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Intensificação do uso da terra no entorno das comunidades ribeirinhas
do Tapajós-Arapiuns e das regiões de terra firme do sudoeste do Pará
Anielli Rosane de Souza¹
¹ INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Caixa Postal 515, 12201-970 São José dos Campos, SP, Brasil
Abstract: This work describes an analysis of land use intensification carried out
around riverine and upland communities located in southwestern Pará State. The
analysis was perfomed for communities located in different economic and institutional
contexts such as, protected lands, Incra´s settlements project, and cattle ranching and
soya farms regions. The intensification gradient was obtained with land use and land
cover data using a cellular database. The AHP thecnique was used to integrate land use
cover data and to estimate the gradient of intensification. The communities has different
use intensification, therefore this is result importante to subsidize many kinds of
appropriated politics in this region.
Keywords: land use, land cover, geoprocessing, community.
1.Introdução
A ocupação da Amazônia brasileira iniciou-se pela região litorânea, pelas faixas de
terras ribeirinhas (Becker, 1995). Somente a partir da década de 1950 outras áreas
passaram a ser ocupadas, próximas às rodovias federais, em projetos de assentamentos
do INCRA e no entorno de centros urbanos polos industriais, de acordo com as
estratégias de ocupação estabelecidas pelo governo federal que visavam integrar a
Amazônia às outras regiões do país (Becker, 1990; Valeriano, 2012). As comunidades
ribeirinhas podem ser consideradas como uma manifestação do urbano que inclui
diferentes tipologias de ocupação do território (Cardoso; Lima, 2006) podendo ser
vistas como fenômenos contínuos que se estendem pelo território (Monte-Mór, 1994).
Os diferentes processos de ocupação e contextos influenciam o uso e a cobertura da
terra das comunidades. Contextos em que se inserem essas comunidades como
Unidades de Conservação, Projetos de Assentamento Agroextrativistas, Projetos de
Assentamento do INCRA e áreas da União podem acarretar em diferenças significativas
nas formas e intensidades de uso da terra nas diferentes porções do território como
podem.
Neste trabalho o interesse está em estimar a área de influência e caracterizar o entorno
das comunidades localizadas no Baixo Tapajós, Arapiuns e em uma região de terra
firme, com relação à intensificação do uso da terra. O uso e a intensificação do uso da
terra são avaliados em diferentes contextos de regimes de terras (Unidades de
Conservação, projetos de assentamentos, áreas de produção de grãos e transamazônica),
possibilitando subsidiar a elaboração de políticas públicas de acordo com cada região.
Objetivando criar um gradiente de intensificação de uso da terra (GIU) para observar o
entorno das comunidades nos diferentes contextos e regimes de terras foi construído um
indicador de intesificação de uso da terra em um ambiente celular (no TerraView com o
plugin de célula), a partir dos dados do TerraClass. As classes foram ordenadas em um
gradiente de intensidade de uso e a partir de uma operação de grades e do uso da técnica
AHP o indicador de intensificação foi gerado.
Este trabalho está estruturado em 3 sessões. Na primeira sessão é feita uma breve
descrição da área de estudo, cuja informações mais detalhadas podem ser encontrada em
Amaral et. al. (2009) ; Escada et. al., (2013) e; Dal’Asta et. al., (2014). Na segunda
sessão estão descritos os procedimentos metodológicos realizados para alcançar os
objetivos. Na última sessão podem ser encontrados os resultados alcançados, discussão
e considerações finais.
2. Área de Estudo
As comunidades ribeirinhas estão localizadas na região do baixo Tapajós e do seu
afluente Arapiuns, pertencentes aos municípios de Santarém, Belterra, Aveiro,
Rurópolis, Itaituba e Placas. As informações levantadas compreendem à 62
comunidades da região do Tapajós, 49 comunidades do Arapiuns, que estão inseridas
em diferentes contextos e regimes de terra, como em Unidade de Conservação (Reserva
Extrativista do Tapajós-Arapiuns e Floresta Nacional do Tapajós), projetos de
Assentamento do INCRA, Terras Indígenas e Projeto de Assentamento
Agroextrativistas.
As comunidades de Terra firme estão localizadas no sudoeste do Pará, especificamente
na região da rodovia Transamazônica e Santarém, se estendendo aos municípios de
Itaituba, Rurópolis, Placas, Uruará, Santarém, Mojuí dos Campos e Belterra. Totalizam
40 comunidades que estão inseridas em diferentes contextos, com dinâmicas distintas
quando comparadas às comunidades ribeirinhas, ou seja, estão dentro do contexto da
produção de grãos, onde a região passou a produzir em larga escala, tornando a
agricultura mecanizada.Outras comunidades que estão localizadas ao longo da rodovia
transamazônica e vicinais, também tem dinâmica distinta, inseridas no contexto da
transamazônica, essas comunidades comumente tem suas atividades baseada na
agricultura familiar (Dal’Asta et. al., 2014).
Essas comunidades constituem a totalidade da área de estudo. Foram selecionadas por
estarem localizadas em áreas que apresentam diversidade no uso e cobertura da terra, e
por apresentarem diferentes contextos e regimes de terra que influenciam a diversidade
(Figura 1).
Figura 1: Área de estudo
3. Metodologia
Esse trabalho, como mencionado anteriormente foi desenvolvido objetivando criar um
gradiente de intensificação de uso da terra (GIU) das comunidades com relação ao
contexto que elas estão inseridas, o desenvolvimento pode ser observado na Figura 2:
Um banco de dados foi organizado no SPRING (Versão 5.2.6) com dados sobre:
localização das comunidades ribeirinhas do Tapajós-Arapiuns-PA, localização das
comunidades de terra firme do sudoeste-PA, Unidades de Conservação (tipo: Reserva
Extrativista do Tapajós-Arapiuns - RESEX e Floresta Nacional - FLONA ), Projetos de
Assentamento Agroextrativistas, Projetos de Assentamento do INCRA, áreas da União
e TerrasClass-2010. Esses dados foram compiladas a partir de dados levantados em três
campanhas de campo, em 2009, 2012 e 2014 (Amaral et. al., 2009 ; Escada et. al., 2013
e; Dal’Asta et. al., 2014) por pesquisadores do INPE. As outras informações são
provenientes de fontes secundárias como o, INCRA (Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária), INPE e MMA (Ministério de Meio Ambiente).
Os dados de Uso e cobertura da terra utilizados são provenientes do TerraClass 2010.
Esse dado qualifica as área desmatadas da Amazônia Legal identificadas no PRODES
(Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite), tornando possível
analisar o uso e cobertura da terra das comunidades estudadas e de seu entorno. Dados
adquiridos no site do INPE (Instituto de Pesquisa Espaciais)- CRA(Centro regional da
Amazônia).
Os dados do TerraClass-2010, passaram por um processo de reclassificação.A
reclassificação objetivou agregar as treze classes do TerraClass, em apenas seis classes:
agricultura anual, floresta, mosaico de ocupações, outros, pasto e vegetação secundária.
A classe pasto agregou as classes, pasto limpo, pasto sujo e regeneração com pasto; a
classe outros agregou: área não observada, área urbana, desflorestamento-2010,
mineração, não floresta e outros (essa classe compreende: afloramento rochosos, praias
fluviais e bancos de área). A classe floresta e hidrografia compõe uma mesma classe, ou
seja, floresta, visto que dentro das classes analisadas não tem uso associado.
O mapa temático reclassificado, foi importado para o TerraView (versão 4.2.2), a fim de
utilizar operadores que possibilitam inferir sobre a porcentagem de cada classe dentro
da célula. Para isso foi utilizado o plugin de célula com o operador porcentagem de
cada classe para posteriormente gerar uma grade com o gradiente de intensificação de
uso da terra. Esse índice foi obtido a partir da combinação de classes dentro da célula e
de mapa de distância.
Foram utilizadas células de tamanho de 5 km por 5 km, . O dado de entrada foi o dado
do TerraClass-2010 e o dado de saída é a grade representando as células de 5 km
criadas na etapa anterior com o valor da porcentagem de cada classe dentro de cada
célula. Foram definidos pesos de acordo com a importância em relação ao grau de
intensificação de uso, de acordo com especialista.
O mapa de célula foi exportado para o SPRING. Cada classe foi transformada em um
MNT (Modelo Numérico de Terreno), com valores de porcentagem das classes dentro
de cada célula. E um plano de informação (PI) foi criado para cada classe, objetivando
calcular o índice de intensificação a partir da combinação das grades.
3.1 Álgebra de mapas e inferência geográfica
Para a produção do mapa de intensificação de uso da terra foram utilizados os
operadores matemáticos média ponderada utilizando a AHP, média ponderada simples
utilizando pesos dado em conjunto com o especialista e fuzzy gama.
Para aplicação do método de média ponderada das classes, foram definidos pesos de
acordo com a importância em relação ao grau de intensificação de uso. A partir da
técnica de supor a decisão, AHP (Processamento Analítica Hierárquico), que através de
combinação pareada fornece informações quantitativas, ou seja, atribui pesos a cada
classe, possibilitando calcular a média ponderada. A AHP foi executada dentro do
ambiente do SPRING, onde cada classe foi classificada diferentemente através dos
valores atribuídos a cada uma delas. A combinação pareada apresentou um bom grau de
razão de consistência, sendo que a operação é considerada consistente quando o valor é
menor que 0,1 e nessa operação o valor de consistência foi igual a 0.027. Após a
operação de atribuição de pesos para as variáveis, foi utilizado o LEGAL para aplicação
do método de média ponderada (AHP).
A média ponderada simples recebeu valores atribuídos em conjunto com o especialista,
a classe floresta e hidrografia receberam valor mínimo (0,005) e classe agricultura anual
recebeu valor máximo (1,0). As classes vegetação secundária (0,2), mosaico de
ocupações (0.4) e pasto (0.6), assumirão valores intermediários entre esses extremos.
A terceira técnica utilizada compreendeu a bordagem Fuzzy. Essa abordagem não
utiliza limites rígidos entre as classes, estabelecendo um grau de pertinência, ou seja, o
quanto aquela classe pertence aquele determinado conjunto. Nesse trabalho foi utilizado
o operador Fuzzy Gama, sua expressão é baseada em produto algébrico e na soma
algébrica. O valor de gama varia entre zero e um, quando gama for igual a 0 esse valor
dependerá do produto algébrico e quando gama for igual a 1 esse valor dependerá da
soma algébrica. Nesse trabalho, foram testados e variados os valores de gama de 0 a 1
para avaliar aquele que melhor se adéqua a região. O operador também foi executado
no LEGAL.
O GIU foi construído através do operador fuzzy gama, resultou em valores selecionado
empiricamente, foram feitas diferentes simulações cuja objetivo era testar o máximo de
valores e que fossem distribuídos a fim de verificar o padrão que mais se adequasse a
região. Lembrando que conceitualmente o valor de gama varia de 0 a 1, portanto os
valores definidos correspondem: 0, 1, 2, 0.35,0.5, 0.65, 0.8, 0.85, 0.90, 0.95. Os mapas
elaborados e apresentados adiante correspondem apenas ao valor do gama igual 1, 0.85
e 0.95, pois as outras grades apresentaram numerosos valor igual a 0, portanto os
valores mínimo e máximo quase não são diferentes de 0, dificultando a análise
Os resultados apresentado por cada operador passaram por uma análise junto a um
especialista para escolher operador que melhor representava o dado correspondente a
realidada da região em estudo, mais adiante será discutido e apresentado o resultado
escolhido para o gradiente a intensificação de uso da terra.
Os dados passaram por uma operação de fatiamento objetivando obter melhor
visualização dos resultados e comparação produzidos pelos diferentes operadores. Os
intervalos de cada classe de fatiamento utilizado estão baseados nos valores mínimo e
máximo de cada grade.
Fatiamento: Média Ponderada com pesos obtidos pela AHP:
[0 - 0.005000] MUITO BAIXO
[0.005000 - 0.0498] BAIXO
[0.0498 - 0.0996] MEDIO
[0.0996 - 0.1494] INTERMEDIARIO
[0.1494 - 0.1992] ALTO
[0.1992 - 0.249] MUITO ALTO
Tabela 1: Média Ponderada- AHP
Fatiamento: Grade obtida com pesos de ponderação dados pelo especialista :
[0- 0.146] MUITO BAIXO
[0.146 - 0.291] BAIXO
[0.291 - 0.437] MEDIO
[ 0.437 - 0.583] INTERMEDIARIO
[0.583 - 0.729] ALTO
[0.729 - 0.876] MUITO ALTO
Tabela 2: Média Ponderada Simples
Fatiamento: Fuzzy Gama
[0.00- 0.01] MUITO BAIXO
[0.01-0.18] BAIXO
[0.01-0.18] MEDIO
[0.36 - 0.54] INTERMEDIARIO
[0.54 - 0.72] ALTO
[0.72 - 0.9] MUITO ALTO
Tabela 3: Fuzzy Gama
Os fatiamentos foram importantes para possibilitar a análise e comparações dos
resultados entre operadores utilizados.
3.2 Compilação dos dados para análise
Após gerar resultados com diferentes operadores, as comunidades passaram por um
processo de recorte territorial, ou seja foram dividas de acordo com o contexto em que
estão inseridas. Os contextos são: dentro de Unidade de Conservação (RESEX e
FLONA); fora da Unidade de Conservação (PAE Lago grande, terra indígena, Gleba
Nova Olinda e projeto de assentamento do INCRA), comunidades localizadas no eixo
da transamazônica e área de produção de grãos (Região de Santarém).
Objetivando observar como as comunidades se diferenciam em relação a sua área de
influência foram criados mapa de distância de acordo com o contexto. O buffer criado
foi de de 0km ate 15km, dividido em intervalos de 2,5 km. Os mapas de distância
foram cruzados com a grade de intensificação de uso e com os dados do TerrasClass
(uso e cobertura da terra). A tabulação cruzada permitiu calcular a área de intersecção
entre as comunidades e o uso e cobertura da terra. O produto final resultou em gráficos
de gradiente de intensificação de uso da (GIU) por contexto e de uso e cobertura da
terra e de regimes de terras.
4. Resultados e discussões
Nessa sessão são apresentados os recortes territoriais por contexto e os resultados
obtidos pelos diferentes operadores de inferência geográfica e álgebra de mapas na
construção do gradiente de intensificação de uso da terra (Figura: 7,8,9,10, 11 e 12),
apresentando portanto o que melhor se ajustou a região. Os resultados obtidos por cada
operador pouco ou não se assemelham um com outro.
Os recortes territoriais foram importante para podermos avaliar o GIU por diferentes
contexto, tornando possível observar cada particularidade. Na Figura 3, 4, 5 e 6 são
apresentados os recortes territoriais por contextos e o mapa de distância.
Figura 3:Recorte Territorial - Comunidades fora da U.C Figura 4: Recorte Territorial - Comunidades dentro da U.C
Gradiente de intensificação do uso da terra obtido por diferentes operadores, matematicos e fuzzy:
Figura 7: Fuzzy gama= 0.65 Figura 8:Fuzzy gama= 0.85 Figura 9:Fuzzy gama=0.95
Figura 10:Fuzzy gama=1 Figura 11:Média Ponderada Figura 12:Média Ponderada-AHP
Os resultados foram comparados visualmente com o dado do TerraClass 2010, e com a
ajuda do especialista, observou-se diferenças entre os dados fornecidos pelo Fuzzy
Gama, onde a simulação feita principalmente com os valores de Gama igual a 0.85 e
0.95 são totalmente distintos da realidade, forneceu valores de intensificação de uso que
não correspondem com a totalidade da área de estudo, proporcionando apenas
informações pontuais. Entretanto foi facilmente observado que o valor de gama igual a
1 se destacou dentre esses, pois é o que mais se aproximou da realidade, mas esse
resultado ainda não corresponde perfeitamente a realidade da região.
O resultado obtido através da Média Ponderada (simples) se aproxima do resultado
proveniente do fuzzy gama igual a 1, cenários que se aproximam da realidade da área de
estudo, mas não estão totalmente ajustados a ela.
Dentre os operadores utilizados, a intensificação de uso da terra é melhor representado
pela média ponderada que utilizou a AHP. Os valores produzidos por esse operador foi
o que melhor correspondeu a realidade da área com relação a intensificação do uso da
terra. Essa conclusão foi feita depois de diversos ajustes e simulações realizadas com os
operadores Gama e Média Ponderada (simples). O mapa (Figura 12) resultante da
Média Ponderada (AHP) apresentou informações bem distribuídas, possibilitando
explorar melhor os dados. Portanto os operadores Fuzzy Gama e Média Ponderada
(simples), apresentaram cenário menos favorável.
Após conseguir definir o operador que melhor se ajustou as característica da área de
estudo, pode ser feito uma análise da intensificação de uso da terra em relação as
comunidades, permitindo observar como elas se diferenciam em relação a sua área de
influência e o uso da terra de acordo com contextos que elas estão inseridas. Partindo
desse objetivo foram criados mapas de distâncias de acordo com o recorte territorial,
determinado pelo contexto que as comunidades estão inseridas. Os mapas resultantes
desta operação são apresentados na Figura 17, 18, 19 e 20.
4.1 Comunidades no contexto da Unidade de Conservação - RESEX e FLONA
Neste contexto são apresentados o mapa (figura 13) e o gradiente de intensificação de
uso da terra (gráfico 1), além do gráfico de uso e cobertura da terra (gráfico 2),
possibilitando melhor entender essa realidade.
Figura 13: Unidade de Conservação - FLONA e RESEX
Gráfico 1: Gradiente de Intensificação de Uso da terra no contexto da Unidade de
Conservação - FLONA e RESEX.
+ Comunidades
Mapa de distância
0 1
1
0 1 1
1 3
5
0 2 3 4
4
38
32
28
27
28
29
17
25
38
47
47
47
45
41
31
20
17
15
0 - 2 5 0 0 2 5 0 0 - 5 0 0 0 5 0 0 0 - 7 5 0 0 7 5 0 0 - 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 - 1 2 5 0 0 1 2 5 0 0 - 1 5 0 0 0
%
GIU NO CONTEXTO DA U.C (FLONA E RESEX)
MUITO ALTO ALTO MODERADO BAIXO MUITO BAIXO ÁREA NÃO DESMATADA OUTROS
Gráfico 2: Uso e cobertura da terra no contexto da Unidade de Conservação -FLONA e
RESEX
No Gráfico 1 junto com a Figura 13, observou-se que o gradiente de intensificação do
uso da terra corresponde a muito baixo quando se trata das distância mais próximas aos
núcleos, a medida que se afasta, o gradiente passa a ter outras variáveis, como: área não
desmatada e outro. Em proporção muito pequena você observa que algumas áreas
distantes da comunidade denotam alguns usos de intensidade moderada.
O grau de intensificação do uso está intimamente ligado a ação de diferentes atores
envolvidos, ou seja a população e suas respectivas culturas, fazendeiros, madeireiros,
agricultura familiar, pescadores e etc. O tipo de uso e cobertura da terra demonstram a
dinâmica da região e o uso que é dado para a terra, dado que pode ser observado no
Gráfico-2.
Essas comunidades por estarem inseridas em Unidades de Conservação confere a elas
uma característica de uso de cobertura da terra já esperada, ou seja maior proporção de
floresta em todas as distâncias aqui analisadas, entretanto uma característica atípica
desse contexto chama a atenção, a classe pasto. Essa classe aparece com baixo grau de
proporção entretanto em todas as distâncias e a medida que se afasta do núcleo da
comunidade o valor aumentou. A porcentagem de pasto é em virtude das atividades
agroextrativista e de áreas utilizadas para produção de arroz, mandioca, milho e feijão
(cerca de 1,25 hectares é permitido pelo IBAMA para atividades agrícolas), ressaltando
que essas atividades não são permitidas em área de floresta preservada, apenas nas áreas
2
1
1
1 1 1
71
81
83
84
83
82
3
1 1 2
2 2
22
14
12
9 10
10
1
2 3 4 4 5 5
0 - 2 5 0 0 2 5 0 0 - 5 0 0 0 5 0 0 0 - 7 5 0 0 7 5 0 0 - 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 - 1 2 5 0 0 1 2 5 0 0 - 1 5 0 0 0
%
USO E COBERTURA DA TERRA NO CONTEXTO DA U.C (FLONA E RESEX)
Mosaico de ocupações Floresta Outros vegetação secundária Agricultura Anual Pasto
de capoeira.Devido as restrições de uso da terra nas Unidades de Conservações, os
ribeirinhos exercem outras atividades econômicas como, pesca e artesanatos (Escada et
al.,2013; Amaral et al.,2009).
4.2 Comunidades no contexto Fora da Unidade de Conservação - Gleba Nova Olinda,
PAE Lago Grande e Terra Indígena.
Nessa sessão é apresentado os resultados obtidos para o contextos das comunidades que
estão fora da unidade de conservação. Através do mapa (figura 14) e do gradiente de
intensificação de uso da terra (gráfico 3) pode ser observado que a dinâmica desse
conjunto de comunidades é diferente daquelas localizadas dentro de unidades de
conservação.
Figura 14: Fora da Unidade de Conservação (Gleba Nova Olinda, PAE Lago Grande e
Terra Indígena)
+ Comunidades
Mapa de distância
Gáfico3: Gradiente de Intensificação do Uso da Terra no Contexto Fora da Unidade de
Conservação - Gleba Nova Olinda, PAE Lago Grande e Terra Indígena.
O Gráfico 3 e a Figura 14, tornou possível analisar que as comunidades inseridas nesse
contexto tem o Gradiente de Intensificação de Uso da Terra categorizado como muito
baixo em todas as distância, mas isso não denota que essa área é homogênea com baixo
grau de intensificação de uso, nas distancia intermediarias, ou seja entre 5 mil metros e
10 mil metros, o GIU sofre algumas modificações, as categorias de classificação, como
alto e moderado sofre incremento, não com o mesmo grau de intensidade que a
categoria muito baixa. Esses mudanças devido as proximidades com os centros urbanos
e o acesso a estradas. Ressalto que o alto grau que a categoria outros ocorre é devido a
classe hidrografia que esta inserida nesse conjunto e por serem comunidades ribeirinhas
isso não é uma característica intrínseco. Objetivando inteirar-se do uso e cobertura da
terra, informações são apresentadas no Gráfico 4:
Gráfico 4: Uso e cobertura da terra no Contexto fora das Unidades de Conservação
2
1
1 1
1 1
71
70
68
69
73
75
2 3 3
3
2
2
18
17
15
13
12
11
1 1
1 7
9 1
3
13
11
10
0 - 2 5 0 0 2 5 0 0 - 5 0 0 0 5 0 0 0 - 7 5 0 0 7 5 0 0 - 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 - 1 2 5 0 0 1 2 5 0 0 - 1 5 0 0 0
%
USO E COBERTURA DA TERRA NO CONTEXTO FORA U.C
Mosaico de ocupações Floresta Outros vegetação secundária Agricultura Anual Pasto
1 3 5
3
1
1 3 5 6 8
4 5 1
0
13
14
13
5
58
38
25
23
23
10
14
20
22
27
35
18
22
29
31
26
18
62
0 - 2 5 0 0 2 5 0 0 - 5 0 0 0 5 0 0 0 - 7 5 0 0 7 5 0 0 - 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 - 1 2 5 0 0 1 2 5 0 0 - 1 5 0 0 0
%
GIU NO CONTEXTO FORA DA U.C
MUITO ALTO ALTO MODERADO BAIXO MUITO BAIXO ÁREA NÃO DESMATADA OUTROS
Essas comunidades por estarem fora de Unidades de Conservação não confere alto
índice de uso e cobertura da terra concentrado na vegetação, as classes são menos
distribuídas, entretanto a classe pasto é a que mais se destaca e isso se deve
principalmente pela agricultura de subsistência e pelas atividades econômicas
desenvolvidas, tais como, criação de gado bovino, produção de mandioca e de outros
vegetais plantados junto com ela (abacaxi, abacate, uxi, jacarandá e etc.) (Escada et
al.,2013; Amara et al.,2009).
A fonte de renda das comunidades incide principalmente no inverno (devido a
sazonalidade) na produção de mandioca, mas também existem outras atividades que são
mais para o consumo local, como a extração de produtos da floresta (mel silvestre, caça,
castanha, açaí e palha para artesanato etc) (Escada et al. 2013).
4.3 Comunidades no contexto da Produção de Grãos
Nesta sessão podemos observar o resultado do gradiente de intensificação de uso da
terra (gráfico 5) e o tipo uso e cobertura (gráfico 6) correspondente a essa intensificação
neste contexto. Na Figura 15 é espacializado a intensificação do uso da terra:
Figura 15: Produção grãos
+ Comunidades
Mapa de distância
Gráfico 5: Gradiente de Intensificação do Uso da terra no contexto da Produção de
Grãos
As comunidades inseridas no contexto da Produção Grãos tem uma características
peculiar, ou seja é totalmente diferente do que foi observado nos dados das
comunidades que estão fora ou dentro das Unidades de Conservação. No Gráfico 5 e
Figura 15, observou-se que o GIU não é predominantemente muito alto ou baixo, é
variado, entretanto a categoria muito alto, alto e moderado se destacam,isso se deve
porque a área tem alta atividade econômica voltada para a produção agrícola em larga
escala (mecanizada) e pela proximidade com Santarém (Dal'Asta et al., 2014). O
Gráfico 6 apresenta as classes sobre o uso e cobertura da terras.
Gráfico 6: Uso e cobertura da terra no Contexto da Produção de Grãos
11
6
4
4
2
1
9 1
2
13
11
8
6
20
20
15
10
8
8
22
20
18
19
19
11
19
20
25
29
31
28
1 5
9 1
1
12
17
18
18
16
16
20
28
0 - 2 5 0 0 2 5 0 0 - 5 0 0 0 5 0 0 0 - 7 5 0 0 7 5 0 0 - 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 - 1 2 5 0 0 1 2 5 0 0 - 1 5 0 0 0
%
GIU NO CONTEXTO DA PRODUÇÃO DE GRÃOS
MUITO ALTO ALTO MODERADO BAIXO MUITO BAIXO ÁREA NÃO DESMATADA OUTROS
9
5
5 5 5 6
36
48
55
59
63
65
3
3
3 4 4 5
19
17
14
12
10
10
13
11
9
9
6
4
20
15
14
12
12
9
0 - 2 5 0 0 2 5 0 0 - 5 0 0 0 5 0 0 0 - 7 5 0 0 7 5 0 0 - 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 - 1 2 5 0 0 1 2 5 0 0 - 1 5 0 0 0
%
USO E COBERTURA DA TERRA NO CONTEXTO DA PRODUÇÃO DE GRÃOS
Mosaico de ocupações Floresta Outros vegetação secundária Agricultura Anual Pasto
As mudanças no uso e cobertura da terras se deve principalmente pelas mudanças após
os anos 90, onde a agricultura típica da região era voltada para agricultura familiar,
nesse período passa a ser incorporado a agricultura mecanizada (Dal´Asta et al. 2014),
essas transformações justificam o que está sendo apresentado no Gráfico 6. Esse
conjunto de comunidades estão localizadas no município de Santarém, onde a
agricultura mecanizada alterou o uso e cobertura da terra, os dados do IBGE referentes
ao ano de 2010 (mesmo ano do dado do terraclass) apontaram que cerca de 54495
hectares de Santarém são destinadas a produção agrícola (Gráfico 7).
Gráfico 7: Produção agrícola com relação a área plantada de Santarém.-PA.
Fonte: IBGE, 2010.
A intensificação uso da terra voltado para atividades de agricultura nessa área é
decorrente de grandes investimento em latifúndios e equipamentos de agricultura de
larga escala. O aumento dessa atividade se deu devido a imigração de famílias vindas do
estado do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina (Dal´Asta et al., 2014).
4.4 Comunidades no contexto da Transamazônica
Neste contexto são apresentados os dados de intensificação de uso da terra e de uso e
cobertura da terra, podendo ser observado os resultados na Figura 16, no gráfico 8 e 9.
125 10.700
30 870
21.000
250 4.400
17.100
20
54495 h
e
c
t
a
r
e
s
Área Plantada de Santarém-PA
Figura 16: Transamazônica
Gráfico 8: Gradiente de Intensificação de uso no contexto da Transamazônica
No gráfico 8 e na Figura , observou-se a dinâmica das comunidades com relação ao uso
da terra. Nessas comunidades o GIU é bastante variado, ou seja o gradiente mostrou-se
bastante modificado. Tanto próximo as comunidades como mais distante dela existe
essa variação, mas o que chama atenção é que grande porcentagem da categoria alta do
GIU se mantém praticamente constante ao longo da distância do núcleo, devido a região
ter alta atividade agrícola. No gráfico 9, apresenta os tipos de uso e cobertura da terra:
1
1
6
5
3
2
1 3
14
17
18
17
16
16
46
43
37
34
30
29
26
24
28
29
34
33
2 5
8 1
1
12
14
5 8
7 8
7
5
0 - 2 5 0 0 2 5 0 0 - 5 0 0 0 5 0 0 0 - 7 5 0 0 7 5 0 0 - 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 - 1 2 5 0 0 1 2 5 0 0 - 1 5 0 0 0
%
GIU NO CONTEXTO DA TRANSAMAZÔNICA
MUITO ALTO ALTO MODERADO BAIXO MUITO BAIXO ÁREA NÃO DESMATADA OUTROS
+ Comunidades
Mapa de distância
Gráfico 9: Uso e cobertura da terra no Contexto da Transamazônica
A maioria das comunidades localizada ao longo da transamazônica e vicinal,
diferentemente das comunidades situadas no contexto da produção de grãos, é voltada
para as atividades de agricultura familiar, na grande maioria baseada na produção de
cacau, mandioca, feijão e gado criado em pequena escala. As comunidades próximas de
Placas o uso da terra está também associado a produção de cacau (Dal´Asta et al.,
2014), por isso observamos maior porcentagem de pasto nas proximidades das
comunidades.
Considerações Finais.
Em termos gerais, observou-se que o GIU da terra das comunidades são distintos,
variando de acordo com o contexto inseridas. Isso evidencia que os usos e a cobertura
das comunidades são determinados pelos contextos que estão inseridas o que confere à
elas características e uma dinâmica particular. Elas podem ate ter dinâmica ou
atividades econômicas parecidas, mas as restrições de uso da terra, as tornam diferentes,
principalmente aquelas dentro das Unidades de Conservação que tem restrições de uso
diferentemente daquelas localizadas ao longo da transamazônica por exemplo. A
inserção dessas comunidades nesses diferentes contextos influenciam na implementação
de políticas públicas, como por exemplo, credito agrícola, assistência técnica,
2.8
2
0.7
7
0.7
8
0.6
6
0.8
1
0.7
0
43
.22
51
.75
51
.24
57
.10
56
.22
59
.89
4.6
6
2.5
5
1.8
4
2.8
4
3.9
0
3.0
8 1
8.3
7
17
.22
15
.61
15
.35
15
.62
11
.54
0.0
0
0.0
0
0.0
0
0.0
0
0.0
0
0.0
0
30
.94
27
.72
30
.53
24
.04
23
.45
24
.79
0 - 2 5 0 0 2 5 0 0 - 5 0 0 0 5 0 0 0 - 7 5 0 0 7 5 0 0 - 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 - 1 2 5 0 0 1 2 5 0 0 - 1 5 0 0 0
%
USO E COBERTURA DA TERRA NO CONTEXTO DA TRANSAMAZÔNICA
Mosaico de ocupações Floresta Outros vegetação secundária Agricultura Anual Pasto
principalmente para atividade extrativista dentro de unidade de conservação, plantio de
hortaliças na região da produção de grãos e etc. por isso as peculiaridades dos diferentes
contextos tem que ser levados em consideração. Compreender que o Gradiente de
intensificação de Uso da terra varia de acordo com o contexto no qual as comunidades
estão inseridas subsidia o sucesso de políticas públicas alequeadas para região.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, S. (et al.). Da canoa à rabeta: estrutura e conexão das comunidades
ribeirinhas no Tapajós (PA). Pesquisa de Campo Jun/Jul de 2009. São José dos
Campos: INPE, 2009. 30 p. (INPE-16574-RPQ/827). Disponível em:
<http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m18@80/2009/09.11.18.27>. Acesso em: 21 dez. 2013.
CARDOSO, A. C. D.; LIMA, J. J. F. Tipologias e padrões de ocupação urbana na
Amazônia Oriental: para que e para quem? In: A. C. D. Cardoso (Ed.). O Rural e o
Urbano na Amazônia. Diferentes olhares e perspectivas. Belém-PA: EDUFPA, 2006.
Tipologias e padrões de ocupação urbana na Amazônia Oriental: para que e para quem?
p.55-98.
ESCADA, M. I. S. (et al.). Infraestrutura, serviço e conectividades ribeirinhas do
Arapiuns. São José dos campos: INPE, 2013.
DAL’ASTA, A. P. (et al.)Estrutura, serviços e a conectividade das comunidades de
terra firme do sudoeste do PA. São José dos campos: INPE, 2014. (In press)
EMBRAPA & INPE. TerraClass: Levantamento de informações de uso e cobertura da
terra na Amazônia- Sumário Executivo. São José dos Campos: INPE, 2008. Disponível
em: http://www.inpe.br/cra/projetos_pesquisas/sumario_executivo_terraclass_2008.pdf.
Acesso em: 21 jan. 2014.
VALERIANO, D. M. (et al.). Monitoramento do desmatamento. In: MARTINE, G.
(Ed.).População e sustentabilidade na era das mudanças ambientais globais:
contribuição para uma agenda brasileira. Belo Horizonte: ABEP, 2012. p.223-238.
ANEXO
Tabela 4: Comunidades ribeirinhas do Tapajós
Comunidades Contexto Município Comunidades Contexto Município
1Pindobal
Santarém 33Nazaré Rurópolis
2Porto Novo
Belterra 34Parana Mirim (ou Paraná Miry) Itaituba
3Maguari
Belterra 35Pauini Itaituba
4São Domingos FLONA Belterra
36São Francisco da Cachoeira Itaituba
5 Jamaraquá FLONA
Belterra 37São Francisco da Cachoeira do
Americano
– Igarapé Itapacurá Itaituba
6Acaratinga FLONA Belterra
38Ipiranga 2 Itaituba
7Jaguarari FLONA
Belterra
39Ipaupixuna 1 Itaituba
8Pedreirra FLONA Belterra 40Independência 2 Itaituba
9Piquiatuba FLONA Belterra
41Castanho Itaituba
10Marituba FLONA Belterra 42Pedra Branca - Nova União Itaituba
11Bragança FLONA Belterra 43Paraná do Moreira Itaituba
12Marai FLONA Belterra
44Nossa Senhora Aparecida Itaituba
13Nazaré FLONA Belterra 45Barreiras Itaituba
14Tauari FLONA Belterra 46Cury-Teçá Aveiro
15Pini FLONA Belterra 47Curitimbó Aveiro
16Taquara FLONA Belterra 48Brasília Legal Aveiro
17Prainha FLONA Belterra 49Uricurituba Aveiro
18Itapaiuna FLONA Aveiro 50Santa Cruz Aveiro
19Jutuarana FLONA Aveiro 51Vista Alegre (Muçum) Aveiro
20Paraíso FLONA Aveiro 52Daniel de Carvalho Aveiro
21Itapuama FLONA Aveiro 53Tumbira Aveiro
22Aveiro FLONA Aveiro 54Apacê Aveiro
23Uruará FLONA Aveiro 55Escrivão Resex Aveiro
24São francisco do Godinho FLONA Aveiro 56Pinhel Resex Aveiro
25São Joao Batista
Aveiro 57Cametá Resex Aveiro
26Fordlândia
Aveiro 58Nova Vista Resex Santarém
27Nova Esperança
Aveiro 59Boim Resex Santarém
28Cauçu-Epá
Rurópolis 60Paraná-Pixuna Resex Santarém
29São Tomé (lago do
Araipá)
Rurópolis
61Muratuba Resex
Santarém
30Santarenzinho
Rurópolis 62Suruacá Resex Santarém
31Lago do Pireira
Rurópolis 63Vista Alegre Resex Santarém
32Monte Cristo
Rurópolis 64Joarituba Resex Santarém
Tabela 5:Comunidades ribeirinhas do Arapiuns
Comunidades Município Contexto Comunidades Município Contexto
1Amari Santarém PAE Lago Grande 26Nova
Pedreira
Santarém PAE Lago
Grande
2Aminá Santarém PAE Lago Grande 27Nova
Vista Santarém PAE Lago
Grande
3Anã Santarém RESEX 28Nova
Sociedade
29Tucuma
Santarém RESEX
4Anigalzinho Santarém PAE Lago Grande 30Novo
Horizonte
Santarém PAE Lago
Grande
5Arapiranga Santarém RESEX 31Novo
Lugar Santarém Terra Indígena
6Ariumun Santarém PAE Lago Grande 32Pacoal Santarém RESEX
7Atodi Santarém RESEX 33Piaui Santarém PAE Lago
Grande
8Atrocal Santarém RESEX 34Raposa Santarém RESEX
9Bacuri Santarém PAE Lago Grande 35Santa
Luzia
Santarém PAE Lago
Grande
10Bom Futuro Santarém PAE Lago Grande 36Santissima
Trindade
Santarém PAE Lago
Grande
11Cachoeira Aruã Santarém PAE Lago Grande 37São
Francisco
Santarém PAE Lago
Grande
12Cachoeira Maró Santarém Terra Indígena 38São João
Pira Santarém PAE Lago
Grande
13Camará Santarém PAE Lago Grande 39São Jose I Santarém RESEX
14Caroca Santarém PAE Lago Grande 40São José
III
Santarém Terra Indígena
15Cuipiranga Santarém PAE Lago Grande 41São José II Santarém PAE Lago
Grande
16Curi Santarém PAE Lago Grande 42São
Miguel
Santarém RESEX
17Cutile Santarém PAE Lago Grande 43São Pedro Santarém RESEX
18Fé Deus Santarém Gleba Nova Olinda 44Sociedade
Parentes
Santarém Gleba Nova
Olinda
19Franca Santarém RESEX 45Tucumã Santarém RESEX
20Garupá Santarém PAE Lago Grande 46Urucureá Santarém RESEX
21Lago Praia Santarém PAE Lago Grande 47Vila Brasil Santarém PAE Lago
Grande
22Lago Central Santarém PAE Lago Grande 48Vila
Gorete Santarém PAE Lago
Grande
23Maica Santarém PAE Lago Grande 49Vista
Alegre
Santarém PAE Lago
Grande
24Mentai Santarém RESEX 50Nova
Sociedade
Santarém PAE Lago
Grande
25Monte Sião Santarém PAE Lago Grande Santarém
Obs: Fora da Unidade de Conservação (PAE lago grande, Gleba Nova Olinda e Terra
Indígena).
Tabela 6:Comunidades do Sudoeste do Pará
Comunidade Município Contexto
Novo Horizonte Rurópolis Transamazônica
Barreiras Itaituba Transamazônica
Nova Brasília Itaituba Transamazônica
Pantanal de Areia Aveiro Transamazônica
Bom Jesus do Guajará Itaituba Transamazônica
Nova Canaã Itaituba Transamazônica
São Luís do Tapajós Itaituba Transamazônica
Santa Terezinha Itaituba Transamazônica
Nossa Senhora Aparecida Uruará Transamazônica
Planalto Uruará Transamazônica
Novo Jardim Uruará Transamazônica
São José Placas Transamazônica
Bela Vista Placas Transamazônica
Maranã Placas Transamazônica
Estrela do Norte Rurópolis Transamazônica
Novo Paraíso Placas Transamazônica
Ipaupixuna Santarém Produção de Grãos
Boa Esperança Santarém Produção de Grãos
São Jorge Santarém Produção de Grãos
Poço Branco Santarém Produção de Grãos
Santana do Ituqui Santarém Produção de Grãos
Guaraná Santarém Produção de Grãos
Palhau Mojuí dos Campos Produção de Grãos
Igarapé da Lama Mojuí dos Campos Produção de Grãos
Vista Alegre do Mojú Mojuí dos Campos Produção de Grãos
Igarapé da Pedra Mojuí dos Campos Produção de Grãos
Pindobal Belterra Produção de Grãos
São Bráz Santarém Produção de Grãos
Santa Luzia Belterra Produção de Grãos
Praia Grande Belterra Produção de Grãos
Açaizal do Prata Belterra Produção de Grãos
Nazaré Belterra Produção de Grãos
São Jorge Belterra Produção de Grãos
Igarapé do Onça Mojuí dos Campos Produção de Grãos
Umbizal Mojuí dos Campos Produção de Grãos
Fé em Deus Belterra Produção de Grãos
Bom sossego Belterra Produção de Grãos
Nossa Senhora do Nazaré Belterra Produção de Grãos
São Francisco do Mojú Mojuí dos Campos Produção de Grãos
Morada Nova Mojuí dos Campos Produção de Grãos