Histórico das comunicações, teleprocessamento e tipos de processamento
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FACULDADES SANTA CRUZ DE CURITIBA
DEROCI NONATO JÚNIOR
HISTÓRICO DAS COMUNICAÇÕES, TELEPROCESSAMENTO E TIPOS DE
PROCESSAMENTO
Curitiba/PR
2014
DEROCI NONATO JÚNIOR
HISTÓRICO DAS COMUNICAÇÕES, TELEPROCESSAMENTO E TIPOS DE
PROCESSAMENTO
Trabalho apresentado ao Professor Vandro Borges da disciplina
Fundamentos de Redes do curso Tecnologia em Redes de
Computadores do 1° ano do 1° período do 1° bimestre da Faculdades
Santa Cruz de Curitiba.
Curitiba/PR
2013
Introdução
Em tempos passados a comunicação progredia a cada década, nos dias de hoje pode
se dizer que ela progride a cada minuto ou menos. Possuímos celulares que reúnem diversos
aparelhos que antes só se podiam usar-se separadamente, como rádio, filmadora, ter acesso a
internet, GPS, mp3. Mas isto é apenas o que o usuário tem acesso, pois nos laboratórios de
pesquisas onde a tecnologia é desenvolvida as pessoas de lá já contam com tecnologia muito
superior.
A necessidade de comunicação das pessoas é algo muito antigo, já que o homem está
fadado a viver em comunidade se faz necessário o máximo de comunicação e o máximo de
velocidade possível nela, por este motivo a evolução no setor de comunicação é de longe
muito mais rápido que qualquer outro setor que existe. Hoje além da necessidade
comunicação das pessoas, contamos com a necessidade de comunicação entre uma máquina e
outra, para transmissão de dados, confirmação de transações, comparação de dados etc.
Histórico das comunicações
O meio de comunicação mais primitivo e utilizado é a voz. Os antigos quando havia
necessidade de enviar mensagens a longas distancias o recado era passado de pessoas para
pessoa em uma espécie de telefone sem fio.
Com a invenção dos instrumentos de percussão, foi possível a troca de informações a
distância, uma distância bem maior do que a voz humana poderia alcançar. A sequência de
sons emitidos era combinado entre as tribos que as utilizavam na maioria das vezes como
forma de aviso ou alerta de ataque. O ouvido era encostado no chão para melhor por distinguir
a sequência de batidas quando a distância ou a força do vento era muita.
Utilizado também foi o instrumento de sopro, feito com chifre de animais, em nosso
país chamado de berrante. Era também combinado a sequência de som com as pessoas para
que quando precisassem a utilizassem para transmitir mensagens a distancias maiores.
Os chamados telégrafos visuais também eram utilizados. Pessoas combinavam os
sinais entre eles e quando se fazia necessários elas subiam em colinas ou montes, acendiam
uma fogueira ou tocha e repetia os sinais combinados conforme a necessidade.
Com a habilidade de montar a cavalo, foi possível ganhar mais tempo na transmissão
de mensagens boca a boca. Este método foi muito utilizado até o século XVIII.
Francis Bacon, em 1605, desenvolve o alfabeto binário.
Instrumentos para a comunicação eram inventados ou idealizado a todos os
momentos em vista da busca de reduzir o tempo de transmissão das mensagens e também dar
segurança do recebimento, sem haver a captação da mesma por terceiros.
Em 1667 o físico inglês Robert Hooke sugeriu o uso do fio esticado para transmitir
som. Em 1684, Dom Gauthier, monge francês, realizou experiências de telefonia acústica,
utilizando tubos pneumáticos.
Em 1791, em Paris, Claude Chappe efetuou as primeiras demonstrações do
"telégrafo ótico" ligando Paris - Lilíe. Era um conjunto de hastes móveis que transmitiam
letras e sinais de um código. Colocada em lugares altos, ou torres, essa máquina podia mandar
mensagens a distância a 700 km em 20 minutos.
Alexandre Volta, em 1801, inventou a pilha elétrica que propiciou avanços absurdos
no campo das comunicações. No mesmo ano, Joseph Jacquard sugeriu a ideia de um comando
de tear, utilizando cartões perfurados, para tecer complexos desenhos e amostras em tapetes.
Hermann Hollerith inspirado no sistema de Jacquard, aplicou a ideia dos cartões perfurados
para o processamento de dados que viria a inventar as leitoras dos computares de cartões
perfurados. O sistema levou seu nome, hoje chamado IBM.
Em 1809, Von Soemmerring, um cientista alemão, demonstrou a possibilidade de
funcionamento de seu telégrafo "eletroquímico", que aplicava a energia produzida pela pilha
de Volta.
O físico inglês Michael Faraday, em 1831, demonstrou a possibilidade de produção
de uma corrente elétrica a partir da indução magnética.
Samuel Morse inventa o telegrafo elétrico em 1837.
No ano de 1837, Pagge, físico americano, descobriu a música galvânica, depois
aperfeiçoada pelo genovês Auguste de La Rive. Surge a ideia de induzir corrente num
eletroímã com um número de interrupções superior ao limite humano de audição. A barra
imantada de teste produziu sons. Esta invenção logo provocou inúmeras experiências no
mesmo campo e Philippe Reis, em 1860, imaginou transmitir os sons musicais à distância,
usando processo semelhante ao do telefone elétrico. Criou um telefone rudimentar chamado
telefone "filosófico".
O telégrafo de fio elétrico de Samuel Morse teve a sua primeira linha inaugurada a
24 de maio de 1844, ligando Baltimore a Washington (EUA), aplicando um código de sinais,
também inventado por ele.
O divisor de águas foi em 1876. No dia 7 de março, Alexander Graham Bell, um
escocês que vivia nos Estados Unidos, patenteou o desenho de um aparelho chamado de
telefone, que viria alterar as comunicações de forma drástica mundialmente.
No ano de 1886, Otto Mergenthaler, inventou o linotipo, revolucionando a imprensa
escrita. O linotipo imprimiu nova velocidade à composição de texto, superando o antigo
método manual da compor letra a letra.
Herman Hollerith, em 1890, o norte-americano inventou 3 "máquina de recensear",
capaz de computar informações do 240 diferentes áreas, o que deu origem ao Sistema IBM
dos nossos dias.
Em 2 de junho de 1896, Guglielmo Marconi patenteou em Londres um sistema
prático de telegrafia sem fio por meio de ondas elétricas, inventando, desta maneira, um novo
e revolucionário meio de comunicação: o rádio.
No Brasil, Landell de Moura também fazia experiências de comunicação e, em 1893
realizou com êxito, em São Paulo, as primeiras transmissões no mundo de sinais telegráficos e
de voz humana em telefonia sem fio.
Na década de 20 baseando-se em trabalhos de Paul Nipkow, o alemão John Logie
Baird conseguiu realizar transmissões pioneiras, concluindo com um acordo com a BBC, em
1926, para emissões experimentais. As pesquisas tiveram continuidade pelo russo-americano
Vladimir Zworykin e pelo alemão Ferdinand Braun; mas, em 1930, foi o francês René
Barthelemy que conseguiu fazer funcionar um transmissor.
O ano de 1935 encontra a BBC iniciando transmissões regulares de TV. Também a
França instalou sua primeira estação na Torro Eiffel.
O primeiro computador digital eletronico do mundo foi criado em 1946, o ENIAC.
Em 18 de dezembro de 1958, os Estados Unidos lança o primeiro satélite de
comunicações, o Score I, que transmitiu uma mensagem de Natal pelo Presidente Eisenhower.
Depois, subiu o ECO I, em agosto de 1960, quando ficou provado que as comunicações
podiam ser transmitidas através de um refletor em órbita.
O desenvolvimento da transmissão de dados por pacotes entre computadores se dá
em 1961.
J. C. R. Licklider conceitua a chamada “Rede Galáctica” em 1962.
A fibra óptica em foi inventada pelo físico indiano Narinder Singh Kanpany, ela se
tornou mais prática durante os anos 60 com o surgimento das fontes de luz de estado sólido,
raio lazer e os LEDs, e das fibras de vidro de alta qualidade livres de impurezas. As
companhias telefônicas foram as primeiras a se beneficiar do uso de técnicas de fibra ótica em
conexões de longa distância, em meados da década de 1980, foram estendidos, nos Estados
Unidos e no Japão, milhares de quilômetros de cabos de fibra óptica para estabelecer
comunicações telefônicas.
Em outubro de 1969, a ARPANET teve seu primeiro sucesso ao transmitir uma
mensagem através de sua rede, da Universidade de Los Angeles até o instituto em Stanford,
em uma distância de quase 650 quilômetros.
História do teleprocessamento e tipos de processamento
Com grandes empresas surgiu a necessidade de terem um centro de processamento
de dados e núcleos interligados em vários locais distantes.
Primeiramente todo o processamento de dados era centralizado, tanto a cpu como os
dispositivos de entrada/saída tinham de estar no mesmo ambiente. O era absurdamente grande
para o processamento de dados devido a coleta manual de informações, manuseio excessivo
de documentos, transporte de documentos entre localidades remotas. Erros detectados pelo
computador só poderiam ser corrigidos no próximo ciclo de processamento, após a correção
da informação no local onde foi gerada.
Para uso eficaz dos recursos de processamento, sentiu-se a necessidade de que os
dispositivos de entrada e saída estivessem fisicamente nos locais onde estava a informação a
ser processada. O processamento mantinha-se centralizado, mas surgiu o conceito de
processamento à distância ou teleprocessamento.
Com a internet foi possível a descentralização dos dispositivos de entrada e
saída, consequentemente, descentralizando o poder de cálculo, permitindo assim,
pontos remotos que através de unidade de processamento de menor porte, executam
localmente parte dos trabalhos, somente recorrendo ao processador central nas
aplicações mais complexas. As vantagens são a redução dos erros de transcrição e de
entrada de dados, acesso de um número muito maior de pessoas ao sistemas de
processamentos de dados, coleta e disseminação imediata da informação à
velocidade eletrônica.
Os tipos de sinais podem ser:
Analógicos: os sinais elétricos pode assumir, no tempo, infinitos
valores possíveis de amplitude permitida pelo meio de transmissão,
tais sinais são utilizados em telefonia e televisão.
Digitais: os sinais elétricos que representam a informação assumem
valores de amplitude predeterminados no tempo, tais sinais digitais
são normalmente utilizadas em telegrafia e transmissão de dados,
como por exemplo código Morse e telegrafia.
Os tipos de transmissão podem ser:
Simplex: comunicação em uma única direção.
Half-duples: comunicação possível em ambas as direções, porém
não simultaneamente.
Full-duplex: comunicação possível em ambas as direções
simultaneamente.
Os tipos de transmissão podem ser:
Assíncrona: para cada caractere que desejamos transmitir, utiliza-se
um elemento de sinalização para indicar o início do caractere(start) e
um outro para indicar o término(stop). O start bit de partida
corresponde a uma interrupção do sinal na linha e o stop bit de
parada, à condição de marca ou repouso.
Síncrona: os bits de um caracteres são enviados imediatamente
após o anterior, não existindo start-stop e tempo de repouso entre
eles. A transmissão síncrona é estabelecida através de uma cadência
fixa de para cada transmissor dos bits de todo o conjunto de
caracteres.
As ligações em um teleprocessamento podem ser multiponto ou ponto a
ponto. Uma ligação multiponto consiste nas facilidades de comunicação
compartilhada entre diversos usuários. Nesta configuração, o usuário principal é
designada com estação de controle central. Os terminais que estão partilhados da
linha passam a ter endereços para que a estação central possa enviar corretamente o
tráfego de dados ao ponto de destino.
Uma ligação ponto a ponto pode ser estabelecido por linha de comunicação
ponto a ponto dedicado ou ponto a ponto comutado.
Dedicado: o circuito utiliza linha privativa para comunicação de
dados, mantendo os equipamentos terminais sempre ligados entre si,
mesmo quando não há informações a serem transmitidas.
Comutado: utiliza-se a rede pública de telefonia para a interligação
de duas estações. O datalink é desfeito após as duas estações
completarem suas transmissões. Um novo datalink é criado para
subsequentes transmissões pelo processo de discagem.
Uma rede de teleprocessamento é composta por: Host, Unidade de controle
de terminais, Controladores de comunicação, Controladoras hardwired,
Controladoras programáveis, Multiplexador, Multiplexador estatístico, Concentrador,
Unidade de derivação digital, Derivação digital de modem, Derivação digital da
porta, Unidade de derivação analógica e Terminal.
Conclusão
Segundo Lavoisier "Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se
transforma", seguindo esta ideia, na comunicação não é diferente. Parindo da forma
de comunicação primaria e mais rudimentar, a voz, que o único intuito é transmitir
informação, todas as outras formas de comunicação criadas é unicamente para isso,
possibilitar uma pessoa conversar com a outra.
A transformação é unicamente no meio de transmissão e consequentemente
em sua velocidade, cada vez mais a prioridade é transmitir o máximo de informações
em menos tempo e com o nível de segurança mais elevado possível.
Os seres humanos são criadores por natureza. Todo e qualquer problema
que eles encontram alguém se habilita para sana-lo.
Com a evolução do mundo e das pessoas, se faz necessário uma grande
troca de informação, desde pessoas para pessoas, empresas para empresas ou
computadores para computadores. Para isto foi criado várias forma de se enviar,
receber e processar essas informações. O pensamento principal é que enquanto
existirem pessoas e informações para transmitir e processar os meios de
comunicações estarão em constante evolução.
Referências
NETO, Pedro de Alcântara. História das comunicações e das telecomunicações.
Disponível em: <http://www2.ee.ufpe.br/codec/Historia%20das%20comunicaes
%20e%20das%20telecomunicaes_UPE.pdf> Acesso em 11 de Fevereiro de 2014 às
08:30.
QUEIROZ, Pedro Campanholo de. Redes de Computadores e Teleprocessamento.
Unemat. 09 de Novembro de 2006. Disponível em:
<http://amigonerd.net/exatas/informatica/redes-de-computadores-e-
teleprocessamento> Acesso em 11 de Fevereiro de 2014 às 08:51.
KLEINA, Nilton. A história da Internet: pré-década de 60 até anos 80
[infográfico]. 29 de Abril de 2011. Disponível em: <
http://www.tecmundo.com.br/infografico/9847-a-historia-da-internet-pre-decada-de-
60-ate-anos-80-infografico-.htm> Acesso em 11 de Fevereiro de 2014 às 10:05.
A história da evolução do teleprocessamento na informativa. Disponível em:
<http://www.topgyn.com.br/estudenet/albums/escola/trabalhos-escolares/
informatica/A-historia-da-evolucao-do-teleprocessamento-na-informativa.doc>
Acesso em 11 de Fevereiro de 2014 às 12:44.