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INFORMATIVO ONLINE APUR Nº 08 - Cruz das Almas (BA) - 21 de Maio de 2015 - www.apur.org.br ASSEMBLEIA GERAL DA APUR DATA: 17 DE JUNHO HORÁRIO: 9h LOCAL: Auditório da PPGCI Em assembleia geral da Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) na última quarta-feira (13), os docentes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) votaram a favor do indicativo de greve nacional dos docentes das IFES, mas sem uma data definida. Na ocasião, os docentes aprovaram uma nova assembleia para o dia 17 de junho, tendo como pauta única a deflagração da greve. Até lá, haverá mobilizações para a construção da paralisação nacional, já que também é necessário esperar as respostas das assembleias que ainda vão ocorrer em todo o país (estão previstas de 20 a 25 de maio); bem como é de suma importância para APUR o retorno que sua base dará após esse período. Não vamos esquecer que, diferente de outras universidades, a UFRB estará em recesso de semestre. A decisão foi levada para a reunião do Setor das IFES que ocorreu no último sábado (16). Nessa reunião, foi aprovada a deflagração da greve nacional a partir do dia 28 de maio.

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INFORMATIVO ONLINE APURNº 08 - Cruz das Almas (BA) - 21 de Maio de 2015 - www.apur.org.br

ASSEMBLEIA GERAL DA

APURDATA: 17 DE JUNHO

HORÁRIO: 9hLOCAL: Auditório da PPGCIEm assembleia geral da Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) na última quarta-feira (13), os docentes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) votaram a favor do indicativo de greve nacional dos docentes das IFES, mas sem uma data definida. Na ocasião, os docentes aprovaram uma nova assembleia para o dia 17 de junho, tendo como pauta única a deflagração da greve. Até lá, haverá mobilizações para a construção da paralisação nacional, já que também é necessário esperar as respostas das assembleias que ainda vão ocorrer em todo o país (estão previstas de 20 a 25 de maio); bem como é de suma importância para APUR o retorno que sua base dará após esse período. Não vamos esquecer que, diferente de outras universidades, a UFRB estará em recesso de semestre. A decisão foi levada para a reunião do Setor das IFES que ocorreu no último sábado (16). Nessa reunião, foi aprovada a deflagração da greve nacional a partir do dia 28 de maio.

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Informativo ONLINE

Em reunião do Setor das IFE do ANDES-SN em Brasília, no último sábado (16), os docentes das Instituições Federais de Ensino decidiram pela deflagração da greve a partir da próxima quinta-feira (28). A decisão foi tomada com base nas deliberações das assembleias gerais ocorridas em todo o país nas seções sindicais.

Segundo informações do ANDES-SN, a deflagração da greve foi aprovada pela ampla maioria das 43 seções sindicais que estiveram presentes na reunião, que contou com a presença de 61 professores, representantes das seções sindicais.

O presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, fez um apelo para que os docentes de todo o país participem das assembleias que discutirão sobre a deflagração da greve. “A hora é agora, as universidades e demais instituições federais de ensino estão à míngua, sem condições de funcionamento, enquanto o governo anuncia que vai promover mais cortes”, colocou Paulo Rizzo.

O ANDES-SN explica que paralisar as atividades foi o último apelo encontrado pelos docentes para pressionar o governo federal a aumentar os investimentos públicos para a educação pública, e uma forma de responder ao descaso do Executivo diante da profunda precarização de trabalho e ensino nas Instituições Públicas Federais, exemplo disso são os vários casos que temos visto de universidades sem condições de funcionar adequadamente por falta de técnicos, docentes e estrutura.

Além disso, não vamos esquecer que o Ministério da Educação (MEC) não deu nenhum retorno à pauta apresentada pela categoria docente. As negociações com o ANDES-SN foram interrompidas em abril do ano passado, e este ano ocorreu somente uma reunião com a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, contudo não houve nenhuma resposta à pauta.

Principais pontos da reivindicação da pauta docente

Defesa do caráter público da universidade: Defesa de concurso público e do R.J.U; contra a contratação de professores via OS e terceirização; contra os cortes no orçamento e pela ampliação de investimento nas IFE.

Condições de trabalho: Nenhuma disciplina sem professor! Autorização imediata da ocupação dos cargos de docente existentes e criação de novas vagas para atender às demandas existentes, preferencialmente em regime de Dedicação Exclusiva – inclusive para os Colégios de Aplicação; atendimento urgente das necessidades de infraestrutura, garantindo plenamente as condições para ensino, pesquisa e extensão com qualidade e conclusão das obras iniciadas.

Garantia de autonomia: - Medidas urgentes para afastar o cipoal normativo e a imposição de condutas, pelo Poder Executivo, que agridem a autonomia universitária;- Revogação da Lei 9192/92 e o parágrafo único do artigo 56 da Lei 9394/96 (LDB), que ferem os preceitos constitucionais da democracia e da autonomia (composição dos conselhos superiores e a escolha dos dirigentes);- Manutenção dos saldos do exercício financeiro na instituição, para livre execução no exercício seguinte.

Reestruturação da Carreira:1) Conceitos e negociação: Que o processo negocial seja retomado a partir do acordo assinado com a Sesu/MEC em 2014, sobre os seguintes pontos conceituais iniciais, a serem definidos no texto da Lei, para a reestruturação da carreira docente.- A estruturação em degraus constantes desde o início até o final;- Percentuais definidos para a valorização de cada uma das titulações;- Relação percentual constante entre regimes de trabalho, com valorização da Dedicação Exclusiva;

A combinação destes três elementos estará integrada, compondo o vencimento de cada professor, segundo a sua situação particular quanto ao nível na carreira, a titulação e o regime de trabalho.

Em relação a esses conceitos, a proposta docente é:- Degraus constantes determinados mediante variação crescente em razão de 5%;- Percentuais de acréscimos relativos à titulação: 75% para doutor; 37,5% para mestre; 18% para especialista;7,5% para aperfeiçoamento (os acréscimos não são cumulativos);- Percentuais de acréscimos relativos ao regime de trabalho, tomando por base o regime de 20h, serão:100% para o regime de 40h; 210% para o regime de DE.

2) Carreira e reenquadramento: Reenquadramento dos docentes ativos, aposentados e instituidores de pensão, em posição de equivalência em relação ao topo da estrutura da carreira;- Reenquadramento dos professores ativos ou aposentados, que cumpriram os requisitos para progressão funcional, mas ficaram retidos no nível ou classe por tempo superior ao interstício previsto, e também os professores aposentados com a vantagem prevista no artigo 192 da Lei 8112 – RJU terão os períodos e níveis correspondentes acrescidos.

Valorização salarial de ativos e aposentados: A lei nº 12.772, imposta aos docentes pelo governo em 2012, com seus reajustes anuais em três vezes, além de aprofundar a desestruturação da carreira, não recompôs sequer a inflação do período. A valorização salarial de ativos e aposentados está relacionada à reestruturação da carreira, para corrigir as distorções, tendo como base o salário mínimo do Dieese (R$ 3.182,81). É urgente a defesa de uma linha só no contra cheque!

Próximos Passos

Nessa quarta-feira (20), ocorreu a Reunião da Educação Federal para a construção de ações conjuntas e organização de uma plenária nacional. De 20 a 25 de maio haverá uma rodada de Assembleias Gerais pautando a deflagração da greve nacional no dia 28 de maio. Lembrem-se que a assembleia da APUR está marcada para o dia 17 de junho. No dia 28 de maio será a deflagração da greve nacional, e nessa dia será a instalação do Comando Nacional de Greve, em Brasília. Por fim, no dia 29 de maio, a Paralisação nacional organizada pelas Centrais, contra o PLC 30 da Terceirização, (antigo PL 4330); contra as MPs 664 e 665; pela democracia, rumo à greve geral.

DOCENTES APROVAM DEFLAGRAÇÃO DA GREVE PARA 28 DE MAIO

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CONSUNI CONVOCA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA PARA DISCUTIR ORÇAMENTO

ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA DELEGADOS VOLUNTÁRIOS PARA ESTATUINTE

O Conselho Universitário da UFRB está convocando uma Reunião Extraordinária para o dia 25 de maio, das 15h às 18h. A reunião ocorrerá na Sala dos Conselhos, e tem como pauta apresentação ao Conselho Universitário da Situação Orçamentária e Financeira da UFRB para o ano de 2015, em face da conjuntura nacional e alterações no regimento do Comitê de Ética em Pesquisa na UFRB.

Obviamente, não podemos antecipar a discussão e, muito menos, possíveis problemas, mas a situação de inúmeras universidades federais do país nos deixa preocupados com o que possa surgir nessa reunião. Não vamos esquecer que, no início do ano, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) virou notícia ao ser descrita como “símbolo da greve fiscal pela qual passa o governo”, pois estava enfrentando o adiamento do ano letivo, o não pagamento de bolsas e atrasos no pagamento de funcionários da limpeza e da segurança.

Vizinha nossa, a Universidade Federal da Bahia (UFBA), por meio de uma carta à comunidade acadêmica, no dia 23 de março, informou que as restrições nas verbas de custeio atrapalhavam a resolução de problemas na manutenção de instalações e serviços nas unidades acadêmicas e pavilhões de aula. A carta também afirmava que havia o atraso de três meses no pagamento de serviços terceirizados, de manutenção e de outros contratos na universidade.

Por conta disso, a UFBA teria que tomar algumas medidas cautelares como a redução do consumo de água, energia elétrica e telefonia; redução em outros itens de consumo e de material de expediente; restrição do uso de serviços de correios e reprografia; passagens, diárias, hospedagens e apoio a eventos; redução de despesas gerais e redução de valores de contratos diversos.

Mais recentemente, estudantes estavam ocupando a reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) por causa dos cortes de verbas federais para a educação pública, que aumentou a redução do orçamento da instituição, resultando no atraso de salários e benefícios de diversos funcionários terceirizados, das áreas de limpeza, segurança e portaria.

Podemos até torcer para que a UFRB não seja a próxima a enfrentar problemas como esses, mas devemos nos preparar, pois a situação das instituições de ensino superior do nosso país não é nada animadora. E não vamos esquecer que vira e mexe os vigilantes da UFRB

têm problemas de atraso no recebimento de seus salários.

A comissão especial abriu as inscrições para delegados voluntários para o processo estatuinte da UFRB. Em cada centro de ensino da instituição, serão escolhidos até 10 representantes por categoria que, posteriormente, integrarão o congresso estatuinte que definirá os novos regimentos e estatutos da UFRB.

A APUR estará participando do processo promovendo debates e discussões sobre os temas mais estruturantes do congresso. Além disso, vamos apresentar, através de um processo de consulta da nossa base, propostas de temas e resoluções para o congresso estatuinte.

É de fundamental importância que os docentes e a comunidade acadêmica da UFRB (estudantes e servidores técnicos), bem como a sociedade civil do recôncavo da Bahia, aproveitem a estatuinte para estabelecer uma luta política por uma definição democrática do tipo de instituição que queremos e necessitamos.

Neste momento, fazemos um chamado para que os docentes participem como candidatos a delegados, visando que a nossa categoria possa participar efetivamente das decisões. O boletim semanal da APUR e nossos instrumentos de comunicação (site e face) estarão abertos para que os docentes da UFRB possam expressar livremente suas posições sobre as questões candentes e polêmicas do processo estatuinte.

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4 BLA BLA BLA Exero 01, 5555 Informativo ONLINE

ENTREVISTA Depois de muita luta por parte dos próprios docentes e da Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR), a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) promoveu os primeiros docentes a titulares; os professores Anacleto Ranulfo dos Santos e Clóvis Pereira Peixoto, ambos do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB). No dia 15 de abril, os dois docentes foram aprovados pelas respectivas comissões de avaliação após apresentar um memorial de suas carreiras.

Desde o início de sua fundação, a APUR vinha brigando para que o processo de promoção de Professor Associado, nível 4 (Classe D), para Professor Titular ocorresse. Muito contente com essa vitória, fizemos uma pequena entrevista com os dois professores, dando maior relevância às suas trajetórias. Confira:

Como foi sua trajetória até conseguir conquistar essa etapa importante da carreira de um docente?

Eu, CLOVIS PEREIRA PEIXOTO, filho de Américo Joaquim Peixoto e Lindaura Pereira Peixoto, nasci em Cruz das Almas, Bahia, em 02 de agosto de 1954. Graduei-me como Engenheiro Agrônomo na Escola de Agronomia da Universidade Federal da Bahia, em agosto de 1979. Concluí o Curso de Mestrado em Agronomia nesta mesma Universidade em junho de 1984 e o Doutorado em Agronomia/Fitotecnia, em janeiro de 1999, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP). Minha Produção Científica é caracterizada por trabalhos na área de Produção Vegetal (Fitotecnia, Fisiologia Vegetal e Manejo de Plantas Cultivadas). Participei da elaboração de 01 livro em Co-autoria e 04 Capítulos de Livros, 49 Trabalhos Completos em Anais de Congressos, 61 Resumos Expandidos, 179 Resumos Simples e 12 Resumos publicados em Periódicos Indexados, com fator de Impacto, em revistas como Horticultura Brasileira e Brazilian Journal Of Plant Physiology.

Minha experiência didática iniciou-se no Ensino Médio e Cursos Profissionalizantes no Colégio Estadual Alberto Torres e em Cursinhos Pré-vestibulares. Em 1979, iniciei no Ensino Superior, ministrando várias disciplinas no Departamento de Fitotecnia da Escola de Agronomia da UFBA, em Curso de Graduação e, mais tarde, de Pós-Graduação, até junho de 2006. A partir de então, passei a ser lotado no Centro de Ciências Agrárias, Biológicas e Ambientais da UFRB, até a presente data.

Engenharia Florestal. Conselheiro do Conselho Municipal de Educação de Cruz das Almas – BA, Membro e Presidente da Comissão de Ética da UFRB e Assessor para Parcerias Institucionais desta Universidade. Atualmente sou Vice Coordenador do Colegiado do Curso de Pós Graduação em Ciências Agrárias da UFRB e membro da Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal e da Associação dos Professores Universitários da Bahia (APUB).

Qual a importância dessa vitória em sua trajetória de luta?

Acho que é coroar toda uma carreira dedicada ao Ensino, a Pesquisa e a Extensão, tanto na UFBA quanto na UFRB, nessa ordem de importância.

A APUR sempre encabeçou a luta para que o professor da UFRB chegasse a titular. Como o senhor vê o papel do sindicato nesse sentido?

Este ato foi destacado na nossa apresentação, pois já estávamos muito defasados (após 35 anos de exercício do Magistério Superior). Pois este título já poderia ter vindo antes. Portanto, a luta da APUR foi de grande importância para incluir a Classe de Professor Titular (Classe E) na Carreira Docente da Universidade Federal, com ênfase na UFRB.

Desenvolvi atividades de Orientação no Curso de Graduação em Agronomia (Iniciação Científica) junto ao então Departamento de Fitotecnia da Escola de Agronomia da UFBA, e, também, junto ao Curso de Mestrado em Fitotecnia da antiga Escola de Agronomia, passando mais tarde, já na UFRB, a orientar nos Programas de Pós Graduação em Ciências Agrárias (Mestrado e Doutorado) e no Mestrado em Recursos Genéticos Vegetais, que funciona em parceria do CCAAB com a Embrapa Mandioca e Fruticultura.

Atualmente, leciono as disciplinas CCA 008 - Fisiologia Vegetal na Graduação nos Cursos de Engenharia Agronômica e Engenharia Florestal, CCA 505 - Fisiologia da Produção no Mestrado e Doutorado em Ciências Agrárias e CCA 603 – Fisiologia Vegetal no Curso de Pós Graduação em Recursos Genéticos Vegetais da UFRB. Integrei, por várias vezes, o Conselho Editorial da Revista Magistra (UFBA/UFRB), Comitê de Publicação da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Editor Associado da Revista Sititentibus (UEFS) e Parecerista da Revista Árvore (UFV) e do Brazilian Journal of Plant Physiology (BJPP/SBFV), além de Revisor da Revista Agro Ambiente, Revista Cofee Science, Revista Caatinga e PAB, entre outras. Em atividades Administrativas, fui Diretor Protempore da Escola de Agronomia da UFBA (2002 - 2003). Representante em Órgãos Colegiados, como o Conselho Universitário da UFBA – CONSUNI, Congregação da AGRUFBA, Membro e Coordenador do Colegiado de Curso de Pós Graduação em Ciências Agrárias, Vice Coordenador do Colegiado de Graduação em Agronomia e Membro do Colegiado de

PROFESSOR CLÓVIS PEREIRA PEIXOTO

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PROFESSOR ANACLETO RANULFO DOS SANTOS

Como foi sua trajetória até conseguir conquistar essa etapa importante da carreira de um docente?

A trajetória foi longa e cheia de motivação e muito trabalho. Desde setembro de 1979 que ministro aulas na UFBA e, a partir de agosto de 2006, na UFRB. Hoje, no meu entendimento é muito mais fácil o docente iniciante fazer esse percurso. Antes, tínhamos que lidar com muitas dificuldades instaladas principalmente quanto à infraestrutura da Instituição, indo desde laboratórios, equipamentos, material de consumo, transportes, apoio pelos órgãos financiadores de projetos (extensão e pesquisa) e tantas outras. Neste século, na era da internet, com mais recursos financeiros, melhor infraestrutura, mais docentes trabalhando, mais servidores técnicos administrativos, muito mais equipamentos instalados e outros fatores, permitem que o docente consiga ser muito mais produtivo e interagido com os seguimentos da comunidade acadêmica.

Muitas foram às disciplinas que tivemos que lecionar para atender à demanda do currículo, visto que, contratações de docentes era raridade. O modelo administrativo da UFRB é muito diferente da UFBA em que trabalhamos anteriormente. Antes tínhamos os Departamentos e as interações docentes, discentes e com os técnicos eram mais significativas e atuantes. No atual modelo perdemos a identidade do curso que trabalhamos, diminuiu o diálogo entre docentes e com os dirigentes administrativos.

Sem dúvida, a luta política foi muito atuante e decisiva para se construir o que temos hoje. Classifico como guerreiros de verdade aqueles que lutaram com determinação, até mesmo perdendo semestre letivo, atraso de salário e tantas outras questões negativas da

dever cumprido na formação profissional de centenas de alunos nesses anos de atividade na docência. É bom demais sentar ao lado de um colega doutor, mestre ou não e lembrar que este foi seu aluno, seu orientado, ou seja, que você teve participação efetiva na construção desse profissional.

Agora que conquistei essa titularidade, posso afirmar que valeu todo o esforço e superação das dificuldades enfrentadas. Assim, afirmo que cheguei lá – Titular.

A APUR sempre encabeçou a luta para que o professor da UFRB chegasse a titular. Como o senhor vê o papel do sindicato nesse sentido?

O papel da APUR é importantíssimo, em qualquer que seja o seguimento político administrativo. No meu caso e do colega professor Clovis Pereira Peixoto, podemos afirmar que o envolvimento da APUR foi fundamental para ampliação e aceleração das providências administrativas da UFRB. O sindicato está no caminho certo, sempre atento às demandas dos docentes e buscando soluções. Todavia, a estrutura atual da UFRB ainda está deixando a desejar quanto à velocidade de respostas das necessidades docentes. No caso de professor titular, houve realmente muita demora – lentidão para a aprovação da Resolução sobre o tema em questão “professor Titular ou Classe E”. Por outro lado, as tentativas para reunião do CONAC com pauta para este tema, em três ocasiões, não teve o quórum mínimo. Por isso, essa Resolução foi aprovada Ad referendum, o que não é compatível com o que se espera de uma UNIVERSIDADE que deseja ser moderna e com reconhecimento nacional e internacional. Acredito muito nas atividades políticas do sindicato, e até me arisco a afirmar que sem um sindicato atuante e livre uma universidade nunca alcançará o desenvolvimento pleno.

época da ditadura. Realmente, foram vários momentos que passamos como docente (de 1979 a 2015), contudo, ressalto que faria tudo novamente para garantir o espaço conquistado com luta, dedicação e amor à docência. Hoje, com a titulação conquistada, sinto que cumprir com dignidade e respeito o papel fidedigno do professor.

Tenho certeza que executei e ainda executo a docência com dedicação e elevada motivação, administrei setores (UFBA e UFRB) com respeito às normas vigentes, atuei e ainda continuo envolvido tanto na graduação como na pós-graduação, orientando alunos com a alegria de sempre. Ministrei cursos, palestras, seminários, projetos de pesquisa e de extensão com comunidades externas e, também, fui bastante presente nos momentos políticos que a categoria docente teve que atuar.

Por toda essa caminhada, só posso entender que fui merecedor dessa conquista, que trabalhei muito para alcançar o mais elevado nível da carreira do magistério superior.Agradeço aos meus colegas de caminhada (docentes, servidores técnico- administrativos e comunidade estudantil), certo de que, sem essa interação, seria impossível chegar nesta posição acadêmica – professor Titular.

Qual a importância dessa vitória em sua trajetória de luta?

Primeiro, é extremamente pessoal. Ser professor titular na Universidade significa que o docente venceu todos os obstáculos e alcançou o nível mais elevado da categoria. Isso é um sonho realizado.

Segundo, é a certeza que cumprir todas as etapas exigidas pela Universidade e, naturalmente, a confirmação do

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MOVIMENTO GREVISTA DAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS FAZ ATO PÚBLICO

Com as atividades paralisadas desde a última quarta-feira (13), os docentes das Universidades Estaduais da Bahia fizeram um ato público nessa terça-feira (19), no Centro Administrativo da Bahia. O ato contou com mais de 600 professores, estudantes e técnico-administrativos das Universidades Estaduais da Bahia, mostrando a força do movimento grevista.

De acordo informações publicadas nos sites dos sindicatos das Universidades Estaduais da Bahia, o governo, mais uma vez, tentou fugir da reunião marcada com o movimento grevista para o dia 19, tentando remarcar para o dia 20. Revoltados com tal atitude desrespeitosa do governador do Estado, os manifestantes ocuparam as duas vias da rua em frente à Secretaria Estadual da Educação e travaram o trânsito.

Depois dessa pressão, o governo decidiu manter a reunião. Já na mesa de negociação os professores, técnicos e estudantes teceram severas críticas à atitude do governo; o que não impediu que, mais uma vez, o movimento grevista fosse totalmente desrespeitado, pois o governo não apresentou nenhuma proposta, mas afirmou que no dia seguinte apresentará propostas de Projeto de Lei para a desvinculação do quadro de vagas e também para a substituição da Lei 7176/97. Mas o movimento grevista também pressiona para que os representantes do governador apresentem resposta para a pauta de aumento do orçamento das universidades.

Ao mesmo tempo em que ocorria a reunião com os representantes do governador, os manifestantes fizeram o cortejo fúnebre do governador Rui Costa. Vestidos de preto, com mortalhas, acompanhados por marcha fúnebre e caixão, os manifestantes ocuparam as ruas do Centro Administrativo da Bahia até a Governadoria.

Haverá uma nova reunião entres os docentes e o governo baiano no dia 26 de maio. Antes, haverá rodada de assembleias nas quatro universidades, e, no dia 25, reunião do Fórum das ADs.

CONVOCAÇÃO 29 DE MAIO A Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) convoca a todas/os para o Dia Nacional de Paralisação e Manifestações (29 de maio). Nesse dia, as bandeias de lutas serão a defesa dos direitos e da democracia e contra a terceirização, as Medidas Provisórias (MP)664 e 665 e o ajuste fiscal.

O dia 29 de maio será de suma importância na luta pelos direitos dos/as servidores/as públicos/as federais. As centrais sindicais concordam que para barrar os ataques do governo e do Congresso Nacional aos direitos trabalhistas é necessário colocar os/as trabalhadores/as na linha de frente da luta, por isso a importância da unidade dos que representam a classe trabalhadora.

Há previsão de que ocorrerão mobilizações em vários setores estratégicos em todo o país, com o objetivo de repetir e ampliar as manifestações que ocorreram no dia 15 de abril, quando milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar.

Então, não seja omisso nessa luta, se junte à classe trabalhadora de nosso país na defesa de nossos direitos e de melhores condições de trabalho. Juntos podemos barrar as afrontas que a classe trabalhadora vem sofrendo.

Direito não se reduz, se amplia!

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B.B.KING (1925-2015)

SESU/MEC MARCA REUNIÃO COM O ANDES-SNApós a decisão da deflagração da greve a partir de 28 de maio, o gabinete da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação entrou em contato com o ANDES-SN e solicitou agendamento de reunião para sexta-feira (22), às 14h. Todavia, a pauta da reunião não foi estabelecida.

A vice-presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, coloque que desde maio de 2014 que o Sindicato Nacional vem solicitando o retorno das reuniões com a Sesu/MEC, suspensas em abril do ano passado. “Agora, finalmente, eles deram retorno. A expectativa é que tenhamos resposta às nossas reivindicações e que os representantes do MEC mostrem disposição em reabrir o processo negocial”, conta. Ainda segundo Marinalva, a pressão da mobilização para deflagrar a greve levou À iniciativa da Sesu/MEC em marcar a reunião. “Isso mostra que, para prosseguirmos e avançarmos em qualquer processo, é necessário intensificar a mobilização na base”, ressalta.

Na última sexta-feira (15), o mundo deu adeus a Riley Ben King, mais conhecido como B. B. King; considerado o Rei do Blues. Visto como o maior guitarrista da atualidade, B.B. King morreu aos 89 anos, por complicações da diabetes tipo 2 que sofria há mais de 20 anos. Além de guitarrista, o Rei do Blues era compositor e cantor. Ao longo de seus quase 60 anos de carreira, ele ganhou 16 Grammy e lançou mais de 50 discos. Alguns de seus hits mais conhecidos são Lucile, Sweet Black Angel e Rock Me Baby. Riley Ben King nasceu em 16 de setembro de 1925, no Mississippi, Estados Unidos.

"Num sábado à noite ouvi uma guitarra elétrica que não estava a tocar espirituais negros. Era T-Bone interpretando "Stormy Monday" e foi o som mais belo que alguma

vez ouvi na minha vida. Foi o que realmente me levou a querer tocar Blues".

(B.B. King)