Identidade, imagem e criatividade digital

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Sessão 1: Crianças e jovens: uma geração digital? IDENTIDADE, IMAGEM E CRIATIVIDADE DIGITAL Ricardo Campos, Lab. Antropologia Visual, CEMRI-Univ. Aberta Daniel Meirinho, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 4 de Novembro de 2011

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Sessão 1: Crianças e jovens: uma geração digital?

IDENTIDADE, IMAGEM E CRIATIVIDADE DIGITAL

Ricardo Campos, Lab. Antropologia Visual, CEMRI-Univ. AbertaDaniel Meirinho, FCSH, Universidade Nova de Lisboa

Lisboa, 4 de Novembro de 2011

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A presente comunicação resulta de um sub-projecto enquadrado no projecto mais genérico denominado “Inclusão e participação digital”

Contextualização da pesquisa desenvolvida pelos investigadores neste âmbito:

PONTO DE PARTIDA TEÓRICO:

a. Estudos juvenis (culturas juvenis);b. Ciências da comunicação/Estudo dos media (Antropologia/Sociologia dos

media);c. Cultura Visual

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•A sociologia da juventude e genericamente os estudos juvenis têm demonstrado que a visualidade é um recurso importante para a construção das identidades dos jovens (está presente nos estilos de roupa, no uso do corpo, nos adornos, na performance, etc…).

•Os mesmos estudos revelam que os jovens são agentes criativos no uso dos recursos do dia-a-dia para a construção de significados, de novas gramáticas comunicativas.

• Noutro contexto, investigações na área dos media digitais revelam que os níveis de “participação digital” (produção de conteúdos digitais – “user created content”) têm vindo a aumentar entre os jovens (blogs, música, videos, wikis, etc.)

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QUESTÕES PRELIMINARES

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“Como é que esta poderosa visualidade juvenil se repercute ao nível dos media digitais?”

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A QUESTÃO QUE SE COLOCA É, POIS…

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i. Compreender a imagem como potenciadora de fenómenos de comunicação entre jovens e as tecnologias digitais como plataformas que fomentam e facilitam este fenómeno.

ii. Entender a forma como determinadas culturas juvenis (nomeadamente em contextos de exclusão económica, social, etc.) se apropriam destas tecnologias e linguagens como recurso comunicativo.

iii. Compreender a articulação entre os fenómenos de participação digital (uso da internet como produtor de conteúdos - blogs, sites, redes sociais, etc.) e a utilização da imagem e das suas tecnologias.

iv. Explorar as relações entre certas práticas culturais juvenis (música, dança, etc.) e a produção, partilha e disseminação da imagem (vídeo) via redes digitais (youtube, vimeo, flickr, etc.)

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OBJECTIVOS GENÉRICOS DESTA INVESTIGAÇÃO

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• Entrevistas semi-directivas (entrevistas a uma população indiferenciada);

• Entrevistas aprofundadas a jovens (e jovens adultos) socialmente desfavorecidos e a monitores dos projectos de inclusão digital;

• Pesquisa e análise de conteúdos digitais produzidos por jovens “produtores culturais” (blogs, websites, perfis em redes sociais, canais de Youtube, etc.);

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METODOLOGICAMENTE

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1. O digital tem vindo a substituir gradualmente o analógico;

2. O acesso a tecnologias (audio)visuais de captação de imagem parece ter aumentado entre os jovens (câmaras fotográficas, telemóveis com dispositivos de registo audiovisual, etc.) – é actualmente um recurso ao dispor dos jovens;

3. Diferentes ferramentas tecnológicas têm vindo a ser apropriadas pelos jovens como dispositivos para a produção audiovisual e visual (exemplo mais paradigmático é o telemóvel);

4. A disseminação das tecnologias digitais de registo de imagem permite um constante retratar visual do mundo quotidiano;

5. A imagem parece adquirir cada vez maior protagonismo na configuração das identidades pessoais/culturais dos jovens;

6. A imagem assume-se como um recurso fundamental para a comunicação entre os jovens;

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ALGUMAS CONCLUSÕES GERAIS

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• “Produtores culturais” - aqueles que individualmente, ou em grupo, se dedicam a alguma actividade amadora que exige um certo esforço criativo, produzindo bens ou eventos de natureza eminentemente estética, lúdica e simbólica (exemplo: graffiti, rap, jerk).

• Aquilo que notámos é que as tecnologias de registo visual digital (fotografia e vídeo) e as plataformas digitais online começam a assumir um peso importante na forma como determinadas (sub)culturas juvenis se estruturam e se expressam na esfera pública.

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O CASO PARTICULAR DOS JOVENS “PRODUTORES CULTURAIS”…

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Alguns exemplos de plataformas digitais analisadas, produzidas e geridas pelos entrevistados (YouTube,

MySpace, Ning, blogs)…

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• Os jovens começam a afirmar-se como os novos “media-makers” amadores, com elevadas competências ao nível da tecnologia digital. Neste contexto as tecnologias digitais parecem assumir diversas funções:

a) Tecnologias de memória, b) Tecnologias de comunicação, c) Tecnologias de representação,d) Tecnologias de narração

• Digital como ferramenta de “empowerment” juvenil:

a) jovens criam a sua própria agenda; b) constroem os seus mecanismos de auto-representação; c) criam o seu espaço público à margem dos media convencionais;d) gerem uma ferramenta que em muitos casos escapa ao controlo das instituições adultas, dando-lhes sensação de autonomia e liberdade

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RESUMINDO…

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Agradeço a atenção.

PowerPoint disponível no site doProjecto Inclusão e Participação Digital

http://digital_inclusion.up.pt

Ricardo Campos [email protected]