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M.V. Marília Lavocat NunesResponsável Técnica pela Hantavirose

GT-Roedores CDTV/CGDT/DEVEP/SVS/MS

“Seminário de Hantavirose e Leptospirose”11 de novembro de 2010

Introdução

Antropozoonose emergenteAgente etiológico:

RNA vírusGênero Hantavírus

Formas de apresentaçãoFebre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR) – endêmica

na Ásia e EuropaSíndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH) – continente

Americano

Reservatórios:Roedores silvestres

Sigmodontinae

Foto: CDC/EUA

Roedor infectado(infecção inaparente)

Transmissão por agressão

Vírus também presente na saliva e nas fezes

Período de Incubação: 03 a 60 dias

Vírus presente em aerossóis de excretas,

Principalmente na urina

Transmissão

Infecção por hantavírus

Sub-clínica

Clínica inespecífica

Clínica clássica

Sinais e Sintomas

Fase prodrômicaFase prodrômica

FebreMialgiasDor dorso-lombarDor abdominalCefaleia intensaSintomas gastrointestinais

NaúseaVômitoDiarréia

Tosse seca

Fase cardiopulmonarFase cardiopulmonar

Tosse secaTaquicardiaTaquidispneia

BUSCAR

ATENDIM

ENTO

HOSPITALA

R

Tratamento

Todo caso suspeito de SCPH deve ser removido para

unidade de terapia intensiva (UTI)

Evolução rápida e progressiva do quadro prodrômico

para quadro cardiopulmonar

Não há tratamento específico

Guia de Vigilância Epidemiológica, 2007

Tratamento

HidrataçãoInfusão endovenosa de líquidos máximo

2.500ml/24h (adultos)Balanço hídrico negativo ou igual a zero

OxigenioterapiaVentilação não invasiva (Insuf. respiratória leve)Ventilação invasiva (Insuf. respiratória grave -

SatO2 80%)

MedicamentosDrogas vasoativasCorticoterapia precoceAntibioticoterapia inicial e suspensa quando

confirmadoGuia de Vigilância Epidemiológica, 2007

Vigilância da Hantavirose no BrasilVigilância da Hantavirose no Brasil

Legislação

Portaria nº 5, de 21 de fevereiro de 2006

Art 1 – Lista Nacional de Doenças e Agravos de

Notificação Compulsória.

XVII – HANTAVIROSES

Art. 3 – As doenças e agravos devem ser notificados,

imediatamente, às Secretarias Estaduais de Saúde, e

estas deverão informar, também de forma imediata, ä

Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS/MS.

f) HANTAVIROSES

Detectar precocemente casos e/ou surtosConhecer a história natural da hantavirose no Brasil Identificar fatores de risco associados à doençaIdentificar as variantes de hantavírus circulantesConhecer a distribuição geográfica dos hantavírus circulantesRecomendar e executar medidas de prevenção e de controleEstudar a tendência da doença

Objetivos

Vigilância da Hantavirose

Vigilância da Hantavirose

Componentes da vigilância

Vigilância Epidemiológica da Hantavirose

Caso suspeito (1)

Paciente com quadro viral (febre acima de 38º, mialgia e cefaléia) e sinais e sintomas de insuficiência respiratória aguda de etiologia não determinada, na primeira semana da doença

Definição de caso suspeitoCaso suspeito (2)

Paciente com enfermidade aguda, apresentando quadro de insuficiência respiratória aguda, com evolução para o óbito na primeira semana da doença

Caso suspeito (3)

Paciente com quadro viral (febre acima de 38°C, mialgia e cefaléia) que tenha exposição a uma situação de risco*, relacionado ou não a casos confirmados laboratorialmente.

* Entendem-se como situações de risco: 1. Exposições a atividades de risco para a infecção por hantavírus ou 2. Existência de população de roedores silvestres e/ou condições ambientais favoráveis ao seu estabelecimento, em locais frequentados pelo paciente, ambas situações ocorridas nos últimos 60 dias que antecedem o início dos sintomas

Confirmação de caso suspeito

Critério laboratorial

Caso suspeito com os seguintes resultados de exames laboratoriais emitidos, apenas, por laboratórios da rede do Ministério da Saúde

• ELISA IgM

•Imunohistoquímica

•RT-PCR positivo

Vigilância Epidemiológica da Hantavirose

Confirmação de caso suspeito

Indivíduo com quadro clínico de insuficiência respiratória aguda, que

tenha evoluído ao óbito, sem coleta de amostras para exames

específicos, e que tenha frequentado áreas conhecidas de transmissão de

hantavírus ou exposição à mesma situação de risco de pacientes

confirmados laboratorialmente, nos últimos 60 dias

Critério Clínico-epidemiológico

Vigilância Epidemiológica da Hantavirose

Rede laboratorial

Laboratório de Referência Nacional

Laboratórios de Referência Regional

Laboratório Central de Saúde PúblicaLACEN-PR LACEN-MGLACEN-MTLACEN-GO Fonte: CGLAB/SVS

Técnicas de Diagnóstico

Ensaio Imunoenzimático (Elisa) IgMMaterial: SoroConservação: - 20°C ou geladeira por 24h máximoTransporte: refrigeradoImunohistoquímicaMaterial: fragmento de vísceras de 1,5 a 2,0 cm²conservação: formalina tamponada a 10% ou bloco

parafinadoTransporte: temperatura ambiente

RT – PCRMaterial: soro, plasma, sangue ou coáguloconservação: - 70°C ou nitrogênio liquidoTransporte : gelo seco

Vigilância Ecoepidemiológica da Hantavirose

Objetivos

Implica em que sejam realizadas atividades no local provável

de infecção - LPI, com vistas a identificar as espécies de

roedores prevalentes e determinar a fonte de infecção

(reservatório)

E estudos que visam ao diagnóstico aprofundado da

situação epidemiológica humana e animal

Área de transição (Anajatuba-MA)

Reservatório (1): Oligoryzomys fornesi

Variante (1): Anajatuba

Reservatório (2): Holochilus sciurus

Variante (2): Rio Mearim

Mata Atlântica

Reservatório: Oligoryzomys nigripes

Variante: Juquitiba

Cerrado:

Reservatório: Necromys lasiurus

Variante: Araraquara

Amazônia (sul do Pará)

Reservatório: Oligoryzomys sp

Variante: Castelo dos Sonhos

Meio Oeste do Estado de Santa Catarina:

Reservatório: Akodon montensis

Variante: Jaborá

Area de Transição entre Floresta Amazonica e Cerrado:

Reservatório: Calomys callidus

Variante: Laguna Negra

Amazônia (Rondonia)

Reservatório: Oligoryzomys microtis

Variante: Rio Mamoré

Hantavírus do Brasil

Hantavirose no BrasilHantavirose no Brasil

Hantavirose: casos e taxa de letalidade. Brasil, 1993 a 2010*.

Fonte: Sinan/SVS(*) Dados sujeitos à alteração

Unidade Federada CasosRegião NorteRondônia 03Amazonas 04Pará 75Região NordesteMaranhão 11Rio Grande do Norte 02Bahia 01Região SudesteMinas Gerais 247São Paulo 158Região SulParaná 188Santa Catarina 225Rio Grande do Sul 80Região Centro‐OesteMato Grosso 196Goiás 61Distrito Federal 80Indeterminada/ Ignorada

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Total 1.353Fonte: Sinan/SVS(*) Dados sujeitos à alteração

Hantavirose: casos por município de Infecção. Brasil, 1993 – 2010*

Evidência de hantavírus

Hantavirose: sinais e sintomas. Brasil, 1993 a 2010*

Fonte: Sinan/SVS(*) Dados sujeitos à alteração

Achados laboratoriais %

Trombocitopenia 68,6%

Hematócrito > 45% 52,4%

Leucócitos aumentados COM desvio à esquerda 40,7%

Aumento de uréia e creatinina 31,3%

Leucócitos normais 30,5%

Linfóciotos atípicos 18,2%

Leucócitos aumentados SEM desvio à esquerda 9,3%

Hantavirose: achados laboratoriais. Brasil, 1993 a 2010*

Fonte: Sinan/SVS(*) Dados sujeitos à alteração

Hantavirose no Brasil, 1993 a 2009*

• Casos confirmados N =1.212

• Casos em 2009 134 (10%)

• Sexo: Masculino (79,6%)

• Idade: 34 anos ( 8 meses – 71 anos)

• Ambiente / Ocupação: Trabalho / Agricultura

10 a 19 anos 119 9,8%20 a 39 anos 670 55,4%40 a 59 anos 368 30,4%

Fonte: Sinan/SVS(*) Dados sujeitos à alteração

Hantavirose no Brasil, 1993 a 2009*

•Atividade de risco: Contato com roedores

• Regiões com casos: 5 / 5 (100,0%)

• Casos hospitalizados: 95,1%

• Taxa de Letalidade: 39,2%

• Municípios com transmissão: 372 / 5.563 (6,7%)

• Unidades Federadas atingidas: 14 / 27 (51,9%)

Fonte: Sinan/SVS(*) Dados sujeitos à alteração

Hantavirose em GoiHantavirose em Goiááss

Hantavirose: casos e taxa de letalidade. Goiás, 2003 a 2010.

Fonte: Sinan/MS(*) 2 casos com evolução ignorado

Fonte: SinanNet/MS

Hantavirose: Casos segundo município de infecção. Goiás, 2000 a 2010*

Controle de casos Goiás

Duplicidade no SinanAno Casos

2004 32005 32006 22008 22010 1Total 11

Ano Sinan Planilha de acompanhamento

2000 - 12003 2 22004 20 92005 7 52006 7 52007 6 62008 10 102009 10 132010 10 10Total 72 61

Hantavirose no Goiás, 2000 a 2010*

• Casos confirmados N 612

• Casos em 2010 10 (13,9%)

• Sexo: Masculino (65.6%)

• Idade: 34 anos ( 8 meses – 71 anos)

• Ambiente / Ocupação: Trabalho/Trabalhador rural

10 a 19 anos 05 6,9%20 a 39 anos 37 51,4%40 a 59 anos 22 30,6%

Fonte: Sinan/SVS(*) Dados sujeitos à alteração

Hantavirose em Goiás, 2000 a 2010*

•Atividade de risco: Contato com roedores

• Casos hospitalizados: 85,0%

• Taxa de Letalidade: 36,1%

• Municípios com transmissão: 29 / 246 (11,9%)

Fonte: Sinan/SVS(*) Dados sujeitos à alteração

Sinais e sintomas. Goiás, 2000 a 2010*

Análise Oportunidade

Evolução clínica Mediana (dias) Intervalo (dias)

Inicio de sintomas e o primeiro atendimento

03 0 – 155

Inicio de sintomas e internação 04 0 – 155Início de sintomas e alta

hospitalar23,5 19 – 301

Início de sintomas e óbito 05 2 – 156Sistema de Vigilância

Notificação e atendimento 02 0 – 24Notificação e investigação 0 0 – 6Notificação e encerramento 40 0 - 244

Publicações disponíveis

http://www.saude.gov.br/svs