Inquérito Contextual Pedro Campos - cee.uma.ptcee.uma.pt/edu/er/slides/ER-Inquerito.pdf · • Um...
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1Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Engenharia de RequisitosInquérito Contextual
Pedro CamposProfessor Auxiliar, Universidade da Madeira
http://dme.uma.pt/pcampos - [email protected]
2Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
A perspectiva do utilizador
3Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Princípios do inquérito contextual
• Obtendo dados dos clientes (Customer-centered design)
• É difícil! Porque...– Os clientes focam-se nas operações correntes e sugerem apenas “consertos” pequenos
– Os clientes podem nunca ter pensado em maneiras diferentes de executar o trabalho
– Os clientes fornecem informação limitada• Tendem a pensar nas partes das tarefas que são importantes apenas para eles
• Não têm noção do contexto
– Exemplo de dados que podem passar despercebidos:• “Uma equipa de projecto inteira fica no corredor todas as manhãs a falar enquanto comem
donuts e bebem café. Alguém se apercebeu que na realidade isto é uma reunião crítica decoordenação do projecto?”
– Se este facto nos escapar, e se estivermos a desenhar um sistema de trabalhocolaborativo, o design pode sair errado e ser mal sucedido.
4Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Exemplos de maus dados
• Experiência:– Tentar fazer com que alguém no corredor nos explique como é que:
• Apanha um avião
• Conduz um carro
• Gere um armazém
• Os peritos do domínio da aplicação não são necessariamente bons comunicadores
• Comunicar fora do contexto é difícil
• Há que inquirir todos os clientes
• Mas os clientes têm um contexto de referência– Os engenheiros sugerem soluções técnicas, os gestores sugerem soluções reguladoras,
os trabalhadores sugerem alterações procedimentais...
5Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Objectivos do Inquérito Contextual
• Obter dados adequados ao design– Compreendendo a estrutura das práticas de trabalho
• Obter uma compreensão concreta do conhecimento e perícia desarticulados dosperitos do domínio da aplicação
• Obter dados detalhados e adequados– Não aceitando generalizações ou abstracções
6Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
O que o inquérito não é
• Um interrogatório
• Uma entrevista formal
• Um fórum para dizer aos utilizadores que eles “estão a fazer tudo mal” e “comofazer o trabalho melhor”
• Um fórum para dizer aos utilizadores como fazer o seu trabalho e como atecnologia pode ajudá-los
• Um passeio
7Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Inquérito Contextual “by the book”
• Cada entrevista dura 2-3 horas
• 10-20 entrevistas (ou mais)
• Entrevistas “follow-up” para design
• Práticas:– Contexto: ir ao local de trabalho do cliente
– Parceria: falar com o cliente e motivá-lo
– Interpretação: desenvolver um conhecimento partilhado
– Foco: dirigir o inquérito de encontro às necessidades do design
• Nem sempre é fácil conseguir isto!– Falta de recursos
– Segurança / é uma técnica intrusiva
– Falta de colaboração
– Há que compensar!
8Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Descrevendo o trabalho...
• Uma observação interessante:
• “Uma cliente foi incapaz de descrever como elaborava o relatório mensal. Quandolhe pedimos para criar um, sacou do relatório do mês anterior e foi preenchendoas partes”.
• Descrevendo o trabalho à medida que ele é realizado:– Permite ultrapassar rapidamente as generalizações
– Permite “ver” todo o contexto
– Permite desenvolver a compreensão do domínio (e obter intuição para o design)
– E ainda torna o cliente feliz!
9Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Princípios do Inquérito Contextual
• Primeiro princípio:
• CONTEXTO: “Vá ao local de trabalho do cliente e observe o trabalho à medida queele é realizado.”
• Rondar as generalizações
• Dados concretos versus dados abstractos:– Normalmente a abstracção é uma qualidade... Mas será que o cliente a possui?
– Deve-se obter dados concretos
– Deve-se obter artefactos
– Nnao basta simplesmente agregar as coisas
10Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Princípios do Inquérito Contextual
• Segundo princípio:
• PARCERIA: “Faça com que você e o seu cliente consigam colaborar nacompreensão do trabalho”
• Controlar o processo da entrevista - não os dados que estão a ser fornecidos
• Play a bit with the relationship model - you need data (good apprentice) and alsoinsights into practices (more observant partner, educator)
– Withdrawal and return…
– Describe technology...
11Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Princípios do Inquérito Contextual
• Terceiro Princípio:• Interpretação: “giving meaning to observations”
– Alterar ‘dados’ para ‘informação’– Examiná-la sob diferentes perspectivas– Procurar estrutura, padrões de trabalho, etc.– A partir dos factos, formular hipóteses sobre as implicações - e decidir sobre o
design– Nada de enviesamento - ouvir atentamente!
“It’s like a travelling office”, you say, looking at how asalesman has set up his car. “Well – like a traveling desk,”he responds.
12Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Princípios do Inquérito Contextual
• Quarto Princípio:• FOCO: “manter a conversa nos tópicos úteis, sem contudo retirar totalmente o
controlo do cliente e/ou perito”
• Manter-se objectivo, nos carris
• É como guiar uma conversa - diplomaticamente
• Pensar nisso como:– Obter mais detalhe– Cobrir todos os aspectos relevantes do domínio
• O foco deve ser pré-especificado
• Capitalizar as surpresas, esperar o inesperado!
13Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Estrutura
• Entrevista convencional
• Tarefas administrativas
• Transição
• Explicar as “ground rules”
• “Wrap-Up”
• “Back-up, Back-out - What Didn’t You Cover?”
14Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Como conduzir o inquérito
• Planear
• Iniciar
• Executar
• Fechar
• Reflectir
15Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Planear
• Identificar os objectivos - evidência que queremos juntar e especificar as tarefasque queremos observar
• Aprender o domínio de aplicação antecipadamente
• Decidir sobre o método e forma de registo / gravação
• Escrever um guião do procedimento e executar um teste piloto
• Identificar os utilizadores a serem estudados, datas, localizações, ...
• Obter permissão (da gestão, etc.)
16Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Iniciar: enviar carta...
• Quem somos
• Por que os estamos a contactar
• Como obtivemos os contactos
• O que queremos fazer
• Quanto tempo irá demorar
• O que é necessário
• Dizer que assinamos um non-disclosureagreement
• Quem contactar para obter mais info.
• Como responder e até quando
• Se foi aprovado pela gestão ou etc.
• Outra info. relevante
17Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Executar
• Aderir aquilo que dissemos que iríamos fazer
• Ter um plano mínimo
• Ser educado e respeitar o tempo do utilizador
• Manter um tom positivo
• Lembrar-se que estamos lá para melhor compreender as tarefas, fluxos detrabalho, restrições físicas e sociais, etc.
• Apontar as observações - independentemente de na altura pareceremimportantes ou não!
18Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Fechar
• Enviar carta de agradecimento aos utilizadores– Enviar em anexo cópia dos resultados para serem aprovados e revistos
– Fornecer informação de contacto
– Perguntar se podem ser contactados novamente para clarificações
19Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Reflectir
• Usar diagramas de afinidade para modelar os resultados
• Elicitar feedback dos utilizadores para preencher os espaços em branco– Analisar e apontar as tarefas, circular pelos utilizadores, clarificar detalhes que faltarem
• Diagramas de afinidade– Representam a compreensão colectiva (das tarefas)
– Colar uma grande folha de papel branca na parede
– Escrever as tarefas em post-its, organizá-los iterativamente
– Clarificar os detalhes colaborativamente com os utilizadores
20Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
O que nós não queremos
21Engenharia de Requisitos - Universidade da Madeira
Interpretação é chave