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Implementação do PSE e
a problemática da evacuação de acamados
Valdemiro Líbano Monteiro DIME - Direção de Infraestruturas, Manutenção e Equipamentos do Hospital da Luz
Estoril, 5 de Dezembro de 2012
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TÓPICOS
1. Introdução
2. Grupo ES Saúde e o Hospital da Luz
3. PSE - Prevenção e redução do risco
4. PSE - Emergência e a evacuação de doentes acamados
5. Conclusões
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1. Introdução
DIME – Direção de Infraestruturas, Manutenção e Equipamentos
É responsável pela manutenção de todo o Hospital (edifício, infraestruturas e equipamentos médicos) Equipa mista – Hospital e GSH (empresa externa) Tem ainda a responsabilidade de zelar pelo bom desempenho do edifício, tanto do ponto de vista energético como do ponto de vista de segurança (safety) Pelo natural conhecimento do edifício e das respetivas infraestruturas, o 1º Delegado de Segurança é um dos responsáveis da DIME.
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2. Grupo ES Saúde e o Hospital da Luz
O Grupo Espírito
Santo possui uma
combinação única
de activos
estratégicos para
se afirmar no
sector da saúde Prestação
de cuidados
de saúde
Gestão da
prestação
Actividade
seguradora
Plataforma de gestão de planos/seguros de
saúde
Rede médica convencionada para o seguro de
saúde (Modelo PPO) com cerca de 1300
prestadores (médicos, clínicas e hospitais)
Vida, Não vida
60 delegações e rede de agentes a
nível nacional
Sexta companhia Ibérica
Holding autónoma dedicada à
prestação de cuidados de saúde e à
oferta de residências vocacionadas
para a população sénior
Não Vida (Canal bancário)
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2. Grupo ES Saúde e o Hospital da Luz
Hospital da Luz
Casas da Cidade - Residências Sénior
Hospital Residencial do Mar
Cliria - Hospital Privado de Aveiro
Hospital da Misericórdia de Évora
Hospital da Arrábida
Clube de Repouso Casa dos Leões
Clínica Parque dos Poetas
Cliria - Centro Médico de Águeda
Hospital de Santiago
Clipóvoa - Clínica de Amarante
Clipóvoa - Clínica de Cerveira Clínica do Foco
Clínica Parque dos Poetas
IRIO
Hospital da Luz -Centro Clínico da Amadora
Cliria - Clínica de Oiã
Clipóvoa -Hospital Privado
Hospital Beatriz Ângelo (PPP)
Cliria - Pólo II
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2. Grupo ES Saúde e o Hospital da Luz
Alguns dos fatores diferenciadores do Hospital da Luz:
o Hospital de agudos e Hospital residencial reunidos num complexo integrado de saúde
o Qualidade e experiência dos mais de 700 médicos, 370 enfermeiros e de todos os profissionais que apoiam direta ou indiretamente os cuidados de saúde prestados nesta unidade
o Arquitetura, projeto e construção ímpares, que aliam a segurança ao conforto e privacidade dos doentes. Prémio Valmor 2007. Primeiro edifício com apoios antissísmicos construído em Portugal.
o Inovação tecnológica, patente nos equipamentos médicos, nos sistemas de informação e nas soluções encontradas, permitindo e valorizando ainda mais o exercício de uma medicina de excelência
o Disponibilização de todas as valências médicas e cirúrgicas, com ênfase em áreas diferenciadas, organizadas em centros de excelência multidisciplinares, com uma abordagem completa e integrada dos doentes.
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Construção Civil
Área coberta total (m2) 96 000 m2
Nº total de pisos 8
Nº de apoios anti-sísmicos 195
Infra-Estrutura eléctrica
Posto de transformação 4 x 1 MVA
Grupos de emergência 2 x 1 MVA
UPS 6 x 120 KVA
Cablagem geral do edifício (Energia + Dados) 787 Km
Quadros eléctricos (Qtd) 220
Luminárias (normal + emergência) 9 000 + 1 900
2. Grupo ES Saúde e o Hospital da Luz
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2. Grupo ES Saúde e o Hospital da Luz
Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (AVAC)
Chillers (560 KW) 6+1
UTAN’s (Unidades de Tratamento de Ar Novo) 85
Ventiloconvectores 850
Segurança de Incêndio e CO
Detectores de fumo 2 500
Detectores de CO 49
Carretéis 153
Extintores 356
Registos corta-fogo 434
Gestão Técnica Centralizada – Nº pontos aproximado 20 000
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2. Grupo ES Saúde e o Hospital da Luz
Equipamentos médicos - Imagiologia
RM’s, TAC’s, RX’s
Equipamentos médicos – Ecografia
Geral, Obstetrica / Ginecológica e Vascular
Equipamentos médicos – Medicina Molecular e Radioterapia
CG, PET-CT, Acelerador Linear
Equipamentos médicos – Bloco Operatório
OR1- Storz, BrainLab, TAC Intraopertório, DaVinci
Equipamentos médicos – Cardiologia de intervenção
Hemodinâmica simples e com Navegação Magnética
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Principais Características do Hospital Circuitos Públicos e de doentes de ambulatório, isolados dos circuitos de serviço, técnicos e de doentes internados. Para assegurar a segurança, minimizar as infeções nosocomiais e privacidade dos doentes. Luz natural. É importante no ambiente hospitalar. UCI, Blocos e Radioterapia com luz natural (proporciona mais conforto e bem estar de doentes e equipa interna) Acabamentos, decoração e infraestruturas. Pensadas para proporcionar conforto num ambiente agradável Data Center próprio Gestão de toda a rede IP e garantia de privacidade de dados Edifício Seguro Edifício com proteção antissísmica única, sistemas passivos e ativos antifogo, controle de acessos, CCTV-IP e Sala de Segurança dedicada. Parqueamento com 500 lugares
2. Grupo ES Saúde e o Hospital da Luz
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3. PSE – Riscos cobertos no plano
Riscos cobertos pelo PSE:
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o Riscos naturais • Sismo • Descarga atmosférica / queda de raio
o Riscos tecnológicos • Incêndio urbano / explosão (interno) • Incêndio / explosão (externo) • Fuga de gás combustível • Fuga de gás medicinal • Inundação • Radioactivos (Radio-farmácia e radioterapia)
o Riscos sociais • Vandalismo em instalações • Ameaça de bomba • Pacote abandonado • Tumultos / desacatos • Rapto de recém-nascido ou de doente internado (jovem ou adulto)
3. PSE – Prevenção e redução do risco
Objetivos principais do PSE na vertente de prevenção:
o Evitar a ocorrência de incêndios ou de outros acidentes, decorrentes dos riscos coletivos
o Garantir, em permanência, a manutenção das condições de segurança estabelecidas para fazer face aos riscos coletivos
o Preparar os funcionários e colaboradores do Hospital da Luz para reagir de forma coordenada e organizada a uma situação de emergência
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3. PSE – Prevenção e redução do risco
Principais medidas de prevenção – Gestão dos Espaços
o Acessibilidade dos meios de socorro
o Acessibilidade para manobra dos hidrantes exteriores e alimentação à rede húmida
o Praticabilidade das vias de evacuação
o Eficácia da compartimentação e estabilidade ao fogo
o Segurança na manipulação e armazenamento de matérias perigosas
o Garantia das condições particulares de segurança dos locais com maior risco
o Limpeza e arrumação adequada dos espaços
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3. PSE – Prevenção e redução do risco
Principais medidas de prevenção – Exploração e Manutenção
o Correta exploração e utilização das instalações, equipamentos e sistemas de segurança
o Cumprimento dos procedimentos de prevenção e segurança específicos, afixados junto aos locais de risco agravado
o Conservação e manutenção das instalações e equipamentos técnicos
o Conservação e manutenção das instalações, equipamentos e sistemas de segurança
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3. PSE – Prevenção e redução do risco
Principais medidas de prevenção - Organização
o Controlo e acompanhamento de alterações e modificações que alterem de forma temporária ou permanente as condições de segurança das instalações e equipamentos
o Vigilância humana das instalações e equipamentos
o Formação em segurança
o Controlo dos registos de manutenção e do PSE
o Controlo das plantas de segurança
o Realização de simulacros, para avaliação e treino das equipas em situações próximas do real
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4. PSE – Emergência e evacuação de acamados
Objetivos base do PSE na vertente de emergência:
Minimizar, em situação de sinistro, as eventuais consequências sobre
o as pessoas
o a missão do hospital
o os bens
o o ambiente
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4. PSE – Emergência e evacuação de acamados
Para se atingirem os objetivos enunciados, as ações previstas são as seguintes:
o Difusão adequada do alarme
o Atuação da primeira equipa de intervenção, para eventual controlo do sinistro
o Apoio à evacuação de pessoas em risco - ambulatório (com mobilidade e capacidade de perceção do alarme)
o Apoio à evacuação de pessoas em risco - acamadas (sem mobilidade ou com mobilidade reduzida, ou sem capacidade de perceção do alarme)
o Alerta e apoio aos meios de socorro externos
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4. PSE – Emergência e evacuação de acamados
A rapidez da atuação é determinante, apoiando-se as ações (1/2)
o Na existência de sistemas automáticos de deteção - de incêndios (SADI), de gás combustível e de CO;
o Na existência de sistemas de alarme de intrusão (SADR) e de sistema de videovigilância (CCTV);
o Na existência de locais equipados com equipamentos de extinção de incêndios, apropriados para a 1ª intervenção;
o Numa correta manutenção dos equipamentos e sistemas de segurança existentes;
o Num sistema de vigilância permanente;
o Na existência de uma rede interna estruturada de comunicações e de uma alternativa entre a equipa de vigilantes;
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4. PSE – Emergência e evacuação de acamados
A rapidez da atuação é determinante, apoiando-se as ações (2/2)
o Na existência de instruções de alarme para garantir uma rápida confirmação da situação e do alerta aos bombeiros e às forças de segurança exteriores;
o Na garantia de uma pronta atuação, a realizar pela equipa de 1ª Intervenção, utilizando os extintores portáteis e as bocas de incêndio disponíveis no local;
o Na ponderação e decisão sobre a extensão da evacuação, nomeadamente no caso dos doentes acamados e dos recém-nascidos;
o No apoio à intervenção dos meios de socorro externos ao Hospital, após a sua chegada, no âmbito das atribuições próprias.
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4. PSE – Emergência e evacuação de acamados
Caso específico de evacuação de acamados (1/2):
o Em caso de sismo, não está prevista qualquer movimentação de pessoas, acamadas ou não;
o Não está previsto, em face do tipo de construção e da compartimentação corta fogo, a eclosão de mais do que um foco de incêndio em simultâneo;
o Em caso de incêndio nas unidades mais críticas (BO, BP, UCI, Unidades de Cuidados intermédios e UCN ), pela delicadeza e necessidades de cuidados muito específicos, considera-se que a evacuação é um ato médico;
o Assim, caberá aos médicos – sempre presentes nestas unidades – decidirem quais os doentes que devem ser evacuados, e para onde (outra unidade do hospital – já prevista no plano, ou para outro hospital).
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4. PSE – Emergência e evacuação de acamados
Caso específico de evacuação de acamados (2/2):
o No caso dos internamentos, e após ser tomada a decisão de evacuação, os doentes serão transferidos para um compartimento de fogo adjacente.
o O pessoal de saúde que se encontra no local é de primordial importância na definição dos doentes que terão de ser evacuados para locais específicos ou em condições específicas, face à sua situação clínica
o Está previsto que os familiares presentes no quarto no momento do sinistro possam acompanhar o doente na evacuação (não mais de 2 por doente)
o Eventuais restantes visitantes deverão prosseguir pela escada de incêndio mais próxima para o ponto de encontro no exterior do edifício
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5. Conclusões
O PSE deve ser olhado não como mais um “papel obrigatório” mas como uma ferramenta de ajuda e melhoria importante
o Obriga-nos a olhar para as instalações, equipamentos e a prestação de serviços numa ótica muito própria, voltada para a proteção da vida, da missão do hospital e dos bens
o Ajuda-nos a tornar mais eficazes as ações preventivas que habitualmente já são efetuadas
o Obriga-nos a olhar e pensar nas situações de emergência, evidenciando (por mais preparados e treinados que estejamos) a fragilidade da atuação nessas condições
o Naturalmente leva-nos a investir muito (e corretamente!) na prevenção, mas sem descurar a preparação para a emergência e a formação. Sempre na esperança que as equipas só tenham que intervir nos simulacros...
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6. Agradecimentos
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Não posso terminar a apresentação sem três agradecimentos especiais:
o A título póstumo, ao Engº Cartaxo Vicente, pelo cuidado e dedicação que colocou no trabalho realizado no Hospital da Luz, e cujos resultados já não conseguiu ver;
o Ao Engº Ferreira de Castro, pela sua igual dedicação a este projeto, pela disponibilidade sempre demonstrada, pelos conhecimentos transmitidos sem reservas e de forma sempre alegre e bem disposta;
o A toda a equipa da DIME do Hospital da Luz, com menção especial à sua Diretora, Engª Maria José Serpa, com a qual partilho as alegrias e as angústias do dia a dia de trabalho nesta unidade de saúde