Hume - Uma Investigação sobre o entendimento humano [Até Seção V]

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    I 'Ui.tD,{Orrt)t-fcRA D,{ UNESPPrestdtntt '1 o Constlho CurnlorAntonio N' ; rnoe os Santos Si lv ; r

    I) rretor-Presid.cntJos Cast i lho N4arc lucsNcto

    ,4ssessor:d i tonaljz io [ernani Borntim Gutierrc

    ConstLbod tonalAcad?nrcot\urn:r ldo Jos Gonave1" ; , ro C)scarCanrpana

    Antonio ( e lso Wagner ZaninCarlos IJrrvan; ' ; :rnt inar

    [ ;rtrsto orestiJ ,>s luys io Re ,sde Andradc

    Jos Robcrto Ferrerra \ larcr r Aurl io Nogt rc ir . rNl; r r i , r Sucl i Parrcira de Arruda

    Robcr to KraenkelI osa l\ ' ar ie Fc i te iro Cavalr r i[ .d i torLxccut iyoTul io Kawat r

    LdrtorasAtsistntcsNar i : r App:rrecid;r F. \4. Bussolor r i

    Mar i ; r Dolorcs Prades

    DAVID HUME

    (lma Investigaoobreentend.imentotumano\-\,

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    Tttr lo originale n ingls:An [.nqurry oi l t(rt l ikglwnan Indnsufun!Copyri t l rt O I q9 8 d; r radtrro rasi lcrrr:I und.r i ro di torr dr UNL,SP (FEU)

    Pr,ra da S, loSL) ()! , i -9()O - Sa o P: rulo - SPfc l . : (oLt ' ) zJz-7t71F;rx.:ot L) z)z-717 2

    lJor r .e page: rt.vw.editora.uncsp.brI' . nr .u l : tctr@e drtorr.rrncsl' [r 1

    L). id,, , ntcrnrtrorrr is dc Cat : r logeioiC.rrrrr;r t l r , is r lc ir ; r :l o Livro,

    na Publ icro (. lP;SP , Brrs i l )| [{Lrmc, D: rv id, lTl I ' t776.j Uul" invcst ig; r io sobrc o cntendin,enro hrr:rrno L)rvrJI i lu'. t- t . ; radur ,JosOscar dc Almcida N{;rrqr.rcs. S o Patt-|

    1., : L,diro.a UNESP, I9g9' - (Bib l ioteca Clssica)- l - t r r lo ol igr r . l l : An enquirv conccrning hum;rn und" rs

    t;urd ng ,ISBNEt 7r l9-216,6 . Conhrct r lunto - Ttor i : r L T ru lo ll Sr c

    9q - I48c CDD- I 92 ,rd,c" p.r,r c t logosistcmt ico:

    L l - lurnc: rJbras [r losfrc;rs 19 2

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    prrcialrdade,ur nbornexemplo asart imanhas rgl lmenrari-\ , .1sue o zelo ancico e Lrlge utorizado empregr. au -tor deseja, oravante, ue os textos a seguir e s elcspossam er considerados omo contendosr-ras pinieseDnrrDros l losfrcos.

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    IfirIIItIi

    i

    SeoDa origem as dias

    - l -odosadmit iroprontamente ue h uma considerveldiferena ntreas percepesa menteguandoum homemsente lor de um calorexcessivou o prazer e uma epidezmoderada, quando raz mais ardeessa ensao suame -rnria,ou a antecipa el asua maginao. ssas aculdadespodem mitar ou copirr as percepesos senridos,ma s a-maispodenraringir od a a forae vivacidadea experinciaoriginal.Tudo o que podemosdizer clelas, esrnoquandooperamcon o mxirno igor, qu e represenrameu objerode uma maneira o vvida ue ir, . eodetnos izerqure ve -rnosorl sentimos.Exceruando-se,orm,os casos m qu e amenleest erturbada el adoena u loucura, unca earin-ge um graude vivacidadeapaz e rornarcompletamenten-dist inguveis ssas ercepes.odasas cores a poesia, orcspndidasue sejam, oseroamais apazese erratar sobjetos e al maneira uesecome descrioor um paisa-ge mreal,e o maisvvidopensamento er empre nferior maisobtusadas sensaes.

    Podemos bservar ue Lrma ist ino emelhantc ercorretodas sdemais ercepesamenre.Um homemcomado e23r:

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    urn rcesso de fr i r ia aferado de manei ra mtt i to d i ferente deru- u tro que aPenesPensanessa rnoo.Se vocnr edi z qrreLlma cert i pessoa est enamorada,eu enrendo faci lmenre o.1r-rcoc quer dizer e formo urna dra adequadada si tLraodcssl pessol , ma s j rmais confundi r ia essa dia co m os tu-mul los e agi taes eai s da paixo' Qurndo ref le t imos sobrer)ossasexper inciase afecespassadas, osso Pensamenrof,rua como um espelho f ie l e copia corretamente os objetos,ma s as coresqu e emPreg o pl idase se,nbr i lho em comP-r lo com as qu e rer 'e .st i ram ossas ercepes r ig inais ' N ose requer um refrnado dr 'cern inento ne m grande apr i t ome af sica para percebera d i ferena entrc elas.

    Er n conseqnci ;r , odernos aqui d iv id i r rodas as PerceP-.,ocsda mente em dtrnsclasses r-r spcies ue se distr ' ,guernpor seus di ferentcs grar.rs e fora e vivacidade,As qu e s ornenos fortes e v ivazes s o comumcnce denomnadasptnsa'rnuttos u idas. outra espcie ; l rece e nome em nossa n-gr-r ;r ,ss im como ne maiorta da s outras, e suponho qu e isco sec1 orque nunca fo i necessr io ar a quaque propsi ro ' ex -cero os de ordem fi losf ica, agrup- lasso b algum tenr lo oL tdenominao gera l .Vamos ento totnar ume pequena rb e -dade e chem-las rnpresses,mpregando a palavranum scnt i -do r.rm ouco di ferente do usu"l . Enrendo pelo ter t . to mprts-sno, port.r r r ro, todls as nossas percepes mais vv idas,sempre

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    f i losica, ocas snossasdias, u Percepesais nues,s o copras e nossasmpresses,u PercePesai s vidas.Paraprov-lo,bascaro,spero, s dois argumentos e-

    guintes.Em primeiro ugar,quandoanal isamosossos en -smentos u idias, or maiscomplexos u grandiosos uesejarn, empre e i f icamosqu eeles edecompem m diassimples opiadas e alguma ensaou sentimentoPrece-dente. \4esmo quelasdias ue,prime ra vista. arecetn smaisafascadasessa r igem evelam-se,p sum examemaisde ido,deladerivadas. idiade Deus,no sentido e um SernJinitamententcligente,bio bondoso,urgeda reflexo obreasoperaes e nossaprpria mente e do aumenco l imitadodessa.sual idades e bondade sabedoria. odemosProsse-guir o quanco uiserrnos essanvestigao,Pera ad a c{iaqu eexaminarmosernpre escobriremosue el a copiada eum a impresso emelhante. queles ue dese;arerneclararqu eessa ropr:sio o r.rrr iversalmenreerdadeira,u qu eadmite excees, dispemde um mtodopara efut-la,qu e de resco simples: presentar lguma diaque,em su aopinio, oderive essaonre.Caber nto ns, equiser-lTos usten[ar ossadourrina,exibir a impresso,sro , apercepo vida, ue a el acorresponde.

    Em segundo ugar,quandoum homemn opode,po r al -gr-rrn efci to orgnico, xperimentarensaese urnacertaespcie,empre eri f icamos ue el e igualmentencapaz efcrmar as dias orrespondenres.m cegon opodece rno - oda scores,l crn m s,-trdoos sons.Rescicua-sequalquerr-rm eles senticlo mqu edeficiente ,ao seabriresse ov ocanal e entrada an suas ensae, ambm ee t.ar brin-c{ ourn canalprr,r;rs dias, eleno tcr dif iculdades ar a

    conceber sses bjetos.O mesmoocorrequando o objecoapropriado ar aprovocar n acerta ensaounca oi posroer.rt onraco om o rgo:um lapoou um negro no cmidiado sabordo vinho.E emborahajapoucosou nenhumexemplo e uma semelhanreeficincia o domnio mental,em funoda qual um e pessoa unc ivesse xperimenradoou fosse nreiramencencapaz e experimenrar ma paixoou sentimento rprio de sua espcie, emosqu e a mesmaobservaooncinu l ida m menorgrau:um homemde n-doleserena o pode ormar diade um acrueldade u esp-r i to de vingana rraigados,tampouco fcI ar aum cora- o egosca onceber s cumesda amizade generosidade.Admite-seprontamente ue outros seres odem Jispor demuitos sentidos ue n opodemos onceber,orgueas diasdeles uncanos oramapresentadasa nica ormapelaqualuma diapode re r acesso menre,a saber, or um eferivosentimento tr sensao.

    H , porm,um fenmeno onrraditrioqu e podeprouarqu en o absoluranrenrempossvel aparecimentoe diasrndependentementee suas correspondenresmpresses.Acredito qu e se admirir ci lmenre ue s diversasdiasdist intasde cor qu eenrrampelosolhos,ou as dias e so mcomunicadasel o ouvido,s o ealmenre ist inrasumasda sourras, mboraao mesmo empoassemelhadas.ra , se ssoocorreno caso e cores iferentes, ambm correr o casode onal idades iferencesa mesma or,cada onal idadero -duzindouma dia isr inra,ndependenreasdemas. oisseisso ossenegado, eriapossvel, el agradao onrnuaderons, ransformarnsensivelmenrema cor naquela ue he mais emote;e, sen o se admicirqu e alguns os ons nter-

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    lv l rs admit indo-sc esses ermos, mprtsstsdhas, o senrido acim;expl icado, enrendendopo r inato qui lo qu e original ,or r qu c no copiadode nenhuml impre s oprecedenre, nropodemosesscverrqu e odass ossesl prcsses o naras rossasdras o o so.Perr f ;r ler rncarnc,. te, evo confessar rinhaopiniode qu e ncss:rquesto,Locke cai trna armadi lhados escolsricos,s quris, ao faze-rerLrso e termos no-definidos, longam ediosamente ua sdispu-tas selnJnlsocrr l o pol ro em questo.Semelhantes mbigida-de e ci rcunlquiosp:rre em percorreros raciocnios aqr.relerlsofon(ste onlo na ml iorrr dos outros rssuntos.

    Jo 1lJ'

    (a)eao )Da associacoe dias

    Il evidente ue h um principiode conexo ntreos diver-so sPensamentosu dias a rrente, que,ao surgirem me -mria ou imaginao, le sse nrroduzen ns aos outrosco m ul n certograude mtodoe regl lar idade.sso o mar-canteem nossos acrocnios conversaesai s sriosqu equalquer ensmento art icularqu e inrerrompe f luxo o,,rencedeamentoegular e dias mediacamenteotadoe re-jei tado.Mesmo em nossos evaneios ai sdesenfreedoser -rentes e n osomente eles,ma st em nossos rpriosso -nhos descobriremos,e ef let irmos, ue a imaginao ocorreu nteiramente solcamas houveum a igao nrreasdiferentesdias ue se sucederamma ss outras.Se a maisnegl igence ndiscipl inadaas onversasosse ranscri ta, b-servar-se-iamedraramentelg oqu ea menteve oesa m cadaum ade suas ransies.u, se ssoestiver usente, pessoaqr-re uebrouo f io da drscussooderiaainda normar-r losqu e um a sucesso e pensamencosercorrera ecretamentesu amente, evando-a radualmenteafasrr-seo assunto aconversao. ntre diferencesinguagens,mesmo quandon opodemos uspeirar lue ajaentreelasa menor conexo

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    ou contto, cri f ica-.senesmoassimqu e as pl lavras uc ex -prcssrn s diasmaiscomplexesorrespondemproximada-ncnteurnas soutras;ulxa Prova abal e qu eas dias irn-p' les, ompreendida-sas diascomplexas,oram reunidaspor algum princpio untversal ue exerceugual nf lunciacrn toda a hurnanidade.Embor:a farode qu ediferentesdias stejam onectadasscja emasiadobvioparaescapar observao,o de meuconirecir.nentouealgum i lsofo enha entado numerar rrclassif icarodososprrncpios eassociao;m essunto ue ,entre anto,parece ignode nvestigao.e minhaparte, a-rcce rverapenJsrsprincpios econexo nrrc dias, sa-l,cr, sel:telhdna,ontigidarleo tempo ou no espeo, causq treJ eto .

    Qr-rc -sse-srrncpios irvampra onectardias o ser,.Liredito, bjerode rrruira vida.LJm etratoconduznatu-r l lmencenossos ensamentosar ao original; 'a meno eur ncrlodo numahabitaoeva arurarnenteum a nd;rga-I o or.r bservaoelacivasosdemais;t , sepensarmos nur m erimenco, i f ic i lmente onseguiremosvitarum a reflc-xi o sobrea dor qu eo aconpanha.r as podese rdifci l pro-va rsatisfatoriamentear ao leiror,ou mesmo ar a i prprio,qLe ssa nurneraocompleta qu enohoucros rincpioscl eassociaol mdesses. ud o qu e se pode azer, m taiscasos, recaprt ir l rr iversos xemplos xaminando uidado-s;rr\enteprincpioqu e iga os diferente persamentosnsaos urros, ono sde endoac uecenhamosornado prin-r (, , ,-^1h",. . .2 Contigid.rde.Crrrs lc cfc,: .

    Jz

    cp io to geral qr-ranro ossvel .+Quanto mais exemplos exa-nr inarmos,e quancomais cuidado dedicarmoseo exame,marsce teza adqui r i remos de qu e a enumeraoobr ida do conjun-to complera e inregral .oEm ve z de enrrar em deralhesdcsser ipo, gu e nos lcvar iam a rnui tas sut i lezas nreis, val roscon-sidcra,r lguns dos efertos dessaconexosobre as paixes e aimaginao, on l o qu e podemos abr i r uma reade especula- o mais inreressantee ra luez mais insrrur iva qu e a ourra.

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    Seo {.Dvidascticasobre s operaesdo entendimento

    Parte ITodos os objetosda razoou rnvestigaoumanes o-

    de mse rnaturalmenceivididos m dois ipos,a saber,elaesde dias qwsteseato.Do primeirociposoascincias ageo-mecria. lgebra aricmtica,,em suma, odaafirmao ue incuiciva u demonstra[ivamente erta.Qu eoquadraoahipo-imusa igual oquodraoos oisaos uma proposiogue ex-press ma relao ntreessas randezs. ue rs el3s incoigual metudee rintaexpressa ma relao ntre esses me-ros.Proposies esseip o podemse rdescobertasel asim-ples operao o pensemento,ndependentementeo qu epossa xist irem qualquer arce o universo.Mesmo qu e a-maishouvesse xist idoum crculoou cringulo natureza,as verdades emonscradr,t"r Eucl idesconservariam ar asemPre ua certeza evldencra.Quesres e ato,qu es oo segundo ipo de ob;eros a a-zo humana,no so apuradas a mesmamenelre, ram-

    pouconossa vidnciae sua erdade,or grande ue seja, da

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    hlL,'1,:.fii,F;-,t.it,,ct.t ' ,ii:.i-r1FlH.

    lu esn a tL i rez ue a Precedenre. conrrr iode roda qu e t ode fato permanece endopossvel ,PorqLre o pode amais rn -1'tl icar ontradio e a mente o concebecotn a mcsri Faci l ida.lec clareza, orno algo perfe tamente a justvel real idade.Qu r oso lna onascermanlta o r"rma roposio rnenos intel igvclncrn irnpl ica rnais contradio qctea afirmao de qu e le asrer;e ser ia vo, porranto, tentr demonstrrr su a fa ls idade,Se e lafosse dernonstrat iva lnencealsa, mpl icar iaum a contradioejanra is poder ia ser d isr inramente concebidapela rnente.

    Assi rn, pode se r ur assunto digno de interesse nvest igarqcra l a nat l l rezadessa vidncia ue nos d garanr ias u.r i rcoqualquer existncia ea l de coisase qualquer questode faro,para alrndo restemunho presence e nossossentidosoL rdo sregistros de nossa nemria.Observe-se ue tanto os ant. igoscomo os modcrnos pouco cul t ivaram ess arte da f i loso ia , eisso torna mais desculpveis ossoserros e hesi raes o err -preendermos uma invesr igao o imporcance, ercorrendorr i lhas o d i ce is scm nenhum guia ou or ientao. sses rrospodem at mesmo reveiar-se rre is, st imulandoa cur iosidadeabalando aquela f e s.g,rr"na irrefletidas qu e so a runa detodo raciocn io e de roda invest igeomparcia l .A descobertade defe i tosna f i losof ia ord inr ia,se os houver,n o aruar, re-surr o,como um desencor.r jamento,as antes como um esL-mulo, como usual ,parabuscarmosalgo mais pleno e sat isfa-rr io do qu e qu e se tem at goraproposto ao pbl ico.

    Todos os raciocn ios reerentes a questes de fato pare-ce,n fr ' ,ndrr-sena re laoe causa eJci to. ro- .r ,r . po r meiodessa elaoqu e podemos ir a lm da evidnciade nossame -nrr i l e nossos senr idos, Se pergr"urtssemos um homempor que ele acredi ta em alguma afi rmao factual acercade

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    algoqu e esc usente po r exemplo, ue se uamigoacha-seno interior,ou naFrana, e no sapresentarialguma azo,essa azoseriaalgumoucro aco,como uma carca ecebidadesse migo,or ro conhecimenro {e eus ncerroresompro-missos resolues. rn homemqu eencontre m relgioouqualquer urra mquinaem uma i lha deserta oncluirqu ehomens st iveram nteriormente essalha.Todos osnossosraciocnioselacivos atoss oda mesna atureze. , qu rsesupe nvariavementequ eh uma conexo nrreo faro pre-sente o fato qu edele.senfere.Se nadahouvesse ue os i-gasse, nferncia eria ompletemenrencerta. or qu ea au-diode Lrma oz art iculada deum discurso om sentidonaescurido os assegura a presena e algumapessoa? or -qu eesses oos efeiros aconsti tuio do fei tro do se rhu -meno,e esto ntimamenre onecrados ele.Se dissecarmosrodos os oucros aciocnios essa arureza escobriremosqu e"1es e und"rnna relao ecausa efeico, qu eessa c-lao eapesentaom oprximaou remo!a, iretaou colare-ral.Calore uz s oef eco scolaterais o fogo,e um dos efei-to s pode ser egit imamentenferido do ourro.

    Assirn, equisermos os convenceruanto narureza es -sa evidncia ue nos assegurauanroa questes e [aro,de -vemos nvesrigar omo chegamos o conhecrmentoe causrse efeiros.Arr isco-rne afirmar,a r tulo de uma proposrageralqu en oadmiteexcees,ueo conhecimento essaelao o,em nenhumcaso, lcanadoor meio de raciocnios priori ,ma s provm nteiramenre a experincia,o descobrirrnosqu e cerros objetos part iculares cham-se onsrencementecon;ugados nsao soutros.Apresente-sem ob;ero um ho-mem docado asmaispoderosasapacidadeserurais e racio-

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    cnio e percepiro se esse bjeto or algode intctramenrenovoprele, nesmo examemaisminucioso e suas ual i-. . idessensveiso he permit irdescobrir uaisgtreresuascausas u efeicos. do,ainda ue supusssemosue suas a-culdadcs acionaisossem nreiramenceerfeitas esde in-cio, no poderia er inferido da f luidez e transparnciaagua ur e lao sufocaria, emda uminosidade calordo fogoqu e esrepoderiaconsumi-lo.Nenhurn objeco amais evela,pelasqual idades ue apxrecem os senridos, em as causs,1,-,e produziram,ne m os efeicos ue deleproviro; tam-Douco ossa azo capaz eextrair, emauxl io aexperin-cia,qualquer oncluso eferente existncia feriva e coi-sa sou quesces e faro.

    Ess;r roposiode qu e ausaseJeitoso escobertoso el a a-41.o,maselaexperinciaer acilmente ceita or n elao ob-jerosde qu e temosa lembrana e nos teremsido outroracornpletamenteesconhecidos,ad oqu eestamos om cerre-za conscienrese nossa otal nabi l idade, a ocasio, c pre-ve ro qu c deles esulraria. presente-seum homemn over-srdo em f i losofia natural duaspeas isasde mrmore:el ejamaisdescobrir ue elas ro aderiruma ourrade ral ma-neira qu e um a grande ora requerida ar asepar-las olongo de urra inhaperpendicular ssuperfciesn1 onteto,ernbora ejamnimaaresistnciaue oferecem um apressol.rceral.ambmse admice rontamente, o ceso e enme-no s qrremosrrampoucaanalogia om o curso ordinriodanaturezx, uc eles podemse rcontrecidosor meio da ex-pe incia, ningum maginaria ue a exploso aplvoraour acrao o magneto udessemamris ce rsido descobertasf)( irergumentos priori . )e maneira emelhante,uandosesupequ eum efeico epende e um complicadomecanismo

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    oL r strutura ecrecaepartes, o enrus if iculdade m atr i-buir experinciaod o o conhecimenr.oue cemosdele,Quem se apresentaromo capaz e fornecer razolcimapelaqual po e leires oal imenros propriados ar aum se rhumano,ma sn o paraLlm eoou r igre\4as ss ame.smaerdade od en oparecer, primeiravis-ta ,dotada amesma vidncieo caso eaconcecimenrosucno s so amil iares esde ue viemos o rnundo,qu . ,pr.r"n-t mulna ntimaanalogia om o cursogeral enatureza, qu esupomos ependeem dasqual idadesimples e objeros emnenhuma scrutura ecreta epartes.No caso esses feitos,cendemos pensarqu e poderamos escobri- los el a meraapl icaoe nossa azo, em ecurso experincia.magina-mo sque,se ivssemosid ocrazidos e sbitoa esremundo,

    poderamoser nferidodesde incioqu eum ebolacl e i lharir iacomunicarmovimento urra utrepo r meiodo impulso,e qu e n o precisaramoser aguardado resulcado r no spronunciarmos om certeza cerca ele. al a nf luncia ohbico: uandoele mais orre,n oapenas ncobre ossagno-rncia,ma s cheg;r oculcar si prprioJe parece o escarpresente implesrnenceorqueexisce o mais alro grau.Paraconvencer-nos,ntretanLo, e qu e rodasas leis danatureza rodasas operaesos corpos, em exceo,oconhecidaspenas or neio da experincia,astaroalvez sseguintes eflexes, e um objeronos fosseapresenradofssemos ol icirados no s pronunciar, em consulta ob-servaoassada,obre eferro ue dele esulcar,equ ema -neira, upergunto, everia menteproceder essa perao?EI adeue nvencar u imaginar lgum esulcado ar aacribuirao objetocomose uefeito, bvioqu eessanvenoer de

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    se lnte i ramente erbicrr ia.O mais atencoexamee escrutn loni o permi te nrentcencontrar o efc i to na suPoslacausa, oi so efe i to tora lmente di ferenceda cat 'sae no pode, conse-qenremente, evelar-se ela. O movi rneuto da segundabolade bi lhar um aconcecimentocomplecamentedist inro don'rovimentoda pr imei ra, e no h nadaem um de es qu e possaornecer a menor pisra acercado outro. Um a pedra ou umpcade metal , erguidasno ar e deixadas em apoio, crem une-diacamente;mas, considerando-seo assunto a pr ior i ,haver iaporvent l l ra algo nessasi tuao que pudssemos denti f icarco, lo produzindo a idia de um movimenco para baixo e noparacima, ol t outro movimento qualquer dessa edra ou Pea.{e, neta l?

    E, como em rodas as operaesnarura is a pr imei ra i rnagr-n;oou invenode um efe i ro part icu lar arbi trr ia quandorro sc consulca a exper incia,devemos aval iar do mesmornodo o sLtposroe o ou conexo entre causae efe i ro qu e osl iga entre si e torna impossvequ e algum oucro efe i to possaresul tar da operaodaquelacause,Quando vejo,po r exem-ulo, um a bola de bi lhar movendo-seem l inha reta em direoa outr, l resmo supondo-se qu e o movimento da segundah,- ,1ae a acidenralmentesuger ido minha imaginaocomorcsulcadode se u cor l la to or- i rnpulso, l o me ser iaporvenru-ra possvelconceberum a cenrenade outros di ferentes esul -rados qu e se seguem g'.ra lmenceem daquelacausalN o po -der iam ambas as bolas Permanecerem absoluto repouso?N o poder ia a pr imei ra bola recuar em l inha rera ou sal tarpara onge da segrrnda - q,ta lqu"r curso ou di reo Todasessas uPosies o consis lentese concebveis. or que, en -to, deveramosda r prefernciaa um sr ' roosio ue no mais consistenteou concebvelque as demais? odos os nos-

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    so s raciocnios prioriseropara sempre ncl lr ;rzes e no slnostrarqualquer undamento ar aessa referncia.ll Em umapalaura, ortanco: od oefeito um aconcecimen-ro dist intode sua use. len opoderia, or issomesmo, erdescobercoa causa, su aprimeira nveno u concepopriorideve er nteiramenre rbicrria. mesmoaps er sidosugerido, uaconjuno om a cause eue arecergualmentearbirrria, oi s h sempremuitos ourros efeiros ue ,pararazo, urgem orno o perfeitamente onslstenres nacuraisquanto o primeiro. Em vo,portanco, recenderamose-cerminarqualquerocorrnciandividual,ou inferir qualquercausa u efeito, ema assisrnciaaobservaoexperincia.rz Podemos, prrt i r drsso, denri f icar razo el aqual nenhum fi lso[o razovel comedidoamais retendeundicar

    a caus lcimade qualquer perao atural, r. r xibirpreci-sarente ao o poderqu eproduzqualquer m dos efeitospart iculres o universo.Reconhece-seue a suprema on -quistada razohumana reduzir os princpiosprodurivosdos enmenos arurais umamaiorsimplicidade,subordi-nar os mlt iplosefeitos arcicularesalgumas oucas ausasgerais, or meio de racrocnios aseadosa analogia, xpe-r inciae observao. uancos causas essas ausas erais,entretanto, er m v oqu eprocuraremos escobri- las;ne -nhuma expl icao arcicular elas er amaiscapazde nossarisfazer. ssesmveis rincpios undamenrais sro oral-menre edados curiosidade nvescigaoumanas. las-t icidade, ravidade,oeso e parces, omunicao e rnovi-tnento po r impulso - essas o provavelmente s lt imascausas princpios ueno sser ad odescobrir a erureza,devernos os dar po r sarisfeicose,po r meio de um cuida-

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    doso raciocnio investigao,uderrnos ePortar s fen-l enos art iculares esses rincpios e ais, r" r proxirn-losde es.A maisperfeicr i losofiada espcie arural penas e-t m po r algum empo nossa gnorncia, ssirn omo a maisperfeita i losofiada espcie oralou metasica erve alvezapcl iaspara descort inarporesmais vasts essa nestnaignorncia. ssim,o resultado e toda f i losofia a consta-raoda cegueira debi l idade umanas, om a qual depara-mo spo r rodaparteapesar e nossos sforos ar aevic-la udelano s esquivarraos,

    Mesmo a geometria, uando hamada auxi l iar f i losofianatural, rncapaz e corrigir esse efeiroou de nos evaraoconhecimencoascausas lt imas, pesar e odapreciso eraciocnio el aqual o ustamente elebrada.ada amodarratemticpl icada rocede parcirda suposio equ ecer-ras eiss oesrabelecidasel a atureza msLls peraes,oraciocnio bstraco empregado u Para uxi l iar experinciana clescobertaessaseis,ou paradeterminar ua nflunciaer'r esos lrt iculare ,no s quaisessanfluncia epende, rnalgr-rm rru preciso, r disrncia da quanridade. ssirn,urna ei do nrovimento, escoberra el aexperincia,ue olrrorrenro u forade qualquer orpoem movi lnel to a r-zo compost. l , u proporo, e se uconcedo l idoe suavelocidade; , conseqr-ientemente,ue um a pequena ortrpoderemover maior obsrcr-r lou erguero maiorpesose ,po r meiode algumdrsposit ivo u maquinrio, udermos tt -mentaravelocidadeessaorademodoa az-la obrepujaranragonisca. geometria os a;ucia apl icar ssa ei, forne-cendo-nos sdimensesorretas e odasaspartes grande-zs ue podenr ntrarer nqualquer spcieemqurna; esdescoberraaprprra ei continua evendo-seimplesmente

    5 Jt

    t1

    experrncia,todosos raciocnrosbsrraroso mundo nuncapoderiam os evar um passo diante adireo esu adesco-berca. uando acrocrnalnospriori consideramosm obje_to ou causa penasal comoparecemenre,ndependenrectodaobservao,le amaispoder ugerlr-nos idiade al _gu m objeto dist inco, om o se u efeito,e mulro menosexl_bir-nos a conexo nseparvel inviolvelenrreeres. eriamuito sagaz homern apaz e descobrir el osimples acio_c ' io qu eo criscal o efeirodo calore o geloo efeirodo fr io,se mestar reviamenteamil iar izado om asoperaesessasqual idades.

    Parte 2Ma s ainda o chegamos ncnhuma oncusomisfatriac_ornelao quesro nicialmente roposra.Cadasolr-rod conrinuamenreugara um anovequesto o dif lci l qr.r.rr-to a anrerior, cva-nosa,da ezmais ongeem nosssnves_trgaes. uandosepergunreQual a natureqgre todos., rorrojrariocnioscercaequestesefato? resposra propriadaparecese rqrreeles e undamna relao e causa efeiro.euandoem seguida epergunca ua l ofundanentoe odosojojjoJacior_nios concluscsccrta essaelao?ode-sedar a resposraeffrunrapalavra: experincia. as se aindaperseverermosn

    nosso spr ico srniuadorpergunrarmoseual ofundamentode odns s nossqsondusestpartirda exptrinttal,sto rnrroduzum aquesto ovaqu epodese raindamaisdifci l de solucio_na re esclarecer.i lsofos ue sed oares esuperior abedo_ri a e confiana assam or mausbocados uandose dcfron_ta m cornpessoas e ndole nquisir iva ue os cxpulsam etodosos cantos nd ese efrrgiam errninamneviraverrnerre

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    po r faz- loscai r em algum di lemaper igoso'O melhor meio deevi tar essaconfuso sermos modescos em nosssPrete l l -ses, inclusive apontando n s mesmos a d i f icu ldade antesqu e el a seja evantad.r outra ns. Dessa orma podemos con-vercer nossa prpr ia ignorncia em uma espciede mrico '

    Concentar-me-ei , nesta seo'co m um e tarefa fci l , bus-cando da r apenasulna resPostanegatlva questo aqul Pro-posta. Af i rmo portanto que, mesmo aps ermos exper inciadas operaesde ca '- tsa efe i to, as conclusesqu e rer i ramosdessa exper incia na o esco baseadasno raciocn io ou emqualquer processo do encendimenro.Devemos agora esfor-ar-nos para expl icar e dee 'der essa esPost.

    Dev-se certemente reconhecer qt le e natureza te ln-nosrn:nt ido a um a bo a distncia de rodos os seus segredos,sno s concedendoo conhecimenro de umas Poucasqual idadessuperf c ia is dos objetos, enquancomanrm oculcos os pode-rc s e pr incp ios do s quais a nf luncia desses bjetos dependeinre i ratnente.Nossos senr idos inormam-nos da cor ' Pesoeconsistnciado po, ma s ne m os sent idos nem a razopodemjamaisno s informar quanto s qual idadesqu e o tornem aPro-pr iado nutr io e suscento do corpo humano. A viso, ousensao, ransmi te-nos um a idia do movimento real do scorpos, r r . squanto admirvel fora ou poder qu e a z q.teum corpo em movimcnto persisraPrasemPreem su a cont-nu a mudana de lugar, e qu e os corPos nunca perdem a n ose r quando a comunicam a outros, desta n o somos caPazesde formar e meis rerrrotconcePo.Mas, no obstante essaignorncia do s poderes' e pr incp ios natura is, semPresuPo-I A palavra oder sci t endo uslda aqui em scu

    Urna e plic.lo m;rrs tcttr ldade seu scntidoci a adic ionalparr esteargumento.Vc;a-sc a

    ser.rtidorg o e popul;rr.t rar ia indaum a vidn-seo.

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    crydrnciaerclhante,st(Lrotcompanhadosc eJeitostmdhantes.dmi -t i re i , se he s agradar,gu e correto infer i r ur reProPosro aoutra; e sei ,de fato, qu e essa nfernciasempre fe i ta ' Ma s sealgum insisr i r em qu e ela se fa z po r n-re io e uma cade a der:rc iocn io,eu gostar ia qu e esse aciocn io me fosse aPresen-c:rdo.A conexo entre essas roposiesn o intu i t iva. Re -quer-seaqui um termo mdio qu e possib i l i te menre real izarum a tal in ferncia, se qu e ela de faro real izada or me o dealgum raciocn io ou argumenro ' Qual ser iaesse ermo mdio,dcuo conf"ssar qu e ulcrapassami trha comprcenso,e qucm,-. leveprescnr- los oos qu e afi rmam qu e el e ealme re existec qu e a fonte de todas as nossas concluses eferentes aquescesde faco.

    li E,sseargurnento negar ivo dever co m certeza tornar-seplenanrenteconvincenre coln o Passardo tempo, se mui tosf i lsofos hbeis e perspicazesvokarem-se Pera el e em suasinvest igaese nenhum deles or iamais capaz de descobr i rqualquer proposio ou Passo ntermedir io qu e estabeleal rgaoe apie o entendimento nessaconcluso.Mas como aquesro ainda recente,pode se r qu e nem todos os e i toresconfiern tanto em sua prpr ia perspicciaa Ponto de, pelosimples fato de um argumenro escaPar su a ndagao, on -cu i r qu e ele realmenre no existe. Por essa azo, pode se rnecessr ioembrenhanno-nos em uma tarefa mais d i f c i l , e,enumerando rodos os ramos do conhecimento humano, es -forar*o-r ,os pare moscrarqu e nenhum delespode d" r aporoa um ta l argument ' ' .

    lB Todos os raciocn ios podem ser d iv id idos em dois t ipos, asaber,o raciocn io demonsrrat ivo, qu e diz respei to a re laesde idias,e o raciocn io moral , referenrea questesde fato ecxisrncia.Pareceevidenre qu e rgumentos demonstrat ivosn o estoenvolv idosnestecaso,dado qu e no contradi trro

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    qu eo cursoda natureza ossamudar,e qu e um objetoapa-renternenteemelhanreosde qu e ivemos xperincieoss;vi r acompanhadoeeferros i erenresu conrrrios. o pos-so ,porventura, onceber e formaclarae distintaqu ecaiadasnuvens m corpo, m rodosos ourrosaspecrosssemelhadoneve, que,concudo, presenre o paladar gosto de sal e aotato a sensoo fogo) I-{alguma firmaomais nreligveldo quedizerquerodasasrvores o lorescer m dezembrojaneiro perder s olhas m maioe unho?Ora, ud o o qu eintel igvel podese rdisr inramenreoncebido sr senrodecontradio, n opodese rprovado om o alsopo r nenhumargumento emonstrat ivo u raciocnio bstrato priori .

    Assim,se ormos e'ados, or meio de argunrentos, de -posirar onfiana a experinciaassada corn-la nrodelodenossosulgamentosuturos,esses rgumenrosero ese rapenes rovveis,u seja, elacionadosquesres e at o e deexistncia fet iva,conforme a diviso acima mencionada.Mas, se or aceirrr ossa xpl icaoessa spcie e racioc-nio, o faro de qu en oh ne hu m argumenro esseip o apa-recer om ouma constacaol idae sarisfarria. issemosqu e odosos argumenroselacivos exisrnciaundam-se arelao e causa efeiro, ue nosso onhecimento essaela- oderiva-senteiramenre aexperincia,qu e odasasnos-sa s oncluses xperimenraisrocedem a suposio e qu eo fucuro estar m conformidade om o passado. m visradisso, sforar-seara rovaresra lcima uposio or meiode argumencosrovveis,u argumenros ue dizem espeito:rexisrncia,evidentemenrendarem crculoe tomarcomodadoexatamenre ponro que esc endodebatido.

    Na real idade,odosos argumenros ue parremda expe-rincra undlm-se na semelhaneue observamos nrreos

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    objecosnatura is, pela qual somos induzidos esperarefe i tossernelhanres os qu e descobr i rnos segui rem-sede ta is ot ' , je-tos. E embora ningum seno rm insensatoou Iouco jamaisprctendesse r em quesroa auor idade a exper incia u re -)cr tar essagrande condutora da vida humana,pode-se certa-mente permitir a um fi lsoo qu e su a curiosidadesejaampla obastantepara pelo menos ev- loa examinaro pr incp io da na-turezhumana qu e outorga exper incia ssa norme auror i -dade e nos faz t i rar provei to dessa emelhana ue a neturez:restabeleceu ntre os d iversosobjeros.De causas ue apareccnlcomo stmcll t4ntri spermosefeitos semelhantes; ss a a smu-la de codas as nossas conclusesexper imenrais.Ora, pareceevidenteque,se essa osseum a conclusoalcanada el a azo,el a j ser ia to perfe i ta desde o inc io, e com base em umnico exemplo, qunro depois de um transcurso da expe-rrncia co longo qunto se quei ra; mas, de fato, as coisascorrem de tnodo be m di ferenre. Ovos assemelham-se ntresi como nenhunr outro objeto, e ningum, no enrento, co mL.,senessaaparentesimi lar idade, esperaenconrrar em rodoseles o mesmo gosto e sabor. ,p.n", aps um longo decur-so de exper inciasuni formes qu e obcemos, em objeros dequalquer espcie, ma f i rme coniana e cerrezaco m relaoa um resul tado part icu lar . Mas onde est esseprocesso deraciocn io que, de um caso nico, extra i uma concluso codrferenre da qu e infere de um a centenade novos casosqu ede nenhum modo di ferem daq,:e le caso in ic ia l? Proponhoessequescono lanro para levantar d i f icu ldades, mas paraobrer a lguma infornrao. No consigo enconrrar, sequerposso imaginar, nenhum raciocn io desse ipo. Minha menre,porm, esrsempre berta a ensinamentos,se a lgum se dig-nar r oferec- los.

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    2l Se or diro qu e de um cerronmerode experimenrosni -fornres, os rJerinrosma concxo nlreas qual idadesens-veis os poderes ecreros,erei brigado conessar ue ss ome prece er a nesma i iculdade xpressam rermosdife-rentes. questo ermanece:m que passos rgumencativosftrnda-se ss anJcrincia?nd e esro rermo mdio,as diasinterpostas ue igamproposieso distances ma sda ou-rrasReconhece-seue a cor, a consistncia, ourrasqual i-dades ensr,eiso p on oaparecemom o possuindo or sirnesmas ualquer onexo om os poderes ecretos anurri- oe sustenro, oi s de ourro modo poderamosnferir essespoderes ecreroso og o essas ual idadesensveisizessemse uaparecimenlo,emauxl ioda experincia,qu e concr-ri o opiniode rodosos f i lsofose simples eal idade osfaros,E,is qui,porranro, ossoesrado aruralde gnornciaquantoao spodercs a nfluncia e rodosos objeros.Comoremedi-lo el a experincia? sc asimplesmenre os exibeum a rnr.r l t ipl icidadee efeiros niformes esulcanrese cer-ro sobjetos, no sensina ue aqueies art iculares bjeros, a-quelaocasio arricular, sr iveram orados e ai se rais or-a se poderes. uandoum novo objetose apresenra,ocadode qual idades ensveis emelhanres,speramos ncontrarpoderes oras emelhanres,procuramos or um efeiro e-melhance. e um corpode cor e consistnciaarecidas sdop o esperamos urrilo e suscenro emelhances.as issocorn cerreza un-r assoou progresso a menrequ e pederrrna xplicao. uando um homemdiz: Cotrstatei,m odosscasosassados,ai s ats ualidadr ensveisssotadastais tais ofu-ft s secretos,quando diz: Qurrldadesensvciscmclhantcsstt2ra,osempressotiad.aspod.ertsetrrtosemelbanrcs,le no incorre emraurologia, essas roposies o coincidern ob nenhum

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    aspecto. ealgrrrn rsscr ue um aproposiobi rnferida aoutra, dever onfessar ue a inerncia o intuiciva,talrpoLrcodemonsrrat iva. e qu enetureza ela, nro)Di -ze r qu e experirnenral supor resolvida prpne questoqu e se nvestiga, oi s todasas nferncias part ir da expe-rincia upem, omo se u undamento, ue o uturo r asse-n',elhar-se o passadoi que poderessernelhantesstaroassocradosqual idadesensl ,eisemelhantes.ehouver ual-quer suspeira e q'.,e cursoda narureza ossa ir a modi i -car-se, qu eo passado ossa o se ruma egraPara ft l turo,coda experinciae ornar nri l e ncapaz e da rorigemacr,rr lquernfernciaou concl,rso. , portento, mpossvelqu e algum argumenco parr ir da experinciaossaprovaressa emelhan;ro plssado om o futuro,dadoqt,ecodos s-se sargumentos sto fundados a Prssuposioessames-ttr, , ernelh"na.or mais egularqu e se admita er sido acagora cursodascoisas,sso, soladamente,emalgumnovoargumenco u inferncia,oprovaque,no futuro,el econti-nrrar s-lo, fri l alegar ue conhecemos nat '.rrezaoscorposcornbase :rexperinciaassada;uanatureza ecre[ae, conseqentementecodos eus feicos nfluncias odernmodif icar-se em qu e sLras ual idades ensveis lcerem-seminimamente.sso ocorrealgumas ezes, co m relao al -gunsobjetos; or quen opoderia correr empre co m rela- oa codos?Qual lgica, ua l seqnciae argumentos osgarnte ontra essa uposio? oder-se-ia izer qu e nossaprtica efuta nossas rvidas,mas sso inrerpretarma l osignif icldo .1e ninha questo,Como agente, sror-r lena-nrcnre onvencido obreesse onto, mas, om o ilsofoqu eternsu aparcela ecuriosidade,o direi de ceticismo, uerocornpreender fundamento essanferncia. odasas eiru-

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    ,',

    ra se investigaeso oram etegor epezese p r i m minhadif iculdade, u deprover lgumesclarecimenrom umassunco e amanhamporrncia. averia lgomelhorafazerdo qu e .ra7.erpbl icoessa if iculdade, esmoqu e alvez etenha oucas speranase obrerum asoluo? esse rodo,pelomenos, icaremos ientes e nossa gnorncia, inda uen o aumentemos ossoconhecinrenco.

    Devoconfessr ue se ornaculpado e mperdovel rro-gncia guele ue concluiqu e um argumento ealmenre oexiste porqueescapou suaprpria nvestigao.evoram-bm confessar ue ,aindaqu e odosos eruditosse enham m-penhadodurantemuitas erasem pesquisasnfrucferas obreum assunto ualquer, od emesmoassimserprecipirado on-cluir confiantemenreue o assunro eve, or isso,ultrapassartodacompreensoumana. rndaqu e enhamos xaminadoo-dasas ontesde nosso onhecimento,oncluindo or julg-lasinadequadasar eum tal assunro, od e estar inda suspeirade qu e a enumeraoo oi completa, u qu e o exame oo r suficiencementecur;rdo. uanroao presellre ssunro, on -rudo,h algumas onsideraesue perecem apazese afascartoda essa cusao e arrogncia u suspeira e enganos.

    ..rro qu e os campniosmais gnoranres esrpidosn oapenas les, nas scrianas e cenra dadee os prpriosanimais aperfeioam-seel aexperinciaganham onheci-menco asqual idadesosobjeros acuraisel a bservaoosefeitos ue deles ecorrem. ps er experirnenradosensaode dor ao ocar a charna e umavela, ma crianaornar odoo cuidado ar an o aproximar mo de qualquer u[ra vela,antevendom eferro emeihanceeum acausa ue semelhan-ce msua parnciaqual idadesensveis.ssim, ealgum s-

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    severar L le entendimento da cr iana levadoa ta l conclusopo r um processoqualquerde argumento ou raciocn io, uscoqu e eu lhe peaqu e cxponhaesse rgumento,e no haverne -nhum prerexto para se recusarum pedido r o razovel 'No sepoder alegarql re o argumenro muico complexoe poderes -capar nosse nvestrgao,oi s admi t iu-sequ e el e to bvioqu e Lrmasirnplescriana capazde compreend-lo.Portanto,se houver Lt mmomento de hesicao, tt se ,apsum a ref lexo,for apresencado m argumento intr incado e profundo' issosigni f icade certo modo desisr i rda questoe confessar ue n o o raciocn ioqu e no s leva suPoro passado emelhante o u-turo e e esperer fe i tos semelhantes e ausas r.re o em aPa-rncia se.melhantes.ss a a proposioqu e pretendi estabele-ce r na presenteseho.Se eu esciver orreto, n o precendo erfe i ro qualquergrandedescoberta. se est ivererrado,-me or -oso reconhccerquc, como estudioso,devo ter regredrdoer nmeus conhecimentos, isto qu e n o sou hoie capazde perceberum argumento co m o qual , eo qu e Parece, u estava erfe i -tmente ami l iar izado mui to antes de deixar o bero,

    6o 6t

    SeoJSoluo ticadessasuidas

    Parte IAssimcomo paixo el a el igio, paixo cla i losofia,embora enhapo r alvoa correo e nossa ondurae ae.xcir-paode nossos cios,parece ujeica o inconvenienceeque, pelo scu manejo mprudenre, od e servirapenas r fortalecer ma ncl inao ue predomina arrasrar menrede orma aindamaisdecidida er ao ladoqu e j , traiem de -rnasia, m funoda scendnciasincl inaese nosso eln-peramento atural. ..r,o que,ao buscarmos cingir eleva- oe f irmezaespir icual o sbio i lsofo e esforarmo-nosparaconfinarnossosprazeres xclusivamenreo campode

    nossas rprias lertes,poderemos cabar ornandonossafi losofia emelhante de Epicteroe ourrose ricos, u seja,simplesmentem sisrema ai s efinado eegosmo; persua-dir-nospelo raciocnio no s afasrar e od a a virrudeassimcomo do s przeres o convvio ocial. uando exeminamoscornteno uti l idade avidahumana dir igimr:s odos snossos ensmentosr a natureza e ransiria ls ron_

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    ra s e r iquezas, avezeste jamos odo e se emPo ap e ras r t is-f ,rzendo rossa ndolncianatura l , a qual ,po r odiar o alvorooclo mundcl e a fat igance servidoao s negcios,busca tt m si -mulacro de razo para cederde forma completa e desconrro-lada a suas ncl inaes.H , no entanco,um a espciede f i lo-sof ia que parecepouco str ieta a esse nconveniente, oi s n ose harmoniza co m nenhuma paixo desordenadada metl rehumana, r em se misrura, el a prpr ia, a nenhuma afecoouincl inao natura is; e essa a f i losof ia acadmicau ct ica.Osacadmicos stoconstantemente alandosobredvida e sus-pcnso do;uzo, sobre o per igo da s decisesapressadas,o-bre conf inar as ndagaes o entendimenroa imi tes be m es -tre i ros e renunciar a rodas as especulaoes ue caem ora dosl imi res da vic la e cl a prr ic ,r cot id ianas. Conseqente lnente,.r ,n l f i losof ia como cssa o qu e h de mais contrr io indo-lncia acomodada da rnence, ua arrogncia rref ler ida, suasgrandiosasprerensese su a credul idadesuperst ic iosa. odasas paixes s o refreadaspo r ela, exceto o amot verdade,eessa uma paixo que jamais , ou pode ser, evadaa um grauexcessivo.Surpreende,porranto, que essa i losof ia - qu e emrrtraseodas as ocasiesdevemostrar-se nofensivae nocente- seja oblero de tan[as censuras e reprovaes nfundadas.Mas, ra lvez,a prpr ia ci rcunsrnciaqu e a torna ro inocentesejao qu e pr incipal rr rentea expeao dio e ao ressencimenropbl icos. Ao no adular paixesdesordenadas, la conquistapoucos adeptos;e ao opor-se a rantos r ' c iose oucuras, evan-tf , contra si um a mulcido de in imigos, qu e a escigmatizrrncomo l iberrrna, profrna e i r re l ig iosa.

    Tampouco precisamos emer qu e essaFi losof ia ,ao esfor-ar-separa l imi tar nosss nvest igacs omence uida ordr-nr ia, venha a subverter os raciocn ios prpr ios dessavida e

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    levar ua s vidas o ongea ponro de aniqui lar o s roda;r especulao,as rambm od a a ao.A ntureze empreafirmar eus ireicos, prevalecer,o inal,sobrequalquerespcie e raciocnioabsrraro. mbora,por exemplo, e,preciso oncluir, om ona seo recedente,ue em rodososraciocnios aseadosa experinciamented urnpasso uen o cncontraapoioem nenhumargumento u processo oentendimento, o h perigo de qu e esles aciocnios, osquaisquase odo conhecimenro epende, heguem se rafe-tados or tal descoberra.en o ur nargumenro ue obrigaamentea da reste sso, ladeue srar endo onduzida or al -gum outro princpiode gualpeso auroridade, esse rrnc-pi o preservarua nfluncia or rodo o rempoerqu ea ne-turezahumanapermanecer mesma.Descobrirqual esseprincpiopodemuiro bern ecompensarodas sdif iculdadesda investigao.

    Suponha-se ue seja razida e sbicoa estemundo umepessoa otada, o obstanre, as naispoderosasaculdadesda razoe ref lexo. verdade ue el a observariarrediara-menteum aconcnua ucessoe objetos, um acontecimcn-co seguindo-se oucro,ma sn o conseguir ia escobrirmaisnadaalmdisso.El an oseria, o incio,capaz e apreender,po r meio de nenhum aciocnio, idiade causa efeito, qu e os poderes specfrcoselosquaisse real izam odasasoperaeseturaisamais emanifestm ossenrrdos, n orazovel oncluir,merarnenceorquc em um a cerca casioum aconrecimentorecede utro, qu e o primeiro encocausa, o ourro o eferco. uaconjuno odese rarbirrriacasual; od en o haver azopara nferir a exisrncia e urndo aparecimentoo outro; e, em umepalavra,al pessoa,er-,

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    exper inciaadic ional , amaispoder ia conjeturarot r racloclnaracercede qualquer ql lesrode fro, ou estar segurade qual -quer coisa alm do qu e escivessemediacamentePresenteasn a memri r e sens:ro.

    Suponhamos agoraqu e ela cenhaadqui r ido mais exper in-cia e viv ido no mundo o basranrepara observarqu e objerosoLl rcontecimenros semelhanteses!o constantemcnce tn i -do s un s ao s ourros. Qur l o resuhado dessaexper incia)Oresul tado qu e essaPessoePassaa infer i r imediacamenteaexistnciade um objero a part i r do aparecimentodo ourro ' E,no entanto, co m todtt su a exper incia,e la no ceradqui r idonenhuma idia ou conhecimenro do poder secretopelo qualo pr im'e i ro obieto produz o segundo' e no nen[rum pro-ccsso de racrocn io que a leva a real izar essa inferncia 'Ainde assi rn,e la se u decerminadra real iz- la i e' mesmo qu eviessea se convencer de qu e o entendimento n o ronr l partene operao,se u pensemenro contrnuar ia t fazet o l r lesmopcrcurso. H aqui a lgum ourro pr incp io que a faz chegaraessaconcluso.

    Essepr incp o o hbi to s cottume. oi s semprequ e a rePe-t io de algum ato ou operaopart icu laresproduz um a Pro-penso a real izar novalnente esse mesmo ar o ou operao'ser1 ue se esre jasendo i rnpel ido po r nenhum raciocn io ouprocessodo encendimenco, izemos invar iavelmence ue esspropenso o ee i to do hbi to. o prerendemos er forneci -r i , , .com o emprego dessapalaura,a razo l t ima de uma ta lproperrso:apenas Pontanrosur n pr incp io universalmcntercconhecido da natureza humana, e qu e bem conl ' recido e-lo.sseusefe i tos. Talvez n o possamos evarnossas nvesr iga-es rnais onge do qu e isso, ncm Pretenderoferecera causa

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    dessa ausa, as enhmos e nos satisfazer om esse rinc-p o como o mais undamenrai ue nos possveldenrrf icarem todasas conclusesue iramosda experincia. um asarrsfaouficiet'rteermoschegado ta ,paraquenos quer-xemos aesrreitezaenossasaculdadesor no nos evaremrnais diante. certoqu eesramos venrandogu ium apro-posio ue , en o verdadeira,pelomenosmuico nrel ig-vel, oafirmarmos ue , p s conjunoonsranceedoisob -jetos calor e chama, or exemplo, u pesoe sol idez , exclusivamentehbiroqu eno s az esperar m deles parr. i rdo aparecimenroo outro. Essa iprese arecemesmose ranicaqu e expl ica seguinte if iculdade: or que exrramosde mi l casos nl a nferncia ue n osomos apazeseextrairde um nico caso, ue deles odifereem nenhunr specro?A, azo ncapaz evariar essaorma;asconclusesue el aretirada consideraoeum nicocrculo oasmesms ueformaria p s nspecionarodosos crculos o unrverso. asnenhum homem, endo visro apenas m nico corpo mo -ver-se p s er sido mpeiidopo r ou[re, poderia nferir qu etodos os outros corposmover-se-iam p sum impulso se -rnelhante. odasas nfernciasa experinciao , ois,efei-to s do hbito.n o do raciocnio.rI Nada mais usuaIenrre utores. uer sc ocupem de quesrcsmorcis,

    pol t icastJs icas,o qu e dist inguir enwe aeo e xpcri incu, srrporqu eessas spcies e :rrgumenrao o inceiramenre i ferente um a daoutra.As primeirass o omadas omo o simples esulradode nossasfaculdadesnrelecruais ue ,ao considerarem prioria nrureza as coi-sa se examlnren1 s efei tos qu e devemseguir-se e sr-ras peragcs,estabelecem rincpios parriculares a cinciae da f i losof ia. As lc i -mrs sesupemderivadas nceiramente o senridoe da observao,c-lo s quais chegamos sabero qu e resul tou efet ivamente a operao

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    a.* .b letospart icuIares,ornando-nos]Pzese nfer i r rprr-ti r disso q,,. d"1., rcsultar o futuro'Assim' or *.tTPl";o; ti tnire s e rescrtes;\o governo civ i l , be m como v igncia legal de um a.onrt it . , io, podenl se r defendidos quer co m base na ra{o ' t qual ' re -f ic t indo sobre a inrensr f ragi l idad" e corrLtPo da natureza humatta'

    " r r i " "g" . n o se pode to ttgtt t" t ta conf iar a homem r lgum um a

    o. , tor id ide i l i rn icaa, quer con base na cxpcritndae na hiscr ia ' qu er ros informam do s enormes abusos dessa n- tprudente con[ ian qu e aambio em ocasionadoem todes as pocase pases'A mesnrdistrnoentre razoe experincia reserv-sem todrs;r s c l iberres onccrnenes conduode nossa ida:enquanroo es -t;rdist;r, general ' nrdicoe o negociante xPerlentes rnlctm on -fr;rnre m sus ecomendaeseguidrs 'o princ ipiantesem. rttca'po , n"ior. , qu e sejanr eu s alentosnaturais ' negl igencrado. n1e-l ro.pr.r".1o. n',bor^se admita qu e a razopode formar conieturasmuito phusveis co m relaos conseqncias e tr l e tr l condutrpr.t i . . , r, cm tais . tais crt t ' . ' ' 's tncias art iculres ' la aincla corrs i -l . rrd" i , . ,p.rfc i ta qt 'ando n o contaco m o auxl ioda experrncia' ue, r, i ." l^p"z ' d. ^ ' estabi l idt 'de certeza smximasderivrdasdocstudo e da rei-lcxo' oersalmcnredmicidrMas, n o obstanteessa ist ino se r o unt 'er nambrs rs esfcras ' r iva e especulet iva'a vida' no hesi tarei m de -. i ".". qt. el a , no f ' . . , , 'do,""t' e no mnimo superf ic ialSe exattrtnarmos q. 'el tsarBumentos ue 'em qualquerda scincirs;rc imamencionrdas, o omadoscomo mero efei to do raciocnto d' rre lexo, eri f icaremos ue eles ulminampo r i m em elgumprincpioou conclusogeraispera os quais n o podemosetribui r oucrl razoscnoa observaio a cxperirc ia' nicadi feren' l ntreeles rquc-la s nrxi rnas ue s o url lgo' ' t t t t consideradrs om o o resul trdo dapura expcrin. i , qu . oJpri 'nei ros n o podem se restabelecidoser ntrlgr* pro..rro inr. l . . tu"i e aiguma eflexo obreo que seobservou'para denri f icar as ci rcunstncias ue o cecame restrear u s onse-quncias;o Passo tl eenrreas lrim;rso rcontecimentode qu e se et n.t" i . . , . , t . ," i , .* do. os asPcctos, xat lme!tesemelhante quelcq. 'r. rrf". i -o. como o resul tadode algumasi tuao att icular'A his-,ri " d. urn Tibrio ou de t 'm Nero [ 'rz-nos cmer ttm'r t traniasemelhanre,as onossosmonrcas e ibertass ' i rr ' as estries ;r s ci se asscnrbli ; is . rs a observao e gurlquer fraude ou crueldade avrda privada sufic ienre, esdequ e se Penseum Pouco' P;rr no s

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    O hbiro, assim, grande uiada vidahumana. s esseprincpioqu e ornenossa xPerinciari l parans,e az-nosesperer,o Futuro, ma cadeia eaconrecimentosemelhanres qu eocorrerarn o passado, em a inf luncia o hbirose -ramos nreiramentegnorantes e toda questo e fato qu eextrapole qu ees( mediatamenteesente memria ao ssencidos.amais aberamosomo adequermeiosa f ins,ne mcomo empregar ossospoderes aturaisPareProduztrumefeiroqlralquer. r-se-ia e imediatoum fi m a tod ao,bem como parte principalda especulao.

    ra.zer mesrn preenso, o serv i r como exemploda corrupoger:rlda naturczahuman;r mostrar-noso perigo qu e devemos orrer ao de-posirar uma confi rna ntegralna humanidade. tn ambosos casos,a experincia ue consti tui , em l t ima enl ise, undamentode nossainfernciae concluso.N o h ningurn o oveme nexperiente ue n o enha Formado,part i r da observao, ui tas mximasgeraise correts elat ivasao sssunroshumrnos e conducada vida, ma s deue-se ontessarque,quandochega hora de p-lasem prrica, m homem esrar exrrema-nentepropensoa erros arqu e o tempo e experincias dic ionais e-nham rexpandiressasmximas ensinar-lhe euadequado so e apl i -cao.H , em todas as s i tuaes u ocorrnctas, m grandenrnerode c i rcunscncias ccul iares aprencemente insculasqu e tendcn-ra se r de nc io ignoradsmesmopelo homem mais alenroso, mboradelas ependrpo r completo a ustezade suas oncluses ,em conse-qncia, prudncir dc su acondura.Parano mencionarquc,no casode um jovem principiante,as mximase observaeseraisne m sem-pr e lh e vnr melrtenas ocasies propti rdas,ne m podem se rapl ica-da sde imedia(oco m a devidr tranqi l idadee discernimento.A verd;r-dc gu e um raciocinador nexperienten o poderia de forma algumar;rc ioc inar e he r l rassepo r completo a experincia; quando dize-os qu e algum inexperie te es[amosapl icandoessrdenominronr m sentidopcnlscomparat ivo, supondo qu e el epossui experin-cra em um grau menor e mais mperfei to.

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    itrII

    Ma s aqui pode se r conveniente bservar ue ' emboraasconcluses ue tirarnosda experincia os conduzarn ar al lm do mbitode nossamemria de nossos entidos no sassegurenlaocorrncia e atosno smaisdistancesugaresr-raspocasmais emotas, sempre ecessrioue algum at oesteja resente ossentidos u memria, ar aqu edele os -sarnos art ir em buscadessas oncluses. nt homem qu eencontrassem um terr irriodeserto s unas e sttntuosasedif icaes oncluir iaqu e aquela egiohaviasido ocupadae l emposancigos or habicancesivi l izados' asseel en odeparasseom nadadessa atureza,amais oderra azer alinferncia. hiscria os ensina s acontecimenrosue ive-ra m ugarem eras assad"s, as emosentode vasculhar svolumesno s qr-raisss a normao st contidae' a Prt ir. l . r ,conduzi r nosses nfcrrrc ias e ut. t ' t {cpoimentoParr ou -rr o et chegarmos os esPectadores testetnunhasoculares. lesse.s con[ecimenros discantes.Em resumo: se n o Part i r -rnos de elgum Fato,presente memria ott aos sencidos, os -so s raciocn ios sero puramente hiporcicos,e Po r melhorr ]ue os elos rndiv iduais pudessem estar conectados uns ao soutros, a cadeiade inferncias, om o um todo, nada rer ia qu el l re desse sustenteo,e jamais poderrmos, po r rneio dela,chegarao conhecimenro da existnciaefet ivade qualquer coi -sa .Se he pergunro po r qu e voc acredi raem elgum fato par-t icuar qu e est reacando, oc ter de fornecer-rnealgumarazo, e essa azo ser alg l rm outro Fato conectado co m oprimei ro. Ma s como no se pode proceder dessamanei ra inrnJin i twn, oc c levechegar po r f im a algum faco qu e este japresente sua memria ou o s seussentidos,ou ento admi-rl r q l le sui crena tnre i ramente nfundada.

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    Qual , ento, concluso ue sepodeextrairdrsso udo? u-" concluso imples, mbora o.,r id.r"u"lmenre fasra-da , reconhea-se,as reorias i losficas suais: od a crenarelacrva atosou existncia fet iva e coisas eriva xciusi-vamente ealgumobjeropresenre memria u aossencidose de umaconjuno abitual ntreesse bjeroe algumourro.Ou , em outraspalavras,endodescoberto, m muicoscasos'qu e dois ipos quaisquer e objeros chama calor,nevee[r io - es[iveram empre ssociadosm a o outro, se a chamaou a neve eepresentaretrovamente ossentidos, mentelevada el ohbitoa esperar alorou fr io, e a acreditarue ra lqual idade st resence r evelar-seeexaminadaeperto.Essa rena o resultado ecessrioa colocao a menreem tais circunstncias.raca-se e uma operao a ahnaque,quandoescamos essa iruao, r o nevirvel uancosenrira paixodo amor ao recebermos enefcios, u a d odio quandodeparamosom njrias. odasessas peraess oum aespcie e rnsrrnros arurais ue nenhum aciocnioou processo o pensamenrou entendimenro capaz epro-duzir ou de evirar.

    Seriaperfeitamenreciro qu e pusssemos,esteponro,um fi m a nossas esquisasi losficas.Na maior parreda squestes o podernosamais ar um nicopasso dianre:em codas las, psas mais ncansveiscuidadosasnvesri-gaes, aquiqu edevemos,or f im, terminar.Ma s nossa u-r iosidade er aindadesculpvel,alvezmesmoelogivel, eno sconduzira ulreriores esquisasno s izerexaminarmaisprecisamenre narureza essa rena da conjunoabitual aqual el a deriva.Dessamaneira odemosenconrrar lgumasexpl icaes analogias ue rraro sacisfao el o menosqueles ue emamascincias bsrrarass o apazeseseen -

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    rrerer corn especulaesue, Po r exacas ue sejam,Podemainda ererLrm ertograude dvidae ncerteza. uantoaos ei-rores edifercncesredi lees,parte estanceesta eo ofo i planejada ara eles, as nvestigaeseguincesodemn'ruico em serentendidas,inda ue ela eja eixada e ado.

    Parte 2t0 Nada mais ivrequ ea maginaoumana, ,embora opossar almdaquelenvencrio riginalde dias ornecidaspelossentidos ncernos externos, ladispe epoder l imr-tad,,para.miscurar,ombinar, eparar dividir essasdiasern rodasas variedadese ficoe miragens. - lhepossvelinventar ma srie eaconcecimentosue m od aa aparn-

    cia de real idade, tr ibuir- lhes ma ocorrncia m um localemomencoprecisos, onceb-losom o exisrentes pinc-losparasi mesrna om rodas scircunsrnciaspropriadas umfacohistricoqualquer, o qualacrediceom a mxima erre-za .Em qu econsisce,n!o, di ferena nrre ma ico esseripo e uma crena? la no epousa implesmenrem algumaidiapecul irqu e estaria nexada sconcepesue exigemnossoassentimento ausent.ee todasas ices econheci-da scomo tais;pors,como a mente em autoridade obre o-das as suas dias,el a poderiaenexar olunrariamenle ss ep.rrt iculardiaa qualquer ico, se rcapaz, m conseqn-cia,de acredirar o qu e be m quisesse, qu e conrrrioaoqu e consttamos a experinciao dia-a-dia. odemos, mnossa ompreenso,unrara cabea e um homemao corpodc um cavalo,ma sno est m nossopoderacredicarue umil l anirnal enhaalquma ez realmenre xisr ido.

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    ll i' i i iiiiilt:l{lllltilriltrffi]ffi;ifll|Jl,ll'{lffiiliiirr{[1ilI11fi;rill.ilHififfi,ffi'q$l

    ffiffiffiffiffill'Iill*filrflififllliill'if$7r

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    t2

    Segue-se,ortnto, uea diferena ncrefrg oe renaloca-l iza-se m alguma ensaou sentimento ue se anexa se -gunda,mas no primeira,e qr.re o dependeda voncadene m pode se rconvocado uandose queira.Como qualqueroutro sentimento, le devese r provocado ela naturez,provir da situao arricular m qu ee menre eenconcra mum adeterminada casio. empre ue um objeroqualquerapresentado memriaou ao ssentidos, le mediatamenre,pela orado hbito, evaa imaginao conceber objeroqu e he estusualmente ssociado,essa oncepo acom-panhada e umasensaou sentimenro ue diferedo sdeva-neiossoltosda ancasia. isso consiste oda a nartrreza acrerla; ois,comon oh questo e aro na qualseacrediret o irmemente ponto de n osepoder onceber contrrio,n ohaveria enhuma iferena nrrea concepo qu esedo assentimento aquela ue se ejeira, en o osse or algumsentimento ue as dist ingue ma da ourra.Se vejouma bolade bi lhar movendo-se m direo ourra, sobreum a mesal isa,posso aci lmenre onceber ue ela se decenha o mo -mento do contaro.Essa oncepoo mplicaconrradio,ma-s indaassim rovoce m senrimenco uicodiferenre aconcepoel aqual represenro ar amim o impulso e a co -municao e movimenrode uma bola a ourra.

    Se fssemos entarefinir ss e encimenro, epararamosralvez om um acarefa uito dif ci l ,sen o mpossvel;eriamesmoqu eesforarmo-nosar adefinira sensaoe ri o oua paixo a clera ar ma criatura ue nunc ev enenhumaexperinciaesses entimenros. denominaoerdadeiraapropriada esse enrimenro crengt, amais lgum esen-t ir ia perplexo ianre o signi icado esseermo,porquecadaPessoa st, cadamomenro, onscienre o sentimenro rr e

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    ele represerrra.ode no ser rnadequado,ontudo,ensaiarunta ucriao esse enrimento, om e esperane qLre, oressemeio,possamos hegar algttmas nalogias ue permi-tam expl ic-lomaisperfeitamente.f i rmo,enco, uea cren-a nada nais qu e um aconcepoe um objetomaisvvida,vlgorose, nrgica,irme e constante o qu e amais eria os -svelobter apenas el a maginao. ss adiversidadee ter-mos,aparentemen[eo pouco i losfica, isaapenas xPres-sar aquele to n'rental Lr e orna as eal idades ou qu e \econsidera omo cais nrais resentes arans do qu eas ic-es, ue hesd oum pesomaior unto ao pens;rmentoum ainfluncia uperior obreaspaixes a maginao, ma ve zQu c re Foncordequanto coisa, desnecessrioisputarcerca e cermos. imaginaoem o comando obre odasa- s uas dias, pode unr-las,nisrur-las modif ic-las erodasas maneiras ossveis. od econceber b;etos ictcioscorn odas scircunstnciase rempoe ugar.Podedisp-los,po r assimdizer,diantede nossos lhosem suas erdadeirascores, xatarnenteom o poderiam er exisrido.Ma s como impossvel ue essa aculdade a maginaoossa, or si s,alcanar crenrorn-se vidente uea crena oconsistena nacureza art icularou ordemespecf icae nossasdias,ms nir maneiraomo soconcebidas no sentimtntoue tra-zem mence.Confessoqu e impossvel xpl icar erei ta-menreesse entlmento u maneira e concepo;odemosfazerus ode palavras ue expressamlg oqu edisso eaproxi-lna,ma ssu adenominaorpriae verdadeira,om oobser-vrros ntes, crena',m termoqu e odosentendem uficien-tementena vida coridiana. , em i losofia,n o poderros rmaisalmda asseroequ eacrma algosentido el amen-te ,qu edist ingue ntrees dias rovindas o ulgamento as

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    f ices a maginao. h lhesd maispesoe nfluncia,azqu esemostremmais mportances,mpe-nas consideraoda mence corna-as princpiodirecor enossas es. tuoneste nsranre, or exemplo, voz de ume pessoa ue me conhecida, o som ve m como se ossedo cmodovizinho.Essa mpresso e meussentidos onduz de imediatome upensamencoar aessa essoa, er ncomopara odos os obje-to s qu ea circundam, eu os represento ar amim comoexis-t indo nestemomento com as resmas ual idades relaesqu eeu sabia ossurem nreriormente. ssasdias eapode-rarnde minhamentede rma naneira ais irmequ e dias eum castelo ncantado; lasatuammuito diferenrementeo-br eo sencimento c mum a nflunciamuito maiore diversi-f icada, ntone produo eprazer uantona de dor, de ale-gria quanco e pesar.Tomemos, nto, ssa outr inaem coda uaexcenso,d-rnir indo qu e o sentimento e crena ad amais qu e um aconcepo ais ntensa conscante o qu ea qu eacompanhaasmeras ices a maginao,qu e essamaneirqeconceberprovmde uma habitual onjuno o objetoco m algopre-sente memriaou ossencidos. reio qu e n o serdifci l ,co m basenessas uposies,escobrir urrasoperaes amente nlogas esta, remeter ssesenmenos princpiosaindamaisgerais.J observamoslr ea nacureza scabeleceuonexes ntreidias art iculares que,c o og o uma diasurjaem nossopensamento,la nrroduzsua dia orrelacivaparael adir i-ge nossa reno,or meiode um deiicado nsensvel ovi-tnento.Reduzimos sses rincpios e conexo u associaoa rs,a saber, emelhana,cntigiiidadecausag0,ue soos ni-co s iames uemancm ossos ensmentosoesos doori-

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    gc m quela adeia egular e ref lexes, u discurso, ue ,en maior ou menor grau, em ugarencre odosos seres uma-nos.Ora, aquise evanta ma quesco aqualva idependersoluo apresenre if iculdade:er caso ue ,em rodas s-sa s elaes,uando m do sobiecos eaPresenraos entidosou memria, mence oapenaseja onduzida concepodo correlat ivoma s alcance el eum a concepo ais orte econstante o qu ede outro modoseria apaz eobrer?ss opa -rece correr om aquela rena ueprovm a elao ecausac efeico.E, se o mesmo ocorrer com es oucrs elaes uprincpiosde associao,oder er estbelecidoomo umale i geral,gu e re m lugar em codas s operaesa mente.t5 Assirn, t tulo de um prime ro exPerimento ir igido paranossopresente ropsito,podemos bservar ue 'na Presen-; do recrato e urn amigoausente, idiaqu e emosdele

    evidentementevivada el a emelhan1a,qu ecodas spaixesqu e essadiaocasiona, ejam e alegria u Pesar, dquiremnova orae vigor. Paraa produo esse eiroconcorren-Itanto uma relao omo uma mpresso resente' uandoore[rato em nadase assemelhao amigoou , pelomenos, opretendia epresent-o,equer ir igeparael enossosPensa-mentos.E seo retra[o, antoquentoo amigo, st iver usente'cmbora menre ossa asser o pensamentoeum aoPensa-mentodo ourro,el asente ue a diaqu ese em desce ancescufraquecida ue avivada or essa ransio. emos Przeren1 onremplar retttode urn amigoquando posco ianrede ns,ma squando removido scolhemosntes onsiderera pessoe iretamente o qu epo r meioda ref lexo obreum airnagem gualmerrre isrante obscura.

    16 As ccrimnias a rel igio atl ica omne odemse rcon-side adas asos a nesme atureza. s dcvotos esslsupers-

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    t7

    t iocoscumam esculpar-seasmomices elas uais o e-preendidos legando ue senlemos efett. , .rsenficos essesmovimenros, oscuras a[osexcerioreso avivamencoe suadevoo escmulo serr ervor,os quaisde ourro modo de -cl inariam e dir igidos nreiramencear aobjerosdistantesimateriais. sboamos s objecos enossa , dtzemeles, msmbolos imagens ercepcveisossenridos, tornamo-losmaispresentes n s po r meio da presenamediatadessessmbolos o qu eno sseria ossvel or meiosimplesmenteeum aviso ume contemplaontelectuais, bjetossensveissempre m, sobre a imaginao, rra nflunciamaior quequaisquer utrosobjetos, transmitem rontamente ss an-fluncia s dias om asquais e elacionam squaisseasse-melham.De taisprticas de ral raciocnio imiro-me a nferirqu eo efeiroda semelhanao avivamentoas dias muitocomumie comoen'r ada eso ev ehaver concurso e um asemelhana de rrrna mpresslupresence,samosbundan-temenre upridos eexperimenrosar eprovera real idade oprincpioqu e se nrroduziu anteriormenre.

    Podemos crescenteroraa esses xperimentos edianreoutrosde um cipodiferen[e, o considerarmoss efeiros acontigidade,l mdos dasemelhano..". ,o qu ea disrncia i-minui a forade qualquer diae que,ao nos aproximrmosde algumobjero,esse bjero,emboran o se evele nossossentidos, pera obrea menre om uma nfluncia ue micauma mpressomediaca. ensar m um objeroqualquerdepronto ransporta rlence era que he concguo, as sapresenafetiva o objetoqu ea rransporra om superior i-vacidade. uandoestoua poucesmilhasde casa, udo qu e ael ase elacionoca-rcmuito maisde perrodo que quandoestou a duzentas guas, mboramesmoe esradiscncia

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    reflexo sobre qr-ralquer oisa na s proximidades de meus ami-go s ou de minha faml ia produza naturalmenceum idia de-lcs. ! as como neste l r imo casoambos os objetos considera-do s pela nente so rdias,a rransiode um para outro, noobstanrese "a com aci l idade, o po r si s capazde rrans-mi t i r r - rma ivacidade uper ior a qualqueruma das dias, el afa l ta de a lguma impresso mediaca.t

    2 Naturantnobis,nquit,datumdimm,an oc quoo^,ul, tilm cq oca mmus,n qubus ,mo.na tgnosros t t tpcrimusul tumcstt cri t t05,iagtsmovcanur,quamsiquandoorum psorum utJacta udiamus ut striptum lquod.cganus?Velutry onunc no!tor,Vmit cnrmmihi Platonisn mtntcm, ua narctpimusn-mum hir disputarealilum, uius tiam lli hortuli ropinqui onnrcmoriamolunrmbi alJerunt,e psum intur n rcnsptctu co icponcrc. ic Spcusppus,icXrnonates,r c us udtor Pol tmo;uius psall a ussoui t ,quanuicmus.qtrr 'dmt rtiam uramnostran, lostiliam ico, on 'tanr ortam, uacmihi minorcssc,tidctur ostquamstmaior, solcbamnluens, cipioncm, atoncm,.clium, nos'tr'tn co nprmisavumcogtareTantavisadmonitionisnttt n locts; t non inccaus x h smtmori e uu s t dis pl na .Ccero,D t F nbus. ivro V ICcerorehtr prl rvras de se u rmigo Matco Piso durantevis i ta qrre izerarnAcrdemiaem Atcnas: Quer se crate e um fato da natureza u de s im-Plcs luso obseruo'. l, nossas moes omais ortemeutedesper-radasqu.lndovemos os locaisqu e se di z terem sido freqi ientados orhomens lustres do que quando ouvimos conter seus ei tos ou lemosscusescl i tos. assimqu e me sinto agora.Vem-me i mente Plaro,dcquen se diz rer s ido o pri rnci ro a entreterdiscusses estc ugar,e defato o pcqueno rrdi rn acolno apenas ra z sua memrtama spe,po r;rss i rn rze , o prprio homem dirncede meusolhos.E aqui estEspu-sipo,aqui Xencrrtcs e seudiscpuloPoemo,qu e costunava cuparoprprio assenro ue al i vemos.E mesmonossoedi f c iodo Se ad o (ref i -ro-me Cria Host l ia, no ro novo edi [ c io,qu e n1 e arece er-se or-nado menor depoisd: rampl i :ro)razia-me o pensamento s vul tosdcCipi o, Catio, Ll io e princ ipalmentede meu av.Ta l o poder dccvocao ue residcnos ocris , e no sem razoqu e nclesse baseia. r r teda mnemnicr"] ,

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    18 Ningumpodep r er ndvidaqu ea causaoenhaa mes-ma influnciaqu e as duasoutras elees e semelhanacontrgidade. essoasuperst iciosesostammuito das el-quias esancos hornens ios,pelamesma azo ue es evabuscarsmbolose imagens: im de avivarsua devoodar-lhes meconcepo ai s orte e profundadaquelas idasexemplaresue desejammitar. Ora, evidenceue uma dasmelhoreselquias ueun devoto oderia bterseria traba-lho manual eum santo, sesuas oupes mobil ir iopodemse rconsideradosob essa erspeccivaPorqueestiveram l-gu m di a su adisposio eleos moveue atuousobreeles;nesse specco odem se rviscos omo efeicos mperteitosecomoestando ei econectadosPo r um acadeia e conseqn-ciasmaiscurtado qu equlquer ma daquelas elas r.raisa-bemosda real idade e su aexistncia.Suponhamos ue nos fosse epresentado fi lho de umamigoh muico errpomorto ou ausente; claroqu eesse b-jeto aria nstancanean'renteeviver ua dia orrelaciva ra-r ia a nossos ensalnentosodas s embranasos momentosnt imose amil iares o passado,m coresmaisvvidas o qu ede outro modo nos eriemaparecrdo.is aquioutro fenme-no que parece omprovar princpioacimamencionado.Podemos bservar ue , lessesenmenos, crena o ob-jeto correlarivo sempre ressuposca;em o qu e a relaon opoderia eref ero .A inf luncia o re rato supequ eacrf

    ditemosue nossoamigo enhaalguma ez exist ido.A conci-gidade o ar nopoderia xcicar s dias ue cemos eleaffrenosqueacreditemo5ue realmente xista.E eu assevero ueessa rena, uandoulcrapassa domnioda memriae dossentidos, de uma natureza emelhante provmde causassemelhntess da transio e pensamento vivacidadc e

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    concepo quiexpl icadas. uando anoao ogo um pedaodc rnadeira eca,minha mente mediacamenreevada con-ceberqu e issoaumencars chamas, o qu e as excinguir.Essa ransio epensamenlo acausa ar ao efeiton opro-cede arazoma sderiva r.rarigem nceiramenteo hbitoeda experincia. dadoqu ese niciaco m um objetopresenreao.s enridos, la orna a idiaou concepo a chamamaisforte e vvida o qu e o fariaum devaneio olroe vaci lanre airrraginao.ssa diasurge e mediaro; pensamenrono -ve-se nsranteneamentem suadireo the comunica od aaquelaorade concepoerivada a mpressoresenre ossenridos. o verdade ue ,quando ma espada empunha-d; rconrrame u peiro,a idiado ferimentoe da do r me afetam;ris ortemente o qu e quandome oferecida ma raa evrnho,mesmoque al idiaviesse or acidenre ocorrer-mequandodo aparecimencoesse lcimoobjero?Ma s o qu ehem tudo issocapaz e ocasionar ma concepoo forre,anl o se rsimplesmenre presenae um objetoe um rransi- ohabirual ar aa diade um ourro objeroqu eno sacosru-lnarros a associar o primeiro Essa codaa operao amenreem cada made nosses oncluseselarivas questesde to e existncia, umasarisfaoescobrir lgumas na -logiaspelasquaisse podeexpl ic-la. m rodosos casos, atr lnsioa parrrfcl eum objeropresenre ue d orae sol i-de z idiaqu e Ih e esc elacionada.

    I-{aqui,enr;: o,ma espcie e harmonia reesrabelecidaentreo cursoda narureza a sucessoe nossasdias; ,em -bora desconheamosor compleroos poderes forasqu egovernam quele urso, ons[a[amosue nossos ensmentose concepeseguiram mesmo aminho asdemais brasdantureza. hbiro o princpiopeloqualveioa seproduzir

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    esse orrespondncia,onecessriasobrevivnciae nossaespcie cl ireo e nossa onduta, m todasassicuaesocorrncias a vidahumana. ea presenae um objeton oexcitassenstantneamenteidiado s objetosqu e a eleco -mumence eassociam,odo nossoconhecimencoeriade i-car circunscri to estreita sfera e nossamemriae nossossentidos, jamais eramos ido capazes e ajustarmeiosafinsou de empregar ossos oderes aturais ei a ar aprodu-zir o qu e bom,seja ar aevitaro qu e mau.Aqueles ue seencentam om a descoberta contemplao as causasinaistrnaqui um vastoassunto m qu e empregar eu ascnioadmirao,Acrescenro, t tulo de umaconFirmaodicional a eo-ri a precedenre,ue ,como ess perao a mentepelaqualinfr imos efeitossemelharrtese causas emelhancesvice-

    versa to essencial subsistnciae todasas criatr,rrasu-rnanas, o provvel ueel apudesse er confiada s alazesdeduesenossa azo qu e cnca m suas perres, oest resente m nenhumgraLr uranteos primeirosanosdainfncia, , na melhorda shipreses,evela-sextremenentesujeira errose equvocos m todasas pocas perodos avidahumana. srmaisde acordo om a costumeira abedo-ri a da natureza ue uma arividademental o necessriaej agaranrida or meiode algum nstintoou tendncia ecnica,capaz e mostrar-senfalvel m suas peraes,e manifes-tar-se esde primeiroaparecimenroevidae do pensamen-to, e de proceder ndependentemen[ee todasas aboriosasdedues o entendimento. ssim como a naturezaensi-nou-noso us o de nossosmembros em nos dar o conheci-mentodos msculos nervos ue os comandam, o mesrnornodoel a mplantouem ns um instinto gu e eu aaJiance

    r,ili|!ilil"fi'li:1dl. !,i,$rifr,H;lt fili,tBtxl'1ffi

    ilr.&1:ffi,triflq;r,:i'i.fitliiiff]IHffiffiffi;ffiI iU'ffi,'iffi1,,fli't*,srffitfl'{!

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    Pensamento tr ,ulT ursocorrespondenteo qu eel aescabe-leceu ar aos objetos xternos, mboragnoremos spoderese as ornsdo squ;rrs sse ursoe sucessoegularese objc-to s roralmenceepcnde.

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