Insurreiçom nº 11

4
Órgao de expressom do Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano | Nº 11 · Inverno de 2011 A profunda crise capitalista está provocando um paulatino Martim e Iussa, logo a de dous jovens da Corunha e mais incremento das luitas operárias, nacionais e de género a escala recentemente a de Simom, estám ligadas polo mesmo fio mundial. Os levantamentos sociais da Tunísia e do Egito contra os condutor: golpear os setores mais avançados do nosso povo. regimes autoritários de partidos aderidos à “Internacional De momento a repressom é seletiva. Está basicamente centrada Socialista” do PSOE som a melhor expressom do ciclo de na esquerda independentista e socialista galega. convulsons que caracteriza o novo século XXI. Primeiro lançam umha intensa campanha de intoxicaçom mediática, de criminalizaçom do nosso projeto político A Galiza nom fica alheia a esta dinámica. As duas greves gerais revolucionário, e posteriormente começam as detençons. realizadas em 29 de Setembro e 27 de Janeiro constatam umha Nom é momento de retroceder, e muito menos de arriar mudança de tendência. Cada vez som mais numerosas as bandeiras. É hora de combater os nossos inimigos, de somar trabalhadoras, os trabalhadores e jovens que, após décadas de mais povo à luita, de desmascarar colaboracionistas, de resignaçom e passividade, vem na luita a única forma de parar os descartar qualquer conciliaçom e alianças interclassistas, de pés à ofensiva da burguesia contra as nossas conquistas sociais, manter inalterável o rumo do leme. direitos nacionais e avanços na igualdade de género. Os atalhos eleitorais som saídas em falso. As receitas reformistas O Capital também é consciente da inevitável radicalizaçom da umha velha e desgastada fraude. As etapas no processo confrontaçom que está gerando a brutal ofensiva neoliberal emancipatório simples dilatantismo. Há que concentrar todos os contra a classe obreira e a juventude, do imperialismo espanhol objetivos numha única direçom. Nom há mais alternativa que a contra a Naçom Galega, do machismo e patriarcado contra as Revoluçom. E esta se for verdadeira só pode ser socialista, galega mulheres. Por este motivo está aprofundando a repressom. e antipatriarcal. Para avançar nessa direçom é imprescindível construir Se as luitas se estenderem e o nível de consciência popular ferramentas revolucionárias que facilitem atingir os objetivos incrementar, a burguesia vê-se forçada a reprimir a quem estratégicos a nível nacional, mais também coordenaçons a combate. A detençom de Miguel, posteriormente a de Adriám, escala internacional como a que o MCB representa.

description

Novo número do vozeiro do capítulo galego do MCB

Transcript of Insurreiçom nº 11

Page 1: Insurreiçom nº 11

Órgao de expressom do Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano | Nº 11 · Inverno de 2011

A profunda crise capitalista está provocando um paulatino Martim e Iussa, logo a de dous jovens da Corunha e mais incremento das luitas operárias, nacionais e de género a escala recentemente a de Simom, estám ligadas polo mesmo fio mundial. Os levantamentos sociais da Tunísia e do Egito contra os condutor: golpear os setores mais avançados do nosso povo.regimes autoritários de partidos aderidos à “Internacional De momento a repressom é seletiva. Está basicamente centrada Socialista” do PSOE som a melhor expressom do ciclo de na esquerda independentista e socialista galega. convulsons que caracteriza o novo século XXI. Primeiro lançam umha intensa campanha de intoxicaçom

mediática, de criminalizaçom do nosso projeto político A Galiza nom fica alheia a esta dinámica. As duas greves gerais revolucionário, e posteriormente começam as detençons.realizadas em 29 de Setembro e 27 de Janeiro constatam umha Nom é momento de retroceder, e muito menos de arriar mudança de tendência. Cada vez som mais numerosas as bandeiras. É hora de combater os nossos inimigos, de somar trabalhadoras, os trabalhadores e jovens que, após décadas de mais povo à luita, de desmascarar colaboracionistas, de resignaçom e passividade, vem na luita a única forma de parar os descartar qualquer conciliaçom e alianças interclassistas, de pés à ofensiva da burguesia contra as nossas conquistas sociais, manter inalterável o rumo do leme.direitos nacionais e avanços na igualdade de género.

Os atalhos eleitorais som saídas em falso. As receitas reformistas O Capital também é consciente da inevitável radicalizaçom da umha velha e desgastada fraude. As etapas no processo confrontaçom que está gerando a brutal ofensiva neoliberal emancipatório simples dilatantismo. Há que concentrar todos os contra a classe obreira e a juventude, do imperialismo espanhol objetivos numha única direçom. Nom há mais alternativa que a contra a Naçom Galega, do machismo e patriarcado contra as Revoluçom. E esta se for verdadeira só pode ser socialista, galega mulheres. Por este motivo está aprofundando a repressom. e antipatriarcal.

Para avançar nessa direçom é imprescindível construir Se as luitas se estenderem e o nível de consciência popular ferramentas revolucionárias que facilitem atingir os objetivos incrementar, a burguesia vê-se forçada a reprimir a quem estratégicos a nível nacional, mais também coordenaçons a combate. A detençom de Miguel, posteriormente a de Adriám, escala internacional como a que o MCB representa.

Page 2: Insurreiçom nº 11

contraataque

Seria um erro avaliarmos os resultados da greve optando por centrar os esforços nas geral nacional de 27 de Janeiro caindo no manifestaçons, nom permitiu que amplos setores simplismo de os compararmos com a estatal de operários e populares com contratos precários e 29 de Setembro. eventuais pudessem voluntariamente aderir à Nem pola desigualdade de forças que greve geral.promoviam cada umha destas duas jornadas de -Os enormes limites e insuficiências de um luita obreira, nem pola atitude adotada polos modelo de sindicalismo que nom ideologiza a meios de comunicaçom e as forças coercitivas da enorme estrutura de delegadas e delegados, burguesia, podemos realizar umha leitura nem favorece a participaçom ativa da filiaçom na empregando idênticos parámetros. açom sindical da central, som claramente Sem lugar a dúvidas, o valor mais importante do visíveis em convocatórias deste calibre.que aconteceu na Galiza há uns dias reside -A estreita vinculaçom com o BNG da corrupta precisamente no caráter e composiçom da burocracia empoleirada na direçom da CIG optou jornada de luita. por fazer desta greve a pré-campanha eleitoral Esta greve foi convocada pola principal central das municipais ao autonomismo. Evitando sindical galega, quebrando o seguidismo que paralisar os serviços, comércio e hotelaria, nem vinha mantendo com o sindicalismo pactista incidindo nas vilas e cabeceiras de comarca de espanhol, incidindo assim no que é umha amplas zonas da Pátria consegue nom confrontar reafirmaçom do nosso específico quadro com os setores intermédios aos quais nacional de luita de classes, que já se basicamente dirige o seu morno discurso manifestara em Setembro numha maior interclassista.adesom, combatividade e assistência às Assim podemos avaliar o papel dos liberados manifestaçons. sindicais nos piquetes, evitando a qualquer preço Nesta ocasiom, a CIG optou por convocar umha a crispaçom inerente a umha jornada de greve greve geral apoiando-se exclusivamente optando por incrementar ainda mais a sua nalgumhas forças sociopolíticas galegas. tradicional linha conciliadora.O sectarismo característico da sua direçom

Jornada positiva, mas insuficiente reformista tam só procurou o apoio das Estes fatores som determinantes na hora de entidades afins do autonomismo e de inofensivos valorizar o resultado de 27 de Janeiro. A greve foi grupos esterilizados para poderem agir como umha realidade tangível para a prática totalidade umha alternativa revolucionária.da populaçom galega que ou bem aderiu Diferentemente de outras naçons onde as conscientemente ou bem foi espetadora forçada grandes centrais contam com os sindicatos mais pola coerçom exercida polo patronato num dia modestos na hora de estruturarem umha frente em que o transporte, a construçom, a indústria, a comum de luita, a direçom da CIG erra mais recolhida de lixo, o ensino, o comércio, nom umha vez quando despreza a CUT e o plural funcionárom com normalidade.abano de organizaçons políticas e sociais que, Assim -sem cair no triunfalismo do aparelho de como a esquerda independentista e socialista propaganda da direçom da CIG nem no galega, fam parte do movimento popular derrotismo emitido polos meios de comunicaçom essencial para alargar e garantir um maior da burguesia- Primeira Linha considera que a sucesso de umha iniciativa da dimensom de atmosfera repressiva e a falta de informaçom umha greve geral que pretende paralisar o País.nom impossibilitárom que a greve geral tivesse

Antecedentes e similitudes um importante impacto em certos setores O antecedente de umha greve geral nacional industriais, na construçom e no transporte das convocada por forças operárias e políticas de principais áreas proletárias da Galiza, mas ámbito galego é a de 14 de Fevereiro de 1984. obviamente mui mais abaixo do que a greve de Umha greve geral na comarca de Vigo contra a Setembro. As manifestaçons realizadas em mais reconversom naval convocada polo sindicalismo de umha dúzia de localidades do País mostrárom galego e CCOO e UGT foi audaciosamente a existência dum importante setor obreiro e reconduzida pola INTG a todo o território da popular que aderiu conscientemente à greve.Comunidade Autónoma. O sucesso no sul estava Mas nom podemos deixar-nos arrastar pola pois praticamente assegurado pola unidade autossatisfaçom de “termos cumprido”, de atingida, mas foi a ativa e combativa militáncia termos convocado a greve geral. Agora há que do sindicalismo galego que contra todos os seguir, há que aprofundar nesta direçom de luita, Setembro, em que com meses de antecedência prognósticos gerou umha dinámica de ámbito pois a ofensiva da burguesia é voraz e nom tem informárom até a saciedade da greve, gerando nacional que tivo continuidade com duas novas limites.de qualquer forma a criaçom de um clima que greves gerais em 12 de Julho e 29 de Novembro Já estám anunciadas novas e mais agressons favoreceu a adesom maciça.desse histórico 1984. contra as conquistas, direitos e liberdades. O -As dúvidas e contradiçons internas da CIG, que Mas, obviamente o grau de apoio nesta ocasiom povo trabalhador já nada pode aguardar deste até ultima hora -mesmo após ter convocado nom podia ser similar à de Setembro por sistema nem dos seus partidos. É mais publicamente a jornada de luita- estivo diferentes motivos. necessário que nunca a unidade obreira e aguardando a possível convocatória de greve por -A jornada de greve geral estava impulsionada popular, umha direçom revolucionária das luitas CCOO e UGT, dificultou umha maior socializaçom unilateralmente pola CIG e só contava com o e a construçom de um vigoroso partido da jornada de luita, perdendo preciosos dias para apoio da CUT e da COG, assim como do anarco- comunista combatente que ligue os objetivos ocupar as ruas e realizar assembleias em sindicalismo de direçom foránea. Também das tácticos com a tomada do poder.fábricas e centros de trabalho.forças políticas galegas, enquadradas num Há que radicalizar as massas e avançar na -O governo espanhol do PSOE optou por amplo espaço que oscila entre o autonomismo e direçom que os povos trabalhadores da Grécia, obstaculizar o direito à greve mediante umha a esquerda independentista. O conjunto das Tunísia ou Egito mostram.abafante ocupaçom policial das principais organizaçons e movimentos sociais vinculados a cidades e núcleos industriais. As forças de

A luita é o único caminho!estes dous campos políticos também ocupaçom espanholas agírom de fura-greves, manifestamos o nosso apoio ativo à greve geral. reprimindo a açom dos piquetes dando cobertura

Viva a luita obreira e popular!Tanto a direçom de CCOO como da UGT, em plena ao patronato, favorecendo assim que a pequena-reta final da nova genuflexom frente ao burguesia comercial optasse por nom secundar a

A Revoluçom Galega é a soluçom!patronato e ao governo, figérom o possível para jornada de luita desafiando o acionar de uns obstaculizar o apoio à greve. piquetes sem suficiente determinaçom.

Comité Central de Primeira Linha-Os meios de comunicaçom sistémicos optárom -Mas também a orientaçom que a direçom da CIG Galiza, 29 de Janeiro de 2011por invisibilizar a convocatória frente à de acordou dar à greve, evitando a confrontaçom e

Primeira Linha analisa greve geral de 27 de Janeiro

Page 3: Insurreiçom nº 11

O intelectual e militante marxista argentino e membro do MCB, Néstor Kohan, participou em duas palestras organizadas por Primeira Linha em 7 e 8 de Fevereiro em Compostela e Vigo respetivamente.Os dous atos públicos intitulados “A vigência do marxismo. Alternativa emancipadora à crise capitalista“, realizados nos centros sociais Henriqueta Outeiro e Lume!, permitírom analisar a validez do método de análise de Karl Marx e a sua aplicaçom revolucionária na atual crise sistémica que padece o capitalismo senil.Néstor Kohan foi categórico à hora de reivindicar a plena vigência do marxismo, nom só como ferramenta de estudo da história da sociedade humana e teoria crítica da ordem social capitalista, também como teoria política da Revoluçom.Partindo da premissa que nom existe um só marxismo, pois há diversos marxismos, o revolucionário argentino questionou o determinismo rígido e passivo dos manuais soviéticos que fundamenta todo na existência de leis necessárias e ineludíveis, desconsiderando o fator subjetivo. Apoiando-se na rica experiência histórica da luita polo Socialismo, mas também na obra teórica de Lenine, Mariátegui, Gramsci e o Che Guevara, Néstor Kohan incidiu em que sem intervençom subjetiva de massas a crise capitalista nom vai derivar em processos revolucionários.Denunciou que nas análises estatísticas sócio-económicas, inclusive naquelas realizadas por economistas de esquerda, nunca se incorporam as luitas, as insurgências, as desobediências sociais, como um vetor fundamental para entendermos os processos sociais.

Enorme capacidade de recomposiçom capitalistaAs duas grandes crises capitalistas do século XX -a de 1929 como a dos anos setenta- constatam a enorme capacidade de recomposiçom da burguesia após crises agudas e gerais de todo o sistema capitalista. De aí a importáncia da organizaçom obreira e popular, da construçom de partidos comunistas, de promover organizaçons revolucionárias com um programa e um projeto genuinamente radical.Os diversos liquefeitos ideológicos reformistas que as diversas variantes do pós-modernismo apresentam como novidades frente "aos antiquados projetos marxistas" nom só som velhas receitas, mas a realidade tem mostrado que tenhem fracassado.

Preparar-se para a RevoluçomNéstor Kohan manifestou a importante tarefa de preparar-se para o confronto. Em base a diversas experiências, latino-americanas e de outras latitudes geográficas, de explosons de ira popular onde se carecia de organizaçom prévia e preparaçom política e ideológica, Néstor Kohan mostrou como sempre acabam sendo devoradas polo capitalismo.

Néstor Kohan na Galiza: Há que preparar organizaçons para a Revoluçom Social

O Informe anual dos partes de guerra na Colômbia difundido polo Estado Maior Central da insurgência comunista desmente a grosseira manipulaçom mediática a que está submetido um dos conflitos mais desconhecidos do planeta. Contrariamente à posiçom difundida polo governo da oligarquia colombiana o confronto armado que padece desde a década de sessenta nom está inclinado a favor das forças militares estatais e dos seus aliados paramilitares.Após mais de umha década de implementaçom do Plano Colômbia, da intervençom direta dos Estados Unidos no combate contra as guerrilhas revolucionárias, estas nom só lográrom resistir a investida militar, adaptando-se à nova forma de operar do inimigo, senom que voltárom a recuperar a iniciativa, causando mais baixas ao inimigo que a inícios do século.

Som 4.341 o número de baixas causadas polas FARC-EP em 2010:

• 2.078 mortos: • 48 oficiais e suboficiais. • 1.697 soldados. • 218 polícias • 115 paramilitares e colaboradores do Exército.

A isto há que acrescentar 2.242 feridos.

• 26 oficiais e suboficiais, • 1.938 soldados, • 233 polícias• 45 paramilitares e colaboradores do Exército.

No Informe aparecem registrados 21 desaparecidos.A guerrilha bolivariana informa também da destruçom de um helicóptero e 75 avariados.21 avionetas e avions avariados, 13 embarcaçons da Armada avariadas incluindo 2 buques. Assim como a destruçom de tanquetas, veículos, torres de energia e diversas infraestruturas.No pormenorizado Informe de 157 páginas que se pode descarregar integramente em www.resistencia-colombia.org informam da incautaçom de diverso material de guerra e inteligência.

FARC-EP informa de 4.341 baixas causadas em 2010 às forças inimigas da oligarquia colombiana

Alliance Act S-1758 de 1999

PLANO COLÔMBIA 2000-20101ª catástrofe humanitária do terceiro milénio

4.9 Milhons de deslocad@s10 Milhons de hectáreas roubadas250.000 [email protected] Assassinatos20.000 Crianças falecidas anualmente por desnutriçom7.500 Prisioneiros polí[email protected] Fossas comuns1.527 Sequestros2.778 Sindicalistas [email protected] Execuçons extrajudiciais1.597 Massacres429 Parapolítica68% da populaçom na miséria7 Bases militares ianques1º País em desigualdade social da América Latina

Page 4: Insurreiçom nº 11

Edita: Capítulo Galiza do Movimento Continental BolivarianoTiragem: 1.000 exemplaresEncerramento de ediçom: 14 de Fevereiro de 2011Blogue: www.ccb-galiza.orgCo-e: [email protected]

Coincidindo com o cinqüenta aniversário do espectacular assalto e seqüestro do Santa Maria polo DRIL, a Abrente Editora publica no nosso idioma “A captura do Santa Maria. 24 homens e mais nada”, um livro inédito da autoria do galego José Fernandes Vasques, comandante Soutomaior.

Meio século depois de um dos episódios menos conhecidos da resistência galega ao fascismo é resgatada umha das iniciativas de maior projecçom internacional realizadas na longa noite de pedra: o primeiro seqüestro a nível mundial de um navio por motivos políticos.

O seu valor reside na determinaçom de combater com as armas os regimes ditatoriais ibéricos seguindo o fio condutor da insurgência guerrilheira que durante anos fijo frente ao fascismo nas montanhas e cidades galegas na década de quarenta. O DRIL foi umha tentativa de promover a luita frontal, de carácter insurrecional, contra Franco e Salazar perante a passividade da direcçom do PCE que após liquidar a guerrilha em 1948 posteriormente nom duvida em aplicar em 1956 a pactista doutrina soviética da reconciliaçom nacional.

Mas também por estar conformada por um comando basicamente galego-português, no que sem lugar a dúvidas é a primeira colaboraçom galego-portuguesa num operativo militar revolucionário. É o antecedente do que posteriormente foi o apoio que tivo entre sectores da esquerda lusa a Frente armada da UPG a meados dos setenta e o EGPGC entre a década de oitenta e noventa.

Este livro está escrito como umha crónica dos acontecimentos desenvolvidos em Caracas nos meses prévios a Janeiro de 1961 que possibilitárom a Operaçom Dulcineia que culminou com o assalto do paquebote português. Mas também como um diário dos treze dias no que o DRIL converteu o Santa Maria no Santa Liberdade, e finalmente umha explicaçom e valorizaçom dos acordos atingidos com o governo brasileiro para a entrega voluntária do barco e a liberdade dos vinte e quatro combatentes.

Miguel Nicolás Aparício, jovem obreiro metalúrgico viguês, foi detido em 15 de Dezembro pola polícia espanhola sob acusaçom de ter participado em sabotagens contra instalaçons do INEM. Três dias depois foi transferido para a prisom da Lama onde permanece. Quinze entidades políticas e sociais conformárom o Comité de Solidariedade e Apoio a Miguel (CSAM) para reclamar a sua imediata liberdade pois o seu único delito é ser um militante obreiro que defende coerentemente a sua classe luitando contra o sistema capitalista.

Apoios internacionaisIzquierda Castellana, Corsica Libera, Coordinadora Obrera Sindical dos Paísos Catalans, Movimento Popular Democrático do Equador, Movimento Caamañista da Republica Dominicana, Askapena de Euskal Herria, Colectivo Amauta e Catédra Che Guevara da Argentina, colectivo comunista Política Operária de Portugal, tenhem respaldado a reivindicaçom de liberdade para Miguel.

Apoio económicoPara poder fazer frente aos gastos da campanha e às necessidades de Miguel na prisom está aberta umha conta solidária: 2080-0079-90-0040012553 (Novacaixagalicia)

+info: csamiguel.blogspot.com

Miguel Nicolás AparícioMódulo 9Prisom da LamaLama, Galiza