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    Edio 6 - Ano2 agosto/setembro de 2014

    Quando se fala em mudananas polticas educacionais um as-sunto que sempre entra em pau-ta a questo da valorizao dosprossionais de educao. Valori-zar no est ligado apenas re-munerao. Valorizar dar con-dies para que os educadorestenham bagagem pedaggica queacompanhe as novas tecnologias.

    Os estudantes hoje tm aces-so informao de modo rpidoe imediato. Muitos docentes pre-cisaram se integrar com as novasmaneiras de se comunicar comseus alunos e, sendo assim, preci-saram se reciclar, se renovar, paraacompanhar essas mudanas.

    Os Planos Municipais e Estadu-ais de Educao precisam alinharsuas aes incluindo a capacita-o de seus docentes com cursos,seminrios, ocinas etc., com ointuito de garantir a melhoria daqualidade de ensino. So nessesencontros que a qualicao e amotivao dos professores, e de

    todos os demais integrantes daadministrao escolar, recebem aateno redobrada por parte dosgestores municipais.

    Ter uma equipe qualicada,bem preparada para enfrentar osdesaos em sala de aula funda-mental para melhorar a relao deensino-aprendizado. um investi-mento importante que possibilitara melhoria dos ndices educacio-nais das escolas e, portanto, me-lhoria da qualidade de ensino paratodos os nossos alunos.

    Mas no podemos nos esque-cer da importncia que a formaonos cursos universitrios tem emtodo esse processo. preciso queos futuros docentes recebam maisdo que teoria. preciso a prticaem salas de aulas, atividades queestimulem criatividade, pes-quisa e que insira esses novosdocentes no contexto de ensino-aprendizado de modo mais prticoe com muita orientao pedaggi-ca.

    O Brasil se preocupou em co-locar as crianas, os adolescen-tes e os adultos, dentro da escola,mas no pode cruzar os braos eignorar a necessidade de se revera formao dos novos professorese, muito menos, deixar de capaci-tar os j formados.

    A sociedade precisa cobrar dos

    governantes essa valorizao quehabilita o docente a estar sempre,continuamente, alinhado com asnovidades tecnolgicas que surge

    a cada momento. preciso incen-tiv-los a aprender, a reaprender, alutarem pela dignidade que a car-reira merece. A capacitao dosdocentes essencial e precisacontar com o apoio das autorida-des governamentais e, principal-mente, da sociedade que precisaestar sempre de mos dadas comas escolas.

    Pensando nessa defasagementre o que se aprendeu na facul-dade e a realidade de uma sala deaula, o municpio de Guaruj rea-liza diversas capacitaes para osprofessores e para as equipes quetrabalham nas escolas e na Secre-taria Municipal de Educao.

    Desde 2009, realizamos o Sim-psio de Educao, e em 2014,contamos com a participao bri-lhante do educador portugus An-tnio Nvoa que, com sua palestra,

    realizou mudanas importantes nopensamento de cada participante.

    Todos os anos os prossionaisde educao da rede municipalescolhem as temticas que seroabordadas pelos palestrantes epara a realizao das ocinas. Aadeso dos professores da redemunicipal de Guaruj, ano a ano,

    cresce e tanto o aproveitamentonas ocinas, como o resultado nassalas de aulas, so profcuos.

    Como vemos, a valorizao

    dos professores que ir garan-tir o sucesso de nossos alunos. preciso sempre lembrar que edu-camos para a vida acadmica, so-cial e prossional. Educamos paraformar cidados que sero o futu-ro de nosso pas.

    Precisamos, tambm, rever ocurrculo escolar para habilitar osnossos alunos a atingirem a cida-dania plena que lhe de direito:com aptido prossional, direcio-namento acadmico e certeza deincluso social. Precisamos ur-gentemente valorizar o magistrioem todos os nveis educacionais,em todos os cantos do Brasil.

    Ns acreditamos que um passe faz com educao sria e dequalidade. Apesar dos grandesdesaos possvel, com a garrapeculiar de nossos educadores,transformar o nosso pas. Como

    educadores, somos responsveispor aquilo que cada aluno ser. Amisso do educador pode ser r-dua, mas tambm graticante.

    Priscilla Maria Bonini Ribeiro

    Secretria Municipal de Educao de GuarujConselheira Estadual de Educao de So PauloPresidente da Undime-SP e Undime Sudeste

    A IMPORTNCIA DA CAPACITAO DE EDUCADORES

    NOSSA ENTIDADE AGRADECE

    Em nome de toda a Diretoria da Undime-SP, quero agradecer Presidente Priscilla Bonini Ribeiro, que muitas conquistas realizou para nossaentidade, atuando junto ao Governo Federal e ao Governo Estadual. Parabns pelo seu empenho e esforo, um exemplo de dedicao edu -cao que nos inspira e que lhe rendeu o merecido reconhecimento nacional e internacional. Obrigada, Priscilla pelas conquistas e por ser umexemplo a ser seguido.

    Marialba Carneiro Secretria de Finanas Undime-SP, DME de Pereira Barreto

    Ensinar no transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produo ou a sua construo.Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.

    Paulo Regius Neves Freire (1921-1997)

    EDUCADORES DO BRASIL

    www.undime-sp.org.br

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    agosto/setembro de 2014Unio dos Dirigentes Municipais de Educao

    Um dos maiores dilemasda humanidade conquistar amarca de analfabetismo zero.O desao vivenciado por to-dos os pases do mundo, princi-palmente os que esto em de-senvolvimento, como o casodo Brasil, e os que ainda lutampor condies sociais mais jus-

    tas e dignas, como o caso dospases do continente africano.A taxa de analfabetismo di-

    minui, mas a taxa de analfabe-tismo funcional aumenta. Cabe,assim, aos educadores a cons-cincia de ensinar o apreender,para possibilitar a viso crticado mundo que cerca os alunos.MOBRAL

    No Brasil, em 1967, foi cria-

    do o Movimento Brasileiro deAlfabetizao (MOBRAL), cujoobjetivo principal era a condu-o de jovens e adultos a ad-quirem tcnicas de leitura, es-crita e clculo, para integr-los sociedade e dar-lhes melho-res condies de vida e possi-bilidade de novos empregos.

    Em 1977, o MOBRAL aten-dia 342.877 pessoas, com umcustoper capitade Cr$2,488,00(moeda da poca). Para man-ter o alto custo, foram neces-srias algumas modicaesno projeto inicial com o intuitode garantir a sua continuidade.Desta forma, foram criados di-versos programas que incluama cultura, a prossionalizao eo esporte, entre outras.

    Apesar da grande contribui-o, os altos custos para man-

    ter o MOBRAL determinou om do projeto, cujos programasforam incorporados em 1985, Fundao Educar.

    Atualmente, o Governo Fe-deral desenvolve dois progra-mas para acelerar a queda deanalfabetismo no pas: BrasilAlfabetizado e Educao deJovens e Adultos (EJA). O pri-meiro voltado para os que no

    tm nenhuma formao escolare o segundo para os que no

    ALFABETIZAO MAIS DO QUE FUNCIONALpuderam completar o EnsinoFundamental e Ensino Mdio.Pesquisas recentes

    Segundo a Pesquisa Nacio-nal por Amostra de Domiclios(Pnad), realizada pelo InstitutoBrasileiro de Geograa e Esta-tstica (IBGE), referente ao anode 2013, revelou que o percen-

    tual de analfabetos no Brasil,com idade acima de 15 anos deidade, corresponde a 8,3% dapopulao, cerca de 13 milhesde pessoas que no sabem ler,escrever e fazer clculos ma-temticos simples. Em 2012, ataxa de analfabetos do pas erade 8,7%. A pesquisa revela ain-da, que a taxa de analfabetis-mo funcional passou de 18,3%

    (2012), para 17,8% (2013).Analfabeto funcionalO termo surgiu nos Estados

    Unidos na dcada de 1930 parareferendar a capacidade deuma pessoa decifrar cdigose tarefas militares. A UNESCOpassou a utilizar o termo analfa-beto funcional a partir de 1970,denindo as diculdades de sepadronizar as metodologias emtodo o mundo, estabelecendouma medida que considera osanos de escolaridade que cadapessoa possui. Para o IBGE, osanalfabetos funcionais so indi-vduos que tm quatro anos deestudos completos.

    Apesar dos avanos con-quistados, a pesquisa revelauma triste realidade: o sistemade ensino do Brasil decitrioe os anos de escolarizao no

    reetem a capacidade de de-senvolvimento crtico, ausentenos analfabetos funcionais. Ouseja, ocorrem avanos, mas oaumento de escolarizao nosignica o pleno domnio dashabilidades necessrias paraque a alfabetizao ocorra ple-namente.Metas do PNE

    No quesito analfabetismo,

    o Plano Nacional de Educa-o (PNE), determina na meta

    9 a necessidade de elevar ataxa de alfabetizao s pes-soas de 15 anos ou mais, para93,5% at 2015, e, at o nalda vigncia do PNE, erradicaro analfabetismo absoluto e re-duzir em 50% a taxa de analfa-betismo funcional. A meta 10 doPNE determina a oferta de no

    mnio 25% das matrculas daEJA, nos ensinos Fundamentale Mdio, na forma integrada educao prossional.

    Segundo pesquisa do MEC/Inep/DEED de 2012, o EJA re-cebeu 3.906.877 matrculas emtodo o pas, sendo 2.561.013para o Ensino Fundamental e1.345.864 para o Ensino Mdio.No Estado de So Paulo, o to-

    tal de matrcula foi de 481.900,sendo 311.674 para o EnsinoFundamental e 125.409 para oEnsino Mdio. A pesquisa reve-lou tambm que h queda nasmatrculas do EJA desde 2007,principalmente nas regies Sule Sudeste.Projetos em Destaques

    Diante da urgncia em sereverte essa situao, os es-foros dos municpios paulistaspara capacitar os prossionaisde educao resultaram naelaborao de muitos projetospara atender demanda decada cidade. A participao dafamlia neste processo impor-tante no momento de incentivare encaminhar seus familiares escola para aprender ou reto-mar os estudos.Guaruj

    Com a utilizao dos pro-gramas desenvolvidos peloGoverno Federal, o municpiode Guaruj vem conquistan-do queda no analfabetismo desua populao. Segundo da-dos da Prefeitura Municipal deGuaruj, embasados pelos n-dices ociais, em 2000 a taxade analfabetismo da cidade erade 8,5%. Com os trabalhos de-

    senvolvidos pela atual adminis-trao, desde 2009, a taxa em

    2010 caiu para 5,1% e em 2013caiu para 3,9%.

    Um marco muito comemo-rado pela Prefeita Maria Anto-nieta de Brito, que professoraconcursada da rede municipalde ensino. Nos ltimos trsanos, Guaruj alfabetizou maisde 2500 pessoas: no EJA foram394 pessoas e no Brasil Alfa-

    betizado 2.180 pessoas. Paraatingir essa marca histrica naeducao do municpio, a Se-cretaria de Educao desenvol-veu atividades extracurricula-res, que contribuem muito paraa formao dos alunos, como intuito de promover a socia-lizao, o trabalho em equipe,o respeito e outros valores so-ciais, entre outras.

    Para a Secretria de Educa-o de Guaruj, Priscilla MariaBonini Ribeiro, esse avano sfoi possvel pelo comprometi-mento dos prossionais de edu-cao envolvidos nos dois pro-gramas: os nossos alunos tma oportunidade de alavancar aescolarizao que to impor-tante na vida de cada pessoa.Nos ltimos trs anos todos osque procuraram o EJA foram

    atendidos e realizamos cercade 400 encaminhamentos parao Ensino Mdio. Esse resulta-do expressivo fruto do traba-lho de nossos prossionais deeducao e dos parceiros que,juntamente com a Secretaria deEducao, abraam a causa.Estamos muito prximos em tero analfabetismo erradicado emGuaruj e para que isso acon-

    tea preciso que toda a socie-dade se mobilize no estmulo

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    s pessoas que podem apren-der a ler, escrever, contar e tan-tas outras coisas, bem como spessoas que por algum motivotiveram que abandonar os estu-dos.Tup

    A Secretaria Municipal deEducao de Tup atende, atu-almente, 80 alunos na Educa-o de Jovens e Adultos (EJA).

    Deste total, 61 alunos estomatriculados regularmente e 19so alunos ouvintes.

    H salas destinadas ao EJAnas escolas Prof. Joo GeraldoIori, Governador Mrio Covas,Maestro Nelson de Castro, nosdistritos de Universo e Parna-so. Alm disso, o Municpio deTup oferece uma sala na Casados Velhos, que foi inaugurada

    em 2013 e devido ao sucessodo projeto, foi mantida nesteano.

    Segundo o Secretrio daEducao, Marcos Roberto Lei-te da Silva, no basta ensinara ler e escrever, preciso iralm: a Educao de Jovens eAdultos (EJA) ainda vista pormuitos como uma forma de al-fabetizar quem no teve opor-tunidade de estudar na infn-cia ou aqueles que, por algummotivo, tiveram de abandonara escola. No entanto, conscien-

    tizamo-nos cada vez mais deque, entre os grandes desaosdesse tipo de ensino, agora seinclui tambm a preparaodos alunos para o mercado detrabalho, o que ganha destaquenestes tempos de crise econ-mica.Ribeiro Preto

    Erradicar o analfabetismo um compromisso assumido

    pela Secretaria Municipal deEducao de Ribeiro Preto,

    com o apoio da Prefeita do Mu-nicpio, Drcy Vera. Todos osanos, o setor do EJA, da Secre-taria Municipal, realiza um pro-jeto de trabalho para nortear oplanejamento do ano letivo.

    O projeto mais recente oProjeto Leitura e Escrita, emque cada professor dene umgnero textual para subsidiar aproduo dos alunos. Os textosproduzidos, em diversos gne-ros, so publicados em um livro

    sob o ttulo Feito Mo. Nesteano foi publicado o quarto volu-me da coleo idealizada pelaSecretaria de Educao.

    Por compreender que o p-blico das salas de EJA j evi-dencia as transformaes so-ciais e a elevao do nvel deescolarizao de jovens e adul-tos, a Secretaria aderiu ao Pro-jovem Urbano para atender aosjovens com idade entre 18 e 29anos, e tambm aderiu ao Pro-grama EJA Mundo do Traba-lho, que disponibiliza materialatualizado, moderno e interdis-ciplinar aos alunos de 6 ao 9ano da EJA.

    Ao aderirmos aos Progra-mas do Governo Federal, as-sumimos o compromisso delocalizar e matricular as pesso-as sem escolarizao, alm de

    equipar as salas de aulas e decapacitar os nossos prossio-nais de educao. Oferecemosmais de 50 salas para alfabe-tizao e concluso do EnsinoFundamental. Mas para alcan-ar os bons resultados conta-mos com o apoio da Prefeita,Darcy Vera, e do empenho denossos prossionais de educa-o, destaca a Secretria Mu-

    nicipal de Educao, Maria D-bora Vendramini Durlo.

    O Municpio de Ribeiro Pre-to foi contemplado com o Selode Municpio Livre do Analfabe-tismo, concedido pelo MEC, emmaio deste ano, por ter atingidoo ndice de 97,1% de alfabeti-zao, segundo IBGE/2010.So Jos do Rio Preto

    Em So Jos do Rio Preto aSecretaria Municipal de Educa-o, desenvolve um Programa

    de Alfabetizao, cujo destaque o Projeto Paulo Freire Anal-fabetismo Zero. O objetivo doProjeto atender camada dapopulao que no acessou ouniverso escolarizado na idadecerta.

    Esta camada apresentavadeterminadas diculdades queas desestimulavam ou as im-pediam de frequentar a escola,

    tais como: distncia (zona ru-ral), necessidade de trabalhardesde a infncia, excluso doambiente escolar em funo dediculdades de aprendizagemou, ainda, por pertencerem ancleos familiares em que ob-ter conhecimento no era valo-rizado.

    O Projeto foi criado em2002 e desde ento, j alfabe-tizou mais de 2 mil pessoas.Atualmente, atende cerca de

    250 alunos, que recebem au-las nos seguintes locais: E.M.Prof. Darcy Ribeiro, E.M. Prof.Michel Pedro Sawaya, E.M.Cyrino Vaz de Lima, CAAPAC Casa de Apoio ao PacienteAdulto com Cncer, E. M. deEnsino Supletivo Prof. AdemirDib, Parque Ecolgico Educa-tivo Joaquim de Paula Ribeiro,Complexo Educacional Prof

    Telma Antonia Marques Vieira,Complexo Educacional Geral-

    do Jos Rodrigues Alckimim,Complexo Educacional Profa.Maria Siqueira Campos Piresde Albuquerque, e, ComplexoEducacional Jos Luiz Spotti.

    A Secretria de Educao,Telma Antonia Marques Vieira,incentiva os projetos que fa-am a diferena na educao:reduzir o analfabetismo pro-mover a cidadania. O empenho

    de nossos prossionais de edu-cao no processo de alfabeti-zao visa trabalhar contedosque mantm as caractersticasde objeto sociocultural real.Projetos voltados a tornar a es-cola verdadeiramente inclusi-va, acolhedora e que respeiteas diferenas, so necessriospara as grandes conquistas daeducao.

    O Municpio tambm recebeudo MEC o Selo Municpio Livredo Analfabetismo. O certicadotem a assinatura do Ministro daEducao, Jos Henrique PaimFernandes, e foi entregue noms de maio.O Selo

    O Selo Municpio Livre doAnalfabetismo, foi criado noDecreto 6.093/2007, que orga-nizou o Programa Brasil Alfabe-tizado, e concedido pelo MECa todos os municpios brasilei-ros que atingirem mais de 96%de alfabetizao, de acordocom o Censo Demogrco doIBGE.

    Alm do Selo, o Decretotambm instituiu o Selo de Mu-nicpio Alfabetizador, conferidopelo MEC, aos Municpios quereduziram a taxa de analfabe-

    tismo observada no Censo De-mogrco de 2000 do IBGE,em, no mnimo, 50% at 2010.

    Outra premiao institu-da pelo Decreto a MedalhaPaulo Freire, que ser conferi-da pela Comisso Nacional deAlfabetizao e Educao deJovens e Adultos (CNAEJA) apersonalidades e instituiesque se destacarem nos esfor-

    os de universalizao da alfa-betizao no Brasil.

    agosto/setembro de 2014Unio dos Dirigentes Municipais de Educao

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    agosto/setembro de 2014Unio dos Dirigentes Municipais de Educao

    Aps aprovao do PNE o desao elabo-rar e aprovar o Plano Municipal de Educao(PME). A Undime-SP iniciou uma srie de ca-pacitaes para os DMEs e suas equipes, nosentido de orientar o modo como analisar osproblemas dos municpios, propor soluese visualizar a educao para os prximos 10anos, e desta forma, terem condies de re-alizarem o Plano Municipal.

    O PME ir orientar as aes educacionaisde todo o sistema de ensino, nos diversosnveis e modalidades, prevendo a criao defrum permanente, ou Conselho Municipalde Educao, para acompanhar todo o pro-cesso.

    Alm disso, requer a participao de to-dos os setores da sociedade, pblica e civil,mas imprescindvel a participao da po-pulao, a maior interessada na melhoria daeducao.

    Para os municpios que j possuem PME, preciso fazer uma reviso para alinhar suasaes de acordo com o atual PNE, aprovadoneste ano.

    Nossa reportagem entrevistou a Secret-ria de Educao de Pereira Barreto, Marialbada Glria Garcia Carneiro, que assumiu a in-cumbncia junto a Undime-SP de auxiliar osDMEs na elaborao do PME, por meio dascapacitaes oferecidas pela entidade.

    Quais as diculdades que os municpios en-

    contram na hora de elaborar o Plano de EducaoMunicipal?

    - Existe, ainda, uma diculdade muitogrande no levantamento de dados para ela-borar o diagnstico, alm da inexistncia doPlano Estadual de Educao que, de certaforma, impossibilita pactuar as metas esta-belecidas no PNE. Os Dirigentes Municipaisde Educao ainda tm uma grande preo-cupao com o nanciamento de algumasmetas, em especial a que trata da ampliao

    do atendimento das crianas de zero a trsanos, uma vez que requer um aumento ex-pressivo de recursos para a realizao deforma efetiva da meta em questo.

    A Undime-SP vem realizando capacitaes paraos DMEs e suas equipes, com o intuito de orientarna elaborao do PME. H algum reforo do Estadoe da Unio no que se refere s orientaes a serempassadas aos municpios?

    - A UNDIME-SP, atravs da PresidentePriscilla Bonini Ribeiro, tem promovido am-

    plo debate sobre o tema. Os municpios que

    zeram adeso s formaes oferecidaspela nossa entidade e pela Secretaria Esta-dual de Educao esto recebendo orienta-es por meio dos avaliadores educacionais.

    A Unio, atravs da Secretaria de Articulaodos Sistemas de Ensino (SASE), tem ofe-recido formao aos Dirigentes Municipaisindicados pela UNDIME-SP e aos prossio-nais da educao da Secretaria Estadual de

    Educao, indicados pela referida secretaria,que naturalmente tornam-se multiplicadoresdas orientaes no Estado de So Paulo.Estes prossionais so denominados pelaSASE como Avaliadores Educacionais (AE).Percebe-se um avano no campo do dilogoentre as trs esferas: Unio, Estado e Muni-cpios. Acredito que este dilogo promovera pactuao das metas previstas no PlanoNacional da Educao, que contribuir paraalavancar a educao do nosso pas.

    Os municpios relatam como est participaopopular e de outras entidades neste processo?

    - A participao popular um grande de-sao. O Plano Municipal deve ser o retratoda vontade da populao de cada municpio:quanto maior participao, maior sentimentode pertencimento e maiores as possibilida-des de consolidao das polticas pblicaseducacionais. Organizar estratgias atrati-vas para que a populao participe destemomento de construo de polticas edu-

    cacionais uma importante tarefa dos mu-nicpios, j que culturalmente existe umadiculdade de participao da comunidade.No que tange as entidades, percebe-se umavano signicativo, a educao tem sido umtema de interesse das entidades, inclusivedo 3 setor.

    A Secretria Ma-rialba Carneiro, res-salta que o Plano Na-cional de Educaotraz em seu cerne aideia de que no bas-ta o municpio cumprircom as aplicaesobrigatrias dos 25%em impostos na edu-cao e fazer uso doFUNDEB conformeprescreve as Leis.

    preciso avanar na qualidade, fazendo usocom ecincia dos recursos educacionais.Sabemos que os desaos so muitos, mas

    temos que entender que este o momento

    em que poderemos contribuir para contaras outras geraes de que fomos agentesresponsveis pelo sucesso to almejado naEducao de nosso pas. O Municpio deGuaruj, por exemplo, entregou ao MEC oPlano Decenal de Educao em 2013, e oento Ministro da Educao, Aloizio Merca-dante, declarou que o Plano de Guaruj ser-viria de modelo para todos os demais muni-

    cpios do Brasil. No nal do ano passado, aPrefeita Maria Antonieta promulgou o PlanoMunicipal de Educao para o ano de 2014,apresentando as diretrizes, as operaes,os macro-objetivos e as metas educacionaispara a rede municipal. Em Pereira Barreto,os trabalhos para elaborao do Plano mu-nicipal iniciaram-se por meio de um levanta-mento de dados para a construo do diag-nstico do municpio.Apesar da SASE/MECdisponibilizar indicadores contendo a anlisesituacional dos Estados e dos Municpios emrelao meta nacional, de extrema rele-vncia que o municpio atualize os dadospara que possa construir um Plano Munici-pal de Educao exequvel, voltado para asnecessidades reais da educao, conclui asecretria Marialba.

    Plano Municipal e Estadual de Educao

    As elaboraes dos Planos Municipaise Estaduais de Educao esto determina-

    das por uma Emenda Constitucional (Lei n9.394/96), e no por uma disposio transit-ria da LDB da Educao Nacional. Neles sotraadas as polticas pblicas municipais, eestaduais, em consonncia com os diversosinstrumentos oramentrios: Plano Pluria-nual (PPA), Lei de Diretrizes Oramentria(LDO) e a Lei Oramentria Anual (LOA).

    As metas municipais e estaduais tm deestar alinhadas ao PNE e para tanto, cadamunicpio e cada estado daro um passo im-portante para a construo de um SistemaNacional de Educao, oportunizando for-mas de articulao mais efetiva para as pol-ticas pblicas educacionais.

    Embora o PNE no estabelea puniesaos gestores que no atingirem as vinte me-tas propostas, importante destacar que ameta de nmero 20 estabelece que aps apromulgao do PNE deva ser aprovada aLei de Responsabilidade Educacional, que

    j tramita no Congresso Nacional. Esta simprev as punies aos gestores que no

    cumprirem as metas do PNE.

    PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO

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    terial. Os educadores indicam

    as guras e o nome de cadauma delas, alm de ensinar a

    folhear os livros. Desta forma, o

    vnculo com a leitura e com o

    livro criado naturalmente para

    garantir que essas crianas de-senvolvam o gosto pela leitura.

    Com as crianas em idadeescolar, os projetos objetivamgerar o interesse pelos livroscomo fonte de prazer e de infor-

    mao. Com exerccio que esti-mulam a fantasia, a criatividade

    e a imaginao, os Centros deEducao Infantil (CEI), de Bo-tucatu, desenvolvem atividades

    que incluem o recontar e a en-cenao de histrias, visitas biblioteca, a criao de histria,a confeco de livros com ashistrias criadas pelos alunos,entre outras atividades.

    A leitura faz parte da vida es-

    colar das crianas do Municpioe tambm da vida familiar. Os

    pais, avs e outros parentesmais prximos so convidadosa participarem da contao dehistrias e tambm dos even-tos que encerram o ano com aapresentao dos trabalhos re-alizados pelos alunos.

    Outra leitura importante queas CEIs desenvolvem o ma-nuseio e a leitura de jornais e

    revistas com o intuito de desen-

    agosto/setembro de 2014Unio dos Dirigentes Municipais de Educao

    LER, QUANTO ANTES, MELHORNo sculo XVIII a literatura in-

    fantil comea a se desenvolverpor meio das obras de La Fon-

    taine e Charles Perrault, cujas

    obras tratavam de um universo

    mgico com fadas, princesas,nais felizes e valores moraise sociais. Nesta poca, a litera-

    tura infantil era produzida paraadultos cujos aspectos pedag-gicos e didticos visam a moral,o paternal e a representao dopoder.

    Estimulava-se a obedincia

    com bases na religio catlica,indicando sempre que o bemvence o mal na batalha nal

    do dia a dia das pessoas. Erauma literatura para ser lida pe-

    los pais, avs, familiares, mo-mentos antes das crianas iremdormir, propiciando noites de

    sonhos agradveis.Com o passar dos anos, a

    industrializao expandiu aproduo da literatura infantile as escolas passaram a ser

    um grande aliado para ampliaras vendas. Anal de contas, ascrianas precisavam ler paraque os pais comprassem livrose, assim, as noites de leiturasforam modicadas com o tem-po.

    No sculo XX, o livro pas-

    sou a ter um carter mais tico

    e didtico com o objetivo nicode educar, moldando a crianaconforme as expectativas dasociedade adulta da poca. A

    aventura saiu de foco, assim

    como a magia, as fadas etc.Tampouco histrias que eviden-ciassem a amizade, as viagensimaginrias, a amiga escola ea amiga famlia, foram produzi-das. Prevaleceu, at a metade

    do sculo, o interesse do siste-

    ma poltico da poca.

    Nos anos de 1970, a literatu-

    ra infantil retoma o seu lado l-

    dico, valorizando a famlia, a es-

    cola, o esporte, as brincadeiras,

    a aventura, e o universo ldicocou mais prximo do ambiente

    cotidiano, mais prximo da rea-lidade, sem, no entanto, perder

    a sua propriedade maior: edu-

    car e ensinar encantando.

    No Brasil, o maior expoenteda literatura infantil MonteiroLobato, que com seus perso-nagens revelou a diversidadeda sociedade brasileira, mos-

    trando a diferena da vida nocampo e da vida urbana, bemcomo, a importncia de permitirs crianas o brincar saudvel,com a participao dos adultosna aceitao desse mundo ldi-co to perto e to real dos so-nhos infantis.

    Atualmente, a literatura in-

    fantil objetiva o desenvolvimen-

    to emocional, social e cognitivo,com histrias que permeiam osmedos, os sentimentos infan-

    tis de carinho, a dor, a perda, a

    curiosidade, os bons exemplos,enm, a literatura voltou a serprazerosa aos adultos e, prin-

    cipalmente, para as crianas,que ludicamente apreende os

    valores sociais.Com essa nova perspectiva,

    a literatura infantil deve ser in-troduzida na vida das crianaso mais cedo possvel para queesse contato frequente com oslivros desperte o prazer de ler

    e, at mesmo, de escrever um

    livro. pela leitura que as crian-as comeam a tomar postura

    crtica e reexiva sobre os fatos

    narrados, pois ao ouvir ou ao

    ler uma histria inicia-se o pro-cesso cognitivo de comentar,indagar, duvidar e discutir o quese ouve ou se l.

    Desta forma, as crianaspassam a interagir socialmen-te, realizando a construo de

    signicados de forma natural,ampliando sua viso de ser, decoexistir, de mundo. A compre-enso de ideias, a interpreta-o do texto e a avaliao dassituaes narradas tornam aliteratura infantil um importante

    instrumento na formao aca-dmica e social das crianas.

    Com esse olhar, entendendoa literatura infantil como me-

    canismo cognitivo de ensino-aprendizado, muitos progra-mas e projetos de leitura sodesenvolvidos nos municpiospaulistas. a forma de garantirque, apesar de toda tecnologiaque nossas crianas e jovensesto expostos, a leitura de umlivro sempre ir causar prazer eaprendizado, reforando hbi-tos, emoes e posicionamentosocial.

    Botucatu

    A Secretaria de Educaode Botucatu desenvolve proje-tos para estimular o gosto pelaleitura que, em sua maioria, en-

    volvem a participao familiarna escola e a liberao de livrospara leitura em casa.

    Desde a mais tenra idade

    as crianas do municpio tmcontato com o livro. O primeiro

    contato ocorre com livros bem

    coloridos, feito de materiais re-

    sistentes, como plsticos e teci-do, para que os bebs possammanusear e brincar com o ma-

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    cipal de Educao para incenti-var o prazer de ler. Em 2011, omunicpio foi selecionado paraparticipar do Projeto Entre naRoda, promovido pelo Centrode Estudos e Pesquisas emEducao, Cultura e Ao Co-munitria (Cenpec) e pela fun-dao Volkswagen. O Cenpec

    elabora e distribui os materiaisde apoio e encarrega-se doprograma de formao para osprofssionais de educao e vo-luntrios que exercem o papelde orientadores de rodas de lei-tura.

    Assim nasceu o Projeto Lpara mim? que desenvolvi-do pela Diretoria de Educao

    Infantil da Secretria Municipalde Guaruj, e ministrado nosNcleos de Educao Infantil(NEIMs) de toda a rede muni-cipal. As unidades escolaresrecebem o Ba de Livros quecontm mais de cem livros,com os quais os professorestrabalham trs tipos de ativida-des:Livro Nota Dez, em que ascrianas apontam seus ttulosfavoritos para ser lido em sala;Ih, Apareceu um Objeto/Perso-

    nagem Novo, no qual persona-gens e objetos so introduzi-dos em uma histria tradicionaldurante sua narrativa; e, UmNovo Ilustrador, estimulandoas crianas a desenharem uma

    nova capa para o livro aps a

    sua leitura.A inteno do contar hist-

    rias possibilitar que as crian-as desenvolvam a memria, acriatividade e o hbito da leitu-ra.

    O Projeto L Pra Mim?, ini-cialmente, foi desenvolvido napr-escola recebendo o apoio

    da Prefeita Maria Antonieta deBrito, para ser estendido a ou-tras etapas de ensino. A iniciati-va rendeu premiao em 2012,quando o Projeto conquistou oprmio Comunidade em Ao,na categoria voluntariado, pro-movido pelo Jornal A Tribuna,de Santos, e pela empresa Ul-tracargo.

    Segundo a Secretria deEducao de Guaruj, PriscillaMaria Bonini Ribeiro, o Projetovem alcanando resultados in-crveis: uma satisfao ver aparticipao, o entusiasmo e aalegria das crianas quando oBa chega escola. Um novomundo est pronto para ser re-

    velado a elas e da forma comoas atividades so propostas,este mundo pode ser moldadopelas crianas, estimulando olado ldico da aprendizageminfantil e, porque no dizer, osfuturos escritores do pas im-portante ressaltar o excelentetrabalho desenvolvido pelosprofssionais de educao que

    contribuem muito para o su-cesso deste Projeto e o apoioda nossa Prefeita, Maria Anto-nieta, que fundamental, poissendo educadora, professoraconcursada da rede municipal,tem o olhar apurado para asmelhorias to necessrias educao de nosso municpio.

    Pereira Barreto

    agosto/setembro de 2014Unio dos Dirigentes Municipais de Educao

    volver o lado social e cultural.Mesmo as crianas que aindano sabem ler, so estimuladasao contato com estes materiaisde informao para adquiriremo hbito de tais leituras.

    Dentre os projetos desen-volvidos em Botucatu, destaca-mos: Projeto Contos e Encan-

    tos, da CEI Prof Arlette VilasBoas Armelin; Projeto Peque-nos Leitores Grandes Desco-

    bertas, da CEI Jussiara Delga-do e da CEI Luis de CamposA. Pires; Projeto Ler, Contar eSonhar, CEI Maria de LourdesT. Sardenberg; e o Projeto deLeitura, da CEI Santo Calori.

    Para a Secretria de Edu-cao de Botucatu, AlessandraLucchesi de Oliveira, impor-tante gerar nas crianas o h-bito e o gosto pela leitura: nos-sos professores so orientadose estimulados a trabalharem aleitura desde cedo na educaoinfantil, pois acreditamos queessa prtica essencial na for-

    mao de futuros leitores.A leitura na primeira infn-cia contribui efetivamente paraconstruir o gostar de ler, pois uma fase em que as crianasesto especialmente abertas anovos conhecimentos.Esse ex-celente trabalho realizado pelosnossos professores aciona pro-cessos cognitivos nas crianasfavorecendo o desenvolvimen-to da capacidade leitora. O re-sultado disso o bom desem-penho de nossas crianas nasetapas seguintes da vida esco-lar, fnaliza Alessandra.

    GuarujEm Guaruj, contar histria

    uma das ferramentas desen-

    volvidas pela Secretaria Muni-

    A importncia da leitura noMunicpio de Pereira Barre-to comea pelo nome dado sEscolas Municipais de EnsinoInfantil (EMEIs), que recebemnome de personagens dasobras de Monteiro Lobato.

    Para a Secretria de Educa-o, Marialba da Glria Garcia

    Carneiro, o apoio recebido daPrefeitura Municipal, tem sidofundamental para estimular aleitura de livros desde a infn-cia: quero registrar o impor-tante apoio que recebemos doPrefeito Arnaldo Enomoto, quetanto nos incentiva e nos au-xilia a proporcionar as nossascrianas o prazer de vivenciarmomentos de leitura e assim,incutir o to saudvel hbito deler.

    Atualmente, o municpio de-senvolve em todas as EMEIs,o Projeto Ler, um prazer!, queconta com a participao dospais e dos familiares das crian-as num processo denominado

    de leitura compartilhada. O ob-jetivo deste compartilhamento envolver escola e famlia emum momento importante doaprendizado das crianas, poistodos os envolvidos passam aconsiderar a importncia da lei-tura dentro e fora da escola.

    A inteno do Projeto Ler, umPrazer!, despertar e resgataro gosto e o hbito de leitura,proporcionando momentos deprazer s crianas e suas fam-lias e, desta forma, fortalecer oslaos familiares nos momentosda leitura compartilhada.

    O primeiro contado dascrianas com o universo da lei-tura ocorre por meio de contos

    modernos, contos tradicionais,

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    agosto/setembro de 2014Unio dos Dirigentes Municipais de Educao

    modernos, contos tradicionais,contos de fada, fbulas, mitose lendas, literatura de cordel,livros de imagens, histrias emquadrinhos (gibis) e poesias.O material para leitura dispo-nibilizado nas salas de aulas,onde as crianas manuseiame escolhem o livro que levaro

    para ler. Em casa, se realizara leitura compartilhada com osfamiliares e de volta escola,os alunos participam de rodasde leituras com a construo deimagens e de histrias a partirdas histrias lidas em famlia.

    As atividades desenvolvidasem sala de aula so: recontos,declamao de poemas, msi-cas, encenao de histrias edramatizao, utilizando fan-toches e bonecos. As crianasaprendem a criar e confeccio-nar livros com colagens, dobra-duras, pinturas, alm de criarbonecos e dedoches, entre ou-tras atividades.

    Tradicionalmente a EMEI

    Emlia naliza o Projeto de lei-tura com um Sarau de Poesias,onde ocorre a exposio dostrabalhos realizados pelos alu-nos e a contao de histria porum convidado da comunidade.

    A Secretria de EducaoMarialba Carneiro, declara quea cada apresentao do Proje-

    to, o encanto aumenta: o com-

    prometimento de nossos pro-ssionais de educao que

    garante o bom xito deste Pro-jeto. Somente quem conhece

    a importncia da literatura navida de uma pessoa que sabeo benefcio que uma simpleshistria pode proporcionar. Noh tecnologia que substitua o

    prazer de tocar as pginas deum bom livro, criar um bone-co, um personagem. Isso temum signicado especial para as

    crianas e car marcado para

    sempre em suas histrias devida.Rio Claro

    A literatura infantil desen-volvida no Municpio de RioClaro, com o intuito de incluir ascrianas no universo cultural. Oprazer de ler estimulado pormeio de projetos que ampliamo repertrio de palavras e o en-volvimento com o universo ldi-co que a leitura proporciona.

    Um dos projetos que vem se

    destacando na cidade o Pro-jeto Era uma Vez, desenvolvidoanualmente na Escola Munici-pal Dr. Paulo Koelle. Os obje-tivos do Projeto despertar oprazer e o interesse em ler, au-mentar o vocabulrio e possibi-litar s crianas que ainda nosabem ler, ter contado e enten-dimento da leitura.

    Neste Projeto, os professo-

    res so orientados a trocaremde sala de aula, uma vez porms, para realizar as atividadesde leitura com alunos de outrassalas, realizando a interaoentre os alunos da escola e osprofessores. Nestas aulas, oseducadores valorizam o enre-do das histrias com a utiliza-

    o de aventais com dedoches,caixas surpresas, fantoches eoutros materiais que auxiliem odespertar para o prazer de ler.

    Outro projeto que se destaca o Projeto Hora da Histria...Oba!!!, criando e desenvolvidoneste ano, na Escola MunicipalProf Marina Fredine Dainese

    Cyrino, e direcionado s crian-

    as do Berrio, Maternal e In-fantil.Os objetivos do Projeto so

    despertar o gosto e o prazer emouvir histrias infantis, oportu-nizar diversicadas situaes

    de comunicao, desenvolver aautonomia por meio da escolhade livros para leitura e aprecia-o, contribuir para a ampliaodo vocabulrio, da imaginaoe da criatividade.

    As atividades desenvolvidasincluem o contato com livros,fantoches, gravuras, vdeos,entre outros materiais, para queas histrias contadas, ou assis-tidas, possam ser recontadas edramatizadas por professores e

    alunos em diversos momentos

    do cotidiano escolar. A intera-o entre os grupos de alunosocorrem semanalmente com acontao de histrias para to-das as turmas.

    Embora o Projeto esteja em

    pleno desenvolvimento pos-svel perceber que o interessedos alunos pela leitura aumen-

    tou, assim como a procura pelocantinho dos livros cresce acada dia. Todas as crianas daescola aguardam com grandeexpectativa pela Hora da His-tria, demonstrando que osobjetivos do Projeto so alcan-ados.

    Para que o estmulo leitu-ra tenha xito, fundamentalque projetos com estes sejam

    prticas constantes na rotinaescolar, ressalta a Secretriade Educao de Rio Claro, He-losa Maria Cunha do Carmo, eprossegue: estas rotinas preci-sam ser bem planejadas e ade-quadas idade, pois na Educa-o Infantil atendemos crianas

    de zero at seis anos de idade. preciso envolver todas asturmas da escola, com organi-zao prvia e referendar a im-portncia da leitura no desen-volvimento de nossos alunos. uma contribuio que implicarsignicativamente na imerso

    da criana no mundo da fan-tasia, da curiosidade infantil, epossibilitar maior contato coma lngua escrita. Os projetos

    apresentados alcanam bonsresultados graas ao empenhodos prossionais de educao

    de nossa rede municipal.

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    Este informativo uma realizao daUNDIME-SP em parceria com aTM2 Comunicao e Eventos.

    Diagramao e textos:

    Mrcia De Rogatis e Maura PescadorTiragem: 10.000 exemplares

    Telefones:

    (11) 3120-3374(11) 3257-2794

    (11) 94204-8787 (Vivo)(11) 97626-7065 (Claro)

    E-mail: [email protected]

    Assessora Presidente:Ivelise Viudes

    (13) 99770-8787

    Assessoria Jurdica:Dr. Fabiano Lopes(13) 98170-6300

    Assessoria Comunicao:Maura Pescador(13) 98131-9510

    FALE COM A UNDIME-SP

    APOIO INSTITUCIONAL

    A Secretaria de Educao de

    Piracicaba deu um importan-te passo para a elaborao doPlano Municipal de Educao(PME): elegeu uma ComissoGeral para coordenar os estudosnecessrios para propor as me-tas do PME.

    O evento aconteceu no dia22 de setembro, no anteatro da

    Secretaria de Educao e contoucom a presena de 270 convi-dados: representantes do poderexecutivo, do poder legislativo,das OSCIPS (Organizaes daSociedade Civil de InteressePblico), das escolas, dos con-selhos, das demais secretariasmunicipais, dos sindicatos e devrios outros rgos e institui-

    es da sociedade piracicabana.O Plano Municipal um pla-nejamento da educao de cadacidade e integra objetivos, metase aes propostas a curto, mdio

    e longo prazo para a educao

    num perodo de dez anos. Apsser aprovado pelo poder legisla-tivo e sancionado pelo prefeito,dever ser transformado em leimunicipal.

    A Secretria de Finanas daUndime-SP, Marialba Carneiro,DME de Pereira Barreto, foi con-vidada para falar sobre o tema:este o primeiro passo para se

    realizar um Plano Municipal deEducao, em que os objetivos,as metas e as estratgias, preci-sam ser denidos com clareza de

    dados da real situao em que a

    educao de cada municpio se

    encontra, ressaltou Marialba.De acordo com o Plano Nacio-

    nal de Educao (PNE), at 2024os municpios brasileiros deve-ro ter 50% das crianas de 0 a3 anos de idade, matriculadas naEducao Infantil, uma situaoque preocupa a todos.

    A Secretria Municipal deEducao de Piracicaba, ngelaJorge Corra, tambm falou aospresentes, apresentando um pa-norama da situao da cidade:em nosso municpio, das 18.509crianas de 0 a 3 anos de idade,10.870 destas crianas esto ma-triculadas nas escolas de Educa-o Infantil, sendo 8.839 crianasem escolas municipais e 2.031 na

    rede particular, o que representa58,73%, de acordo com os dadosfornecidos pela Fundao SEA-DE, base de 2013. Atualmente arede municipal conta com 80 es-colas de Educao Infantil, queatende 16.772 crianas com ida-de entre 0 a 5 anos, e 46 esco-las de Ensino Fundamental, queatende 16.201 com idade entre 6

    e 10 anos.Para o Prefeito Municipalde Piracicaba, Gabriel Ferrato,deve-se considerar a questoqualitativa e no quantitativa daeducao: A valorizao dosprofessores, a estrutura das es-colas, as formaes que a Secre-taria de Educao disponibilizaaos docentes, como o Programa

    Ler e Escrever (criado por Ferrato

    em 2009, na poca em que eraSecretrio de Educao) o queme preocupa hoje, armou.

    Agora, a Comisso ter at ju-lho de 2015 para nalizar o Plano

    Municipal, programando reuniespara discusso e determinaodas principais aes a serem to-madas pela educao do munic-pio. A comisso formada por re-presentantes das redes de ensinomunicipal, estadual e particular,alm de ensino tcnico e, repre-sentantes da sociedade civil, en-tidades de classe e prossionais

    de educao.Eu co muito feliz em poder

    contribuir com os municpios pau-listas, orientando o passo a passo

    a ser dado at a efetiva promulga-o dos Planos Municipais. O tra-balho da comisso superimpor-tante, pois rene os pensamentosdos diversos setores da socieda-de piracicabana, o que ir reetir

    em aes muito mais elaboradase possveis de serem realizadas.Piracicaba est de parabns peloevento e por dar a importncia

    devida que a educao de todomunicpio merece, destacou Ma-rialba Carneiro.

    PIRACICABA ELEGE COMISSO PARA ELABORAR PME