Habitacao de Alta Densidade e Usos Mistos

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habitação de alta densidade estudo sobre adensamento no terreno do são vito alta densidade bibliografia: o que??? por quê??? como? É de comum conhecimento que o espaço urbano cresce em proporções gigantescas – de acordo com o Richard Rogers em, “Cidades para um pequeno planeta”, a população urbana média global cresce por volta de 250.000 pessoas a cada dia, a ao passo que, paradoxalmente, as cidades são as responsáveis por 75-80% da emissão de CO2. Os recursos naturais, que já são insuficientes, estão se tornando ainda mais escassos graças ao desenvolvimento urbano desmedido e desprovido de planejamento. Por- tanto se são as cidades as grandes responsáveis pelo desequilíbrio ecológico, a necessidade de discutir e pensar cidades, equipamentos e infra-estruturas urbanas mais sustentáveis é de primeira necessidade. Nesta discussão um dos pontos-chave para tal desenvolvimento é questão da moradia. É clara a relação entre densidade habitacional e o uso energético. Algu- mas experiências urbanas, como em na cidade de Phoenix nos Estados Unidos, mostraram a conseqüência da multiplicação dos bairros residen- ciais periféricos. São extensas áreas residenciais de baixa densidade, monofuncionais e localizadas a grandes distâncias do centro. “Density – the number of people living in a given area, usually expressed as people per square kilometre – is at the centre of public debate on the future growth of cities. Used as a planning tool, awareness of density can help to curtail over-development and over- crowding, or ensure that scarce urban land is not under-used, especially in areas with good public transport and social amenities” (Exposição Global Cities) cidade para poucos: é essa a cidade queremos? bairro residencial na cidade de Phoenix fonte: http://www.disputedwaters.com/tag/phoenix O resultado são cidades que se desenvolvem a partir da necessidade individual,do pequeno desfrute de espaços públicos, da dependência massi- ficada do automóvel e portanto, congestão do sistema viário, massificação do uso do automóvel, conseqüentemente maior congestionamento. Por outro lado, estudos mostram que quanto mais compacta e densa forem às habitações, maior será a eficiência energética, afinal um grande número de pessoas poderão utilizar da mesma viabilidade de transporte, das mesmas fontes energéticas. Além disso, Edificações de usos mistos , aque- las que unem habitação, comércio, escritório proporcionam à maximização do potencial do edifício, pois este será ocupado durante todo o dia, gar- antindo também movimento e deslocamentos de pessoas de forma intensa. “A questão não é o quão densos os nossos bairros deveriam ser, e sim o quão diversos ele teriam de ser” (Monique Ruzicka-Rossier, 2007 | Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne) A partir desse conceito, partimos em busca de exemplos capazes de sintetizar essa questão. Em vários casos é possível perceber a inserção dos projetos em áreas urbanas consolidadas ou em crescimento, onde existem serviços capazes de prover a população residente, como meios de transportes de massa, comércios variados e distintos serviços. 1067hab/ha myspace student housing 2009-2011 usos Voltado para abrigar estudantes universitários, o Myspace, obra do escritório Murado, Elvira y Krahe ARQUITECTOS, localiza-se na Noruega. Devido às férias de verão, há o esvazia- mento do conjunto, e este passa a funcionar como hotel aos turis- tas, otimizando o funcionamento dos equipamentos existentes no conjunto, com academia e comércios. Os espaços internos são aconchegantes, devido ao clima bastante rígido do país, porém se mostram bastante convidativos aos que passam pela rua, tornando-os espaços públicos atrativos ao comércio do edifício e com uma dinâmica bastante interessante. área de acam- pamento em alta temporada coletores solares edifício existente terraço comuni- tário espaço público aberto houve um planejamento sobre o tráfego de veiculos na rua de acesso usos 345hab/ha tallinn 2007 O projeto foi realizado aproveitando a estrutura de uma antiga fábrica de celulose. Mantendo o caráter industrial, o uso foi adaptado para abrigar residências nas plantas superiores e comércio e serviços na planta inferior. A parte nova do edifício se inicia no nono andar e possui residências, assim como nos andares superiores do antigo edifício. O interessante nessa forma de adensamento é o aproveitamento do construído, não ocupando mais nenhuma parcela de solo. O edifício se encontra em uma área bem provida de transporte público de massa. Em sua rua de acesso existe uma estação de metrô. murado, elvira e krahe KOKO Architektid residências estudantis 2008 hamonic +masson usos 1119hab/ha Outro edifício voltado para o uso estu- dantil, é um edifício que permite grande in- teração entre seus habitantes, devido aos espaços de circulação bem apropriados e suas cores chamativas, que chamam a aten- ção daquele que vê tudo através da rua. Localiza-se em uma área urbana bastante consolidada de Paris e cercada por sistemas de transporte públicos e comercios e serviços. As habitações são divididas entre casas terreas e apartamentos, bem distribui- dos no pequeno terreno, muito bem aprovei- tado pela implantação. residências lazer comércio serviços/escritórios legenda de usos: & uso misto edifício copan 1951 oscar niemeyer 5850hab/ha usos O emblemático edifício no centro da cidade de São Paulo hoje abriga quase 2100 habitantes, em 1160 apartamentos. os tres primeiros pisos são comerciais, com mais de 70 lojas e um antigo cinema. Possui uma alta densidade, de aproximadamente 5850 hab/ha, sendo que a região central de São Paulo possui um densidade popula- cional muito baixa, de aproximadamente 100 hab/ha. A área onde se localiza o Copan é provida de sistema de transporte de massa, como o metrô e linhas de ônibus e comércio e serviços bastante atuantes. A proposta de um estudo de caso no centro leva a varias questões em pauta atualmente, como a ocupação de prédios ociosos, com movimentos bastante ativos nos ultimos tempos, como o ULC (Unificação das Lutas dos Cortiços) e o MMC (Movimento de Moradia no Centro). O centro de São Paulo possui alto potencial habitacional, não utilizado. Dessa forma, procuramos es- tudar formas de adensamento em uma área central, provida de meios de transporte e infra-estrutura, onde ocupavam os edifícios Mercurio e São Vito, demolidos em Maio de 2011. Projetado pelo arquiteto Aron Kogan em 1959, o Edifício São Vito foi concebido aos moldes modernista e racionalista para abrigar solteiros, ou casais sem filhos. Os 21.000 m² divididos em 27 pavimentos contam com 624 quitinetes de dimen- sões bastante reduzidas (7,20x3,00 metros). Entretanto, durante a década de 70, juntamente com o esvaziamento da região central, o São Vito tornou-se uma edificação-fantasma e depredada.Ao longo desses anos de abandono, as quitine- tes foram ocupadas por famílias de até 9 pessoas e a “maquina de morar mod- ernista” se converteu em um dos cortiços verticais mais conhecidos da cidade de São Paulo, abrigando cerca de 4.000 moradores. Entretanto,com o início dos projetos de requalificação do centro, o edifico de grandes proporções localizado em frente ao Mercado Central – atualmente ponto gastronômico da capital- mostrava a grande realidade da falta de moradia e o descaso social. Tratado como uma “favela vertical” , portanto um problema urbano instalado na área de revalorização, o edifício deveria ser modificado ou destruído. Várias propostas foram elaboradas para a área, algumas delas propunham recu- perar o edifício, mas diminuir sua ocupação expulsando grande parte da popu- lação que vivia ali, como propôs Roberto Loeb. O projeto mais recente, não prevê habitações e sim um SESC e um SENAI, além de um estacionamento capaz de servir o Mercado Central. o edifício São Vito Dados do terreno área: 3849,23m² localização: Luz, próximo ao Parque Dom Pedro II infra-estrutura existente: estações de metrô, terminal de ônibus, comércio popular, escola pública, equipamentos de cultura e lazer ROGERS, Richard; POWER, Anne. Cities for a small country. London: Faber and Faber, 2000 ROGERS, Richard, Cidades para um pequeno planeta. Londres: 1997 PER, Aurora; MOZAS, Javier; ARPA, Javier. HoCo Density Housing Construction and Costs - a+t denisty series. Vitoria-Gasteiz: Gráficas Santamaría, 2009. PER, Aurora; ARPA, Javier. Density Projects - a+t denisty series. Vitoria-Gasteiz: Gráfi- cas Santamaría, 2007. PER, Aurora; ARPA, Javier. Next Collective Housing in Progress- a+t denisty series. Vitoria-Gasteiz: Gráficas Santamaría, 2010. BURDETT, Ricky; SUDJIC, Deyan. Living in The Endless City. London: Phaidon Press Ltd, 2011. estudo de adensamento da área do São Vito carolina boaventura | denise kaminaga Caso1 | espaços de convívio e lazer Caso2|eixo de circulação urbana Caso3| fragmentação 3680hab/ha A partir do desenho de implantação pouco convencional, a proposta 1 se desenvolve da necessidade da maior ocupação possível do perímetro do terreno. Entretanto, sua forma “quebrada” gera amplos espaços internos, proporcionando a integração direta entre os usos públicos e privados. Os dois primeiros pavimentos abrigam 720m² de comércio e 1440m² de serviços, podendo-se apropriar das praças para eventos, shows e teatros. Nos níveis superiores, ligados através das 4 ciculações verticais periféri- cas, estão as 531 unidades habitacionais, sendo 354 unidades de 1 dor- mitório e 177 com 2 dormitórios. As grandes aberturas feitas ao meio das lâminas, além de propiciar ilu- minação para todas as unidades, criam praças verticais voltadas para as visões mais interessantes da região. 35% área ocupada 47% área ocupada A implantação desenhada na proposta 2 divide o programa de uso misto em dois edifícios: lâminas que se desen- volvem paralelas ao desenho da quadra, transformando o seu meio em um eixo conector urbano, ligando o Brás à região da Luz. Tal disposição traz dinâmica e mobilidade ao espaço, evitando situações de abandono. Aqui o térreo também é ocupado pelos usos públicos, são 1728m² destinados ao comércio e 1728m² à serviços. As habitações são conectadas pela circulação vertical, che- gando aos corredores, onde há módulos voltadas para os dois lados. O alto número de apartamentos por andar, per- mitiu aqui a obtenção de um baixo gabarito. 3647hab/ha 3647hab/ha Na proposta 3 a utilização da marquise permitiu uma separação mais radical entre os usos públi- cos e privados, entretanto o espaço do térreo é máximizado podendo abrigar maior número de pessoas para possiveis eventos. Acima, o mesmo acontece. A marquise permite a conecção física entre os edifícios e cria um espaço capaz de agre- gar e aumentar a convivência entre moradores. São 150 apartamentos de 2 dormitórios e 100 de 1 dormitório. A área comercial e de serviços ocupa 768m² cada. 40% área ocupada usos usos usos

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habitação de alta densidade estudo sobre adensamento no terreno do são vito

alta densidade

bibliogra�a:

o que??? por quê???como?

É de comum conhecimento que o espaço urbano cresce em proporções gigantescas – de acordo com o Richard Rogers em, “Cidades para um pequeno planeta”, a população urbana média global cresce por volta de 250.000 pessoas a cada dia, a ao passo que, paradoxalmente, as cidades são as responsáveis por 75-80% da emissão de CO2. Os recursos naturais, que já são insu�cientes, estão se tornando ainda mais escassos graças ao desenvolvimento urbano desmedido e desprovido de planejamento. Por-tanto se são as cidades as grandes responsáveis pelo desequilíbrio ecológico, a necessidade de discutir e pensar cidades, equipamentos e infra-estruturas urbanas mais sustentáveis é de primeira necessidade. Nesta discussão um dos pontos-chave para tal desenvolvimento é questão da moradia. É clara a relação entre densidade habitacional e o uso energético. Algu-mas experiências urbanas, como em na cidade de Phoenix nos Estados Unidos, mostraram a conseqüência da multiplicação dos bairros residen-ciais periféricos. São extensas áreas residenciais de baixa densidade, monofuncionais e localizadas a grandes distâncias do centro.

“Density – the number of people living in a given area, usually expressed as people per square kilometre – is at the centre of public

debate on the future growth of cities. Used as a planning tool, awareness of density can help to curtail over-development and over-

crowding, or ensure that scarce urban land is not under-used, especially in areas with good public transport and social amenities”

(Exposição Global Cities)

cidade para poucos: é essa a cidade queremos? bairro residencial na cidade de Phoenix

fonte: http://www.disputedwaters.com/tag/phoenix O resultado são cidades que se desenvolvem a partir da necessidade individual,do pequeno desfrute de espaços públicos, da dependência massi-�cada do automóvel e portanto, congestão do sistema viário, massi�cação do uso do automóvel, conseqüentemente maior congestionamento.Por outro lado, estudos mostram que quanto mais compacta e densa forem às habitações, maior será a e�ciência energética, a�nal um grande número de pessoas poderão utilizar da mesma viabilidade de transporte, das mesmas fontes energéticas. Além disso, Edi�cações de usos mistos , aque-las que unem habitação, comércio, escritório proporcionam à maximização do potencial do edifício, pois este será ocupado durante todo o dia, gar-antindo também movimento e deslocamentos de pessoas de forma intensa.

“A questão não é o quão densos os nossos bairros deveriam ser, e sim o quão diversos ele teriam de ser”(Monique Ruzicka-Rossier, 2007 | Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne)

A partir desse conceito, partimos em busca de exemplos capazes de sintetizar essa questão. Em vários casos é possível perceber a inserção dos projetos em áreas urbanas consolidadas ou em crescimento, onde existem serviços capazes de prover a população residente, como meios de transportes de massa, comércios variados e distintos serviços.

1067hab/ha

myspace student housing2009-2011

usos

Voltado para abrigar estudantes universitários, o Myspace, obra do escritório Murado, Elvira y Krahe ARQUITECTOS, localiza-se na Noruega. Devido às férias de verão, há o esvazia-mento do conjunto, e este passa a funcionar como hotel aos turis-tas, otimizando o funcionamento dos equipamentos existentes no conjunto, com academia e comércios. Os espaços internos são aconchegantes, devido ao clima bastante rígido do país, porém se mostram bastante convidativos aos que passam pela rua, tornando-os espaços públicos atrativos ao comércio do edifício e com uma dinâmica bastante interessante.

área de acam-pamento em alta temporada

coletoressolares

edifício existente

terraço comuni-tário

espaço público aberto

houve um planejamento sobre o tráfego de veiculos na rua de acesso

usos345hab/ha

tallinn2007

O projeto foi realizado aproveitando a estrutura de uma antiga fábrica de celulose. Mantendo o caráter industrial, o uso foi adaptado para abrigar residências nas plantas superiores e comércio e serviços na planta inferior. A parte nova do edifício se inicia no nono andar e possui residências, assim como nos andares superiores do antigo edifício. O interessante nessa forma de adensamento é o aproveitamento do construído, não ocupando mais nenhuma parcela de solo. O edifício se encontra em uma área bem provida de transporte público de massa. Em sua rua de acesso existe uma estação de metrô.

murado, elvira e krahe KOKO Architektid

residências estudantis2008

hamonic +masson

usos1119hab/ha

Outro edifício voltado para o uso estu-dantil, é um edifício que permite grande in-teração entre seus habitantes, devido aos espaços de circulação bem apropriados e suas cores chamativas, que chamam a aten-ção daquele que vê tudo através da rua. Localiza-se em uma área urbana bastante consolidada de Paris e cercada por sistemas de transporte públicos e comercios e serviços. As habitações são divididas entre casas terreas e apartamentos, bem distribui-dos no pequeno terreno, muito bem aprovei-tado pela implantação.

residências lazer comércio serviços/escritórioslegenda de usos:

& uso misto

edifício copan1951

oscar niemeyer

5850hab/ha usos

O emblemático edifício no centro da cidade de São Paulo hoje abriga quase 2100 habitantes, em 1160 apartamentos. os tres primeiros pisos são comerciais, com mais de 70 lojas e um antigo cinema. Possui uma alta densidade, de aproximadamente 5850 hab/ha, sendo que a região central de São Paulo possui um densidade popula-cional muito baixa, de aproximadamente 100 hab/ha. A área onde se localiza o Copan é provida de sistema de transporte de massa, como o metrô e linhas de ônibus e comércio e serviços bastante atuantes. A proposta de um estudo de caso no centro leva a varias questões em pauta atualmente, como a ocupação de prédios ociosos, com movimentos bastante ativos nos ultimos tempos, como o ULC (Uni�cação das Lutas dos Cortiços) e o MMC (Movimento de Moradia no Centro). O centro de São Paulo possui alto potencial habitacional, não utilizado. Dessa forma, procuramos es-tudar formas de adensamento em uma área central, provida de meios de transporte e infra-estrutura, onde ocupavam os edifícios Mercurio e São Vito, demolidos em Maio de 2011.

Projetado pelo arquiteto Aron Kogan em 1959, o Edifício São Vito foi concebido aos moldes modernista e racionalista para abrigar solteiros, ou casais sem �lhos. Os 21.000 m² divididos em 27 pavimentos contam com 624 quitinetes de dimen-sões bastante reduzidas (7,20x3,00 metros). Entretanto, durante a década de 70, juntamente com o esvaziamento da região central, o São Vito tornou-se uma edi�cação-fantasma e depredada.Ao longo desses anos de abandono, as quitine-tes foram ocupadas por famílias de até 9 pessoas e a “maquina de morar mod-ernista” se converteu em um dos cortiços verticais mais conhecidos da cidade de São Paulo, abrigando cerca de 4.000 moradores.Entretanto,com o início dos projetos de requali�cação do centro, o edi�co de grandes proporções localizado em frente ao Mercado Central – atualmente ponto gastronômico da capital- mostrava a grande realidade da falta de moradia e o descaso social. Tratado como uma “favela vertical” , portanto um problema urbano instalado na área de revalorização, o edifício deveria ser modi�cado ou destruído.Várias propostas foram elaboradas para a área, algumas delas propunham recu-perar o edifício, mas diminuir sua ocupação expulsando grande parte da popu-lação que vivia ali, como propôs Roberto Loeb. O projeto mais recente, não prevê habitações e sim um SESC e um SENAI, além de um estacionamento capaz de servir o Mercado Central.

o edifício São Vito

Dados do terreno área: 3849,23m²localização: Luz, próximo ao Parque Dom Pedro IIinfra-estrutura existente: estações de metrô, terminal de ônibus, comércio popular, escola pública, equipamentos de cultura e lazer

ROGERS, Richard; POWER, Anne. Cities for a small country. London: Faber and Faber, 2000ROGERS, Richard, Cidades para um pequeno planeta. Londres: 1997PER, Aurora; MOZAS, Javier; ARPA, Javier. HoCo Density Housing Construction and Costs - a+t denisty series. Vitoria-Gasteiz: Grá�cas Santamaría, 2009.PER, Aurora; ARPA, Javier. Density Projects - a+t denisty series. Vitoria-Gasteiz: Grá�-cas Santamaría, 2007.PER, Aurora; ARPA, Javier. Next Collective Housing in Progress- a+t denisty series. Vitoria-Gasteiz: Grá�cas Santamaría, 2010.BURDETT, Ricky; SUDJIC, Deyan. Living in The Endless City. London: Phaidon Press Ltd, 2011.

estudo de adensamento da área do São Vito

carolina boaventura | denise kaminaga

Caso1 | espaços de convívio e lazer Caso2|eixo de circulação urbana Caso3| fragmentação

3680hab/ha

A partir do desenho de implantação pouco convencional, a proposta 1 se desenvolve da necessidade da maior ocupação possível do perímetro do terreno. Entretanto, sua forma “quebrada” gera amplos espaços internos, proporcionando a integração direta entre os usos públicos e privados. Os dois primeiros pavimentos abrigam 720m² de comércio e 1440m² de serviços, podendo-se apropriar das praças para eventos, shows e teatros.Nos níveis superiores, ligados através das 4 ciculações verticais periféri-cas, estão as 531 unidades habitacionais, sendo 354 unidades de 1 dor-mitório e 177 com 2 dormitórios.As grandes aberturas feitas ao meio das lâminas, além de propiciar ilu-minação para todas as unidades, criam praças verticais voltadas para as visões mais interessantes da região.

35%

áreaocupada

47%

áreaocupada

A implantação desenhada na proposta 2 divide o programa de uso misto em dois edifícios: lâminas que se desen-volvem paralelas ao desenho da quadra, transformando o seu meio em um eixo conector urbano, ligando o Brás à região da Luz. Tal disposição traz dinâmica e mobilidade ao espaço, evitando situações de abandono.Aqui o térreo também é ocupado pelos usos públicos, são 1728m² destinados ao comércio e 1728m² à serviços.As habitações são conectadas pela circulação vertical, che-gando aos corredores, onde há módulos voltadas para os dois lados. O alto número de apartamentos por andar, per-mitiu aqui a obtenção de um baixo gabarito.

3647hab/ha 3647hab/ha

Na proposta 3 a utilização da marquise permitiu uma separação mais radical entre os usos públi-cos e privados, entretanto o espaço do térreo é máximizado podendo abrigar maior número de pessoas para possiveis eventos. Acima, o mesmo acontece. A marquise permite a conecção física entre os edifícios e cria um espaço capaz de agre-gar e aumentar a convivência entre moradores.São 150 apartamentos de 2 dormitórios e 100 de 1 dormitório.A área comercial e de serviços ocupa 768m² cada.

40%

áreaocupada

usos usos usos