Além do responsive design: a mudança de paradigma do design adaptativo e os múltiplos dispositivos.
Inês Camacho Margarida Gaspar de Matos & Equipa do ... · O processo básico do desenvolvimento do...
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Inês Camacho
Margarida Gaspar de Matos
& Equipa do Projecto Aventura Social
Câmara Municipal do Montijo Centro Social de S. Pedro do Afonsoeiro Instituto da Droga e Toxicodependência
Aventura Social/Faculdade de Motr icidade Humana/Universidade Técnica de Lisboa ÍNDICE
AGRADECIMENTOS……………………………………………………………… 1
REVISÃO DA LITERATURA……………………………………………………... 2
METODOLOGIA…………………………………………………………………… 11 Sujeitos/Amostra………………………………………………………….. 11
Instrumentos……………………………………………………………… 12
Questionário dos Jovens……………………………………………. 12
Questionário dos Encarregados de Educação……………………….. 14
Questionário dos Professores………………………………………. 16
Procedimento ……………………………………………………………... 17
APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS………………………….. 18
Questionário dos Jovens……………………………………………………. 19
Questionário dos Encarregados de Educação………………………………. 42
Questionário dos Professores………………………………………………. 52
Associações entre as Práticas Parentais Educativas…………………………. 56
CONCLUSÕES………………………………………………………………………. 58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………... 65
Só foi possível realizar o estudo “Aventura Social nas Famílias” com a
colaboração de várias pessoas. Assim agradecese:
À Câmara Municipal do Montijo, Centro Social de S.Pedro do Afonsoeiro e
ao Instituto da Droga e Toxicodependência, pela iniciativa e vontade de realizar este
estudo.
À Escola Básica dos 2º e 3º ciclos de Pegões, Escola Secundária Jorge
Peixinho e à Escola Secundária Poeta Joaquim Serra, pela sua disponibilidade que
foi fundamental para este projecto ser possível
A todos os alunos, pais e professores que participaram.
À Dra. Ana Fina pela sua eficiência e disponibilidade.
A adolescência é um período de desenvolvimento com rápidas alterações
físicas, psicológicas, sócioculturais e cognitivas caracterizadas por esforços para
confrontar e superar os desafios e para estabelecer uma identidade e autonomia
(DiClemente, Hansen & Ponton, 1996). O processo básico do desenvolvimento do
adolescente envolve modificar relações entre o indivíduo e os múltiplos níveis do
contexto em que o jovem se encontra. A multiplicidade de contextos sociais e
interpessoais em que o adolescente se move representa desafios adicionais e
possibilidades acrescidas de estes virem a desenvolver problemas de ajustamento, com
consequências negativas na sua saúde (Matos, 1998). Muitos adolescentes navegam por
vezes em percursos turbulentos desde a infância à fase adulta, e depois tornamse
adultos produtivos e saudáveis. Há contudo uma preocupação crescente em relação a
alguns que não conseguem alcançar o seu potencial total como trabalhadores, pais e
cidadãos.
Este período de rápido desenvolvimento pessoal, psicológico, social e emocional
pode ser um período fértil em vários campos. É um período de grande intensidade quer
física quer psicológica e pode ser também considerado como um período estreito para
oportunidades e escolhas. O Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP,
1998), considera adolescentes o grupo de população que vai dos 10 aos 19 anos,
considera juventude o grupo da população entre 15 e 24 anos de idade e população
jovem o grupo de população que tem entre 10 e 24 anos de idade. Independentemente
das considerações específicas que podem ser feitas a estes grupos, estes períodos de
vida são fundamentais no que respeita à aprendizagem acerca das regras do género, das
opções e das competências de vida, assim como das relações pessoais e da sexualidade.
A adolescência e a juventude são considerados períodos críticos para o desenvolvimento
de comportamentos e atitudes saudáveis incluindo responsabilidades e direitos sobre a
saúde, em geral e a saúde sexual e reprodutiva, em particular.
É contudo importante reconhecer que definir saúde não é uma questão
semântica, as definições têm implicações práticas e teóricas. Através dos anos, o mundo
tem testemunhado o declínio de muitas certezas. O campo da saúde não tem sido uma
excepção no processo de transformação vasta e rápida. A transição em saúde é uma
experiência dos nossos dias e as suas características têm que ser bem compreendidas se
queremos antecipar as mudanças e não reagir quando elas já têm ocorrido. Existe um
crescente consenso em que a saúde e a doença são determinadas de uma forma
multicausal e que devem ser abordadas numa perspectiva compreensiva e
multidisciplinar. Os comportamentos relacionados com a saúde e a doença são o
produto de muitos motivos e processos. Desde AlmaAta (WHO, 1978), e a Conferência
de Otawa (WHO,1986), que se tem recomendado o investimento na promoção da saúde
e na prevenção da doença e esta deve ser uma preocupação cada vez maior dos
responsáveis pelas políticas de saúde dos nossos dias.
Existe uma necessidade de clarificar na comunidade, quer adulta, quer dos
jovens, como é que as noções de saúde e de doença são construídas em circunstâncias
culturais variadas, como é que os atributos são feitos acerca da causa e do efeito e como
os significados são adoptados na prática quotidiana. Isto requer algum conhecimento
dos grupos populacionais e das características do meio ambiente local, no sentido de
melhor avaliar os comportamentos, atitudes e práticas e o tipo de redes locais que
podem ser mobilizadas para atingir os objectivos da saúde.
Em muitas regiões do mundo a população em geral (e os adolescentes e os
jovens em particular), cresce sem oportunidades de informação e serviços que são
necessários e indispensáveis para atingir o seu pleno potencial. Ignorar estas
necessidades, pode levar a um custo elevado na perda de oportunidades de
desenvolvimento, rupturas sociais e situações de saúde/doença que podem comprometer
as gerações futuras. É importante e fundamental que as entidades responsáveis,
políticos, educadores, profissionais de saúde e outros grupos com responsabilidades de
intervenção na comunidade, reconheçam a diversidade dos adolescentes e dos jovens, as
suas potencialidades e dos seus hábitos de vida, em contextos culturais e sociais
diversos, adequando assim as estratégias de comunicação com estes grupos. Por outro
lado, tem que se reconhecer que estes grupos têm direitos e necessitam também de ser
respeitados nas suas opções. As tensões muitas vezes geradas na adolescência, passam
muitas vezes por estas faltas por parte dos adultos, quer por parte dos pais quer por parte
de entidades externas, incluindo pressões complexas da sociedade e dos seus pares,
levando a pensar que a adolescência é um tempo difícil e problemático. Se os
adolescentes necessitam de informação e de suporte, os adultos necessitam de
competências para saber lidar com este grupo. No Fórum Mundial de Braga em 1998,
onde participaram jovens de mais de 150 países, foi recomendado que devem ser dadas
competências de suporte aos pais, aos professores, aos religiosos e aos lideres
tradicionais e que os adultos não devem olhar para os adolescentes e jovens como
problema, mas sim como parceiros na tarefa de encontrar caminhos e soluções para os
seus diferentes problemas.
Os jovens podem melhor realizar o seu pleno potencial e adquirir atitudes e
responsabilidades mais saudáveis, se estiverem envolvidos nas decisões e nas acções
que dizem respeito às famílias e às comunidades e, acima de tudo, nas decisões que
dizem respeito directamente às suas vidas. Por outro lado, existem evidências de que os
factores afectivos são considerados reforços poderosos do processo cognitivo. As
percepções dos jovens de quanto os pais se preocupam com eles, são melhores
predictores de saúde positiva do que as punições ou mesmo o comportamento de saúde
dos pais.
PRÁTICAS PARENTAIS EDUCATIVAS
A família poderá ser considerada como particularmente importante no
desenvolvimento moral e social da criança, uma vez que constitui o primeiro e principal
agente, decidindo a que estímulos sociais a criança se expõe e determinando de igual
modo, as categorias do comportamento que são definidas como “adequadas”,
encorajandoas e recompensandoas e as que são definidas como “desadequadas”,
suprimindoas e punindoas.
Porém a forma como os pais exercem a sua função, é bastante diversificada e
essas variações irão influenciar o desenvolvimento de determinadas características da
criança. Os modelos afectivos e de interacção que os pais utilizam para lidarem com a
criança, influenciam de modo significativo, a forma como ela aprende e se relaciona
com os outros. Os modelos parentais, as expectativas e os métodos educativos
determinam largamente o repertório de comportamento da criança, bem como as suas
atitudes e objectivos.
A maior parte dos trabalhos referentes à educação da criança e aos seus efeitos,
tem procurado identificar as características pelas quais os pais diferem,
significativamente uns dos outros, características essas que têm sido relatadas como
influentes nas diferenças que se verificam, a vários níveis, entre as crianças.
Estudos sobre os estilos de relacionamento parental demonstram que qualquer
dos extremos educativos (pais autocráticos ou muito permissivos) pode significar
dificuldades acrescidas ao jovem e causar desequilíbrios (baixa autoconfiança e filhos
dependentes ou revoltados), sendo o estilo democrata de controlo parental (ambientes
em que os pais se interessam pela vida dos filhos, discutem com eles as decisões a
tomar e existe uma definição clara de limites) o que gera nos jovens sentimentos de
maior competência social, autonomia e independência (Linares, Pelegrina & Lendínez,
2002).
A autonomia é definida em termos cognitivos como o encorajamento para
exprimir os diversos pontos de vista e em termos comportamentais, numa participação
activa nas decisões feitas na família (Allen, Kupermic, & Moore, 1997; Collins, 1990;
Steinberg, 1990).
Outros estudos têm igualmente demonstrado que a participação dos pais na
educação dos filhos, faz com que estes tenham um melhor ajustamento emocional e
rendimento académico (Dornbusch, Ritter, Leideraman, Roberts, & Fraleigh, 1987).
Tornase por isso importante a colaboração escolafamilia, que preesupõe a ideia de
escola como comunidade educativa, onde o processo educativo é fruto da interacção de
todos os intervenientes relacionados com a criança/adolescente.
O relacionamento familiar, a influência dos estilos parentais e da comunicação
familiar, apesar de sofrerem alterações na adolescência, continuam a desempenhar
funções importantes para os adolescentes, assumindo um papel decisivo no ajustamento
psicossocial, na saúde mental, no desenvolvimento de competências psicossociais e em
comportamentos de saúde dos jovens (Ardelt & Day, 2002; Van Well, Bogt &
Raaijmakers, 2002).
Assim, as relações positivas na família, o suporte emocional e social dos pais e
um estilo de disciplina parental construtivo e consistente, tendem a estar relacionados
com maiores índices de bemestar e de ajustamento na adolescência (Field, Diego &
Sanders, 2002; Branje, Van Aken & Van Lieshout, 2002) e menor envolvimento em
comportamentos de risco e em grupos de pares desviantes (Mounts, 2002; Ardelt & Day
2002).
Um estudo realizado por Soucy e Larose (2000), demonstra que a percepção dos
adolescentes acerca do controlo parental e de uma relação segura com pelo menos um
dos pais, em especial com a mãe, é predictor de um melhor ajustamento dos
adolescentes.
Também Repinski e Shonk (2002), sugerem que as representações dos jovens
acerca da sua adaptação social e reacção comportamental estão associadas ao
comportamento parental e que estes aspectos estão relacionados com o ajustamento
social do adolescente (no que se refere à adaptação escolar e aos problemas de
comportamento).
Os comportamentos e estilos parentais variam e influenciam de forma diversificada o
desenvolvimento de determinadas características da criança/adolescente, o seu
desenvolvimento social, cognitivo, emocional, filiação no grupo de pares e desempenho
académico, podendo actuar como factor de protecção mas também como factor de risco
(Baptista, 2000).
A qualidade da vida familiar e as práticas parentais parecem ter uma grande
influência na prevenção dos comportamentos de risco nos adolescentes (consumo de
álcool e drogas, comportamentos de violência, entre outros).
USO DE SUBSTÂNCIAS
Álcool
Segundo Carvalho (1990), a maioria dos estudos realizados na área dos
consumos na fase da adolescência referem que o álcool é a substância mais utilizada
pelos adolescentes. Aarons et al. (1999) referem ainda que os problemas de saúde
durante a adolescência estão relacionados com o consumo de álcool e os problemas
tornarseão mais evidentes se o seu início for precoce.
Efeitos negativos do consumo de álcool
Sieving, Perry e Williams (2000) examinaram os modelos da influência dos
pares (que postulam que os jovens adolescentes cujos amigos consomem álcool
apresentam maior probabilidade de se envolver nesse comportamento) e da selecção dos
pares (os jovens adolescentes procuram amigos cujo comportamento de beber seja
similar ao seu). Os resultados indicam também que níveis mais elevados de consumo de
droga pelos amigos levam ao aumento do consumo de álcool pelos jovens. A relação de
ordem inversa (i.e., maior envolvimento dos jovens no álcool leva a um maior consumo
de droga entre amigos) não foi verificada neste estudo.
Num estudo conduzido por Feldman, Harvey, Holowaty e Shortt, em 1999, sobre
crenças e comportamentos específicos do consumo de álcool entre estudantes
adolescentes da escola secundária, verificouse que os padrões de beber dos estudantes
estão significativamente relacionados com o género, a etnicidade, o ano de escolaridade
e os hábitos de beber dos pais e amigos. Constataram que os rapazes mais velhos estão
em maior risco para o forte consumo de bebidas do que os estudantes mais novos ou as
raparigas.
Podemos ainda salientar que o alcoolismo aumenta a probabilidade de doenças
como a cirrose hepática, o cancro, a hipertensão e os défices de memória (Smith &
Kraus, 1988 citado por Ogden, 1999). O álcool aumenta também a probabilidade de o
próprio indivíduo se envolver em acidentes, com as potenciais consequências daí
decorrentes.
Tabaco
Uma das áreas mais realçadas na Promoção da Saúde tem sido, nos últimos anos,
a prevenção do consumo de tabaco junto dos jovens, pois no período da adolescência,
existe uma maior probabilidade de os jovens experimentarem o seu primeiro cigarro e
iniciarem hábitos tabágicos, que se poderão prolongar por toda a vida (White, 1988,
Charlton, Melia & Moyer, 1990).
Num estudo com adolescentes, levado a cabo por DuRant, Smith, Kreiter &
Krowchuk (1999), os resultados indicaram que um início precoce no uso de cigarros
apresentava uma correlação forte com o envolvimento noutros comportamentos de risco.
A iniciação no hábito de fumar dos adolescentes está associada a vários factores
pessoais e sociais (Charlton, 1989a).
Relativamente aos factores pessoais, podemos incluir todos os factores que
dizem respeito ao microambiente da criança ou jovem, ou seja, todos os que se
relacionam com a sua individualidade e o seu meio social imediato, tal como a família,
amigos e professores. O grupo dos factores sociais são os que pertencem ao macro
ambiente e que se relacionam com a influência da comunidade num sentido mais
alargado, ou seja, com a aceitabilidade social do hábito de fumar, a sua acessibilidade e
com a publicidade ao tabaco (Lima, 1999).
Harrel, Bangdiwala, Deng, Webb e Bradley (1998) efectuaram um estudo com o
objectivo de descrever a iniciação no fumar e investigar factores que predizem a
“iniciação precoce” de fumar em crianças da escola, usando uma abordagem
longitudinal. Os resultados indicam que o fumar experimental aumentou com a idade,
assim como também, a prevalência corrente de fumar, e que os rapazes tinham uma
maior prevalência de fumadores experimentais do que as raparigas. Concluíram que a
etnia, o estatuto sócioeconómico e o estádio pubertal são importantes factores de
predição de começar a fumar em alunos da escola.
Efeitos negativos do consumo de tabaco
O consumo de tabaco está relacionado com o cancro do pulmão. O consumo de
tabaco foi também relacionado com a doença cardíaca e com outros cancros (Doll &
Hill, 1954; citado por Ogden, 1999).
As consequências associadas ao consumo de aditivos, que são muitas vezes
percebidas como positivas pelos adolescentes (tais como a crença de que o consumo de
tabaco tem como consequência a prevenção do aumento de peso) podem constituir uma
motivação para o aumento do consumo de tabaco, especialmente no sexo feminino
(WHO, 1993; Waldron, 1988; Smith, Nutbeam, Moore, Roberts & Catford, 1994).
Segundo a revisão feita por Forster e Wolfson (1998) sobre o consumo de tabaco
nos jovens, existe uma grande facilidade de acesso ao tabaco para os jovens. Pierce, em
1998, refere que os anúncios e a promoção de tabaco aumentaram a probabilidade dos
jovens começarem a fumar.
Ainda no âmbito da promoção do tabaco, verificouse que as revistas que têm um
maior número de jovens leitores anunciam com mais frequência marcas de cigarros que
são populares entre os jovens adolescentes, do que marcas que são populares entre
adultos (King, 1998).
Drogas
Os problemas de saúde estão relacionados com o consumo de drogas durante a
adolescência, e os problemas tornarseão mais evidentes se o seu início for precoce
(Aarons et al., 1999). Num estudo levado a cabo por DuRant, Smith, Kreiter e
Kronwchuk (1999) os resultados indicaram que o uso precoce de substâncias nos
adolescentes estava associado com a pertença a um grupo com comportamentos de risco
para a saúde.
O uso de substâncias é um importante predictor tanto da morbilidade como da
mortalidade entre os adultos no entanto, é mais usual ser considerado comportamento de
risco entre os adolescentes (Gabhainn & François, 2000). Daí, nos factores de risco
referidos por DiClemente, Hansen e Ponton (1996) também estar incluído o uso e o
abuso de substâncias.
Segundo Oetting e Donnermeyer (1998, citado por Gabhainn & François, 2000),
a teoria da socialização apresenta uma visão global do desenvolvimento do adolescente,
incluindo a referência ao uso de substâncias. Este modelo prediz uma maior
probabilidade do jovem estar envolvido em comportamento de risco quando a
vinculação entre o adolescente e a sua família ou o ambiente escolar é fraco.
TEMPOS LIVRES
O tempo livre tem sido assinalado como uma variável potencialmente importante
no que respeita a promoção da saúde, e sendo associado aos componentes da saúde e
bemestar, constitui um factor fundamental da qualidade de vida e saúde dos jovens,
devido ao seu carácter potencialmente mais voluntário e autónomo.
Uma revisão da literatura realizada por HernanGarcia, RamosMonserrat e
FernandezAjuria (2001) aponta que dos estudos na área da promoção da saúde dirigidos
a jovens, o lazer surge entre os mais estudados, nomeadamente como estratégia de
intervenção. O tempo livre adicional não significa porém, que ocorra uma prática de
actividade física ou desportiva, se bem que os efeitos da actividade de lazer fisicamente
activa têm sido relacionados com benefícios tais como, a capacidade de lidar com o
stress e níveis superiores de bemestar e de saúde física (Iwasaki, Zuzanek & Mannell,
2001).
Um dos comportamentos mais referidos na ocupação dos tempos livres é o
tempo passado a ver televisão ou a utilizar outros equipamentos tais como, o vídeo, os
videojogos e a Internet. Alguns estudos sugerem que em média o jovem passa 3 a 5
horas diárias utilizando estes “média” (Kennedy, Strzempko, Danford & Kools, 2002),
sendo que este é superior ao tempo de ocupação dos tempos livres em actividades físicas
(Sjolie & Thuen, 2002) e estando ainda associado com a maior probabilidade de
adopção de comportamentos de risco tais como, consumo de drogas, álcool e tabaco e
comportamentos violentos (Strasburger & Donnerstein, 2000).
Segundo Muza e Costa (2002) as poucas oportunidades para o envolvimento em
experiências de lazer devemse à inexistência de um contexto social adequado
nomeadamente, a insegurança, o contacto com a violência e o uso de drogas, uma vez
que constituem factores que dificultam a utilização dos recursos da comunidade para a
ocupação dos tempos livres.
Os grupos sociais em que o lazer ocorre, bem como o papel dos coparticipantes
revelamnos que os comportamentos adoptados no período de lazer são dependentes das
constelações de influências dos pares e dos familiares com que os indivíduos interagem
Estes resultados são muito importantes para a saúde dos adolescentes e definição
de estratégias de intervenção na escola, na família e na comunidade.
O presente estudo tem como objectivos descrever os comportamentos dos
jovens, a relação entre a escola e a família bem como estudar as Práticas Parentais
Educativas no concelho do Montijo.
Neste capítulo apresentamse os sujeitos / amostra, os instrumentos e os procedimentos.
Os questionários foram recolhidos em três escolas do Montijo (Escola Básica
dos 2º e 3º ciclos de Pegões, Escola Secundária Poeta Joaquim Serra e Escola
Secundária Jorge Peixinho) num total de 36 turmas, do 7º ao 12º ano de escolaridade,
escolhidas aleatoriamente.
Género (n=271)
Rapaz Rapariga
Gráfico 1 – Distribuição dos jovens por género.
Foram inquiridos um total de 812 alunos bem como os seus encarregados de
educação. Dos 812 pais inquiridos apenas 271 (33.4%) responderam ao questionário.
Assim e pelo facto de se pretender saber a relação existente entre o questionário do
jovem e seu encarregado de educação, a amostra deste estudo é constituída por 271
jovens (37.3% rapazes e 62.7% raparigas) seus encarregados de educação (18.8% do
sexo masculino e 81.2% do sexo feminino) e por 25 professores.
Embora os questionários tivessem sido aplicados a todos os jovens, foram
excluídos os que tivessem menos de 12 anos e mais de 17 anos, pelo facto do QLPA
apenas ser aplicável em sujeitos com idades compreendidas entre os 12 e 17 anos, bem
como os questionários em que os jovens referiam não ter contacto com um dos
progenitores, ou o questionário dos encarregados de educação não ser preenchido pelo
pai ou mãe.
QUESTIONÁRIO DOS JOVENS
O questionário aplicado aos jovens tinha incluído as seguintes questões:
Demográficas. Foi questionado o género, idade, ano de escolaridade e a escola que
frequentava.
Nível Socioeconómico. Relativamente ao nível socioeconómico, foi questionado o
número de divisões da casa, quarto próprio e o número de carros que a família possui.
Ambiente Familiar
Agregado familiar Foi questionado o número de irmãos e com quem vive o
jovem.
Relação com a família. Foi questionado o tempo que passa com o pai e mãe
(opções de resposta: o que eu necessito, um pouco menos do que eu necessito, muito
menos do que eu necessito e não passa tempo comigo), carinho e afecto que o pai e mãe
dão (opções de resposta: o que eu necessito, um pouco menos do que eu necessito,
muito menos do que eu necessito e não me dá carinho), fazer coisas em conjunto com o
pai e mãe dá (opções de resposta: sim, muitas vezes; sim, às vezes e raramente).
Educação. Relativamente à educação, foram questionados se o pai e mãe sabem
a data dos testes (opções de resposta: nunca, poucas vezes, algumas vezes e sempre), se
os pais sabem a notas dos testes (opções de resposta: nunca, poucas vezes, algumas
vezes e sempre), se os pais sabem as notas das disciplinas no final de cada período
(opções de resposta: nunca, poucas vezes, algumas vezes e sempre), se os pais ajudam
nas tarefas escolares (opções de resposta: nunca, poucas vezes, algumas vezes e
sempre), se os pais vão à reunião de pais (opções de resposta: nunca, poucas vezes,
algumas vezes e sempre) e se os pais conversam sobre assuntos do seu interesse
(opções de resposta: nunca, poucas vezes, algumas vezes e sempre). Foi igualmente
questionado como são impostas as regras em casa (opções de resposta: os pais impõem
as regras; as regras são negociadas; o jovem impõe a maior parte das regras; apenas são
negociadas algumas regras; as regras e os castigos são negociados com o jovem, não há
regras) bem como as regras existentes em casa como por exemplo “tens que ser bem
educado” ou “ tens horários para jogar computador”, foi também perguntado ao jovem,
o que acontece se as regras não são cumpridas (opções de resposta: os pais conversam
contigo; recebes uma punição física, não podes ver televisão durante um período de
tempo; não podes ter acesso ao computador, não podes sair com os amigos ou deixas de
ter mesada).
QLPA. Foi feita uma adaptação da escala original (constituída por 25 itens),
obtendo assim uma escala constituída por 18 itens (sendo cada um avaliado
relativamente ao pai e à mãe). Cada item é avaliado numa escala de 4 pontos, que varia
entre o 0 (nada parecido) e 3 (muito parecido). O questionário é composto de frases
como “Fala comigo com voz calma e amiga”, “Deixame fazer as coisas como eu
gosto” ou “Tenta controlar tudo o que eu faço”. Os itens são agrupados em três sub
escalas: Carinho, Autonomia e Protecção. O questionário é aplicável a jovens entre os
12 e 17 anos.
Álcool. Relativamente ao consumo de álcool, foram questionados sobre se já alguma
vez experimentou, que idade tinha quando experimentou pela primeira vez bebidas
alcoólicas, que tipo de bebidas alcoólicas ingere (opções de resposta. cerveja, bebidas
destiladas e vinho) “consumo de bebidas alcoólicas no último mês” (opções de resposta:
nunca, 1 vez e mais de 2 vezes) “já alguma vez te embriagaste” (opções de resposta:
nunca, 1 a 3 vezes e mais de 4 vezes) e se os pais sabem que o jovem consome bebidas
alcoólicas.
Tabaco. Relativamente ao tabaco, foram questionados sobre se “já experimentaste”,
consumo de tabaco (opções de resposta: 1 vez por semana, 2 vezes por semana, quase
todos os dias e todos os dias), número de cigarros que o jovem consome por semana
(opções de resposta: 1, entre 2 e 10, entre 11 e 20 e 21 ou mais cigarros) e se os pais
sabem que o jovem consome tabaco.
Drogas Relativamente ao consumo de drogas, foram questionados sobre se já alguma
vez tinham experimentado; se já experimentaram: cannabis, anfetaminas, ecstasy,
solventes inaláveis, tranquilizantes, cocaína, heroína, cogumelos mágicos e LSD, foram
questionados sobre a primeira droga que consumiram, bem como o consumo de drogas
no último mês (opções de resposta: nunca, 1 vez e mais de 2 vezes), foram igualmente
questionados sobre o local onde costumam consumir drogas (opções de resposta: em
casa, casa de amigos, escola, discoteca e outro local) e com quem (opções de resposta:
sozinho, com amigos, com o(a) namorado(a)) se os pais têm conhecimento, número de
amigos que se drogam (opções de resposta: nenhum, entre 2 e 4 e mais de 5) e a opinião
dos jovens em relação aos “motivos para as pessoas se drogarem “ e “motivos para as
pessoas não se drogarem”, foi ainda questionado a opinião dos inquiridos sobre a
facilidade de acesso de várias substâncias.
Tempos livres Relativamente aos tempos livres, foram questionados sobre o que
costumam fazer nos seus tempos livres.
QUESTIONÁRIO DOS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
Demográficas. Foi questionado o género, nível de instrução (opções de resposta: até ao
4º ano, até ao 6º ano, até ao 9º ano, até ao 12º ano, bacharelato e licenciatura ou mais),
era avaliada a profissão (as respostas abertas foram codificadas de acordo com as 5
categorias da Escala de Graffard para a profissão:1º nível – licenciados, directores de
empresas, profissionais com títulos universitários e militares de alta patente; 2º nível
chefes de secção administrativas, subdirectores, peritos e técnicos; 3º nível – adjuntos
técnicos, desenhadores, caixeiros, contra mestres, oficiais de primeira, encarregados,
capatazes e mestres de obras; 4º nível – operários especializados, motoristas, polícias,
cozinheiros, dactilógrafos; 5º nível – trabalhadores manuais ou operários não
especializados, jornaleiros, porteiros, contínuos, ajudantes de cozinha, mulheres de
limpeza).
Necessidades básicas. Relativamente às necessidades básicas, foi questionado aos
inquiridos o grau de importância de cada necessidade básica apresentada, como por
exemplo “Manter o filho limpo”, Expressar afecto ao filho” entre outras.
Ambiente familiar
PBI Foi feita uma adaptação da escala original (constituída por 25 itens),
obtendo assim uma escala constituída por 18 itens, cada item é avaliado numa escla de 4
pontos, que varia entre 0 (nada parecido) e 3 (muito parecido). O questionário é
composto de frases como “Fala com ele com voz calma e amiga”, “Deixoo fazer as
coisas como ele gosta” ou “Tenta controlar tudo o que ele faz”. Os itens são agrupados
em três subescalas: Carinho, Autonomia e Protecção.
Educação Relativamente às questões sobre a educação, foram questionados
sobre a participação na educação dos filhos em questões como “ Sabe as notas dos
testes”, “Vê televisão com ele” ou “Ajuda nas tarefas escolares” (opções de resposta:
nunca, algumas vezes, muitas vezes ou sempre), foram igualmente questionados sobre
como acham que é a sua participação na educação dos filhos (opções de resposta: boa,
um pouco menos do que eu gostava, muito menos do que eu gostava, não participo
porque: não tenho tempo, outra pessoa o faz, ele tem apoio escolar acho que não é
necessário) e como é que as famílias poderiam participar mais na educação dos filhos
(opções de resposta: através de actividades desenvolvidas pela escola, ter mais tempo
para passar com os filhos, através de reuniões realizadas na escola para tirar dúvidas
acerca da educação, através de centros de apoio, outro tipo de participação).
Regras. Os encarregados de educação foram questionados sobre o modo como
são impostas as regras em casa (opções de resposta: os pais impõem as regras; as regras
são negociadas; o jovem impõe a maior parte das regras; apenas são negociadas
algumas regras; as regras e os castigos são negociados com o jovem, não há regras) bem
como as regras existentes em casa como por exemplo “O jovem tem que ser bem
educado” ou “ O jovem tem horários para jogar computador” (opções de resposta: nada
importante, pouco importante, importante e muito importante, foi também perguntado
aos sujeitos, o que acontece se as regras não são cumpridas (opções de resposta: os pais
conversam com o jovem; o jovem recebe uma punição física, o jovem não pode ver
televisão durante um período de tempo; o jovem não pode ter acesso ao computador, o
jovem não pode sair com os amigos ou o jovem deixa de ter mesada).
Escola Relativamente à escola, foram questionados sobre como têm acesso à
informação relativa ao desempenho do jovem (opções de resposta: através de cartas
enviadas pela escola que o seu filho lhe entrega, através de telefonemas feitos pelo
director de turma, através de reuniões realizadas no final de cada período, através das
informações fornecidas pelo seu filho, através da caderneta do aluno ou não tem acesso
a nenhuma informação), foram igualmente questionados sobre quais é que acham que
são as funções da escola (opções de resposta: ensinar a matéria, ensinar a respeitar os
outros, falar sobre a sexualidade, chamar a atenção quando os jovens são mal educados,
ocupar o tempos livres, ensinar regras de boa educação, tirar dúvidas sobre a matéria e
falar sobre o perigo do consumo de drogas).
Saúde, bem estar e educação Relativamente à saúde, bemestar e educação foram
questionados sobre como tiram as dúvidas sobre a saúde, bemestar e educação dos
filhos (opções de resposta: amigos, médico de família, centros de apoio, vai à procura
nos livros, familiares, professores, procura na Internet ou não costuma ter dúvidas), que
dúvidas costumam ter (opções de resposta: como conversar com ele sobre assuntos
como a sexualidade, como conversar com ele sobre o consumo de drogas, saúde,
problemas de comportamento, problemas de aprendizagem ou não costuma ter dúvidas)
e “Como gostaria de ter resposta para as suas dúvidas” (opções de resposta: centros de
apoio com pessoas especializadas, através de reuniões realizadas na escola com pessoas
especializadas em diversas áreas, através de folhetos ou não costuma ter dúvidas).
Consumo de álcool, tabaco e drogas. Foi questionado aos participantes, quais os sinais
evidentes de consumo de álcool, tabaco e drogas (opções de resposta: olhar brilhante,
chegar tarde a casa, pedir frequentemente dinheiro, ter más companhias, faltar às aulas,
ter dificuldades em concentrarse, isolarse, ser agressivo, apresentar fraco rendimento
académico, cheirar a fumo, não apresentar cuidados com a higiene).
Ajuda para o preenchimento do questionário Foi questionado se os inquiridos
necessitaram de ajuda para preencher o questionário.
QUESTIONÁRIO DOS PROFESSORES
Escola. Foi questionado, qual a escola em que lecciona (opções de resposta: Escola
Básica do 2º e 3º ciclos de Pegões, Escola Secundária Poeta Joaquim Serra e Escola
Secundária Jorge Peixinho).
Director de turma. Foi questionado aos professores se eram directores de turma.
Conselho executivo. Foi questionado aos participantes se pertenciam ao conselho
executivo.
Participação dos pais na educação dos filhos. Relativamente à participação dos pais
na educação dos filhos, foi questionado quais as estratégias utilizadas para os pais
participarem mais na educação dos educandos (opções de resposta: através das reuniões
realizadas no final de cada período; através de telefonemas feitos pelo director de turma
aos pais para os informar do desempenho académico do educando; através de cartas
enviadas para casa através do educando; através da caderneta do aluno; os pais podem
falar com o director de turma todas as semanas no dia de atendimento; são realizadas
acções de sensibilização sobre os diversos temas para os pais poderem tirar as suas
dúvidas; são realizadas actividades em que os pais participam em conjunto com os
filhos), foi igualmente questionado quais as estratégias que têm demonstrado maior
eficácia, bem como a opinião sobre as estratégias que poderiam ser implementadas. Foi
ainda questionado se a maior parte dos pais participa ou não na educação dos filhos e
quais são os pais que participam (opções de resposta: os filhos não têm problemas de
aprendizagem; os filhos têm problemas de aprendizagem; os que têm tempo; os que são
interessados, os que têm muitas habilitações literárias; os que têm poucas habilitações
literárias; os filhos têm problemas de saúde). Foram igualmente questionados, sobre que
dúvidas é que os pais colocam (opções de resposta: como conversar com o jovem sobre
a sexualidade; como conversar com o jovem sobre o consumo de substâncias; saúde;
problemas de aprendizagem; comportamento), bem como a existência de associação de
pais e sua função.
Após a selecção das turmas, as escolas foram contactadas telefonicamente no
sentido de confirmar a sua disponibilidade para colaborar no estudo, bem como para a
marcação de uma reunião com o Director do Conselho Executivo, com o objectivo de
explicar toda a metodologia inerente à aplicação dos questionários.
A recolha de dados foi realizada através de três questionários: questionário para
os jovens; questionário para os encarregados de educação e questionário para os
professores.
Foi enviado para as escolas participantes:
• Para cada turma seleccionada um envelope com os questionários para os jovens,
questionários para os encarregados de educação, questionário para o professor e
uma carta de procedimentos para o professor.
• Cada questionário aplicado ao jovem tinha um código no cabeçalho, bem como
um envelope anexado. Este envelope continha uma breve explicação do estudo e
o questionário, com o mesmo código do questionário aplicado ao jovem, para o
encarregado de educação preencher para posteriormente ser entregue ao director
de turma.
A aplicação dos questionários ocorreu entre o dia 18 de Abril e 2 de Maio de
2005.
Após a recepção dos questionários, os dados e procedimentos estatísticos foram
efectuados através do Statistical Package for Social Sciences (SPSS 10.5) para o
Windows.
No capítulo seguinte apresentase a análise de dados, primeiro, uma estatística
descritiva com apresentação das frequências e percentagens, seguidamente, foram
efectuados os seguintes testes: Teste do Qui – quadradoχ² (estudo da distribuição em
variáveis nominais) com análise de residuais ajustados (para localização de valores
significativos), coeficiente de Correlação de Pearson para ver as associações existentes
entre o questionário dos jovens e pais.
Os dados referentes ao estudo serão apresentados da seguinte forma:
• Quadros com as percentagens de resposta às questões: neste tipo de
quadros, encontrase a negrito a opção com a maior percentagem de
resposta.
• Quadros comparativos: apenas serão apresentados os quadros em que
houve diferenças estatisticamente significativas, sendo apresentados a
negrito os valores com residuais ajustados iguais ou superiores a 1.9 em
módulo.
• Quadros referentes às associações: apenas serão apresentados os
quadros das questões em que se verificaram associações, sendo
apresentado a negrito os valores das associações.
De seguida apresentamse os resultados do questionário aplicado aos jovens.
DEMOGRÁFICAS
Nas questões demográficas, analisase o género, idade, ano de escolaridade e a
escola frequentada.
Género
Género (n=271) Rapaz 37.3%
Rapariga 62.7%
A amostra tem uma maioria de sujeitos do género feminino.
Idade
Idade (n=271) 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 8.9% 19.2% 24.4% 15.9% 17.0% 14.8%
A maioria dos jovens tem 14 anos de idade.
Ano de Escolaridade
Ano de escolaridade (n=271) 7ºano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano 22.1% 22.9% 23.2% 10.3% 15.9% 5.6%
Amaioria dos jovens frequenta o 9º ano de escolaridade.
Escola
Escola (n=271) Escola EB2,3 Pegões Escola Sec.Poeta Joaquim
Serra Escola Sec. Jorge
Peixinho 28.7% 31.4% 39.9%
Mais de um terço da amostra pertence à Escola Secundária Jorge Peixinho.
Nas questões acerca do nível socioeconómico, analisase o número de divisões
da casa, quarto próprio e transporte próprio na família.
Número de divisões da casa
Número de divisões da casa (n=271) Uma Duas Três ou mais 0.4% 1.5% 98.2%
A maioria dos inquiridos refere que a sua casa tem três ou mais divisões.
Quarto Individual
Quarto individual (n=271) Sim 80.1%
Não 19.9%
A maioria dos jovens refere ter um quarto individual.
Número de car ros que a família possui
Cerca de metade dos inquiridos refere que a família possui dois carros.
NÍVEL SOCIOECONÓMICO
Número de car ros que a família possui (n=271) Nenhum Um Dois Três ou mais 2.2% 32.8% 51.3% 13.7%
AMBIENTE FAMILIAR
Agregado Familiar
Nas questões dos agregado familiar analisase o número de irmãos e com vive o jovem.
Número de irmãos
Mais te metade dos inquiridos refere ter apenas um irmão.
Com quem vive o jovem
Com quem vive o jovem (n= 271) Mãe 97.0% Irmãos 64.9% Pai 89.7% Avós 11.4% Madrasta 0.4% Outras Pessoas 3.7% Padrasto 2.2%
A maioria dos jovens refere viver com a mãe, seguindose o pai.
Relação com a família
Nas questões acerca da relação com a família, analisase o tempo que passa com
os pais, carinho e afecto que os pais dão e fazer coisas em conjunto com os pais.
Tempo que passa com o pai
Número de irmãos (n=271) Nenhum Um Dois Três ou mais 23.2% 56.1% 15.9% 4.8%
Tempo que passa com o pai (n=271) O que eu necessito Um pouco menos
do que eu Muito menos do que eu necessito
Não passa tempo comigo
A maioria dos jovens refere que passa o tempo que necessita com o pai.
Tempo que passa com a mãe
Tempo que passa com a mãe (n= 271) O que eu necessito Um pouco menos
do que eu necessito
Muito menos do que eu necessito
Não passa tempo comigo
85.6% 11.0% 3.0% 0.4%
A maioria dos inquiridos refere que passa o tempo que necessita com a mãe.
Carinho e afecto que o pai dá
Carinho e afecto que o pai dá (n= 271) O que eu necessito Um pouco menos
do que eu necessito
Muito menos do que eu necessito
Não me dá carinho
83.4% 11.1% 4.0% 1.5%
Grande parte dos jovens refere que o carinho e afecto que o pai dá, são o que
necessita.
Carinho e afecto que a mãe dá
A maioria dos jovens refere que o carinho e afecto que a mãe dá, são o que
necessita.
Fazer coisas em conjunto com o pai
Fazer coisas em conjunto com o pai (n=271) Sim, muitas vezes Sim, às vezes Raramente
necessito 74.2% 17.7% 6.6% 1.5%
Carinho e afecto que a mãe dá (n=271) O que eu necessito Um pouco menos
do que eu necessito
Muito menos do que eu necessito
Não me dá carinho
90.8% 5.9% 2.6% 0.7%
33.9% 50.9% 15.2%
Cerca de metade dos jovens refere que às vezes faz coisas em conjunto com o
pai.
Fazer coisas em conjunto com o pai (n= 271) Sim, muitas vezes Sim, às vezes Raramente
Rapariga 33.5% 46.5% 20.0% Rapaz 34.7% 58.4% 5.9% χ²=12.0; g.l.=.3; p< .05; n=271
Os rapazes referem mais frequentemente que às vezes fazem coisas em conjunto
com o pai.
Fazer coisas em conjunto com a mãe
Fazer coisas em conjunto com a mãe (n=271) Sim, muitas vezes Sim, às vezes Raramente
62.4% 32.8% 4.8%
Mais de metade dos jovens refere que muitas vezes faz coisas em conjunto com
a mãe.
χ²=13.2; g.l.=2; p= .001; n=271
Quando se faz a comparação entre os géneros, as raparigas referem mais
frequentemente fazerem muitas vezes coisas em conjunto com a mãe.
Educação
Nas questões acerca da educação, analisase se os pais sabem a data e nota dos
testes, notas das disciplinas no final de cada período, se os pais ajudam nas tarefas
escolares, se vão à reunião de pais, se conversam sobre assuntos do seu interesse. Serão
também analisadas as questões acerca como são impostas e que regras existem em casa
e quando estas regras não são cumpridas o que acontece.
Sabe a data dos testes –pai
Fazer coisas em conjunto com a mãe (n= 271) Sim, muitas vezes Sim, às vezes Raramente
Rapariga 70.6% 25.9% 3.5% Rapaz 48.5% 44.6% 6.9%
Um terço dos jovens refere que algumas vezes o pai sabe a data dos testes.
χ²=9.8; g.l.=3; p<.05; n=271
As raparigas referem mais frequentemente que o pai algumas vezes sabe a data
dos testes.
Sabe a data dos testes pai (n= 271)
Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre
1213 anos 10.5% 38.2% 30.3% 21.0%
1415 anos 24.8% 28.4% 33.9% 12.9%
1617 anos 30.2% 22.1% 29.1% 18.6%
χ²=13.4; g.l.=6; p<.05; n=271
Foram encontradas diferenças significativas entre as idades, em que os jovens
com 12 e 13 anos de idade respondem mais frequentemente que poucas vezes o pai sabe
a data dos testes, enquanto que os mais velhos referem mais frequentemente que o pai
nunca sabe a data dos testes.
Sabe a data dos testes –mãe
Sabe a data dos testes mãe (n=271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre 5.2% 15.9% 32.0% 46.9%
Quase metade dos jovens inquiridos refere que a mãe sabe sempre a data dos
testes.
Sabe a nota dos testes –pai
Sabe a data dos testes pai (n=271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre 22.5% 29.1% 31.4% 17.0%
Sabe a data dos testes pai (n= 271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre
Rapariga 23.5% 25.9% 37.1% 13.5% Rapaz 20.8% 34.7% 21.8% 22.8%
Sabe a nota dos testes pai (n=271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre 5.9% 16.2% 30.3% 47.6%
Quase metade dos jovens refere que o pai tem sempre conhecimento das notas
dos testes.
Sabe a nota dos testes –mãe
Sabe a nota dos testes mãe (n=271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre 1.1% 4.8% 19.6% 74.5%
A maioria dos sujeitos refere que a mãe sabe sempre a nota dos testes.
χ²=13.2; g.l.=6; p<.05; n=271
Verificamse diferenças significativas entre as idades, em que os jovens com 12
e 13 anos respondem mais frequentemente que a mãe sabe sempre a nota dos testes.
Sabe as notas das disciplinas no final de cada período –pai
Sabe as notas das disciplinas no final de cada período – pai (n= 271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre 1.8% 5.9% 12.2% 80.1%
A maioria dos participantes refere que o pai sabe sempre as notas no final de
cada período.
Sabe as notas das disciplinas no final de cada período –mãe
Sabe as notas das disciplinas no final de cada período mãe (n=271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre 0.7% 0.7% 3.8% 94.8%
A maioria dos jovens afirma que a mãe sabe sempre as notas das disciplinas no
final de cada período.
Sabe a nota dos testes mãe (n= 271)
Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre
1213 anos 0.0% 1.3% 10.5% 88.2%
1415 anos 1.8% 4.6% 21.1% 72.5%
1617 anos 1.2% 8.1% 25.6% 65.1%
Ajuda nas tarefas escolares pai
Ajuda nas tarefas escolares – pai (n= 271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre 28.0% 25.5% 32.1% 14.4%
Cerca de um terço dos jovens refere que algumas vezes o pai ajuda nas tarefas
escolares.
Ajuda nas tarefas escolares – pai (n= 271) Nunca Poucas vezes Algumas
vezes Sempre
Rapariga 28.2% 20.6% 38.3% 12.9% Rapaz 27.7% 33.7% 21.8% 16.8% χ²=10.3; g.l.=3; p<.05; n=271
Verificamse diferenças significativas entre os sexos relativamente à ajuda que o
pai dá nas tarefas escolares, onde as raparigas respondem mais frequentemente que o pai
ajuda algumas vezes e os rapazes referem que o pai ajuda poucas vezes.
Ajuda nas tarefas escolares pai (n= 271)
Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre
1213 anos 17.1% 23.7% 34.2% 25.0%
1415 anos 35.8% 20.2% 33.0% 11.0%
1617 anos 27.9% 33.7% 29.1% 9.3%
χ²=17.9; g.l.=6; p<.01; n=271
Relativamente à idade, verificamse diferenças significativas, em que os jovens
com 14/15 anos de idade respondem mais frequentemente que o pai nunca ajuda nas
tarefas escolares. Verificase que com a idade a ajuda nas tarefas escolares diminui.
Ajuda nas tarefas escolares –mãe
Ajuda nas tarefas escolares mãe (n=271)
Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre 18.8% 21.4% 33.9% 25.9%
Um terço dos jovens refere que algumas vezes a mãe ajuda nas tarefas escolares.
Ajuda nas tarefas escolares mãe (n= 271)
Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre
1213 anos 9.2% 13.2% 40.8% 36.8%
1415 anos 21.1% 22.9% 28.4% 27.5%
1617 anos 24.4% 26.7% 34.9% 14.0%
χ²=19.6; g.l.=6; p<.01; n=271
Podese constatar a existência de diferenças significativas entre as idades, em
que os jovens com 12 / 13 anos respondem mais frequentemente que a mãe algumas
vezes ajuda nas tarefas escolares.
Vai à reunião de pais pai
Vai à reunião de pais pai (n=271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre 53.1% 14.8% 12.5% 19.6%
Cerca de metade dos jovens revela que o pai nunca vai à reunião de pais.
Vai à reunião de pais mãe
Vai à reunião de pais mãe (n=271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre 11.1% 6.6% 21.8% 60.5%
Mais de metade dos jovens inquiridos refere que a mãe vai sempre à reunião de
pais.
Conversa sobre assuntos do seu interesse –pai
Conversa sobre assuntos do seu interesse pai (n=271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre 5.9% 14.4% 41.3% 38.4%
Mais de um terço dos jovens refere que algumas vezes o pai fala de assuntos do
seu interesse.
Conversa sobre assuntos do seu interesse – pai (n= 271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre
Rapariga 8.8% 16.5% 38.8% 35.9% Rapaz 1.0% 10.9% 45.5% 42.6% χ²=9.4; g.l.=3; p<.05; n=271
Verificase a existência de diferenças significativas entre os sexos, onde as
raparigas respondem mais frequentemente que o pai nunca fala de assuntos do seu
interesse.
Conversa sobre assuntos do seu interesse mãe
Conversa sobre assuntos do seu interesse mãe (n=271) Nunca Poucas vezes Algumas vezes Sempre 3.0% 7.0% 29.5% 60.5%
Mais de metade dos jovens inquiridos refere que a mãe fala de assuntos do seu
interesse.
Como são impostas as regras em casa
Um terço dos jovens refere que são os pais que impõem as regras, outro terço
refere que as regras e os castigos são negociados.
Como são impostas as regras em casa (n= 271)
Como são impostas as regras em casa (n=271) Os pais impõem as regras 30.3%
As regras e os castigos são negociados com o jovem 30.3%
As regras são negociadas com o jovem 22.9%
Apenas são negociadas algumas regras com o jovem 8.9%
Não há regras 5.5%
O jovem impõe a maior parte das regras 2.2%
1213 anos
1415 anos
1617 anos
Os pais impõem as regras 31.6% 32.1% 26.7%
As regras e os castigos são negociados com o jovem 38.2% 23.9% 31.4%
As regras são negociadas com o jovem 17.1% 21.1% 30.2%
Apenas são negociadas algumas regras com o jovem 9.2% 8.3% 9.3%
Não há regras 1.3% 11.0% 2.3%
O jovem impõe a maior parte das regras 2.6% 3.7% 0.0%
χ²=19.9; g.l.=10; p<.05; n=271
Verificamse diferenças significativas entre as diferentes idades, em que os
jovens com 16 e 17 anos, referem mais frequentemente que as regras são negociadas
com ele.
Regras existentes em casa
Regras existentes em casa (n= 271)
O jovem tem que ser bem educado 88.6%
Os pais querem saber sempre onde o jovem está 86.7%
Quando vai a uma festa o jovem tem horas para chegar a casa
63.8%
O jovem tem que deixar o quarto ar rumado 62.0%
O jovem tem que fazer a cama todos os dias 52.0%
O jovem só pode gastar determinada quantia de dinheiro por dia
35.1%
O jovem tem que estudar todos os dias 27.3%
O jovem tem hora marcada para ir dormir 17.0%
O jovem tem horários para jogar computador 13.3%
O jovem tem horários para ver televisão 7.7%
A maioria dos jovens refere que tem de ser bemeducado, os pais têm de saber
sempre onde o jovem está, quando vai a uma festa o jovem tem horas para chegar, o
jovem tem de deixar o quarto arrumado e têm que fazer a cama todos os dias. Verifica
se que são poucos os alunos que referem ter horários para jogar computador e ver
televisão.
O jovem tem que fazer a cama todos os dias (n= 141) Sim Não
Rapariga 60.0% 40.0% Rapaz 38.6% 61.4% χ²=11.6; g.l.=1; p=.001; n=141
Das regras existentes em casa, anteriormente referidas, apenas a regra do jovem
ter que fazer a cama todos os dias, apresenta diferenças significativas para o sexo, em
que as raparigas respondem frequentemente que têm de fazer a cama todos os dias.
O jovem tem que ser bemeducado (n= 240) Sim Não
12 – 13 anos 97.4% 2.6% 14 – 15 anos 84.4% 15.6% 16 – 17 anos 86.0% 14.0% χ²=8.2; g.l.=2; p< .05; n=240
O jovem só pode gastar determinada quantia de dinheiro por dia (n= 95) Sim Não
12 – 13 anos 42.1% 57.9% 14 – 15 anos 38.5% 61.5% 16 – 17 anos 24.4% 75.6% χ²=6.5; g.l.=2; p< .05; n=95
O jovem tem hora marcada para ir dormir (n= 46) Sim Não
12 – 13 anos 31.6% 68.4% 14 – 15 anos 14.7% 85.3%
16 – 17 anos 7.0% 93.0% χ²=18.0; g.l.=2; p< .001; n=46
O jovem tem horários para jogar computador (n= 36) Sim Não
12 – 13 anos 19.7% 80.3% 14 – 15 anos 15.6% 84.4% 16 – 17 anos 4.7% 95.3% χ²=8.8; g.l.=2; p< .05; n=36
Das regras existentes em casa, anteriormente referidas, apenas as apresentadas
mostraram existir diferenças significativas entre as idades, em que os jovens mais novos
referem que têm que ser bemeducados, enquanto que as mais velhos referem mais
frequentemente que não têm estipulada a quantidade de dinheiro que podem gastar
diariamente e não têm horários para ir dormir e jogar computador.
Quando as regras não são cumpridas o que acontece
Quando as regras não são cumpridas o que acontece (n= 271)
Os pais conversam com o jovem 79.3%
O jovem não pode sair com os amigos 19.9%
O jovem não tem acesso ao computador 17.3%
O jovem não pode ver T.V 6.6%
O jovem deixa de ter mesada 3.7%
O jovem recebe punição física 3.0%
A maioria dos jovens refere que quando não cumpre as regras, os pais
conversam com ele com o objectivo de perceber o porquê do não cumprimento da regra
estabelecida.
ÁLCOOL
CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS
Nas questões relativas ao álcool, analisase o experimentar, idade da primeira
vez que experimentou, o consumo de cerveja, vinho e bebidas destiladas, consumo no
último mês, embriaguez e conhecimento por parte dos pais.
Exper imentar
Experimentar bebidas alcoólicas (n=271) Sim 70.9%
Não 29.1%
A maioria dos respondentes afirma já ter experimentado bebidas alcoólicas.
Experimentar bebidas alcoólicas (n= 192)
Sim Não
Rapariga 75.9% 24.1%
Rapaz 61.4% 38.6%
χ²=6.4; g.l.=1; p<.05; n=192
Há diferenças significativas entre os sexos, relativamente ao consumo de bebidas
alcoólicas, onde as raparigas respondem mais frequentemente que já experimentaram
bebidas alcoólicas.
Experimentar bebidas alcoólicas (n= 192)
Sim Não
12 – 13 anos 39.5% 60.5%
14 – 15 anos 75.2% 24.8%
16 – 17 anos 91.9% 8.1%
χ²=55.2; g.l.=2; p<.001; n=192
Verificamse diferenças significativas entre as idades, em que os jovens com 16 /
17 anos de idade respondem mais frequentemente que já experimentaram bebidas
alcoólicas, enquanto que os jovens mais novos responderam mais frequentemente que
não experimentaram bebidas alcoólicas.
Que idade tinha quando experimentou álcool
Que idade tinha quando experimentou ( n= 192)
5 8 anos 3.3%
9 12 anos 27.3%
13 16 anos 40.2%
A maioria dos jovens refere que experimentou bebidas alcoólicas pela primeira
vez, quando tinha entre os 13 e 16 anos.
Consumo de bebidas alcoólicas
Os sujeitos que afirmam consumir bebidas alcoólicas, a maioria refere que
consome bebidas destiladas.
Consumo de bebidas alcoólicas (n= 192)
Bebidas destiladas (a) Cerveja (b) Vinho (c)
Sim Não Sim Não Sim Não
12 – 13 anos 43.3% 56.7% 40.0% 60.0% 43.3% 56.7%
14 – 15 anos 58.5% 41.5% 52.4% 47.6% 23.2% 76.8%
16 – 17 anos 80.8% 19.2% 25.6% 74.4% 19.2% 80.8%
(a) χ²=16.3; g.l.=2; p<.001; n=192
(b) χ²=12.0; g.l.=2; p<.01; n=192
(c) χ²=6.9; g.l.=2; p<.05; n=192
Constatase que os jovens com 16 e 17 anos de idade consomem mais
frequentemente bebidas destiladas, enquanto que os que têm 14 e 15 anos consomem
mais cerveja.
Consumo de bebidas alcoólicas (n= 192)
Bebidas destiladas 45.8%
Cerveja 27.7%
Vinho 17.3%
Consumo de bebidas alcoólicas no último mês
Consumo de bebidas alcoólicas no último mês (n=192)) Nunca 1 vez Mais de 2 vezes 35.1% 18.9% 16.9%
Dos inquiridos que afirmam já ter consumido bebidas alcoólicas, cerca de um
terço refere nunca ter consumido bebidas alcoólicas no último mês.
Consumo de bebidas alcoólicas no último mês (n= 192)
Nunca 1 vez Mais de 2 vezes
12 – 13 anos 63.3% 30.0% 6.7%
14 – 15 anos 56.1% 19.5% 24.4%
16 – 17 anos 38.5% 33.3% 28.2%
χ²=11.2; g.l.=4; p<.05; n=192
Verificase o consumo de bebidas alcoólicas no último mês, aumenta com a
idade.
Embr iaguez
Embriaguez (n=192) Nunca 13 vezes Mais de 4 vezes 55.5% 11.9% 3.5%
Dos jovens que afirmam já ter consumido bebidas alcoólicas, a maioria refere
nunca ter ficado embriagado.
Os pais sabem que o jovem consome bebidas alcoólicas
Conhecimento por parte dos pais (n=192) Sim 54.9%
Não 16.0%
Dos participantes de afirmam já ter consumido bebidas alcoólicas, a maioria
refere que os pais têm conhecimento.
Nas questões relativas ao tabaco, analisase o experimentar, consumo de tabaco
por semana, número de cigarros e conhecimento por parte dos pais.
Exper imentar
Experimentar tabaco (n=271) Sim 25.1%
Não 74.9%
A maioria dos sujeitos refere não ter experimentado tabaco.
χ²=4.5; g.l.=1; p<.05; n=271
Podese constatar a existências de diferenças significativas em que a rapariga
responde mais frequentemente, que já experimentou tabaco.
Experimentar tabaco (n=271)
Sim Não
12 – 13 anos 9.2% 90.8%
14 – 15 anos 27.5% 72.5%
16 – 17 anos 36.0% 64.0%
χ²=16.0; g.l.=2; p<.001; n=271
Constatase que são os mais velhos, que mais frequentemente respondem que já
experimentaram tabaco.
Consumo de tabaco
TABACO
Experimentar tabaco(n= 271)
Sim Não
Rapariga 29.4% 70.6%
Rapaz 17.8% 82.2%
Consumo de tabaco (n=25)
Dos respondentes que fumam (dos que dizem já ter experimentado tabaco,
apenas 9.2% fuma), menos de um terço refere fumar apenas uma vez por semana.
Número de cigarros por semana
Número de cigarros por semana (n=25) 1 210 1120 21 ou mais
2.2% 4.8% 1.8% 0.4%
Dos jovens que fumam, a maioria refere fumar por semana entre 2 e 10 cigarros.
Os pais sabem que o jovem fuma
Conhecimento por parte dos pais (n=25) Sim 1.1%
Não 8.1%
A maioria dos inquiridos refere que os pais não sabem que fuma.
Nas questões relativas às drogas, analisase o experimentar, drogas que já
experimentou, primeira droga que consumiu, consumo no último mês, local onde
costuma consumir, com quem costuma consumir, conhecimento por parte dos pais,
número de amigos que se drogam, motivos para as pessoas consumirem drogas, motivos
para as pessoas não consumirem drogas e facilidade de acesso de substâncias.
Exper imentar
Experimentar drogas (n=271)
Uma vez por semana
Duas vezes por semana
Quase todos os dias
Todos os dias
3.3% 1.1% 1.8% 3.0%
DROGAS
Sim 5.2%
Não 94.8%
A maioria dos jovens referem nunca ter experimentado drogas.
Dos jovens que afirmam já ter experimentado drogas, a maioria refere que já
experimentou cannabis.
Drogas que já experimentou
Drogas que já experimentou (n=14)
Sim Não
Cannabis 4.8% 0.4%
Anfetaminas 0.4% 4.8%
Tranquilizantes 0.4% 4.8%
Heroína 0.4% 4.8%
Cocaína 0.0% 5.2%
LSD 0.0% 5.2%
Ecstasy 0.0% 5.2%
Cogumelos mágicos 0.0% 5.2%
Solventes inaláveis 0.0% 5.2%
Primeira droga que consumiu
A maioria dos jovens refere que a primeira droga que experimentou foi cannabis
Primeira droga que consumiu (n=14)
Sim Não
Cannabis 4.8% 0.4%
Anfetaminas 0.4% 4.8%
Consumo de drogas no último mês
A maioria dos jovens refere nunca ter consumido drogas no último mês.
Local onde costuma consumir drogas
Local onde costuma consumir drogas (n=14)
Sim Não
Casa de amigos 1.5% 3.7%
Escola 0.8% 4.4%
Discoteca 0.8% 4.4%
Casa 0.8% 4.4%
Outro local 0.4% 4.8%
Dos jovens que referem consumir drogas, a maioria consome em casa dos
amigos.
Com quem costumam consumir drogas
Dos participantes que referem consumir drogas a maioria consome com os amigos.
Consumo de drogas no último mês (n=14) Nunca 1 vez Mais de 2 vezes 3.7% 1.1% 0.4%
Com quem costumam consumir drogas (n=14)
Sim Não
Amigos 3.7% 1.5%
Namorado 1.5% 3.7%
Sozinho 0.8% 4.4%
Outra situação 0.8% 4.4%
Os pais sabem que o jovem consome drogas
A totalidade dos jovens que consome drogas, refere que os pais não sabem.
Número de amigos que se drogam
A maioria dos jovens refere que nenhum dos amigos consome drogas.
Número de amigos que se drogam (n= 271) Nenhum 24 Mais de 5 73.1% 22.1% 4.8%
Motivos para as pessoas consumirem drogas
Motivos para as pessoas consumirem drogas (n= 271)
Para experimentar 71.6%
Para esquecer os problemas 66.1%
Porque os amigos também o fazem 50.2%
Porque se sentem sós 33.2%
Porque se sentem melhor 32.8%
Porque não podem passar sem ela 23.6%
Outra situação 3.3%
Na opinião dos jovens, as pessoas consomem drogas para experimentar,
esquecer os problemas e porque os amigos também o fazem.
Motivos para as pessoas não consumirem drogas
Conhecimento por parte dos pais (n=14) Sim 0.0%
Não 5.2%
Na opinião dos inquiridos, as pessoas não consomem drogas porque não querem
e porque têm medo de apanhar doenças.
Facilidade de acesso de substâncias
Na opinião dos participantes, o tabaco e as bebidas alcoólicas são substâncias
fáceis de arranjar.
Motivos para as pessoas não consumirem drogas (n= 271)
Porque não querem 84.5%
Porque têm medo de apanhar doenças 51.3%
Porque nunca pensaram nisso 35.8%
Porque têm medo da reacção dos pais e amigos 35.8%
Porque é ilegal 33.6%
Porque os amigos não o fazem 23.2%
Porque as drogas são caras 9.2%
Outra razão 4.4%
Facilidade de acesso (n=271)
Fácil de ar ranjar Difícil de ar ranjar
Tabaco 97.0% 3.0%
Bebidas alcoólicas 92.6% 7.4%
Solventes inaláveis 41.3% 58.7%
Tranquilizantes 36.2% 63.8%
Anfetaminas 29.5% 70.5%
Cannabis 29.5% 70.5%
Ecstasy 28.4% 71.6%
LSD 20.7% 79.3%
Cocaína 19.6% 80.4%
Heroína 15.1% 84.9%
Cogumelos mágicos 14.0% 86.0%
TEMPOS LIVRES
As ocupações de tempos livres mais assinaladas pelos jovens são ouvir música,
conversar com os amigos, ver televisão ou vídeo, estar com os amigos e jogar às cartas,
jogos de vídeo e computador.
Ocupação de tempos livres (n= 271)
Ouvir música 97.4%
Conversar com os amigos 92.6%
Ver televisão ou vídeo 91.1%
Estar com os amigos 87.8%
Jogar às cartas, jogos de vídeo ou computador 86.0%
Ir ao cinema, teatro, concerto 76.0%
Navegar na internet 74.5%
Ir à praia 74.2%
Dormir 72.3%
Fazer compras ou ver montras 72.0%
Estar só 62.4%
Praticar desporto de grupo 63.1%
Visitar familiares 60.1%
Ler 58.7%
Assistir a acontecimentos desportivos 57.6%
Ajudar nos trabalhos domésticos 56,8%
Ir ao café 55.7%
Fazer os trabalhos de casa ou mais trabalhos para a escola 55.4%
Falar ao telefone 53.5%
Namorar 40.6%
Ir à discoteca 40.2%
Tocar música ou cantar 37.6%
Praticar um desporto individual 32.8%
Praticar um desporto não orientado por um treinador 30.6%
Praticar um desporto de competição 30.6%
Fazer uma colecção 24.0%
Trabalhar para ganhar algum dinheiro 22.5%
Participar em actividades de expressão plástica 19.6%
Participar em actividades associativas 17.7%
Trabalhos de solidariedade 10.3%
De seguida apresentamse os resultados do questionário aplicado aos
Encarregados de Educação.
DEMOGRÁFICAS
Nas questões demográficas, analisase o género, nível de instrução e profissão.
Género
Género (n=271) Sexo Masculino
18.8% Sexo Feminino
81.2%
A maioria dos encarregados de educação é do sexo feminino
Nível de instrução
Nível de instrução (n= 271) Até ao 4º
ano Até ao 6º
ano Até ao 9º
ano Até ao 12º
ano Bacharelato Licenciatura
ou mais 21.4% 26.2% 19.9% 21.0% 3.0% 8.5%
A maioria dos encarregados de educação tem até ao 6º ano de escolaridade
Profissão
Profissão (n=271) Nível 1 (elevado)
Nível 2 Nível 3 (médio)
Nível 4 Nível 5 (baixo)
Desempregado Reformado
9.6% 11.1% 13.3% 24.7% 38.0% 2.6% 0.7%
A maioria dos inquiridos indica uma profissão correspondente a um nível baixo
de instrução.
NECESSIDADES BÁSICAS
Nas questões relativas às necessidades básicas, analisase a importância de cada
necessidade básica
Necessidades básicas (n= 271)
Nada
impor tante
Pouco
impor tante
Impor tante Muito
impor tante
Manter o filho limpo. 0.0% 0.0% 9.6% 90.4%
Estar seguro que o filho tem cuidados médicos.
0.0% 0.0% 12.5% 87.5%
Assegurar que não são utilizados maustratos físicos.
0.4% 0.4% 11.7% 87.5%
Assegurar comida nutritiva. 0.0% 0.4% 12.5% 87.1%
Ter apoio da família e amigos. 0.4% 0.0% 18.1% 81.5%
Garantir um lugar confortável para viverem.
0.0% 0.0% 24.7% 75.3%
Confortar o filho quando este está ansioso.
0.4% 1.5% 22.9% 75.3%
Expressar afecto ao filho. 0.7% 2.2% 24.7% 72.3%
Ajudar o filho a ter orgulho nos seus talentos.
0.4% 0.7% 26.6% 72.3%
Conversar com o filho sobre assuntos do seu interesse.
1.1% 1.5% 28.0% 69.4%
Ouvir e compreender o ponto de vista do filho.
0.0% 1.1% 29.9% 69.0%
Ajudar o filho a ter orgulho do corpo e aparência.
0.0% 1.8% 31.4% 66.8%
Nada
impor tante
Pouco
impor tante
Impor tante Muito
impor tante
Compreender que o filho tem necessidades e sentimentos diferentes dos seus.
0.0% 1.8% 37.6% 60.5%
Pedir desculpa ao filho. 0.7% 0.4% 38.4% 60.5%
Apoiar os interesses do filho. 0.0% 2.2% 44.6% 53.1%
Ajudar o filho a apreciar a natureza.
0.7 % 2.2% 50.2% 46.9%
Aceitar que o filho venha a desenvolver gostos diferentes dos seus.
0.7% 8.1% 48.7% 42.4%
A maioria dos participantes refere que é muito importante manter o filho limpo,
estar seguro que o filho recebe cuidados médicos, assegurar que não são utilizados
maustratos físicos, assegurar comida nutritiva ao filho e ter apoio da família e amigos.
Educação
Nas questões relativas à educação, analisase a participação dos pais na
educação dos filhos e como as famílias podem participar mais.
AMBIENTE FAMILIAR
Participação na educação dos filhos
Participação na educação (n=271) Nunca Algumas
vezes Muitas vezes
Sempre
Sabe as notas de cada disciplina no final do período
0.4% 1.1% 2.2% 96.3%
Sabe as notas dos testes 2.2% 6.3% 9.6% 81.9%
Janta com o filho 0.4% 8.5% 16.2% 63.5%
Vai à reunião de pais 5.9% 11.1% 17.3% 65.7%
Chega antes das 20 horas a casa 7.0% 13.3% 16.2% 63.5%
Sabe a data dos testes 3.3% 22.5% 28.0% 46.1%
Vê televisão com ele 2.2% 29.9% 32.1% 35.8%
Ajudao nas tarefas escolares 19.2% 41.7% 23.6% 15.5%
A maioria dos encarregados de educação afirma saber as notas de cada disciplina
no final de cada período e as notas dos testes.
Participação na educação dos filhos
Participação na Educação dos filhos (n= 271) Boa 68.3%
Um pouco menos do que gostava 23.6%
Muito menos do que gostava 6.3%
Não participa porque não tem tempo 0.7%
Não participa porque o jovem tem apoio escolar 0.4%
Não participa porque acha que não é necessário 0.4%
Outra razão 0.4%
A maioria dos inquiridos considera que a sua participação na educação dos
filhos é boa.
Como é que as famílias podem participar mais na educação dos filhos
Como é que as famílias podem participar mais na educação dos filhos (n= 271) Ter mais tempo para passar com os filhos 87.8%
Através de reuniões realizadas na escola para tirar dúvidas acerca da
educação
30.6%
Através de centros de apoio 26.2%
Através de actividades desenvolvidas pela escola 25.5%
Outro tipo de participação 1.5%
A maioria dos encarregados de educação refere que se pode participar mais na
educação dos filhos, tendo mais tempo para passar com eles.
Regras
Nas questões relativas às regras, analisase como são impostas as regras, regras
existentes em casa e quando as regras não são cumpridas o que é que acontece ao
jovem.
Como são impostas as regras em casa
Como são impostas as regras em casa (n=271) Os pais impõem as regras 42.4%
As regras e os castigos são negociados com o jovem 25.8%
As regras são negociadas com o jovem 21.8%
Apenas são negociadas algumas regras com o jovem 8.9%
Não há regras 0.7%
O jovem impõe a maior parte das regras 0.4%
A maioria dos inquiridos refere que são eles que impõem as regras.
Regras existentes em casa
Regras existentes em casa (n= 271)
Nada importante
Pouco importante
Importante Muito importante
O jovem ser bemeducado. 0.0% 0.7% 10.7% 88.6%
Os pais saberem onde o jovem está.
0.0% 0.7% 17.7% 81.5%
O jovem ter que estudar todos os dias.
2.6% 5.2% 32.1% 60.1%
O jovem só poder gastar determinada quantia de dinheiro por dia.
3.0% 8.9% 35.8% 52.4%
O jovem quando vai a uma festa ter horas para chegar a casa.
1.5% 6.6% 41.0% 50.9%
O jovem ter hora marcada para ir dormir.
10.3% 10.0% 41.0% 38.7%
O jovem ter que deixar o quarto ar rumado.
3.7% 11.4% 50.6% 34.3%
O jovem ter que fazer a cama todos os dias
4.8% 18.5% 45.4% 31.4%
O jovem ter horários para jogar computador.
14.4% 18.8% 44.6% 22.1%
O jovem ter horários para ver televisão.
14.0% 22,5% 48,7% 14.8%
A maioria dos participantes refere que é muito importante o jovem ser bem
educado, saberem onde o jovem se encontra e o jovem estudar todos os dias.
Quando as regras não são cumpridas o que acontece ao jovem
Quando as regras não são cumpridas o que acontece ao jovem (n=271) Os pais conversam com o jovem 89.7%
O jovem não tem acesso ao computador 25.5%
O jovem não pode sair com os amigos 21.0%
O jovem não pode ver T.V 16.2%
O jovem deixa de ter mesada 2.2%
O jovem recebe punição física 1.5%
A maioria dos encarregados de educação refere que, quando as regras não são
cumpridas, conversam com o jovem.
Escola
Nas questões relacionadas com a escola, analisase como o encarregado de
educação tem acesso à informação relativa ao desempenho do jovem e as funções da
escola.
Como é que tem acesso à informação relativa ao desempenho do jovem
Como é que tem acesso à informação relativa ao desempenho do jovem (n=271) Através das reuniões no final de cada período 88.2%
Através das informações fornecidas pelo filho 75.3%
Através da caderneta de aluno 50.2%
Através de cartas enviadas pela escola 24.0%
Através do director de turma 7.0%
Não tem acesso a nenhum tipo de informação 0.0%
A maioria dos inquiridos, refere que recebe informações através das reuniões no
final de cada período, através do filho e pela caderneta de aluno.
Funções da escola
Funções da escola (n= 271) Ensinar a matéria 94.1%
Ensinar a respeitar os outros 70.8%
Tirar dúvidas sobre a matéria 69.4%
Falar do perigo do consumo de substâncias 57.9%
Ensinar regras de boa educação 57.2%
Chamar a atenção quando os jovens são maleducados 49.8%
Falar sobre a sexualidade 45.0%
Ocupar os tempos livres 24.4%
A maioria dos encarregados de educação refere que as funções da escola são
ensinar a matéria, ensinar a respeitar os outros e tirar dúvidas sobre a matéria.
Saúde, bemestar e educação
Nas questões relacionadas com saúde e bemestar, analisase como o
encarregado de educação tira as dúvidas, que dúvidas tem e como gostaria de as tirar.
Como tira as dúvidas que tem acerca da saúde, bemestar e educação
A maioria dos inquiridos afirma colocar as dúvidas ao seu médico de família.
Como tira as dúvidas que tem acerca da saúde, bemestar e educação (n= 271)
Ao médico de família 87.8%
A familiares 40.2%
Aos professores 28.8%
Aos amigos 22.1%
Nos livros 11.4%
Não costuma ter dúvidas 8.5%
Na internet 6.6%
Nos centros de apoio 3.7%
Que dúvidas costuma ter
Que dúvidas costuma ter (n= 271)
Não costuma ter dúvidas 41.7%
Problemas de aprendizagem 26.2%
Saúde 20.7%
Problemas de comportamento 18.8%
Como falar sobre a sexualidade 17.3%
Como falar sobre o consumo de drogas 11.1%
A maioria dos inquiridos, refere não ter dúvidas.
Como gostaria de tirar as dúvidas
Como gostaria de tirar as dúvidas (n= 271)
Reuniões nas escolas com pessoas especializadas 42.4%
Não costuma ter dúvidas 35.8%
Centros de apoio 29,9%
Através de folhetos 8.1%
A maioria dos encarregados de educação refere que gostaria de tirar as suas
dúvidas em reuniões realizadas nas escolas com pessoas especializadas.
Consumo de substâncias
Nas questões relativas ao consumo de substâncias, analisase quais os sinais
evidentes de consumo de substâncias.
A maioria dos participantes, refere que ter más companhias e ser agressivo,
faltar às aulas e pedir frequentemente dinheiro, são os sinais mais evidentes de consumo
de substâncias aditivas.
Sinais evidentes de consumo de substâncias (álcool, tabaco e drogas)
Sinais evidentes de consumo de substâncias (álcool, tabaco e drogas) (n= 271)
Más companhias 70.8%
Ser agressivo 67.9%
Faltar às aulas 66.4%
Pedir frequentemente dinheiro 63.5%
Ter dificuldades em concentrarse 45.8%
Isolarse 45.8%
Cheirar a fumo 44.6%
Olhar brilhante 41.3%
Apresentar fraco rendimento académico 37.6%
Falta de cuidados com a higiene 32.5%
Chegar tarde a casa 32.1%
Nas questões relativas à ajuda, analisase se foi preciso ajuda para preencher o
questionário.
Ajuda para preencher o questionário
Ajuda para preencher o questionário (n= 271)
Sim Não
7.7% 92.3%
A maioria dos sujeitos refere não ter tido ajuda para preencher o questionário.
Ajuda
De seguida apresentamse os resultados do questionário aplicado aos
professores, no que diz respeito às questões sobre a escola em que lecciona; se é director
de turma; se pertence ao conselho executivo; estratégias utilizadas, na escola que
lecciona, para os pais participarem na vida escolar dos filhos; as estratégias que têm
demonstrado maior eficácia; estratégias que poderiam ser implementadas; participação
dos pais na educação; dúvidas colocadas pelos pais e a existência e funções da
associação de pais na escola.
Dos 36 questionários distribuídos (um por cada turma escolhida) responderam
25 professores.
Escola que lecciona
Escola que lecciona (n= 25) Escola EB 2,3 de Pegões 16.0% Escola Secundária Poeta Joaquim Serra 48.0% Escola Secundária Jorge Peixinho 36.0%
A maioria dos professores pertence à Escola Secundária Poeta Joaquim Serra.
Director de turma
Director de turma (n= 25) Sim Não 96.0% 4.0%
A maioria dos inquiridos é director de turma.
Pertence ao conselho executivo
Pertence ao conselho executivo (n= 25) Sim Não 4.0% 96.0%
A maioria dos sujeitos refere não pertencer ao conselho executivo.
Estratégias utilizadas, na escola que lecciona, para os pais participarem na vida
escolar dos filhos
Estratégias para os pais participarem na vida escolar dos filhos ( n= 25)
Reuniões no final de cada período 100.0%
Dia de atendimento semanal 100.0%
Telefonemas aos pais 92.0%
Caderneta de aluno 76.0%
Cartas 68.0%
Actividades em que os pais participam em conjunto com os filhos 20.0%
Acções de sensibilização sobre diversos temas 4.0%
A totalidade dos inquiridos refere que as reuniões realizadas no final de cada
período e o dia de atendimento semanal, são estratégias utilizadas para os pais
participarem na vida escolar dos filhos.
Estratégias que têm tido uma maior eficácia
Estratégias que têm tido maior eficácia (n= 25)
Reuniões no final de cada período 56.0%
Telefonemas feitos aos pais 40.0%
Dia de atendimento semanal 36.0%
Cartas 32.0%
Caderneta de aluno 20.0%
Actividades em que os pais participam em conjunto com os filhos 16.0%
Mais de metade dos inquiridos refere que as reuniões no final de cada período é
a estratégia utilizada que apresenta uma maior eficácia.
Estratégias que poderiam ser implementadas
Estratégias que poderiam ser implementadas (n = 25)
Acções de sensibilização sobre diversos temas 24.0%
Actividades para os pais participarem com os filhos 20.0%
Organização de eventos que envolva toda a sociedade 8.0%
Justificação de faltas para os pais quando estes têm reuniões na escola 4.0%
Mais horas para os directores de turma falarem com os pais 4.0%
Reuniões intervalares 4.0%
Solicitações para os pais participarem nas decisões da turma 4.0%
Os professores referem mais frequentemente que as acções de sensibilização
sobre diversos temas, é uma das estratégias que poderia ser implementada.
Participação dos pais na educação
Participação dos pais na educação (n= 25)
São poucos os pais que participam 60.0%
A maior parte dos pais participa 40.0%
A maioria dos professores refere que são poucos os pais que participam na
educação dos filhos.
Os pais que participam
Os pais que participam (n= 25)
São interessados 84.0%
Os filhos não têm problemas de aprendizagem 76.0%
Têm tempo 36.0%
Os filhos têm problemas de saúde 32.0%
Os filhos têm problemas de aprendizagem 24.0%
Têm muitas habilitações literárias 24.0%
Têm poucas habilitações literár ias 20.0%
Os inquiridos referem, que os pais que participam são aqueles que são
interessados e que os filhos não têm problemas de aprendizagem.
Dúvidas colocadas pelos pais
Dúvidas colocadas pelos pais ( n= 25)
Problemas de aprendizagem 96.0%
Comportamento 96.0%
Saúde 16.0%
Assiduidade 8.0%
Como conversar com o jovem sobre a sexualidade 4.0%
Como conversar com o jovem sobre o consumo de substâncias 4.0%
Os professores referem que as dúvidas que os pais costumam colocar têm a ver
com os problemas de aprendizagem e comportamento.
Associação de pais
Associação de pais (n= 25)
Desconhece a existência 32.0%
Contacto com os outros pais 8.0%
Controlo / avaliação do cumprimento das leis 4.0%
Órgão de gestão 4.0%
Posição passiva 4.0%
A maioria dos sujeitos refere que desconhece a existência da associação de pais
na escola que lecciona.
Neste capítulo foram estudadas as associações existentes entre o QLPA
(questionário das práticas parentais educativas aplicado aos jovens) e o PBI
(questionário sobre as práticas parentais educativas aplicado aos pais).
Para este estudo calculouse o coeficiente de Correlação de Pearson.
QLPA e PBI
De seguida apresentamse os resultados quando o encarregado de educação é o
pai para a amostra total de jovens.
1 2 3 4 5 6 1 QLPA Pai carinho 2 QLPA Pai autonomia .195 3 QLPA Pai Protecção .060 .144 4 PBI Carinho .514* .018 .032 5 PBI Autonomia .254 .201 .024 .487* 6 PBI Protecção .027 .189 .258 .065 .118 * p<0.05
Verificase a existência de uma associação positiva moderada entre o carinho
que o pai dá e o carinho que o(a) jovem sente por parte do pai. Podese igualmente
constatar a existência de uma associação, igualmente moderada, entre a autonomia e o
carinho dados pelo pai., ou seja quanto maiores forem os índices de carinho dado pelo
pai maior será a autonomia dada pelo mesmo.
De seguida, serão apresentados os resultados quando o encarregado de educação
é a mãe, para a amostra total de jovens.
1 2 3 4 5 6 1 QLPA Mãe carinho 2 QLPA Mãe autonomia .326* 3 QLPA Mãe Protecção .091 .103 4 PBI Carinho .176 .035 .165 5 PBI Autonomia .001 .123 .082 .487** 6 PBI Protecção .132 .466** .297* .065 .118 * p<0.05
** p<0.01
Podese constatar a existência de uma associação positiva baixa entre o índice de
autonomia e carinho dados pela mãe (QLPA) e uma associação positiva moderada
entre a autonomia e carinho que a mãe refere dar ao jovem (PBI). Quantos maiores são
os índices de carinho que o jovem sente por parte da mãe, maior é a autonomia sentida
pelo jovem, além disso, quantos maiores são os índices de carinho que a mãe refere dar
maior é a autonomia.
Verificase igualmente a existência de uma associação negativa baixa entre a
protecção que a mãe refere dar e a protecção sentida pelo jovem e uma associação
negativa moderada entre a protecção que a mãe refere dar e a autonomia que o jovem
sente por parte da mãe, ou seja quanto menores são os índices de protecção referidos
pela mãe maior é a protecção sentida pelo jovem e quanto maiores são os índices de
protecção referidos pela mãe menor é a autonomia sentida pelo jovem.
Este projecto tem como objectivos, descrever os comportamentos dos jovens, a
relação entre a escola e a família, bem como estudar as Práticas Parentais Educativas no
concelho do Montijo.
Os questionários foram recolhidos em três escolas do Montijo num total de 36
turmas, do 7º ao 12º ano de escolaridade, escolhidas aleatoriamente.
Foram inquiridos 812 alunos e seus encarregados de educação, tendo apenas
respondido 271 (33.4%) pais. Pelo facto de se pretender saber a relação existente entre
o questionário do jovem e do seu encarregado de educação, a amostra deste estudo, é
constituída por 271 jovens e seus encarregados de educação, bem como por 25
professores (dos 36 questionários distribuídos).
Cada questionário aplicado ao jovem tinha um código no cabeçalho, bem como
um envelope anexado para ser entregue pelo jovem ao encarregado de educação. Este
envelope continha uma breve explicação do estudo e um questionário, com o mesmo
código do questionário aplicado ao jovem, para o encarregado de educação preencher
para posteriormente ser entregue (pelo jovem ou encarregado de educação) ao director
de turma.
Os professores que aplicaram os questionários aos alunos, preenchiam também
um questionário dirigido aos professores.
Quem são os inquir idos da Aventura Social nas Famílias?
Os jovens são maioritariamente do género feminino (62.7%) e com 14 anos.
Relativamente aos encarregados de educação, a maioria é do sexo feminino. Em
relação ao nível de instrução a opção de resposta mais assinalada foi “até ao 6º ano”,
assim como o “nível 5” (baixo) para a profissão.
Como é o ambiente familiar?
A maioria dos jovens refere que passa o tempo que necessita com os pais e que o
carinho e afecto que os pais dão é o que necessitam. Verificase também que os rapazes
referem mais frequentemente que às vezes fazem coisas em conjunto com o pai,
enquanto as raparigas referem mais frequentemente fazerem muitas vezes coisas em
conjunto com a mãe.
Verificase igualmente a existência de uma associação entre o carinho que o pai
diz dar e o carinho que o(a) jovem sente por parte do pai. Podese igualmente constatar
que quanto maior for o índice de carinho dado pelos pais maior será a autonomia dada
ao(à)jovem. Verificase, que quanto menores são os índices de protecção referidos pela
mãe maior é a protecção sentida pelo(a) jovem e quando a mãe refere que dá protecção,
menor é a autonomia sentida pelo(a) jovem.
Como é a par ticipação dos pais na educação dos filhos?
A maioria dos jovens refere que apenas algumas vezes o pai sabe a data dos seus
testes, sendo as raparigas que o referem mais frequentemente. Os jovens mais novos
referem que o pai poucas vezes sabe a data dos testes, enquanto os mais velhos referem
que o pai nunca sabe a data dos testes. A maioria dos jovens refere que a mãe sabe
sempre a data dos testes.
Os jovens referem que os pais sabem sempre as notas dos testes e os mais novos
referem mais frequentemente que a mãe sabe sempre a nota dos testes. A maioria dos
pais refere que sabe sempre as notas dos testes
A maioria dos sujeitos, diz que os pais sabem sempre as notas no final de cada
período, o que está de acordo com o que os pais referem.
Relativamente à ajuda do pai nas tarefas escolares, as raparigas respondem mais
frequentemente que o pai ajuda algumas vezes e os rapazes referem que o pai ajuda
poucas vezes. Os jovens de ambos os sexos com 14/15 anos dizem que o pai nunca
ajuda nas tarefas escolares. São os jovens mais novos que referem mais frequentemente
que a mãe algumas vezes ajuda nas tarefas escolares. Os pais referem mais
frequentemente que apenas algumas vezes ajudam nas tarefas escolares.
No que diz respeito à participação dos pais nas reuniões, a maioria dos jovens
refere que o pai nunca vai e que a mãe está sempre presente. Mais de metade dos pais
refere que vai sempre à reunião de pais.
Quando é questionado se os pais conversam sobre assuntos do seu interesse, a
maioria dos jovens refere que com a mãe isso sempre acontece e com o pai apenas
algumas vezes.
A maioria dos pais refere que a sua participação na educação dos filhos é boa. Ter mais
tempo para passar com os filhos, surge como a opção mais assinalada, quando os pais
são questionados como é que as famílias podem participar mais na educação dos filhos.
Que regras existem nas famílias do Montijo?
Cerca de um terço dos jovens, refere que são os pais que impõem as regras,
outro terço refere que as regras e castigos são negociados. Os mais velhos referem mais
frequentemente que as regras são negociadas. Por seu lado, a maioria dos pais refere que
são eles que impõem as regras.
Relativamente às regras existentes em casa, as raparigas referem mais
frequentemente que têm de fazer a cama todos os dias. Podese igualmente constatar
que os mais novos têm de ser bemeducados, enquanto que os mais velhos referem não
ter estipulado a quantidade de dinheiro que podem gastar por dia e não têm horários
para ir dormir e jogar computador.
Os pais por seu lado, referem como muito importante o jovem ser bemeducado,
saber onde o jovem está e o jovem ter que estudar todos os dias.
Quando as regras não são cumpridas, a maioria dos jovens e pais refere que
dialogam sobre o facto.
Qual a relação existente entre os pais e a escola?
A maioria dos pais, refere que tem acesso à informação relativa ao desempenho
académico do jovem, através das reuniões no final de cada período através das
informações fornecidas pelo filho e pela caderneta do aluno.
Quando questionados sobre as funções da escola, a maioria dos pais referem que
a escola tem como funções, ensinar a matéria, respeitar os outros e tirar dúvidas sobre a
matéria.
Qual a opinião dos pr ofessores relativamente à par ticipação dos pais
na educação dos filhos?
A totalidade dos professores inquiridos refere que as reuniões de pais e o dia de
atendimento semanal, são estratégias utilizadas na escola que lecciona, sendo a reunião
de pais a estratégia que tem demonstrado maior eficácia. Na opinião dos professores,
acções de sensibilização sobre diversos temas, é uma das estratégias que poderia ser
implementada.
A maioria dos professores refere que são poucos os pais que participaram na
educação dos filhos e aqueles que participam são na maioria, pais interessados e que os
filhos não têm problemas de aprendizagem.
Os problemas de aprendizagem e no comportamento, são as dúvidas mais vezes
colocadas aos professores pelos pais. A maioria dos professores desconhece a existência
de associação de pais na escola que lecciona.
Que dúvidas é que os pais costumam ter sobre saúde, bem – estar e
educação?
A maioria dos pais refere que não costuma ter dúvidas, mas quando as tem
costuma colocálas ao médico de família. Quando questionados sobre o modo como
gostariam de tirar as dúvidas, a maioria responde que gostaria que houvessem reuniões
nas escolas com pessoas especializadas.
O que consomem os jovens do Montijo?
A maioria dos jovens afirma já ter experimentado bebidas alcoólicas. As
raparigas e os jovens mais velhos de ambos os sexos são os que respondem mais
frequentemente. Os participantes referem que quando experimentaram pela primeira vez
bebidas alcoólicas tinham entre os 13 e 16 anos de idade.
Podese constatar que os jovens mais velhos referem mais frequentemente
consumir bebidas destiladas, enquanto que os jovens com 14, 15 anos consomem mais
cerveja.
Dos jovens que afirmam já ter consumido bebidas alcoólicas um terço refere
nunca ter consumido no último mês.
A maioria dos jovens refere nunca se ter embriagado e que os pais têm
conhecimento que o jovem consome bebidas alcoólicas.
Relativamente ao consumo de tabaco, a maioria dos inquiridos refere que não
experimentaram tabaco e são as raparigas e os jovens mais velhos de ambos os sexos
que referem mais vezes terem experimentado.
Dos jovens que fumam, a maioria diz que fuma uma vez por semana e que
consome 2 a 10 cigarros por semana e que os pais não têm conhecimento.
No que diz respeito ao consumo de drogas, a maioria dos jovens refere nunca ter
experimentado e os que referiram já ter experimentado a maioria refere que já consumiu
cannabis. A maioria dos jovens não consumiu drogas no último mês e quando consome
fálo em casa de amigos e na sua companhia. A totalidade dos jovens diz que os pais
não têm conhecimento que consome drogas.
A maior parte dos jovens refere que nenhum dos seus amigos consome drogas e
na sua opinião as pessoas consomem drogas para experimentar, esquecer os problemas e
porque os amigos também o fazem e não consomem porque não querem e têm medo de
apanhar doenças. Quando questionados sobre a facilidade de acesso de algumas
substâncias, a maioria refere que o tabaco e as bebidas alcoólicas são substâncias de
fácil acesso.
Os pais por seu lado, referem que o jovem ter más companhias, demonstrar
agressividade, faltar às aulas e pedir frequentemente dinheiro, são sinais evidentes de
consumo de substâncias.
O que fazem os jovens no seu tempo livr e?
A maioria dos jovens, refere que nos seus tempos livres costuma ouvir música,
conversar e estar com os amigos, ver televisão ou vídeo, jogar ás cartas, jogos de vídeo
e computador.
Em suma, na diferença entre géneros, podemos dizer que as raparigas, referem
mais frequentemente: fazer coisas em conjunto com a mãe, que algumas vezes o pai
sabe as notas dos testes, o pai ajuda algumas vezes nas tarefas escolares e que o pai
nunca fala de assunto do seu interesse. Relativamente às regras existentes em casa, as
raparigas referem mais frequentemente que têm que fazer a cama todos os dias. No que
diz respeito ao consumo de substâncias, as raparigas referem mais frequentemente já ter
experimentado bebidas alcoólicas e tabaco.
Os rapazes por seu lado, referem mais frequentemente, que fazem coisas em
conjunto com o pai.
Na diferença de idades, os mais novos referem mais frequentemente, que poucas
vezes o pai sabe a data dos testes, que a mãe sabe sempre a nota dos testes e que a mãe
algumas vezes ajuda nas tarefas escolares. Os mais novos referem também que têm de
ser bem – educados. Relativamente ao consumo de álcool, os mais novos consomem
mais cerveja.
Os mais velhos por seu lado, referem mais frequentemente que o pai nunca sabe a
data dos testes e que o pai nunca ajuda nas tarefas escolares. Referem também que as
regras são negociadas, e que não têm estipulado a quantidade de dinheiro que podem
gastar diariamente e não têm horários para ir dormir e jogar computador. Os mais
velhos referem mais frequentemente já ter experimentado bebidas alcoólicas e consumir
mais bebidas destiladas, bem como experimentar tabaco.
Tornase importante referir que a maioria dos pais refere que a sua participação na
educação dos filhos é boa e quando têm dúvidas sobre saúde, bemestar e educação, os
pais colocamnas ao médico de família.
Relativamente aos professores, a maioria refere que são poucos os pais que
participam na educação dos filhos.
Os perfis traçados anteriormente deverão ser a base para a elaboração de medidas
que facilitem e promovam a saúde dos jovens do Montijo, bem como uma maior
participação dos pais na educação dos filhos. Tornase por isso importante, a
participação de todos os agentes educativos.
Recolheramse as informações e transformaramse em conhecimentos.
O desafio é agora:
COMO (e para quando) TRANSFORMAR ENTES CONHECIMENTOS
EM PRÁTICAS PROMOTORAS DE SAÚDE?
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