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Informação segmentada
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8/3/2019 Informao segmentada
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FACULDADE DA GRANDE FORTALEZA
JORNALISMO POLTICORONNIE TURRINI SENS
COMUNICAO DE MASSA E O SURGIMENTO DASMDIAS INTERATIVAS
Santos
2012
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A constante insero de novas tecnologias na vida das pessoas vem
alterando o olhar jornalstico sobre a comunicao. Se em meados dos anos
90, quando se iniciou o desenvolvimento de novas tecnologias de mdia, o
desenvolvimento tecnolgico era visto como um acontecimento paralelo, hoje o
uso destas tecnologias toma foco central nos estudos de comunicao.
To rapidamente novas tecnologias aparecem no mercado, elas
invadem as redaes jornalsticas. Com um cenrio to dinmico, o processo
de comunicao tambm modificou consideravelmente se comparado com
dcadas anteriores.
Profissionais de todo o mundo andam cheios de acessrios eletrnicos.
So celulares, iPhones, Smart Phones, Notebooks, Netbooks. Uma srie de
equipamentos que mantm as pessoas conectadas umas com as outras,
agilizando o trabalho e a vida pessoal.
No s os equipamentos, mas o que eles disponibilizam so atrativos
cada vez mais essenciais para a sociedade moderna. Redes sociais, mapas,
GPS, compartilhamento de arquivos ou editor de textos presentes nos
equipamentos aproximam as pessoas do trabalho, de casa e uma das outras.
Para muitos estudiosos esta transformao deve fazer com que as
mdias de massa entrem em declnio, fortalecendo as mdias interativas.
Comunicao de massa
Podemos definir comunicao, basicamente, como um processo o qual
um emissor transmite uma informao a um destinatrio. Apropriando-se deste
conceito que os meios de comunicao de massa se desenvolveram. No
entanto, este processo possibilitava uma participao mnima dos receptores,
pois o poder de transmisso de dados era exclusiva dos meios de
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comunicao. Ao receptor no lhe era vivel, questionar ou responder as
informaes transmitidas.
Sendo de mo nica, a informao partia dos meios, de forma ampla,
ao mais variado grupo de pessoas e grupos sociais ou culturais, definiu-se
assim a comunicao de massa. Os veculos comunicavam a uma vasta
multido, tratando-a como sendo uniforme, procurando divulgar informaes
que agradem ao maior nmero de pessoas possvel.
Para os estudiosos, por um lado, podemos ter acesso a informaes de
culturas diferentes e variados tipos de informaes, por outro, a cultura de
massa invade nossa vida e, sem percebemos, somos influenciados por ela.
Nossos desejos, vontades e raciocnio so influenciados pelas informaes
adquiridas por ns atravs dos meios de massa.
No Brasil, por exemplo, a enorme desigualdade social e a
concentrao de poder nas mos de poucas pessoas, aliada ao monoplio
comunicacional d ainda mais poder aos proprietrios de veculos de
comunicao.
Polticos donos de rdios, jornais e retransmissoras de televiso e
proprietrios dos grandes veculos do pas detm grande poder em suas mos,
e no lhes pondervel a mudana deste quadro.
Em um pas como o nosso, os veculos de comunicao de massa
podem agir com grande influncia sobre a populao esta, em grande parte,
alienada de informaes alternativas e at mesmo de seus direitos de
informao.
Por dcadas, os meios de comunicao convencionais (revista, jornal,
televiso, rdio e cinema) tiveram, e ainda tm, grande alcance na propagao
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de informaes e ideologias. So de grande poder de persuadir, moldar a
opinio pblica.
Com a chegada de novas tecnologias, os meios de comunicao foram
repensados, procurando no mais atingir uma multido, teoricamente, sem
poder de deciso. Aos poucos o foco foi mudando para alcanar um pblico
segmentado. Os veculos destinam sua programao a fim de comunicar a
grupo de pessoas com interesse comum e no mais a todas as pessoas como
se tivessem um nico interesse.
Comunicao interativa
Os novos meios de comunicao trouxeram uma nova forma de
comunicao. Diferentemente dos meios convencionais, as novas tecnologias
vm transformando o processo de comunicao. No entanto, apesar das
muitas teorias e estudos sobre as novas mdias, ainda no podemos encontrar
teorias precisas, ou objetivas, sobre o assunto. Ainda so imprecisas, por
exemplo, definies de webjornalismo ou TV interativa.
Agora, a comunicao no mais uma via de mo nica. O receptor,
cada vez mais, vem se transformando no prprio emissor. Por isso, as
informaes se dirigem menos s massas e mais aos indivduos, respeitando e
explorando as individualidades.
O papel do jornalista parece se diluir com a interveno das novas
tecnologias. As mltiplas fontes e a interatividade possvel na internet tornam
as informaes pblicas rapidamente. Ao leitor, acessar sites pessoais ou
redes sociais lhe do acesso a inmeras e variadas informaes que
dificilmente conseguiria atravs da mdia tradicional.
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O desenvolvimento dos meios de comunicao interativos est
possibilitando que os receptores, de certa forma, interfiram nas informaes
recebidas. Com a difuso de aparelhos que possibilitam a interatividade entre
as pessoas, a comunicao ganhou novos rumos, impulsionada pelos novos
aparelhos digitais.
No jornalismo realizado para a web, por exemplo, o texto exige uma
fluidez que possibilite o internauta ter acesso a diversas e diferentes fontes de
informaes a partir de um nico ponto. A partir de uma matria possvel
realizar diferentes leituras e obter diferentes informaes.
A estrutura de pirmide invertida da notcia passa a ser moldada de
forma horizontal dando ao receptor a possibilidade de navegar por diferentes
blocos de informaes conforme sua iniciativa.
Desafios da comunicao interativa
Apesar das constantes reformulaes miditicas e modelos de
comunicao, os desafios dos profissionais de comunicao em se adaptar aos
novos meios de comunicao ainda so grandes.
Dizer que os veculos de comunicao de massa sero substitudos,
inevitavelmente, pelos novos veculos interativos ainda no possvel. mais
consensual dizer que elas sero cada vez mais interdependentes.
O constante crescimento da concentrao populacional urbana um
forte indcio que apesar da luta para personalizar e individualizar os contedos,
os meios de comunicao de massa ainda devem ser os mais eficientes por
muito tempo para veicularem informaes de interesse geral.
Profissionais da publicidade ainda preferem anunciar nas mdias
convencionais. As empresas ainda lucram mais com publicidade nos meios
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convencionais que nas novas tecnologias. Embora, as receitas j no sejam
to abismais.
A maior dificuldade ainda alcanar famlias mais pobres. Pois acessar
a web exige equipamentos caros e servios (conta de internet, por exemplo)
que a populao mais desfavorecida no pode arcar.
Informao segmentada
A web no objetiva acabar com o meio de comunicao mais popular,
a televiso, mas aos poucos vem adquirindo novos adeptos e vislumbra, um
dia tomar a preferncia informacional. Isso no significa que os canais de
televiso esto com os dias contados.
A prpria televiso para sobreviver, tende a se dividir em convencional
e segmentada, sendo esta uma opo produo de baixa qualidade dos
canais convencionais. Um exemplo da baixa qualidade so os jornais
televisivos, criticados por jornalistas contemporneos, que chamam a ateno
para o modo superficial que os canais convencionais do s notcias. Com
baixo, ou nenhum, aprofundamento e generalizao das informaes. Os
canais segmentados seriam uma alternativa para os que procuram informaes
mais precisas e aprofundadas.
Vivemos hoje o incio da chamada convergncia das mdias. A Cultura
de massa vem sendo substituda, ou integrada, pela cibercultura, onde
informaes generalizadas devem ser substitudas pelas informaes
direcionadas, segmentadas, a fim de atrair um determinado tipo de pblico,
receptor. Convergncia no somente como fuso dos meios de comunicao
na web, mas de todos os meios de comunicao, produo e distribuio.
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Bibliografia
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