50C para a evaporao do solvente e formao de monoacetato de

    zinco, onde ons Zn2+coordenam-se a grupos acetato por ligao unidentada (Figura

    6). Filmes de ZnO orientados na direo do plano (002) so formados quando as

    amostras so tratadas a 450C.

    Ohyama et al. [135] relatam a preparao de uma soluo homognea

    preparada pela dissoluo de acetato de zinco em soluo de 2-metoxietanol e

    monoetanolamina, e agitada por 30 minutos a 60C. As solues so ento

    transferidas para substratos slidos por dip-coatinge filmes de ZnO com orientao

    preferencial ao longo do plano (002) so formados aps tratamento trmico a 500C.

    Uma soluo de acetato de zinco e etileno glicol foi preparada por

    Kamalasanan e Chandra [136] e posteriormente transferida por spin-coatingpara

    substratos slidos. Filmes de ZnO transparentes so obtidos aps tratamento trmico

    a 450C.

    Jiwei et al. [137] prepararam filmes de ZnO orientados na direo do plano

    (002) atravs do processo despin-coatingde sis. Acetato de zinco foi usado como

    fonte de ons Zn2+e 2-propanol como solvente. Dietanolamina foi adicionada para

    estabilizar os sis preparados.

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    16/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    16

    Nota-se que a maior parte da literatura que trata da produo de filmes de

    ZnO e ZnO:Al est voltada para a caracterizao do composto final e no h

    preocupao por parte da maioria dos autores na investigao das etapas iniciais do

    processo de formao dos precursores, que ainda so pouco compreendidos. Alm

    disso, dbio o efeito de aditivos e da temperatura na cristalinidade do filme de

    xido obtido.

    I.7.2. Estruturas Cristalina e de Banda

    Tambm conhecido como zincita, o xido de zinco um slido que se

    cristaliza com uma estrutura hexagonal (Figura 7(a)) do tipo da wurtzita (ZnS) e

    possui grupo espacial P63mc. A estrutura do xido de zinco consiste de tetraedros deZnO4orientados numa s direo (Figura 7(b)), com camadas ocupadas por tomos

    de zinco que se alternam com camadas ocupadas por tomos de oxignio [138].

    Figura 7.Esquema de: (a) clula unitria e (b) posicionamento atmico referente ao

    composto xido de zinco [139].

    A estrutura do xido de zinco relativamente aberta e, portanto, torna-se

    relativamente fcil incorporar impurezas, contaminantes ou dopantes, em seu

    reticulado, o que acaba por gerar defeitos. Defeitos podem tambm ser formados por

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    17/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    17

    processos de migrao de tomos do prprio composto nos interstcios do reticulado

    cristalino e so, portanto, denominados de defeitos nativos.

    A presena de defeitos nativos na estrutura cristalina de xido de zinco

    caracteriza-o como um semicondutor no estequiomtrico do tipo ncom excesso de

    metal [139]. A no estequiometria do xido de zinco pode ser gerada tanto pela

    perda de oxignio com formao de vacncias de oxignio (VO) como pelo

    posicionamento do zinco reduzido nos interstcios (Zni) do retculo deixando em seu

    lugar vacncias de zinco, como ilustra a Figura 8(a). Entretanto, no existe um

    consenso na literatura a respeito de qual destes defeitos predominante [140].

    Estudos baseados em difuso inica propem a predominncia de zinco metlico

    intersticial, enquanto que medidas de velocidade de reao sugerem maiorincidncia de vacncias de oxignio.

    O composto ZnO pertence a classe dos compostos semicondutores da famlia

    II-VI e ainda existe discordncia com relao ao seu band gap, podendo os valores

    obtidos a partir de estudos pticos variar de 3,1 a 3,3 eV [141] (Figura 8(b)).

    Figura 8.Esquema de (a) formao de defeitos intersticiais e (b) nveis de energia do xido de

    zinco [139].

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    18/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    18

    Semicondutores slidos exibem um aumento pronunciado na absoro de luz

    quando a energia do fton excede a energia do bandgap(Eg). Entretanto, a fotofsica

    de partculas semicondutoras de tamanho nanomtrico consideravelmente

    diferente. Clculos mecnico-qunticos [142] e observaes experimentais [143]

    sugerem que o nvel de energia do primeiro estado excitado do excitonaumenta a

    medida em que o tamanho de partcula decresce, ocorrendo assim um deslocamento

    para o azul nas bandas de emisso na regio do ultravioleta (UV). Este deslocamento

    devido ao efeito quntico de tamanho (quantum-size effect).

    A agregao e crescimento de partculas de ZnO podem ser analisados por

    meio da espectroscopia de luminescncia.

    Koch et al. [129] relatam um deslocamento de absoro no limiar da bandapara partculas coloidais de ZnO de 310 para 360 nm durante o crescimento destas

    em 2-propanol em funo do tempo de refluxo e, ao mesmo tempo, o mximo do

    pico de fluorescncia deslocado de 460 para 540 nm.

    No decorrer da sntese de suspenses coloidais de ZnO, Bahnemann et al.

    [131] tambm observam mudanas espectrocpicas significativas pelo efeito

    quntico de tamanho e que podem ser atribudas s transies graduais a partir de

    clusters de ZnO, (ZnO)ncom n tendo incio em 8, at partculas de ZnO, (ZnO)ncom n 3000, que exibem propriedades fotofsicas e fotoqumicas de materiais

    semicondutores slidos.

    Efeitos de formao de clusters nas propriedades luminescentes de ZnO

    foram estudados por Spanhel e Anderson [132], que verificaram que um aumento no

    tamanho de partcula, provocado pela concentrao dos sis de ZnO, promove

    deslocamentos dos mximos de comprimento de onda de emisso para maiores

    comprimentos de onda (deslocamento para o vermelho). Uma diluio posterior

    restitui as propriedades espectroscpicas originais e, desta forma, fica evidenciado

    que a formao de clusters no envolve a formao de ligaes covalentes no

    processo de agregao de partculas.

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    19/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    19

    Atravs da espectroscopia resolvida no tempo, Monticone et al. [144]

    mostram diferenas nos espectros de emisso na regio do UV para sis de ZnO

    atribudas fluorescncia do band gap para partculas de diferentes tamanhos.

    Bandas de UV sofrem um deslocamento para o azul com a diminuio do tamanho

    de partcula dos sis de ZnO.

    sabido que o xido de zinco pode emitir bandas de luminescncia nas

    regies do ultravioleta, verde e amarelo. A emisso no UV devida recombinao

    direta de portadores de carga degenerados [145]. Por outro lado, o mecanismo de

    emisso na regio do visvel ainda controverso fruto da complexidade dos

    processos que o originam [140].

    A luminescncia verde de ZnO devida existncia de excessoestequiomtrico de Zn0e, embora possam existir vrios tipos de defeitos de retculo

    na estrutura cristalina de ZnO, os defeitos Zni, devido a presena de Zn0intersticial

    na estrutura cristalina, e VO, devido a ausncia de ons O2-na estrutura cristalina, so

    considerados os predominantes.

    Vergunnas e Konivalow [146] propuseram originalmente que a luminescncia

    verde corresponde transio Zn+ Zn++ que ocorre para ons Zn em excesso;

    porm, esta proposio contrria existncia de defeitos Znie VO, que leva a uma

    deficincia e no excesso de ons Zn2+. Por outro lado, Riehl e Ortman [147]

    atribuem os centros luminescentes aos defeitos VO. Bylander [148] sugere outro

    modelo no qual a luminescncia verde surge de transies dos nveis energticos dos

    defeitos Znie VZn. Liu et al. [149] sugerem a existncia de pelo menos dois tipos de

    defeitos originados por vacncias, sendo que um deles provavelmente VZn.VO.

    Semicondutores tambm podem ser dopados com ons de terras raras. Dois

    tipos de aplicaes podem ser salientados: a obteno de um material luminescente

    com condutividade eltrica alta ou a obteno de um material piezeltrico com

    condutividade eltrica alta. xido de zinco j exibe propriedades piezeltricas [112-

    114], mas postula-se que a insero de ctions volumosos como os de terras raras

    possam aumentar essa caracterstica.

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    20/21

    ____________________________________________________Introduo

    _______________________________________________________________

    20

    1.8. Propriedades Espectroscpicas de ons de Terras Raras

    Os primeiros estudos sobre os espectros dos ons lantandeos ou de terras

    raras (TR3+) tiveram incio com o trabalho de Van Vleck [150] publicado em 1937.

    Desde ento, as propriedades luminescentes dos ons TR3+ tm possibilitado o uso

    destes elementos, em particular de Eu3 + (4f6) e Tb3+ (4f8), como sondas estruturais

    nos mais diversos sistemas [151,152]. Por ser de mais fcil interpretao, o on Eu3+

    tem sido o mais empregado na anlise de modificaes estruturais que ocorrem

    durante a transio sol-gel [153,154].

    O on Eu3+ possui configurao eletrnica 4f6, com um total de 119

    multipletes, que por fora da interao spin-rbita originam 295 diferentes nveis,

    caracterizados pelos nmeros qunticos LSJ, que podem ser desdobrados em at3003 microestados. Este on, quando excitado ao nvel 5L6 (~ 390 nm), sofre um

    decaimento para os nveis 5Dj(j = 0,1,2,3) atravs de perdas de energia para sistema.

    Em sistemas desordenados obtidos via processo sol-gel, o on Eu3+ ocupa

    stios de baixa simetria [153,154] e seu espectro de emisso composto de

    transies dipolares eletrnicas luminescentes 5D0 7Fj (j = 0,2,4,6) e dipolar

    magntica 5D07F1. A transio

    5D07F2 sensvel simetria do campo ligante,

    ao contrrio da transio 5D07F1, que insensvel simetria do meio [55].

    Recentemente, a incorporao de ons de terras raras em matrizes de slica gel

    e vidros via processo sol-gel tem sido de interesse para uma variedade de aplicaes

    tecnolgicas que incluem dispositivos pticos tais como lasers de estado slido

    [155,156]. Normalmente, ons de terras raras so incorporados em seu estado

    trivalente. Porm, parte dos ons pode existir no estado divalente e mostram

    emisses muito fortes devidas s transies eletrnicas permitidas por dipolo [157].

    A incorporao de ons de terras raras em matriz de ZnO descrita na

    literatura. Atravs do processo de pulverizao catdica reativa sob a ao de campo

    magntico, Minami et al. [158] relata a preparao de filmes de ZnO dopado com

    Sc3+e Y3+ com transmitncia superior a 85%. Liu et al. [159] prepararam filmes de

    xido de zinco dopado com trbio via processo sol-gel e notaram a transferncia de

  • 7/24/2019 Intro Duca oda

    21/21

    ____________________________________________________Introduo 21

    energia da matriz para o on de terra rara. A fotoluminescncia vermelha em ps de

    ZnO dopados com Eu3+foi observada por Hayashi et al. [160], Bachir et al. [161] e

    Park et al. [162]. Entretanto, os compostos finais so obtidos por misturas de ps de

    seus reagentes de partida e no h relatos de preparao de sis de xido de zinco

    dopado com eurpio (ZnO:Eu) via processo sol -gel.