Hemodiálise para Enfermeiros - Foramplus
Transcript of Hemodiálise para Enfermeiros - Foramplus
1
Hemodiálise para
EnfermeirosEbook de introdução à doença renal crónica
1
Copyright © 2021 FORAMPLUS
Todos os direitos reservados.
Design: Enfermeiro Davide Fernandes (Coordenador Curso “Hemodiálise para Enfermeiros”)
Foto de capa: Davide Fernandes
https://foramplus.com/site/
Sumário
1. Introdução __________________________
2. Importância da informação ao doente ____
3. O rim e o sistema urinário ______________
4. Função do rim _______________________
5. Doença Renal Crónica (DRC)_____________
6. Classificação e sintomas da DRC_________
7. Considerações sobre o regime terapêutico_ Página 11
8. Que alterações no estilo de vida_________
9. Opções terapêuticas___________________
10. Bibliografia___________________________Página 16
Página 4
Página 5
Página 15
Página 6
Página 12
Página 10
Página 7
Página 9
A maior durabilidade de uma vida não
representa necessariamente uma
existência sem problemas. A doença renal
crónica é classificada em cinco estádios
(Eknoyan & Lameire, 2017).
Naturalmente, todos eles apresentam
diferentes características e
necessariamente, diferentes abordagens
do ponto de vista de enfermagem, das
quais se destacam a gestão de regimes
terapêuticos complexos e intervenções
interdependentes muitas vezes
decorrentes da história natural da doença
(Costa et al., 2015). Neste ebook o
enfermeiro e o cliente encontrarão um
ponto de partida para a abordagem à
doença. Embora a linguagem seja
simplificada, aconselha-se que a leitura
seja efetuada com a colaboração de um
enfermeiro.
Introdução
“Em Portugal, (…), o índice de
envelhecimento poderá mais do que
duplicar entre 2015 e 2080, passando de 147
para 317 idosos por cada 100 jovens” (INE,
2017, p.1). O envelhecimento populacional é
o objeto de estudo e de diversas projeções
que antevêem a forma como a sociedade vai
ser, num futuro próximo, bem como as
exigências face à sua reestruturação. Não é
só preocupante o aumento da esperança
média de vida, porque esta por si só, poderia
revelar melhor qualidade de vida, assistência
em saúde e condições sociais e económicas
favoráveis, que explicassem o fato das
pessoas viverem mais anos (INE, 2017).
Através da análise das pirâmides
populacionais podemos ver que o número
de crianças e jovens, bem como as taxas de
fecundidade, pelo contrário, estão a
diminuir, o que no fim demonstra que não
há substituição geracional e que, a certa
altura, o número total de pessoas acabará
por diminuir (Pereira, 2012).
4
Ebook de introdução à doença renal crónica
2
Importância da
informação ao cliente
5
O diagnóstico de doença renal crónica (DRC) exige cuidados a longo
prazo e está amplamente associado a sinais e sintomas como dor,
mal-estar, ansiedade, medo do desconhecido, perda de apetite,
fadiga, distúrbios do sono e urinários. Estes sintomas estão
relacionados com uma variedade de efeitos adversos, principalmente
cardiovasculares, que geram baixa qualidade de vida e aumentam o
ónus económico da sociedade (Bello et al., 2017; Kent et al., 2015).
Cuidar e advogar pelo paciente renal requer profissionais de saúde
qualificados e com habilidades específicas baseadas na evidência,
permitindo rastreamento, educação e deteção precoce da doença
renal de forma eficiente, melhorando os resultados e beneficiando
tanto o paciente como a saúde pública (Peeters et al., 2014; Saraiva,
Richards, & Fortnum, 2018). A compreensão desta transição saúde-
doença permitirá que o paciente assuma o controle de seus próprios
resultados, integre a doença no seu quotidiano, dominando as ações
necessárias para um autocuidado eficiente, melhorando o bem-estar
e a qualidade de vida (Schumacher & Meleis, 2014).
Ebook de introdução à doença renal crónica
Este ebook pode ser usado por qualquer enfermeiro, em qualquer contexto
profissional que se depare com um cliente com doença renal crónica ou
com presença de risco neste âmbito. Não dispensa atualização
profissional contínua e serve como introdução à doença. Aconselha-se a
sua leitura conjunta com o cliente em ambiente seguro, calmo e favorável
à discussão e exposição de dúvidas.
6
O rim e o sistema urinário
Ebook de introdução ao curso “Hemodiálise para Enfermeiros”
Figura 1. Esquematização do sistema urinário
A doença renal crónica afeta o sistema urinário,
principalmente os rins. O ser humano possui
dois rins, protegidos pela caixa torácica, um em
cada lado da coluna dorsal.
Embora sejam de tamanho pequeno
(aproximadamente do tamanho de um punho
humano), os rins desempenham funções
complexas, resultando na produção de urina,
posteriormente conduzida para a bexiga
(armazenamento) através dos ureteres e
finalmente para o exterior, através da uretra
(Tate, 2012).
A vida com um único rim é possível sem
complicações e não reduz a esperança de vida
(Kidney Health Australia, 2020).
Ebook de introdução à doença renal crónica
7
Função do rim
Os rins filtram o sangue mantendo a homeostase de
água e eletrólitos. Simplificando, a homeostase é a
manutenção do equilíbrio dos fluídos e sistemas
corporais. O rim atua em conjunto com outros órgãos
e, ao equilibrar a ingestão (alimentos, água) com a
excreção na urina, regula vários mecanismos como
(Cannon, 1929; Kotas & Medzhitov, 2016; Tate, 2012):
1. Eliminação do excesso de líquido;
2. Alterar a composição e a acidez do sangue,
eliminando e secretando iões como fosfato, sódio,
cálcio, potássio e bicarbonato, presentes no
sangue como subprodutos de sua dieta alimentar;
3. Excretar resíduos, resultantes de medicamentos,
como antibióticos e antinflamatórios;
4. Manter a pressão arterial dentro de um intervalo
saudável;
5. Produção de hormonas (como a eritropoietina
necessária para a produção de glóbulos
vermelhos) e enzimas (como a renina necessária
para a pressão arterial e controle de volume);
6. Ativação, absorção e produção de vitaminas
essenciais para o crescimento, saúde óssea,
sistema imunológico, produção de sangue e
nutrição (como vitamina D, B e C, entre outras).
Ebook de introdução à doença renal crónica
8
Função do rim (cont.)
Na área mais interna do rim, há uma reentrância por onde entram e saem as
estruturas que servem o órgão - o hilo renal. É aqui que o sangue entra no
rim, através da artéria renal.
O sangue que entra no órgão é então filtrado e sua composição é alterada ao
passar por milhares de pequenas células, chamadas nefrónios. O material
filtrado, desnecessário ao organismo e que não pode ser acumulado é
expelido na forma de urina e sai pelo hilo, pelo ureter.
O resto do sangue, ainda contendo vitaminas e substâncias importantes,
retorna à corrente sanguínea pela veia renal. Este fenómeno de filtração
ocorre continuamente e o organismo produz cerca de 1,5 litros a 2 litros de
urina por dia. O início da produção de urina acontece numa estrutura
composta por vasos sanguíneos - o glomérulo - e a taxa de filtração
glomerular (TFG) que ocorre nessas estruturas será usada para determinar a
extensão da doença.
Ebook de introdução à doença renal crónica
9
Doença renal crónica (DRC)
Classificação da Doença Renal Crónica
A doença renal crónica é uma condição em que o seu rim apresenta lesão na sua
estrutura ou função por um período superior a 3 meses (Kidney Disease
Improving Global Outcomes, 2017). Fatores de risco variados, podem contribuir
para o desenvolvimento de doença renal crónica (DRC), prejudicando
gradualmente a homeostasia. A DRC e o seu prognóstico são classificados
recorrendo à Taxa de Filtração Glomerular e Albuminúria (presença de albumina
na urina, podendo originar urina espumosa). Os fatores de risco mais
frequentemente identificados são a diabetes, hipertensão arterial, obesidade,
doença cardiovascular, tabagismo e história familiar (Bems, 2019; Department of
Health, Services, & for Disease Control, 2017).
Ebook de introdução à doença renal crónica
10
Classificação simplificada
e possíveis sinais de DRC
Sem
sintomas
Sem sintomas
Se existentes: edema maleolar; dor lombar;
alterações na quantidade de urina
Pressão arterial elevada; Afeção óssea; Anemia
Confusão mental e raciocínio comprometido; náuseas, vómitos e anorexia; prurido; cãimbras;
edemas; dor lombar aumentada; dispneia; distúrbios do sono; parestesias
Estádios I e II. TFG normal ou levemente reduzida
Estádios IIIa e IIIb. TFG normal ou levemente reduzida
Estádio IVTFG severamente
comprometida
Estádio VFalência renal
(Eknoyan & Lameire, 2017; Kidney Disease Improving Global Outcomes,
2017; Slinin et al., 2015)
Função renal 15-29%
Função renal <15%
Função renal 30-59%
Função renal 60-89%
Função renal >90%
Ebook de introdução à doença renal crónica
11
Considerações sobre
o regime terapêutico
Quando detetada na comunidade, na maioria das vezes a DRC é crónica, mas a
sua progressão pode ser retardada e até evitada (Eknoyan & Lameire, 2017).
Está frequentemente relacionada com os fatores de risco anteriormente referidos.
Na abordagem inicial, o tratamento terá como objetivo reduzir e controlar esses
fatores de risco, bem como os sinais e sintomas associados. Isto pode implicar a
a prescrição de fármacos antihipertensores, para redução de colesterol,
antidiabéticos e também anticoagulantes, como aspirina em dose baixa (Fink et
al., 2012).
Idealmente, a DRC e os fatores de risco subjacentes são diagnosticados e
avaliados por um médico nefrologista, recorrendo a uma variedade de meios de
diagnóstico e acompanhamento, e que podem incluir colheitas de sangue e
urinárias regulares (trimestral ou semestralmente) com o objetivo de determinar a
quantidade dos componentes químicos e tóxicos presentes no sangue e/ou urina.
Um dos exames mais frequentemente realizados é a amostra de urina de 24h
que ajudará a determinar a quantidade exata de creatinina e proteínas na sua
urina.
O médico pode complementar a informação com exames de tomografia
computorizada (TC) e ecografia renais ou dos vasos sanguíneos (Bems, 2019;
Vassalotti et al., 2016).
O enfermeiro de referência ou de família deve aconselhar a
adotar um estilo de vida saudável e avaliará a necessidade
de orientação de um nutricionista.
Ebook de introdução à doença renal crónica
12
Que alterações
no estilo de vida?
REGIME MEDICAMENTOSO
Conheça os medicamentos (nome, ações
esperadas, posologia, forma de apresentação,
sinais de sobredosagem ou subdosagem);
Se possível, seja capaz de autoadministrar;
Saiba agir em caso de esquecimento de toma;
Evite interrupção da medicação regular. Gerir
stock;
Atenção ao plano de vacinação (atenção
especial à gripe (anual), SARS-CoV e
pneumocócica;
Saber quais medicamentos evitar
(nomeadamente AINEs e outros nefrotóxicos).
Independentemente da idade, fase do diagnóstico ou causa subjacente algumas
considerações são transversais a todos os doentes e a adoção de um estilo de vida
saudável irá contribuir para o aumento da sobrevida ou atraso na entrada em
terapêutica de substituição renal:
1. Se estiver acima do peso, deve procurar reduzi-lo;
2. Deve adotar uma atividade física que lhe dê prazer, que seja segura e tolerável
(pode consultar previamente, o médico e / ou enfermeiro);
3. O esquema de exercício aconselhado é de, pelo menos 30 minutos por dia / 5 dias
por semana;
4. Parar de fumar;
5. Se tiver dificuldade em lidar com o diagnóstico, peça apoio psicológico ou do
enfermeiro de saúde mental.
Seguem algumas sugestões já evidenciadas como favoráveis no
decurso da doença renal
Ebook de introdução à doença renal crónica
13
Que alterações
no estilo de vida?
REGIME DIETÉTICO
Reduza a ingestão de sal para no máximo 2,3g (2g se HTA), equivalente a uma
colher de chá: Reduzir alimentos processados e congelados; Evitar adicionar sal à
mesa; Evitar molhos e nos restaurantes pedir o molho à parte ou sem molho, entre
outros); Experimente diferentes especiarias e ervas;
Restrinja proteína e prefira uma dieta baseada em plantas;
Reduza o açúcar ingerido (especialmente se diabético); Aumente a quantidade de
fibras na dieta (vegetais, legumes e nozes). Evite bebidas açucaradas, açúcar
refinado e refeições ricas em carbohidratos. Prefira alimentos integrais em vez de
grãos refinados (por exemplo, comer pão integral, substituindo o pão branco);
Evite comer gorduras saturadas encontradas na carne vermelha e outros produtos
de origem animal (como queijo e manteiga);
Evite bebidas alcoólicas ou beba moderadamente se não for possível eliminar (um
copo por dia para mulheres e dois para os homens). Privilegie a água;
Não use qualquer tipo de suplementos a menos que lhe sejam prescritos.
Ebook de introdução à doença renal crónica
14
Que alterações
no estilo de vida?
ATENÇÃO ÀS COMPLICAÇÕES
Avalie os níveis de açúcar no sangue (existem alternativas indolores e continuas);
Monitorize a sua pressão arterial (especialmente quando medicado). Considere
comprar um monitor automático ou consulte regularmente o seu enfermeiro de
referência;
Esteja atento e comunique o aparecimento de novos sintomas;
Compareça e organize a sua vida para as consultas e exames regulares;
Partilhe o seu diagnóstico com familiares ou pessoas de importância para obter
ajuda na gestão e em caso de acidente, ocorrência ou internamento não
programado;
(Bems, 2019; Colditz, 2020; Disease & Global Outcomes Diabetes Work Group, 2020; Moreno, 2012; Mota, Cruz, & Costa, 2016)
Ebook de introdução à doença renal crónica
15
Opções terapêuticas
As opções terapêuticas para a substituição
da função renal ponderam-se quando é
expectável que a DRC entre em progressão
e constituem-se por:
1. Transplante renal;
2. Hemodiálise;
3. Tratamento conservador;
4. Diálise peritoneal
A informação sistemática e o devido
esclarecimento acerca das diferentes
modalidades disponíveis de tratamento da
DRC5 são mandatórios para todo o doente
renal crónico e deve existir uma consulta
dedicada ao esclarecimento acerca das
diferentes modalidades de tratamento (DGS,
2011)
Ebook de introdução à doença renal crónica
9
Referências bibliográficas segundo norma APA (versão 6)
Bibliografia
16
Bello, A. K., Alrukhaimi, M., Ashuntantang, G. E., Basnet, S., Rotter, R. C., Douthat, W. G., … Moe, O. (2017, Outubro 1). Complications of chronic kidney
disease: current state, knowledge gaps, and strategy for action. Kidney International Supplements, Vol. 7, pp. 122–129.
https://doi.org/10.1016/j.kisu.2017.07.007
Bems, J. (2019). Patient education: Chronic kidney disease (Beyond the Basics) (p. 12). p. 12. Obtido de https://www.uptodate.com/contents/chronic-kidney-
disease-beyond-the-basics
Cannon, B. (1929). Organization for the physiological homeostasis. Physiological Reviews, IX(3), 399–431. Obtido de
https://doi.org/10.1152/physrev.1929.9.3.399
Chronic kidney disease (CKD) - Symptoms, causes, treatment | National Kidney Foundation. (2017). Obtido 12 de Outubro de 2020, de
https://www.kidney.org/atoz/content/about-chronic-kidney-disease#symptoms
Colditz, G. (sem data). Patient education: Diet and health (Beyond the Basics). Obtido 14 de Outubro de 2020, de 2019 website:
https://www.uptodate.com/contents/diet-and-health-beyond-the-basics?search=patient education kidney&topicRef=4428&source=see_link#H5090215
Department of Health, U., Services, H., & for Disease Control, C. (2017). National Chronic Kidney Disease Fact Sheet, 2017.
Disease, K., & Global Outcomes Diabetes Work Group, I. (2020). KDIGO 2020 Clinical Practice Guideline for Diabetes Management in Chronic Kidney
Disease. https://doi.org/10.1016/j.kint.2020.06.019
Eknoyan, G., & Lameire, N. (2017). Clinical Practice Guideline for the Evaluation and Management of Chronic Kidney Disease. Official Journal of The
International Society of Nephrology, 3(1), 136–150. Obtido de www.publicationethics.org
Fink, H. a., Ishan, A., Taylor, B. C., Greer, N. L., MacDonald, R., Rossini, D., … Wilt, T. J. (2012). Chronic Kidney Disease Stages 1 – 3: Screening ,
Monitoring , and Treatment. Comparative Effectiveness Review, (37), 1003. Obtido de
http://effectivehealthcare.ahrq.gov/ehc/products/163/936/CER37_Chronic-Kidney-Disease_execsumm_20120120.pdf%5Cnwww.effectivehealthcare.
ahrq.gov/reports/final.cfm
Kent, S., Schlackow, I., Lozano-Kühne, J., Reith, C., Emberson, J., Haynes, R., … Mihaylova, B. (2015). What is the impact of chronic kidney disease stage
and cardiovascular disease on the annual cost of hospital care in moderate-to-severe kidney disease? BMC Nephrology, 16(1), 65.
https://doi.org/10.1186/s12882-015-0054-0
Kidney Disease Improving Global Outcomes. (2017). KDIGO 2017 Clinical Practice Guideline Update for the Diagnosis, Evaluation, Prevention, and
Treatment of Chronic Kidney Disease-Mineral and Bone Disorder (CKD-MBD). Obtido de www.kisupplements.org
Kidney Health Australia. (2020). Life with a Single Kidney fact sheet. Obtido de www.kidney.org.au
Kotas, M. E., & Medzhitov, R. (2016). Homeostasis, Inflammation, and Disease Susceptibility Maya. Cell, 160(5), 816–827.
https://doi.org/doi:10.1016/j.cell.2015.02.010. Homeostasis,
Moreno, M. F. C. H. (2012). Adesão Terapêutica Em Doentes Submetidos a Transplante Hepático E Renal (Universidade Nova de Lisboa). Obtido de
http://hdl.handle.net/10362/9707
Mota, L., Cruz, M., & Costa, C. (2016). Therapeutic regimen management - development of a flowchart to support decision-making: qualitative study. Revista
de Enfermagem Referência, IV Série(11), 71–79. https://doi.org/10.12707/riv16056
Peeters, M. J., Van Zuilen, A. D., Van Den Brand, J. A. J. G., Bots, M. L., Van Buren, M., Ten Dam, M. A. G. J., … Wetzels, J. F. M. (2014). Nurse
practitioner care improves renal outcome in patients with CKD. Journal of the American Society of Nephrology, 25(2), 390–398.
https://doi.org/10.1681/ASN.2012121222
Saraiva, M., Richards, M., & Fortnum, D. (2018). THE PROFILE OF NEPHROLOGY NURSING The Fundamental Roles of Nephrology Nurses caring for
Individuals with Kidney Disease, and their Families. European Dialysis and Transplant Nurses Association / European Renal Care Association.
Schumacher, K. L., & Meleis, A. (2014). Transitions theory. Theories guiding nursing research and practice: Making nursing knowledge development explicit.,
51–68. https://doi.org/10.11477/mf.1681201233
Slinin, Y., Greer, N., Ishani, A., MacDonald, R., Olson, C., Rutks, I., & Wilt, T. J. (2015). Timing of dialysis initiation, duration and frequency of hemodialysis
sessions, and membrane flux: a systematic review for a KDOQI clinical practice guideline. American journal of kidney diseases : the official journal of
the National Kidney Foundation, 66(5), 823–836. https://doi.org/10.1053/j.ajkd.2014.11.031
Tate, P. (2012). Seeley’s Principles of Anatomy and Physiology (2a). New York: McGraw-Hill.
Vassalotti, J. A., Centor, R., Turner, B. J., Greer, R. C., Choi, M., & Sequist, T. D. (2016). Practical Approach to Detection and Management of Chronic
Kidney Disease for the Primary Care Clinician. The American Journal of Medicine, 129, 153–162. https://doi.org/10.1016/j.amjmed.2015.08.025
Ebook de introdução à doença renal crónica
Pode encontrar-nos em:
https://foramplus.com/site/
@hemodialise_para_enfermeiros/
234199165
https://pt-pt.facebook.com/foramplus/