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IAN HENRIQUE PINTO DIAS ANÁLISE DO CONHECIMENTO SOBRE ESTEROIDES ANABÓLICOS ANDROGÊNICOS ENTRE ESTUDANTES E PROFESSORES DE ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE CORUMBÁ - MS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA Corumbá-MS 2014

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IAN HENRIQUE PINTO DIAS

ANÁLISE DO CONHECIMENTO SOBRE ESTEROIDES ANABÓLICOS

ANDROGÊNICOS ENTRE ESTUDANTES E PROFESSORES DE

ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE CORUMBÁ - MS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Corumbá-MS

2014

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IAN HENRIQUE PINTO DIAS

ANÁLISE DO CONHECIMENTO SOBRE ESTEROIDES ANABÓLICOS

ANDROGÊNICOS ENTRE ESTUDANTES E PROFESSORES DE

ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE CORUMBÁ - MS

A monografia apresentada como requisito parcial para conclusão do Curso de Educação Física para obtenção

do Título de Licenciado em Educação Física.

Orientadora:

Prof. Me. Silvia Beatriz Serra Baruki.

Corumbá-MS

2014

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Dedico este trabalho a Deus que me concedeu graça para

concluir mais essa etapa, a minha namorada Jamielle que

incentivou desde o inicio e minha mãe pela força que me passou

durante esses quatro anos, e a todos os meus amigos.

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Agradecimentos

Agradeço еm primeiro lugar а Deus quе iluminou о mеu caminho durante esta

caminhada. À Instituição pelo ambiente criativo е amigável que proporciona. A todos оs

professores dо curso, quе foram tãо importantes nа minha vida acadêmica е

nо desenvolvimento dеstа monografia, Ao professor Rogério que me ajudou a na escolha

deste tema. A professora Silvia Baruki que em nenhum momento mediu esforços, teve

paciência e confiança ao longo das supervisões e sempre me incentivando.

Agradeço também a minha namorada Jamielle Fernanda pessoa cоm quem аmо

partilhar а vida. Cоm você tenho mе sentido mais vivo dе verdade. Obrigado pelo carinho, а

paciência е pоr sua capacidade dе me trazer pаz nа correria dе cada semestre, AMO VOCÊ.

À minha família, pela capacidade dе acreditar e investir еm mim. Mãe, sеu cuidado е

dedicação fоі que deram еm alguns momentos, а esperança pаrа seguir, A senhora é uma

guerreira. Pai, suа presença significou segurança е certeza dе quе não estou sozinho nessa

caminhada. A minha sobrinha Kauany que sempre preparo meu Tereré durante as horas que

escrevia esta Monografia. A minha tia Luci pelo incentivo de sempre.

A todos aqueles quе dе alguma forma estiveram е estão próximos dе mim, fazendo

esta vida valer cada vеz mais а pena.

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RESUMO

Nessa busca incansável pelo corpo perfeito, praticantes de atividade física desejam testar a

qualquer custo substâncias para melhorar o corpo, e acabam recorrendo os Esteroides

Anabolizantes, sem ao menos ter um conhecimento ou indicação de um profissional

capacitado para prescrever essas substâncias. O objetivo da pesquisa foi determinar o padrão

de conhecimento sobre o uso de EAA entre estudantes e professores de escolas públicas de

Corumbá. A pesquisa foi desenvolvida em Corumbá (MS) com dois grupos distintos: um

grupo formado por adolescentes de uma Escola Estadual de Ensino; e outro grupo formado

por professores de Educação Física, de várias escolas, escolhidos aleatoriamente. Foram

avaliados 31 adolescentes de 15 a 19 anos, do sexo masculino, com média de idade igual a

17,6 anos (± 0,98); e 20 professores, com média de idade igual a 34,8 (± 10,27), sendo 19 do

sexo masculino e 1 do sexo feminino. Os dados revelaram que os alunos têm um

conhecimento baseado apenas no senso comum dos EAA; e os professores que poderiam

entender mais do assunto, conhecem muito pouco, ou seja, o básico sobre os EAA. Quanto à

prevalência entre os alunos observou que 32% já fizeram o uso dos EAA e os professores

apenas 20% disseram ter consumidos esses produtos. Os medicamentos mais utilizados foram

durateston, deca-durabolin, winstrol (estanozolol) e hemogenin.

Palavras - chaves: Anabolizantes. Educação Física Escolar. Atividade Física.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 9

1.1 JUSTIFICATIVA........................................................................................................................11

2 OBJETIVOS ..................................................................................................................................12

2.1 Objetivo geral ............................................................................................................. 12

2.2 Objetivos específicos .................................................................................................. 12

3 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................................12

3.1Histórico ...................................................................................................................... 12

3.2 Mecanismos de ação....................................................................................................................13

3.3 Efeitos colaterais .........................................................................................................................14

3.4 Doping no esporte .......................................................................................................................15

3.5 A Busca pelo corpo ideal .............................................................................................................16

3.6 Educação Física Escolar e Promoção da Saúde ............................................................................17

4 METODOLOGIA ..........................................................................................................................18

4.1Tipo de pesquisa .......................................................................................................... 18

4.2 Participantes ............................................................................................................... 19

4.3 Coleta de dados .......................................................................................................... 19

4.4 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ............................................................ 19

5 RESULTADOS .............................................................................................................................20

5.1 Resultados da pesquisa com os alunos ........................................................................ 20

5.2 Resultados da pesquisa com os professores ................................................................. 22

6 DISCUSSÃO .................................................................................................................................25

7 CONCLUSÃO ...............................................................................................................................27

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................................28

9 REFERÊNCIAS.............................................................................................................................29

Apêndice 1........................................................................................................................................31

Apêndice 2........................................................................................................................................32

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INTRODUÇÃO

Atualmente, a atividade física é considerada como um dos mais eficientes elementos de

promoção da saúde, levando jovens e adolescentes a procura de academias de ginásticas com

o propósito de buscarem o corpo que a sociedade impõe como ideal. Dentro dessa expectativa

o uso indiscriminado dos Esteroides Anabolizantes tornou- se um problema de saúde publica.

Nessa busca incansável pelo corpo perfeito, praticantes de atividade física desejam

testar a qualquer custo substâncias para melhorar o corpo, e acabam recorrendo aos Esteroides

Anabolizantes, sem ao menos ter um conhecimento ou indicação de um profissional

capacitado para prescrever essas substâncias. A utilização por indivíduos que desejam

aumentar suas performances ou para fins estéticos tem sido constante em várias academias da

região.

No entanto, o uso do Esteroide Anabolizante antes restrito apenas atletas, com passar do

tempo se estendeu para a classe considerada recreativa. Ou seja, aqueles que praticam

musculação sem a intenção de competir, com intuito apenas de adquirir um corpo musculoso

ou definido (SANTOS 2007).

Os Esteróides Androgênicos Anabólicos (EAA) são uma família de hormônios

esteróides similares aos hormônios esteróides naturais como a testosterona. O hormônio

testosterona apresenta duas formas de ação: anabólica e androgênico (SANTOS 2003). A ação

Anabólica compreende o aumento de síntese protéica e hipertrofia muscular. A ação

Androgênica está relacionada aos caracteres sexuais secundários, correspondendo à

ginecomastia ou crescimento de mamas, nos homens; e nas mulheres, o engrossamento da

voz, pelo facial e corporal (ROBERGS E ROBERTS, 2002).

A função dos EAA é auxiliar no metabolismo, recuperar as fibras musculares mais

rapidamente, e fazer renovação de novas células fazendo com que o corpo tenha uma

recuperação mais rápida (SANTOS, 2003). Segundo Winters (1990 apud ARAÚJO, 2003,

p.17) a administração de esteroides aumenta a massa livre de gordura e a força muscular;

reduz a gordura corporal; melhora capacidade aeróbica e facilita a recuperação em exercícios

extenuantes.

Os efeitos colaterais pelo uso abusivo de EAA compreendem aspectos físicos e

psicológicos. Bompa (2000) afirma que efeitos adversos potenciais em homens incluem a

ginecomastia, retenção hídrica, acne, alterações da libido, o aumento de agressividade. Em

mulheres, podem ocorrer a amenorréia e outras irregularidades menstruais, bem como os

efeitos masculinizantes, como o engrossamento da voz, calvície, diminuição das mamas e

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alargamento do clitóris. Tais efeitos podem ser irresistíveis. Com relação aos efeitos

colaterais psicológicos Santos (2003) nos diz que

[...] um efeito colateral muito evidente é o distúrbio mental de

comportamento. Uma que um atleta experimento o aumento da força e do

peso associado com o uso de esteróides, torna-se difícil parar. Percebendo

que não se pode manter todos adquiridos, a dependência mental instala-se[...]

( SANTOS, 2003, p; 40).

Ribeiro (2008) afirma que, em adolescentes, os efeitos podem ser maturação esquelética

precoce com o fechamento das epífises ósseas, baixa estatura e puberdade acelerada, levando

ao crescimento raquítico, variações de humor incluindo a raiva e agressividade levando a

episódios violentos como suicídios e homicídios.

A testosterona, o mais potente hormônio sexual masculino, vem sendo descrita ao longo

dos anos como o hormônio que poderá contribuir para regredir a incapacidade funcional do

homem envelhecido, no período da andropausa. Entretanto, muito ainda deve ser estudado,

não somente no que diz respeito à ação dessas drogas no organismo, mas também sobre os

métodos de controle dos usuários. É necessário estar sempre atento ao volume cada vez maior

da utilização dos anabolizantes, o que torna este um dos maiores problemas relacionados à

prática esportiva, competitiva ou recreativa (JUNIOR, 1997).

O estudo abordou o conhecimento de alunos e professores sobre os EAA, as possíveis

consequências do seu uso e a capacidade dos professores orientarem seus alunos e atuarem

nesse processo de ensino aprendizagem, para desmitificar esse assunto e esclarecer as

dúvidas. Os professores devem discutir sobre os EAA para que os alunos tenham visão crítica

e possam tomar decisões corretas e seguras. E, dentro desse contexto, mostrar as diferenças

entre os EAA e os Suplementos Alimentares.

A abordagem desta pesquisa levanta a seguinte problemática: Os alunos estão

conscientes dos riscos do uso indiscriminado dos EAA para a saúde? Os professores discutem

em sala de aula os temas “Esteroides Anabolizantes” entre os alunos? A pesquisa compreende

uma investigação para verificar o perfil dos alunos e professores avaliados, quanto ao uso e ao

conhecimento desses produtos e avaliar o papel do professor em oportunizar informações

seguras que orientem os alunos a não usarem esses produtos, evitando assim, doenças ao

longo da vida.

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1.1 JUSTIFICATIVA

Nas últimas décadas, homens e mulheres procuram a obtenção pelo corpo perfeito. O

corpo tornou-se alvo de uma atenção redobrada, com a proliferação de técnicas de cuidado e

gerenciamento do mesmo, tais como dietas, musculação e cirurgias estéticas. Esse mercado

cresceu consideravelmente, ao compará-lo com outras áreas. O avanço tecnológico propiciou

aos indivíduos aproveitarem este progresso como recurso estético relacionado à saúde,

satisfazendo os desejos desse corpo perfeito, muitas vezes influenciados pela própria mídia.

Essa tendência trouxe algumas vantagens para o homem, mas por outro lado, os problemas

em relação à saúde aumentaram (CÔRTES, 2012).

Segundo Bizzo e Moutinho (2012) homens e mulheres investem cada vez mais

tempo, energia e recursos financeiros no consumo de bens e serviços destinados à construção

e manutenção corporal, na busca do “corpo sarado/perfeito”. Não alcançar essa meta gera a

insatisfação das pessoas, com seus corpos, e por isso procuram consumo das chamadas

“drogas da imagem corporal”, entre as quais se incluem os EAA.

A busca da imagem ideal, representada no corpo “perfeito” e no seu desempenho,

tem levado os jovens adolescentes a buscarem a concretização de seus ideais narcísicos

através do uso de EAA (SILBER e SOUZA, 1998). O uso de drogas anabolizantes é mais

comum entre culturistas recreacionais do que entre atletas em geral. Elas são mais utilizadas

para melhorar a aparência do que para melhorar o desempenho, usando comumente para fins

estéticos (BOMPA, 2000).

Os EAA podem ser usados de forma injetável e oral. As formas de comercialização são

inúmeras, desde o mercado negro, laboratórios clandestinos ou até mesmo dentro de

academias. Essas falsificações contêm preparações farmacêuticas, drogas feitas em

laboratório de fundo de quintal, drogas veterinárias, vitaminas, substâncias inertes e, em

alguns casos, drogas injetáveis feitas de óleo ou água colorida (BOMPA, 2000).

Outro fator agravante é o uso sem orientação de um médico. Segundo Neto (1997), a

automedicação faz parte da cultura brasileira, o que nos mostra uma grave falta de

conscientização. Dosagens elevadas de medicamentos de qualquer natureza, mesmo aquelas

substâncias sem contra indicações, podem ocasionar efeitos colaterais e em alguns casos levar

à morte. A orientação médica é eficaz para se saber qual medicamento é mais indicado, qual a

dosagem correta e quando é a hora de cessar o seu uso. Só assim evitam-se riscos e

consequências à saúde.

O uso abusivo e as altas dosagens no período de administração dos EAA podem

ocasionar a morte. Santos (2003) afirma que o abuso por longo período de uso de EAA pode

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levar o usuário à morte em consequência a trombose cerebral, infecções por depressão da

imunidade, infarto cardíaco, hemorragia hepática, metástase de tumores da próstata e do

fígado e sangramento de varizes no esôfago.

Perante essa prerrogativa, vê-se como necessáriaa interferência do professor de

Educação Física em relação a esse conteúdo, por meio de a interpretação e explicação para

seus alunos sobre os temas que se encontram interligados à imagem corporal. A inclusão de

uma matéria sobre os EAA, na grade curricular, tornaria os alunos mais críticos em relação ao

assunto (BRASIL, 2000).Guedes e Guedes (1997) alegam que um novo papel pedagógico

deve ser adotado pelo professor de Educação Física, tendo uma visão favorável a promoção

da saúde por meio das atividades que envolvam as experiências dos educandos, como objetivo

de formar cidadãos mais saudáveis, ativos e conscientes, desempenhando um papel

importante na vida do adolescente como futuro cidadão.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Determinar o padrão de conhecimento sobre o uso de EAA entre estudantes e

professores de escolas públicas de Corumbá.

2.2 Objetivos específicos

Avaliar o conceito e/ou entendimento sobre os EAA, por parte de professores e

alunos;

Identificar a prevalência do uso de EAA, entre os alunos e professores;

Evidenciar os EAA mais utilizados; e

Verificar a utilização desse tema como conteúdo nas aulas de Educação Física.

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1Histórico

A busca pela força humana é antiga e os acontecimentos sobre o uso EAA ocorreram

desde a Grécia antiga como, pois.

Os antigos gregos faziam o uso de cogumelos alucinógenos, e os

gladiadores no Coliseu, em Roma, tomavam estimulantes para

superaram a fadiga e os machucados. Alguns Índios da América do

Sul mastigavam folhas de coca para aumentar sua resistência física e força de trabalho. E hoje vemos o esporte com drogas desenvolvidas

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com a tecnologia de recombinação de DNA. (CATLIN; HATTON;

YESALIS; BAHRKE; pág.03)

Segundo Leighton (1987), a mitologia grega confere o início do exercício de peso a um

homem chamado Milo, que viveu na Grécia. De acordo com a história, Milo queria se tornar o

homem mais forte do mundo. Para conseguir essa meta ele começou levantando um bezerro

quando ainda era jovem. À medida que o bezerro crescia, Milo aumentava sua força; e quando

o touro atingiu a idade adulta, Milo já havia atingido força suficiente não só para levantar o

animal, mas também para carregá-lo nos ombros. Essa é a história mais antiga e divulgada

como o início do treinamento de força.

Em 1848, o pesquisador alemão Arnold Berthold realizou um experimento na qual a

retirada dos testículos de galos jovens levava a diminuição da crista e perda das penas e da

função sexual. Os resultados da pesquisa sugeriram que os testículos secretavam uma

substância no sangue que regulava o desenvolvimento e a manutenção das características do

macho (KOCHAKIAN, 1990).

Winters (1990) verificou que a administração de testosterona em homens

hipogonádicos levava a diminuição da excreção de nitrogênio na urina e o aumento da massa

muscular.

Bompa (2000), afirma que, por volta dos anos 50 a testosterona e seus análogos (a

metandrostenolona ou Dianabol), passaram a ser usados. Os atletas do leste europeu foram os

primeiros a utilizá-los. Logo em seguida, outros países também passaram a usar tais

substâncias, se tornando uma febre entre os atletas do mundo inteiro. Para Junior (1987), a

utilização massiva e epidêmica dos esteróides anabolizantes por esportistas provocou, por

parte do National Institute Drug Abuse nos Estados Unidos da América em 1989, esforços no

sentido de reclassificar os esteroides anabolizantes como substâncias controladas.

3.2 Mecanismos de ação

Os hormônios são substâncias químicas secretadas na corrente sanguínea pelas

glândulas endócrinas. Provocam efeitos nos tecidos e posteriormente alteram as atividades de

vários tecidos, ocorrendo hiperplasia, neoplasia e hipertrofia (ROBERGS E ROBERTS,

2002).

Os EAA são uma família de hormônios esteróides similares aos hormônios esteroides

naturais como a testosterona. O hormônio testosterona apresenta duas formas de ação:

anabólica e androgênica (SANTOS, 2003).

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Na década de 1950 foi descoberta que a testosterona tinha duas qualidades distintas a: a

ação anabólica que compreende o aumento de síntese protéica e hipertrofia muscular; e a ação

androgênica que está relacionada aos caracteres sexuais secundários (ginecomastia ou

crescimento de mamas, nos homens; e o engrossamento da voz, crescimento facial e corporal,

nas mulheres) (ROBERGS E ROBERTS, 2002).

De acordo com SANTOS (2003 p. 28):

Quando um atleta usa anabolizante, há muitas partículas de hormônio masculino no

citoplasma. Isso acelera a atividade da célula e provoca a síntese de mais proteínas

que o normalmente observado em um organismo sem substâncias. Algumas dessas proteínas musculares são actina e miosina, que são produtoras de energia. Como as

células musculares não se multiplicam, embora alguns trabalhos defendam a sua

hiperplasia (multiplicação da célula muscular), elas ficam hipertrofiadas de proteínas

que crescem mais que o normal. A massa muscular e a força aumentam cerca de três

a quatro semanas.

3.3 Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais são de curto e longo prazo. Destacam-se acne, dor de cabeça,

queda de cabelo, oleosidade cutânea, impotência e insônia. Os efeitos colaterais em longo

prazo são hipertrofia prostática, hepatotoxidade, hipertensão e lesões nos ligamentos, já que

os tendões não acompanham o crescimento dos músculos. O aumento dessas enfermidades vai

depender da quantidade de esteróide utilizado ou da pré disposição de cada individuo para

desenvolver esses efeitos (GRINSOPOON, 2006).

Em adolescentes pode ocorrer a puberdade acelerada, fechamento precoce das epífises

ósseas, acarretando baixa estatura ou um crescimento raquítico, acne e calvície precoce.

Todos os efeitos citados ocorrem de indivíduo para individuo, quanto ao tipo de esteróide

consumido e em relação ao tempo e uso, entre outros. E por último, pode ocasionar o

desenvolvimento extremo das características sexual secundária denominada hipervirilização

(GRINSOPOON, 2006).

Nos homens, o uso de esteroide pode levar a redução na produção de testosterona,

atrofia dos testículos, câncer de próstata e ginecomastia. Isso ocorre devido ao excesso, que é

convertido pelo corpo em hormônio feminino (estradiol). Esse hormônio age no tecido

mamário masculino, fazendo aumentar o volume. Em alguns casos o aumento das mamas

pode ser irreversível, sendo necessária uma cirurgia. Outro efeito colateral é a predisposição

para a formação de tumores hepáticos, caracterizados pela formação de cistos repletos de

sangue dentro do fígado (LAWRENCE etal., 2006).

Mcardle et al. (1999) em pesquisa afirma que:

Um dos efeitos sérios dos androgênios sobre o fígado ocorre quando este órgão (ocasionalmente o tecido esplênico) desenvolve lesões localizadas cheias de sangue

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(cistos) uma condição denominada peliose do fígado. Apesar de que pacientes

tomarem esteróides por um período mais longo que os atletas, alguns atletas tomam

esteróides intermitentemente durante vários anos, com uma posologia que ultrapassa

os níveis terapêuticos típicos (50 a 200 mg por dia).

De acordo com Santos (2003):

As mortes que têm sido associados aos esteroides anabolizantes parecem ser

decorrentes do uso continuo prolongado ou de doses abusivas. As causa dos óbitos

foram infartos cardíacos, trombose cerebral, hemorragia hepática, sangramento de

varizes do esôfago, miocardiopatia, metástases de tumores da próstata e do fígado,

infecções por depressão da imunidade ou contaminação por medicamentos

falsificados.

3.4 Doping no esporte

Segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) (2010, p. 15), o doping é:

A utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar

artificialmente o desempenho esportivo sejam eles potencialmente

prejudiciais à saúde do atleta ou à de seus adversários, ou contrário ao

espírito do jogo. Quando duas destas três condições estão presentes, pode-

se caracterizar um caso de doping, de acordo com o Código da Agência

Mundial Antidoping (AMA).

Devido ao uso abusivo de substâncias químicas proibidas, o Comitê Olímpico

Internacional (COI) criou em 1967 uma comissão formada por médicos para combater o

crescimento do doping no esporte. Através da análise da urina do atleta, é possível detectar as

cinco primeiras classes de substâncias proibidas.

Estimulantes: agem direto sobre o sistema nervoso central, fazendo o mesmo

efeito da adrenalina. As substâncias são: pseudoefedrina, efedrina, anfetamina,

cocaína e cafeína.

Narcóticos e Analgésicos: atuam no sistema nervoso central, diminuindo a

sensação de dor. As substâncias são: morfina, codeína, propoxifeno, petidina.

Esteróides Anabolizantes: agem aumentando o tamanho dos músculos.

Diuréticos: atua aumentando a produção e a excreção, causando a perda de

peso. São usados também para o mascaramento de doping. As substâncias são:

triantereno, hidroclorotiazínicos, furosemida.

Betabloqueadores: agem diminuindo a pressão arterial e ajudam a manter

estáveis as mãos do atleta. É usado em competições como o tiro. As substâncias

são: propranolol e atenol.

A partir de 1992, o COI passou a coletar amostras de sangue para averiguar a presença

de alguma droga que não tivesse sido detectada na urinados atletas.

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Em 1993, foi criado o Conselho Nacional de Desportos, pela Lei nº 8.672/92, que, em

seu art. 5º, fixou como atribuição do mesmo estabelecer normas que garantam direitos e

impeçam a utilização de meios ilícitos nas práticas desportivas (PUGA, 2008).

A legislação no Brasil iniciou com uma deliberação do já extinto Conselho Nacional de

Desportos (CND). Sobre o tema, escreve Rocha (1999, p. 104):

No Brasil, a primeira legislação a tratar do doping foi à deliberação nº 5, de

18.1.72., do Conselho Nacional de Desportos (CND), órgão do então

Ministério da Educação e Cultura (MEC). Esse documento dispunha sobre o

combate ao emprego do doping em atletas, listava substâncias proibidas e

previa penas, determinando às Confederações e suas filiadas o controle da

dopagem através de comissões próprias.

3.5 A Busca pelo corpo ideal

Na procura pelo corpo perfeito atletas e praticantes de atividades ficam disponíveis e se

sujeitam a qualquer recurso para atingirem seus objetivos. Os recursos ergogênicos utilizados

na maioria das vezes são incentivados pelos próprios patrocinadores, porque quando se trata

de esporte de alto nível a concorrência é maior (FELICIO, 2010).

A utilização dessas drogas por recreacionistas que desejam aumentar a performance

física, ou apenas para fins estéticos, tem sido constante em academias de todo o mundo. Os

EAA se tornam uma alternativa para aumentar a força e o ganho de massa muscular; e

melhora no desempenho físico. Os principais usuários são fisiculturistas, halterofilistas ou

atletas que desejam apenas melhorar a aparência (YESALIS et al.1999).

Segundo estudos realizados pela Universidade de Brasília o uso indiscriminado de

Esteroides Anabolizantes necessita ser divulgado para a população, a fim de esclarecer sobre

os efeitos colaterais causados pelo uso, em longo prazo (PEREIRA e FUNGHETTO, 2008).

Outras substâncias como o álcool, o tabaco e outras drogas psicoativas afetam a saúde,

mas o anabolizante tornou-se uma preocupação de saúde pública. Segundo dados do

Ministério da Saúde sabe-se que o consumidor preferencial está entre 18 e 34 anos, e

frequentemente do sexo masculino. E os principais medicamentos à base dessas drogas e que

são utilizados com fins estéticos são: Durasteston, Deca-Durabolin Winstrol e o GH

(Hormônio do Crescimento)(PEREIRA e FUNGHETTO, 2008).

Os EAA mais utilizados no Brasil, por via oral e injetável, são: Oxandrolona (Anavar),

Undecanoato de Testosterona (Androxon), Decanoato de Nandrolona (Deca-Durabolin),

Propionato de Testosterona, Fenilpropionato de Testosterona, Isocaproato e Caproato de

Testosterona (Durateston), Estanozolol (Winstrol),Trembolona (Parabolan), e Hormônio do

Crescimento (GH).

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Uma das formas que essas drogas chegam ao Brasil é através da Bolívia e Paraguai.

Entram de forma ilegal sem nenhuma fiscalização e encontram revendedores ou usuários que

indicam médicos ou nutricionista para que possam prescrever o seu uso. Algumas dessas

substâncias são fabricadas em laboratórios clandestinos, às vezes sem nenhuma higiene ou

misturadas com outras drogas (GALDURÓZ; NOTO; CARLINI, 2004).

3.6 Educação Física Escolar e Promoção da Saúde

A Carta de Aprovação da Política Nacional de Saúde define Promoção da Saúde como a

busca pela qualidade de vida por meio de hábitos saudáveis e ativos, sendo contrário ao risco

e debilitação por qualquer fator que implica na perda de saúde (BRASIL, 2006). De acordo

com aOrganização Mundial Saúde (OMS):“Saúde é o bem estar físico, social emocional,

nesse sentido a saúde deve ser observada como um conjunto de condições que tenham como

objetivo a qualidade de vida e reprodução do modo saudável”(OMS, 2002 apud

PEREIRA,2008, p.8).

Guedes (1999) afirma que a promoção de saúde, dentro da Educação Física Escolar tem

como principal objetivo discutir a fundamentação teórica e prática na idéia de mostrar os

hábitos saudáveis e não saudáveis aos alunos. Afirmando essa teoria Devide (1996) diz que

um dos princípios para a vida saudável é a educação que aborde a temática saúde.

Se pensarmos na escola como promotora de saúde, devemos incluir a idéia de que

saudável esteja associada a todos que convivem no âmbito escolar. Porém, além da escola ter

uma função pedagógica especifica, tem uma função social e política voltada para a

transformação da sociedade como um todo. O período escolar é fundamental para trabalhar a

saúde na perspectiva da sua promoção, por que crianças, jovens e adultos que aí se encontram,

vivem momentos em que os hábitos e as atitudes estão sendo criados(OMS, 2002 apud

PEREIRA, 2008, p. 2).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais(BRASIL, 1998a) são abordados como fator de

promoção e proteção à saúde e estratégia para a conquista dos direitos de cidadania. Sua

inclusão no currículo responde a uma forte questão social.Segundo PCN “A escola, sozinha,

não levará os alunos a adquirirem saúde. Pode e deve, entretanto, fornecer elementos que os capacitem

para uma vida saudável.” (BRASIL,1998a, p.27).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio contemplam as drogas como um

dos sub-temas da saúde pela vulnerabilidade dos adolescentes e pelo fato de ser esta a fase da

vida na qual os comportamentos em grupos exercem influência sobre as escolhas individuais.

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18

Isso faz com que escola seja palco para o estabelecimento e a formação das condutas dos

alunos diante dos riscos (BRASIL, 1998a).

Para a promoção da saúde, os processos educativos têm como eixos a construção

de vida mais saudável e a criação de ambientes favoráveis à saúde, o que significa conceber a educação como processo que trata do conhecimento como

algo construído e apropriado, e não meramente a ser transmitido (BRASIL,

2006, p.22).

De acordo Funghetto et al.(2008) a educação e a saúde são campos de conhecimentos e

de práticas. A educação está associada à escola e aos processos de aprendizagem e a saúde é

identificada com os serviços de saúde e processos de adoecimento.

Segundo Mezzaroba (2002), o professor de Educação Física deve identificar em seus

alunos o que é necessário refletir para que se promova a saúde. Para a promoção da saúde, os

processos educativos têm como base a construção de vida mais saudável e a criação de

ambientes favoráveis à saúde, como algo construído e apropriado, e não apenas transmitido

(BRASIL, 1998b).É importante que a Educação Física Escolar contemple temas relacionados

à saúde, incluindo o uso indiscriminado dos EAA, para que no futuro os alunos possam ser

críticos sobre o uso proibido dessas substâncias.

O tema EAA é muito discutido nas conversas dos adolescentes, por isso a escola junto

com os professores de Educação Física e alunos devem compartilhar esse conhecimento

através de trabalhos e apresentações com o intuito de aprimorar o senso crítico sobre o uso e

os efeitos dos EAA (OSORIO, 2011).

A escola é importante na tomada de decisões e atitudes preventivas. Isso não quer dizer

que a escola deva conter em sua grade curricular aulas explicativas sobre drogas ou

medicamentos, mas cabe ao professor identificar e/ou transmitir os efeitos desses produtos

permitindo ao indivíduo distinguir as informações certas ou erradas (ABROMAVAY;

CASTRO, 2003).

A escola desempenha uma função essencial na educação com o papel de passar

informações relacionadas não só às matérias, mas sim comprometida com a formação moral

do individuo, atentando para os temas emergentes na comunidade que ela está inserida

(BRASIL, 2006).

4 METODOLOGIA

4.1Tipo de pesquisa

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Foi realizada uma pesquisa de natureza quantitativa do tipo descritiva. Segundo

Gerhardt e Silveira (2009) a pesquisa quantitativa gera amostras consideradas representativas

da população e os resultados são tomados como se constituísse um retrato real de toda a

população alvo da pesquisa.

Tem por premissa buscar a resolução de problemas melhorando as práticas por meio

da observação, análise e descrições objetivas, através de entrevistas com peritos para a

padronização de técnicas e validação de conteúdo (THOMAS; NELSON; SILVERMAN,

2002).

4.2 Participantes

A pesquisa foi desenvolvida em Corumbá (MS) com dois grupos distintos: um grupo

formado por adolescentes da Rede Estadual de Ensino; e outro grupo formado por professores

de Educação Física, de várias escolas, escolhidos aleatoriamente.

4.3 Coleta de dados

Para a coleta de dados, aplicaram-se dois tipos de questionário: um questionário

direcionado aos alunos (Apêndice 1) e outro direcionado aos professores de Educação Física

(Apêndice 2). Os questionários foram elaborados a fim de responder a pergunta/problema,

baseado nas seguintes informações:

1) Idade;

2) Grau de instrução;

3) Já fez ou faz uso de EAA?;

4) Quais destas substâncias são classificadas como EAA?; e

5) Quais os possíveis efeitos colaterais causados pelo uso de EAA.

Os dados obtidos foram organizados em planilhas eletrônicas, separados por sexo,

idade e pelas variáveis sobre atividade física e sobre o uso dos EAA. Foram estimadas as

estatísticas como: prevalências, média e desvio padrão.

4.4 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Antes de iniciar a pesquisa, foi solicitada uma autorização da direção e coordenação

das escolas envolvidas para o desenvolvimento do estudo. Após a devida autorização, cada

participante (aluno ou professor) e/ou responsável assinou um Termo de Consentimento Livre

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20

e Esclarecido (Apêndice 3),explicando os objetivos e procedimentos da pesquisa, bem como o

rigor científico da mesma, com o intuito de autorizar a realização do estudo.

5 RESULTADOS

Foram avaliados 31 adolescentes de 15 a 19 anos, do sexo masculino, com média de

idade igual a 17,6 anos (± 0,98); e 20 professores, com média de idade igual a 34,8 (± 10,27),

sendo 19 do sexo masculino e 1 do sexo feminino. A seguir, serão apresentados os resultados

coletados pelos questionários aplicados, considerando-se o grupo de alunos e o grupo de

professores.

5.1 Resultados da pesquisa com os alunos

Em relação à prática de atividade física, entre os alunos pesquisados, o grupo

participava de diferentes modalidades conforme podemos observar no Gráfico 1.

Gráfico 1- Prevalência das atividades físicas praticadas pelos alunos

Fonte: Pesquisa de campo, 2014.

Sobre o conhecimento dos EAA, 51,6% responderam que já ouviram falar sobre o

assunto; e 48,4% apenas conhecem pessoas que usam esses produtos (Gráfico 2).

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Gráfico 2 – Conhecimento dos EAA, no grupo dos alunos

Fonte: Pesquisa de campo, 2014.

Quanto à participação da escola no conhecimento dos EAA, verificou-se que a maioria

do grupo obteve essa informação na escola (Gráfico 3).

Gráfico 3 – Abordagem do tema nas escolas, nas aulas de Educação Física

Fonte: Pesquisa de campo, 2014

Em relação ao uso dos EAA, 32% dos participantes relataram já terem utilizado os

EAA; e 68% não utilizaram (Gráfico 4)

Gráfico 4 – Prevalência quanto ao uso dos EAA

Fonte: Pesquisa de campo, 2014.

51,60%

48,40%

OUVIU FALAR

CONHEÇO USUÁRIOS

32%

68%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

JÁ UTILIZOU NÃO UTILIZOU

JÁ UTILIZOU

NÃO UTILIZOU

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Entre os participantes (10 adolescentes) que afirmaram já terem usado EAA, todos

relataram ter iniciado o uso desses produtos por recomendação de amigos. E apenas, 3

sentiram algum efeito colateral, como acne, insônia e agressividade. Quanto à aquisição dos

EAA, 50% desse grupo responderam que conseguiram com um amigo e/ou em academias.

Todos responderam que não procuraram uma orientação médica para iniciar o uso dos EAA.

Os produtos mais consumidos foram: Deca-Durabolin, Durateston, e Hemogenim.

Sobre o conhecimento dos benefícios dos EAA, 48% responderam que os EAA

aumentam a força muscular e 58% disseram que aumentam não só a força, mas também

diminuem gordura corporal (Gráfico 5).

Gráfico 5 – Os benefícios dos EAA

Fonte: Pesquisa de campo, 2014.

Foi verificado que 100% dos alunos entrevistados sabem que os EAA fazem mal para

a saúde, com diversos efeitos colaterais. São eles: acne, impotência, esterilidade,

ginecomastia, problemas cardíacos e/ou circulatórios, problemas no fígado e nos rins e

hipertensão arterial, limitação do crescimento, insônia, aumento do colesterol, calvície e dor

de cabeça.

5.2 Resultados da pesquisa com os professores

Em relação à prática de atividade física, o grupo participava de diversas modalidades,

como podemos observar no Gráfico 6.

48%

52%

AUMENTAR A FORÇA MUSCULAR

AUMENTAR A FORÇA E DIMINUIR GORDURA

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Gráfico 6- Prevalência das atividades físicas praticadas pelos professores

Fonte: Pesquisa de campo, 2014.

Sobre o conhecimento dos EAA, 45% dos entrevistados disseram que já ouviram falar

sobre o assunto; e 55% conhecem usuários que usam esses medicamentos (Gráfico 7).

Gráfico 7- Conhecimento dos professores

Fonte: Pesquisa de campo, 2014.

Quanto ao uso dos EAA, 80% nunca utilizaram e 20% já utilizaram (Gráfico 8). No

grupo dos professores que já utilizaram os EAA (20%), todos iniciaram por vontade própria.

Apenas um deles consultou o médico para exames; e nenhum deles sentiu algum efeito

colateral dos EAA.

10%

20%

30%

10%

30%CAMINHADA

CORRIDA

FUTEBOL

LUTAS

MUSCULAÇÃO

55%

45%CONHEÇO USUARIOS

OUVIU FALAR

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Gráfico 8 – Prevalência de uso

Fonte: Pesquisa de campo, 2014.

Os produtos mais consumidos foram: Deca Durabolin, Winstrol e Durateston (Gráfico

9). Os produtos foram adquiridos no comércio exterior

Gráfico 9 – Produtos mais consumidos

Fonte: Pesquisa de campo, 2014.

Sobre os possíveis benefícios dos EAA, todos os professores responderam para os

seguintes efeitos dos EAA: aumento da massa muscular e da força; diminuição da gordura

corporal; e ajuda no estímulo psicológico. Sobre os efeitos colaterais a maioria respondeu que

eles causam problemas cardíacos no fígado e rins, esterilidade, calvície, agressividade,

aumento do colesterol, limitação do crescimento, impotência e hipertensão arterial.

Com relação ao conteúdo nas aulas de Educação Física 50% disseram que

desenvolvem o assunto EAA, em sala de aula através de debates, roda de conversa,

seminários ou quando se trata de assuntos relacionados à fisiologia. E os outros, 50% nunca

discutiram o assunto em sala de aula, mas ainda pretendem desenvolver com os alunos.

20%

80%

EXPERIMENTO

NÃO

EXPERIMENTOUU NÃO

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6 DISCUSSÃO

De acordo com pesquisa realizada com alunos de uma escola publica em Brasília

notou-se que 51,6% dos alunos já ouviram falar dos EAA e 48% conhecem usuários. Araújo

(2003) em estudo realizado na Universidade de Brasília, com estudantes do ensino médio de

escolas públicas e particulares em 2003, que teve como pesquisa identificar entre os alunos o

conhecimento sobre os EAA, observou-se que 21,5% têm conhecimento destes produtos e

78,7% não conhece, mas já ouviram falar algo a respeito.

Cristofolinet al. (2008), em pesquisa realizada com jovens praticantes de musculação

na cidade de Joinville/SC e Jaraguá do Sul, onde foi perguntado sobre o uso de esteroides

anabolizantes, constatou que 10,85% já utilizou e 46,22% conhecem usuários de EAA. Maior

(2009) realizou com um grupo de praticantes de musculação no estado do Rio Grande do Sul

demonstrou que 24,9% relataram ser usuário de EAA. Com relação aos EAA administrados

por vias orais o Hemogenin destacou-se como de maior consumo entre os usuários 29%%. Ou

seja, os dados da presente pesquisa são semelhantes a esses resultados de estudos em outras

cidades do Brasil.

De acordo com Campos (2013), pesquisa realizada na cidade de Corumbá com

estudantes de escolas particulares, 38% disseram ter utilizado EAA e 68% nunca fizeram a

utilização desses medicamentos. Contudo 30% disseram ter conhecimento e 70% não.

Quanto ao questionamento do papel da escola, na abordagem do tema nas aulas de

Educação Física, 77% afirmou que a escola discute; e 23% relataram que a escola não

trabalhou com esse tema. Resultados contrários foram apresentados por Gonzaga et al. (2012),

em estudo realizado com estudantes do Ensino Médio da rede pública de Santana de

Ipanema. Constatou-se que 73,7% dos alunos não tiveram a temática dos EAA abordada em

sala de aula; e 27,2% disseram que em algum momento o professor discutiu em sala. Mas

todos os participantes alegaram ter ouvido falar dos EAA, seja por televisão (50,0%), escola

(36,36%), por amigos (18,18%) e pela internet (13,64%).

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM, 2014) afirma que

desde 1996, o uso juvenil de EAA aumentou 39% entre os estudantes do nível fundamental;

67% entre estudantes do ensino médio; e 84% entre os estudantes do último ano do ensino

médio. Uma recente inspeção mostrou que 1 em cada 16 estudantes já

usou anabolizantes esteróides para fins estéticos.No presente estudo, em relação ao uso dos

EAA, 32% dos participantes relataram já terem utilizado; e 68% não utilizaram.

Segundo Araujo (2003), em estudo realizado com alunos de uma escola pública em

Brasília, constatou-se que 5,46% disseram ter usado EAA. E a maioria revelou a participação

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dos amigos na indicação ao uso desses produtos (60,4%). Em relação a esta pesquisa notou

que 32% disseram ter usado esses produtos, sendo um número alto se comparando a outros

trabalhos.

Com relação aos efeitos positivos ao uso dos EAA, a maioria dos participantes

respondeu ao aumento da massa corporal e da força muscular. Segundo estudo de Gonzaga et

al. (2012), citado anteriormente, em relação a pergunta “ qual motivo levou você a utilizar

EAA”, 25,39% responderam para melhor desempenho nos esportes; 66,3% para ter um corpo

mais bonito; 2,8% para tratar doenças 2,8%; e 5,7% para outros fins.

Em relação à pesquisa com os professores constatou-se que 45% já ouviram falar

sobre o assunto; e 55% conhecem usuários que usam esses medicamentos. Quanto ao uso dos

EAA, 80% nunca utilizaram e 20% já utilizaram. Abrahinet al. (2013), em pesquisa realizada

com professores e estudantes que atuam em academias na cidade de Belém, verificaram que

31,6% disseram ter usado EAA. Na amostra estudada, observou-se maior prevalência do uso

de EAA entre os professores (39,3%).

Com relação ao consumo dos EAA, tanto no grupo dos alunos como no grupo dos

professores, observamos que Durateston, Deca-Durabolin, Winstrol (estanzolol) e Hemogenin

foram os produtos mais citados. Estudo citado anteriormente mostrou também um maior

consumo de Deca-Durabolin (50%) entre os usuários (ARAÚJO, 2003).

Com relação ao conteúdo nas aulas de Educação Física, 50% disseram que

desenvolvem o assunto EAA, em sala de aula através de debates, roda de conversa,

seminários ou quando se trata de assuntos relacionados à fisiologia. E os outros 50% nunca

discutiram o assunto em sala de aula. Segundo Monteiro et al. (2012)

60% dos professores de Educação Física licenciados da Escola Superior de Cruzeiro e

atuantes no âmbito escolar,relatam o questionamento dos seus alunos, sobre esse tema,

durante as aulas de Educação Física.Verificou-se que os entrevistados tem pouco

conhecimento sobre os EAA. Na mesma pesquisa mostrou que 40% dos professores erraram

questões sobre EAA, mostrando que não sabem diferenciar os hormônios masculinos dos

hormônios femininos.

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7 CONCLUSÃO

Os dados revelaram que os alunos têm um conhecimento baseado apenas no senso

comum dos EAA; 51,6% responderam que já ouviram falar sobre o assunto; e 48,4%

apenas conhecem pessoas que usam esses produtos.

Sobre os professores, notou-se pouco conhecimento sobre os EAA: 45% dos

entrevistados disseram que já ouviram falar sobre o assunto; e 55% conhecem usuários

que usam esses medicamentos.

Quanto à prevalência entre os alunos, observou-se que 32% já fizeram o uso dos

EAA e os professores apenas 20% disseram ter consumido esses produtos. Os

medicamentos mais utilizados segundo a pesquisa foram Durateston, Deca-Durabolin,

Winstrol (estanzolol) e Hemogenin.

A abordagem do tema EAA como conteúdo nas aulas de Educação Física dividiu-

se em 50%que discute em sala através de pesquisas e debates, e 50% que nunca trabalhou

com seus alunos a temática EAA.

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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo analisar e discutir o conhecimento dos estudantes de

escola pública e professores que atuam no âmbito escolar na área de Educação Física, em

Corumbá/MS, em relação ao uso dos Esteróides Androgênicos Anabólicos (EAA).

Este tema surge a partir da vivência acadêmica nas disciplinas de Anatomia I e II,

Fisiologia I e II, e Nutrição. E por ser praticante de musculação desde a adolescência.

Considero necessário obter informações em âmbito escolar, a respeito dos EAA,

durante o processo de ensino aprendizagem, ressaltando a importância do professor de

Educação Física em desenvolver esse tema nas suas aulas, para que dessa forma os alunos se

tornem autônomos frente a esse conteúdo e sejam capazes de discutir e debater de forma

critica o tema EAA.

Apesar dos resultados não poderem ser generalizados, visto que o estudo abordou

apenas uma instituição de ensino, pode-se afirmar que o trabalho foi válido. Acredito que a

realização desse estudo trouxe contribuições teóricas e práticas, que possam contribuir para

maior conhecimento dos professores e alunos, na busca de qualidade de vida e promoção da

saúde, fatores que devem ser iniciados e desenvolvidos na ambiente escolar.

Os poucos dados encontrados em relação ao consumo e/ou conhecimento dos EAA em

alunos e professores de Educação Física, que atuam na escola, sugerem estudos semelhantes a

este, para ampliar a discussão dos EAA no âmbito escolar, para que se possam obter mais

resultados relevantes.

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PUGA, A. Leis antidopings: Comentários, Convenção da UNESCO, Código Mundial, lista

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RIBEIRO, P. C. P. O uso indevido de substâncias: esteróides anabolizantes e energéticos.

Disponível em: < http://www.ral-adolec.bvs.br>. Acesso em: 25/08/2013.

ROBERT, R. A. Princípios Fundamentais de Fisiologia do Exercício: para aptidão,

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ROCHA, Luiz Carlos. Doping na Legislação Penal e Desportiva. Bauru: Edipro, 1999.

SANTOS, A. M. O Mundo Anabólico: Análise do uso de esteróides anabólicos nos

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SANTOS, A. M. O Mundo Anabólico: análise do uso de esteroides anabólicos no Esporte. 2.

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(SBEM).Anabolizantes Esteroides e os Jovens. Disponível em:

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SOUZA, E. S.; FISBERG, M.O uso de esteroides anabolizantes na adolescência.

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Apêndice 1

QUESTIONÁRIO PARA O ALUNO

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NOME: ______________________________________________ ( ) Mas ( ) Fem Id: ____

Grau de instrução: Série ________________

1) Qual atividade física você pratica?

___________________________________________________________________________

2) Você sabe o que é Esteroides Anabolizantes?____________________________________

( ) Nunca ouvi falar ( ) Já ouvi algo a respeito ( ) Conheço usuários

3) Na escola, já teve alguma informação sobre Esteroides Anabolizantes ( ) Sim ( ) Não

4) Você utiliza/já utilizou Esteroides Anabolizantes? ( ) Não ( ) Já experimentei ( ) Estou

utilizando. Quais? ___________________________________________________________

Há quanto tempo? ___________________________________________________________

5) Para que servem os Esteroides Anabolizantes? ( ) Diminuir o cansaço ( ) Estímulo

psicológico ( ) aumentar MM e diminuir gordura ( ) aumentar a força muscular

Outros_____________________________________________________________________

6) Os Esteroides Anabolizantes faz mal para a saúde? Sim ( ) Não ( )

( ) Acne ( ) Aumento do colesterol ( ) Calvície ( ) Problemas no fígado e rins

( ) Problemas na próstata ( ) Impotência e esterilidade ( ) Limitação no crescimento ( ) Insônia

( ) Problemas nos tendões e ligamentos ( ) Dor de cabeça ( ) Ginecomastia ( ) Agressividade (

) Depressão ( ) Virilização. ( ) Problemas cardíacos/circulatórios ( ) Hipertensão arterial

Outros_____________________________________________________________________

7) Por que iniciou o uso? ( ) Recomendações do Instrutor/professor ( ) Recomendações de um

amigo ( ) Vontade própria () Outros _________________________________________

8) Antes ou durante o uso dos Esteroides Anabolizantes você procurou algum médico? ( ) Sim

( ) Não

9)Já sentiu algum efeito colateral com o uso dos Esteroides Anabolizantes? ( ) Não ( ) Sim

Qual(is)?___________________________________________________________________

10) Como você adquiriu os Esteroides Anabolizantes?

__________________________________________________________________________

Apêndice 2

QUESTIONÁRIO PARA O PROFESSOR

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NOME: ______________________________________________ ( ) Mas ( ) Fem Id:

____1) Qual atividade física você pratica?

___________________________________________________________________________

2) Você sabe o que é Esteroides Anabolizantes?____________________________________

( ) Nunca ouvi falar ( ) Já ouvi algo a respeito ( ) Conheço usuários

3) Você utiliza/já utilizou Esteroides Anabolizantes? ( ) Não ( ) Já experimentei ( ) Estou

utilizando. Quais? ___________________________________________________________

Há quanto tempo? ___________________________________________________________

4) Para que servem os Esteroides Anabolizantes? ( ) Diminuir o cansaço ( ) Estímulo

psicológico ( ) aumentar MM e diminuir gordura ( ) aumentar a força muscular

Outros_____________________________________________________________________

5) Os Esteroides Anabolizantes faz mal para a saúde? Sim ( ) Não ( )

( ) Acne ( ) Aumento do colesterol ( ) Calvície ( ) Problemas no fígado e rins

( ) Problemas na próstata ( ) Impotência e esterilidade ( ) Limitação no crescimento ( ) Insônia

( ) Problemas nos tendões e ligamentos ( ) Dor de cabeça ( ) Ginecomastia ( ) Agressividade (

) Depressão ( ) Virilização. ( ) Problemas cardíacos/circulatórios ( ) Hipertensão arterial

Outros_____________________________________________________________________

6) Por que iniciou o uso? ( ) Recomendações do Instrutor/professor ( ) Recomendações de um

amigo ( ) Vontade própria () Outros _________________________________________

7) Antes ou durante o uso dos Esteroides Anabolizantes você procurou algum médico? ( ) Sim

( ) Não

8)Já sentiu algum efeito colateral com o uso dos Esteroides Anabolizantes? ( ) Não ( ) Sim

Qual(is)?___________________________________________________________________

9) Como você adquiriu os Esteroides Anabolizantes?

___________________________________________________________________________

10) Você desenvolve esse conteúdo/tema nas suas aulas de Educação Física? ( ) Sim ( ) Não

Como? _____________________________________________________________________

TERMO DE COMPROMISSO

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezados PAIS,

Eu, IAN HENRIQUE PINTO DIAS, gostaria contar com sua colaboração autorizando a

participação na Pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso intitulada provisoriamente

“análise do padrão de conhecimento sobre esteroides anabólicos androgênicos entre

estudantes e professores de escolas públicas do município de Corumbá - MS”, junto ao

Curso de Educação Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus do

Pantanal, sob a orientação da Profª Silvia Beatriz Serra Baruki. Declaramos que os dados da

pesquisa são sigilosos e que a identidade do respondente será preservada, não havendo

qualquer identificação do participante. Aparticipação na pesquisa não prevê remuneração

financeira, bem como não haverá despesas pessoais para o participante. A sua participação

nessa pesquisa é voluntária. O estudo será apresentado na forma de monografia, e poderá ser

publicado em congressos científicos; e/ou publicados em periódicos, bem como haver

desdobramentos.

Eu, ______________________________________________________________, autorizo o

aluno _________________________________________ a participar do estudo supracitado e

de seus desdobramentos.

Corumbá, 15 de MAIO de 2014.