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LEIA NO PANORAMA GERAL Primeiro Padrão Mundial de Desmatamento Zero para a Produção de Soja LEIA NESTA EDIÇÃO Grãos: chuvas retornam e lavouras melhoram parcialmente. N.º 1.462 10 de agosto de 2017 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Emater/RS-Ascar e Anater fortalecem ações sociais Na semana passada (03/08), em Brasília, assinamos o primeiro contrato com a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). O Projeto Piloto de Prestação de Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social para Famílias de Povos e Comunidades Tradicionais em situação de extrema pobreza no RS visa atender 1.500 familias de indigenas, quilombolas e pescadores artesanais que vivem em 66 municípios gaúchos. Um marco histórico para a Extensão Rural no Brasil no sentido da captação de recursos de forma direta junto à Agência Nacional, e não através de chamadas públicas, contratando, de forma inédita, neste primeiro momento, a prestação de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) no Rio Grande do Sul, em Rondônia e em Goiás. Aqui no RS, receberão o assessoramento da Emater/RS-Ascar 860 famílias indígenas, 463 famílias quilombolas e 177 famílias de pescadores artesanais que ainda não tiveram acesso a políticas públicas de inclusão social e produtiva. Para participar desse processo, precisam ter renda de até R$ 85,00 mensais e possuírem Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP). Entre agosto de 2017 e abril de 2020 vamos investir R$ 4.672.500,00 em atividades individuais e coletivas, como visitas de acompanhamento e orientação técnica, elaboração de diagnóstico e projeto produtivo e capacitações técnicas sociais e produtivas, juntando recursos públicos com nosso caráter social. Através deste projeto, estamos contribuindo para a produção de alimentos e o desenvolvimento de atividades que gerem renda, minimizando a situação de vulnerabilidade e risco social dessas famílias de povos e comunidades tradicionais. Essas famílias vão participar de forma ativa do diagnóstico, que vai orientar a construção de um projeto produtivo viável para cada propriedade, no desenvolvimento de atividades agrícolas e não agrícolas, respeitando as características e os interesses de cada unidade familiar na garantia da melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. Pelos benefícios e avanços que vislumbramos neste projeto, buscamos novas atuações e desafios, como o atendimento a cooperativas que participam do Programa Mais Gestão, que será firmado em setembro, e que visa o apoio à organização e à intercooperação com enfoque na comercialização institucional, através dos programas Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e de Aquisição de Alimentos (PAA). É o reconhecimento do trabalho planejado e continuado da Emater/RS-Ascar, que leva políticas públicas aos cantos mais distantes do RS e ajuda a promover o desenvolvimento rural sustentável, baseado na economia, no social e no ambiental. Um bom e produtivo trabalho a todos! Clair Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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LEIA NO PANORAM A GERAL Primeiro Padrão Mundial de Desmatamento Zero para a Produção de Soja LEIA NESTA EDIÇÃO Grãos: chuvas retornam e lavouras melhoram parcialmente.

N.º 1.462 10 de agosto de 2017

Aqui você encontra:

� Panorama Geral

� Condições Meteorológicas

� Grãos

� Hortigranjeiros

� Criações

� Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Emater/RS-Ascar e Anater fortalecem ações sociais

Na semana passada (03/08), em Brasília, assinamos o primeiro contrato com a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). O Projeto Piloto de Prestação de Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social para Famílias de Povos e Comunidades Tradicionais em situação de extrema pobreza no RS visa atender 1.500 familias de indigenas, quilombolas e pescadores artesanais que vivem em 66 municípios gaúchos.

Um marco histórico para a Extensão Rural no Brasil no sentido da captação de recursos de forma direta junto à Agência Nacional, e não através de chamadas públicas, contratando, de forma inédita, neste primeiro momento, a prestação de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) no Rio Grande do Sul, em Rondônia e em Goiás.

Aqui no RS, receberão o assessoramento da Emater/RS-Ascar 860 famílias indígenas, 463 famílias quilombolas e 177 famílias de pescadores artesanais que ainda não tiveram acesso a políticas públicas de inclusão social e produtiva. Para participar desse processo, precisam ter renda de até R$ 85,00 mensais e possuírem Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP).

Entre agosto de 2017 e abril de 2020 vamos investir R$ 4.672.500,00 em atividades individuais e coletivas, como visitas de acompanhamento e orientação técnica, elaboração de diagnóstico e projeto produtivo e capacitações técnicas sociais e produtivas, juntando recursos públicos com nosso caráter social.

Através deste projeto, estamos contribuindo para a produção de alimentos e o desenvolvimento de atividades que gerem renda, minimizando a situação de vulnerabilidade e risco social dessas famílias de povos e comunidades tradicionais. Essas famílias vão participar de forma ativa do diagnóstico, que vai orientar a construção de um projeto produtivo viável para cada propriedade, no desenvolvimento de atividades agrícolas e não agrícolas, respeitando as características e os interesses de cada unidade familiar na garantia da melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.

Pelos benefícios e avanços que vislumbramos neste projeto, buscamos novas atuações e desafios, como o atendimento a cooperativas que participam do Programa Mais Gestão, que será firmado em setembro, e que visa o apoio à organização e à intercooperação com enfoque na comercialização institucional, através dos programas Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e de Aquisição de Alimentos (PAA).

É o reconhecimento do trabalho planejado e continuado da Emater/RS-Ascar, que leva políticas públicas aos cantos mais distantes do RS e ajuda a promover o desenvolvimento rural sustentável, baseado na economia, no social e no ambiental.

Um bom e produtivo trabalho a todos!

Clair Kuhn

Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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PANORAM A GERAL

TAMBOS BEM MANEJADOS SEQUESTRAM MAIS GASES DE EFEITO ESTUFA DO QUE EMITEM Propriedades leiteiras bem manejadas podem sequestrar mais gases de efeito estufa do que são capazes de emitir. O balanço de carbono em sistemas brasileiros de produção de leite pode ser positivo. Isso é o que afirmam pesquisadores vinculados ao Projeto Pecus – RumenGases, coordenado pela Embrapa. As pesquisas revelam que, adotando-se práticas sustentáveis no manejo do rebanho e das pastagens, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) são menores se comparadas ao carbono que é ‘sequestrado’ pela atividade. Segundo os pesquisadores, isso se deve ao sistema de alimentação dos rebanhos brasileiros, baseado principalmente no pasto. Em uma unidade produtiva bem manejada, a quantidade de carbono que as vacas liberam na forma de metano para a atmosfera é compensada pelo carbono que as pastagens e outras culturas vegetais têm capacidade de absorver. Essa informação contribui para desmistificar o papel da pecuária, tida como vilã no processo de aumento das temperaturas globais. Dependendo da forma como é conduzida, a atividade pecuária pode ser vista como prestadora de um importante serviço ambiental para o planeta. Os estudos sugerem que as metodologias de estimativa de emissão de GEE indicadas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) não correspondem plenamente à realidade nacional. Em alguns casos, a metodologia utilizada pelo Painel superestima as emissões de GEE da bovinocultura. Isso ocorre porque os números do Painel são absolutos, não levando em conta as características de cada país. O próprio IPCC sugere que sejam feitos estudos regionais sobre o problema. Os pesquisadores envolvidos no Projeto estão organizando um banco de dados, com informações de todo o País, a respeito do gás metano (CH4) emitido pela pecuária de leite. O objetivo é gerar um modelo nacional para aferir as emissões de GEE e traçar estratégias. Os trabalhos vêm sendo coordenados pelo Laboratório de Metabolismo e Impactos Ambientais da Pecuária, um centro de referência internacional na avaliação do metano entérico. O Laboratório faz parte do Complexo Multiusuário de Bioeficiência e Sustentabilidade da Pecuária da

Embrapa Gado de Leite. Estudos científicos relativos ao aquecimento global demonstram que os bovinos, vistos de forma isolada, de fato possuem papel relevante na emissão de GEE. Isso ocorre no processo de nutrição dos ruminantes, que produz metano, liberado principalmente por meio da eructação (arroto dos animais). A digestão dos ruminantes utiliza a fermentação, possibilitando o aproveitamento da celulose como alimento. Com isso, ocorre a produção de CH4, cujo potencial de provocar o aquecimento global é 25 vezes maior do que o gás carbônico. Uma estratégia nutricional para a mitigação de GEE é fornecer boa alimentação para o gado. Essa ação reduz a produção de CH4 no rúmen e promove a melhoria geral dos índices zootécnicos, elevando a taxa de lactação e, consequentemente, emitindo menos metano/kg de leite produzido. Segundo o IPCC, o setor agrícola é responsável por 13,5% das emissões anuais de CO2eq (gás carbônico equivalente, que reúne, num só índice, todos os gases de efeito estufa de forma proporcional). Entre as atividades agrícolas, a pecuária é uma das maiores emissoras de CO2eq. Isso pode ser revertido. Praticada de forma sustentável, a pecuária deixa de ser emissora de carbono para se tornar fonte de redução de GEE. Entre as medidas preconizadas pela Embrapa para que isso ocorra estão as seguintes: a) recuperar e manejar corretamente as pastagens (o pasto é barato e determina menor uso de grãos na dieta, e do ponto de vista ambiental acumula matéria orgânica no solo, sequestrando carbono); b) integrar lavoura, pecuária, florestas - ILPF (sistemas integrados de produção possuem capacidade de sequestrar carbono e expandir a produção agrícola nacional sem abrir novas áreas); c) melhorar a genética animal (esse fator de aumento da produtividade mitiga índices de emissão). A conclusão da Embrapa neste Projeto, que envolve dezenas de parceiros nacionais e internacionais, incluindo institutos de pesquisa, agências governamentais, universidades, além da indústria do leite, é que no sistema boi/pasto bem manejado, não há emissão de gases de efeito estufa; há retirada. Fonte: Embrapa RTRS IMPLEMENTA PRIMEIRO PADRÃO MUNDIAL DE DESMATAMENTO ZERO PARA A PRODUÇÃO DE SOJA Na atualização do Padrão de Produção de Soja (versão 3.0), a Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS) elaborou o primeiro padrão

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de certificação multissetorial para desmatamento zero do mundo. O padrão contribui para melhorar a entrega de soja sustentável em toda a Europa. O Padrão de Produção RTRS 3.0 é o único esquema de certificação multissetorial que garante zero desmatamento na produção de soja responsável. Isto significa que não está autorizada nenhuma conversão em terra natural, ladeiras íngremes e áreas designadas pela lei para a conservação nativa e/ou proteção cultural e social. Pela primeira vez, os produtores poderão demonstrar que suas operações não tiveram nenhum impacto nas florestas nativas, zonas úmidas ou ribanceiras mediante uma avaliação controlada por um organismo de certificação credenciado. Além disso, o novo padrão foi encaminhado ao International Trade Center (ITC), e incluído em seu mapa de padrões com mais 210 esquemas. A RTRS é líder em requisitos de critérios ambientais e sociais (direitos humanos e comunidade local) do centro ITC. Este mapa é um importante instrumento de pesquisa mundial na área de esquemas de sustentabilidade comparativos e de benchmarking. No contexto do objetivo global, segundo especificado na Declaração de Nova York sobre Florestas e na resolução do Consumer Goods Forum, para se conseguir ter cadeias de fornecimento livres de desmatamento, a RTRS tem o único padrão multissetorial de soja que garante o desmatamento zero. Além disso, os produtores de soja que cumprirem o Padrão de Produção RTRS 3.0 deverão fazer outros aprimoramentos correspondentes. A RTRS determina importantes requisitos sociais mediante critérios claros sobre direitos humanos e trabalhistas, a abolição de todo tipo de discriminação e trabalho forçado, bem como requisitos sobre relações com as comunidades locais e as comunidades indígenas e seus direitos. O padrão RTRS é um instrumento importante para estimular o aumento da lucratividade e a expansão dos negócios agrícolas, garantindo que as exportações de soja de qualidade aumentem de forma exponencial em um mercado internacional exigente. Em 2016, a produção certificada RTRS aumentou em 29% (comparado com 2015). A participação da indústria é muito importante na hora de encorajar o compromisso público de eliminar o desmatamento das cadeias de fornecimento de commodities importantes como a soja. O ano 2017 é um momento essencial para o setor da soja. As organizações europeias FEFAC, IDH, FEDIOL e duas organizações brasileiras de grande relevância, Aprosoja e ABIOVE, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para

estimular a produção de soja responsável no Brasil. Isto faz parte da aspiração dos mercados para alcançar uma melhoria contínua. Como ficou demonstrado em pesquisas recentes, é possível que haja suficiente espaço desmatado disponível para, no mínimo, dobrar a produção de soja no Brasil sem ter a necessidade de abater uma única árvore ou arbusto. A RTRS assegura que a jornada para alcançar soja 100% responsável na Europa e no mundo inteiro envolve todas as partes da cadeia de valor da soja que compartilham o mesmo objetivo. Para consultar o mapa de padrões do ITC, clique em http://www.standardsmap.org/ Fonte: Agrolink

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS Condições registradas Finalmente as chuvas retornaram ao RS. A partir do dia 1º de agosto até as 09 horas de hoje, quinta-feira, todos os municípios registraram precipitações com bons volumes acumulados após longo período sem chuvas que, em algumas áreas, ultrapassaram 30 dias, fato esse fora da normalidade para esta época do ano. A quantidade variou entre 26 mm no Norte Mato Queimado e 79 mm na Campanha, registrada basicamente entre os dias 02 e 03. Nos demais dias tivemos sol e tempo seco. As temperaturas seguiram um pouco elevadas durante o dia, variando entre 24 a 27ºC; à noite, temperaturas mais amenas, ao redor de 15ºC. Já em relação à umidade do ar, na maioria dos dias esta ficou abaixo de 50% nas horas mais quentes. Essa chuva amenizou o problema de falta de umidade no solo de forma parcial, possibilitando aos produtores retomarem os trabalhos de adubação nitrogenada em cobertura nas lavouras e pastagens de inverno; as precipitações também melhoraram o crescimento vegetativo das culturas em desenvolvimento e o rebrote das pastagens, além de proporcionar os trabalhos de cultivos em hortas e no preparo do solo e plantio do milho do cedo. Porém, de maneira geral, os volumes dos reservatórios d’água, arroios e sangas não se alteraram, continuando abaixo dos níveis considerados normais para esta época do ano.

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Precipitação acumulada até as 09 h de quinta-feira (10/8/2017) em algumas regiões da Emater/RS

Região Volume (mm 3) Bagé 79 Caxias do Sul 38 Erechim 28 Lajeado 36 Ijuí 25 Passo Fundo 36 Santa Maria 53 Santa Rosa 31 Fonte: INMET Elaboração: GPL/NIA Previsão para os próximos dias A partir da noite desta quinta feira (10/08) a chuva retorna atingindo o sudoeste do estado. No sábado, esta ganha força devido a uma área de baixa pressão atmosférica que provoca chuva intensa e volumosa, com possibilidade de queda de granizo e fortes rajadas de vento na maior parte do Rio Grande do Sul. Mesmo sendo passageira, poderá causar problemas. As áreas com maiores precipitações serão registradas nas proximidades da fronteira com o Uruguai. De sábado para o domingo as chuvas começam a atingir as demais áreas do RS. No domingo, a influência de uma região de alta pressão atmosférica no oceano, que fornece umidade do mar, mantém as condições para a continuidade das chuvas. Estas ganham força novamente e não estão descartados problemas devido aos elevados volumes acumulados durante o período. As temperaturas máximas caem à tarde como consequência da umidade e o excesso de chuva. Volumes previstos até as 09 h do dia 17/08, quinta-feira:

Região Volume (mm 3) Bagé 47 Caxias do Sul 37 Erechim 65 Lajeado 33 Ijuí 108 Passo Fundo 50 Santa Maria 75 Santa Rosa 78 Fonte: INMET Elaboração: GPL/NIA

GRÃOS

Grãos de Verão Milho – O plantio das lavouras do cedo no RS já iniciou e se intensificou durante a última semana após as recentes chuvas. Na região do Esreg Santa Rosa, por exemplo, já atinge 18% da área prevista de 140 mil hectares da área de milho destinado à colheita de grão (englobando a primeira e a safrinha), com uma expectativa de produtividade ao redor dos seis mil kg/ha. Tal estimativa preliminar é válida apenas para esta região. Normalmente nesta época do ano, uma grande quantidade de lavouras a ser implantada com milho já estaria semeada, mas com a falta de umidade do solo em julho, o plantio atrasou. Também em andamento o preparo do solo com dessecação das áreas e/ou subsolagem e gradagem para o plantio após a próxima chuva. Apesar da tendência de redução de área destinada para grão, ainda há demanda por projetos de custeio e interpretação das análises de solo; isso se deve ao alto custo da lavoura e ao baixo preço praticado no mercado, desestimulando os produtores a investirem nesta cultura. Produtores insatisfeitos com os preços recebidos, na faixa de R$ 20,30 a saca de 60 kg. Grãos de Inverno Trigo – A área semeada com trigo no Estado se encontra com 95% das lavouras em desenvolvimento vegetativo (parte em emborrachamento) e 5% em floração. No geral o aspecto das lavouras não é bom, mas melhorou com a chuva ocorrida recentemente, o que possibilitou um melhor crescimento vegetativo e também viabilizou os trabalhos de adubação nitrogenada em cobertura, que estava atrasada. Em termos sanitários as lavouras estão com bom aspecto, sem presença significativa de doenças e pragas. Entretanto, as lavouras deverão ter redução de produtividade em relação à expectativa inicial, devido ao longo período sem chuvas mais abundantes durante o perfilhamento e emborrachamento das plantas. Algumas regiões, como Fronteira Noroeste e Missões, estimam diminuição entre 5% e 15%, respectivamente.

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Porém, neste momento, estes percentuais deverão ser melhor apurados no período da plena floração e espigamento das lavouras, daqui há cerca de vinte dias. A pouca comercialização de trigo só vem ocorrendo para troca de insumos para as lavouras de verão, ao preço médio de R$ 32,32 pra a saca de 60 kg. Canola – Da área semeada nesta safra (52,5 mil ha) aproximadamente 28% ainda estão em desenvolvimento vegetativo uma vez que foi plantado no final do período recomendado, ao passo que 47% estão em floração e 25% já se encontram em enchimento do grão, que são as lavouras plantadas mais cedo. Em termos gerais a produtividade da cultura está comprometida em decorrência das geadas ocorridas no início de julho e pela falta de chuva regular por um longo período (55 dias, em alguns casos). Com as recentes precipitações, parte das lavouras do tarde poderão se beneficiar. Dependendo da região produtora, estimativas preliminares preveem aproximadamente 20% de diminuição em relação à produtividade esperada de 1.500 kg/ha. Uma melhor avaliação deverá ser realizada no decorrer de agosto, pois há diversas solicitações de Proagro em todas as regiões produtoras. Aveia branca – Outra cultura de inverno que tem lavouras em floração e formação de grãos com aspecto geral considerado ruim, inclusive com incidência de doenças foliares, além de espigas pequenas e grãos chochos devido ao longo período com baixa umidade do solo no período de final de junho e todo mês de julho. A expectativa de produtividade terá redução de 20% a 30% sobre a inicial, dependendo da região, necessitando ainda de avaliação final das equipes municipais. Há solicitação de Proagro de algumas lavouras devido à péssima expectativa de produção.

HORTIGRANJEIROS Olerícolas A chuva da semana foi benéfica para os cultivos das hortas, e as temperaturas beneficiaram o desenvolvimento das hortaliças; ainda assim, é necessário continuar a irrigação para suprir o déficit hídrico.

O cultivo hidropônico e semi-hidropônico em ambientes protegidos tem mantido a oferta de produtos, porém em volumes menores e com preços mais elevados. A chuva registrada na semana proporcionou um aumento na venda de mudas, e as hortaliças voltaram a ter um desenvolvimento normal. Já estão em colheita o rabanete, a cenoura, couve, couve-flor e alface nas hortas domésticas. Os danos causados pelas geadas da semana retrasada atingiram folhosas e boa parte das áreas plantadas de chuchu, completamente inviabilizadas. Observa-se, também, aumento na oferta de mudas das culturas de verão (tomate, pimentão e pepino), embora haja receio de formação de geadas fora de época. Alho – Semana com bom índice de precipitações, retorno de temperaturas baixas e dias ensolarados, condições climáticas essas bastante benéficas para a emergência das últimas lavouras plantadas e para o desenvolvimento vegetativo das demais áreas. Plantas com boa sanidade, crescimento e uniformidade, afora algumas lavouras em que houve deficiência hídrica no plantio/emergência, predispondo os bulbilhos à incidência de fitopatias típicas. Momento de adubação nitrogenada de cobertura nas lavouras com variedades precoces. Nas outras, a principal prática cultural é o controle químico de plantas espontâneas. A perspectiva que havia no incremento no cultivo da olerícola na região realmente se confirmou, atingindo 12% na área cultivada, perfazendo um total de 1.700 ha na região da Serra. Frutícolas Maçã – O retorno das chuvas e, principalmente, de baixas temperaturas, em muito beneficiou os macieirais e abrandou os ânimos dos maleicultores. Na Serra segue forte a prática cultural da poda seca, que tem cerca de 80% da área podada; essa prática foi realizada junto com uma ação que se tornou indispensável: a pintura de cortes, além da retirada de ramos contaminados e eliminação (queima) de restos de poda. Tais práticas têm por objetivo frear o avanço da incidência do cancro europeu, fitomoléstia altamente contagiosa e destrutiva, tornando-se, em poucos anos de ocorrência, o principal desafio no cultivo da cultura. Durante a semana foram aplicados tratamentos com calda sulfocálcica para

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reduzir a presença de pragas e incidência de fitomoléstias nas fases vegetativas e reprodutivas. As fortes geadas ocorridas no Leste europeu – principalmente na Polônia, um dos maiores produtores mundiais da fruta – no período de florescimento e pegamento das frutas, podem ter afetado seriamente a produção naquela região. se confirmado, certamente influenciará as cotações no mercado internacional da maçã. Na região de abrangência do Esreg de Ijuí, a cultura do pêssego encontra-se em final de floração com formação inicial de frutos. Produtores realizam a poda em atraso na maioria dos pomares. Videiras em dormência, embora produtores estejam realizando a poda para antecipar a produção. Citros apresentam queda de folhas devido às fortes geadas ocorridas entre os dias 18 e 21 de julho. Início da floração em algumas culturas. Cultura do morangueiro apresenta boa produção, com baixa incidência de doenças devido ao clima seco. Na região de Santa Rosa , está ocorrendo o florescimento do pêssego e da pera. A oferta de laranjas da variedade Valência é boa, sendo que no momento após a geada se observa bastante queda dos frutos; além disso, as árvores também estão com as folhas superiores queimadas. O moranguinho teve problema com a forte geada, mas já se recuperam e os produtores iniciam a colheita dos primeiros frutos. A produção de morango em sistema semi-hidropônico está em franca expansão. Muitos municípios estão fazendo encomenda e entrega de mudas frutíferas para o plantio nos próximos dias. Também vem ocorrendo a elaboração de calda sulfocálcica para os tratamentos de inverno nas frutíferas.

OUTRAS CULTURAS Alfafa – Após o retorno das chuvas espera-se que a cultura volte a se desenvolver. Neste momento, produtores estão realizando semeadura em novas pequenas áreas e adubações nas áreas remanescentes da cultura, buscando a recuperação das mesmas. Os produtores relatam melhora nos preços pagos pela cultura; porém estão apreensivos com o baixo rendimento por corte que a cultura vem apresentando, sendo o mesmo abaixo do esperado para o período. A média dos últimos

anos neste período fica em 800 kg/ha e este ano não chega a 200 kg/ha. O valor de comercialização do feno está estabilizado na casa de R$ 1,00 para os estoques armazenados dos cortes realizados no verão. Cana-de-açúcar – As áreas de cana-de-açúcar estão em fase de maturação. As geadas fortes causaram vários estragos nas lavouras, tanto em áreas com cana em pé, como em áreas de rebrote de cana já industrializada. Conforme levantamento parcial realizado no Noroeste do Estado, estima-se uma perda de 25% até o momento, principalmente por morte das plantas pela geada. Estas perdas tendem a aumentar com o passar dos dias, principalmente devido à redução do Brix (teor de açúcar) e à qualidade na fermentação para produção do álcool. Os estragos ainda não podem ser calculados em seu total; no entanto, ocorreu morte da brotação nova, desponte da cana em pé e até morte da cana em pé. As lavouras com maior perda são as de estádio tardio, nas quais ainda havia maior circulação de seiva, sendo que em várias lavouras ocorreu a morte das plantas. Levantamentos preliminares da indústria estão prevendo perdas de até 50% nas áreas de abrangência da Coopercana. Atualmente o rendimento de álcool por tonelada de cana está em torno de 63 litros por tonelada, aproximadamente 10% abaixo do esperado para esta época. A colheita da cana está em andamento nas agroindústrias de melado, açúcar e cachaça. Os preços de venda da cana na região são os seguintes: cana-de-açúcar em pé R$ 100,00/t; cana-de-açúcar cortada com palha R$ 130,00; cana-de-açúcar cortada, limpa e carregada, de R$ 170,00 a R$ 185,00/t. SILVICULTURA Acácia-negra – Na região das Hortênsias , a acácia-negra tem grande importância econômica e social em muitas pequenas propriedades rurais. A terceirização dos serviços de colheita vem diminuindo, ano a ano, a lucratividade da atividade para o produtor. As tendências indicam que o mercado está melhorando, em ritmo lento, e tanto os preços como a área de plantio tendem a subir devido à baixa oferta de madeira da espécie, tendo em vista a redução na área de plantio nos últimos anos.

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O consumo da acácia-negra abrange basicamente o mercado de energia para consumo doméstico, aquecimento de caldeiras (indústrias), lareiras, olarias, fornos de restaurantes, padarias e pizzarias, entre outras formas de consumo. Verifica-se um leve incremento nas ações de corte, beneficiamento e comercialização, mas abaixo do esperado pelos produtores. Os preços da lenha também não reagiram, mantendo-se nos mesmos níveis de anos anteriores; a expectativa de novos plantios é baixa. Sem maiores alterações com relação ao mês anterior. Preços praticados Lenha empilhada: R$ 50,00 – R$ 60,00/mst Lenha entregue ao consumidor: R$ 80 – R$ 100/mst Lenha picada ao consumidor: R$ 120 – R$ 130 /mst Toletes: R$ 130,00/mst Casca: R$ 200 -R$ 260,00/t Pinhão – A colheita da safra 2017 de pinhão se encaminha para o final; o pouco que ainda está sendo colhido é de espécies tardias, entre elas o cajuvá. Grande parte do pinhão disponível para comercialização encontra-se armazenado em câmaras frias. A safra atual apresentou boa qualidade e produtividade acima da safra passada. Observaram-se pinhas de bom tamanho com o peso variando entre dois a três quilos em média. O extrativismo do pinhão representa importante fonte de renda para um expressivo número de famílias, além de ser um produto tradicional e alimento característico para a população na região serrana. A cadeia extrativa do pinhão é bastante simples, havendo poucas ações de beneficiamento, industrialização e conservação do produto, o que restringe em muito o período e os volumes vendidos. Parte do pinhão é comercializada na forma in natura, em alguns casos as sementes são comercializadas cozidas nas vias de acesso às cidades produtoras, ou então minimamente processadas, na forma de pinhão moído ou de paçoca. Quantidades maiores da produção ainda são comercializadas através de intermediários, que levam o produto para os centros de distribuição, como Ceasa Porto Alegre e a de Caxias do Sul, e também para outros estados.

Preços praticados R$ 3,50 – R$ 5,00/kg para extrativista/produtor R$ 3,66/kg no Ceasa Serra R$ 4,80 – R$ 9,80/kg em supermercados e fruteiras da região. O processamento do pinhão agrega valor significativo ao produto, sendo a paçoca vendida ao preço médio de R$ 10,00 a R$ 15,00/kg. Pinus e Eucalipto – Em geral, os produtores florestais da região da Serra estão conseguindo pequeno aumento nos preços e no volume comercializado das toras grossas. As indústrias madeireiras que atuam no mercado regional têm priorizado a compra de toras com intervalo de diâmetro entre 18 - 25 cm, e acima de 25 cm, devido ao direcionamento das vendas do produto beneficiado. Com relação à cultura do Pinus, em se tratando de madeira fina, os reflorestadores continuam tendo muita dificuldade de colocar o produto no mercado, o que tem gerado problemas de manejo das áreas de plantio, devido ao preço elevado das operações de desrama e desbaste. De maneira geral, na região, o material resultante de primeiro desbaste em plantios situados a distâncias maiores que 170 km da indústria tem sido deixado na floresta. Esse manejo é fundamental para controle da principal praga da cultura do pinus na região: a vespa-da-madeira. Hoje os compradores têm usado a madeira da região para produção de paletes, estaquetas para exportação, fábricas de laminados e MDF, usos na construção civil, forros e assoalhos. Na cultura do pinus, verifica-se a realização de alguns tratos culturais, em especial a desrama e o desbaste, nos plantios já bem formados; nos mais novos, a roçada e o controle de formigas. Apesar de se verificar a incidência da vespa-da-madeira em plantios na região, se observam ações de controle da praga em pequeno número de áreas. Na cultura do eucalipto as práticas culturais se resumem ao controle de formigas e roçadas nos plantios mais jovens. Atualmente, se verifica uma preferência de plantio de eucalipto, comparativamente à cultura do pinus, face ao seu múltiplo uso: lenha, varas, palanques, postes (para aviários, estufas, construções rurais, viticultura), toras, madeira serrada, madeira para construção de moradias, carvão, entre outros. No entanto, se observa pouca movimentação voltada para a implantação de novas áreas. A legislação restritiva é, dentre outros, um dos fatores para o pouco entusiasmo dos silvicultores

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para ampliação da atividade. Entre as práticas em andamento estão o corte de árvores destinadas à fabricação de moirões para uso nas propriedades, corte para lenha e manutenção de cercas. Comercialização sem maiores alterações em relação ao mês anterior. Preços praticados Pinus em tora 8-15 cm de diâmetro, R$ 25,00 a R$ 30,00/t carregada 16-22 cm de diâmetro, R$ 42,00 a R$ 50,00/t carregada 23-33 cm de diâmetro, R$ 80,00 a R$ 90,00/t carregada 33-40 cm de diâmetro, R$ 135,00/ t carregada Acima de 40 cm de diâmetro: de R$ 170,00 a R$ 190,00/t carregada Madeira serrada de pinus - madeira larga (acima de 20 cm): R$ 450,00 a R$ 480,00/m³ Pinus tora em pé 15 – 25 cm de diâmetro: R$ 20,00/t 20-30 cm de diâmetro: R$ 60,00 a R$ 70,00/ t 30-40 cm de diâmetro: R$ 100,00 t Acima de 40 cm de diâmetro: R$ 150,00/ t Pinus: material de primeiro desbaste entregue em Glorinha: R$ 69,00/t Eucalipto Lenha: R$ 45,00 a R$ 60,00/mst empilhado Lenha picada: R$ 140,00/mst Toletes/vara para construção: R$ 0,80 a R$ 1,00/m linear Tora acima de 25 cm: R$110,00/t carregada Tora acima de 40 cm: R$ 140,00/t carregada

CRIAÇÕES Bovinocultura de Corte – A chegada da chuva, que recuperou os níveis de umidade do solo, as temperaturas mais amenas e os dias ensolarados, possibilitaram a aplicação de fertilizantes e ureia para acelerar o rebrote de pastagens e ampliar a capacidade de suporte de alimentos para o rebanho bovino. Alguns produtores vêm utilizando o sal proteinado em áreas de campo nativo que ainda têm volume de forragem mais fibrosa, principalmente ofertando para as categorias de vacas prenhes, vaquilhonas e terneiras.

As pastagens anuais de inverno, que estão em desenvolvimento vegetativo, especialmente a aveia, foram prejudicadas pela ação de fortes geadas, sucedidas de uma estiagem, que afetou negativamente o desenvolvimento e produção de massa verde. Vários produtores realizaram sobressemeadura no campo nativo com azevém, aveia preta e cornichão. Alguns produtores têm complementado a alimentação dos animais com silagem de milho e ração. A fase predominante é a gestação. Há poucos nascimentos de terneiros. O estado nutricional é razoável para o período e o estado sanitário do gado de maneira em geral é bom. Comercialização Período de engorda animal; porém com a redução da oferta de pasto em virtude das últimas geadas e da escassez de umidade, provavelmente os animais não atingirão o peso final esperado. Na região de Pelotas, começam as movimentações de gado gordo das restevas de soja, fazendo com que o preço caia, como constatado no município de Pinheiro Machado, em que as últimas feiras de animais de recria tiveram poucas vendas e preços baixos. Na região de Porto Alegre, os abatedouros municipais (com Serviço de Inspeção Municipal) continuam fechados, e isto continua prejudicando a comercialização de pequenos lotes ou animais individuais para abate. O preço dos animais para recria e terminação está muito baixo e a tendência é que continue assim, pelos menos até o final do inverno. O preço do terneiro é considerado baixo pelos produtores, que têm encontrado dificuldade de comercialização. Na região de Santa Rosa, compradores continuam retraídos. Alguns até ofertam preços bem abaixo do mercado, na tentativa de tirar proveito da situação atual. Dentro deste cenário de incerteza, constatamos o abate de fêmeas (novilhas); no futuro isso deve impactar na produção e produtividade do rebanho. Quanto à comercialização de boi gordo, embora menos pressionado, o mercado continua não apresentando sinais de reação; entretanto com boa oferta de animais terminados, o cenário é desfavorável para o produtor. No curto prazo, fica a expectativa para o início de mês, quando normalmente a procura no varejo tende a ser

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maior. Já para o gado de invernar, há grande oferta e os negócios estão lentos. Os produtores de terneiros estão encontrando dificuldade de comercializar seus animais. Na região de Soledade, a procura pelo boi gordo está crescendo, mas com o preço abaixo do esperado pelo produtor. Conforme levantamento do relatório de preços semanais recebidos pelos produtores (nº 1981 – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater/RS-Ascar), no período de 07 a 10/8/2017 o preço do boi para abate tem variado entre R$ 4,40 e R$ 5,20/kg vivo. O preço médio fica em torno de R$ 4,79, o que representa uma queda de menos 1,84% no preço do kg vivo do boi pronto para o abate. O preço da vaca para abate tem variado entre R$ 3,90 e R$ 4,50/kg vivo. O preço médio fica em torno de R$ 4,21, o que representa uma queda de menos 1,41% em relação à semana anterior. Preços para comercialização (R$/kg vivo) Município Boi gordo Vaca gorda Alegrete 4,80 4,00 Bagé 4,85 4,25 Bom Jesus 5,00 4,30 Cachoeira do Sul 4,80 4,15 Canguçu 4,70 4,40 Encruzilhada do Sul 4,60 4,20 Frederico Westphalen 5,00 4,50 Jaguarão 4,70 4,20 Júlio de Castilhos 4,70 4,20 Lagoa Vermelha 5,20 4,10 Palmeira das Missões 4,80 4,00 Pelotas 4,95 4,40 Santa Maria 4,40 3,90 Santa Vitória do Palmar 4,80 4,50 Santo Antônio da Patrulha 5,00 4,20 Santo Antônio das Missões 4,75 4,00 São Borja 4,80 4,50 São Gabriel 4,70 4,20 Uruguaiana 4,50 4,00 Média 4,79 4,21 Mínimo 4,40 3,90 Máximo 5,20 4,50 Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos produtores no período de 07/08/2017 a 11/08/2017 – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar.

Bovinocultura de Leite – A falta de umidade que havia até esta semana, afetou o desenvolvimento das pastagens e consequentemente tem diminuído a oferta de pasto aos animais. Porém a chuva leve que ocorreu no Estado (de 20 a 30 mm, dependendo da região) foi extremamente favorável

ao desenvolvimento das pastagens de inverno, principalmente o azevém que está em fase vegetativa. com a adubação nitrogenada. As pastagens de aveia também foram favorecidas, mas estas já começam a perder qualidade (a maioria das áreas está em fase de pré-floração). Como as áreas de campo e pastagens não apresentam capacidade de suporte aos animais, continua a oferta de grandes quantidades de silagens, fenos e ração para a manutenção e produção das vacas em lactação; no entanto, muitas vezes não há retorno em produção, devido à falta de balanceamento entre energia e proteína na dieta dos rebanhos. A produção de forragem conservada, especialmente a silagem de milho, foi elevada no verão; por esta razão os produtores de leite têm empregado grande quantidade na alimentação dos rebanhos, em virtude da baixa oferta de forragem. Esse cenário de baixa oferta forrageira tem estimulado o aumento na área de integração lavoura e pecuária - ILP, uma vez que as áreas onde há culturas de cobertura de solo têm sido utilizadas para suprir a demanda de forragem de alguns rebanhos, com pastoreio ou com conservação de forragem. Na região de Erechim, as chuvas retornaram e as temperaturas baixaram, fazendo com que as condições climáticas continuem ruins para a produção de leite, principalmente em função do déficit hídrico prolongado e do início de recuperação das pastagens de inverno, após as chuvas. Este cenário exige maior suplementação com silagem e ração, e por consequência os custos de produção aumentam, tendo como contrapartida a tendência de baixa do preço do leite. Na região do Baixo Vale do Rio Pardo , pastagens de verão como tifton, jiggs e panicuns antecipam a brotação por conta das condições climáticas e do incremento de umidade no solo pela chuva da semana, reforçando a alimentação do rebanho leiteiro. Os índices produtivos estão apresentando tendência de pequena melhora devido a condições mais favoráveis da temperatura e luminosidade para as pastagens em recuperação e também em função da entrada de algumas vacas em lactação, o que vai se intensificando até a primavera. De forma geral, as condições sanitárias são satisfatórias.

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Preços do litro de leite em alguns municípios do Estado Município R$ Aceguá 1,17 Alegrete 1,15 Antônio Prado 1,10 Bagé 1,05 Canguçu 1,10 Carlos Barbosa 1,30 Chapada 1,26 Dr. Maurício Cardoso 1,36 Encruzilhada do Sul 1,18 Erechim 1,08 Frederico Westphalen 1,20 Ibiraiaras 1,07 Júlio de Castilhos 1,09 Lagoa Vermelha 1,18 Marau 1,16 Palmeira das Missões 1,21 Passo Fundo 1,15 Pelotas 1,02 Rio Grande 0,89 Santa Maria 1,01 Santa Rosa 1,17 Santo Augusto 1,35 Santo Cristo 1,13 São Lourenço do Sul 1,13 Teutônia 1,15 Tupanciretã 1,15 Venâncio Aires 1,00 Média 1,14 Mínimo 0,89 Máximo 1,36 Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos produtores no período de 07/08/2017 a 11/07/2017 – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar.

Ovinocultura – Com a volta da chuva na última semana, as pastagens cultivadas de inverno (aveia e azevém) estão se recuperando, mas a oferta continua baixa devido à pressão de pastejo. A alimentação do rebanho ovino com volumoso está se dando nos campos nativos, que começam a se recuperar devido a chuvas, boa insolação e temperaturas amenas. Por conta da melhora da oferta de volumoso, o rebanho ganha peso e os cordeiros em amamentação também são favorecidos com maior produção de leite das matrizes. Nas fêmeas em gestação, ocorrem trabalhos de limpeza de úbere, olhos e entrepernas. Neste período, estamos na fase final do nascimento de cordeiros nas propriedades, e os ventres estão sendo colocados nos melhores potreiros. Produtores realizam cuidados especiais com os rebanhos em produção, com a revisão diária dos que se encontram em pleno período de parição. Tais cuidados se devem principalmente para evitar

mortalidade nos cordeiros recém-nascidos, com atenção especial para os dias de chuva, pois houve registros de morte de cordeiros por inanição/frio em regiões onde o clima desfavorável atinge os rebanhos. Também há relatos de ataque de javalis, zorros, caranchos e outros predadores. Na região de Pelotas , nascimento de cordeiros com ótima sobrevivência; em ovelhas mesmo em campo nativo com bom úbere, há vários relatos de partos gemelares. Alguns produtores já realizam a assinalação de cordeiros. O rebanho ovino apresenta boas condições, sendo que boa parte se encontra em final de gestação com bom estado corporal. Os produtores realizam cuidados especiais no controle das miíases, hemoncoses. Nos casos de propriedades onde há problemas com a verminose, o controle se dá com o método Famacha, que consiste na observação da mucosa ocular e análise do hematócrito. Também realizam o uso adequado de princípios ativos de vermífugos, através do exame de OPGs – ovos por grama de fezes - realizados pelos laboratórios parceiros. É época dos banhos para controle obrigatório da sarna ovina e piolho, que devem ser informados às inspetorias sanitárias dos municípios. Comercialização Conforme levantamento do relatório de preços semanais recebidos pelos produtores (nº 1981 – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater/RS-Ascar), no período de 07 a 11/8/2017, o preço do cordeiro para abate variou entre R$ 5,00 e R$ 6,50/kg vivo. O preço médio fica em torno de R$ 5,78/kg vivo. Procura de cordeiros e comercialização de ovelhas de descarte com preço baixo e pouca oferta. Mercado de lã estagnado; a indústria tem preço bom para lãs finas e baixos para as médias e grossas; há pouca comercialização, normal para a época do ano. Preços na região de Pelotas (kg vivo) Produto Mínimo – R$/kg Máximo – R$/kg Ovelha 5,20 6,00 Cordeiro 6,00 7,10 Capão 5,20 6,30 Lã Merina 15,00 17,00 Lã Ideal (Prima A) 13,00 15,00 Lã Corriedale (Cruza um) 7,00 8,00 Lã Corriedale (Cruza dois) 5,50 6,00 Fonte: Escritório regional da Emater/RS de Pelotas

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Preços para cordeiros (kg vivo) Município R$ Alegrete 6,15 Bagé 5,25 Dom Pedrito 5,76 Encruzilhada do Sul 6,00 Jaguarão 6,50 Júlio de Castilhos 5,00 Santana do Livramento 5,80 Santo Antônio das Missões 6,00 São Borja 5,50 São Gabriel 5,80 Uruguaiana 5,80 Médio 5,78 Mínimo 5,00 Máximo 6,50 Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos produtores no período 07/08/2017 a 11/08/2017 – Núcleo de Informação e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar.

Piscicultura – Na semana anterior, as condições ambientais foram ruins para a atividade, por conta da queda da temperatura da água. Piscicultores aguardam as condições ambientais melhorarem para voltar a alimentar os peixes e adubar os açudes. Estas práticas foram suspensas, visando evitar o acúmulo de alimento no fundo do açude. Neste período a oferta natural de alimento no açude supre a demanda dos peixes e é mais prudente não alimentar. Período de entressafra na atividade, em virtude das quedas de temperaturas. Nesse período recomenda-se a redução da oferta de alimento concentrado, para evitar transtornos alimentares e por consequência a morte de peixes. O piscicultor deve aproveitar esse período do ano para adubar e corrigir a qualidade da água para o próximo ciclo de crescimento. Em virtude dos frios mais intensos do último mês, observa-se maior ocorrência de ictio nos peixes. Pesca artesanal Região de Pelotas - Na Lagoa Mirim a safra de pesca está em andamento e há captura de espécies como Viola (comercializado a R$ 3,00/kg), Cascudo (comercializado a R$ 2,00/kg), e Trairão (comercializado a R$ 5,50/kg). Já em Santa Vitória do Palmar, os pescadores do município vêm destacando a forte escassez de peixes nas lagoas. Segundo os pescadores, a safra ainda é de pouca oferta de pescado impactando negativamente na renda do pescador.

Região do Litoral Norte - Os pescadores artesanais de cabo estão pescando, mas a produção é muito baixa devido à temperatura da água do mar estar elevada neste período de outono. Preço do pescado comercializado no município de Torres

Produto R$/kg Abrótea (filé) 12,00 Anchova 12,50 Bagre (filé) 10,00 Corvina 11,00 Linguado (filé) 24,80 Pampo 9,00 Papa-terra 11,80 Peixe-anjo (filé) 13,50 Peixe-rei 10,00 Pescada (filé) 13,30 Sardinha 9,00 Tainha 11,80 Tilápia (eviscerada) 12,00 Tilápia (filé) 20,00 Tilápia (viva) 10,00 Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre

Apicultura – Região de Bagé - As temperaturas médias mais elevadas em pleno julho estão antecipando em um mês os trabalhos de manutenção das colmeias, organização dos favos e dos ninhos para a postura da rainha. A floração também foi antecipada nos bosques de eucalipto e nativas, aumentando a atividade dos enxames. Em Manoel Viana, os apicultores realizam apicultura migratória nas lavouras de nabo e canola. Região de Caxias do Sul - Os enxames apresentam bom estado nutricional e sanitário. Alguns apicultores mais tecnificados continuam o fornecimento de alimentação estimulante, visando às primeiras floradas de setembro. De uma maneira geral observa-se boa movimentação das abelhas campeiras na volta dos apiários, sinal de enxames populosos e oferta de forragem apícola, panorama atípico para esta época do ano. Outros produtores fornecem alimentação proteica aos enxames. Com o tempo bom da semana, alguns realizaram revisões e roçadas nos apiários. Região de Erechim - Durante a semana anterior, com as condições climáticas com chuvas e com temperaturas medias durante o dia e baixas durante a noite, se estabeleceram as condições razoáveis para a atividade, se considerarmos o

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período. Estão em floração neste momento principalmente o nabo forrageiro, a canola e algumas nativas de florescimento hibernal. Os apicultores que alimentam as colmeias estão fazendo uso da alimentação de estímulo à postura, uma vez que se aproxima o período de floração de primavera. Continua o manejo de inverno, e os apicultores estão iniciando as revisões de preparação para a produção, com as seguintes práticas: troca de favos velhos e retirada de alimentadores do tipo cocho ou sobretampa nas colmeias mais fortes. A maioria dos enxames se encontram com bom movimento de abelhas e boa população. Os apicultores possuem estoques de mel bem baixos e a procura é alta. Região de Passo Fundo - As principais floradas para esse período são espécies nativas (nabo, eucalipto e bracatinga). Região de Pelotas - Devido ao clima ameno e à antecipação de algumas floradas, os enxames estão em atividade. As temperaturas elevadas para época do ano estimulam a atividade da colmeia. As abelhas trabalham e recolhem néctar mantendo a postura da rainha e o enxame com alimento. Período para os apicultores realizarem o manejo de inverno, fazendo limpeza de favos velhos, alimentação das colmeias mais fracas. Apicultores realizam construção e reforma de caixas. Região de Porto Alegre, manejo das colmeias com pouca florada neste período para manutenção. Apicultores estão otimistas com colheitas de boa produtividade e produção de mel na ordem de 20 quilos por colmeia. O inverno ameno aliado à falta de água devido à seca reduz drasticamente as floradas na região; mesmo assim os agricultores acreditam que não será necessário alimentar artificialmente as colmeias no inverno, devido às temperaturas menos drásticas. Apreensivos, os apicultores aguardam a recuperação da cultura da canola para conseguirem uma colheita razoável neste período, mesmo que a produção sirva apenas para cobrir os custos da migração e manejos de inverno. Os apicultores seguem realizando a alimentação proteica com o bife (alimento pastoso à base de farelo de soja, mel e açúcar). Observa-se enxameações atípicas para o período. Região de Soledade – A semana de temperatura amena foi favorável à apicultura. O inverno atípico deste ano, tempo seco e ensolarado com

temperaturas predominantemente amenas é bastante favorável à apicultura, pois com essa condição de tempo a atividade dos enxames, mesmo no inverno, é significativa. Nessa época os apicultores fazem a alimentação dos enxames; os mais fracos ainda são tratados com alimento energético. Os enxames mais fortes ou mais populosos logo serão alimentados com alimento proteico visando o preparo do enxame para a época de produção (primavera). Comercialização A comercialização segue favorecida pela pouca oferta e grande procura. Os preços se mantêm estáveis. Preços no Estado (R$/kg)

Região A granel Embalado Bagé 8,80 a 12,00 25,00 Caxias do Sul 12,00 22,00 Erechim 15,00 22,00 Passo Fundo - 20,00 a 25,00 Pelotas 9,50 a 15,00 22,00 Porto Alegre 15,00 25,00 Santa Maria 9,00 25,00 Soledade 9,00 a 10,00 15,00 a 20,00 Fonte: Escritórios regionais da Emater/RS-Ascar.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTO RES

Produtos Unidade Semana Atual Semana

Anterior Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série Histórica – 2012/2016

10/08/2017 03/08/2017 13/07/2017 11/08/2016 GERAL AGOSTO

Arroz em Casca 50 kg 39,48 39,72 39,43 51,86 43,39 43,33

Feijão 60 kg 139,14 143,00 140,00 227,65 172,04 171,94

Milho 60 kg 22,34 22,29 22,27 47,26 32,66 32,98

Soja 60 kg 60,40 61,94 64,32 74,34 76,19 78,27

Trigo 60 kg 32,32 32,40 32,04 42,12 37,22 38,24

Boi para Abate kg vivo 4,79 4,88 4,99 5,41 5,00 5,09

Vaca para Abate kg vivo 4,21 4,27 4,36 4,88 4,49 4,60

Cordeiro para Abate kg vivo 5,78 5,82 5,69 5,77 5,34 5,41

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,20 3,20 3,20 3,40 3,72 3,55

Leite (valor líquido recebido) Litro 1,14 1,17 1,18 1,33 1,02 1,06

07/08-11/08 31/08-04/08 10/07-14/07 08/08-12/08 - -

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são preços corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2012-2016 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais corrigidos, da série histórica 2012-2016. Índice de correção: IGP-DI (FGV).