Ilustração e império colonial Ilustration and the colonial - SciELO
IMPÉRIO COLONIAL O IMPÉRIO COLONIAL...
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A ECONOMIA
PRODUÇÃO AÇUCAREIRA
A partir de 1530 a produção açucareira espalhou-se por todo o litoral da América portuguesa.
• PLANTATIONS:
• Escravista (inicialmente indígena, mas que foi gradativamente sendo substituída pela escravidão africana que acabou se tornando a mão de obra característica da produção);
• Latifúndio;
• Monocultura
• Exportação.
• Feita em engenhos;
• Constituiu-se como a unidade econômica básica de colonização portuguesa (XVI – XVII)
• Posteriormente passou a denominar todo o conjunto da propriedade açucareira;
• Casa-grande, senzala, capela, lavouras e terras não cultivadas.
• Aguardente e rapadura;
• O clima do Nordeste brasileiro era muito favorável para a produção;
O refinamento do produto, sua distribuição na Europa e o financiamento de engenhos foram realizados por holandeses.
Barros de boi:
6 escravos
A ECONOMIA
SENHOR Feitor-mor
Apoio:
1 carpinteiro
Manutenção
Barcas: 3 barqueiros 18 escravos
Transporte
Moendas: 1 feitor-pequeno
1 lavandeiro 15 escravos
Cozinha: 1 mestre de
açúcar 1 banqueiro 2 caldereiros
de melar 1 caldereiro de
escumar 28 escravos
Casa de purgar:
1 purgador 5 escravos
Secagem e embalagem:
1 caixeiro 19 escravos
Produção
• Padres • Licenciados • Cobradores de rendas • Caixeiros da cidade • Cirurgião • Escrivão
A ECONOMIA
OUTRAS ATIVIDADES ECONÔMICAS
• Agricultura de subsistência;
• Produção de utensílios de trabalho (canoas, carroças, selas...);
• Pecuária (transporte, movimentação dos engenhos, consumo);
• Produção de fumo;
• Produção de algodão;
• Drogas do sertão (especiarias do Norte de origem indígena);
Essas atividades eram mais voltadas para o mercado interno que
o externo (como no caso do açúcar).
UNIÃO IBÉRICA
UNIÃO IBÉRICA
No ano de 1578, durante a batalha contra os mouros
marroquinos em Alcácer-Quibir, o rei português dom Sebastião
desapareceu. Esse evento iniciou uma das mais complicadas crises
sucessórias do trono português, tendo em vista que o jovem rei não
teve tempo suficiente para deixar um descendente em seu lugar. Nos
dois anos seguintes, o cardeal dom Henrique, seu tio-avô, assumiu o
Estado português, mas logo morreu sem também deixar herdeiros.
Imediatamente, Filipe II, rei da Espanha e neto do falecido rei
português D. Manuel I, se candidatou a assumir a vaga deixada na
nação vizinha. Para alcançar o poder, além de se valer do fator
parental, o monarca hispânico chegou a ameaçar os portugueses com
seus exércitos para que pudesse exercer tal direito. Com isso,
observamos o estabelecimento da União Ibérica, que marca a
centralização dos governos espanhol e português sob um mesmo
governo.
D. Sebastião D. Henrique Felipe II
UNIÃO IBÉRICA
ANTES DA UNIÃO IBÉRICA
BRASIL
PORTUGAL
ESPANHA
HOLANDA
Investimentos holandeses na
produção. Os produtos são encaminhados para Portugal e para a Holanda
em seguida.
A Holanda refina o açúcar e
exporta para o resto da Europa, gerando LUCRO.
A Holanda trava então uma guerra de independência
com a Espanha.
UNIÃO IBÉRICA
DEPOIS DA UNIÃO IBÉRICA
BRASIL
PORTUGAL ESPANHA
HOLANDA
A Espanha corta os
investimentos holandeses
Sem seus investimentos, a Holanda ganha muito prejuízo. Para reverter a
situação ela invade o Brasil em busca de se
apossar de alguns
territórios.
UNIÃO IBÉRICA
INVASÃO HOLANDESA
O Brasil foi invadido pelos holandeses por duas vezes. No ano de 1624 ocorreu a posse de Salvador, que durou um ano, e em 1630 eles tomam Pernambuco, controlando quase todo o Nordeste por 24 anos, tendo como principal objetivo a comercialização do açúcar.
• A invasão de Salvador (1624-1625)
Cientes da vulnerabilidade das povoações portuguesas no litoral Nordeste brasileiro, os administradores da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (W.I.C.) decidiram pelo ataque à então capital do Estado do Brasil, a cidade do Salvador, na capitania da Bahia.
Em 1625 a Espanha enviou, como reforço, uma poderosa armada de cinquenta e dois navios. Essa expedição derrotou e expulsou os invasores holandeses a 1 de maio desse mesmo ano.
• A invasão de Olinda e Recife (1630-1654)
O enorme gasto com a fracassada invasão às terras da Bahia foi recuperado quatro anos mais tarde, num audacioso ato de corso quando, no mar do Caribe, o Almirante Piet Heyn, a serviço da W.I.C., interceptou e saqueou a frota espanhola que transportava o carregamento anual de prata extraída nas colônias americanas.
UNIÃO IBÉRICA
INVASÃO HOLANDESA
De posse desses recursos, os neerlandeses armaram nova expedição, desta vez contra o principal centro produtivo da colônia, e um alvo menos defendido. O seu objetivo declarado era o de restaurar o comércio do açúcar com os Países Baixos, proibido pela Coroa da Espanha. Uma nova esquadra, com 64 navios e 3.800 homens, investirá agora sobre a Capitania de Pernambuco onde, em Fevereiro de 1630, conquistam Olinda e depois Recife. Com a vitória, as forças neerlandesas foram reforçadas por um efetivo de mais 6.000 homens, enviado da Europa para assegurar a posse da conquista.
A aquisição de mão de obra escrava tornou-se imperativa para o sucesso da colonização neerlandesa. Por essa razão, a W.I.C. começou a traficar escravos da África para o Brasil.
• A resistência:
A resistência, liderada por Matias de Albuquerque, concentrou-se no Arraial do Bom Jesus, nos arredores do Recife. Através de táticas indígenas de combate (campanha de guerrilhas), confinou o invasor às fortificações no perímetro urbano de Olinda e seu porto, Recife.
As chamadas "companhias de emboscada" eram pequenos grupos de dez a quarenta homens, com alta mobilidade, que atacavam de surpresa os neerlandeses e se retiravam em velocidade, reagrupando-se para novos combates.
UNIÃO IBÉRICA
INVASÃO HOLANDESA
Entretanto, com o tempo, alguns senhores de engenho de cana-
de-açúcar aceitaram a administração da Companhia das Índias
Ocidentais por entenderem que uma injeção de capital e uma
administração mais liberal auxiliariam o desenvolvimento dos seus
negócios. O seu melhor representante foi Domingos Fernandes
Calabar, considerado historio-graficamente como um traidor ao apoiar
as forças de ocupação e a administração neerlandesa.
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OCUPAÇÃO HOLANDESA (1635)
• Financiamento dos engenhos;
• Urbanização;
• Sistema de água e esgoto.
• Missão artística;
• Liberdade de culto
• Abrigo para judeus.
• Fomento comercial (açúcar e escravos).
UNIÃO IBÉRICA
FIM DA UNIÃO IBÉRICA
• Guerra de restauração (1640) • As batalhas entre os reinos de Espanha e Portugal que foram travadas
entre os anos de 1640 e 1668 ficaram conhecidas comoGuerra da
Restauração. Pelo lado da Espanha, somente a região da Catalunha não
participou dos confrontos. Tais conflitos tiveram origem através de um
golpe de Estado da Restauração da Independência, que acabou com a
monarquia da Dinastia Filipina (1580). As guerras terminaram a partir do
acordo entre Carlos II de Espanha e Afonso VI de Portugal, o chamado de
Tratado de Lisboa. Desta forma, Portugal teve sua independência
reconhecida pela Espanha.
• Insurreição pernambucana (1649 – 1654) • Ao contrário do que preconizara em seu "testamento" político, os novos
administradores da companhia passaram a exigir a liquidação das dívidas
aos senhores de engenho inadimplentes, política que conduziu
à Insurreição Pernambucana de 1645 e que culminou com a extinção do
domínio neerlandês após a segunda Batalha dos Guararapes.
• Expulsão dos holandeses • Os holandeses se fixam no Caribe e passam a produzir o açúcar lá.
Dessa forma dominam todos os processos de produção, do plantio
ao refino. Assim, o açúcar holandês fica melhor e mais barato,
sendo um grande concorrente com o açúcar brasileiro e gerando a
crise açucareira no Brasil e Portugal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIBLIOGRAFIA
• Campos, Flavio de; Claro, Regina, Oficina de História – 1. ed. –
São Paulo: Leya, 2012 ISBN 978-85-8181-105-5
• António Cruz, Portugal Restaurado - Estudos e Documentos,
Porto, Civilização, 1940.
• António Álvaro Dória (ed., anot. e pref.), História de Portugal
Restaurado / Conde da Ericeira, Porto, Civilização, 1945-1946.
• COSTA, Fernando Dores, A Guerra da Restauração 1641-1668,
Lisboa, Livros Horizonte, 2004.