Incropera 5.60 No Matlab Implicito

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Universidade Federal de Pernambuco Centro de Tecnologia e Geociências Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica Análise Numérica do Resfriamento de de uma esfera maciça Aluno : Marcelo Alexandre de Souza Júnior Disciplina : Fenômenos de Transporte Computacional Professor : Rita de Cássia Lima Recife, 11 de Dezembro de 2012

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Universidade Federal de Pernambuco

Centro de Tecnologia e Geociências

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica

Análise Numérica do Resfriamento de de uma esfera maciça

Aluno : Marcelo Alexandre de Souza Júnior

Disciplina : Fenômenos de Transporte Computacional

Professor : Rita de Cássia Lima

Recife, 11 de Dezembro de 2012

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Trabalho realizado pelo aluno Marcelo Alexandre de Souza

Júnior para avaliação parcial da Disciplina Fenômenos de

transporte Computacional do Programa de Pós-Graduação

em Engenharia Mecânica da Universidade Federal de

Pernambuco.

Orientadora: Rita Cássia de Lima.

RECIFE – PERNAMBUCO

DEZEMBRO – 2012

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Problema Proposto

Uma esfera de de diametro inicialmente a é resfriada em um grande banho,

mantido a uma temperatura de e com um coeficiente de convecção de ( ⁄ ).As

propriedades termofísicas do material da esfera são: (

⁄ ), (

⁄ ) e

( ⁄ ).

a) Mostre, de maneiera qualitativa, as temperaturas do centro e da superfície da esfera em

função do tempo. b) Calcule o tempo necessário para superfície da esfera atingir a temperatura de .

c) Determine o fluxo térmico ( ⁄ ) na superfície externa da esfera no instante determinado

no item (b). d) Determine a energia ( ) que foi perdida pela esfera durante o processo de resfriamento até

a superfície da esfera atingir a temperatura de ( ). e) No tempo determinado na parte (b), a esfera é removida rapidamente do banho e coberta

por uma camada de isolante perfeito, de tal forma que não há mais perda de calor pela superfície da esfera. Qual será a temperatura da esfera quando ela atingir o regime permanente?

f) Calcule e represente graficamente os históricos das temperaturas na superfície e no centro da esfera para o período . Que efeito tem um aumento no coeficiente de

convecção para ( ( )⁄ ) sobre os históricos apresentados anteriormente?

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Solução Numérica

A solução numérica foi obtida pelo método do balanço de energia nos volumes de controle do cilindro na direção radial :

1) Balanço de Energia para os nós internos(Figura 1):

Figura 1: Volume de Contole do nó interno da esfera (Visão 2D).

Equação de Balanço na direção radial para os nós internos:

2 2 3 3

112

2

44 4

2 2 3 2 2m i m i i i

ii

r dT r dT r r dTk r k r c r r

dr dr dt

Ao discretizarmos as derivadas por diferenças finitas, obtemos:

2 2 3 31 1 1 1 11 1 4

4 42 2 3 2 2

n n n n n ni ii i i i

m i m i i i

T T T T T Tr r r rk r k r c r r

r r t

Que após algumas manipulações algébricas pode ser reescrita da seguinte forma:

1 1

1

1

1

2 2 2 3 3

2 3

...3

...3

2 2 2 2 2

2 2 2

n n

i i

n

i

m mi i i i i

mi i i

T Tr r t

Tr t

k kr r r c r rr r r r r

k r c r rr r r

3

n

iT

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2) Balanço de energia para o nó central (Figura 3) :

Figura 2: Volume de Controle do nó central (Visão 2D).

Equação de Balanço na direção radial para o nó central:

2 3

112

44

2 3 2m

r dT r dTk c

dr dt

Discretizando as derivadas por diferenças finitas, obtemos:

2 31 1 1

1 2 1 144

2 3 2

n n n n

m

T T T Tr rk c

r t

Que após algumas manipulações algébricas pode ser reescrita da forma:

1 1

1 2 12 2

6 61 n n nm mk t k t

T T Tc r c r

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3) Balanço de energia para o nó da superfície (Figura 4):

Figura 3: Volume de Controle do nó da superfície (Visão 2D).

Equação de Balanço na direção radial para o nó de superfície:

2

2 3

34

4 42 3 2

m N

r R

r dT dTk R h R T T c R

dr dt

rR

Discretizando as derivadas por diferenças obtemos:

2 1 1 1

2 31

3

4 42 3

4

2

n n n n

N N N N

m N

T T T Trk R h R T T R

r t

rc R

Que após algumas manipulações algébricas, pode ser reescrita na seguinte forma:

2 2

2 3 1 1 2 3

1

3 3

2 3 2 32 2

n n nm m

N N N

k kr rR hR R T R T hR T R T

r t r t

c r c rR R

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4) Balanço de Energia para o nó da superfície a partir do ítem “e”:

Equação de Balanço na direção raidal para o nó de superfície: 2

3

34

42 3 2

m

r R

r dT dTk R c R

dr dt

rR

Discretizando as derivadas por diferenças obtemos:

2 1 1 1

31

3

42 3

4

2

n n n n

N N N N

m

T T T Trk R R

r t

rc R

Que após algumas manipulações algébricas, pode ser reescrita na seguinte forma:

2 2

3 1 1 3

1

3 3

2 3 2 32 2n n nm m

N N N

k kr rR R T R T R T

r t r t

c r c rR R

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Resultados e Discussão

a)

Gráfico 1: Distribuição da Temperatura no Centro e na superfície da esfera ao longo do tempo.

Pode-se observar no Gráfico 1 que as temperaturas na esfera decrescem ao longo do tempo, devido ao gradiente de temperatura que provoca um fluxo de calor para fora da esfera.

Quando a temperatura da superfície atinge 415 K e a esfera é isolada, não há mais variação da energia interna, pois não há mais fluxo de calor para dentro ou para fora do corpo e a temperatura dentro da esfera se homogeiniza numa temperatura de equilíbriop constante.

b) O tempo para que a superfície da esfera atinja 415 K, é:

Para h=75[W/m2] t= 73 s

Para h=200[W/m2] t= 28 s

c) Fluxo Térmico

O fluxo térmico na superfície da esfera no instante em que a temperatura da esfera

atinge 415 K, é dado por: ( inf)Q hA Ts T

Para h=75[W/m2] Q = 20,1438 [W/m

2 ]

Para h=200[W/m2] Q = 53,7062 [W/m

2 ]

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d) Energia Interna

A energia interna é dada por:dT

dtU c

Para h=75[W/m2] U = 1,1393x10

06 (J)

Para h=200[W/m2] U = 2,9449x10

06 (J)

e) Temperatura de Equilíbrio

Para h=75[W/m2] Tequil=428 K

Para h=200[W/m2] Tequil=452 K

f)

Figura 4: Distribuição da temperatura no centro e na superfície da esfera para h = 75[W/m2] (à direita) e h = 200

[W/m2] (à esquerda).

Na Figura 4 pode-se observar as distribuições de temperatura na superfície da esfera e no centro da mesma em função do tempo para dois valores do coeficiente de convecção.

Para o valor mais elevado, observou-se uma queda mais brusca das temperaturas em função do tempo. O tempo necessário para que a superfície atingisse o valor de 415 K foi bem mais reduzido para o coeficiente de convecção elevado.(esposto no item b)

Para Tsup= 415 K

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Código do Programa em Matlab

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% % Fenômenos de Transporte Computacional % % Profa. Rita de Cássia % % Problema 5.60 - Incropera (6ª Edição) % % Última atualização: 11/12/2012 % % Por: Marcelo Alexandre de Souza Júnior % %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%

clear all close all clc % Dados do Problema proposto

Raio = 0.015; % [m] dr = 0.00015; % Incremento da malha na direção r km = 1.7; % [W*(m^-2)*(K^-1)] T_Infinito = 320; % [K] h1 = 200; % [W*(m^-1)*(K^-1)] h2 = 200; % [W*(m^-1)*(K^-1)] Tempo = 150; % [s] dt = 0.01; % Tamanho do passo no tempo Nt = Tempo/dt +1; % Número de passos no tempo dens = 400; % [kg*(m^-3)] c = 1600; % [J*(kg^-1)*(K^-1)] NP = Raio/dr+1; % Número de pontos M = sparse(NP,NP); % Matriz principal Resp = ones(NP,1); % Matriz dos termos Independentes T = ones(NP,1)*800;% Condição Inicial

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% %% Montagem das Matrizes %% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%

% Pra facilitar a minha vida

A = (6*km*dt)/(dens*c*(dr^2)); B = (dens*c/(3*dt)); C = km/dr; D = h1*Raio^2; E = C*((Raio-dr/2)^2); F = B*((Raio^3)-(Raio-dr/2)^3); G = h1*T_Infinito*(Raio^2);

%%%%%%%%%%%%%% Matriz dos Coeficientes %%%%%%%%%%%%%%

% Equações dos nós internos % Equação do nó central

M(1,1) = (A+1); M(1,2) = -A;

for i = 2:NP-1 ri = (i-1)*dr;

Page 11: Incropera 5.60 No Matlab Implicito

M(i,i+1) = -C*((ri+dr/2)^2); M(i,i-1) = -C*((ri-dr/2)^2); M(i,i) = (C*(((ri+dr/2)^2)+((ri-dr/2)^2)))+(B*(((ri+dr/2)^3)-... ((ri-dr/2)^3))); end

% Equação do nó da superfície

M(NP,NP-1) = -E; M(NP,NP) = D+E+F; %%% Fim da montagem da matriz dos coeficientes

% Contadores

T_centro(1) = 800; T_sup(1) = 800; cont = 0; % contador das iterações t = 0; % Contador do tempo

while (t < Tempo && T(NP) > 415)

Resp(1) = T(1); for i = 2:NP-1 ri = (i-1)*dr; Resp(i) = (B*(((ri+dr/2)^3)-((ri-dr/2)^3)))*T(i); end Resp(NP) = G+F*T(NP);

cont = cont+1; T = M\Resp; T_centro(cont+1) = T(1); T_sup(cont+1) = T(NP); t = t + dt; end

fluxo = h1*4*pi*(Raio^2)*(T(NP)-T_Infinito) % Fluxo de calor U = dens*c*(800 - 415)/(3* t) % Variação da ... % % ... energia interna

while t < Tempo

M(NP,NP-1) = -E; M(NP,NP) = E+F; Resp(1) = T(1); for i = 2:NP-1 ri = (i-1)*dr; Resp(i) = (B*(((ri+dr/2)^3)-((ri-dr/2)^3)))*T(i); end Resp(NP) = F*T(NP);

cont = cont+1; T = M\Resp; T_centro(cont+1) = T(1); T_sup(cont+1) = T(NP); t = t + dt;

end t;

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tem = [0:dt:150];

plot(tem,T_centro,'C',tem,T_sup,'LineWidth',2) xlabel('Tempo(s)') ylabel('Temperatura(K)') title('Distribuição de Temperatura (K); h = 200 (W*m^-2)') hleg1 = legend('Centro','Fronteira'); % % plot(T);