Insuficiência Renal No Recém - Fisso Andre Trabalho

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Insuficiência Renal no Recém- Nascido O recém-nascido é mais suscetível à insuficiência renal aguda, provavelmente pelas alterações volêmicas que ocorrem no período neonatal, pelo aumento das perdas insensíveis e, no prematuro há uma imaturidade do desenvolvimento do sistema urinário, uma vez que embriogênese renal termina na 35º semana gestacional. A insuficiência renal em crianças apresenta implicações no desenvolvimento físico, mental e emocional, tendo seu cotidiano modificado por restrições provocadas pela patologia. As principais causas da IRA são o uso de medicamentos, infecções bacterianas, deposição de imunocomplexos e quadros hipovolêmicos. Na criança, o impacto de uma doença crônica, impõe implicações para o desenvolvimento físico, mental e emocional da criança, a qual tem seu cotidiano modificado por restrições provocadas pela patologia, terapêutica e controle clínico, além das frequentes internações separando-a de sua família e ambiente. De um modo geral, as principais causas de insuficiência renal aguda são a hipovolemia e hipotensão por períodos prolongados e a obstrução dos rins ou das vias urinárias. Se estas situações forem devidamente diagnosticadas e tratadas a tempo, os rins serão preservados da ausência de fluxo sanguíneo e não sofrerão danos. Caso tais situações não sejam revertidas em tempo hábil, os rins sofrem lesões que podem prejudicar seu funcionamento de maneira aguda ou crônica. A insuficiência renal crônica (IRC) é a perda gradual e irreversível da função renal, que conduz ao desequilíbrio da homeostase. A principal função dos rins é remover os resíduos e o excesso de água do organismo. Causas A doença renal crônica (DRC) piora lentamente com o tempo. Nos primeiros estágios, pode ser assintomática. A perda de função em geral demora meses para ocorres. Ela pode ser tão lenta que os sintomas não aparecem até que o funcionamento dos rins seja menor que um décimo do normal.

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Insuficiência Renal no Recém- Nascido

O recém-nascido é mais suscetível à insuficiência renal aguda, provavelmente pelas alterações volêmicas que ocorrem no período neonatal, pelo aumento das perdas insensíveis e, no prematuro há uma imaturidade do desenvolvimento do sistema urinário, uma vez que embriogênese renal termina na 35º semana gestacional.

A insuficiência renal em crianças apresenta implicações no desenvolvimento físico, mental e emocional, tendo seu cotidiano modificado por restrições provocadas pela patologia.

As principais causas da IRA são o uso de medicamentos, infecções bacterianas, deposição de imunocomplexos e quadros hipovolêmicos.

Na criança, o impacto de uma doença crônica, impõe implicações para o desenvolvimento físico, mental e emocional da criança, a qual tem seu cotidiano modificado por restrições provocadas pela patologia, terapêutica e controle clínico, além das frequentes internações separando-a de sua família e ambiente.

De um modo geral, as principais causas de insuficiência renal aguda são a hipovolemia e hipotensão por períodos prolongados e a obstrução dos rins ou das vias urinárias. Se estas situações forem devidamente diagnosticadas e tratadas a tempo, os rins serão preservados da ausência de fluxo sanguíneo e não sofrerão danos. Caso tais situações não sejam revertidas em tempo hábil, os rins sofrem lesões que podem prejudicar seu funcionamento de maneira aguda ou crônica.

A insuficiência renal crônica (IRC) é a perda gradual e irreversível da função renal, que conduz ao desequilíbrio da homeostase.

A principal função dos rins é remover os resíduos e o excesso de água do organismo.

Causas

A doença renal crônica (DRC) piora lentamente com o tempo. Nos primeiros estágios, pode ser assintomática. A perda de função em geral demora meses para ocorres. Ela pode ser tão lenta que os sintomas não aparecem até que o funcionamento dos rins seja menor que um décimo do normal.

O estágio final da doença renal é chamado de falência renal crônica. Os rins já não funcionam e o paciente necessita de diálise ou de um transplante de rim.

Diabetes e hipertensão são as duas causam mais comuns e responsáveis pela maioria dos casos.

Muitas outras doenças podem prejudicar os rins, inclusive:

Problemas das artérias que chegam aos rins ou dentro deles Defeitos congênitos dos rins (como a doença do rim policistico) Alguns analgésicos e outros medicamentos Algumas substâncias químicas tóxicas Doenças autoimunes (como lúpus eritematoso sistêmico e escleroderma) Lesão ou trauma Glomorelonefrite Cálculos renais e infecção

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Nefropatia de refluxo (na qual os rins são danificados pelo fluxo retrocados pelo fluxo retrógrado de urina para dentro deles)

Outras doenças renais

Sintomas

Os sinais e os sintomas da insuficiência renal variam de acordo com a causa de o nível de prejuízo renal.

O indivíduo, geralmente, apresenta-se letárgico, com náuseas, vômitos e diarreia. A pele e mucosas apresentam-se secas por desidratação, e a respiração pode ter o mesmo odor da urina, denominado hálito urêmico. É um paciente sonolento, com queixas constantes de cefaleia, podendo apresentar abalos musculares, convulsões, arritmias e parada cardíaca nos casos graves. O volume urinário apresenta-se diminuído e os valores de ureia e creatinina no sangue aumentam gradativamente.

Os primeiros sintomas da doença renal crônica também ocorrem com frequência em outras doenças. Esses sintomas podem ser os únicos sinais da doença renal até que a doença esteja mais avançada.

Os sintomas podem incluir:

Malestar geral e fadiga Coceira generalizada (prurido) e pele seca Dores de cabeça Perda de peso sem tentar perder peso Perda de apetite Náuseas

Outros sintomas que podem aparecer, principalmente quando o funcionamento dos rins piora:

Pele anormalmente clara ou escura Dor nos ossos Sonolência e confusão Dificuldade de concentração e raciocínio Dormência nas mãos, pés e outras áres do corpo Espasmos musculares ou cãibras Mau hálito Fácil aparição de hematomas, hemorragia ou sangue nas fezes Sede excessiva Soluços frequentes

A doença renal crônica leva a um acúmulo de líquido e resíduos no organismo. Essa doença afeta a maioria dos sistemas e funções do organismo, inclusive a produção de glóbulos vermelhos, o controle da pressão arterial, a quantidade de vitaminas D e a saúde dos ossos.

A urinálise pode mostrar proteínas ou outras alterações. Essas alterações podem aparecer de 6 meses a 10 anos, ou mais, antes do aparecimento dos sintomas.

Os exames que verificam o funcionamento dos rins abrangem:

Níveis de creatina BUN (nitrogênio ureico no sangue) Depuração de creatina

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Tratamento

Os cuidados de enfermagem à criança com insuficiência renal são idênticos aos dos adultos, embora existam algumas considerações especiais para os pacientes pediátricos. As crianças, muitas vezes, apresentam reações de agressão, ansiedade, negativismo, depressão, tendências às fobias de escuros, de médicos, hospitais, cirurgia, medicamentos e, até mesmo, da morte (MOREIRA, 2010).

Portanto é necessário que os direitos da criança hospitalizada sejam respeitados em todos os seus aspectos legais, tornando o ambiente hospitalar menos estressante e mais acolhedor.

Os tratamentos para doença renal inicial incluem mudanças no estilo de vida e medicamentes. As mudanças no estilo de vida como comer menos e se exercitar regularmente para manter peso saudável, podem ajudar a prevenir as doenças que causam danos aos rins. Se o paciente já tem diabetes e/ou pressão alta, mantiver essas condições sob controle podem impedir mais danos aos rins.

Restringir o uso de sal pode ser uma mudança importante de estilo de vida, uma vez que isso pode ajudar a controlar a pressão sanguínea, Para pessoas que já têm a função renal muito reduzida, outra mudança frequentemente recomendada é seguir uma dieta com quantidades moderadas de proteínas. Uma vez que as proteínas fazem os rins trabalharem mais, comer menos proteína pode ajudar a retardar o processo da insuficiência renal. Qualquer um considerando mudanças na dieta por causa de doença renal deve trabalhar com um nutricionista para garantir a nutrição adequada.

Controlar a pressão arterial é a chave para atrasar maiores danos renais.

Os inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) ou os antagonistas do receptor da angiotensina são usados com maior frequência

O objetivo é manter a pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg

Outras dicas para proteger os rins e prevenir cardiopatias e derrames:

Não fuma. Coma refeições com pouca gordura e colesterol Faça exercícios regularmente (consulte seu médico ou enfermeiro antes de começar). Tome medicamentos para reduzir o colesterol, se for necessário. Mantenha sua glicemia sob controle.

Quando a perda da função renal se toma mais severa, é necessário se preparar para a diálise ou um transplante renal.

O momento para começar a diálise depende de diferentes fatores, como os resultados dos exames de laboratório, a gravidade dos sintomas e a disposição.

Você deve começar a se preparar para a diálise antes que ela seja absolutamente necessária. A preparação envolve aprender sobre a diálise e os tipos diálise existentes, além da colocação de um acesso para a diálise

Mesmo os candidatos a um transplante renal precisarão de diálise até que um rim esteja disponível.

É responsabilidade da equipe de enfermagem

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Monitorizar a função renal através do balanço hídrico e da pesagem diária Avaliar frequentemente seu estado, observando e registrando sinais de comprometimento

cardíaco, como dispneia, taquicardia e distensão das veias do pescoço. Estar atenta e preparada para situações de emergências que podem ocorrer, como arritmias e

parada cardíaca. Manter a família informada a respeito de suas condições, auxiliando-os na compreensão do

tratamento.

Intervenções, como diálise peritoneal e hemodiálise, podem ser utilizadas no sentido de substituir os rins insuficientes, promovendo a eliminação das substâncias tóxicas

A diálise peritoneal é um método pelo qual se introduz um líquido estéril (líquido dialisador) na cavidade abdominal por meio de um cateter. O peritônio é banhado com este líquido dialisador, que faz a remoção das substâncias tóxicas presentes no organismo. A quantidade de líquido infundido e a duração das infusões variam de acordo com as necessidades de cada um.

A hemodiálise é um processo pelo qual, através de uma fístula arteriovenosa ou catéter de longa ou curta duração, o sangue do indivíduo passa por uma máquina que contém um sistema de filtro artificial, simulando os rins, eliminando assim as substâncias tóxicas do corpo.

O transplante renal tornou-se o tratamento de escolha para a maioria dos portadores de doença renal crônica. O rim pode ser proveniente de um doador vivo ou de cadáver humano Geralmente, a diálise peritoneal e a hemodiálise são tratamentos utilizados pelos doentes renais crônicos até se conseguir o transplante.

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Histórico do paciente

I.V.J, 5 anos, brasileira, natural de São Paulo residente em Araraquara.

Criança estuda no ensino primário sem interferência nenhuma.

Mora com os pais. Mãe refere que já teve catapora. Esquema vacinal completo nega diabetes mellitus e/ou alergias com antecedentes cirúrgicos - aos 4 meses fez uma ureterostomia e aos 5 anos correção da ureta. Na 33ª semana de gestação, mãe por meio de ultrassom 3d, foi diagnosticado possível problema renal em feto. Parto prematuro, a permanência de criança em UTI por aproximadamente um mês.

Criança não realiza hemodiálise/diálise até presente data, já que o rim está em grau 4º funcionamento de 19% de seu funcionamento (questiona a mãe). Faz uso de alfaepoetina 2000v (3 vezes por semana vitamina C (4 gotas uma vez ao dia), complexo B (1 comprimido uma vez ao dia), ácido fólico (1/4 do comprimido uma vez ao dia), bicabornato de sódio (1 comprimido de 8 em 8 horas) relata dieta de proteínas, sua ingestão hídrica no momento liberada. Informa padrão intestinal fisiológico e urinário. Participa da rotina escolar conforme suas limitações, informa ter bom padrão de sono e repouso.

Apresenta sintomatologia de IRC. Ao exame físico, apresenta 36ºC de temperatura axilar, 97 bpm de frequência cardíaca, 110 mmhg de pressão arterial e frequência respiratória. Peso corporal de 15,900 kg e 1,08 m. Normocorada, hidratada, pele ressecada, pulsos periféricos palpáveis, tórax e abdômen sem alterações. Posturas e manchas normais. Criança aguardando liberação para hemodiálise.

Planejamento da assistência de enfermagem.

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Os cuidados de enfermagem envolvem à sistematização desde a entrada do paciente até a saída deste da sessão de hemodiálise. Deve-se recepcionar o paciente ao chegar à unidade de diálise, sempre observando seu aspecto geral e realizando uma avaliação pré-hemodiálise, que envolve o encaminhamento do paciente a balança para registrar o peso, encaminhar o paciente a máquina, verificar sinais vitais; auxiliares e/ou técnicos devem comunicar qualquer alteração para o enfermeiro responsável, conversar com o paciente sobre qualquer sintoma que ele tenha sentido desde a última diálise, etc. E se não houver restrição iniciar a sessão de diálise.

Na avaliação pós-hemodiálise deve-se cuidar para sinais de sangramento no local da punção venosa, checar sinais vitais, verificar o peso, não permitir que o paciente sintomático deixa a unidade sem atendimento médico, etc. Durante a sessão de hemodiálise a equipe deve estar atenta ao monitoramento dos sinais vitais, anticoagulação, funcionamento adequado das máquinas de diálise (temperatura, rolete fluxo de sangue, fluxo dialisado), conforto do paciente, intercorrências, queixas e dúvidas dos pacientes, solicitação do médico quando necessário, e a enfermeira deve realizar a supervisão dos auxiliares e técnicos da equipe. O fim da sessão ao retirar o paciente da máquina deve se tomar cuidado para que haja maior devolução de sangue ao paciente com uma menor quantidade de soro e evitar embolismo gasoso pela entrada de ar pela agulha de retorno.

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Como tratamento para as insuficiências renais citadas, a diálise é o meio utilizado como forma de remoção de produtos residuais urêmicos do organismo, quando os rins sofrem danos e sua função fica comprometida ou perdem a sua função de filtração. Os principais tipos de diálise são: Hemodiálise e Diálise Peritoneal (Brunner, 2009).

Os objetivos da hemodiálise são retirar as substâncias nitrogenadas e tóxicas do sangue e remover o excesso de água. Nesta modalidade de tratamento, realizada em regime hospitalar ou ambulatorial, a filtração é realizada usando um aparelho, o dialisador, cujo sangue, ao passar através de capilares artificiais, é filtrado eliminado as impurezas, excesso de eletrólitos e substâncias tóxicas, assim como, é descartado o excesso de volume de líquidos do paciente (BRUNNER, 2009).

No caso da diálise peritoneal, esta exerce a mesma função da hemodiálise, sendo que o líquido dialisador estéril é colocado na cavidade peritoneal, onde

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