Instrução Geral para o Missal Romano

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    MISSAL ROMANORESTAURADO POR DECRETO DO CONCLIO

    ECUMNICO VATICANO II,PROMULGADO PELA AUTORIDADE DE PAULO VI

    E REVISTO POR MANDADO DO PAPA JOO PAULO II

    Traduo portuguesa para o Brasilda separata da terceira edio tpica

    preparada sob os cuidados daCongregao para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos

    ROMA2002

    INSTRUO GERALSOBRE O MISSAL ROMANO

    PROMIO

    1. Quando ia celebrar com seus discpulos a ceia pascal, onde instituiu o sacrifcio do seu Corpo e Sangue, oCristo Senhor mandou preparar uma sala ampla e mobiliada (Lc 22,12). A Igreja sempre julgou dirigida a si estaordem, estabelecendo como preparar as pessoas, os lugares, os ritos e os textos, para a celebrao da SantssimaEucaristia. Assim, as normas atuais, prescritas segundo determinao do Conclio Vaticano II, e o Novo Missal, quea partir de agora ser usado na Igreja de Rito romano para a celebrao da Missa, so provas da solicitude daIgreja, manifestando sua f e amor imutveis para com o supremo mistrio eucarstico, e testemunhando uma

    contnua e ininterrupta tradio, ainda que algumas novidades sejam introduzidas.Testemunho de f inalterada2. A natureza sacrifical da Missa, que o Conclio de Trento solenemente afirmou1, em concordncia com auniversal tradio da Igreja, foi de novo proclamada pelo Conclio Vaticano II que proferiu sobre a Missa estassignificativas palavras: "O nosso Salvador na ltima Ceia instituiu o sacrifcio eucarstico do seu Corpo e Sanguepara perpetuar o sacrifcio da cruz atravs dos sculos at a sua volta, e para confiar Igreja, sua esposa muitoamada, o memorial de usa morte e ressurreio"2.

    O que o Conclio ensinou com estas palavras encontra-se expresso nas frmulas da Missa. Com efeito, adoutrina j expressa concisamente nesta frase de antigo Sacramentrio, conhecido como Leoniano: "Todas asvezes que se celebra a memria deste sacrifcio, renova-se a obra da nossa redeno"3, desenvolvida clara ecuidadosamente nas Oraes eucarsticas; nestas preces, ao fazer a anamnese, dirigindo-se a Deus em nome de

    todo o povo, d-lhe graas e oferece o sacrifcio vivo e santo, ou seja, a oblao da Igreja e a vtima por cujaimolao Deus quis ser aplacado4, e ora tambm para que o Corpo e Sangue de Cristo sejam um sacrifcioagradvel ao Pai e salutar para todo o mundo5.

    Assim, no novo Missal a regra da orao da Igreja corresponde regra perene da f, que nos ensina aidentidade, exceto quanto ao modo de oferecer, entre o sacrifcio da cruz e sua renovao sacramental na Missa,que o Cristo Senhor instituiu na ltima Ceia e mandou os Apstolos fazerem em sua memria. Por conseguinte aMissa simultaneamente sacrifcio de louvor, de ao de graas, de propiciao e de satisfao.3. Igualmente, o admirvel mistrio da presena real do Senhor sob as espcies eucarsticas foi confirmadopelo Conclio Vaticano II6 e por outros documentos do Magistrio Eclesistico7, no mesmo sentido e na mesmaforma com que fora proposto nossa f pelo Conclio de Trento8. Este Mistrio proclamado na celebrao daMissa, no apenas nas palavras da consagrao, pelas quais o Cristo se torna presente atravs datransubstanciao, mas tambm no esprito e manifestao de sumo respeito e adorao que ocorrem na Liturgiaeucarstica. Por este mesmo motivo, o povo cristo levado a prestar a este admirvel Sacramento na Quinta-

    feira da Ceia do Senhor e na solenidade do Santssimo Corpo e Sangue de Cristo um culto especial de adorao.4. A natureza do sacerdcio ministerial, prprio do bispo e do presbtero que oferecem o Sacrifcio na pessoade Cristo e presidem a assemblia do povo santo, se evidencia no prprio rito, pela eminncia do lugar e dafuno do sacerdote. As razes desta funo so enunciadas e explicadas mais profusamente na ao de graasda Missa Crismal da Quinta-feira da Semana Santa, dia em que se comemora a instituio do sacerdcio. Aqueletexto celebra a transmisso, pela imposio das mos, do poder sacerdotal que a continuao do poder deCristo, Sumo Pontfice do Novo Testamento, e enumera todas as suas funes.5. Esta natureza do sacerdcio ministerial esclarece ainda outra realidade de grande importncia: osacerdcio rgio dos fiis, cujo sacrifcio espiritual atinge a plena realizao pelo ministrio do Bispo e dospresbteros, em unio com o sacrifcio de Cristo, nico Mediador9. Com efeito, a celebrao da Eucaristia umaao de toda a Igreja, onde cada um deve fazer tudo e s o que lhe compete, segundo o lugar que ocupa no Povode Deus. Por isso se deve prestar maior ateno a certos aspectos da celebrao que, no decurso dos sculos,foram negligenciados. Na verdade, este povo o Povo de Deus, adquirido pelo Sangue de Cristo, reunido peloSenhor, alimentado por sua palavra; povo chamado para elevar a Deus as preces de toda a famlia humana, e dargraas em Cristo pelo mistrio da salvao, oferecendo o seu sacrifcio; povo enfim que cresce na unidade pelacomunho do Corpo e Sangue de Cristo. Este povo, embora santo por sua origem, cresce continuamente emsantidade pela participao consciente e frutuosa do mistrio eucarstico10.

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    Testemunho de uma tradio ininterrupta6. Ao enunciar as normas segundo as quais o Ordinrio da Missa deveria ser reformado, o Conclio Vaticano IIordenou, entre outras coisas, que alguns ritos fossem restaurados "segundo a forma primitiva dos SantosPadres"11, retomando assim as mesmas palavras com que S. Pio V, na Constituio Apostlica "Quo primum" de1570, promulgou o Missal Tridentino. Por esta coincidncia de palavras pode-se observar como ambos os MissaisRomanos, ainda que separados por quatro sculos, conservam uma nica e mesma tradio. Porm, ponderando-se os elementos internos desta tradio, verificam-se a sabedoria e a felicidade com que o segundo missalcompleta o primeiro.7. Naqueles tempos, verdadeiramente difceis, em que a f catlica corria perigo em relao ndolesacrifical da Missal, o sacerdcio ministerial e a presena real e permanente do Cristo sob as espcies eucarsticas,era necessrio que S. Pio V conservasse uma tradio mais recente, injustamente impugnada, introduzindo omnimo de modificaes nos ritos sagrados. Na verdade, aquele Missal de 1570 pouco difere do primeiro Missalimpresso em 1474, que por sua vez reproduz com fidelidade o do tempo do Papa Inocncio III. Alm disso, osmanuscritos da Biblioteca Vaticana, ainda que sugerissem algumas correes, no permitiam que se fosse almdos comentrios litrgicos medievais, na investigao dos "antigos e provados autores".8. Hoje, pelo contrrio, aquela "norma dos Santos Padres" seguida pelos que corrigiram o Missal de So Pio Vfoi enriquecida por inmeros trabalhos de eruditos. Depois do Sacramentrio Gregoriano, editado pela primeiravez em 1571, os antigos Sacramentrios romanos e ambrosianos foram publicados em numerosas edies crticas,assim como os antigos livros litrgicos espanhis e galicanos, trazendo assim luz muitas preces de grande valorespiritual at ento ignoradas.

    Igualmente as tradies dos primeiros sculos, anteriores formao dos ritos do Oriente e do Ocidente,so agora melhor conhecidas, depois que se descobriram tantos documentos litrgicos.Alm disso, o progresso dos estudos patrsticos lanou sobre a teologia do mistrio eucarstico a luz da

    doutrina dos Padres mais eminentes da antigidade crist, como Santo Irineu, Santo Ambrsio, So Cirilo deJerusalm e So Joo Crisstomo.9. Por isso, "a norma dos Santos Padres" no exige apenas que se conserve o que os nossos antepassadosmais recentes nos legaram, mas tambm que se assuma e se julgue do mais alto valor todo o passado da Igreja etodas as manifestaes de f, em formas to variadas de cultura humana e civil como as semitas, gregas elatinas. Esta viso mais ampla nos permite perceber como o Esprito Santo concede ao povo de Deus umaadmirvel fidelidade na conservao do imutvel depsito da f, apesar da enorme variedade de oraes e ritos.Adaptao s novas condies10. O novo Missal, portanto, dando testemunho da norma de orao da Igreja romana e conservando odepsito da f legado pelos conclios mais recentes, constitui por sua vez uma etapa de grande importncia natradio litrgica.

    Quando os Padres do Conclio Vaticano II reafirmaram os dogmas do Conclio Tridentino, falaram numapoca da histria bastante diferente; por isso formularam, em matria pastoral, desejos e conselhos que hquatro sculos no se podiam prever.11. O Conclio de Trento j reconhecera o grande valor catequtico da celebrao da Missa, mas no puderatirar todas as suas conseqncias para a vida prtica. Muitos, na verdade, pediam que se permitisse o uso dalngua verncula na celebrao do Sacrifcio Eucarstico. Porm, por ocasio deste pedido, o Conclio, tendo emconta as circunstncias daquele tempo, julgou dever reafirmar a doutrina tradicional da Igreja, segundo a qual oSacrifcio Eucarstico antes de tudo uma ao do prprio Cristo, cuja eficcia no depende do modo departicipao dos fiis. Por isso, ele se exprimiu com estas palavras firmes e moderadas: "Ainda que a Missa

    contenha um grande ensinamento para o povo fiel, os Padres no julgaram oportuno que seja celebrada em lnguaverncula indistintamente"12. E condenou quem julgasse ser reprovvel "o rito da Igreja romana, onde parte doCnon e as palavras da consagrao so proferidas em voz baixa; ou que a Missa devesse ser celebrada somenteem lngua verncula"13. Contudo, ao proibir o uso da lngua verncula na Missa, ordenou aos pastores de almasque o substitussem pela catequese em momento oportuno: "Para que as ovelhas de Cristo no sintam fome ...,ordena o Santo Snodo aos pastores e a todos os que tm cura de almas que freqentemente, durante acelebrao da Missa, por si mesmos ou por outrem, expliquem alguns dos textos que se lem na Missa e ensinementre outras coisas algo sobre o mistrio do Santssimo Sacrifcio, principalmente nos Domingos e festas"14.12. O Conclio Vaticano II, reunido para adaptar a Igreja s necessidades de seu mnus apostlico nos nossosdias, examinou em profundidade, como o Conclio de Trento, o aspecto catequtico e pastoral da sagradaLiturgia15. E, como nenhum catlico negue a legitimidade e a eficincia de um rito sagrado realizado em lngualatina, ele pde reconhecer que "no raro o uso da lngua verncula seria muito til para o povo" e conceder alicena para us-la16. O ardente entusiasmo com que esta deliberao foi acolhida por toda parte fez com que

    logo, sob a direo dos Bispos e da prpria S Apostlica, todas as celebraes litrgicas participadas pelo povopudessem realizar-se em lngua verncula, para que mais plenamente se compreendesse o mistrio celebrado.13. Contudo, como o uso da lngua verncula na sagrada Liturgia apenas um instrumento, embora de grandeimportncia, pelo qual mais claramente se realiza a catequese do mistrio contido na celebrao, o ConclioVaticano II ordenou que algumas prescries do Conclio de Trento, ainda no cumpridas em todos os lugares,

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    fossem postas em prtica, com a homilia nos domingos e dias de festa17, ou a introduo de algumas explicaesdurante os ritos sagrados18.

    Mas o Conclio Vaticano II, aconselhando "aquela participao mais perfeita na missa, em que os fiis,depois da comunho do sacerdote, recebem o Corpo do Senhor consagrado no mesmo sacrifcio"19, urgiu que sepusesse em prtica um outro desejo dos Padres de Trento, ou seja, que, para participar mais plenamente nasagrada Eucaristia, "os fiis presentes em cada Missa no comunguem apenas espiritualmente, mas tambm pelarecepo sacramental da Eucaristia"20.14. Movido pelo mesmo desejo e zelo pastoral, o Conclio Vaticano II pde reexaminar o que o Tridentinodeterminara a respeito da Comunho sob as duas espcies. Com efeito, como hoje j no se pem mais emdvida os princpios doutrinrios quanto plena eficcia da Comunho recebida apenas sob a espcie de po,permitiu ele que se d algumas vezes a Comunho sob as duas espcies, a fim de que, atravs de umaapresentao mais elucidativa do sinal sacramental, haja uma oportunidade para se compreender melhor omistrio de que os fiis participam21.15. Deste modo, enquanto permanece fiel ao seu mnus de mestra da verdade, a Igreja, conservando "o que antigo", isto , o depsito da tradio, cumpre tambm o seu dever de julgar e de prudentemente assumir "oque novo" (cf. Mt 13, 52).

    Na verdade, certa parte do novo Missal relaciona mais claramente as preces da Igreja com asnecessidades do nosso tempo. Isto acontece sobretudo com as Missas rituais e as Missas "para as diversascircunstncias", nas quais a tradio e a inovao harmoniosamente se associam. Por isso, enquanto muitostextos hauridos na mais antiga tradio da Igreja e divulgados pelas diversas edies do Missal Romanopermanecem inteiramente intactos, outros foram adaptados s aspiraes e condies hodiernas. Outros,finalmente, como as oraes pela Igreja, pelos leigos, pela santificao do trabalho humano, pela comunidade de

    todos os povos e por algumas necessidades do nosso tempo, foram integralmente compostas a partir depensamentos, e, muitas vezes, das prprias palavras dos documentos conciliares.Igualmente, devido conscincia da nova situao do mundo de hoje, no se julgou comprometer o

    venervel tesouro da tradio, modificando-se algumas expresses de textos antiqussimos, para que melhor seadaptassem atual linguagem teolgica e correspondessem melhor atual disciplina eclesistica. Assim, forammudadas algumas expresses referentes estima e ao uso dos bens terrenos, como tambm algumas frmulasque acentuavam certas modalidades de penitncia externa, mais apropriadas a outros tempos da Igreja.

    Deste modo, as normas litrgicas do Conclio Tridentino foram em muitos pontos completadas eaperfeioadas pelas normas do Vaticano II, que levou a bom termo os esforos que visavam a aproximar os fiisda sagrada Liturgia, empreendidos nos quatro ltimos sculos, principalmente nos ltimos tempos, graassobretudo estima pelos estudos litrgicos, promovidos por S. Pio X e seus sucessores.

    Captulo I

    IMPORTNCIA E DIGNIDADEDA CELEBRAO EUCARSTICA

    16. A celebrao da Missa, como ao de Cristo e do povo de Deus hierarquicamente ordenado, o centro detoda a vida crist tanto para a Igreja universal como local e tambm para cada um dos fiis22. Pois nela seencontra tanto o pice da ao pela qual Deus santifica o mundo em Cristo, como o do culto que os homensoferecem ao Pai, adorando-o pelo Cristo, Filho de Deus23. Alm disso, nela so de tal modo relembrados, nodecorrer do ano, os mistrios da redeno, que eles se tornam de certo modo presentes24. As demais aessagradas e todas as atividades da vida crist a ela esto ligadas, dela decorrendo ou a ela sendo ordenadas25.17. por isso de mxima convenincia dispor a celebrao da Missa ou Ceia do Senhor de tal forma que osministros sagrados e os fiis, participando cada um conforme sua condio, recebam mais plenamente aqueles

    frutos26 que o Cristo Senhor quis prodigalizar, ao instituir o sacrifcio eucarstico de seu Corpo e Sangue,confiando-o usa dileta esposa, a Igreja, como memorial de sua paixo e ressurreio27.18. Isto se conseguir de modo adequado se, levando em conta a natureza e as circunstncias de cadaassemblia litrgica, toda a celebrao for disposta de tal modo que leve os fiis participao consciente, ativa eplena do corpo e do esprito, animada pelo fervor da f, da esperana e da caridade. Esta a participaoardentemente desejada pela Igreja e exigida pela prpria natureza da celebrao; ela constitui um direito e umdever do povo cristo em virtude do seu batismo28.19. Embora s vezes no se possa contar com a presena dos fiis e sua participao ativa, que manifestammais claramente a natureza eclesial da celebrao29, a celebrao eucarstica conserva sempre sua eficcia edignidade, uma vez que ao de Cristo e da Igreja, na qual o sacerdote cumpre seu mnus principal e agesempre pela salvao do povo.

    Por isso, recomenda-se que ele, na medida do possvel, celebre mesmo diariamente o sacrifcio

    eucarstico30.20. Realizando-se a celebrao da Eucaristia, como tambm toda a Liturgia, por meio de sinais sensveis quealimentam, fortalecem e exprimem a f31, deve-se escolher e dispor com o maior cuidado as formas e elementospropostos pela Igreja que, em vista das circunstncias de pessoas e lugres, promovam mais intensamente aparticipao ativa e plena dos fiis, e que melhor respondam s suas necessidades espirituais.

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    21. A presente Instruo, portanto, visa apresentar as linhas gerais segundo as quais se deve ordenar acelebrao da Eucaristia, bem como expor as regras para cada forma particular de celebrao32.22. De mxima importncia a celebrao da Eucaristia na Igreja particular. O Bispo diocesano, o principaldispenseiro dos mistrios de Deus na Igreja particular a ele confiada, o moderador, o promotor e guarda de todaa vida litrgica33. Nas celebraes que se realizam sob a sua presidncia, sobretudo na celebrao eucarsticarealizada por ele, com a participao do presbitrio, dos diconos e do povo, manifesta-se o mistrio da Igreja.Por isso, tais celebraes da Missa devem ser tidas como modelares para toda a diocese. , pois, seu deveresforar-se para que os presbteros, os diconos e os fis cristos leigos compreendam sempre maisprofundamente o sentido autntico dos ritos e dos textos litrgicos e assim sejam levados a uma celebrao ativae frutuosa da Eucaristia. Com a mesma finalidade cuide que cresa sempre a dignidade das prprias celebraes,para cuja promoo muito contribui a beleza do espao sagrado, da msica e da arte.23. Alm disso, para que a celebrao atenda mais plenamente s normas e ao esprito da sagrada Liturgia eaumente sua eficcia pastoral, apresentam-se neste Instruo Geral e no Ordinrio da Missa alguns ajustes eadaptaes.24. Estas adaptaes, na maioria, consistem na escolha de alguns ritos ou textos, ou seja, de cantos, leituras,oraes, munies e gestos mais correspondentes s necessidades, preparao e ndole dos participantes,atribudas ao sacerdote celebrante. Contudo o sacerdote deve estar lembrado de que ele servidor da sagradaLiturgia e de que no lhe permitido, por prpria conta, acrescentar, tirar ou mesmo mudar qualquer coisa nacelebrao da Missa34.

    25. Alm disso, no Missal so indicadas, no devido lugar, certas adaptaes que, conforme a Constituiosobre a Sagrada Liturgia, competem respectivamente ao Bispo diocesano ou Conferncia dos Bispos35. (cf.infra, n. 387, 388-293).26. No que se refere, porm, s diversidades e adaptaes mais profundas, que atendam s tradies e ndole dos povos e regies, a serem por utilidade ou necessidade introduzidas luz do art. 40 da Constituiosobre a Sagrada Liturgia, observe-se o que se expe na Instruo "De Liturgia Romana et inculturatione"36 quevem exposto (n. 395-399) mais adiante.

    CAPTULO II

    ESTRUTURA, ELEMENTOS E PARTESDA MISSA

    I. ESTRUTURA GERAL DA MISSA27. Na Missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus convocado e reunido, sob a presidncia do sacerdote querepresenta a pessoa de Cristo, para celebrar a memria do Senhor ou sacrifcio eucarstico37. Por isso, a estareunio local da santa Igreja aplica-se, de modo eminente, a promessa de Cristo: "Onde dois ou trs estoreunidos no meu nome, eu estou no meio deles" (Mt 18, 20). Pois, na celebrao da Missa, em que se perpetua osacrifcio da cruz38, Cristo est realmente presente tanto na assemblia reunida em seu nome, como na pessoado ministro, na sua palavra, e tambm, de modo substancial e permanente, sob as espcies eucarsticas39.28. A Missa consta, por assim dizer, de duas partes, a saber, a liturgia da palavra e a liturgia eucarstica, tointimamente unidas entre si, que constituem um s ato de culto40. De fato, na Missa se prepara tanto a mesa da

    Palavra de Deus como a do Corpo de Cristo, para ensinar e alimentar os fiis41. H tambm alguns ritos queabrem e encerram a celebrao.II. OS DIVERSOS ELEMENTOS DA MISSALeitura e explanao da Palavra de Deus29. Quando se lem as Sagradas Escrituras na Igreja, o prprio Deus fala a seu povo, e Cristo, presente emsua palavra, anuncia o Evangelho.

    Por isso todos devem escutar com venerao as leituras da Palavra de Deus, elemento de mximaimportncia da Liturgia. Embora a palavra divina contida nas leituras da Sagrada Escritura se dirija a todos oshomens de qualquer poca, e seja entendida por eles, a sua mais plena compreenso e eficcia aumentada pelaexposio viva, isto , a homilia, que parte da ao litrgica42.

    Oraes e outras partes prprias do sacerdote30. Entre as partes que competem ao sacerdote ocupa o primeiro lugar a Orao eucarstica, cume de toda acelebrao. A seguir, vm as oraes, isto , a orao do dia (coleta), a orao sobre as oferendas e a oraodepois da Comunho. O sacerdote, presidindo a comunidade como representante de Cristo, dirige a Deus estas

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    oraes em nome de todo o povo santo e de todos os circunstantes43. com razo, portanto, que so chamadas"oraes presidenciais".31. Da mesma forma cabe ao sacerdote, no desempenho da funo de presidente da assemblia, proferircertas admoestaes previstas no prprio rito. Quando estiver estabelecido pelas rubricas, o celebrante podeadapt-las um pouco para que atendam compreenso dos participantes; cuide, contudo, o sacerdote de mantersempre o sentido da exortao proposta no Missal e a expresse em poucas palavras. Cabe ao Sacerdotepresidente tambm moderar a palavra de Deus e dar a bno final. Pode, alm, disso, com brevssimas palavras,introduzir os fiis na missa do dia, aps a saudao inicial e antes do ato penitencial, na liturgia da palavra, antesdas leituras; na Orao eucarstica, antes do Prefcio, nunca, porm, dentro da prpria Orao; pode aindaencerrar toda a ao sagrada antes da despedida.32. A natureza das partes "presidenciais" exige que sejam proferidas em voz alta e distinta e por todosatentamente escutadas44. Por isso, enquanto o sacerdote as profere, no haja outras oraes nem cantos, ecalem-se o rgo e qualquer outro instrumento.33. Na verdade, o sacerdote, como presidente, reza em nome da Igreja e de toda a comunidade reunida e, porvezes, tambm somente em seu nome para cumprir o seu ministrio com ateno e piedade. Estas oraes,propostas antes da proclamao do Evangelho, na preparao das oferendas e antes e depois da Comunho dosacerdote, so rezadas em silncio.Outras frmulas que ocorrem na celebrao34. Sendo a celebrao da Missa, por sua natureza, de ndole "comunitria"45, assumem grande importncia

    os dilogos entre o sacerdote e os fiis reunidos, bem como as aclamaes46, pois no constituem apenas sinaisexternos da celebrao comum, mas promovem e realizam a comunho entre o sacerdote e o povo.35. As aclamaes e respostas dos fiis s oraes e saudaes do sacerdote constituem o grau departicipao ativa que os fiis congregados, em qualquer forma de Missa, devem realizar, para que se promova eexprima claramente a ao de toda a comunidade47.36. Outras partes, muito teis para manifestar e fomentar a participao ativa dos fiis e que competem atoda a assemblia convocada, so principalmente o ato penitencial, a profisso de f, a orao universal e aorao do Senhor.37. Por fim, dentre as outras frmulas:

    a) algumas constituem um rito ou ato independente, como o hino do Glria, o salmo responsorial, o Aleluiae o versculo antes do Evangelho, o Sanctus, a aclamao da anamnese e o canto depois da Comunho;b) algumas, porm, acompanham um rito, tais como o canto da entrada, das oferendas, da frao (Agnus Dei) eda Comunho.Maneiras de proferir os diversos textos38. Nos textos que o sacerdote, o dicono, o leitor ou toda a assemblia devem proferir em voz alta e distinta,a voz corresponda ao gnero do prprio texto, conforme se trate de leitura, orao, exortao, aclamao oucanto; como tambm forma de celebrao e solenidade da assemblia. Alm disso, levem-se em conta andole das diversas lnguas e o gnio dos povos.

    Nas rubricas, portanto, e nas normas que se seguem, as palavras "dizer" ou "proferir" devem aplicar-setanto ao canto como recitao, observados os princpios acima propostos.Importncia do canto

    39. O Apstolo aconselha os fiis, que se renem em assemblia para aguardar a vinda do Senhor, a cantaremjuntos salmos, hinos e cnticos espirituais (cf. Cl 3, 16), pois o canto constitui um sinal de alegria do corao (cf.At 2, 46). Por isso, dizia com razo Santo Agostinho: "Cantar prprio de quem ama"48, e h um provrbioantigo que afirma: "Quem canta bem, reza duas vezes".40. Portanto, d-se grande valor ao uso do canto na celebrao da Missa, tendo em vista a ndole dos povos eas possibilidades de cada assemblia litrgica. Ainda que no seja necessrio cantar sempre todos os textos deper si destinados ao canto, por exemplo nas Missas dos dias de semana, deve-se zelar para que no falte o cantodos ministros e do povo nas celebraes dos domingos e festas de preceito.

    Na escolha das partes que de fato so cantadas, deve-se dar preferncia s mais importantes e sobretudoquelas que o sacerdote, o dicono, o leitor cantam com respostas do povo; ou ento quelas que o sacerdote e opovo devem proferir simultaneamente49.

    41. Em igualdade de condies, o canto gregoriano ocupa o primeiro lugar, como prprio da Liturgia romana.Outros gneros de msica sacra, especialmente a polifonia, no so absolutamente excludos, contanto que seharmonizem com o esprito da ao litrgica e favoream a participao de todos os fiis50.

    Uma vez que se realizam sempre mais freqentemente reunies internacionais de fiis, convm queaprendam a cantar juntos em latim ao menos algumas partes do Ordinrio da Missa, principalmente o smbolo daf e a orao do Senhor, empregando-se melodias mais simples51.

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    Gestos e posies do corpo42. Os gestos e posies do corpo tanto do sacerdote, do dicono e dos ministros, como do povo devemcontribuir para que toda a celebrao resplandea pelo decoro e nobre simplicidade, se compreenda a verdadeira eplena significao de suas diversas partes e se favorea a participao de todos52. Deve-se, pois, atender sdiretrizes desta Instruo geral e da prtica tradicional do Rito romano e a tudo que possa contribuir para o bemcomum espiritual do povo de Deus, de preferncia ao prprio gosto ou arbtrio.

    A posio comum do corpo, que todos os participantes devem observar sinal da unidade dos membrosda comunidade crist, reunidos para a sagrada Liturgia, pois exprime e estimula os pensamentos e os sentimentosdos participantes.43. Os fiis permaneam de p, do incio do canto da entrada, ou enquanto o sacerdote se aproxima do altar,at a orao do dia inclusive; ao canto do Aleluia antes do Evangelho; durante a proclamao do Evangelho;durante a profisso de f e a orao universal; e do convite Orai, irmos antes da orao sobre as oferendas at ofim da Missa, exceto nas partes citadas em seguida.

    Sentem-se durante as leituras antes do Evangelho e durante o salmo responsorial; durante a homilia edurante a preparao das oferendas; e, se for conveniente, enquanto se observa o silncio sagrado aps aComunho.

    Ajoelhem-se, porm, durante da consagrao, a no ser que, por motivo de sade ou falta de espao ou ogrande nmero de presentes ou outras causas razoveis no o permitam. Contudo, aqueles que no se ajoelhamna consagrao, faam inclinao profunda enquanto o sacerdote faz genuflexo aps a consagrao.

    Compete, porm, Conferncia dos Bispos adaptar, segundo as normas do direito, ndole e s legitimastradies dos povos, os gestos e posies do corpo descritos no Ordinrio da Missa53. Cuide-se, contudo, que

    correspondam ao sentido e ndole de cada parte da celebrao. Onde for costume o povo permanecer de joelhosdo fim da aclamao do Santo at ao final da Orao eucarstica e antes da Comunho quando o sacerdote diz Eiso Cordeiro de Deus, louvvel que ele seja mantido.

    Para se obter a uniformidade nos gestos e posies do corpo numa mesma celebrao, obedeam os fiisaos avisos dados pelo dicono, por um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que vem estabelecido noMissal.44. Entre os gestos incluem-se tambm as aes e as procisses realizadas pelo sacerdote com o dicono e osministros ao se aproximarem do altar; pelo dicono antes da proclamao do Evangelho ou ao levar o Livro dosevangelhos ao ambo; dos fiis, ao levarem os dons e enquanto se aproximam da Comunho. Convm que taisaes e procisses sejam realizadas com dignidade, enquanto se executam cantos apropriados, segundo asnormas estabelecidas para cada uma.

    O silncio45. Oportunamente, como parte da celebrao deve-se observar o silncio sagrado54. A sua naturezadepende do momento em que ocorre em cada celebrao. Assim, no ato penitencial e aps o convite orao,cada fiel se recolhe; aps uma leitura ou a homilia, meditam brevemente o que ouviram; aps a comunho,enfim, louvam e rezam a Deus no ntimo do corao.

    Convm que j antes da prpria celebrao se conserve o silncio na igreja, na sacristia, na secretaria emesmo nos lugares mais prximos, para que todos se disponham devota e devidamente para realizarem ossagrados mistrios.

    III. AS PARTES DA MISSA

    A) RITOS INICIAIS46. Os ritos que precedem a liturgia da palavra, isto , entrada, saudao, ato penitencial, Krie, Glria eorao do dia, tm o carter de exrdio, introduo e preparao.

    Sua finalidade fazer com que os fiis, reunindo-se em assemblia, constituam uma comunho e sedisponham para ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia.

    Em certas celebraes que, de acordo com as normas dos livros litrgicos se ligam com a Missa, omitem-se os ritos iniciais ou so realizados de um modo prprio.Entrada47. Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com o dicono e os ministros, comea o canto da entrada. Afinalidade desse canto abrir a celebrao, promover a unio da assemblia, introduzir no mistrio do tempolitrgico ou da festa, e acompanhar a procisso do sacerdote e dos ministros.

    48. O canto executado alternadamente pelo grupo de cantores e pelo povo, ou pelo cantor e pelo povo, ous pelo grupo de cantores. Pode-se usar a antfona com seu salmo, do Gradual romano ou do Gradual simples, ouento outro canto condizente com a ao sagrada55 e com a ndole do dia ou do tempo, cujo texto tenha sidoaprovado pela Conferncia dos Bispos.

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    No havendo canto entrada, a antfona proposta no Missal recitada pelos fiis, ou por alguns deles, oupelo leitor; ou ento, pelo prprio sacerdote, que tambm pode adapt-la a modo de exortao inicial (cf. n. 31).Saudao ao altar e ao povo reunido49. Chegando ao presbitrio, o sacerdote, o dicono e os ministros sadam o altar com uma inclinaoprofunda.

    Em seguida, em sinal de venerao o sacerdote e o dicono beijam o altar; e o sacerdote, se for oportuno,incensa a cruz e o altar.50. Executado o canto da entrada, o sacerdote, de p junto cadeira, junto com toda a assemblia faz o sinalda cruz; a seguir, pela saudao, expressa comunidade reunida a presena do Senhor. Esta saudao e aresposta do povo exprimem o mistrio da Igreja reunida.

    Feita a saudao do povo, o sacerdote, o dicono, ou um ministro leigo, pode com brevssimas palavrasintroduzir os fiis na Missa do dia.Ato penitencial51. Em seguida, o sacerdote convida para o ato penitencial, que aps breve pausa de silncio, realizado portoda a assemblia atravs de uma frmula de confisso geral, e concludo pela absolvio do sacerdote, absolvioque, contudo, no possui a eficcia do sacramento da penitncia.

    Aos domingos, particularmente, no tempo pascal, em lugar do ato penitencial de costume, pode-se fazer,por vezes, a bno e asperso da gua em recordao do batismo56.

    Senhor, tende piedade52. Depois do ato penitencial inicia-se sempre o Senhor, tende piedade, a no ser que j tenha sido rezado noprprio ato penitencial. Tratando-se de um canto em que os fiis aclamam o Senhor e imploram a suamisericrdia, executado normalmente por todos, tomando parte nele o povo e o grupo de cantores ou o cantor.

    Via de regra, cada aclamao repetida duas vezes, no se excluindo, porm, um nmero maior derepeties por causa da ndole das diversas lnguas, da msica ou das circunstncias. Quando o Senhor cantadocomo parte do ato penitencial, antepe-se a cada aclamao uma "invocao"("tropo").Glria a Deus nas alturas53. O Glria, um hino antiqussimo e venervel, pelo qual a Igreja, congregada no Esprito Santo, glorifica esuplica a Deus Pai e ao Cordeiro. O texto deste hino no pode ser substitudo por outro. Entoado pelo sacerdoteou, se for o caso, pelo cantor ou o grupo de cantores, cantado por toda a assemblia, ou pelo povo que o alternacom o grupo de cantores ou pelo prprio grupo de cantores. Se no for cantado, deve ser recitado por todosjuntos ou por dois coros dialogando entre si.

    cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma, nas solenidades efestas e ainda em celebraes especiais mais solenes.Orao do dia (coleta)54. A seguir, o sacerdote convida o povo a rezar; todos se conservam em silncio com o sacerdote por algunsinstantes, tomando conscincia de que esto na presena de Deus e formulando interiormente os seus pedidos.Depois o sacerdote diz a orao que se costuma chamar "coleta", pela qual se exprime a ndole da celebrao.Conforme antiga tradio da Igreja, a orao costuma ser dirigida a Deus Pai, por Cristo, no Esprito Santo57 epor uma concluso trinitria, isto com uma concluso mais longa, do seguinte modo:

    - quando se dirige ao Pai: Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Esprito Santo;

    - quando se dirige ao Pai, mas no fim menciona o Filho: Que convosco vive e reina, na unidade do EspritoSanto;- quando se dirige ao Filho: Vs, que sois Deus com o Pai, na unidade do Esprito Santo.O povo, unindo-se splica, faz sua a orao pela aclamao Amm.Na Missa sempre se diz uma nica orao do dia.

    B) LITURGIA DA PALAVRA55. A parte principal da liturgia da palavra constituda pelas leituras da Sagrada Escritura e pelos cantos queocorrem entre elas, sendo desenvolvida e concluda pela homilia, a profisso de f e a orao universal ou dosfiis. Pois nas leituras explanadas pela homilia Deus fala ao seu povo58, revela o mistrio da redeno e dasalvao, e oferece alimento espiritual; e o prprio Cristo, por sua palavra, se acha presente no meio dos fiis59.Pelo silncio e pelos cantos o povo se apropria dessa palavra de Deus e a ela adere pela profisso de f;

    alimentado por essa palavra, reza na orao universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvao domundo inteiro.O silncio

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    56. A liturgia da palavra deve ser celebrada de tal modo que favorea a meditao; por isso deve ser de todoevitada qualquer pressa que impea o recolhimento. Integram-na tambm breves momentos de silncio, deacordo com a assemblia reunida, pelos quais, sob a ao do Esprito Santo, se acolhe no corao a Palavra deDeus e se prepara a resposta pela orao. Convm que tais momentos de silncio sejam observados, porexemplo, antes de se iniciar a prpria liturgia da palavra, aps a primeira e a segunda leitura, como tambm apso trmino da homilia60.Leituras bblicas57. Mediante as leituras preparada para os fiis a mesa da palavra de Deus e abrem-se para eles ostesouros da Bblia61. Por isso, melhor conservar a disposio das leituras bblicas pela qual se manifesta aunidade dos dois Testamentos e da histria da salvao; nem permitido trocar as leituras e o salmoresponsorial, constitudos da palavra de Deus, por outros textos no bblicos62.58. Na celebrao da Missa com povo, as leituras so sempre proferidas do ambo.59. Por tradio, o ofcio de proferir as leituras no funo presidencial, mas ministerial. As leituras sejampois proclamadas pelo leitor, o Evangelho seja anunciado pelo dicono ou, na sua ausncia, por outro sacerdote.Na falta, porm, do dicono ou de outro sacerdote, o prprio sacerdote celebrante leia o Evangelho; igualmente,na falta de outro leitor idneo, o sacerdote celebrante proferir tambm as demais leituras.

    Depois de cada leitura, quem a leu profere a aclamao; por sua resposta, o povo reunido presta honra palavra de Deus, acolhida com f e de nimo agradecido.60. A leitura do Evangelho constitui o ponto alto da liturgia da palavra. A prpria Liturgia ensina que se lhe

    deve manifestar a maior venerao, uma vez que a cerca mais do que as outras, de honra especial, tanto porparte do ministro delegado para anunci-la, que se prepara pela bno ou orao; como por parte dos fiis quepelas aclamaes reconhecem e professam que o Cristo est presente e lhes fala, e que ouvem de p a leitura; ouainda pelos sinais de venerao prestados ao Evangelirio.Salmo responsorial61. primeira leitura segue-se o salmo responsorial, que parte integrante da liturgia da palavra, oferecendouma grande importncia litrgica e pastoral, por favorecer a meditao da palavra de Deus.

    O Salmo responsorial deve responder a cada leitura e normalmente ser tomado do lecionrio.De preferncia, o salmo responsorial ser cantado, ao menos no que se refere ao refro do povo. Assim, o

    salmista ou cantor do salmo, do ambo ou outro lugar adequado profere os versculos do salmo, enquanto toda aassemblia escuta sentada, geralmente participando pelo refro, a no ser que o salmo seja proferido de modocontnuo, isto , sem refro. Mas, para que o povo possa mais facilmente recitar o refro salmdico, foramescolhidos alguns textos de refres e de salmos para os diversos tempos do ano e as vrias categorias de Santos,que podero ser empregados em lugar do texto correspondente leitura, sempre que o salmo cantado. Se osalmo no puder ser cantado, seja recitado do modo mais apto para favorecer a meditao da palavra de Deus.

    Em lugar do salmo proposto no lecionrio pode-se cantar tambm um responsrio gradual do Gradualromano ou um salmo responsorial ou aleluitico do Gradual Simples, como se encontram nesses livros.Aclamao antes da proclamao do Evangelho62. Aps a leitura que antecede imediatamente o Evangelho, canta-se o Aleluia ou outro canto estabelecidopelas rubricas, conforme exigir o tempo litrgico. Tal aclamao constitui um rito ou ao por si mesma, atravsdo qual a assemblia dos fiis acolhe o Senhor que lhe vai falar no Evangelho, sada-o e professa sua f pelocanto. cantado por todos, de p, primeiramente pelo grupo de cantores ou cantor, sendo repetido, se for o caso;o versculo, porm, cantado pelo grupo de cantores ou cantor.

    a) O Aleluia cantado em todo o tempo, exceto na Quaresma. O Versculo tomado do lecionrio ou doGradual.b) No Tempo da Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versculo antes do Evangelho proposto no lecionrio.Pode-se cantar tambm um segundo salmo ou trato, como se encontra no Gradual.63. Havendo apenas uma leitura antes do Evangelho:

    a) no tempo em que se diz o Aleluia, pode haver um salmo aleluitico, ou um salmo e o Aleluia com seuversculo;b) no tempo em que no se diz o Aleluia, pode haver um salmo e o versculo antes do Evangelho ou somente osalmo;

    c) O Aleluia ou o versculo antes do Evangelho podem ser omitidos quando no so cantados.64. A seqncia que, exceto nos dias da Pscoa e de Pentecostes, facultativa, cantada antes do Aleluia.

    Homilia65. A homilia uma parte da liturgia e vivamente recomendada63, sendo indispensvel para nutrir a vidacrist. Convm que seja uma explicao de algum aspecto das leituras da Sagrada Escritura ou de outro texto doOrdinrio ou do Prprio da Missa do dia, levando em conta tanto o mistrio celebrado, como as necessidadesparticulares dos ouvintes64.

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    66. A homilia, via de regra proferida pelo prprio sacerdote celebrante ou por ele delegada a um sacerdoteconcelebrante ou, ocasionalmente, a um dicono, nunca, porm, a um leigo65. Em casos especiais e por motivorazovel a homilia tambm pode ser feita pelo Bispo ou presbtero que participa da celebrao sem que possaconcelebrar.

    Aos domingos e festas de preceito haja homilia, no podendo ser omitida a no ser por motivo grave, emtodas as Missas celebradas com participao do povo; tambm recomendada nos outros dias, sobretudo nos diasde semana do Avento, Quaresma e Tempo pascal, como ainda em outras festas e ocasies em que o povo acorre igreja em maior nmero66.

    Aps a homilia convm observar um breve tempo de silncio.Profisso de f67. O smbolo ou profisso de f tem por objetivo levar todo o povo reunido a responder palavra de Deusanunciada da sagrada Escritura e explicada pela homilia, bem como, proclamando a regra da f atravs defrmula aprovada para o uso litrgico, recordar e professar os grandes mistrios da f, antes de iniciar suacelebrao na Eucaristia.68. O smbolo deve ser cantado ou recitado pelo sacerdote com o povo aos domingos e solenidades; pode-setambm dizer em celebraes especiais de carter mais solene.

    Quando cantado, entoado pelo sacerdote ou, se for oportuno, pelo cantor ou pelo grupo de cantores; cantado por todo o povo junto, ou pelo povo alternando com o grupo de cantores.

    Se no for cantado, ser recitado por todos juntos, ou por dois coros alternando entre si.

    Orao universal69. Na orao universal ou orao dos fiis, o povo responde de certo modo palavra de Deus acolhida na fe exercendo a sua funo sacerdotal, eleva preces a Deus pela salvao de todos. Convm que normalmente sefaa esta orao nas Missas com o povo, de tal sorte que se reze pela Santa Igreja, pelos governantes, pelos quesofrem necessidades, por todos os seres humanos e pela salvao do mundo inteiro67.70. Normalmente sero estas as sries de intenes:

    a) pelas necessidades da Igreja;b) pelos poderes pblicos e pela salvao de todo o mundo;c) pelos que sofrem qualquer dificuldade;d) pela comunidade local.No entanto, em alguma celebrao especial, tal como Confirmao, Matrimnio, Exquias, as intenes

    podem referir-se mais estreitamente quelas circunstncias.71. Cabe ao sacerdote celebrante, de sua cadeira, dirigir a orao. Ele a introduz com breve exortao,convidando os fiis a rezarem e depois a conclui. As intenes propostas sejam sbrias, compostas por sbialiberdade e breves palavras e expressem a orao de toda a comunidade.

    As intenes so proferidas, do ambo ou de outro lugar apropriado, pelo dicono, pelo cantor, pelo leitorou por um fiel leigo68.

    O povo, de p, exprime a sua splica, seja por uma invocao comum aps as intenes proferidas, sejapor uma orao em silncio.C) LITURGIA EUCARSTICA72. Na ltima Ceia, Cristo instituiu o sacrifcio e a ceia pascal, que tornam continuamente presente na Igreja osacrifcio da cruz, quando o sacerdote, represente do Cristo Senhor, realiza aquilo mesmo que o Senhor fez e

    entregou aos discpulos para que o fizessem em sua memria69.Cristo, na verdade, tomou o po e o clice, deu graas, partiu o po e deu-o a seus discpulos dizendo:Tomai, comei, bebei; isto o meu Corpo; este o clice do meu Sangue. Fazei isto em memria de mim. Por issoa Igreja disps toda a celebrao da liturgia eucarstica em partes que correspondem s palavras e gestos deCristo. De fato:

    1) Na preparao dos dons levam-se ao altar o po e o vinho com gua, isto , aqueles elementos queCristo tomou em suas mos.

    2) Na Orao eucarstica rendem-se graas a Deus por toda a obra da salvao e as oferendas tornam-seCorpo e Sangue de Cristo.

    3) Pela frao do po e pela Comunho os fiis, embora muitos, recebem o Corpo e o Sangue do Senhorde um s po e de um s clice, do mesmo modo como os Apstolos, das mos do prprio Cristo.Preparao dos dons

    73. No incio da liturgia eucarstica so levadas ao altar as oferendas que se convertero no Corpo e Sanguede Cristo.

    Primeiramente prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que o centro de toda a liturgia eucarstica70,colocando-se nele o corporal, o purificatrio, o missal e o clice, a no ser que se prepare na credncia.

    A seguir, trazem-se as oferendas. louvvel que os fiis apresentem o po e o vinho que o sacerdote ou odicono recebem em lugar adequado para serem levados ao altar. Embora os fiis j no tragam de casa, como

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    outrora, o po e o vinho destinados liturgia, o rito de lev-los ao altar conserva a mesma fora e significadoespiritual.

    Tambm so recebidos o dinheiro ou outros donativos oferecidos pelos fiis para os pobres ou para aigreja, ou recolhidos no recinto dela; sero, no entanto, colocados em lugar conveniente, fora da mesa eucarstica.74. O canto do ofertrio acompanha a procisso das oferendas (cf. n. 37, b) e se prolonga pelo menos at queos dons tenham sido colocados sobre o altar. As normas relativas ao modo de cantar so as mesmas que para ocanto da entrada (cf. n. 48). O canto pode sempre fazer parte dos ritos das oferendas, mesmo sem a procissodos dons.75. O po e o vinho so depositados sobre o altar pelo sacerdote, proferindo as frmulas estabelecidas; osacerdote pode incensar as oferendas colocadas sobre o altar e, em seguida, a cruz e o prprio altar, parasimbolizar que a oferta da Igreja e sua orao sobem, qual incenso, presena de Deus. Em seguida, tambm osacerdote, por causa do ministrio sagrado e o povo, em razo da dignidade batismal, podem ser incensados pelodicono ou por outro ministro.76. Em seguida, o sacerdote lava as mos, ao lado do altar, exprimindo por esse rito o seu desejo depurificao interior.Orao sobre as oferendas77. Depositadas as oferendas sobre o altar e terminados os ritos que as acompanham, conclui-se a preparaodos dons e prepara-se a Orao eucarstica com o convite aos fiis a rezarem com o sacerdote, e com a oraosobre as oferendas.

    Na Missa se diz uma s orao sobre as oferendas, que termina com a concluso mais breve, isto : Por Cristo,nosso Senhor; se, no fim, se fizer meno do Filho, a concluso ser: Que vive e reina para sempre.O povo, unindo-se orao, a faz sua pela aclamao Amm.

    Orao eucarstica78. Inicia-se agora a Orao eucarstica, centro e pice de toda a celebrao, prece de ao de graas esantificao. O sacerdote convida o povo a elevar os coraes ao Senhor na orao e ao de graas e o associa prece que dirige a Deus Pai, por Cristo, no Esprito Santo, em nome de toda a comunidade. O sentido desta orao que toda a assemblia se una com Cristo na proclamao das maravilhas de Deus e na oblao do sacrifcio. Aorao eucarstica exige que todos a ouam respeitosamente e em silncio.79. Podem distinguir-se do seguinte modo os principais elementos que compem a Orao eucarstica:

    a) Ao de graas (expressa principalmente no Prefcio) em que o sacerdote, em nome de todo o povosanto, glorifica a Deus e lhe rende graas por toda a obra da salvao ou por um dos seus aspectos, de acordocom o dia, a festividade ou o tempo.

    b) A aclamao pela qual toda a assemblia, unindo-se aos espritos celestes canta o Santo. Estaaclamao, parte da prpria Orao eucarstica, proferida por todo o povo com o sacerdote.

    c) A epiclese, na qual a Igreja implora por meio de invocaes especiais a fora do Esprito Santo para queos dons oferecidos pelo ser humano sejam consagrados, isto , se tornem o Corpo e Sangue de Cristo, e que ahstia imaculada se torne a salvao daqueles que vo receb-la em Comunho.

    d) A narrativa da instituio e consagrao, quando pelas palavras e aes de Cristo se realiza o sacrifcioque ele instituiu na ltima Ceia, ao oferecer o seu Corpo e Sangue sob as espcies de po e vinha, e entreg-losaos apstolos como comida e bebida, dando-lhes a ordem de perpetuar este mistrio.

    e) A anamnese, pela qual, cumprindo a ordem recebida do Cristo Senhor atravs dos Apstolos, a Igrejafaz a memria do prprio Cristo, relembrando principalmente a sua bem-aventurada paixo, a gloriosaressurreio e a ascenso aos cus.

    f) A oblao, pela qual a Igreja, em particular a assemblia atualmente reunida, realizando esta memria,oferece ao Pai, no Esprito Santo, a hstia imaculada; ela deseja, porm, que os fiis no apenas ofeream ahstia imaculada, mas aprendam a oferecer-se a si prprios71, e se aperfeioem, cada vez mais, pela mediaodo Cristo, na unio com Deus e com o prximo, para que finalmente Deus seja tudo em todos72.

    g) As intercesses, pelas quais se exprime que a Eucaristia celebrada em comunho com toda a Igreja,tanto celeste como terrestre, que a oblao feita por ela e por todos os seus membros vivos e defuntos, queforam chamados a participar da redeno e da salvao obtidas pelo Corpo e Sangue de Cristo.

    h) A doxologia final que exprime a glorificao de Deus, e confirmada e concluda pela aclamao Ammdo povo.Ritos da Comunho80. Sendo a celebrao eucarstica a ceia pascal, convm que, segundo a ordem do Senhor, o seu Corpo eSangue sejam recebidos como alimento espiritual pelos fiis devidamente preparados. Esta a finalidade da

    frao do po e os outros ritos preparatrios, pelos quais os fiis so imediatamente encaminhados Comunho.A Orao do Senhor81. Na Orao do Senhor pede-se o po de cada dia, que lembra para os cristos antes de tudo o poeucarstico, e pede-se a purificao dos pecados, a fim de que as coisas santas sejam verdadeiramente dadas aos

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    santos. O sacerdote profere o convite, todos os fiis recitam a orao com o sacerdote, e o sacerdote acrescentasozinho o embolismo, que o povo encerra com a doxologia. Desenvolvendo o ltimo pedido do Pai-nosso, oembolismo suplica que toda a comunidade dos fiis seja libertada do poder do mal.

    O convite, a prpria orao, o embolismo e a doxologia com que o povo encerra o rito so cantados ouproferidos em voz alta.Rito da paz82. Segue-se o rito da paz no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a famliahumana e os fiis se exprimem a comunho eclesial e a mtua caridade, antes de comungar do Sacramento.

    Quanto ao prprio sinal de transmisso da paz, seja estabelecido pelas Conferncias dos Bispos, de acordocom a ndole e os costumes dos povos, o modo de realiz-lo*.

    Convm, no entanto, que cada qual expresse a paz de maneira sbria apenas aos que lhe esto maisprximos.Frao do po83. O sacerdote parte o po eucarstico, ajudado, se for o caso, pelo dicono ou um concelebrante. O gesto dafrao realizado por Cristo na ltima ceia, que no tempo apostlico deu o nome a toda a ao eucarstica, significaque muitos fiis pela Comunho no nico po da vida, que o Cristo, morto e ressuscitado pela salvao domundo, formam um s corpo ( 1Cor 10, 17). A frao se inicia terminada a transmisso da paz, e realizada coma devida reverncia, contudo, de modo que no se prolongue desnecessariamente nem seja considerada deexcessiva importncia. Este rito reservado ao sacerdote e ao dicono.

    O sacerdote faz a frao do po e coloca uma parte da hstia no clice, para significar a unidade do Corpo

    e do Sangue do Senhor na obra da salvao, ou seja, do Corpo vivente e glorioso de Cristo Jesus. O grupo doscantores ou o cantor ordinariamente canta ou, ao menos, diz em voz alta, a splica Cordeiro de Deus, qual opovo responde. A invocao acompanha a frao do po; por isso, pode-se repetir quantas vezes for necessrioat o final do rito. A ltima vez conclui-se com as palavras dai-nos a paz.Comunho84. O sacerdote prepara-se por uma orao em silncio para receber frutuosamente o Corpo e Sangue deCristo. Os fiis fazem o mesmo, rezando em silncio.

    A seguir, o sacerdote mostra aos fiis o po eucarstico sobre a patena ou sobre o clice e convida-os aobanquete de Cristo; e, unindo-se aos fiis, faz um ato de humildade, usando as palavras prescritas do Evangelho.85. muito recomendvel que os fiis, como tambm o prprio sacerdote deve fazer, recebam o Corpo doSenhor em hstias consagradas na mesma Missa e participem do clice nos casos previstos (cf. n. 283), para que,tambm atravs dos sinais, a Comunho se manifeste mais claramente como participao no sacrifcio celebradoatualmente73.86. Enquanto o sacerdote recebe o Sacramento, entoa-se o canto da comunho que exprime, pela unidade dasvozes, a unio espiritual dos comungantes, demonstra a alegria dos coraes e reala mais a ndole "comunitria"da procisso para receber a Eucaristia. O canto prolonga-se enquanto se ministra a Comunho aos fiis74.Havendo, porm, um hino aps a Comunho, encerre-se em tempo o canto da Comunho.

    Haja o cuidado para que tambm os cantores possam comungar com facilidade.87. Para o canto da comunho pode-se tomar a antfona do Gradual romano, com ou sem o salmo, a antfonacom o salmo do Gradual Simples ou outro canto adequado, aprovado pela Conferncia dos Bispos. O canto executado s pelo grupo dos cantores ou pelo grupo dos cantores ou cantor com o povo.

    No havendo canto, a antfona proposta no Missal pode ser recitada pelos fiis, por alguns dentre eles ou

    pelo leitor, ou ento pelo prprio sacerdote, depois de ter comungado, antes de distribuir a Comunho aos fiis.88. Terminada a distribuio da Comunho, ser for oportuno, o sacerdote e os fiis oram por algum tempo emsilncio. Se desejar, toda a assemblia pode entoar ainda um salmo ou outro canto de louvor ou hino.89. Para completar a orao do povo de Deus e encerrar todo o rito da Comunho, o sacerdote profere aorao depois da Comunho, em que implora os frutos do mistrio celebrado.

    Na Missa se diz uma s orao depois da Comunho, que termina com a concluso mais breve, ou seja:- se for dirigida ao Pai: Por Cristo, nosso Senhor;- se for dirigida ao Pai, mas no fim se fizer meno do Filho: Que vive e reina para sempre;se for dirigida ao Filho: Que viveis e reinais para sempre.O povo pela aclamao Amm faz sua a orao.

    D) RITOS DE ENCERRAMENTO

    90. Aos ritos de encerramento pertencem:

    a) breves comunicaes, se forem necessrias;b) saudao e bno do sacerdote, que em certos dias e ocasies enriquecida e expressa pela orao

    sobre o povo, ou por outra frmula mais solene;

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    c) despedida do povo pelo dicono ou pelo sacerdote, para que cada qual retorne s suas boas obras,louvando e bendizendo a Deus;

    d) o beijo ao altar pelo sacerdote e o dicono e, em seguida, a inclinao profunda ao altar pelo sacerdote,o dicono e os outros ministros.

    CAPTULO III

    FUNES E MINISTRIOS NA MISSA91. A Celebrao eucarstica constitui uma ao de Cristo e da Igreja, isto , o povo santo, unido e ordenadosob a direo do Bispo. Por isso, pertence a todo o Corpo da Igreja e o manifesta e afeta; mas atinge a cada umdos seus membros de modo diferente, conforme a diversidade de ordens, ofcios e da participao atual75. Destaforma, o povo cristo, "gerao escolhida, sacerdcio real, gente santa, povo de conquista", manifesta suaorganizao coerente e hierrquica76. Todos, portanto, quer ministros ordenados, quer fiis leigos, exercendosuas funes e ministrios, faam tudo e s aquilo que lhes compete77.

    I. FUNES DE ORDEM SACRA92. Toda celebrao legtima da Eucaristia dirigida pelo Bispo, pessoalmente ou atravs dos presbteros,seus auxiliares78.

    Quando o Bispo est presente Missa com afluncia do povo, de mxima convenincia que ele celebre aEucaristia e associe a si os presbteros na sagrada ao como concelebrantes. Isto se faz, no para aumentar asolenidade exterior do rito, mas para manifestar mais claramente o mistrio da Igreja, "sacramento da

    unidade"79.Se o Bispo no celebra a Eucaristia, mas delega outro para faz-lo, convm que ele prprio, de cruzpeitoral, de estola e revestido do pluvial sobre a alva, presida a liturgia da palavra, e no fim da Missa, d abno80.93. O presbtero, que na Igreja tem o poder sagrado da Ordem para oferecer o sacrifcio em nome deCristo81, tambm est frente do povo fiel reunido, preside sua orao, anuncia-lhe a mensagem da salvao,associa a si o povo no oferecimento do sacrifcio a Deus Pai, por Cristo, no Esprito Santo, d aos seus irmos opo da vida eterna e participa com eles do mesmo alimento. Portanto, quando celebra a Eucaristia, ele deve servira Deus e ao povo com dignidade e humildade, e, pelo seu modo de agir e proferir as palavras divinas, sugerir aosfiis uma presena viva de Cristo.94. Depois do presbtero, o dicono, em virtude da sagrada ordenao recebida, ocupa o primeiro lugar entreaqueles que servem na celebrao eucarstica. A sagrada Ordem do diaconado, realmente, foi tida em grandeapreo na Igreja j desde os incios da era apostlica82. Na Missa, o dicono tem partes prprias no anncio doEvangelho e, por vezes, na pregao da palavra de Deus, na proclamao das intenes da orao universal,servindo o sacerdote na preparao do altar e na celebrao do sacrifcio, na distribuio da Eucaristia aos fiis,sobretudo sob a espcie do vinho e, por vezes, na orientao do povo quanto aos gestos e posies do corpo.

    II. FUNES DO POVO DE DEUS95. Na celebrao da Missa os fiis constituem o povo santo, o povo adquirido e o sacerdcio rgio, para dargraas a Deus e oferecer o sacrifcio perfeito, no apenas pelas mos do sacerdote, mas tambm juntamente comele, e aprender a oferecer-se a si prprios83. Esforcem-se, pois, por manifestar isto atravs de um profundo sensoreligioso e da caridade para com os irmos que participam da mesma celebrao.

    Por isso, evitem qualquer tipo de individualismo ou diviso, considerando sempre que todos tm um nico

    Pai nos cus e, por este motivo, so todos irmos entre si.96. Formem um nico corpo, seja ouvindo a palavra de Deus, seja tomando parte nas oraes e no canto, ousobretudo na oblao comum do sacrifcio e na comum participao da mesa do Senhor. Tal unidade se manifestamuito bem quando todos os fiis realizam em comum os mesmos gestos e assumem as mesmas atitudesexternas.97. Os fiis no se recusem a servir com alegria ao povo de Deus, sempre que solicitados para algumministrio particular ou funo na celebrao.

    III. MINISTRIOS PARTICULARESO ministrio do aclito e do leitor institudos

    98. O aclito institudo para o servio do altar e auxiliar o sacerdote e o dicono. Compete-lheprincipalmente preparar o altar e os vasos sagrados, e, se necessrio, distribuir aos fiis a Eucaristia, da qual ministro extraordinrio84.

    No ministrio do altar, o aclito possui partes prprias (cf. n. 187-193) que ele mesmo deve exercer.

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    99. O leitor institudo para proferir as leituras da sagrada Escritura, exceto o Evangelho. Pode igualmentepropor as intenes para a orao universal, e faltando o salmista, proferir o salmo entre as leituras.

    Na celebrao eucarstica, o leitor tem uma funo prpria (cf. n. 194-198), que ele mesmo deve exercer.As demais funes100. No havendo aclito institudo, podem ser delegados ministros leigos para o servio do altar e ajuda aosacerdote e ao dicono, que levem a cruz, as velas, o turbulo, o po, o vinho e a gua, ou tambm sejamdelegados como ministros extraordinrios para a distribuio da sagrada Comunho85.101. Na falta de leitor institudo, sejam delegados outros leigos, realmente capazes de exercerem esta funo ecuidadosamente preparados, para proferir as leituras da Sagrada Escritura, para que os fiis, ao ouvirem asleituras divinas, concebam no corao um suave e vivo afeto pela Sagrada Escritura86.102. Compete ao salmista proclamar o salmo ou outro cntico bblico colocado entre as leituras. Para bemexercer a sua funo necessrio que o salmista saiba salmodiar e tenha boa pronncia e dico.103. Entre os fiis, exerce sua funo litrgica o grupo dos cantores ou coral. Cabe-lhe executar as partes quelhe so prprias, conforme os diversos gneros de cantos, e promover a ativa participao dos fiis no canto87. Oque se diz do grupo de cantores vale tambm, com as devidas ressalvas, para os outros msicos, sobretudo parao organista.104. Convm que haja um cantor ou regente de coro para dirigir e sustentar o canto do povo. Mesmo nohavendo um grupo de cantores, compete ao cantor dirigir os diversos cantos, com a devida participao do

    povo88.105. Exercem tambm uma funo litrgica:

    a) O sacristo, que dispe com cuidado os livros litrgicos, os paramentos e outras coisas necessrias nacelebrao da Missa.

    b) O comentarista, que, oportunamente, dirige aos fiis breves explicaes e exortaes, visando aintroduzi-los na celebrao e disp-los para entend-la melhor. Convm que as exortaes do comentarista sejamcuidadosamente preparadas, sbrias e claras. Ao desempenhar sua funo, o comentarista fica em p em lugaradequado voltado para os fiis, no, porm, no ambo.

    c) Os que fazem as coletas na igreja.d) Os que, em certas regies, acolhem os fiis s portas da igreja e os levam aos seus lugares e

    organizam as suas procisses.106. conveniente, ao menos nas igrejas catedrais e outras igrejas maiores, que haja algum ministrocompetente ou mestre de cerimnias, a fim de que as aes sagradas sejam devidamente organizadas e exercidascom decoro, ordem e piedade pelos ministros sagrados e os fiis leigos.107. As funes litrgicas, que no so prprias do sacerdote ou do dicono e das quais se trata acima (n. 100-106), podem ser confiadas tambm pelo proco ou reitor da igreja a leigos idneos89 com bno litrgica oudesignao temporria. Quanto funo de servir ao sacerdote junto ao altar, observem-se as normas dadas peloBispo para sua diocese.

    IV. A DISTRIBUIO DAS FUNESE A PREPARAO DA CELEBRAO108. Um e o mesmo sacerdote deve exercer a funo presidencial sempre em todas as suas partes, com

    exceo daquelas que so prprias da Missa com a presena do Bispo (cf. acima, n. 92).109. Achando-se presentes vrias pessoas aptas a exercerem o mesmo ministrio, nada impede que distribuamentre si e exeram as diversas partes do mesmo ministrio ou ofcio. Por exemplo, um dicono pode ser destinadoa proferir as partes cantadas e outro, ao ministrio do altar; havendo vrias leituras, bom que sejam distribudasentre diversos leitores; e assim por diante. Mas no convm de modo algum que vrias pessoas dividam entre sium nico elemento da celebrao, por exemplo, a mesma leitura feita por dois, um aps o outro, a no ser setrate da Paixo do Senhor.110. Se na Missa com o povo houver apenas um ministro, ele mesmo exera diversas funes.111. A preparao prtica de cada celebrao litrgica, com esprito dcil e diligente, de acordo com o Missal eoutros livros litrgicos, seja feita de comum acordo por todos aqueles a quem diz respeito, seja quanto aos ritos,seja quanto ao aspecto pastoral e musical, sob a direo do reitor da igreja e ouvidos tambm os fiis naquilo que

    diretamente lhes concerne. Contudo, ao sacerdote que preside a celebrao, fica sempre o direito de dispor sobreaqueles elementos que lhe competem90.

    CAPTULO IV

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    AS DIVERSAS FORMAS DECELEBRAO DA MISSA

    112. Na Igreja local deve-se dar o primeiro lugar, por causa de sua significao, Missa presidida pelo Bispo,cercado de seu presbitrio, diconos e ministros leigos91, e na qual o povo santo de Deus participa plena eativamente, visto que a se d a principal manifestao da Igreja.

    Na Missa celebrada pelo Bispo, ou qual ele se faz presente sem que celebre a Eucaristia, observem-se asnormas que se encontram no Cerimonial dos Bispos92.113. D-se igualmente grande valor Missa celebrada com uma comunidade, sobretudo a paroquial, uma vezque esta representa a Igreja universal, em determinado tempo e lugar, principalmente quando se trata dacelebrao comunitria do dia do Senhor93.114. Entre as Missas celebradas em certas comunidades, possui dignidade particular a Missa conventual, quefaz parte do Ofcio cotidiano, ou a Missa chamada "da comunidade". Embora estas Missas nada tenham de especialem sua celebrao, de suma convenincia que sejam celebradas com canto, e sobretudo com a plenaparticipao de todos os membros da comunidade, religiosos ou cnegos. Nessas Missas, cada um exera a suafuno segundo a Ordem ou o ministrio que recebeu. Convm ainda que todos os sacerdotes, no obrigados acelebrar individualmente por motivo pastoral, concelebrem na medida do possvel. Alm disso, todos os membrosda comunidade, isto , os sacerdotes obrigados a celebrar individualmente para o bem pastoral dos fiis, podemtambm concelebrar a Missa conventual ou "da comunidade" no mesmo dia94. Convm que os presbteros queparticipam da celebrao eucarstica, a no ser que estejam escusados por justa causa, exeram normalmente afuno da prpria Ordem, participando de preferncia como concelebrantes, revestidos das vestes sagradas. Caso

    contrrio, portam a veste coral prpria ou sobrepeliz sobre a veste talar.

    I. A MISSA COM POVO115. Entende-se por Missa com povo a que celebrada com participao de fiis. Convm, na medida dopossvel, que a celebrao, sobretudo nos domingos e festas de preceito, se realize com canto e convenientenmero de ministros95, pode, porm, ser realizada sem canto e com um ministro apenas.116. Na celebrao de qualquer Missa em que esteja presente o dicono, este exera a sua funo. Convm,entretanto, que o sacerdote celebrante seja assistido normalmente por um aclito, um leitor e um cantor. O ritodescrito em seguida prev, porm, a possibilidade de maior nmero de ministros.O que necessrio preparar117. O altar seja coberto ao menos com uma toalha de cor branca. Sobre ele ou ao seu redor, coloquem-se, emqualquer celebrao, ao menos dois castiais com velas acesas, ou ento quatro ou seis, sobretudo quando setrata de Missa dominical ou festiva de preceito, ou quando celebrar o Bispo diocesano, colocam-se sete. Hajatambm sobre o altar ou em torno dele, uma cruz com a imagem do Cristo crucificado. Os castiais e a cruz,ornada com a imagem do Cristo crucificado, podem ser trazidos na procisso de entrada. Pode-se tambm colocarsobre o altar o Evangelirio, distinto do livro das outras leituras.118. Preparem-se tambm:

    a) junto cadeira do sacerdote: o missal e, se for oportuno, um livro de cantos;b) no ambo: o Lecionrio;c) na credncia: clice, corporal, purificatrio e, se for oportuno, pala; patena e, se necessrio, cibrios;

    po para a Comunho do sacerdote que preside, do dicono, dos ministros e do povo; galhetas com vinho e gua,

    a no ser que todas estas coisas sejam apresentadas pelos fiis na procisso das oferendas; recipiente com guaa ser abenoada se houver asperso; patena para a Comunho dos fiis; e o que for necessrio para lavar asmos.

    O clice, como convm, seja coberto com um vu, que pode ser da cor do dia ou de cor branca.

    119. Na sacristia, conforme as diversas formas de celebrao, preparem-se as vestes sagradas (cf. n. 337-341)do sacerdote, do dicono e dos demais ministros:

    a) para o sacerdote: alva, estola e casula ou planeta;b) para o dicono: alva, estola e dalmtica, que pode ser dispensada em sua falta, como tambm em

    celebraes menos solenes;c) para os demais ministros: alva ou outras vestes legitimamente aprovadas96.Quando se realiza a procisso da entrada preparem-se tambm o Evangelirio; nos domingos e dias

    festivos, o turbulo e a naveta com incenso, quando se usa incenso; cruz a ser levada na procisso e castiais comvelas acesas.

    A) MISSA SEM DICONORitos iniciais

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    120. Reunido o povo, o sacerdote e os ministros, revestidos das vestes sagradas, dirigem ao altar na seguinteordem:

    a) o turiferrio com o turbulo aceso, quando se usa incenso;b) os ministros que portam as velas acesas e, entre eles, o aclito ou outro ministro com a cruz;c) os aclitos e os outros ministros;d) o leitor, que pode conduzir um pouco elevado o Evangelirio, no, porm, o lecionrio;e) o sacerdote que vai celebrar a Missa.Quando se usa incenso, antes de iniciar a procisso, o sacerdote pe incenso no turbulo, abenoando-o

    com o sinal da cruz, sem nada dizer.121. Enquanto se faz a procisso para o altar, canta-se o canto da entrada (cf. n. 47-48).122. Chegando ao altar, o sacerdote e os ministros fazem inclinao profunda.

    A cruz, ornada com a imagem do Cristo crucificado trazida eventualmente na procisso, pode ser colocadajunto ao altar, de modo que se torna a cruz do altar, que deve ser uma s; caso contrrio, ela ser guardada emlugar adequado; os castiais so colocados sobre o altar ou junto dele; o Evangelirio seja colocado sobre o altar.123. O sacerdote sobe ao altar e beija-o em sinal de venerao. Em seguida, se for oportuno, incensa a cruz e oaltar, contornando-o.124. Em seguida, o sacerdote dirige-se cadeira. Terminado o canto da entrada, e estando todos de p, osacerdote e os fiis fazem o sinal da cruz. O sacerdote diz: Em nome do Pai, e do Filho, e do Esprito Santo. Opovo responde: Amm.

    Voltado para o povo e abrindo os braos, o sacerdote sada-o com uma das frmulas propostas. Ele

    mesmo ou outro ministro, pode, com brevssimas palavras, introduzir os fieis na Missa do dia.125. Segue-se o ato penitencial. Em seguida, cantado ou recitado o Senhor, tende piedade, conforme asrubricas (cf. n. 52).126. Nas celebraes previstas, canta-se ou se recita o Glria (cf. n. 53).127. Em seguida, o sacerdote convida o povo a rezar, dizendo, de mos unidas: Oremos. E todos, juntamentecom ele, oram um momento em silncio. Ento o sacerdote, abrindo os braos, diz a orao do dia. Ao terminar, opovo aclama: Amm.Liturgia da Palavra128. Concluda a orao do dia, todos se assentam. O sacerdote pode, com brevssimas palavras, introduzir osfiis na liturgia da Palavra. O leitor, por sua vez, dirige-se ao ambo, e do Lecionrio j a colocado antes daMissa, proclama a primeira leitura, que todos escutam. No fim, o leitor profere a aclamao Palavra do Senhor,respondendo todos Graas a Deus.

    Se for oportuno, pode-se, ento, observar um breve espao de silncio, para que todos meditem o queouviram.129. Em seguida, o salmista ou o prprio leitor, profere os versculos do salmo ao que o povo normalmenteresponde com o refro.130. Se houver uma segunda leitura antes do Evangelho, o leitor a proclama do ambo, enquanto todosescutam, respondendo, no fim, com a aclamao, como se disse acima (n. 128). Em seguida, se for oportuno,pode-se observar um breve espao de silncio.

    131. Depois, todos se pem de p e canta-se o Aleluia ou outro canto, conforme as exigncias do tempolitrgico (cf. n. 62-64).132. Enquanto se canta o Aleluia ou outro canto, o sacerdote, se usar incenso, coloca-o no turbulo e oabenoa. A seguir, com as mos unidas, e profundamente inclinado diante do altar, diz em silncio: Deus todo-poderoso, purificai-me.133. Toma, ento, o Evangelirio, se estiver no altar e, precedido dos ministros leigos, que podem levar oturbulo e os castiais, dirige-se para o ambo, conduzindo o Evangelirio um pouco elevado. Os presentesvoltam-se para o ambo, manifestando uma especial reverncia ao Evangelho de Cristo.134. No ambo, o sacerdote abre o livro e, de mos unidas, diz: O Senhor esteja convosco, respondendo opovo: Ele est no meio de ns e, a seguir, Proclamao do Evangelho, fazendo com o polegar o sinal da cruz sobreo livro e sobre si mesmo, na fronte, na boca e no peito, acompanhado nisso por todos. O povo aclama, dizendo:

    Glria a vs, Senhor. O sacerdote incensa o livro, se usar incenso (cf. n. 276-277). A seguir, proclama oEvangelho e, ao terminar, profere a aclamao: Palavra da Salvao, respondendo todos: Glria a vs, Senhor. Osacerdote beija o livro, dizendo em silncio: Pelas palavras do Santo Evangelho.

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    135. Se no houver leitor, o prprio sacerdote, de p ao ambo, diz todas as leituras bem como o salmo.Tambm a, se usar incenso, ele o coloca e abenoa e, profundamente inclinado, diz: Deus todo-poderoso,purificai-me.136. O sacerdote, de p junto cadeira ou no prprio ambo, ou ainda, se for oportuno, em outro lugaradequado, profere a homilia; ao terminar, pode-se observar um tempo de silncio.137. O smbolo cantado ou recitado pelo sacerdote com o povo (cf. n. 68), estando todos de p. s palavras Ese encarnou pelo Esprito Santo, todos se inclinam profundamente, mas nas solenidades da Anunciao do Senhore do Natal do Senhor todos se ajoelham.138. Terminado o smbolo, o sacerdote, de p junto cadeira e de mos unidas, com breve exortao convidaos fiis orao universal. A seguir, o cantor, o leitor ou outra pessoa, do ambo ou de outro lugar apropriado evoltado para o povo prope as intenes, s quais o povo, por sua vez, responde suplicante. Por fim, o sacerdote,de mos estendidas, conclui a prece por uma orao.Liturgia eucarstica139. Terminada a orao universal, todos se assentam e tem incio o canto do ofertrio (cf. n. 74).

    O aclito ou outro ministro leigo coloca sobre o altar o corporal, o purificatrio, o clice, a pala e o missal.140. Convm que a participao dos fiis se manifeste atravs da oferta do po e vinho para a celebrao daEucaristia, ou de outras ddivas para prover s necessidades da igreja e dos pobres.

    As oblaes dos fiis so recebidas pelo sacerdote, ajudado pelo aclito ou outro ministro. O po e o vinho

    para a Eucaristia so levados para o celebrante, que as depe sobre o altar, enquanto as outras ddivas socolocadas em outro lugar adequado (cf. n. 73).141. Ao altar, o sacerdote recebe a patena com po, e a mantm levemente elevada sobre o altar com ambasas mos, dizendo em silncio: Bendito sejais, Senhor. E depe a patena com o po sobre o corporal.142 Em seguida, de p, no lado do altar, derrama vinho e um pouco d'gua no clice, dizendo em silncio: Poresta gua, enquanto o ministro lhe apresenta as galhetas. Retornando ao centro do altar, com ambas as mosmantm um pouco elevado o clice preparado, dizendo em silncio: Bendito sejais, Senhor; e depe o clice sobreo corporal, cobrindo-o com a pala, se julgar oportuno.Contudo, se no houver canto de preparao das oferendas ou no houver msica de fundo do rgo, naapresentao do po e do vinho, o sacerdote pode proferir em voz alta as frmulas de bendio, respondendo opovo: Bendito seja Deus para sempre.143. Depois de colocado o clice sobre o altar, o sacerdote, profundamente inclinado, diz em silncio: Decorao contrito.144. A seguir, se usar incenso, o sacerdote o coloca no turbulo, abenoa-o sem nada dizer e incensa asoferendas, a cruz e o altar. O ministro, de p, ao lado do altar, incensa o sacerdote e, sem seguida, o povo.145. Aps a orao De corao contrito, ou depois da incensao, o sacerdote, de p ao lado do altar, lava asmos, dizendo em silncio: Lavai-me, Senhor, enquanto o ministro derrama a gua.146. Outra vez no centro do altar, o sacerdote, de p e voltado para o povo, estendendo e unindo as mos,convida o povo a rezar, dizendo: Orai, irmos e irms etc. O povo pe-se de p e responde, dizendo: Receba oSenhor. Em seguida, o sacerdote, de mos estendidas, diz a Orao sobre as oferendas. No fim o povo aclama:Amm.

    147. O sacerdote inicia a Orao eucarstica. Conforme as rubricas (cf. n. 365) ele escolhe uma das Oraeseucarsticas do Missal Romano, ou aprovadas pela S Apostlica. A Orao eucarstica, por sua natureza, exigeque somente o sacerdote, em virtude de sua ordenao, a profira. O povo, por sua vez, se associe ao sacerdotena f e em silncio e por intervenes previstas no decurso da Orao eucarstica, que so as respostas no dilogodo Prefcio, o Santo, a aclamao aps a consagrao, e a aclamao Amm, aps a doxologia final, bem comooutras aclamaes aprovadas pela Conferncia dos Bispos e reconhecidas pela Santa S.

    muito conveniente que o sacerdote cante as partes da Orao eucarstica, enriquecidas pela msica.148. Iniciando a Orao eucarstica, o sacerdote, estendendo as mos, canta ou diz: O Senhor esteja convosco,e o povo responde: Ele est no meio de ns. Enquanto prossegue: Coraes ao alto, eleva as mos. O povoresponde: O nosso corao est em Deus. O sacerdote, de mos estendidas, acrescenta: Demos graas aoSenhor, nosso Deus, e o povo responde: nosso dever e nossa salvao. Em seguida, o sacerdote, de mosestendidas, continua o Prefcio; terminado este, une as mos e com todos os presentes, canta ou diz em voz alta:

    Santo (cf. n. 79,b).149. O sacerdote continua a Orao eucarstica conforme as rubricas, que se encontram em cada uma dessasOraes.

    Se o celebrante Bispo, nas Preces, aps as palavras: pelo vosso servo o Papa N., acrescenta: e por mim,vosso indigno servo. Quando o Bispo celebra fora de sua diocese, aps as palavras: pelo vosso servo o Papa N.,

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    acrescenta: por mim, vosso indigno servo e por meu irmo N., Bispo desta Igreja N., ou aps as palavras: denosso Papa N., acrescenta: de mim, vosso indigno servo e de meu irmo N., Bispo desta Igreja N.

    O Bispo diocesano, ou quem for de direito equiparado a ele, deve ser nomeado com esta frmula: com oPapa N., com o nosso Bispo (ou: Vigrio, Prelado, Prefeito, Abade) N.

    O Bispo Coadjutor e os Auxiliares, no, porm, outros bispos, eventualmente, presentes, podem sernomeados na Orao eucarstica. Quando vrios devem ser nomeados, pode-se faz-lo em forma geral: e o nossoBispo N. e seus Bispos auxiliares.

    Em cada Orao eucarstica, estas frmulas se usam conforme exigirem as normas gramaticais.150. Um pouco antes da consagrao, o ministro, se for oportuno, adverte os fiis com um sinal da campainha.Faz o mesmo em cada elevao, conforme o costume da regio.

    Se for usado incenso, ao serem mostrados ao povo a hstia e o clice aps a consagrao, o ministro osincensa.151. Aps a consagrao, tendo o sacerdote dito: Eis o mistrio da f, o povo profere a aclamao, usando umadas frmulas prescritas.

    No fim da Orao eucarstica, o sacerdote, tomando a patena com a hstia e o clice ou elevando ambosjuntos profere sozinho a doxologia: Por Cristo. Ao trmino, o povo aclama: Amm. Em seguida, o sacerdote depea patena e o clice sobre o corporal.152. Concluda a Orao eucarstica, o sacerdote, de mos unidas, diz a exortao que precede a Orao doSenhor e, a seguir, de mos estendidas, proclama-a juntamente com o povo.153. Terminada a Orao do Senhor, o sacerdote, de mos estendidas, diz sozinho, o embolismo: Livrai-nos de

    todos os males, no fim do qual o povo aclama: Vosso o reino.154. Em seguida, o sacerdote, de mos estendidas, diz em voz alta a orao Senhor Jesus Cristo, dissestes;terminada esta, estendendo e unindo as mos, voltado para o povo, anuncia a paz, dizendo: A paz do Senhoresteja sempre convosco. O povo responde: O amor de Cristo nos uniu. Depois, conforme o caso, o sacerdoteacrescenta: Meus irmos e minhas irms, saudai-vos em Cristo Jesus.

    O sacerdote pode dar a paz aos ministros, mas sempre permanecendo no mbito do presbitrio, para queno se perturbe a celebrao. Faa o mesmo se por motivo razovel quiser dar a paz para alguns poucos fiis.Todos, porm, conforme as normas estabelecidas pela Conferncia dos Bispos, expressam mutuamente a paz, acomunho e a caridade. Enquanto se d a paz, pode-se dizer: A paz do Senhor esteja sempre contigo, sendo aresposta: Amm.155. A seguir, o sacerdote toma a hstia, parte-a sobre a patena e deixa cair uma partcula no clice, dizendoem silncio: Esta unio. Enquanto isso, o coral e o povo cantam ou dizem o Cordeiro de Deus (cf. n. 83).156. Em seguida, o sacerdote, em silncio, e com as mos juntas, diz a orao da Comunho: Senhor JesusCristo, Filho de Deus vivo, ou Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo.157. Terminada a orao, o sacerdote faz genuflexo, toma a hstia consagrada na mesma missa e segurando-a um pouco elevada sobre a patena ou sobre o clice, diz voltado para o povo: Felizes os convidados etc, e,juntamente com o povo, acrescenta uma s vez: Senhor, eu no sou digno.158. De p e voltado para o altar, o sacerdote diz em silncio: O Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna,e comunga com reverncia o Corpo de Cristo. A seguir, segura o clice e diz em silncio: Que o Sangue de Cristome guarde para a vida eterna, e com reverncia bebe o Sangue de Cristo.159. Enquanto o sacerdote comunga o Sacramento, entoa-se o canto da Comunho (cf. n. 86).

    160. O sacerdote toma, ento, a patena ou o cibrio e se aproxima dos que vo comungar e que normalmentese aproximam em procisso.

    No permitido aos fiis receber por si mesmos o po consagrado nem o clice consagrado e muito menospassar de mo em mo entre si. Os fiis comungam ajoelhados ou de p, conforme for estabelecido pelaConferncia dos Bispos. Se, no entanto, comungarem de p, recomenda-se que, antes de receberem oSacramento, faam devida reverncia, a ser estabelecida pelas mesmas normas.161. Se a Comunho dada sob a espcie do po somente, o sacerdote mostra a cada um a hstia um poucoelevada, dizendo: O Corpo de Cristo. Quem vai comungar responde: Amm, recebe o Sacramento, na boca ou,onde for concedido, na mo, sua livre escolha. O comungante, assim que recebe a santa hstia, consome-ainteiramente.Quando a Comunho se fizer sob as duas espcies, observe-se o rito descrito no lugar prprio (cf. n. 284-287).

    162. Outros presbteros eventualmente presentes podem ajudar o sacerdote na distribuio da Comunho. Seno houver e se o nmero dos comungantes for muito grande, o sacerdote pode chamar ministros extraordinriospara ajud-lo, ou seja, o aclito institudo bem como outros fiis, que para isso foram legitimamente delegados97.Em caso de necessidade, o sacerdote pode delegar fiis idneos para o caso particular98.

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    Estes ministros no se aproximem do altar antes que o sacerdote tenha tomado a Comunho, recebendosempre o vaso que contm as espcies da Santssima Eucaristia a serem distribudas aos fiis, da mo dosacerdote celebrante.163. Terminada a distribuio da Comunho, o prprio sacerdote, no altar, consome imediatamente todo ovinho consagrado que tenha sobrado; as hstias que sobram, ele as consome ao altar ou as leva ao lugardestinado conservao da Eucaristia.

    Tendo voltado para o altar, o sacerdote recolhe os fragmentos, se os houver; a seguir, de p ao altar, oujunto da credncia, purifica a patena ou o cibrio sobre o clice; depois, purifica o clice dizendo em silncio:Fazei, Senhor, e enxuga-o com o sanguinho. Se os vasos foram purificados sobre o altar, o ministro leva-os para acredncia. Pode-se tambm deixar, devidamente cobertos no altar ou na credncia, sobre o corporal, os vasos apurificar, sobretudo quando so muitos, e purific-los imediatamente aps a Missa, depois da despedida do povo.164. Em seguida, o sacerdote pode voltar cadeira. Pode-se guardar durante algum tempo um sagradosilncio, ou entoar um salmo ou outro canto ou hino de louvor (cf. n. 88).165. A seguir, de p, junto cadeira ou ao altar, voltado para o povo, o sacerdote diz, de mos unidas Oremos,e de mos estendidas, recita a Orao depois da Comunho, que pode ser precedida de um momento de silncio,a no ser que j se tenha guardado silncio aps a Comunho. No fim da orao o povo aclama: Amm.Ritos finais166. Terminada a orao depois da comunho, faam-se, se necessrio, breves comunicaes ao povo.

    167. Em seguida, o sacerdote, estendendo as mos, sada o povo, dizendo: O Senhor esteja convosco, e opovo responde: Ele est no meio de ns. E o sacerdote, unindo novamente as mos, acrescenta logo, recolhendoa mo esquerda sobre o peito e elevando a mo direita: Abenoe-vos Deus todo-poderoso, e traando o sinal dacruz sobre o povo, prossegue: Pai, e Filho, e Esprito Santo. Todos respondem: Amm.

    Em certos dias e ocasies, esta bno enriquecida e expressa, conforme as rubricas, pela orao sobreo povo ou outra frmula mais solene.

    O Bispo abenoa o povo com frmula apropriada, traando trs vezes o sinal da cruz sobre o povo99.168. Logo aps a bno, o sacerdote, de mos unidas, acrescenta: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe etodos respondem: Graas a Deus.169. O sacerdote beija o altar, como de costume e, feita a ele com os ministros leigos profunda inclinao, comeles se retira.170. Se houver depois da Missa alguma ao litrgica, omitem-se os ritos finais, isto , a saudao, a bno ea despedida.

    B) MISSA COM DICONO171. Quando est presente celebrao eucarstica, o dicono, revestido das vestes sagras, exera seuministrio. Assim, o dicono:

    a) assiste o sacerdote e caminha a seu lado;b) ao altar, encarrega-se do clice e do livro;c) proclama o Evangelho e, por mandado do sacerdote celebrante, pode fazer a homilia (cf. n. 66);d) orienta o povo fiel atravs de oportunas exortaes e enuncia as intenes da orao universal;e) auxilia o sacerdote celebrante na distribuio da Comunho e purifica e recolhe os vasos sagrados;

    f) se no houver outros ministros, exerce as funes deles, conforme a necessidade.Ritos iniciais172. Conduzindo o Evangelirio, pouco elevado, o dicono precede o sacerdote que se dirige ao altar; se no,caminha a seu lado.173. Chegando ao altar, se conduzir o Evangelirio, omitida a reverncia, sobe ao altar. E, tendo colocado oEvangelirio com deferncia sobre o altar, com o sacerdote venera o altar com um sculo.

    Se, porm, no conduzir o Evangelirio, faz, como de costume, com o sacerdote profunda inclinao aoaltar e, com ele, venera-o com um sculo.

    Por fim, se for usado incenso, assiste o sacerdote na colocao do incenso e na incensao da cruz e doaltar.

    174. Incensado o altar, dirige-se para a sua cadeira com o sacerdote, permanecendo a ao lado do sacerdote eservindo-o quando necessrio.Liturgia da palavra

  • 8/14/2019 Instruo Geral para o Missal Romano

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    175. Enquanto proferido o Aleluia ou outro canto, o dicono, quando se usa incenso, serve o sacerdote naimposio do incenso. Em seguida, profundamente inclinado diante do sacerdote, pede, em voz baixa a bno,dizendo: D-me a tua bno. O sacerdote o abenoa, dizendo: O Senhor esteja em teu corao. O dicono faz osinal da cruz e responde: Amm. Em seguida, feita uma inclinao ao altar, toma o Evangelirio, quelouvavelmente se encontra colocado sobre o altar e dirige-se ao ambo, levando o livro um pouco elevado,precedido do turiferrio com o turbulo fumegante e dos ministros com velas acesas. Ali, ele sada o povo, dizendode mos unidas: O Senhor esteja convosco e, em seguida, s palavras Proclamao do Evangelho, traa o sinal dacruz com o polegar sobre o livro e, a seguir, sobre si mesmo, na fronte, sobre a boca e o peito, incensa o livro eproclama o Evangelho. Ao terminar, aclama: Palavra da Salvao, respondendo todos: Glria a vs, Senhor. Emseguida, beija o livro, dizendo em silncio: Pelas palavras do santo Evangelho, e volta para junto do sacerdote.

    Quando o dicono serve ao Bispo, leva-lhe o livro para ser osculado ou ele mesmo o beija, dizendo emsilncio: Pelas palavras do santo Evangelho. Em celebraes mais solenes o Bispo, conforme a oportunidade,abenoa o povo com o Evangelirio.

    Por fim, o Evangelirio pode ser levado para a credncia ou outro lugar adequado e digno.176. No havendo outro leitor preparado, o dicono profere tambm as outras leituras.177. Aps a introduo do sacerdote, o dicono prope, normalmente do ambo, as intenes da orao dosfis.Liturgia eucarstica178. Terminada a orao universal, enquanto o sacerdote permanece em sua cadeira, o dicono prepara o altarcom a ajuda do aclito; cabe-lhe ainda cuidar dos vasos sagrados. Assiste o sacerdote na recepo das ddivas do

    povo. Entrega ao sacerdote a patena com o po que vai ser consagrado; derrama vinho e um pouco d'gua noclice, dizendo em silncio: Pelo mistrio desta gua e, em seguida, apresenta o clice ao sacerdote. Ele podefazer esta preparao do clice tambm junto credncia. Quando se usa incenso, serve o sacerdote naincensao das oferendas, da cruz e do altar, e depois ele mesmo ou o aclito incensa o sacerdote e o povo.179. Durante a Orao eucarstica, o dicono permanece de p junto ao sacerdote, mas um pouco atrs, paracuidar do clice ou do missal, quando necessrio.

    A partir da epiclese at a apresentao do clice o dicono normalmente permanece de joelhos. Se houvervrios diconos, um deles na hora da consagrao pode colocar incenso no turbulo e incensar na apresentao dahstia e do clice.180. doxologia final da Orao eucarstica, de p ao lado do sacerdote, eleva o clice, enquanto o sacerdoteeleva a patena com a hstia, at que o povo tenha aclamado: Amm.181. Depois que o sacerdote disse a orao pela paz e: A paz do Senhor esteja sempre convosco, o povoresponde: O amor de Cristo nos uniu, o dicono, se for o caso, faz o convite paz, dizendo, de mos juntas evoltado para o povo: Meus irmos e minhas irms, saudai-vos em Cristo Jesus. Ele, por sua vez, recebe a paz dosacerdote e pode oferec-la aos outros ministros que lhe estiverem mais prximos.182. Tendo o sacerdote comungado, o dicono recebe a Comunho sob as duas espcies do prprio sacerdotee, em seguida, ajuda o sacerdote a distribuir a Comunho ao povo. Sendo a Comunho ministrada sob as duasespcies, apresenta o clice aos comungantes e, terminada a distribuio, consome logo com reverncia, ao altar,todo o Sangue de Cristo que tiver sobrado, com a ajuda, se for o caso, dos demais diconos e dos presbteros.183. Concluda a distribuio da Comunho, o dicono volta com o sacerdote ao altar e rene os fragmentos, seos houver. A seguir, leva o clice e os outros vasos sagrados para a credncia, onde os purifica e compe como decostume, enquanto o sacerdote regressa cadeira. Podem-se deixar devidamente cobertos na credncia, sobre o

    corporal, os vasos a purificar e purific-los imediatamente aps a Missa, depois da despedida do povo.Ritos finais184. Aps a Orao depois da Comunho, o dicono faz breves comunicaes que se fizerem necessrias aopovo, a no ser que o prprio sacerdote prefira faz-lo.185. Se for usada a orao sobre o povo ou a frmula da bno solene, o dicono diz: Inclinai-vos parareceber a bno. Dada a bno pelo sacerdote, o dicono despede o povo, dizendo de mos unidas e voltadopara o povo: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.186. A seguir, junto com o sacerdote, venera com um sculo o altar e, feita uma inclinao profunda, retira-secomo entrada.

    C) FUNES DO ACLITO187. As funes que o aclito pode exercer so de diversos tipos; alguns deles podem ocorrersimultaneamente. Convm, por isso, que sejam oportunamente distribudas entre vrias pessoas; mas se est