IMPACTO AMBIENTAL CAUSADO PELA INDÚSTRIA TÊXTIL

download IMPACTO AMBIENTAL CAUSADO PELA INDÚSTRIA TÊXTIL

of 8

Transcript of IMPACTO AMBIENTAL CAUSADO PELA INDÚSTRIA TÊXTIL

  • IMPACTO AMBIENTAL CAUSADO PELA INDSTRIATXTIL

    Simone SantosUFSC - Engenharia de Produo e Sistemas - PPGEP - Centro Tecnolgico - Trindade - Florianpolis Santa

    Catarina - CEP 88040-900

    Abstract

    This article intends to tackle the impact caused on the environment due toproduction methods used in Textile Industries, by realizing a brief analysis in each stepof the productive process and the materials used in order to do so.

    This essay was developed based on the study realized in Hering Txtil S.A. Itmade clear that the main problem is water pollution, which occurs during the dyeingprocess of all fabrics.

    The growth of the main raw material, which is cotton, is also responsible for theenvironmental impact, thats why it is also important to study that process ouce theindustry works with cotton from all over the world.

    I have come to the conclusion that there are measures that can and should betaken to decrease the impact, which is a direct result of the textile production. In orderto do this, we need to make the government, the general population, the consumers andmainly the industries aware of these issues.

    KeywordsProduction Process - Environmental - Impact

    1. INTRODUO

    No final deste sculo o termo proteo ambiental vem sendo muito comentado, sepor modismo ou real conscientizao uma questo que pode ser analisada.

    Pretende-se abordar neste artigo o fato de que muitas empresas, principalmente dosetor industrial, esto tomando as providncias necessrias para que sejam consideradasecologicamente corretas.

    Para isto as empresas esto procurando adequar seus processos de produo deforma que seja possvel remanejar seus recursos gerando resduos em quantidades menorese menos txicos, utilizando menos energia, gua e produtos qumicos nocivos ao meioambiente e por conseqncia sade humana.

    A partir do momento em que a indstria passa a considerar os benefcios que podeobter com a preservao ambiental, inovando tcnicas, diversificando produtos eremanejando seus custos de produo com o reaproveitamento e reciclagem de seusresduos, torna-se mais fcil proporcionar um crescimento ecologicamente correto.

    E este o caso da indstria txtil catarinense, que preocupa-se em mostrar suaproduo ecologicamente correta para seus consumidores atravs da obteno de selosverdes em seus produtos. J num estgio mais avanado, algumas empresas passam a ter ocuidado de implantar sistemas de gesto ambiental e com isto conseguir a certificao ISO14000, que reflete os esforos da International Standardization Organization - ISO, que

  • criou o SAGE - Strategic Advisory Group on Environment -, com o objetivo de propor asaes para um enfoque sistmico de normalizao ambiental e certificao. Esses trabalhosresultaram na criao do Comit Tcnico 207 - Gesto Ambiental, onde este sistemaapresenta o conceito de qualidade ambiental exigido para competir, principalmente, nomercado externo. Apesar de que os consumidores internos tambm comeam a terconscincia de que qualidade passa a ser uma questo fundamental na hora de escolher umproduto, considerando-se no mais somente o preo de venda do mesmo.

    Deste modo, pretende-se fazer um breve levantamento do impacto causado ao meioambiente pelo setor txtil de acordo com os insumos utilizados em seu processo deproduo. Comentando-se aspectos referentes poluio da gua, do ar e solo, o calor eenergia. A principal matria-prima que o algodo; o uso de corantes e as etapas deproduo da malha. Mostrando tambm algumas formas de amenizar e at mesmo excluiros efeitos nocivos provocados ao meio ambiente pelo processo de produo.

    Deve-se ressaltar que os dados aqui comentados foram obtidos atravs de estudo decaso realizado na Hering Txtil S. A., a qual alm de ser lder nacional no setor, ocupa olugar de segunda maior empresa na indstria txtil mundial. Por isso foi escolhida para quesuas aes sirvam de exemplo do que pode e deve ser feito para produzir sem agredir omeio ambiente.

    2. PRINCIPAIS INSUMOS DA PRODUO

    O processo de produo na indstria txtil composto de vrias etapas as quaispodem ser causadoras de degradao ambiental caso no sejam tomados os cuidadosnecessrios.

    Ao produzir de maneira ecologicamente correta, os custos ambientais podem serminimizados, ou at mesmo eliminados. Isto pode ser feito atravs da utilizao deinovaes simples no processo de produo que, alm de permitir a utilizao mais eficientede uma srie de insumos, acabam por trazer novas possibilidades de mercados com ossubprodutos obtidos atravs da reutilizao dos resduos do processo produtivo.

    Assim, partindo-se para um balano dos elementos naturais e a integrao daindstria txtil com o meio ambiente, comeando pelos insumos utilizados, passando pelaprincipal matria-prima que o algodo e partindo-se ento para as etapas da produo econseqentes impactos ambientais, possvel perceber que a maior produtividade dosrecursos torna as empresas mais competitivas.

    GUAO crescimento demogrfico descontrolado e um desenvolvimento industrial

    desenfreado, resulta em srios prejuzos ecolgicos, higinicos e at mesmo estticos.Apesar da crescente conscientizao de que se deve deter a destruio do meio ambiente,muito ainda se tem e se pode fazer para minimizar ou eliminar este tipo de degradaoambiental.

    Em se falando do setor txtil, sabe-se que a gua um dos elementos bsicos para oprocesso de produo desta indstria, principalmente nas etapas de beneficiamento damalha de algodo, onde ocorre o tingimento da malha o qual provoca modificaes naqualidade da gua utilizada, devido s substncias qumicas que fazem parte do processo.

    Uma forma de se evitar que esta gua volte poluda para a fonte de onde foi captada a utilizao de equipamentos chamados de estao para o tratamento da gua.

    Por outro lado, a gua tambm precisa ser de boa qualidade apresentando umalimpidez sem igual na hora de fazer o tingimento da malha com a cor branca, caso contrrio

  • a mesma considerada de qualidade inferior devido o surgimento de manchas na suacolorao. Para conseguir uma gua lmpida muitas vezes a empresa precisa fazer umtrabalho de tratamento da gua captada, j que na maioria dos casos a mesma poluda nasua prpria nascente devido o descaso de outras empresas inseridas na regio que eliminamseus dejetos sem o tratamento adequado, podendo ainda ocorrer falta de conscincia daspessoas da comunidade e entidades pblicas que tambm contribuem para a poluioatravs do lixo e esgoto.

    Um exemplo mostrado pela empresa Hering a sua fbrica do bairro de Itoror emBlumenau - SC. A gua que devolvida para o ribeiro da Velha tem sua qualidade emtermos de impurezas melhor do que quando captada, ou seja, mais poluda quando entrado que quando sai da fbrica, devido ao tratamento feito em sua estao.

    Este processo de tratamento da gua alm de melhorar sua qualidade acima dosnveis naturais e tambm superar os exigidos pela legislao, poder servir no futuro deimportante insumo para o setor de cermica, pois neste processo forma-se resduos da tintautilizada, o qual depois de seco pode fazer parte de lajotas e pisos. Por enquanto estesprodutos so considerados de qualidade inferior, mas podem ser comercializados paraconstruo de casas populares e vendidos para a populao mais carente. Ou seja, alm deproteger o meio ambiente possvel utilizar os resduos da produo como subprodutos,que podem vir a fazer parte do Eco-Business. Os negcios ecolgicos designam uma gamade produtos considerados ecologicamente corretos, cuja demanda cresce com a difuso daconscincia ecolgica.

    As indstrias de equipamento de depurao, as empresas de servio de despoluioda gua, as de reciclagem de lixo, as de papel reciclado e outros produtos que so vendidosno mercado como sendo ecolgicos, fazem parte desta classificao de eco-business.

    AREm se tratando do ar, tem-se que a sua qualidade um dos pontos fundamentais no

    que se refere a proteo ambiental. Problemas respiratrios tornam-se mais graves devido impureza das fumaas emitidas pelas chamins das fbricas e descargas dos automveis.

    Os efeitos poluentes atmosfricos do processo industrial txtil no se faz muitoalarmante. Porm, preciso ter cuidados quanto aos aerodispersides que so partculas dealgodo e tambm outros materiais particulados que possam afetar principalmente a sadedos trabalhadores do setor.

    Outro fator que gera preocupao a queima do leo combustvel e lenha, nas casasde caldeiras. A gerao do vapor empregado em algumas etapas do processo deproduo. Os gases da combusto so emitidos com fuligem; dixidos de enxofre, causadorda chuva cida, e presena de CO2 causador do efeito estufa.

    Sendo esses impactos causados natureza por determinados processos da produo,tem-se que tomar as devidas medidas para controlar e evitar a degradao ambiental e istopode ser feito atravs da utilizao de filtros e equipamentos especiais.

    SOLOOs resduos slidos bem como infiltrao de guas contaminadas so constantes

    ameaas para a qualidade do solo no que se refere ao setor txtil. Portanto, preciso tomaras medidas de controle necessrias para evitar-se este tipo de degradao ambiental, como otratamento da gua e utilizao de filtros para os particulados.

  • A empresa tambm pode ter cuidados quanto a buscar maior integrao com atopografia e geologia dos terrenos nos locais onde esto inseridas suas unidades fabris. Aempresa Hering serve aqui de exemplo, por tomar essas medidas de maneira eficiente.

    CALOR e ENERGIANa etapa de fiao do algodo encontra-se uma unidade de calor intenso, para que o

    mesmo seja amenizado e proporcione maior conforto s pessoas envolvidas no processo,pode-se utilizar lay-out que permita melhor ventilao. Podendo eliminar o uso de sistemasde condicionamento artificial do ar, o qual consome muita energia J na parte debeneficiamento da malha pode-se fazer uso de exaustores que eliminam os gases nocivos. Ocalor tambm participa do processo industrial, atravs da gerao de vapor nas casas decaldeiras.

    ALGODOComo principal matria prima do setor industrial txtil, apresenta-se o algodo, o

    qual, no uso mundial de fibras naturais, ocupa aproximadamente 90% do total consumido,seguido pela l lavada. No Brasil a participao das fibras naturais na produo txtilchega a alcanar 71%, enquanto as sintticas representam cerca de 24% e as artificiaisatingem somente 5% do consumo. No conjunto das fibras naturais o algodo representa85% do total manufaturado pela indstria txtil brasileira.

    Para poder atender ao mximo s exigncias ambientais preciso que haja umgrande cuidado com a origem desta matria-prima que parte principal do processo deproduo. Tem-se que levar em considerao a forma como o algodo plantado, adubado,cultivado, colhido e manufaturado. Sendo assim, parte-se para a verificao dos impactoscausados natureza nestas etapas.

    Plantio: Sabe-se que a maior parte dos produtores ainda empregam formas tradicionaisde plantio que incluem amplo uso de agrotxicos como pesticidas, fungicidas einseticidas e processos de adubao qumica artificial e sinttica. Para minimizar estaprtica, indstrias e entidades empresariais de diversos pases criaram etiquetasespecficas que certificam a origem mais natural e orgnica do algodo, como o greencotton e a eco-label.

    Essas preocupaes tornam-se essenciais sade humana e qualidade do meioambiente, no s de quem est diretamente ligado ao processo de produo, mas tambmpara os consumidores finais evitando que corram riscos com o uso de roupasconfeccionadas com fibras que podem causar doenas como o cncer.

    Colheita: Para colheita do algodo pode-se utilizar dois processos, manualmente ou pormeio de mquinas. No primeiro no ocorre nenhum tratamento artificial no processo decolheita sendo que no existe qualquer tipo de dano ao meio ambiente. No segundo casoutiliza-se desfolhantes qumicos os quais agridem consideravelmente o meio ambiente econsequentemente as pessoas, tanto as que esto envolvidas no processo como osconsumidores finais e tambm a populao em geral que acabam por sofrer asconseqncias deste tipo de degradao.

    Aproveitamento: Aps ser colhido e antes de ser enviado para a indstria txtil oalgodo descaroado. Com este processo obtm-se dois insumos bsicos que so afibra separada e classificada por tipos para sua posterior venda s fiaes, e o caroo queser esmagado e gerar outros subprodutos, como leo comestvel refinado e o farelo.

  • Este ltimo geralmente transformado em adubo orgnico e rao para animais, sendoque do refino do leo pode-se obter ainda uma borra que serve para a fabricao desabo.

    3. PROCESSO DE PRODUO TXTIL Assim, parte-se para a manufatura do algodo na indstria txtil, onde ocorre o processo

    de fiao, malharia, beneficiamento, talharia, estamparia, confeco e embalagem.

    Fiao: Depois de obter as fibras do algodo cru, parte-se para a fiao onde fardos dealgodo em pluma j descaroados so preparados para alcanarem os filatrios,responsveis pela fabricao dos fios.

    Os principais impactos ambientais causados nessa etapa da produo so os nveisde rudo e calor gerados pelas mquinas, alm do p composto por partculas de algodoresultantes dos processos de fiao.

    A Hering coleta e recicla os resduos extrados do algodo cru antes de passar peloprocesso de fiao convencional, tambm so reunidas todas as aparas de malha geradas naetapa de talharia, a qual ser conhecida mais adiante, contribuindo para formar umaexpressiva soma de resduos destinados chamada fiao open-end.

    Atravs deste processo, os resduos geram novos fios crus, que tm boa aceitaono mercado de barbantes, malhas para sacaria, colchas, redes e toalhas devido suacomprovada qualidade. Ocorre que durante o prprio processo de reciclagem so geradosoutros tipos de resduos que por sua vez tambm so utilizados por terceiros comoenchimento de acolchoados. O chamado piolho, vindo da fiao convencional comercializado, reprocessado e reutilizado na produo do fio cru, junto com resduos daspenteadeiras. Por ltimo, ocorre o reaproveitamento das rebarbas de malha das mquinas decostura no processo de confeco que depois ser comentado.

    Ainda na parte de fiao costuma-se aplicar no fio um lubrificante slido, paramelhor rendimento do processo de malharia, o qual tambm considerado um agressor parao meio ambiente. Para evitar que isto ocorra a Hering desenvolveu e utiliza um novo tipo delubrificante, formulado com componentes naturais, como a cera de abelha e cera decarnaba, servindo mais uma vez de exemplo para as demais empresas.

    Malharia: Nesta etapa os teares transformam o fio de algodo em tecido propriamentedito. Do ponto de vista ambiental, os principais impactos da malharia so os nveis derudo, calor e p produzidos pelas mquinas os quais devem ser eliminados com o uso detecnologias adequadas. Tambm podendo ocorrer o reaproveitamento de materiais comofaz a Hering que recupera 20% do total de agulhas utilizadas nos teares.

    Beneficiamento: Talvez esta seja a rea mais critica em termos de poluio ambientalpor parte do setor txtil. Isto porque esta fase envolve processos de alvejamento,tingimento, acabamento e estamparia do algodo j fiado e tecido, aqui se emprega omaior nmero de substncias qumicas com utilizao de processos de risco ambientalacentuado e potencialmente poludores, onde a principal poluio encontrada na gua eno ar, os quais devem passar pelos processos de tratamento adequados j vistosanteriomente.

  • Talharia: Aps a fase de beneficiamento passa-se para a talharia, a qual compreende atarefa de cortar os tecidos e produzir as peas que sero posteriormente costuradas econfeccionadas. Pelo fato de hoje existir modernos equipamentos computadorizados quemodelam e cortam o tecido, o impacto ambiental nesta fase torna-se mnimo, sendocaracterizado pela sobra da malha gerada no corte dos moldes e pelo papel que podervir a servir de molde, os dois so reunidos e encaminhados para devida reciclagem.

    Estamparia: Nesta etapa o produto j em fase final estampado com desenhos, marcase logotipos, para tal utiliza-se produtos qumicos que dependendo do grau de toxidadeso nocivos ao meio ambiente e sade humana. Por isso faz-se importante o cuidado eo conhecimento da origem dos mesmos, alm de adequado tratamento da gua utilizadapara lavagem das placas de desenhos.

    Confeco: Na parte de confeco e costura tem-se as peas acabadas, sendo que amesma no apresenta riscos ambientais. O resduo nesta etapa so pontas de linha, restosde tecidos e agulhas, todos esses materiais podem e devem ser reciclados, porm o leoutilizado para lubrificao das mquinas e equipamentos presentes neste processorequerem maior ateno quanto a sua frmula qumica para que no sejam nocivos sade.

    Embalagem: Quanto as embalagens utilizadas para facilitar a comercializao dosprodutos deve-se dar devida ateno ao tipo de material, que geralmente so altamentepoluentes por no se decomporem quando jogados em aterros, o caso do plsticocomum.

    A utilizao de plsticos fotodegradveis para embalagens um pioneirismo daHering. A fotodegradabilidade obtida a partir da mistura de uma resina especial de nomeNecolyte, misturada resina de polipropileno convencional utilizada na fabricao deplsticos, deste modo quando em contato com os raios ultravioleta do sol, este materialsofre a ao de microorganismos, desmanchando-se e virando p em seis meses ou doisanos no mximo.

    4. CONSIDERAES FINAIS

    Estes so os impactos que a indstria txtil pode provocar no meio ambiente, pormexiste algumas aes que as empresas do setor, e todas as outras dos demais setores deatividade, podem tomar e deste modo diminuir, ou at mesmo eliminar por completo, adegradao e poluio ambiental.

    Deve-se escolher criteriosamente as mquinas e equipamentos utilizados naproduo, procurando saber o tipo e nvel de consumo de energia necessrios para suaoperao e a poluio que podem causar. Pode-se procurar investir em equipamentos comofiltros para remoo de materiais particulados e gasosos e tanques para tratamento da gua.Todo cuidado pouco na hora de escolher os produtos qumicos como corantes,lubrificantes e detergentes. Estes produtos alm do mal estar que podem causar devido oforte odor que possuem, poluem consideravelmente as guas. Por tanto deve-se utilizarprodutos biodegradveis e no txicos, sempre fazendo uso de tratamento da gua que foiutilizada na produo .

    A reciclagem deve ser uma prtica constante, plsticos, papis, restos de tecido elinha, lmpadas, papelo, enfim todo material que no puder ser reaproveitado internamentepela prpria empresa, tem mercado fora, principalmente entre sucateiros e empresas dereciclagem.

  • Os recursos energticos, renovveis ou no, devem ser utilizados da maneira maisracional possvel, procurando-se utilizar lenha originada de espcies plantadas especialmentepara tal fim e tambm gs natural em substituio a queima de leo combustvel.

    Estas so apenas algumas das aes que podem fazer a diferena na hora de disputaruma fatia em um mercado cada vez mais aberto. Com a acirrada competio dos mercadosmundiais, as empresas que continuarem produzindo sem preocupar-se com a conseqnciade suas aes para a qualidade de vida no planeta Terra, estaro cometendo suicdio. Poisao persistirem neste erro estaro fadadas ao fracasso, j que no final deste sculo e incio donovo milnio os consumidores tornam-se cada vez mais exigentes quanto qualidade econfiabilidade dos produtos que necessitam para satisfazer suas necessidades. Assim, asempresas que so realmente competitivas tendem a sair na frente de seus concorrentes nomercado, pois entendem que todo investimento que faam na rea ambiental proporcionarmltiplos resultados, no s em termos de qualidade de vida, mas tambm do ponto de vistaempresarial onde o melhor so os resultados financeiros que certamente sero bastantelucrativos.

    Poupando o meio ambiente as empresas ganham, alm de credibilidade diante dosconsumidores, uma grande parcela de subprodutos que podem ser produzidos atravs dareciclagem e reaproveitamento dos resduos obtidos na produo do produto principal,consequentemente resultando em desperdcios mnimos, maiores e melhores resultados.

    Ao trmino destas colocaes deve ficar a mensagem de que produzir para atenders necessidades de um mercado consumidor no suficiente caso no se tenha a conscinciado quanto importante preservar o meio ambiente evitando a degradao dos recursosnaturais e a poluio, tanto sonora, como visual e principalmente ambiental. Pense se existealguma vantagem em ter suas necessidades atendidas, ou excelente resultado financeiro desua produo, se amanh no existir mais condies de vida na Terra? Tudo o que se fizerpara evitar o impacto ambiental, em termos de degradao, causado pelas aes do homemainda pouco, pois o ideal seria que o mesmo no existisse.

  • 5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    1. BERLE, Gustav. O Empreendedor do Verde. Makron Books : Editora Mc Graw Will Ltda. - So Paulo - 1992. 2. BROWN, Lester R. (Org.). 1991 Qualidade de Vida - Salve o Planeta. So Paulo :

    Ed. Global - 1991. 3. MAIMON, Dlia. Ensaios sobre Economia do Meio Ambiente. Rio de Janeiro -

    APED - 1992. 4. MOSER, Antnio. O Problema Ecolgico e suas Implicaes ticas - Petrpolis :

    Vozes, 1984. 5. SCHMIDHEINY, Stephan. Mudando o Rumo. Ed. FGV : Rio de Janeiro : 1992. 6. SEWELL, Granville H. Administrao e Controle da Qualidade Ambiental - So

    Paulo : EPU : Ed. da Universidade de So Paulo : CETESB, 1978. 7. TOMMASI, Luiz R. A Degradao do Meio Ambiente - Livraria Nobel SA, 1979. 8. VRIOS AUTORES. Terra o Corao Ainda Bate - Guia de Conservao Ambiental Tch! : 1990. 9. Livro Verde da Hering Txtil S.A. O Desafio Ambiental : 1993.