INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO...
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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUEMA - AJES
ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE EM EDUCAÇÃO
ESPECIAL, INCLUSÃO E LIBRAS.
8,5
INCENTIVO Á LEITURA NO 1ª CICLO: COMO TORNAR ALUNOS LEITORES NO
1ª CICLO DE 6 A 8 ANOS.
BELMAIR FERREIRA DE OLIVEIRA
ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO
JUÍNA 2015
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUEMA - AJES
ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE EM EDUCAÇÃO
ESPECIAL, INCLUSÃO E LIBRAS
INCENTIVO Á LEITURA NO 1ª CICLO: COMO TORNAR ALUNOS LEITORES NO
1ª CICLO DE 6 A 8 ANOS.
BELMAIR FERREIRA DE OLIVEIRA
ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO
"Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do Título de Especialização em Psicopedagogia com Ênfase em Educação Especial, Inclusão e Libras."
JUÍNA/2015
Dedico esta monografia a meus pais que me deram
total apoio, aos meus educadores e ao meu esposo que sempre
procurou me ajudar, dando forças e apoio nos momentos mais
difíceis.
AGRADECIMENTOS
Em meus agradecimentos, por mais que sejam muitas as pessoas que
desejo agradecer, primeiramente agradeço a Deus por me fortalecer com saúde,
paz, alegria e persistência diante dos momentos frágeis. Agradeço também pelas
grandes conquistas que pude obter através dos novos caminhos em minha vida,
sendo todos eles traçado pelo senhor Jesus Cristo e sua mãe Maria, pois acredito
que sem fé, perseverança e confiança, não estaria realizando mais um sonho da
minha vida, profissional, mesmo tendo encontrado obstáculos no caminho. Agradeço
a gestão e professores, pelo apoio que contribuíram no inicio desse trabalho
monográfico durante o tempo presente na Escola Estadual do município de Juína
MT. Agradeço a minha família e principalmente minha mãe que esteve presente nos
momentos que precisei ficar ausente de minha filha de seis aninhos.
RESUMO
A presente monografia tem como objetivo discutir a importância do incentivo
a leitura através de gêneros fábula, primeiramente por meio de socialização com a
literatura infantil focalizando nos embasamentos teóricos e, em seguida, a pesquisa
de campo realizada em uma escola localizada no município de Juína – MT, sob a
visão dos professores e dos alunos da unidade de ensino com foco no 1º ciclo
distribuído em seis salas 1ªC/1ªF, 2ªF/1ªC, 3ªF/1ªC, totalizando 120 alunos e seis
professoras. À metodologia utilizada foi aplicada através de questionários com
perguntas abertas e fechadas, observando durante a realização de atividades com a
utilização de fábulas e outros gêneros focalizando, habilidades com a leitura. Os
resultados mostraram que os educadores são cientes e priorizam a leitura em sala
de aula assim, o docente desenvolve metodologia para promover um prazeroso
momento de leitura, utilizando-se desse recurso de divertimento, de forma lúdica
que o ensino e aprendizagem se tornem significativo e prazeroso, além de possuir
uma estrutura textual curta, tornando – se mais atrativos aos educandos e facilitando
aos educadores uma sequência didática. O gênero fábula sem dúvida é um recurso
didático importantíssimo e priorizado pelos docentes da Escola Estadual X no
município de Juína – MT com objetivo do desenvolvimento da autonomia dos alunos
e o senso critico, éticos e multiculturais.
PALAVRA CHAVES:Leitura. Proposta Metodológica. Gêneros Textuais. Fábula.
Professor. Aluno.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................06
1. DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE ENSINO...........................................09
1.1 A LEITURA INFANTIL E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM..........................11
1.2 ENSINAR NÃO É TRANSMITIR CONHECIMENTO............................................14
CAPÍTULO II
2. LEITURA E ESCOLA.............................................................................................15
2.1 ESCOLA E FAMÍLIA GERENCIADORA DE LEITORES......................................16
2.2 PAPEL DA FAMÍLIA............................................................................................17
CAPÍTULO III
3. APRENDER A GOSTAR DE LER..........................................................................18
3.1 BRASILEIROS LEITORES...................................................................................18
3.2 DICAS DE ESPECIALISTAS EM EDUCAÇÃO PARA AJUDAR A
DESENVOLVER O GOSTO PELA LEITURA............................................................19
3.3 ENSINO EM CICLO.............................................................................................20
3.4 METODOLOGIA...................................................................................................22
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................26
REFERÊNCIAS..........................................................................................................28
ANEXOS.....................................................................................................................32
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a construção da leitura na
formação dos alunos do 1ªciclo escolar e sobre a importância do hábito de ler desde
os anos iniciais possibilitando a necessidade, por parte de toda a comunidade
escolar considerando o hábito de ler uma ferramenta essencial no processo de
alfabetização. A escola X tem como objetivo o incentivar á leitura infantil. Nos
esforços pela alfabetização dos pequenos juinenses que possuem até oito anos
dando seguimento até 3ª ciclo. Na área de linguagens, têm–se como objetos
integradores desse campo de conhecimento o código, o texto e a leitura, sendo que,
no processo de alfabetização e letramento, esses objetos se manifestam nas
múltiplas linguagens constituídas pela criança nas relações dinâmicas de produção,
circulação e recepção com diversos gêneros textuais. Os conhecimentos são
medidos pela diversidade de representações das linguagens: verbal e não verbal, da
oralidade, da sinalização, da leitura, da escrita, da arte, da expressão, da cultura
corporal e do movimento, dentre outros.
O trabalho pedagógico, nesse processo, pressupõe uma ação integradora a
partir das necessidades de aprendizagens da criança para esta apropriar – se de
diferentes linguagens, desenvolver o pensamento, transformar atitudes e construir
conhecimentos.
Na concepção de um currículo que visa à formação humana, adoção dos
ciclos como norteadores das práticas pedagógicas correspondente ao respeito à
formação do sujeito inserido no contexto histórico, constituinte de liberdade e de
criticidade e que percebe como capaz de respeitar e valorizar as multiculturas.
Nesse sentido, enturmarão por faixa etária parte da premissa de que o
desenvolvimento humano pode ser compreendido pelo fator tempo e não pelo
condicionamento à memória em série. As situações de interação com seus pares e
com o meio, facilitadas pelas linguagens, favorecem a construção de um sujeito que
vivencia e se apropria dos bens sociais, históricos e culturais a fim de transformar
sua aprendizagem e, também a aprendizagem do outro. Momento decisivo durante
esse período inicial, ela começa estabelecer padrões de aprendizagem e atitudes,
buscando um sentido, em si mesma. É nesse sentido, que se faz necessário
compreender a criança, a expressão infantil e as etapas do seu desenvolvimento
para que se possa de maneira segura, estabelecer uma das expressões espontânea
segundo pensamento piagetiana. Nesse sentido, a escola deve favorecer um
ambiente físico e social onde as crianças se sintam protegidas, acolhidas e seguras
da qual se relacionam entre si com a mesma faixa etária e ocorra uma socialização.
A pesquisa revela na escola, especificamente aquela, que compreende e incentiva à
leitura. È importante em todo processo essas crianças fará a diferença porque vai
levar para seus familiares as possibilidades de leituras com a família da qual a
escola disponibiliza, livros nos finais de semanas para ser socializada com a família.
A leitura e escrita têm na educação uma função social, enfatizada na comunicação
entre as pessoas, e ambas devem ser adquiridas desde educação infantil praticadas
de várias formas. Sendo assim, é importante que a criança tenha acesso a
diferentes tipos de textos, da qual ela construirá na sua aprendizagem o interesse
pela leitura. Até mesmo as crianças não alfabetizadas podem usufruir desta
proposta, pois inicialmente com imagens, não verbal estará desenvolvendo
habilidades na oralidade, interpretação e assim se apropriarão dos componentes
para aprendizagem da leitura e escrita. Diante de perspectiva de que a leitura é
fundamental, e que a escola possui um papel importante nesse processo do hábito
da leitura nas crianças, considera–se importante à realização do presente tema.
As dificuldades de aprendizagem estão presentes no cotidiano escolar e
social de nossos estudantes. Algumas delas revelam-se com maior intensidade no
período escolar, entretanto muitas dessas dificuldades são confundidas com
problemas comportamentais.
Ser PNEE ou não. Identificar sem preconceitos a real situação do aluno seria
um avanço significativo para o desenvolvimento do mesmo. A necessidade de um
olhar diferenciado para o problema dentro da sala de aula pesquisas revela que se
faz necessário devido às diversas circunstâncias que a envolve: sala de aula
comum. Pesquisas revelam que a cultura brasileira não tem hábito de leitura, é
preocupante, pois percebemos, através de observações participativas na escola,
que alguns alunos chegam ao ensino médio e são alfabetizados funcionais ou
analfabetos funcionais sendo que seu processo de letramento não foi desenvolvido.
Instigar esses alunos trazerem para escola todo o seu conhecimento de mundo, sua
cultura, sua vivência e é importante levar até eles, inicialmente, uma leitura
acessível, de fácil compreensão, dessa forma eles farão relações e construirão uma
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ponte com seu saber. Cabe a escola a responsabilidade de organizar-se em torno
de um projeto educativo comprometimento com intermediação da passagem do
leitor de literatura infantil para o leitor de textos de complexidade. É necessário que
estabeleça essa interação na escola para que os alunos possam perceber que a
leitura faz parte de todas as disciplinas e a busca por um bom resultado dependerá
de todos os envolvidos.
Através da leitura é o que nos torna capazes de formar opiniões, ganhar
maturidade nos transforma e nos remete a um nível de conhecimento que nos faz
refletir e nos colocar diante de uma situação.
Sendo assim, mostra-se por intermédio da literatura infantil leva ao mundo
do faz-se de conta e desperta a imaginação, que são condições fundamentais ao
mundo da fantasia, despertando a imaginação, que são condições de vivencia do
fantástico como se fosse à realidade.
Este trabalho esta dividido em três capítulos para melhor delimitar os
assuntos e facilitar o entendimento do leitor. No primeiro capítulo será o processo de
ensino e aprendizagem através da ludicidade. É importante também considerarmos
que o conhecimento acontece em processo, de cada indivíduo tem seu próprio ritmo
e seu próprio tempo que devem ser considerado e respeitado. No segundo capitulo
leitura e escola. O período de iniciação escolar é fundamental na percepção que a
criança irá ter ao longo de sua trajetória escolar pelos livros. O trabalho com a leitura
precisa ser visto pelo ato de ler, como algo de extremo e necessário. Incentivar o
gosto e envolver os educandos para que possam tirar proveito pessoal da leitura
precisa ser objetivo de toda escola. È muito importante que a escola contribui para a
preparação de alunos capazes de participar como sujeito do processo de
desenvolvimento da aprendizagem na sociedade com autonomia.
O terceiro capítulo: dissertará sobre a relação do incentivo à leitura e, por
traz duas propostas por intermédio dos gêneros textuais, focalizando em dicas de
especialistas em educação para ajudar a desenvolver o gosto pela leitura. Entender
o ensino em ciclo para adequar os gêneros textuais conforme a fase e ciclo para
melhor compressão.
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CAPÍTULO I
1.DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE ENSINO:
Segundo MATO GROSSO (2001), as atividades lúdicas, brincadeiras e
jogos, são altamente importantes na vida das crianças por serem atividades de
interesse natural e também por ser no jogo que as mesmas desenvolvem suas
percepções, inteligências, tendências a experimentações e seus instintos sociais. O
jogo pode ser considerado um dos elementos fundamentais para o processo de
ensino e aprendizagem, superando os métodos de codificação e decodificação, do
conteúdo pronto e acabado, repetitivo que tornam a educação escolar tão maçante
sem vida e alegria. Pode ser um elemento importante no qual a criança aprende,
sendo sujeito ativo que tem na ludicidade o prazer de aprender.
É pela ação sobre os objetos lúdicos, LIRA e RUBIO (2014),
que a criança constrói suas aprendizagens e conhecimentos, é nesse momento que sua imaginação se intensifica, e representa o mundo social que a cerca, bem como as formas de comportamento que lhes são referentes.
A aprendizagem é um processo ativo que tem como objetivo a construção de
significados que serão levados em consideração os conhecimentos prévios dos
educandos, suas experiências que já possuem devendo ser o ponto de partida para
as novas aprendizagens. É importante também considerarmos que o conhecimento
acontece em processos, cada indivíduo tem seu próprio ritmo e seu próprio tempo
que devem ser considerados e respeitados.
O desenvolvimento, segundo o desenvolvimento sociocultural de Vygotsky
(1991), é concebido como processos que se efetivam na cultura, no qual desenvolve
de forma cognitiva seu próprio potencial para cada intervalo de idade. O grupo social
em que o sujeito está inserido ensina o que é producente, o acréscimo do
conhecimento irá se processar conforme os grupos que o indivíduo adquire com sua
idade, após esta aquisição é que será interiorizado. O conhecimento interage desde
o primeiro instante de vida, não há como aprender sem a participação e interação. A
aprendizagem nessa concepção mobiliza o desenvolvimento. Segundo VYGOTSKY
(1998a), pud RICHIT (2012, p. 8):
A zona de desenvolvimento proximal (ZDP) da criança é a distância entre seu desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas e o nível de seu desenvolvimento potencial,
determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes.
Na psicologia do desenvolvimento, sente-se a necessidade de conhecer a
psicologia da criança para compreender seu comportamento, prever e em alguns
casos modificar para educar, ensinar uma criança evitando perturbações em seu
comportamento exige do adulto, amor, dedicação e, conhecimento das
características de cada fase de desenvolvimento da criança, seus interesses,
necessidades, motivações e possibilidades. Precisa saber se ela está preparada
para aprender; como podem ser motivados, quais os melhores meios de ensinar e
de tornar duradoura a aprendizagem. Em cada idade a criança vai apresentando
características diferentes; física, emocional, intelectual e social. O que agradava
antes quando criança não agrada mais. Os problemas que aparecem em seu
comportamento não podem ser ignorados, precisam ser estudados e compreendidos
para serem resolvidos. O desenvolvimento cognitivo se realiza em estágios.
Segundo BARROS (1987, p. 105), “Isso significa que a natureza e a caracterização
da inteligência mudam significativamente com o passar do tempo.” A psicologia
cognitiva estuda a habilidade do ser humano para obter conhecimento e desenvolver
intelectualmente. Diante dos problemas da aprendizagem, a posição de BRUNER
(1979, p.49) é expressa em sua afirmação: “Se você quer saber como as crianças
realizam a aprendizagem em situação escolar, então estude crianças em sala de
aula, e não ratos e pombos em gaiolas.”
Segundo PETEREIT (2013, p. 19)
O indivíduo enfrenta o processo de aprendizagem como uma totalidade, ou seja, a partir dos seus sentimentos, seu corpo, sua capacidade intelectual e do seu esquema referencial. Quando surgem dificuldades nesse processo, elas não devem ser enfocadas isoladamente. Apesar de poderem se manifestar na área emocional, na área orgânica, na área intelectual, ou na social, é importante não perder de vista que toda a personalidade é afetada.
Dessa maneira o conhecimento pode ser físico, podendo conhecer os
atributos dos objetos concretos e observáveis, conhecimento lógico-matemático
construção mental das relações e conhecimento social que é adquirido através das
interações. Com essas observações para a construção de conhecimento vale
ressaltar que atividade lúdica é fundamental nas práticas educativas contribuindo
para o processo do ensino e aprendizagem de forma atraente e significativa.
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1.1 A LEITURA INFANTIL E O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NO
ENSINO FUNDAMENTAL
A leitura infantil é uma fonte rica em conhecimentos, pois oferece métodos e
recursos para serem utilizados muitas vezes pelo docente, para educar as crianças.
Métodos esses, que devem ser associados aos recursos prazerosos e alegres, que
visam aprimorar os ensinamentos e contribuir na formação da realidade e do
imaginário do aluno, que são de muita importância para uma vida completa.
A literatura infantil consideravelmente pode ser associada à educação, tendo em vista seu forte incentivo à leitura, bem como importante componente intelectual, capaz de possibilitar o mundo da criança, do brincar, do imaginar para construir sua personalidade. Historicamente, a leitura infantil é um gênero situado em sistema da educação, ocupa lugar mais destacado, graças ao seu papel na formação de leitores que cabe a escola assumir e realizar. (CADEMARTORI, 2010, p.13).
Diante de sua origem, GÓES (1991, p.47) em sua obra descreve que
“literatura infantil seria um gênero incompreensível sem a presença da criança, que
seria o seu único destinatário.”
Assim explica ele, que na sociedade antiga não havia infância, entendida
como “nenhum espaço separado no mundo adulto”. Isso se deve ao fato que por
longo tempo na história da humanidade a infância não foi considerada. A criança era
vista até por volta do século XVII a XVIII com um “adulto em miniatura”, ou seja, não
eram atribuídas ás crianças características que diferenciassem a criança do adulto.
Dessa forma:
Para pensar a literatura infantil, é necessário pensar no seu leitor: a criança. Até o século XVII as crianças conviviam igualmente com os adultos, não havia um mundo infantil, diferente com os adultos, não havia um mundo infantil, diferente ou separado, ou uma visão especial da infância. Não se escrevia, portanto, para as crianças. (SILVA, 2008, p. 03).
Ainda segundo a autora, só a partir do século XVIII a criança passa a ser
considerada “um ser diferente do adulto, com necessidades e características
próprias.” Portanto, a leitura infantil só surgiria quando as ideologias e distinções
sobre a criança e infância começaram a se desenvolver.
O próprio termo literatura infantil, como uma estrutura de texto destinada as
crianças pode–se dizer que é recente. Pois, a principio, a literatura não estava ligada
diretamente com o dia a dia da criança. Buscava mostrar a realidade com o intuito
de educar as pessoas por meio de relatos expostos em grandes obras.
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Para FERNANDES (2008), o primeiro momento que a criança entra em
contato com a literatura é através de histórias relatadas pelo adulto com quem
possui mais relação: pais ou professores. A leitura é um momento único que pode
iniciar o desenvolvimento da imaginação, deixando que a criança participe de um
mundo cheio de grandes conflitos, soluções, entre outros que se encontram no
mundo da literatura.
O contato das crianças com os livros de literatura infantil pode começar em
casa, ou quando os pais não possuem este habito, inicia–se na escola.
A literatura na escola, porém para transformar – se em disciplina escolar, passou por um processo de transcrição, transformando – se em texto e, logo a seguir, em material didático. (SARAIVA; MUGGE, 2006, p.11).
Como a leitura e a escola estiveram sempre juntas no processo de
aprendizagem, a unidade escolar buscou empregar a literatura com uma ferramenta
de comunicação da língua e também como recursos para o cultivo literário.
Para FERREIRA:
A escola, ainda que exija o ensino e o saber da literatura, não demonstra explicitamente qual é o tipo de literatura que ela almeja seguir. Porém, dentro da instituição de ensino, o conteúdo que a Literatura tem se preocupado exclusivamente é com a transmissão de história literária como o Romantismo e conceitos genéricos como personagens da historia; aspectos esses que não fazem parte do cotidiano do leitor, não gerado reflexão nem posicionamento critico. (FERREIRA, 2010, p.32).
As escolas sempre utilizaram a literatura para poder transmitir tanto os
ensinamentos de diversas situações que se encontra nas esferas sociais, quanto no
ensino da interpretação e produção de textos. Assim, a escola e a literatura sempre
estiveram unidas nos seus ensinamentos, mesmo que cada uma das esferas faça
adequações em sua determinada área.
CANTARELI; CARDOSO; SIMIONI (2006), afirmam que a literatura infantil
tem por finalidade uma tarefa na sociedade, sendo capaz de realizar a
transformação, servir como atuante na formação seja no natural convívio do leitor
com o livro, na conversação ou nas atividades literárias realizadas pela escola.
Dando continuidade na valorização para a literatura infantil, porque se tona o atuante
e influente ideal para o desenvolvimento de formação do ser, É um espaço
educacional muito elevado de privilegio, em que deve distribuir vários desafios e
proporcionar o ser a adquirir novos caminhos mediante a mente humana em direção
ao seu aprendizado. Sendo assim:
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o estudo literário transmitindo na escola é, de maneira geral, e em comparação com qualquer outro, o mais completo no estimulo do exercício da mente, na percepção do real, na consciência do mundo, no próprio estudo e conhecimento da língua e expressão verbal. (CANTARELLI CARDOSO; SIMIONI. 2006 p. 2-3).
FERNANDES (2008), diz que não se pode dizer que a literatura seja uma
arte fechada, onde a todo o momento seja estimulada para que haja certo aumento
de entendimento e compreensão do que foi lido. A leitura é uma arte, um objeto
social, portanto buscam explorar certas inovações, sonhos, imaginações da
realidade e exploradora de sentidos que torna o ser capaz de grandes definições de
leitura.
Segundo FERNANDES:
O objetivo da literatura infantil não é imitar o real, mas transfigurar a realidade de maneira critica e emocional, renovando o recurso tradicional da fantasia pelo jogo da intertextualidade, apresentado um realismo que quebra tabu e preconceitos, lidando com problemas do cotidiano de cada um (2008, p.204)
É essencial que toda criança tenha total liberdade e contato com os
elementos da escrita nas séries iniciais, como também cabe ao adulto tomar a
decisão sobre os meios de despertar o prazer pela leitura. Um dos fatores
preponderantes neste processo é a validação dos conhecimentos prévios dos
alunos bem como sua própria cultura como formadora de sua personalidade. Neste
âmbito o papel do professor mostra-se importante:
Para que a literatura infantil consiga de fato trazer benefícios para o desenvolvimento cognitivo e à aprendizagem do aluno, é necessário, entre o professor faça a correta adequação do livro às necessidades, e interesses da criança, de acordo com a etapa do desenvolvimento em que se encontra. O individuo compreende o texto a literatura de um livro, de acordo com o seu contexto social, quer dizer, influencias que recebeu do seu ambiente sociocultural e de acordo com o seu nível de desenvolvimento cognitivo. (CANTARELLI; CARDOSO; SIMIONI, 2006, p. 3).
A literatura de um livro, de acordo com o seu contexto social, quer dizer, as
influências que recebeu do seu ambiente sociocultural e de acordo com o seu nível
de desenvolvimento cognitivo, para a compreensão e ampliação tolerante do
conhecimento, fazem–se necessário que haja a interação entre o professor
facilitador da leitura e a criança, na busca e seleção dos livros de acordo com a faixa
etária, e o desenvolvimento em que se encontra a criança, pois esta sempre busca
fazer a captação de suas experiências para a compreensão do que lê , por meio de
recursos de apreensão do seu nível social e cultural do meio em que está inserido
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1.2 ENSINAR NÃO É TRANSMITIR CONHECIMENTO
Ensinar, segundo FREIRE (2011) exige o reconhecimento de ser
condicionado: como ser inacabado e consciente da sua inclusão, o ser humano é
submetido a condições, obstáculos para evoluir. Este livro traz dimensão de trabalho
na escola às práticas de leitura e escrita como objetos de ensino isto é a
transformação da prática docente na alfabetização básica.
O que se põe como necessário para nós é o enfrentamento do real no intuito
de formar alunos praticantes da cultura escrita. Para tanto, segundo FREIRE (2011)
é necessário redimensionar o ensino das práticas de leitura e escrita como práticas
sociais. Precisamos formar uma comunidade de leitores e escritores.
Segundo ORLANDI (2001), convivemos no nosso dia-dia, simultaneamente,
com diferentes linguagens. Elas representam as diversas realidades de nossa vida,
as que constituem nossa vida, as que constituem nosso interior, as de nosso exterior
e as que são construídas no encontro das outras duas; são, pois, simbólicas e
presente em todas as nossas atividades. Um filme, um desenho animado e/ ou uma
peça publicitária televisiva combina imagens, sons, palavras e música; uma
coreografia de dança – moderna, clássica, break dancing – usa movimentos
corporais e música; uma placa de trânsito, uma tela e/ou um grafite combinam cores
e traços; enfim, vivemos uma pluralidade de linguagens que nos constituem como
seres simbólicos, que produzem sentidos.
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CAPÍTULO 2
LEITURA E ESCOLA
O período de iniciação escolar é fundamental na percepção que a criança irá
ter ao longo de sua trajetória escolar pelos livros. O trabalho com a leitura precisa
ser visto pelo ato de ler, como algo de extremo de importância. Incentivar o gosto e
envolver os educandos para que possam tirar proveito pessoal da leitura precisa ser
objetivo de toda escola. È muito importante que a escola contribua para a
preparação de alunos capazes de participar como sujeito do processo de
desenvolvimento da aprendizagem.
Segundo FREIRE (1989, p 2-3),
Linguagem e realidade precisam ser relacionadas dinamicamente e a experiência de vida dos alunos serem valorizada. Não basta identificar as palavras, mas fazê-las ter sentido, compreendendo,interpretando,relacionando o que se lê com a própria vida, ações, sentimentos. As crianças lêem quando os textos apresentam significados para elas. A leitura significativa e contextualizada, que leve em conta as experiências dos alunos enquanto participantes do processo de aprendizagem contribuem muito para uma melhor e mais agradável aquisição do processo de leitura. O fazer de ler impulsiona e mantém viva a leitura.
A escola deve ter preocupação cada vez maior com a formação de leitores,
ou seja, a escola deve direcionar o seu trabalho para práticas cujo objetivo seja
desenvolver nos alunos a capacidade de fazer uso da leitura para enfrentar os
desafios da vida em sociedade. Ainda acreditam que diante das diversas
transformações com as quais convivemos a escola precisa, mais do que nunca,
segundo VALLE (2009), fornecer ao estudante os recursos paradidáticos
necessários para que eles consigam buscar, analisar, selecionar, relacionar e
organizar as informações complexas do mundo globalizado. E é dela também a
responsabilidade de promover estratégias e condições para que ocorra o
crescimento individual do leitor lhe desempenhado interesse, aptidão e competência.
Assim, a escola poderá contar com uma biblioteca ou um espaço reservado à leitura
que certamente favorecerão a obtenção de resultado satisfatório quanto aos
objetivos almejados para o desenvolvimento das práticas leitoras.
A escola 9 de Maio disponibiliza de uma biblioteca com diversas obras
literárias para todas as idades, sala de informática para leitura e pesquisa online
climatizada, sala de vídeo e uma brinquedoteca.
2.1 ESCOLA E FAMÍLIA: GERENCIADORAS DE LEITORES
As transformações sociais, culturais e políticas que ocorrem na sociedade
influenciam e alteram a maneira de se viver de todos os seres humanos,
principalmente quando se trata do ato de comunicar-se. Através do tempo o homem
precisou criar maneiras que representassem a linguagem e a compreensão do
mundo á sua volta, surgiu, portanto o que chamamos hoje de escrita e leitura, e isso
se tornou essencial a vivencia entre todas as nações. Segundo SILVA; NUNES;
RODRIGUES (2011, p. 4).
Em toda a história, a leitura estruturou o homem intelectualmente para compreender as formas de pensar e representar o pensamento e através dela aprimorou-se a capacidade de retenção e transmissão do conhecimento. Desta forma, o homem tornou-se um ser pensante, dotado de infinitas habilidades, que precisam ser constantemente estimuladas para que possam se desenvolver de forma plena é a leitura. É preciso que as pessoas conheçam as várias vantagens que a leitura proporciona. Ela é capas de fazer com que o individuo tenha contato com o mundo do conhecimento, fazendo parte deste. A leitura desperta a curiosidade de conhecer cada vez mais ela oferece um leque de opções que nos direciona a trilhar caminhos antes desconhecidos.
Ler escrever se tornam assim um ato se extrema importância, que pode
também ser realizado de uma forma prazerosa assim como nos descreve ARRIGUCI
(1994, p. 7) apud SILVA; NUNES; RODRIGUES (2011, p. 4): “A experiência da
leitura é a nossa aventura, a história romanesca em que penetramos pelo simples
ato de abrir um livro. Algo de encanto da descoberta infantil permanece sempre
nessa experiência”.
Segundo SILVA; NUNES; RODRIGUES (2011, p. 5-6):
Ler é bem mais do que muitas pessoas pensam, não é apenas juntar letras silabas e formar palavras, frases, orações e períodos. È necessário, que o leitor entenda, ou seja, interprete o que leu, observando as mensagem repassada pelo texto. [...] Sabemos que no contemporâneo a leitura vem ganhando espaço cada vez maior na sociedade. As pessoas são obrigadas adquirir tal habilidade para não se sentirem exclusas do mundo em que vivem. Isso exige que a escola e a sejam gerenciadoras para cidadão possa acompanhar essa realidade. É na escola que o aluno terá o primeiro contato com o mundo das letras, embora já conviva com isso em casa, assistindo
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televisão, nas ruas etc. É lá que os alunos encontrarão formas de conhecer e usar tal conhecimento assim torna – se necessário que a escola se organize de forma a contextualizar os conteúdos a serem trabalhados, montando estratégias que colaborem para o desenvolvimento de seus alunos.
2.2 PAPEL DA FAMÍLIA
Se esta se dispuser ser parceira da escola com eficiência e compromisso,
tudo se tornará mais fácil, uma vez que a criança passa mais tempo em casa.
Havendo essa parceria, segundo BOTINI; FARAGO (2014), as duas instituições se
completam. Fazendo com que haja maior possibilidade do aluno praticar a leitura.
Se na escola, o aluno pratica todos os dias o ato de ler, com certeza terão grandes
chances de ser um bom leitor. E se em casa, incentivados e acompanhados pela
família, também pratica tal tarefa, as chances de ser um bom leitor serão bem
maiores. E mais que isso, se tornará muito mais fácil realizar este ato com prazer e
não como obrigação. O acompanhamento dos pais na vida escolar é indispensável.
Torna-se notória a diferença entre os alunos que são acompanhados em casa pelos
pais e os que não são principalmente no que diz respeito à leitura.
Os alunos acompanhados não só lêem melhor, como também são os que
mais gostam de ler, pois praticam a leitura com maior frequência, sendo que acabam
adquirindo gosto pela mesma. Deste modo, fica claro que a escola e a família,
unidas, farão com que os alunos tenham maior desenvolvimento educacional, sendo
que estas duas instituições são gerenciadoras para que os alunos tenham maiores
chances de se tornarem bons e praticantes leitores.
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CAPITULO III
APRENDER A GOSTAR DE LER
É importante que a criança desde a mais tenra idade, tenha a oportunidade
de entrar em contato com livros, atraentes, coloridos, com belas ilustrações, e possa
manipular; no entanto esta não é a realidade de uma grande parcela de nossa
população infantil. A situação de falta de hábito de leitura ai que entra o papel da
escola com meras iniciativas de possibilitar os livros ao alcance das crianças e
família.
A tarefa mais importante e também mais difícil na criança é ajudá-la a encontrar significado na vida. Muitas experiências são necessárias para chegar a isso. A criança, à medida que se desenvolve, deve aprender passo a passo a se entender melhor, com isto, torna – se mais capaz de entender os outros, e eventualmente pode – se relacionar com eles forma mutuamente satisfatória e significativa. (BETTELHEIM, 2002, p.12).
A escola possui uma biblioteca bem “montada", com bibliotecário eficiente e
apaixonado constantemente envolvido no preparo de um acolhimento caloroso e
estimulante aos pequenos visitantes que por ali passam. Segundo FREITAS;
VILLALBA (2009, p. 3)
Ensinar a ler é diferente de ensinar a gostar de ler. Não se trata apenas de apresentar as letras à criança, mas sim, de ensiná-la a desvendar os mistérios de um texto escrito. Ler é levar a criança, ao encantamento pela palavra e à descoberta do mundo. Quando isso acontece, ela passa a perceber valores novos, a comparar aqueles que a sociedade lhe oferece e inicia um processo inconsciente de construção de identidade.
3.1 BRASILEIROS LEITORES
Em 18 de abril é comemorado o dia nacional do livro infantil. A data foi
oficializada em 2002 em homenagem ao escritor Monteiro Lobato, criador de
personagens como Dona Benta, Emília, Pedrinho, Narizinho, que povoam o
imaginário de crianças e adultos no Brasil há mais de 80 anos, Monteiro Lobato foi
um entusiasta da leitura. “Um país se faz com homens e livro” é uma de suas frases
mais conhecidas e mostra o quanto ele já se preocupava com o nível de leitura e
acesso aos livros em sua época. Há um consenso entre especialista da educação,
respaldo pelas pesquisas, de que o brasileiro ainda lê pouco. Segundo a pesquisa
retratos da leitura no Brasil, encomendada ao Ibope Inteligência pelo INSTITUTO
PRÓ-LIVRO (2002), o brasileiro lê apenas 4, 7 livros por ano. Outro dado revelado é
de que apenas 55% da população têm o hábito de ler pelo menos um livro a cada
três meses. Nem mesmo as poucas bibliotecas disponíveis são capazes de atrair o
leitor.
A leitura tem que ter significados, deve ser antes de tudo, uma atividade
prazerosa, por isso nas leituras de historinhas a dinâmica desenvolvida tem que
contemplar o brincar, a leitura de imagens e a contextualização dos acontecimentos,
seja uma biblioteca, uma sala exclusiva ou o cantinho da leitura. O respeito pelo
interesse dos pequenos garantindo á escolha e o fazer. Direcionada a faixa etária e
uma linguagem adequada. O que faz a diferença no espaço não são recursos fartos,
mas criatividade. Ler é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois
através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário. Obter conhecimento,
dinamizar o raciocínio e a interação. Muitas pessoas dizem não ter paciência em ler
um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um
hábito rotineiro as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária.
A pesquisa mostra também que boa parte de leitores no Brasil é formado por
jovens. Por outro lado, a maioria deles diz ler apenas por obrigação.
Segundo Failla Zoara (2012, p. 21), especialista em educação e regente
executiva do Instituto Pró-livro:
A família tem uma grande importância no desenvolvimento de futuros leitores. “Um dos dados interessantes dessa pesquisa é a mãe aparece como dos agentes que mais estimulam o habito da leitura, são os pais que introduzem a criança no universo da leitura com o exemplo” deles como leitor. O gosto pela leitura se consolida a partir da prática cotidiana, devendo ser estimulado desde a infância, até tornar – se uma necessidade.
3.2 DICAS DE ESPECIALISTAS EM EDUCAÇÃO PARA AJUDAR A
DESENVOLVER O GOSTO PELA LEITURA.
Dicas segundo Failla Zoara, (2013, p. 1)
* Leia para os filhos, conte histórias. Isso ajuda a despertar a imaginação. As
crianças sentirão mais interesse por ler um livro se percebem que este hábito está
presente a sua volta. Lembre - se que as crianças gostam de copiar. Que é sua
19
forma de aprender, se eles notam que você gosta de ler e que tratam os livros com
cuidado e respeito, elas provavelmente farão o mesmo.
* Faça jogos e crie teatrinhos com as histórias. É necessário estar convencido de
que a leitura deve ser empregada como uma forma mais de diversão do que uma
obrigação. Os livros não devem ser introduzidos no cotidiano da criança so
quando ela está aprendendo a ler ou somente quando entre na escola. O contato
com os livros deve começar bem antes.
* Outra forma de estimular o interesse da criança pelos livros, é converter um livro
em prêmio, Cada vez que tiver que premiar seu filho por algo importante,
presenteie com um livro sobre o seu assunto favorito.
*Quando seu filho já estiver desfrutando dos livros, participe da leitura. Quando
terminar de ler, peça – lhe que lhe conte algo que aconteceu com algum
personagem, ou faça com que seu filho adivinhe o que passará no final. Aproveite
para fazer comentários sobre as situações boas e más, e fazer comparações de
um pedaço da estória com sua experiência, como o que você faria no lugar dele?
“Será que isso vai acontecer com a gente algum dia”?
*Assim que sentir que seu filho já se interessa pelas estórias, que se envolve com a
trama, e se identifica com os personagens, comece a participar e a imaginar finais
diferentes, e a viver várias sensações rindo.
* Emocionando–se, e não deixe de surpreender com novos contos. Dê continuidade
a esse costume abastecendo sempre sua casa com livros e revistas.
3.3 O ENSINO EM CICLOS
A organização do ensino em ciclos de formação é decorrente, segundo
STREMEL (2012), do reconhecimento de que os seres humanos são muito
diferentes entre si e que não se desenvolvem no mesmo tempo, da mesma maneira,
na mesma seqüência, de um jeito programado.
A organização em ciclos permite contemplar essas diferenças garantindo um
período do contínuo de trabalho ao longo do qual o aluno passa pelas sucessivas
aprendizagens, sendo assistido nas dificuldades que apresentar, sem ameaça de
20
reprovação. É como se fosse um ano ampliado, ao longo do qual o aluno é assistido
em suas dificuldades, podendo retomar temas que ainda não conseguiu consolidar e
construir o conhecimento de acordo com seu ritmo pessoal. Assim como nos afirma
ALAVARSE (2009, p.43)
A idéia central, portanto, para a adoção dos ciclos de aprendizagem seria o combate político à exclusão, mas cujo verdadeiro alcance se manifesta na inclusão dos alunos no universo do conhecimento, rompido o esquema seriado que faz o processo pedagógico orbitar sobre o binômio aprovação-reprovação ao final do ano letivo.
O ciclo, assim, permite que seja levada em conta a singularidade de cada
individuo. Na escola 9 de Maio, o ensino fundamental é dividido em três ciclos de
três anos : o primeiro ciclo, ou ciclo da infância, começa aos 6 e vai até 8 anos; o
segundo ciclo, ou ciclo da Pré – adolescência vai de 9 a 11 anos; o terceiro ciclo da
adolescência, vai de 12 a 14 anos. Essa estruturação reflete as etapas de
desenvolvimento da criança e do jovem, permitindo um trabalho mais adequado e
coerente em cada ciclo.
Ao focalizar as interpretações dadas estruturação curricular cabe
lembrarmos que os ciclos contrapõem–se ao trabalho tradicional e habitualmente
realizado na escola. Nestas, o ciclo básico foi visto como uma imposição por muitos
professores, e a unificação do trabalho dos dois anos iniciais quase não ocorreu. A
continuidade dos estudos no segundo ano de escolaridade, 2ª série, foi praticamente
descartada.
Em investigação feita com as professoras de escola pública de cidade do
interior paulista, ARCARO (1997: 51-68), verificou que apenas 4 entre 24
professoras manifestavam-se favoravelmente à continuidade do ensino ;as demais
não mencionavam a continuidade ao falarem sobre seu próprio trabalho, focalizavam
o ciclo básico, como se esse implicasse que as crianças já estivesse alfabetizadas
no final do primeiro ano de escolaridade. Mas o objetivo da escola ciclada é que os
alunos sejam alfabetizado até os 9 anos. No final do 1ª ciclo consolidando as
capacidades de reconhecer as linguagens como elementos integradores dos
sistemas de comunicação; ler, compreender e construir diferentes gêneros textuais.
Descritores, segundo MATSUI ( 2011):
Expressa-se considerando as condições de produção e recepção;
Compreender e valorizar os diversos usos da língua;
21
Recontar os gêneros lidos e ouvidos
Apreciar lê e expressar – se por meio das artes
Reconhecer a função social da linguagem escrita
Construir r reconstruir hipóteses leitoras a partir de conhecimentos prévios;
Levantar hipóteses sobre informações explicita e implícitas;
Perceber se e situar-se como leitor/produtor de linguagens;
Desenvolver potencialidades perceptivas (pessoal/de mundo), imaginativas e
expressivas;
Construir sistema sígnicos de representações e expressões.
3.4 METODOLOGIA
Este projeto foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica, no qual foi
utilizado referencial teórico de alguns estudiosos. Também conta-se com a pesquisa
de campo, utilizando a sala de aula e o desenvolvimento metodológico referente à
metodologia da escola 9 de Maio tendo como alvo à leitura, para obter significados,
devemos transformá-las em momentos de atividades prazerosas, por isso nos
quarentas minutos disponibilizados há leitura diariamente tornando momentos
significativos, incluindo as contação de histórias são realizadas com dinâmicas com
fantoches e dedoches nos textos escritos, facilitará as sequências dos fatos na,
produção da escrita e na leitura de imagens e dos acontecimentos cotidianos, o que
leva as crianças ao mundo fantástico e criativo da imaginação. Por isso chega o
momento da escolha do livro para ser lido em casa. A criança vai até o cantinho da
leitura e escolhe seu livro. É admirável como isso acontece. A escolha do livro é um
momento de decisão. Nesse continho da leitura se estabelece o contato da criança
com seu interior, pois, sozinha, depois de muito observar, ela pega um livro. O
segundo momento é a alegria de mostrar à responsabilidade pelos livros, a escolha
é feita. É visível a fisionomia de contentamento em cada criança, escolheu algo
preciso, está levando um livro para ler com sua família. A etapa seguinte é o
encantamento pelas histórias que cada criança leva na mochila, castelos, princesas,
monstros, heróis... A criança leva o livro e toda a história, proporcionará um final de
22
semana juntinho com a família e viajar no mundo da imaginação. “Lembrando
“Jauss” o leitor é um horizonte de expectativas” e é partindo dessa premissa que
acreditamos que, nesse momento, essa iniciativa. Percebe-se algo de novo:
liberdade. Liberdade gerando segurança, imprescindível num processo de
construção de identidade. Pesquisas de campo realizadas com professores das
séries iniciais demonstram na instituição escolar o professor constitui-se, portanto,
no ser experiente, cuja função é propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso,
saudável e não discriminatória de experiências educativas e variadas. Para que as
aprendizagens ocorram com sucesso, é preciso que o professor considere, na
organização e focando no trabalho educativo: A interação com crianças da mesma
idade e de idades diferentes em situações diversas como fator de promoção da
aprendizagem e do desenvolvimento da capacidade de relacionar-se; os
conhecimentos prévios de qualquer natureza que as crianças já possuem sobre o
assunto, já que elas aprendem por meio de uma construção interna ao relacionar
suas ideias com as novas informações de que dispõem e com as interações que
estabelece; a individualidade e a diversidade; o grau de desafio que as atividades
apresentam e o fato de que devem ser significativas e apresentadas de maneira
integrada para as crianças, sendo os mais próximos possíveis das práticas sociais
se diz; e, a resolução de problemas como forma de aprendizagem.
Segundo o BRASIL (1998, p. 17)
A interação social em situações diversas é uma das estratégias mais importantes do professor para a promoção de aprendizagem pelas crianças. Assim, cabe ao professor propiciar situações de conversa, brincadeiras ou de aprendizagens orientadas que garantam a troca entre as crianças, de forma que possam comunicar-se e expressar-se, demonstrando seus modos de agir, de pensar e de sentir, em um ambiente acolhedor e que propicie a confiança e a auto-estima. A existência de um ambiente acolhedor não significa eliminar os conflitos, disputados e divergências presentes nas interações sociais, mais, pressupõe que o professor cumpra seu papel de mediador e forneça elementos afetivos e de linguagem para que as crianças aprendam a conviver, buscando as soluções mais adequadas para situações com as quais se defrontam diariamente. As capacidades de interações, porém, são também desenvolvidas quando as crianças podem ficar sozinhas, quando elaboram suas descobertas e sentimentos construído um sentido de propriedade para as ações e pensamentos já compartilhados com outras crianças e com os adultos, o que vai potencializar novas iterações. Nas situações de troca podem desenvolver os conhecimentos e recursos de que dispõem, confrontando-os e reformulando-os.
Propiciar a interação, segundo BRASIL (2012), é o fato de considerar as
diferentes formas de sentir, expressar e comunicar a realidade pela criança que
23
resultam em respostas diversas que são trocadas entre elas e que garantem parte
significativa ou suas aprendizagens. Uma das formas de propiciar essa troca é a
socialização de suas descobertas, quanto o professor propõe momentos para
mediar que as crianças compartilhem seus percursos individuais na elaboração dos
diferentes trabalhos lúdicos realizados. As cobranças sociais oferecem ocasiões
para elaborar estratégias de pensamento e de ação, possibilitando a ampliação das
hipóteses. Pode-se estabelecer, nesse processo, uma rede de reflexão e construção
de conhecimento na qual tanto os parceiros mais experientes quanto os menos
experientes têm seu papel na interpretação e ensaios de soluções. A interpretação
permite que se crie uma situação de ajuda da qual as crianças avancem no seu
processo de aprendizagens. Ao professor cabe a tarefa de individualizar e agrupar
aos níveis diversificando as situações de aprendizagens oferecidas as crianças,
considerando suas capacidades afetivas, assim como, os conhecimentos que
possuem os mais diferentes assuntos e suas origens socioculturais diversas.
Individualizar a educação, ao contrário do que diferem, mas levar em conta
suas singularidades, representando-os como fator de enriquecimento pessoal e
cultural. Considerando que as crianças são diferentes entre si, segundo BRASIL
(1998), qual, implica propiciar uma educação ousada em condições de
aprendizagem que respeitem suas necessidades e ritmos individuais, visando
ampliar e enriquecer as capacidades de cada criança, considerando como pessoas
singulares e com características próprias.
O professor deve planejar e oferecer uma gama variada de experiências que
responda, simultaneamente, as individualidades de cada criança.
Nas situações de aprendizagem a resolução de problemas, segundo
BRASIL (2012), adquire um sentido importante quando as crianças buscam soluções
e discutem com as outras crianças. Não se trata de situações que permitam aplicar o
que já se sabe, mis sim aquilo que possibilitam produzir novos conhecimentos a
partir do que já tem e em interação com novos desafios. Neste processo, o professor
deve reconhecer as diferentes soluções, socializando os resultados encontrados.
A prática educativa, segundo ZABALA (1998), deve buscar situações de
aprendizagens que reproduz o contesto cotidianos nos quais, por exemplo, escrever,
cantar, ler, desenhar e procurar uma informação tenha uma função real.
24
Segundo TEIXEIRA (2002, p. 2):
Uma educação comprometida com a cidadania e com a formação de uma sociedade democrática e não excludente segundo deve, necessariamente, prover o convívio com a diversidade. Essa diversidade inclui não somente as diversas culturas, os hábitos, os costumes, mais também as competências, as particularidades de cada um. Aprender a conviver e relacionar-se com pessoas que possuem habilidades e competência diferentes, que possui de valores éticos, como a dignidade do ser humano, o respeito ao outro a igualdade, a equidade e a solidariedade. As crianças que conviver com diversidades nas instituições educativas, poderão aprender muito com elas. O convívio com as outras crianças, [...] se torna benéfico na medida em que se apresenta uma inserção de fato no universo social favorecem o desenvolvimento e a aprendizagem, permitindo a formação de vínculos estimuladores, o confronto com a diferença e o trabalho com a própria dificuldade
25
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje em dia, umas das grandes preocupações dos educadores têm sido por
sua promover “leitura”. Assim, buscam estratégias para melhorar a sua capacidade
de leitura dos alunos deste a educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e
superior. Em especial nas escolas de ciclo de formação humana, é notório que
muitos alunos mesmo avançado na escolaridade, encontram dificuldades na
compreensão do conteúdo lido, sentindo – se inseguros e fazem do ato de leitura um
momento.
Juntar o gênero fábula com o ensino de leitura e de compreensão facilita no
entendimento dos alunos, pois a leitura desse gênero é de fácil compreensão e se
aumenta gradualmente o nível de dificuldades pode colaborar ou auxiliar na
aquisição de conhecimentos relevantes a prática social e na construção de sua
competência com leitor.
Considerando a importância da leitura para a formação do leitor, relata-se
então, que é necessário e de suma importância que todo docente procure trabalhar
com as crianças das séries iniciais métodos diversificados de maneira que possa
estimular e despertar o prazer pela leitura. Existem crianças que já têm habito de
leitura, outras não, pois são essas que necessitam obter mais ajuda como também
oportunidade de observar e estar em contatos com os livros e outros recursos que
possam ajudar em seu estimulo, precisando de estratégias diferenciadas, como
também uma chance de seus pais estarem incentivando seus filhos a lerem, onde
estarão sendo preparados para sociedade. Mas isso não quer dizer que a criança
que já tenha um habito de leitura não precise ser estimulado.
A pesquisa de campo, realizada na escola do município de encontro as
discussões . Quando os alunos respondem se a leitura ajuda no aprendizado,
independente da classe social a que pertencem ou aos métodos utilizados pelos
professores, todos os alunos da escola respondem que é importante a leitura. Isso é
um ponto positivo, tendo em vista que o reconhecimento da importância da leitura é
um grande passo para levar à busca desta e possivelmente o habito e gosto pela
literatura.
Pensando no processo de leitura, conclui-se que a fábula garante um olhar
lúdico que incentiva o gosto pela leitura e nos torna sujeito pensantes e críticos, em
que o ler o sujeito se coloca dentro do texto com se fosse um personagem. A partir
desse momento de interação entre a fantasia e a realidade é que acontece a
interlocução entre o texto e o leitor.
Vale ressaltar ainda, que a responsabilidade de incentivo a leitura é tanto do
professor, como também dos pais e da unidade escolar, procurando mostrar que a
leitura tem um nível de acréscimo enorme tanto na vida social, cultural e privada,
levando em consideração, de preferência os conhecimentos que o educando já
possui, bem como sua cultura.
O uso da fábula tem como objetivo fazer com que o aluno possa identificar
elementos do seu dia a dia e faça comparações a fim de refletir sobre mudanças que
podem ocorrer na sua vida e no seu meio social.
No entanto, conclui-se que é necessário um engajamento e interesse por
parte de todos os sujeitos envolvidos. Percebe-se então, que o docente pode
desenvolver suas próprias metodologias tanto utilizadas recursos próprio,
elaborados ou adquiridos como sua criatividade, como também a escola pode
beneficiar-se de livros de coleção de fabulas, contos, revistas em quadrinho e outros
no qual o docente possa ter opções distintas para usar durante os momentos de
leitura. A escola que tem uma biblioteca como diversos livros para todas as idades.
A escola disponibiliza para todos os alunos laboratório de informática climatizado
para pesquisas e leituras.
27
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31
Caixa de areia: trabalhar produção textual, oral e escrita e percepção tátil.
Momento da leitura prazerosa.
REPRODUÇÃO DE POEMA NÃO VERBAL A CHÁCARA DO CHICO BOLACHA
Os docentes da unidade escolar são todos graduados e planejam suas
aulas com domínio dos recursos paradidáticos com objetivo que os alunos sejam
assíduos em sala de aula.
ESTUDANTE DO ENSINO FUNDMENTAL
NOME (OPCIONAL):
IDADE (OPCIONAL):
SEXO (OPCIONAL):
1) VOCÊ GOSTA DE LER? SIM ( ) NÃO ( )
2) VOCÊ ACHA QUE A LEITURA É IMPORTANTE? SIM ( ) NÃO ( )
3) A LEITURA É PRATICADA NA SUA ESCOLA SIM ( )NÃO ( )
4) COMO SEUS PROFESSORES ORGANIZAM A SALA DE AULA PARA O
MOMENTO DA LEITURA?
EXEMPLO:
ORGANIZA OS ALUNOS
EM CIRCULO ( )
SENTADOS EM FILA ( ).
SENTADO NO TAPETE ( ).
OUTROS ( ).
5. VOCÊ SABE O QUE É FÁBULA SIM ( )NÃO ( ).
6. VOCÊ GOSTA DE OUVIR FÁBULAS SIM ( ) NÃO ( ).
7 . EM SUA OPINIÃO, A LEITURA TE AJUDA A APRENDER MAI? SIM ( ) NÃO
( ).
8. NA SUA CASA TEM LIVROS QUE VOCÊ POSSA LER? SIM ( ).
9. SUA FAMÍLIA TE INCENTIVA A REALIZAR LEITURAS?SIM ( )NÃO ( ).
10. SEUS PAIS LEEM COM VOCÊ? SIM ( ) NÃO ( ).