Hepaticas e antoceros das matas de galeria da...

10
Hoehnea 33(1): 79-87, 2006 Hepaticas e antoceros das matas de galeria da Reserva Ecologica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil Paulo Eduardo Aguiar Saraiva Camara l ,3 e Denise Pinheiro da Costa 2 Recebido: 06.09.2005; aceito: 03.01.2006 ABSTRACT - (Liverworts and homworts of the gallery forest at IBGE Ecological Reserve, RECOR, Federal District, Brazil). The IBGE's Ecological Reserve, located at 35 kIn from downtown Brasilia at 15°56'41 "S and 4r53'OTW and with an area of 1,350 ha is a highly representative zone of central Brazil consisting of all the cerrado's physiognomies. Due to the fact that the bryotlora of central Brazil is still poorly known, especially at Federal District, in this article are presented new data conceming the liverworts and hornworths. Among the liverworts were collected eight families and eighteen species, twelve records are new to middle-western region and five to Federal District, while homworts are represented by only one species, new to the region. Keys and descriptions are provided. Key words: central Brazil, gallery forest, homworts, liverworts RESUMO - (Hepaticas e ant6ceros das matas de galeria da Reserva Ecol6gica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil). A Reserva Ecol6gica do IBGE, localizada a 35 kIn do centro de Brasilia nas coordenadas 15°56'41 "S e 47°53 'OTW, possui uma area de 1.350 ha, e e bastante representativa do cerrado brasileiro, possuindo todos os seus tipos fision6micos. Devido ao fato de que a briotlora do Brasil central ainda permanece pouco conhecida, em particular 0 Distrito Federal, neste trabalho sao apresentados dados ineditos referentes as especies de hepaticas e ant6ceros presentes na area. As hepaticas estao distribuidas em oito familias e 18 especies, cinco das quais sao novas ocorrencias para 0 Distrito Federal e 12 para a regiao Centro-Oeste enquanto que os ant6ceros estao representados apenas por uma especie, que representa uma nova ocorren- cia para a regiao Centro-Oeste. Sao apresentadas chaves e descriyoes. Palavras-chave: antoceros, Brasil central, hepaticas, matas de galeria IntrodU(;ao Constituindo a segundo maior grupo de plantas terrestres em numero de especies e estando atnls apenas das Angiospermas, as bri6fitas constituem urn grupo singular (Buck & Goffinet 2000). Estima-se que nas regi5es tropicais existam mais bri6fitas que em qualquer outra parte do mundo (Gradstein & P6cs 1989). Totalmente imerso no Bioma Cerrado, a Distrito Federal e urn dos principais centros de diversidade e endemismo de especies vegetais do Brasil Central (Gentry 1997). Apesar disso, pouco se conhece sabre a brioflora do Centro-Oeste brasileiro, em particular do Distrito Federal. Como a cerrado vern sendo devastado de forma acelerada, substituido par monoculturas, estima-se que hoje esteja reduzido a 1/3 da extensao original (Felfili et at. 1994) e, e urgente a realizaC;:30 de inventarios, visando ampliar a conhecimento das especies, antes que desaparec;:am deste importante ecossistema brasileiro. No Distrito Federal, ate 1984 nao existiam registros de caletas sistematicas, publicac;:5es au a formac;:ao de colec;:ao briol6gica, havendo apenas caletas esparsas feitas, em geral, par coletores de faner6gamas de forma aleat6ria. Os primeiros estudos especificos sabre a brioflora da regiao foram realizados pelo pesquisador Daniel Moreira Vital, do Instituto de Botanica de Sao Paulo, em expedic;:ao realizada em 1984, cujo material encontra-se depositado nos herbarios SP, DB e IBGE, porem as resultados nao foram publicados. Ap6s quase uma decada deste evento, Filgueiras & Pereira (1993) apresentaram uma lista, com base nos poucos dados disponiveis em literatura e em material de herbaria, de 15 especies de hepaticas para a regiao do Distrito Federal. I. Missouri Botanical Garden, POBox 299 Saint Louis, MO, USA 63110 2. Instituto de Pesquisas Jardim Botanico do Rio de Janeiro, Rua Pacheco Leao 915, 22460-030 Rio de Janeiro, RJ, Brasil 3. Autor para correspondencia: [email protected]

Transcript of Hepaticas e antoceros das matas de galeria da...

Hoehnea 33(1): 79-87, 2006

Hepaticas e antoceros das matas de galeria da Reserva Ecologica doIBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil

Paulo Eduardo Aguiar Saraiva Camara l ,3 e Denise Pinheiro da Costa2

Recebido: 06.09.2005; aceito: 03.01.2006

ABSTRACT - (Liverworts and homworts of the gallery forest at IBGE Ecological Reserve, RECOR, Federal District, Brazil).The IBGE's Ecological Reserve, located at 35 kIn from downtown Brasilia at 15°56'41 "S and 4r53'OTW and with an area of1,350 ha is a highly representative zone ofcentral Brazil consisting ofall the cerrado's physiognomies. Due to the fact thatthe bryotlora of central Brazil is still poorly known, especially at Federal District, in this article are presented new dataconceming the liverworts and hornworths. Among the liverworts were collected eight families and eighteen species, twelverecords are new to middle-western region and five to Federal District, while homworts are represented by only one species,new to the region. Keys and descriptions are provided.Key words: central Brazil, gallery forest, homworts, liverworts

RESUMO - (Hepaticas e ant6ceros das matas de galeria da Reserva Ecol6gica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil). AReserva Ecol6gica do IBGE, localizada a 35 kIn do centro de Brasilia nas coordenadas 15°56'41 "S e 47°53 'OTW, possui umaarea de 1.350 ha, e e bastante representativa do cerrado brasileiro, possuindo todos os seus tipos fision6micos. Devido aofato de que a briotlora do Brasil central ainda permanece pouco conhecida, em particular 0 Distrito Federal, neste trabalhosao apresentados dados ineditos referentes as especies de hepaticas e ant6ceros presentes na area. As hepaticas estaodistribuidas em oito familias e 18 especies, cinco das quais sao novas ocorrencias para 0 Distrito Federal e 12 para a regiaoCentro-Oeste enquanto que os ant6ceros estao representados apenas por uma especie, que representa uma nova ocorren­cia para a regiao Centro-Oeste. Sao apresentadas chaves e descriyoes.Palavras-chave: antoceros, Brasil central, hepaticas, matas de galeria

IntrodU(;ao

Constituindo a segundo maior grupo de plantasterrestres em numero de especies e estando atnlsapenas das Angiospermas, as bri6fitas constituem urn

grupo singular (Buck & Goffinet 2000). Estima-se quenas regi5es tropicais existam mais bri6fitas que emqualquer outra parte do mundo (Gradstein & P6cs1989).

Totalmente imerso no Bioma Cerrado, a DistritoFederal e urn dos principais centros de diversidade eendemismo de especies vegetais do Brasil Central(Gentry 1997). Apesar disso, pouco se conhece sabrea brioflora do Centro-Oeste brasileiro, em particulardo Distrito Federal. Como a cerrado vern sendodevastado de forma acelerada, substituido parmonoculturas, estima-se que hoje esteja reduzido a1/3 da extensao original (Felfili et at. 1994) e, e urgente

a realizaC;:30 de inventarios, visando ampliar aconhecimento das especies, antes que desaparec;:amdeste importante ecossistema brasileiro.

No Distrito Federal, ate 1984 nao existiamregistros de caletas sistematicas, publicac;:5es au aformac;:ao de colec;:ao briol6gica, havendo apenascaletas esparsas feitas, em geral, par coletores defaner6gamas de forma aleat6ria. Os primeiros estudosespecificos sabre a brioflora da regiao foram realizadospelo pesquisador Daniel Moreira Vital, do Instituto deBotanica de Sao Paulo, em expedic;:ao realizada em1984, cujo material encontra-se depositado nosherbarios SP, DB e IBGE, porem as resultados naoforam publicados. Ap6s quase uma decada desteevento, Filgueiras & Pereira (1993) apresentaram umalista, com base nos poucos dados disponiveis emliteratura e em material de herbaria, de 15 especies dehepaticas para a regiao do Distrito Federal.

I. Missouri Botanical Garden, POBox 299 Saint Louis, MO, USA 631102. Instituto de Pesquisas Jardim Botanico do Rio de Janeiro, Rua Pacheco Leao 915, 22460-030 Rio de Janeiro, RJ, Brasil3. Autor para correspondencia: [email protected]

80 Hoehnea 33( 1), 2006

o pouco conhecimento do grupo na regiaoCentro-Oeste, e em particular do Distrito Federal, foiestimulo para a realizac;:ao deste trabalho, que e 0

primeiro estudo briol6gico nesse ambiente.

Material e metodos

o Distrito Federal possui uma area de5.822,1 km2

, sendo coberto por vegetac;:ao de cerradosensu lato, com altitudes que variam entre 750 e1.350 m (Sematec 1992). Segundo Filgueiras &Pereira (1993) a flora e apenas parcialmenteconhecida, em particular a brioflora. A regiaoapresenta duas estac;:6es bern definidas, uma fria eseca (entre maio e setembro) e outra quente e umida(entre outubro e abril), e segundo Koppen 0 clima eAw ou seja, tropical de savana (Sematec 1992).

Situada a 35 km ao sui do centro de Brasilia, nokm 0 da BR 251, a Reserva Ecol6gica do IBGE,conhecida como Reserva Ecol6gica do Roncador(RECOR), localiza-se a 15°56'41 "S e 47°53 '07"W,com area de 1.350 ha. Todos os tipos fisionomicos docerrado fazem parte da Area de Protec;:ao Ambiental(APA) Gama-Cabec;:a de Veado, que inclui a Reservado IBGE, a Reserva do Jardim Botanico de Brasilia ea Fazenda Agua Limpa, perfazendo urn total de10.000 ha de area protegida continua. Alem disto, aRECOR e uma das Areas Nucleo da Reserva daBiosfera do Cerrado, criada em 1993 pela UNESCOno Distrito Federal (Pereira & Mamede 1993). ARECOR possui nascentes de cinco cursos d' aguadenominados Escondido, Monjolo, Pitoco, Roncadore Taquara, formando a Bacia do C6rrego Taquara,afluente do Ribeirao do Gama, urn dos principaistributarios do reservat6rio do Paranoa. As matas degaleria, na RECOR, totalizam cerca de 104 ha,destacando-se por sua riqueza e pelo importante papelna protec;:ao dos recursos hidricos e da fauna silvestree aquatica (Rezende 1998). Os estudos botanicosdestas matas, que ate 0 momenta incluem apenas avegetac;:ao fanerogamica, tern revelado "a mais diversaflora arb6rea do Brasil Central" (Silva Junior et al.1998), e ausencia de estudos briol6gicos.

Foram realizadas coletas aleat6rias entre outubrode 2000 e abril de 2001. As tecnicas de coleta epreservac;:ao seguem Yano (1984a), e 0 materialestudado esta depositado nos herbarios da Universidadede Brasilia (UB) e Reserva Ecol6gica do IBGE(IBGE).

o material foi identificado com auxilio de Herzog(1925), Jovet-Ast (1947), Schuster (1958, 1969, 1980,

1992), Hassel de Menendez (1961, 1983), Fulford(1968), Hell (1969), Griffin III (1979), Kuwahara(1986), Costa & Yano (1988), Yuzawa (1991),Gradstein (1994), Vital & Visnadi (1994), Visnadi(1998), Costa (1999), Heinrichs & Gradstein (2000),Oliveira-e-Silva & Yano (2000) e Lemos-Michel(2001). Quando necessario foram preparadas laminassemi-permanentes com soluc;:ao de Hoyer (Schuster1969). Foram utilizados materiais dos seguintesherbarios para comparac;:ao e identificac;:ao: IBGE, RB,SP e UB.

A distribuic;:ao geografica baseou-se em GriffinIII (1979), Yano (1984a, b, 1989, 1992, 1994, 1995),Costa & Yano (1988), Costa (1992), Vital & Visnadi(1994), Lisboa & I1kiu-Borges (1995), Visnadi & Vital(1995, 1997), Visnadi (1998), Porto et al. (1999), Bastos& Boas-Bastos (2000), Oliveira-e-Silva & Yano (2000),Yano & Costa (2000) e Gradstein & Costa (2003).

o sistema de classificac;:ao usado para ant6cerose 0 de Hasegawa (1988) e para hepaticas 0 de Stotler& Crandall-Stotler (2000). Os taxons sao apresentadosem ordem alfabetica de divisao, familia e especie.Novas ocorrencias para 0 Centro-Oeste estaomarcadas com dois asteriscos e para 0 Distrito Federalcom apenas urn.

Resultados e Discussao

Foram encontradas 18 especies de hepaticasdistribuidas em oito familias. A familia melhorrepresentada, em numero de especies, foi Jubulaceae,com seis taxons. Sao citadas 12 novas ocorrenciaspara a Regiao Centro-Oeste: Arachniopsisdiachanta (Mont.) Howe, Fossombroniaporphyrorhiza (Nees) Prosk., Frullania apiculata(Reinw. et al.) Dum., F. arecae (Spreng.) Gottsche,F. caulisequa (Nees) Nees, F. ecklonii (Spreng.)Gottsche & Lindenb., Metzgeria dichotoma (Sw.)Nees, Pallavicinia lyeW (Hook.) Gray, Plagiochillacorrugata (Nees) Nees & Mont., P. martiana (Nees)Lindenb., Riccardia chamedryfolia (With.) Grolle eTelaranea nematodes (Gottsche) Howe. Cincoespecies sao citadas pela primeira vez para 0 DistritoFederal: Calypogeia peruviana Nees & Mont.,Frullania ericoides (Nees ex Mart.) Mont.,Frullania gibbosa Nees, Metzgeria myriopodaLindenb. ePlagiochilla disticha (Lehm. & Lindenb.)Mont. A Divisao Anthocerotophyta conta com apenasurn representante: Phaeoceros laevis (L.) Prosk., quetambern e uma ocorrencia nova para a Regiao Centro­Oeste.

Anthocerotophyta

Anthocerotaceae

P.E.A.S. Camara & D.P. Costa: Hepaticas e ant6ceros da RECOR, Distrito Federal, Brasil 81

Centro-Oeste sendo 0 primeiro, de Riccardiacataractarum (Spruce) Schiffn. para 0 Mato Grosso,Chapada dos Guimaraes (Gradstein & Costa 2003).

**Phaeoceros laevis (L.) Prosk., Bull. Torrey Bot.Club 78: 347. 1951. Anthoceros laevis L., Sp. PI.:1139.1753.

Gametofito verde-claro a verde-oliva, aplanado,

geralmente em rosetas, margem plana a crispada, sem

cavidades, celulas com urn unico e grande cloroplasto

por celula, com pirenoides; esporOfito sem seta,projetado alem do involucro quando maduro; capsulacom esporos amarelos, surperficie externa finamente

papilosa, elaterios sem espiral de espessamento. Tuberausente ou presente.

I1ustrayao: Schuster (1992).

Material examinado: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecologica do IBGE, sobre tronco caidodentro d'agua, corrego Roncador, 6-X-1986, Silva198a (IBGE).

Distribuiyao geografica: AM, BA, ES, MG, MS,

PE, RS, RJ, SC e SP.Planta geralmente de habitats abertos. Nao sendo

observada no campo, com apenas uma coleyao noherbario do IBGE.

Marchantiophyta

Aneuraceae

I. **Riccardia chamedryJolia (With.) Grolle, Trans.Brit. BryoI. Soc. 5: 772. 1969. JungermanniachamedryJolia With., Bot. arr. veg. Gr. Brit. 2: 699.

1776.

Gametofito taloso, prostrado, pouco ramificado,

ramos largos, nao estreitados para 0 apice, mais oumenos eretos quando umidos; eixo principal emsecyao transversal concavo no dorso, com mais de

oito celulas de espessura. Oleocorpos presentes nascelulas epidermicas.

Ilustrayao: Costa (1992).

Materiais examinados: BRASIL. DlsTRITo FEDERAL:Reserva Ecologica do IBGE, sobre tronco, corregoMonjolo, 2 I-II-200 I, Camara 520 (lBGE, UB); idem,sobre tronco caido, corrego Roncador, 24-IX-1986,Silva 187 (lBGE); idem, 13-IIl-1991, Silva 199a(IBGE).

Distribuiyao geognifica: AC, AM, BA, ES, MG,RJ e SP. Segundo registro da familia para a Regiao

Especie de locais umidos, geralmente sobre soloou rocha. Na RECOR ocorreu sobre tronco ecomumente associ ada a Symphyogyna. Reconhecidapelo gametOfito prostrado e ramos largos naoestreitados para 0 apice.

Calypogeiaceae

2. *Calypogeia peruviana Nees & Mont., Ann. Sci.Nat. Bot., ser. 2, 12: 47. 1838.

Gametofitos folhosos, irregularmente ramificados,filidios sem lobulos, ovalados, bifidos, margem inteira;oleocorpos castanho-purpura; anfigastrios distantes,bifidos, margem inteira ou denteada, no maximo duasvezes a largura do caulidio.

I1ustrayao: Fulford (1968).

Materiais examinados: BRASIL. DlsTRITo FEDERAL:Reserva Ecologica do IBGE , em barranco, corregoTaquara, 9-IV- I 987, Silva 388 (IBGE); idem,13-III-1991, Silva 997, (IBGE).

Distribuiyao geografica: GO, MG, RJ, RS, SP, Sc.Comum nos barrancos, facilmente distinguivel

pelos filidios bifidos e anfigastrios pequenos. NaRECOR, a especie esta restrita ao corrego Taquara,possivelmente pela maior incidencia de barrancos nessaarea.

Fossombroniaceae

3. **Fossombronia aff. porphyrorhiza (Nees)Prosk., Bryologist 58: 197. 1955. Jungermanniaporphyrorhiza Nees, FI. Bras. 1: 343. 1833.

Gametofitos folhosos, nao ramificados; filidioseretos, sucubos, sem lobulos, apice dos filidiosarredondado a truncado, margem denteada, onduladaa crispada; sem anfigastrios; rizoides de colorayaopurpura ao longo do caulidio. Esporofito nao observado.

I1ustrayao: Schuster (1992).

Materiais examinados: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecologica do IBGE, sobre barranco, corregoTaquara, 13-III-1991, Silva 997a (IBGE); idem, sobrebarranco, corrego Taquara, 25-VI-1988, Silva 548(IBGE).

Distribuiyao geografica: ES, MG, MT, PE, RJ e SP.

82 Hoehnea 33( 1), 2006

Como 0 material nao apresentou esp6rofito,consideramos a especie muito pr6xima aF porphyrorhiza pelas demais caracteristicas, visto

Chave para as especies de Jubulaceae

que os esporos, com superficie areolada, nao puderamser observados. Na area, esta restrita ao c6rregoTaquara, pois trata-se de uma especie de barrancos.

1. L6bulos galeados2. Estilete giboso Frullania gibbosa2. Estilete filiforme

3. Filidios com margem ondulada; estilete com 1-2 celulas Frullania arecae3. Filidios com margem plana; estilete com 3-4 celulas Frullania eck/onii

I. L6bulos cilindrico-clavados4. Estilete com 4-7 celulas; perianto com superficie verrucosa Frullania ericoides4. Estilete com 7-10 celulas; perianto sem verrugas

5. Filidios com apice arredondado; 16bulos obliquos em relavao ao caulidio Frullania cau/isequa5. Filidios com apice apiculado; 16bulos paralelos ao caulidio Frullania apicu/ata

4. **Frullania apicu/ata (Reinw. et a/.) Nees, Syn.Hepat.: 452. 1845. Jungermannia apicu/ata Reinw.,Blume & Nees, Nova Acta Phys. Med Acad. Caes.Leop.-Carol. at. Cur. 12: 222 [Hepat. Jav.]. 1825.

Gamet6fito folhoso, mediano, regularmenteramificado, pinado; 16bulos cilindrico-clavados; filidiosincubos com apices apiculados, trig6nios presentes;estilete pequeno, triangular; anfigastrios ovalados;16bulos paralelos ao caulidio com ocelos avermelhados.

I1ustravao: Yuzawa (1991).

Material examinado: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecol6gica do IBGE, sobre tronco de arvore,c6rrego Escondido, 6-II-2001, Camara 516 (UB,IBGE).

Distribuivao geografica: AM, BA, PA, PE, RJ eSP.

Reconhecida pela presenva de ocelosavermelhados nos 16bulos e filidios com apiceapiculado.

5. **Frullania arecae (Spreng.) Gottsche, Mexik.Leverm.: 236. 1863. Jungermannia arecae Spreng.,Neue Entdeck. pflanzenk. 2: 99. 1821.

Gamet6fito folhoso, regular ou irregularmenteramificado; filidios incubos, margem ondulada, trig6niosgrandes; 16bulos galeados; estilete filiforme, com 1-2celulas; anfigastrios orbiculares.

I1ustravao: Lemos-Michel (2001).

Material examinado: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecol6gica do IBGE, sobre tronco caido,c6rrego Monjolo, l-XI-2000, Camara 470 (UB,IBGE).

Distribuivao geografica: ES, MG, PR, RJ, RS eSP.

A colorayao castanho-escura e 0 anfigastrio comquatro vezes a largura do caulidio auxiliam naidentificavao.

6. **Frullania cau/isequa (Nees) Nees, Syn. Hepat.:448: 1845. Jungermannia cau/isequa Nees, FI. Bras.1: 373. 1833.

Gamet6fitos folhosos, regularmente ramificados,pinados; filidios incubos, apice arredondado, trig6niosesparsos; 16bulos cilindrico-c1avados, obliquos emrelavao ao caulidio, formando com este urn angulo deaproximadamente 45°; estilete foliaceo, subtriangular;anfigastrios ovalados, distantes.

I1ustrayao: Lemos-Michel (2001).

Material examinado: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecol6gica do IBGE, sobre tronco de arvoreno c6rrego Roncador, 3-IX-1981, Moreira 19 (UB).

Distribuivao geografica: AC, BA, ES, MG, PA,PE, RJ, RO, RS, SC, SE e SP.

Facilmente reconhecida por seus 16buloscilindricos, afastados do caulidio, formando urn angulode 45°. Na RECOR, a unica ocorrencia e de materialde herbario, oriundo do c6rrego Roncador, coletadoha 23 anos.

7. **Frullania eck/onii (Spreng.) Gottsche et al.,Syn. Hepat.: 413. 1845. Jungermannia eck/oniiSpreng., Syst. Veg. 4(2): 324. 1827.

Gamet6fito folhoso, mediano a robusto, regularou irregularmente ramificado; filidios incubos, margemplana, trig6nios nodulosos; 16bulos galeados;

P.E.A.S. Camara & D.P. Costa: Hepaticas e ant6cems da RECOR, Distrito Federal, Brasil 83

anfigastrios cordados; estilete filiforme com 3-4celulas.

Ilustrayao: Yuzawa (1991).

Material examinado: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecol6gica do IBGE, sobre tronco de arvore,c6rrego Roncador, 13-III-1991, Silva 785-d (IBGE).

Distribuiyao geografica: MG, RJ e SP.Trata-se da primeira citayao do taxom fora da

Regiao Sudeste. Diferencia-se de Frullania arecaepela margem ventral do fiJidio plana e nao ondulada.

8. * Frullania ericoides (Nees) Mont., Ann. Sci. Nat.Bot., ser. 2, 12: 51. 1839. Jungermannia ericoidesNees ex Mart., FI. Bras. I: 346.1833.

Gamet6fito folhoso, pequeno a mediano; filidiosincubos, trigonios frequentes nas celulas medianas,16bulos galeados, rostrados, inflados; estilete laminarcom 4-7 celulas, subtriangular; anfigastrios sub­ovalados; perianto triquilhado e densamente verrucoso.

Ilustrayao: Lemos-Michel (2001).

Materiais examinados: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecol6gica do IBGE, sobre tronco de arvore,c6rrego Escondido, 6-II-2001, Camara 516 (UB,IBGE); idem, 21-II-2001, Camara 527, 538-A (UB,IBGE).

Distribuiyao geografica: BA, ES, GO, MG, MT,PA, PB, PE, RJ, RS e SP.

Facilmente reconhecida pelo perianto verrucoso,filidios com lobos pr6ximos ao caulidio e esquarrososquando umidos. Na RECOR, a esp~cie tern habitocorticicola. A especie e bern distribuida no Brasil sendoencontrada, tambem, em Fernando de Noronha (Vitalet al. 1991).

9. *Frullania gibbosa Nees, Ann. Sci. Nat. Bot.,ser. 2,14: 333.1840.

Gamet6fito folhoso, pequeno a mediano; filidiosincubos; trigonios nitidos; 16bulos paralelos ao caulidio;estilete giboso; anfigastrios cordados.

Ilustrayao: Yuzawa (1991).

Materiais examinados: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Eco16gica do IBGE, sobre tronco de arvore,c6rrego Pitoco, l-X-1996, Costa 3325 (RB); idem,sobre tronco de arvore, c6rrego Roncador,13-III-1991, Silva 189 (IBGE); idem, sobre troncode arvore, c6rrego Taquara, 13-III-1991, Silva 987a(IBGE).

Distribuiyao geografica: AC, BA, ES, MG, MS,MT, PA, RJ, RR e SP.

Reconhecida pelo estilete curvo, em forma degiba, que Ihe rendeu 0 epiteto "gibbosa".

Chave para as especies de Lepidoziaceae

1. Filidios filamentosos com uma unicacelula na base Arachniopsis diachanta

I. Filidios filamentosos com mais de umacelula na base Telaranea nematodes

10. **Arachniopsis diacantha (Mont.) M. Howe,Bull. Torrey Bot. Club 29: 288. 1902. Jungermanniadiacantha Mont., Ann. Sci. Nat. Bot. serie 4,5: 349:1856.

Gamet6fito folhoso; filidios formados por 2filamentos longos, unisseriados, com 1 celula na base;anfigastrios diminutos.

Ilustrayao: Fulford (1968).

Material examinado: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecol6gica do IBGE, sobre tronco caido,c6rrego Roncador, 6-X-1986, Silva 198 (IBGE).

Distribuiyao geografica: AC, AM, ES, PA, PE,PR, RJ, SP e RS.

Diferencia-se de Telaranea nematodes pelofilidio composto por uma unica fileira de celulas. Alemdisso, T. nematodes possui os dois primeirossegmentos do filidio bisseriados.

II. ** Telaranea nematodes (Austin) M. Howe,Bull. Torrey Bot. Club 29: 284. 1902. Cephalozianematodes Austin, Bull. Torrey Bot. Club 6:302.1879.

Gamet6fito folhoso; filidios bifidos em forma de2 filamentos longos, com (2-)3-4 celulas na parte basale unisseriados acima; trigonios ausentes; anfigastriosdiminutos.

Ilustrayao: Schuster & Blomquist (1955).

Material examinado: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecol6gica do IBGE, sobre solo, c6rregoTaquara, 2-IV-1987, Silva 382a (IBGE).

Distribuiyao geografica: AC, AM, BA, ES, MG,RJ, SC e SP.

Caracteriza-se por seus filidios longos e filiformes,tendo os dois primeiros segmentos (2-)3-4 celulas esendo unisseriados acima.

84 Hoehnea 33( 1), 2006

Chave para as especies de Metzgeriaceae

I. Gamet6fitos com 1 riz6ide por celulana margem Metzgeria dichotoma

1. Gamet6fitos com 2-3(-4) riz6ides porcelula na margem Metzgeria myriopoda

12. **Metzgeria dichotoma (Sw.) Nees, Syn. Hepat.504. 1846. Jungermannia dichotoma Sw., Nov. Gen.Sp. PI. 145. 1788.

Gamet6fito taloso, ramifica9ao dicotomica,costa em sec9ao transversal com 3-4 fileiras decelulas epidermicas dorsais; margem inteira,ligeiramente recurvada para 0 ventre; riz6ides 1 porcelula ou ausentes; gemas produzidas na superficiedorsal.

Ilustra9ao: Lemos-Michel (2001).

Material examinado: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecol6gica do IBGE, sobre cip6, c6rregoRoncador, 13-III-1991, Silva 788a (IBGE).

Distribui9ao geognifica: GO, MG, PE, RJ, RS eSP.

No Brasil, esta especie nao e conhecida para aRegiao Norte. Reconhece-se por seus riz6ides naogeminados.

13. *Metzgeria myriopoda Lindb., Acta Soc. FaunaFI. Fenn. 1: 22.1877.

Gamet6fito taloso, ramifica9ao dicotomica, geral­mente irregular; costa em corte transversal com 2fileiras de celulas epidermicas dorsais e 4-7 ventrais;margem ligeiramente recurvada para 0 ventre, riz6idescomumente 2-3(-4) por celula; gemas produzidas nasmargens.

Ilustra9ao: Kuwahara (1986).

Materiais examinados: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecol6gica do IBGE, sobre tronco de arvore,c6rrego Taquara, 6-XI-2000, Camara 462 (UB,IBGE); idem, sobre tronco, c6rrego Escondido,6-II-2001, Camara 516 (UB, IBGE); idem, 21-II-2001,Camara 523, 538-A (UB, IBGE).

Distribui9ao geografica: ES, MG, PE, RJ, RS, SCe SP.

Frequente nos c6rregos Escondido e Taquara;reconhece-se por seus riz6ides geminados (dois porcelula) na margem.

Chave para as especies de Pallaviciniaceae

I. Gamet6fitos com pelos mucilaginososna margem Pallavicinia lyelli

I. Gamet6fitos sem pelos mucilaginososna margem Symphyogyna brasiliensis

14. **Pallavicinia lyellii (Hook.) S.F. Gray, Nat. Arr.Brit. PI. 1: 775. 1821. Jungermannia lyellii Hook.,British Jungermanniae pI. 77. 1816.

Gamet6fito taloso, lobado, com ramifica9ao dicoto­mica regular, margem inteira, nao recurvada, com pelosmucilaginosos; costa presente; oleocorpos presentes.

Ilustra9ao: Schuster (1992).

Materiais examinados: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecol6gica do IBGE, solo, c6rrego Roncador,3-IX-1981 ,Pesantes 4 (UB); idem, sobre tronco caido,c6rrego Roncador, 13-III-1991, Silva 199 (IBGE); idem,sobre barranco, c6rrego Taquara, 25-VI-1988, Silva548a (IBGE).

Distribui9ao geografica: AM, PA, RJ, RS, SC e SP.E facilmente confundida com Symphyogyna,

diferenciando-se desta pela presen9a de pel osmucilaginosos. Apresenta, ainda, inv61ucros na formade ta9as envolvendo os arquegonios, enquanto queem Symphyogyna sao escamiformes. Comum nosc6rregos Taquara e Roncador.

15. Symphyogyna brasiliensis Nees, Ann. Sci. Nat.Bot., ser. 2, 5: 67. 1836.

Gamet6fito taloso, lobado, com ramifica9ao dico­tomica regular; celulas epidermicas poligonais de pare­de delgada; costa presente; margem inteira, nao recur­vada, sem pelos mucilaginosos; oleocorpos presentes.

Ilustra9ao: Hell (1969).

Materiais examinados: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Ecol6gica do IBGE, sobre barranco, c6rregoMonjolo, 21-II-2001, Camara 519 (UB, IBGE); idem,sobre tronco, Camara 520 (UB, IBGE); idem, sobreraiz no solo da mata, 13-III-1991, Silva 834 (IBGE).

Distribui9ao geografica: BA, DF, ES, GO, MG,RJ, RO, RR, RS, SC e SP.

Confundida com Pallavicinia, especialmentequando esteril, mas diferenciando-se desta pelaausencia de pelos mucilaginosos na margem do talo.Trata-se de planta de ampla distribui9ao no Brasil ebern resistente a a9ao antr6pica.

P.E.A.S. Camara & D.P. Costa: Hepaticas e ant6ceros da RECOR, Distrito Federal, Brasil 85

Chave para as espeeies de Plagioehilaeeae

1. Filidio erispado-ondulado Plagiochila corrugataI. Filidio nao erispado-ondulado

2. Base ventral do filidio inteira Plagiochila martiana2. Base ventral do filidio denteada Plagiochila disticha

16. **Plagiochila corrugata (Nees) Nees & Mont.,Ann. Sci. Nat. Bot., ser. 2, 5: 52. 1836. Jungermanniacorrugata Nees, FI. Bras. 1: 378.1833.

Gametofito folhoso, irregularmente ramifieado;filidios sueubos, imbrieados, erispados, base ventraldenteada, margem superior ventral fortementeondulada; trigonios grandes; anfigastrios ausentes ouvestigiais.

I1ustras:ao: Lemos-M iehel (200 I).

Materiais examinados: BRASIL. DrsTRITO FEDERAL:Reserva Eeol6giea do IBGE, sobre troneo eaido,e6rrego Taquara, 6-XI-2000, Camara 458, 459, 462(UB, IBGE); idem, sobre troneo, e6rrego Monjolo,26-1-2001, Camara 479 (UB, IBGE); idem, sobretroneo, e6rrego Taquara, 26-1-200 I, Camara 492,498, 501 (UB, IBGE); idem, sobre solo, eorregoMonjolo, 26-1-2001, Camara 485 (UB, IBGE); idem,sobre troneo, e6rrego Escondido, 6-11-200 I, Camara517 (UB, IBGE); idem, 21-11-2001, Camara 536(UB, IBGE); idem, sobre troneo, e6rrego Pitoeo,15-IX-2001, Camara 601 (UB, IBGE).

Distribuis:ao geografiea: BA, ES, MG, PE, PR,RJ, RS, SC e SP

Caraeteriza-se pelos filidios denteados efortemente ondulados. Quando desidratada ternaspeeto pregueado e crespo earaeteristieo.

17. *Plagiochila disticha (Lehm. & Lindenb.)Lindenb., Sp. Hepat.: 108. 1840. Jungermanniadisticha Lehm. & Lindenb., Nov. stirp. pug. 6:64.1834.

Gamet6fito folhoso, medianos a robustos, poueoramifieados; filidios sueubos, imbrieados, base ventraldenteada e margem superior ventral plana; trigoniosgrandes; anfigastrios ausentes.

I1ustras:ao: Heinrichs & Gradstein (2000).

Materiais examinados: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Eeol6giea do IBGE, sobre troneo eaido,e6rrego Taquara, 6-XI-2000, Camara 458 (UB,IBGE); idem, sobre troneo, e6rrego Pitoeo,15-IX-2001, Camara 601 (UB, IBGE).

Distribuis:ao geografiea: AC, AM, AP, MT, PA,PB, PE, RJ, RR, RS e SP.

Apresenta aspeeto poueo pregueado, earaete­rizando-se pelos filidios com base ventral denteada emargem superior ventral sem ondulas:oes.

18. **Plagiochila martiana (Nees) Lindenb., Sp.Hepat.: 12. 1839. Jungermannia martiana Nees,Linnaea 6: 617,1831.

Gamet6fito folhoso, mediano a robusto, ramifi­eas:ao dieotomiea irregular; filidios sueubos, sub­retangulares, base ventral inteira, nao aurieulada, naodeeurrente, margem superior ventral plana; trigoniosgrandes; anfigastrios pequenos ou ausentes.

I1ustras:ao: Lemos-Michel (2001).

Material examinado: BRASIL. DISTRITO FEDERAL:Reserva Eeologiea do IBGE, sobre troneo, eorregoMonjolo, 6-XI-2001, Camara 472 (UB, IBGE).

Distribuis:ao geografiea: PE, MG, RJ, RS, SC eSP.

Caraeteriza-se pelos filidios com base ventralinteira e margem superior plana. Tern aspeeto poueopregueado e mais aplanado.

Foram eneontradas 97% de oeorreneias novaspara 0 Distrito Federal. A maioria das espeeies saoeorticieolas e apresentam uma ampla distribuis:ao nopais, com exees:ao de Frullania ecklonii, que ateenHio era eonheeida apenas para a Regiao Sudeste.Estes resultados sugerem 0 quaD poueo estudada e abrioflora da Regiao Centro-Oeste e do bioma eerrado(senso amplo), e que maiores esfors:os devem serrealizados tanto na coleta de material quanta noentendimento da riqueza floristiea deste importantebioma brasileiro.

Agradecimentos

A CAPES pela eoneessao de bolsa ao primeiroautor. A eoordenas:ao do eurso de p6s-graduas:ao doDepartamento de Botaniea da Universidade deBrasilia, adires:ao da Reserva Eeol6giea do IBGE,aos euradores dos herbarios SP, RB, IBGE e UB, ao

86 Hoehnea 33( I), 2006

Prof. Dr. Fabian Borghetti da Universidade de Brasilia,ao Pesquisador Cientifico Daniel Moreira Vital doInstituto de Botanica de Sao Paulo e ao Prof. Dr. PedroAmerico Cabral Senna (in memoriam).

Literatura citada

Bastos, e.J.P. & Boas-Bastos, S.B.V. 2000. Some newadditions to the hepatic flora (Jungermanniophyta) forthe state ofBahia, Brazil. Tropical Bryology 18: I-II.

Buck, W.R & Goffinet, B. 2000. Morphology andclassification of mosses. In: AJ. Shaw & B. Goffinet,(eds.). Bryophyte biology. Cambridge University Press,Cambridge, pp. 71-123.

Costa, D.P. & Yano, O. 1988. Hepaticas talosas do ParqueNacional da Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil. Acta BotanicaBrasilica I : 73-82.

Costa, D.P. 1992. Hepaticas do Pico da Caledonia, NovaFriburgo, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. ActaBotanica Brasilica 6: 3-39.

Costa, D.P. 1999. Metzgeriaceae (Metzgeriales,Hepatophyta) no Brasil. Tese de Doutorado,Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo, 261 p.

Felfili, J.M., Filgueiras, T.S., Haridasan, M., Silva Junior,M.e., MendoDl;a, RC. & Rezende, A.V. 1994. ProjetoBiogeografia do Bioma Cerrado: vegetayaO, solos.Cadernos de Geociencias 12:75-166.

Filgueiras, T.S. & Pereira, B.A.S. 1993. Flora do DistritoFederal. In: M.N. Pinto (org.). Cerrado: caracterizayao,OCUpayaO e perspectivas. 2 ed. Editora da Universidadede Brasilia, Brasilia, pp. 345- 404.

Fulford, M.H. 1968. Manual ofthe leafy Hepaticae ofLatinAmerica III. Memoirs ofthe New York Botanical GardenII: 277-392.

Gentry,A.H. 1997. Centres ofPlant Diversity. The Americas.WWF/IUCN, London, v.3, 123 p.

Gradstein, S.R & Costa, D.P. 2003. The Hepatiace andAnthocerotae of Brazil. Memoirs of the New YorkBotanical Garden 87: 1- 318.

Gradstein, S.R & Pocs, T. 1989. Bryophytes. In: H. Leith& M.J.A. Werger (eds.). Tropical Rain ForestEcosystems. Elsevier Science Publishers, Amsterdan,pp.311-325.

Gradstein, S.R 1994. Lejeuneaceae: Ptychantheae,Brachiolejeunea. Flora Neotropica 62: 1-216.

Griffin III, D. 1979. Guia preliminar para as bri6fitasfreqiientes em Manaus e adjacencias. Acta Amazonica9 (Supl): 1-67.

Hasegawa, J. 1988. A proposal for a new system of theAnthocerotae, with a revision ofthe genera. The Journalof the Hattori Botanical Laboratory 64: 87-95.

Hassel-de-Menendez, G.G. 1961. Las especiessudamericanas del genero Pallavicinia. Boletin de laSociedad Argentina de Botanica 9: 261-282.

Hassel-de-Menendez, G.G. 1983. Informacionesnomenclaturales sobre las especies del generoPlagiochila (Hepaticae) de Argentina y Chile. Boletinde la Sociedad Argentina de Botanica 22: 87-129.

Heinrichs, J. & Gradstein, S.R. 2000. A revision ofPlagiochila sect. Crispatae and sect. Hypnoides(Hepaticae) in the Neotropics. I. Plagiochila disticha,P. montagnei and P. raddiana. Nova Hedwigia 70:161-184.

Hell, K.G 1969. Bri6fitas talosas dos arredores da cidadede Sao Paulo (Brasil). Boletim da Faculdade de Filosofia,Ciencias e Letras da Universidade de Sao Paulo,Botanica25: 1-187.

Herzog, T. 1925. Contribuiyoes ao conhecimento da florabryol6gica do Brasil. Archivos Botanicos do Estado deSao Paulo I: 27-105.

Jovet-Ast, S. 1947. Hepatiques des Antilles franyaisesrecoW:es par P. et V. Allorge em 1936. Revue Bryologiqueet Lichenologique 22: 17-46.

Kuwahara, Y. 1986. The Metzgeriaceae of the Neotropics.Bryophytorum Biblioteca 28: 1- 254.

Lemos-Michel, E. 200 I. Hepaticas epifitas sobre 0 PinheiroBrasileiro. Editora da Universidade Federal do RioGrandedoSul,PortoAlegre, 191 p.

Lisboa, R & I1kiu-Borges, A.L. 1995. Diversidade dasbri6fitas de Belem (PA) e seu potencial comoindicadoras de poluiyao urbana. Boletim do MuseuParaense Emilio Goeldi, serie Botfmica II: 199-225.

Oliveira-e-Silva, M.I.M.N. & Yano, O. 2000.Anthocertotophyta e Hepatophyta de Mangaratiba eAngra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil. Boletim doInstituto de Botfmica de Sao Paulo 13: 1-102.

Pereira, B.A.S. & Mamede, L. 1993. Bacia do Taquara(Centro-Sui do Distrito Federal, Brasil): OCUpayaO e uso.(http://www.recor.org.br. acesso: 5-IX-2000).

Porto, K.e., Gradstein, S.R, Yano, 0., Germano, S.R. &Costa, D.P. 1999. New or interesting records ofBrazilianbryophytes. Tropical Bryology 17: 39-45.

Rezende, A.V. 1998. Importfmcia das matas de galeria:manutenyao e recuperayao.In: IF. Ribeiro (ed.). Cerrado,Matas de Galeria. Embrapa-CPAC, 164 p.

Schuster, R.M. 1958. Annotaded key to the orders, familiesand genera of Hepaticae of North America, north ofMexico. Bryologist 61 :1-66.

Schuster, RM. 1969. The Hepaticae and Anthocerotae ofNorth America-East of Hundredth. Meridian. v. 2,Columbia University Press, New York, 1062 p.

Schuster, RM. 1980. The Hepaticae and Anthocerotae ofNorth America-East of Hundredth. Meridian. v. 4,Columbia University Press, New York, 1334 p.

Schuster, RM. 1992. The Hepaticae and Anthocerotae ofNorth America-East of Hundredth. Meridian. v. 2, FieldMuseum ofNatural History, Chicago, 937 p.

P.E.A.S. Camara & D.P. Costa: Hepaticas e ant6ceros da RECOR, Distrito Federal, Brasil 87

Schuster, R.M. & Blomquist, H.L. 1955. A comparativestudy of Telaranea nematodes. American Journal ofBotany 42: 588-593.

Sematec. 1992. Mapa Ambiental do Distrito Federal.Secretaria do Meio Ambiente Ciencia e Tecnologia doGoverno do Distrito Federal, Brasilia.

Silva Jiinior, M.e., FelfiIi, J.M., Nogueira, P.E., Rezende,A. V. 1998. Analise floristica das matas de galeria noDistrito Federal. In: J.F. Ribeiro (ed.). Cerrado, Matas deGaleria. Embrapa-CPAC, 20 p.

Stotler, R & Crandall-Stotler, B. 2000. Morphology andclassification of the Marchantiophyta. In: AJ. Shaw &B. Goffinet (eds.). Bryophyte biology. CambridgeUniversity Press, Cambridge, pp. 21-71.

Vital, D.M. & Visnadi, S.R. 1994. New records and noteson Brazilian Hepaticopsida. Bryologist 97: 71-72.

Visnadi, S.R 1998. Bri6fitas em ecossistemas costeiros doNucleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar,Ubatuba-SP. Tese de Doutorado, Universidade EstadualPaulista, Rio Claro, 274 p.

Visnadi, S.R & Vital, D.M. 1995. Bryophytes from restingain Setiba State Park, Espirito Santo State, Brazil. TropicalBryology 10: 69-74.

Visnadi, S.R. & Vital, D.M. 1997. Bryophytes fromgreenhouses of the Institute of Botany, Sao Paulo,Brazil. Lindbergia 22: 44-46.

Vital, D., Giancotti, e. & Pursell, RA. 199 I. The bryofloraof Fernando de Noronha, Brasil. Tropical Bryology 4:23-24.

Yano, O. 1984a. Bri6fitas. In: O. Fidalgo & VL.R. Bononi.(coords.). Tecn icas de coleta, herboriza9ao epreserva9ao de material botanico. Instituto de Botanica,Sao Paulo, pp. 28-30.

Yano, O. 1984b. A Checklist of Brazilian liverworts andhornworts. The Journal of the Hattori BotanicalLaboratory 56: 481-548.

Yano, O. 1989. An additional checklist of Brazilianbryophytes. The Journal of the Hattori BotanicalLaboratory 66: 371-434.

Yano, O. 1992. Bri6fitas da Ilha de Maraca, Roraima, Brasil.Acta Amazonica 22: 535-539.

Yano, O. 1994. Bri6fitas da Serra da Itabaiana, Sergipe,Brasil. Acta Botanica Brasilica 8: 45-57.

Yano, O. 1995. A new additional annotated checklist ofBrazilian bryophytes. The Journal of the HattoriBotanical Laboratory 78: 137- I82.

Yano, O. & Costa, D.P. 2000. Cript6gamos: Bri6fitas. In: Florados Estados de Goias e Tocantins. Cole9aO Rizzo. Editorada Universidade Federal de Goias, Goiania, v.5. 33 p.

Yuzawa, Y. 1991. A monograph of subg. Chonanthelia ofgenus Frullania (Hepaticae) of the world. The Journalof the Hattori Botanical Laboratory 70: 181-291.