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    JFC

    1 SUS: Uma construção inacabada

    1.1 A construção do SUS no Brasil

    Início em 1988 – Constituição

    É importante analisar o SUS sob a ótica do conceito de temporalidade crítica: é um período de transição que pode durar

    anos ou décadas, onde uma lógica normativa arraigada é substituído por opções políticas de grandes reformas. Durante

    esta substituição, encontra-se grandes entraves, como a hierarquia de direito, lobbies, interesses e a cristalizaçãoinstitucional.

    O SUS entra neste conceito sendo uma grande reforma, e os grandes empecilhos estão presentes. Por exemplo, está

    arraigado na nossa população que o SUS é coisa de gente pobre, que deve ser focado em especialidades e hospitais, não

    em atenção primária, e que o setor privado é bem melhor que o SUS, então deve ser a base do nosso sistema de saúde.

    Elementos da construção do sus: evolução da temporalidade crítica

    Condições antecedentes a criação do SUS

     A crise que levou ao estabelecimento do SUS

    O legado que está sendo construído pelo SUS

    Os rivais ao SUS, com o projeto ainda em disputa

    O fim do legado, é provável

    1.2 Diretrizes para a construção do SUS

    1.2.1 Art. 196

    Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do

    risco da doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e

    recuperação.

    Ou seja, o próprio conceito constitucional de saúde enfoca na PROMOÇÃO, PREVENÇÃO,

    REABILITAÇÃO/TRATAMENTO, MONITORAMENTO/DIAGNÓSTICO PRECOCE, configurando as medidas de atenção 1,

    2, 3 e 4ª.

    1.2.2  Art. 198 

     As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e constituem um sistema único, organizado de

    acordo com as seguintes diretrizes:

    a. Descentralização  - Ou seja, o município é responsável pela execução do SUS, Cada esfera tem a sua

    responsabilidade: Secretaria de Saúde Municipal, Secretaria de Saúde Estadual, Ministério da Saúde.

    Compete a todos:

    Planejar e formular políticas, investir para reduzir desigualdade, controlar e avaliar resultados.

    Compete à União:

    Coordenação geral e normalização.

    Compete ao Estado:

    Planejamento do sistema estadual regionalizado e cooperação técnica financeira entre municípios.

    Compete ao Município:

    Gerir o sistema municipal, executando e regulando ações e serviços.

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    JFCb. Atendimento integral com prioridade para PREVENÇÃO - Ou seja, atenção primária, especializada,

    hospitalar e urgência/emergência, além de promoção e prevenção.

    c. Participação da comunidade - através dos conselhos municipais, estaduais e nacional. 

    1º O SUS será financiada com recursos do orçamento da seguridade social, da União, Estados e Municípios, além de

    outras fontes.

    1.2.3 Art. 199 –  A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

    1º podem participar de forma complementar ao SUS, segundo suas diretrizes, mediante a contratos de direito público ou

    convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

    2º é vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos

    3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiras na assistência à saúde no País, salvo

    nos casos previstos em lei.

    1.2.4 Compete ao SUS

    a) Atividades individuais e coletivas;b) Tudo de saúde: promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação;c) Em todos os níveis: primária, especializada, ambulatorial, hospitalar e domicílio;d) Vigilância em saúde;e) Intervenção ambiental (tipo o trem da Dengue);f) Controle da qualidade de pesquisa, medicamentos, do sangue, dos insumos, etc;g) Regulação da formação dos profissionais e da prestação de serviços por eles;h) Articulação com outras políticas e setores que visam aumento de qualidade de vida.

    1.3 Uma visão panorâmica das ações e serviços ofertados pelo SUS

    Os indicadores epidemiológicos (estimativa de vida e principais causas de morte) do Brasil estão em nível intermediário,

    nem tão ruim como os de baixa renda, nem tão bom quanto os de alta renda. Contexto: doenças crônicas (típico de RA) e

    homicídios, perinatal, acidentes de transito, HAS (típico de RM e RB).

    1.3.1 Atenção primária do Brasil

    Tem potencial de resolver 80% dos problemas de saúde.

    Organiza por meio das Equipes de Saúde da Família (1 médico, 1 enfermeira, 2 auxiliares de enfermagem, 4-6 ACS),

    responsáveis, em média, por 3.400 pessoas.

    Desde 1988, a implantação do SUS está progressiva, crescendo ano a ano. Hoje em dia, estima-se que 62,32% da

    população está coberta pelo SUS.

    Mas, apesar de numericamente parecer bastante, percebe-se que essa distribuição não é homogênea:

    No Nordeste temos a maior cobertura (79%), no sudeste a menor (51%).

    a. Equipes de Saúde Bucal compostas por Dentista, Auxilar de consultório e técnico de higiene bucal. – Ainda são

    poucas

    b. Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)

    O NASF objetiva fornecer apoio matricial às ESF – o que é apoio matricial? É uma troca de informações, onde uma

    equipe ajuda a outra. Além de ser uma ajuda na retaguarda da ESF, a NASF ainda oferece apoio técnico pedagógico à

    referência. Como se fosse um treinador, se tem alguma dúvida, vai lá e ele te orienta, ao invés de ser uma questão

    hierárquica – não sei fazer, vou referenciar e outra pessoa cuida disso.

    Então o NASF tem diversas modalidades e diversos profissionais, pretendendo dar o apoio mais completo possível:

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    JFC Acupunturista, assistente social, professor de educação física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo,

    GOB, homeopata, nutricionista, pediatra, psicólogo, veterinário, arte educador, sanitarista.

    Cada modalidade de NASF tem a retaguarda de um número diferente de equipes. NASF 1 tem de 5 a 9 ESF, NASF 2

    tem de 3 a 4 ESF, NASF 3 tem de 1 a 2 ESF.

    O projeto iniciou e 2011, hoje em dia 65,5% das ESF já tem uma NASF de apoio.

    Hoje em dia, a atenção primária no Brasil é a área com melhor estrutura, agindo também como coordenaçãoestratégica da alocação de recursos para níveis de maior complexidade. Ainda tem muito o que crescer, aumentar sua

    cobertura e melhorar sua qualidade.

     A maioria da sua infra-estrutura é PÚBLICA

    1.3.2 Outros níveis de complexidade

     A maioria da sua infra-estrutura é PRIVADA

     A estrutura hospitalar privada é maior que a pública, mas o número de públicos está crescendo e o privado diminuindo.

    São 11 milhões de internações pelo SUS, e a maioria no público.

     A relação médico por mil habitantes do Brasil é 1,95, muito aquém de outros países que também possuem SUS, como

     Alemanha (3,64), Canadá (2,36) e Reino Unido (2,64).

    1.4 Principais desafios para a construção do SUS no país

    Cobertura do setor privado:

    a) O setor privado propriamente dito – pessoa chega e paga pelos serviçosb) O setor privado conveniado ao SUS – pessoa chega e o SUS pagac) O setor de planos e seguros de saúde – pessoa paga para o Plano e o Plano paga.

    De 2003 para cá o setor C, de seguros de saúde, cresceu 8%. É um número significativo, sendo que 26% da população

    é coberta por eles. Isso é em contramão à proposta do SUS, restringindo o crescimento de um SUS público.

    Os gastos com saúde, no Brasil, predominam na origem Privada. Ou seja, o setor privado é o que mais gasta com

    saúde no Brasil. Isso é ao contrário do imaginado em um país com um sistema universal. Em outros países, 70 a 80%

    dos gastos são públicos. Apesar do Brasil disponibilizar 9% do PIB, similar aos outros países com sistemas universais,

    esse valor não é suficiente para cobrir os gastos da população. Aqui os gastos per capta anual com saúde são 943

    dólares, e o SUS paga só 400; no Reino Unido e no Canadá, gasta-se 4.000 dólares per capta, e 3.000 são pagos pelo

    governo. Ou seja, necessita de mais investimento.

    1.5 Conclusão

    No Brasil temos um amplo movimento sanitário, que consegue avançar o SUS e busca sua implementação total. Já

    temos uma vitória parcial. Essa consciência sanitarista, de conquistas, valores republicanos, solidariedade e humanistas,

    que leva o SUS para frente.

    Para implementar o SUS, temos que romper com o modelo desfavorável da conjuntura político-econômica

    internacional e nacional vigentes. Tem que

    lutar firma, com uma base sólida de apoio ao

    sistema público e ações estatais, firmando os

    laços de solidariedade social.

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    1.6 Questões

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    JFC2 O SUS em BH  – avanços e desafios

    2.1 Processo de territorialização em BH

    População: 2.5mi e RMBH 5.3 mi.

    Divisão administrativa: 9 regionais e distritos sanitários > cada distrito é dividido em Áreas de Abrangência dos CS.

    Distrito= território área (por PSF) > território microárea (homogeneidade socioeconômico-sanitária) > território moradia.

    Processo de envelhecimento: mais jovens no Nordeste e mais velhos no centro sul.

    Índice de vulnerabilidade da saúde:  correlaciona renda, educação,

    trabalho, lazer e inserção social para definir o índice. É sabido que tais

    fatores afetam a qualidade e estilo de vida, diretamente relacionados aos

    agravos a saúde. IVS é utilizado para a análise e manutenção da rede

    assistencial de BH, norteia políticas e alocação de recursos.

    2.2 Estrutura assistencial de BH

     Atenção básica para especializada para urgência e emergência para

    atenção hospitalar para alta complexidade e vigilância a saúde.

    2.2.1 Atenção primária e secundária

    Primária: realizada em UBS por ESF+ saúde bucal + núcleos de

    apoio a saúde da família e saúde mental + Zoonoses + academia

    da cidade

    NASF  –  recebem encaminhamento das UBS, tendo

    fisioterapeutas, nutricionistas, TO, fonoaudiólogos, assistentes

    sociais, psicólogos e educadores físicos. Agora, homeopatas e

    acupunturistas.

    Especialidades médicas  –  marcadas pelo CS via Central de

    Marcação de Consultas

    2.2.2 Rede de urgência e emergência – RUE

    Condições: clinicas, cirúrgicas, trauma, saúde mental

    Rede organizada de Atenção as Urgências: UBS (agudos),

    CERSAM (psiquiátricos), hospitais, UPAS, SAMU.

    UPA é intermediário entre a UBS e o hospital. O SAMU éresponsável por organizar fluxo de atendimento e

    encaminhamento para local adequado.

    SAMU – tipo: USA, UBS

    2.2.3 Estrutura hospitalar

    São 35 hospitais, sendo que 42% dos atendimentos ocorre em hospitais públicos.

    Para internação temos uma Central de Internação que analisa as AIH (autorização de internação hospitalar) e busca

    uma vaga entre os 35 disponíveis.

    2.3 Telessaúde

    Programa Nacional de Telessaúde – em parceria com a UFMG.

    ECG digital – laudo pela Universidade. Permite capacitação e discussão.

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    JFC2.4 Desafios para a estruturação da rede assistencial em BH

    2.5 Questões

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    JFC

    3 Atenção primária à saúde

    3.1 A evolução do conceito de APS

     Atenção Primária à Saúde

     Atenção de primeiro contato que propicia a manutenção básica de saúde, serviços terapêuticos e a coordenação das

    necesidades e serviços comunitários.

     Atenção Básica

    Conjunto de ações voltada para a promoção da saúde, prevenção de agravos, tratamento e a reabilitação  – situada

    no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde.

    Ou seja, a atenção básica é o conjunto de ações realizados pela APS por meio do PSF.

    3.2 Atributos da APS

     A APS é desenvolvida por meio de práticas gerenciais e sanitárias –sendo democráticas e participativas- dirigidas a

    populações de um território específico, sendo responsável por ele. Devem resolver os problemas de saúde de maior

    frequência e relevância das populações. Baseada em ESF: médico, enfermeira, auxiliar de enfermagem e ACS.

    3.2.1 Funções:

    Resolução (da maioria dos problemas de saúde daquela população);

    Organização (dos fluxos e contrafluxos dentro do SUS, para e de níveis mais especializados);

    Responsabilização (se responsabiliza pela saúde dos usuários, em qualquer nível do SUS que eles estiverem).

    3.2.2 Congresso de Alma Ata (década de 70) – OMS- Diretrizes da APS

     Assistência sanitária essencial, baseada em métodos e tecnologias práticos, em conceitos cientificamente e socialmente

    aceitáveis, acessíveis a todos.

    Deve ter sua participação e custo determinados pelo limite que o país e a comunidade conseguem suportar.

    É o primeiro nível de contato do paciente com o sistema nacional de saúde, sendo seu núcleo principal e tendo uma

    função central nele.

    São 8 ações desejáveis para cada país definir a sua APS:

    3.2.3 Atributos essenciais/fundamentais da APS

    a. Acessibilidade;

    É a porta de entrada para o Sistema, sendo capaz de resolver 80% das demandas, mas também servindo como um

    filtro, encaminhando as pessoas certas, no momento certo, para os especialistas certos. Após a expansão do BH Vida,

    baseado na Saúde da Família, o acesso à UBS se tornou mais possível, não tendo limites de vagas para atendimento

    e procurando aproximar a UBS das pessoas. O profissional pode atender, encaminhar para outro na unidade, marcar

    uma consulta, encaminhar para fora da unidade ou marcar uma atividade educativa ou em grupos, procurando dar um

    destino àquela demanda.

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    JFCb. Longitudinalidade;

     A APS deve cuidar do usuário ao longo do tempo, ver seu crescimento e desenvolvimento, entender os ciclos

    de vida, as crises e as doenças. Tem que ser um médico da vida toda, por meio de contatos frequentes, programados

    e contínuos.

    c. Integralidade;

    Cabe à APS analisar o paciente em todos seus aspectos biopsicossociais e atende-lo de forma ampla, garantindo seu

    acesso a serviços especializados e suporte quando necessário. A APS deve advogar em prol do paciente em caso deburocracias, procurando orientá-lo e resolver seus problemas legais. Deve ser organizada, para definir os instrumentos

    necessários em cada caso, tratando o paciente como um ser integral, com amplas facetas e necessidades.

    d. Coordenação do cuidado;

    Juntar o que todo mundo fala e oferecer um melhor plano de cuidados para o seu paciente. Além de fazer a integração,

    o APS é responsável por proporcionar o seguimento do usuário, acompanhar e manter a responsabilização pelo

    cuidado. Tem que garantir a continuidade da atenção para o paciente, garantindo o registro e disponibilidade das

    informações conseguidas em outros níveis da atenção.

    3.2.4 Aspectos derivados da APS

    a. Centrado na Família

    b. Competência Cultural

    c. Orientado para a comunidade

    Tais aspectos da APS não conseguem ser implantados desde o dia 0, cada um dependendo do outro para se desenvolver

    e fixar.

    3.3 Avaliação da qualidade em APS

    Tivemos várias iniciativas de avaliação ao longo do tempo. Essa ula se foca na validação para o português brasileiro doPrimary Care Assessment Tool (PCA- tool – 2010), que é a linha mais recente de avaliação. Essa ferramenta é baseada em

    parâmetros universais, nos aspectos essências e derivados da APS e permite a comparação das APS do mundo inteiro,

    considerando componenetes específicos dos ciclos de vida.

    3.4 Considerações finais

     APS é o centro coordenados do SUS, resolve 80% dos casos e coordena os demais 20% em outros níveis. É um lugar

    baseado em baixa densidade tecnológica, considerando a alta complexidade dos parâmetros biopsicossociais do usuário.

    O atendimento é universal e acessível a todos.

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    JFC3.5 Questões

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    JFC4 Biossegurança

    4.1 Etiologia:

    Microorganismos, doenças mentais, burn-out e problemas osteomusculares.

    4.2 Conceito de biossegurança

    Conjunto de normas que visam a segurança e proteção de profissionais de saúde com relação ao risco de transmissão

    de microorganismos.

    4.2.1 Precauções universais -> hoje em dia nomeadas Precaução padrão. Aplicada a todos os pacientes 

    Medidas derivadas do conhecimento da transmissão do HIV, que se referem a medidas de barreira ao contato com fluidos,

    sangue e secreções dos pacientes atendidos.

    4.2.2 Precaução de contato e via aérea. Aplicada dependendo do modo de transmissão do microornismo suspeito.

     A pele possui dois tipos de microbiota diferentes, um natural do ser, sendo chamada de microbiota residente. Ela está em

    todos nós e nas camas mais profundas, usualmente não patogênica. A microbioteca transitória, por sua vez, fica na camada

    mais superficial, o que a permite uma fácil transmissão mas, também, fácil higienização.

    a) Contato direto: é o mais comum de infecções hospitalares, sendo sua principal prevenção a higienizacao das mãos.Envolve etiologias como: Herpes simples, escabiose, pediculose, gastroenterite. Pele a pele.

    b) Contato indireto: é por muito de instrumento utilizado. Pode ser prevenido pela desinfeção de materiais e brinquedos,

    associada ao descarte de luvas e seringas utilizadas;

    c) Aérea aerossóis: a prevenção exige isolamento do paciente em quarto privativo ou utilização de sistemas especiais

    de circulação do ar (TB, varicela, sarampo);

    d) Aérea gotículas: emitidas por tosse, espirro ou conversação, não ficam suspensas no ar e podem se depositar em

    superfícies de uma curta distância. Prevenção: pode ser necessário o uso de máscara e óculos protetor pelos

    profissionais de saúde para minimizar este mecanismo de transmissão.

    4.2.3 Precauções gerais de apresentação pessoal:

    Cabelos longos presos, não usar joias e relógios (retêm microrganismos), unhas curtas, bem cuidadas, sem ultraassar a

    ponta dos dedos, sem esmalte.

    Uniforme e jaleco restrido às dependências da unidade da saúde.

    Maquiagem poded representar fonte de liberação de partículas aéreas, os perfumes podem ser considerados poluentes

    ambientais epodem impregnar ambientes fechados.

    4.3 Higienização das mãos

    Remoção dos microrganismos transitórios e alguns residentes.O sabão líquido é o principal e o álcool não o substitui.

    4.4 EPI

     Avental, jaleco ou guarda-pó;

    Luvas, óculos e máscara – de acordo com o risco de transmissão;

    4.5 Exposição ocupacional a material biológico

    Considera-se material biológico os líquidos orgânicos potencialmente contaminados principalmente pelo HIV e pelos vírus

    da hepatite B e C (sangue, secreções e fluidos corpóreos-exceto suor).

    Expostos são os profissionais e os visitantes que estão prestando serviços;

    Evento de exposição: contato destes fluidos com mucosas ou pele não íntegra, ou acidente percutâneo;

     Alto risco: sangue, sêmen, secreção vaginal, líquoer, liquido sinovial, peritoneal, pericárdico e amniótico.

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    JFCBaixo risco: suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva – sem sangue.

    Epidemiologia dos acidentes

    Soroconversão: HIV>HAC>>>>HBV

    4.6 Procedimentos recomendados

    Em pele íntegra: lavar o local com água e sabão/PVPI ou clorexidina, sem esfregar.

    Em mucosa: lavar com soro 0,9% ou água corrente em abundância, várias vezes. 

     Acidente percutâneo: lavar imediatamente com água e sabão/PVPI; não expremer; não usar solução irritante como éter e

    hipoclorito de sódio ou glutaraldeído. Clinicamente deve-se aconselhar o profissional a realizar sorologias para anti-HIV,

    HBsAg, anti HBs e anti-HCV (exclui infecção prévia). Avaliar imunização da HepB, sorologia da fonte, acompanhamento de

    soroconversão por 6 meses. Avaliar indicação de quimioprofilaxia para HIV e HepB 2 horas e 72 horas após.

    4.7 Processamento de artigos e superfícies das unidades de saúde

    4.7.1 Classificação dos processos

    Limpeza – processo mecânico com água e sabão.

    Desinfecção: baixo, médio e alto nível. (bactéria vegetativa< + alguns vírus e fungos < todos vegetativos -Desinfectante

    e termo-desinfecção)

    Esterilização: vegetativa + esporos (Autoclave, se termossensível uso de óxido de etileno)

    4.7.2 Classificação dos artigos

    Críticos – rompe a barreira cutânea (para o subepitélio ou sistema vascular); esterilização

    Semi-críticos – somente em contato com a mucosa íntegra; desinfecção alto nível e esterilização.

    Não-críticos – só pele íntegra ou nem entram em contato; limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível.

    4.7.3 Classificação das áreas das unidades de saúde

     Áreas críticas: com maior risco de transmissão de infecção

     Áreas semi-críticas: ocupadas por pacientes, mas com menor risco

     Áreas não-críticas: áreas comuns não ocupadas por pacientes.

    4.8 Recomendações

    Reprocessamento de artigos

    Tudo deve ser considerado contaminado após utilização de rotina, a classificação dos artigos determina a

    complexidade do reprocessamento (limpeza, desinfecção, esterilização), deve-se usar EPI para o reprocessamento, após a

    desinfecção deve enxaguar em água e secar. O armazenamento deve ser realizado em locais limpos, secos e fechados.

    Limpeza e desinfecção das áreas e superfícies

    Não se deve varrer, sendo limpo com água e sabão no pano úmido. As áreas críticas e semi devem ser limpas 2x/dia

    e quando houver sujeira visível. Não é necessário desinfecção rotineira das paredes, corredores, pisos, tetos, janelas,

    portas... Se houver matéria orgânica, desinfectar localmente e depois limpar normal. O material utilizado deve ser lavado no

    expurgo e o pano deve ser encaminhado a lavanderia diariamente ou após uso em contaminados.

    Resíduos infectantes

     Apenas 15% é potencialmente infectante: resíduos de culturas, sangue e hemoderivados, sondas e drenos, biópsias

    e autópsias, pérfuro-cortante.

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    JFCManuseio de resíduos

     Acondicionamento em saco plástico branco-leitoso de material resistente e rotulado como contaminado. Perfuro

    contantes devem ser acondicionados em recipientes rígidos e depois colocados no saco branco-leitoso. O transporte desses

    sacos deve ser realizado em carros fechados que devem ser lavados diariamente.

    4.9 Questóes  – errei uma, não sei qual. Fiquei na dúvida na 3 e na 5

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    JFC5 Processo de trabalho em saúde

    5.1 Processo de trabalho em saúde

    Conceito: É o modo como o trabalho está organizado e é realizado. Ou seja, como A é transformado pela ação humana,

    produzindo B.

    O processo de trabalho deve gerar um trabalho INTEGRAL ao paciente de acordo com o que ele precisa. Em casa ponto

    do sistema de saúde, deve-se garantir a integração com os demais.

    O trabalho possui um lugar central em qualquer sociedade, como bem visto no filme A Grande Sedução (Saúde do

    Trabalhador – Professora Andrea).

    Mas atenção, a ação de saúde não é qualquer produto no mercado, é único porque seu objeto é a vida de um ser humano,

    portanto tem especificidades:

    Objeto é outro ser humano  – portanto necessita de uma comunicação eficaz, na construção de uma relação de

    confiança e cooperação. Objetos: corpo, conhecimento e comportamento, contexto social.

    Caráter cumulativo e não substitutivo da mão-de-obra (um médico não substitui um ACS e uma enfermeira não

    substitui um técnico, suas ações e saberes se completam)

    O usuário não é um consumidor comum, já que não retém informações para tomar decisões sobre a ação de saúde

    que irá receber.

    Predominância do poder e autonomia médicos, com característica

    multidisciplinar do processo de trabalho (todo médico referencia para alguém

    não médico: para um técnico colocar um gesso, para uma enfermeira fazer a

    rehidratação venosa, para um fisioterapeuta fazer a reabilitação motora, etc..).

    Componentes do trabalho: agente, objetivo e meios e condições->

    Objetivo:

    Promover e proteger a saúde

    Prevenir o adoecimento e a incapacidade

    Recuperar a saúde

    Reabilitar e reforçar as capacidades do próprio profissional (sempre se manter atualizado)

    Gestão em saúde: análise do processo do trabalho tem os seguintes parâmetros

    Eficácia – capacidade de realizar objetivos (bater uma meta)

    Eficiência – utilização produtiva dos recursos (conseguir economizar papel)

    Efetividade – Realizar algo correta para transformar a situação atual (erradicar uma epidemia)

    5.2 Processo de trabalho em equipe na APS

    Conceito: conjuntos de pessoas com conhecimentos diversos que se unem com um objetivo em comum.

     Atributos indispensáveis para o trabalho em equipe: valorizar a opinião dos outros, elaborar um plano de ação bem

    definido, reconhecer a diversidade de visão como um enriquecimento.

    Relação entre membros de uma equipe de profissões diferentes: multi, pluri, inter ou transdisciplinaridade

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     Atribuições comuns a todos da equipe:

     Atribuições do médico

     Assistência integral a família em todas as fases de desenvolvimento, em qualquer espaço, seja de demanda

    espontânea ou programada. Realizar isso com resolutividade e responsabilidade.

    Contribuir com o enfermeiro na supervisão e educação permanente dos ACS e no gerenciamento da UBS.

     Atribuições do ACS

    Cadastrar e acompanhar todas as família da microárea de sua responsabilidade (visitas domiciliares e em

    comunidades).

     Ações educativas em saúde (promoção e prevenção)

    Mobilizador da sociedade para melhora da qualidade de vida de uma população.

    5.3 Apoio matricial e atribuições do NASF

    O NASF objetiva fornecer apoio matricial às ESF – o que é apoio matricial? É uma troca de informações, onde umaequipe ajuda a outra. Além de ser uma ajuda na retaguarda da ESF, a NASF ainda oferece apoio técnico pedagógico à

    referência. Como se fosse um treinador, se tem alguma dúvida, vai lá e ele te orienta, ao invés de ser uma questão

    hierárquica  – não sei fazer, vou referenciar e outra pessoa cuida disso. Esquema de referência e contrarreferência: há

    contato direto entre a referência encarregada do caso e o especialista de apoio.

    Então o NASF tem diversas modalidades e diversos profissionais, pretendendo dar o apoio mais completo possível:

     Acupunturista, assistente social, professor de educação física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, GOB,

    homeopata, nutricionista, pediatra, psicólogo, veterinário, arte educador, sanitarista.

    Cada modalidade de NASF tem a retaguarda de um número diferente de equipes. NASF 1 tem de 5 a 9 ESF, NASF 2

    tem de 3 a 4 ESF, NASF 3 tem de 1 a 2 ESF.

    O projeto iniciou e 2011, hoje em dia 65,5% das ESF já tem uma NASF de apoio.

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    JFCEsse conceito de apoio matricial às UBS atua na formação do Plano Terapêutico Singular, ou seja, o tratamento

    indicado para aquela singulariedade (De um grupo ou uma pessoa). Como assim? A discussão entre pessoas de

    saberes diferentes leva a definição de um plano terapêutico, simples assim. Esse PT pode ser utilizado e restrito somente

    para o Seu Eduardo, ou pode ser utilizado para toda aquela família que veio de uma região epidêmica de malária  – as

    orientações e tratamentos que o grupo de discussão definiu é comum a toda aquela família. Por isso não é chamado de

    PT Individual, porque pode ser para um grupo, ai eles enfiaram PT Singular, mas é tudo a mesma coisa.

    Temos os seguintes programas:

    Brasil sorridente – saúde bucal

    Centros de atenção psicossocial – saúde mental

    5.4 Construção de um modelo de atenção integral à saúde no SUS

    Conceito de modelo de atenção integral à saúde: as configurações que os sistemas de saúde tomam para si para definir

    suas ações no processo saúde/doença. Para optar por elas considera-se diversos parâmetros, como tempo, lugar, situação

    demográfica e epidemiológica, economia, cultura.

    5.5 Questões

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    JFC6 Redes de atenção à saúde

    6.1 Introdução

    Estamos saindo de um processo no qual as características do adoecimento e causas de morte estão se alterando  – de

    agudas a crônicas:

    “Quando os problemas de saúde são crônicos, os modelos de atenção às condições agudas não funciona, devem ser

    desenvolvidos os cuidados para as condições crônicas” OMS 2003- adaptado

    6.2 Características do modelo de atenção à saúde do SUS voltado somente para doenças agudas

    Não vi nada que valia a pena ressaltar

    6.3 Definição, características e componentes das Redes de Atenção à Saúde

    6.3.1 Definição:

     Arranjo de pontos de atenção à saúde do usuário que se organizam e se comunicam de forma a garant ir a

    integralidade do atendimento.

    6.3.2 Características:

    6.3.3 Componentes:

    a) População

    b) Estrutura operacional: APS + atenção 2ª e 3ª+ Sistemas de apoio (laboratório, farmácia, TI, logística) + Sistemas de

    Governança da rede.

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    JFCc) Modelo lógico: modelo de atenção a saúde  –  precisamos de modelos adaptados para a RAS, tanto para

    atendimentos crônicos como agudos.

    É evidenciado que as RAS melhoras os resultados sanitários nas condições crônicas, diminuem as referência a

    especialistas e hospitais, aumentam a eficiência dos sistemas de atenção à saúde (custam menos), produzem serviços mais

    custo/efetivos, aumentam a satisfação dos usuários.

    6.4 Estruturação das regiões de saúde e das RAS no país  – decreto 7.508 28/07/2011

    6.4.1 Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011, o Ministério da Saúde define que:

    I. Região de saúde é o espaço geográfico contínuo constituído por agrupamento de municípios limítrofes. São

    delimitados por identidades culturais, econômicas e sociais, além de redes de comunicação e infra-estrutura de

    transporte compartilhados.

    a. Cabe a elas ofertas: atenção primária, urgência e emergência, psicossocial, atenção especializada e hospitalar,

    vigilância em saúde.

    b. Os entes federativos definem: seus limites geográficos, a população usuária, o rol de ações e serviços ofertados,

    suas responsabilidades e critérios de acessibilidade e escala para conformação dos serviços.

    II. Contrato organizativo da ação pública da saúde. É um pacto/contrato entre os gestores que define as ações eresponsabilidades daquela região.

    III. Portas de entradas: atenção primária, urgência e emergência, psicossocial e especiais de acesso aberto. Estes

    conseguem referencias para atenção hospitalar e ambulatórios especializados.

    IV. Rede de Atenção à Saúde: conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente

    com o objetivo de garantir a tal integralidade do cuidado.

    a. Existem Redes temáticas prioritárias: para temas específicos com suas organizações únicas.

    6.4.2 Rede SUS atual

    6.5 Questões

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