Guia provincial de Granada
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Entre dois mundos
Cruzamento de culturas
Granada monumental
Legado Andalusí
Granada cultural
Congressos e incentivos
Paisagens granadinas
Espaços naturais
Turismo rural
Desde o nível do mar até os 3.481 m.
Para os mais activos
Viver a tradição
Granada
Serra Nevada
Uma província com encanto Na peugada de García LorcaNo sopé da Serra NevadaDo Vale de Lecrín aos GuájaresAlpujarra Alta: de Lanjarón aos GuájaresAlpujarra Baixa: de Órgiva a La ContraviesaA Costa TropicalA Costa Tropical OrientalPoente GranadinoSerra Tejeda, Almijara e AlhamaA leste e norte de GranadaGrutas com HistóriaSerra de HuétorGuadix e MarquesadoO Altiplano
Artesanato
Gastronomia
Dados praticos
Índice
TURISMO DE GRANADA - PATRONATO PROVINCIALPlaza Mariana Pineda, 10, 2ª - 18009 - Granada
Telefone: 958 247 146 • Fax: 958 247 129e-mail: [email protected] • www.turismodegranada.org
POSTO DE TURISMOTelefone: 958 247 128 • Fax: 958 247 127
e-mail: [email protected]
S ol e neve, terra e mar, História e
lenda. A província de Granada
alberga desde a mítica cidade que
viu partir o último rei de Al-Andalus
até lugares onde reina a natureza
mais virgem. A terra que apaixonou
os viajantes românticos continua a
deslumbrar todos os que a visitam.
Guía provincial de Granada
Verão
As aldeias celebram as
suas festas e a costa bril-
ha com todo o seu
esplendor; respira-se a
alegria. É uma época per-
feita para desfrutar da
natureza e do ar livre.
Outono
A paisagem veste-se com
tonalidades ocres incrí-
veis, convidando para a
contemplação e o des-
canso. As primeiras neves
na Serra Nevada prelu-
diam a chegada do
Inverno.
Inverno
A neve, com o seu manto
branco, cobre as montan-
has granadinas tão
impressionantes, paraíso
dos apaixonados pelo
esqui. É uma época de
recolhimento, para des-
frutar do calor da lareira
em boa
compan-
hia.
3e a s u a p r o v í n c i a
m u n d o s
Primavera
Campos em flor e verdes
vales. O sol brilha na
costa e as serras são
regadas pelas águas do
degelo. A vida torna a
fluir após o Inverno.
2 G r a n a d a
E n t r e d o i s
Clim
a
N o sudeste da Andaluzia, está
situada a província que, desde
tempos imemoriais, tem sido a ponte
de união entre o Oriente e o
Ocidente.
Granada, uma terra milenária desde
cujos cumes com neves eternas é pos-
sível vislumbrar a África ao alcance da
mão.
SituaçãoEuropa
España
Andalucía
PonienteGranadino
Granada
Guadix yMarquesado
Baza - Huéscar:El Altiplano
SierraNevada
Alpujarra-Valle de Lecrín
Costa Tropical
Granada
Costa Tropical
1 milhão de anos a.C.aproximadamente
650.000-9.500 a.C.:Paleolítico
6.000-2.600 a. C.:Neolítico
3.000-2.000 a. C.:Idade do cobre
Pré-
his
tóri
a
2.000-1.200 a.C.:Idade do bronze
Outeiro de la Encina(Monachil).
Pro
to-h
istó
ria
VIII-VI a. C.: TartessosVIII-III a. C.: Fenícios
e PúnicosV-III a. C.: Iberos
Tartessos: Cerro delos Infantes (Pinos
Puente).
Iberos: Iliberis (Granada).Ilurco (Pinos Puente).
Fenícios y púnicos: Sexi(Almuñécar), VIII a. C.
Salambina (Salobreña).
Iberos: Basti (Baza),IV a. C.: Dama de
Baza.
Tútugi (Galera).
Iberos:Acci (Guadix).
Idad
e An
tiga
s. III a. C.-s. V d. C:Roma
s. VI-VIII:Visigodos
218 a. C., II Guerra Púnica entre Roma e Cartago, os romanos chegam à Península
Fundação da colóniaJulia Gemella Acci
(Guadix).
Iliberis (Granada), torsode Ganímedes.
Feitorias de salga dopeixe, Acueducto
(Almuñécar)
Idad
e M
édia
711-1492:Al-Andalus
711-712: Chegada a Granada de Abd Al-Aziz, filho de Musa.755:
Abd al-Rahman Idesembarca em
Almuñecar, antes deinstaurar o emirato Omeya
S. XI: Taifa da dinastía Zirí, capital do reino de Granada.
1090: Chegada dos almorávidas.
1162: Triunfo dos Almóadas
1238: Muhammad I instaura o Reino Nazarí de Granada.XIV: La Alhambra
1482:Os cristãos conquistam
Alhama.1492:Capitulações de
Granada assinadasentre Boabdil e os Reis
Católicos
Idad
e M
oder
na 1499: Rebeliãode Albayzín.
1500: Rebelião dasAlpujarras,chefiada por
Ibn Hafsun.1526: Fundação daUniversidade de
Granada 1568-1571: Rebelião dasAlpujarras,chefiada por
Aben Humeya.
S. XVI-XIX:Edad
Moderna
1571: Decreto de expulsão dos mouriscos de Granada
I. Co
ntem
porâ
nea
S.XIX-XX:Idade
Contemporânea
1810-1812: Invasão napoleónica.1832: execução deMariana Pineda.
1936: fuzilamento deFederico García Lorca no
Barranco de Víznar.
1861: Rebeliãocampesina em Lojachefiada por RafaelPérez del Álamo.
1884: Tremor de terra,epicentro em Arenas
del Rey.
1873: Declaração do cantão de Granada durantea Primeira Republica
Gruta de lasMajólicas(Alfacar).
Iberos:Povoação Cerro
de la Mora(Moraleda de Zafallona) Iberos: Povoação de
Montealegre(Gorafe)
S. X: Rebelião da Cora de Ilvira esmagada por Abd al-Rahman III
1499: Ordem de conversão forçosa dos mudéjares ao cristianismo
1526: Trégua de Carlos V para as conversões forçosas1567: Felipe II volta a ordenar as conversões forçosas
1808: Rebelião dosestudantes contra Godoy
S. XIX: Viajantes românticos descobrem Granada
Jazigo de la Carigüela,vestígios do homem do
Neanderthal (Píñar)
Cueva de la Mujer(Alhama deGranada)
Dólmenes Peña de los
Gitanos (Montefrío)Dólmenes de Sierra
Martilla (Loja)
Jazigo deLa Solana del Zamborino
(Fonelas)Jazigo Cueva de Horá (Darro)
Dólmenes de Gorafe
Pinturasesquemáticas(Sierra Arana)
Povoação doCulantrillo (Gorafe).Cuesta del Negro
(Purullena).
Indústrias líticas(Cuenca Guadix-Baza)
Povoação delCastellón Alto
(Galera).
Gruta dosMurciélagos(Albuñol).
1571: Decreto de expulsão dos mouriscos de Granada
1482 -1492: Guerra de Granada entre os Reis Católicos e Muley Hacén.
La Carigüela yLas Ventana (Píñar)
Iberos: Basti (Baza),IV a. C.: Dama de
Baza.
Tútugi (Galera).
Povoação delCastellón Alto
(Galera).
Povoação delCastellón Alto
(Galera).
Jazigo de la Carigüela,vestígios do homem do
Neanderthal (Píñar)
Jazigo de la Carigüela,vestígios do homem do
Neanderthal (Píñar)
Indústrias líticas(Cuenca Guadix-Baza)
Indústrias líticas(Cuenca Guadix-Baza)
Povoação doCulantrillo (Gorafe).Cuesta del Negro
(Purullena).
Dólmenes de Gorafe
Pinturasesquemáticas(Sierra Arana)
Dólmenes de Gorafe
Pinturasesquemáticas(Sierra Arana)
Dólmenes de Gorafe
Pinturasesquemáticas(Sierra Arana)
Dólmenes de Gorafe
Pinturasesquemáticas(Sierra Arana)
Dólmenes de Gorafe
Pinturasesquemáticas(Sierra Arana)
La Carigüela yLas Ventana (Píñar)
Jazigo de la Carigüela,vestígios do homem do
Neanderthal (Píñar)
La Carigüela yLas Ventana (Píñar)
Jazigo de la Carigüela,vestígios do homem do
Neanderthal (Píñar)
Jazigo deLa Solana del Zamborino
(Fonelas)Jazigo Cueva de Horá (Darro)
Jazigo deLa Solana del Zamborino
(Fonelas)Jazigo Cueva de Horá (Darro)
Jazigo deLa Solana del Zamborino
(Fonelas)Jazigo Cueva de Horá (Darro)
Jazigo deLa Solana del Zamborino
(Fonelas)Jazigo Cueva de Horá (Darro)
Povoação delCastellón Alto
(Galera).
4 5G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a
C r u z a m e n t o d e c u l t u r a s
1
H erança das diversas culturas que
habitaram as suas povoações a as
suas cidades, o património histórico/artís-
tico de Granada faz da antiga capital do
Reino Nazarita e da sua província uma
jóia autêntica para os apaixonados da
arte.
A Alhambra, o
Generalife e o Albayzín,
considerados pela UNES-
CO Património da
Humanidade, são apenas
um exemplo da enorme
riqueza monumental de
Granada. Outras povoa-
ções como Guadix,
Montefrío, Loja, Alhama
de Granada, Orce ou
Huéscar oferecem aos
visitantes desde banhos árabes, Alcáçovas
muçulmanas, castelos e torreões até tem-
plos monumentais e edifícios góticos,
renascentistas ou barrocos.
2
3
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6
7 Castelo islâmico de LanjarónCastelo de La CalahorraIgreja de Santa María de OrceLa Alhambra, Pátio de los LeonesHospital Real, GranadaCúpula Cartuxa de GranadaIgreja de la Encarnación, Loja.Catedral de GuadixColegiata de BazaIgreja de Santa FeCastelo de SalobreñaLa Alhambra
6
1- 2- 3-4- 5- 6- 7- 8-9-
10- 11-12-
7G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a
G r a n a d a m o n u m e n t a l
Património
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Punhal e bainha deBoabdil
A queda do reinoNazarita de Granada
trouxe consigo a des-aparição de Al-Andalus.
Boabdil entregou acidade aos Reis
Católicos em 1492.
8 9G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a
L e g a d o A n d a l u s í
Percu
rsos
Castelo de MontefríoCoroando a povoação
de Montefrío foi manda-da erigir esta fortaleza
muçulmana (s. XIV),onde os cristãos cons-
truíram no s. XVI aIgreja da Vila.
Alcáçova de GuadixConstruída nos séculos X e XIcomo palácio/fortaleza, desdeos seus torreões contempla-seuma paisagem impressionante
da cidade, a veiga e a SerraNevada.
Pormenor depintura NazaritaPormenor de pin-tura sobre cabedal (s. XIV). Tecto daSala de los Reyesdo Palácio de losLeones, Alhambrade Granada.
Saída de Boabdil de La AlhambraCena do século dezanove do pintor grana-dino Manuel Gómez-Moreno. Recreia asaída de Boabdil da Alhambra após a con-quista cristã de Granada.
Banhos árabes de BazaOriginários do s. X, são uns dos
banhos mais antigos daPenínsula da época islâmica.Estão situados no bairro de
Santiago, o antigo bairro judeu.
GRANADASanta Fe
MoclínMontefrío
Loja
Percurso dosNazaritas
(Desde Navas de Tolosa)
Percurso do Califado
(Desde Córdoba)
Percurso Washington Irving
(Desde Sevilha)
Caminho de Ibn-Battuta(Desde Málaga)
Percurso de Al Isidri(Desde Algeciras)
Percurso dosAlmorávidas e
Almóadas(Desde Marraquexe)
Percurso de Leãoo Africano
(Desde Almería)
Percurso deLa Alpujarra
(Desde Almería)
O Caminho de Münzer
(Desde Murcia)
Lanjarón
CapileiraUgíjar
Guadix
Baza
Huéscar
N o intuito de promover a conserva-
ção e difusão das povoações e can-
tinhos andaluzes onde ainda se conser-
vam os vestígios de Al-Andalus, o projec-
to do Legado Andalusi criou diversos
percursos com um denominador comum:
todos confluem na cidade de Granada, a
última capital andalusi.
11e a s u a p r o v í n c i a
c u l t u r a l
A cidade de Granada
é um ponto de
encontro para os apai-
xonados da cultura:
museus, teatros, o auditó-
rio… e um calendário cul-
tural que se prolonga
durante todo o ano.
Eventos como o
Festival
Internacional de
Música e Dança, o
de Tango, o de Jazz
e o de cinema de
Jovens Realizadores
são já compromissos imprescindí-
veis para muitos.
O Teatro Alhambra conta com
uma programação estável, e no
Auditório Manuel de Falla, a pres-
tigiada Orquestra
Cidade de
Granada oferece
um programa
anual completo e
variado. O flamenco, uma das
senhas de identidade de Granada,
pode ser desfrutado diariamente
nas “Cuevas del Sacromonte”,
onde são dançadas as populares
“zambras” ciganas. E, no Parque
das Ciências, tanto os
adultos como os mais
pequenos poderão
descobrir o mundo
apaixonante das
Ciências e o Universo.
Durante todo o ano, a
Costa Tropical alberga
eventos musicais como o
Certame de Guitarra
Clássica Andrés Segóvia e
o Concurso de
Composição de Motril, a
Amostra de Jazz da Costa
celebrada em Almuñécar
e Motril, e o Festival de
Novas Tendências no
Castelo de Salobreña.
Muito perto da capital
granadina está situada
Santa Fé, a antiga
cidade/acampamento
fundada pelos Reis
Católicos quando assedi-
avam a Granada de
Boabdil, onde Cristóvão
Colombo chegou a um
acordo definitivo para ini-
ciar a Descoberta da
América. Outra povoação
perto de Granada com
um grande interesse cul-
tural é Fuente Vaqueros,
onde nasceu o insigne
poeta e dramaturgo
Federico García Lorca.
10 G r a n a d a
G r a n a d a
culturalGranada
No resto da província
também é possível des-
frutar de inumeráveis
actividades culturais,
sobressaindo o Festival de
Música Clássica de
Guadix, as Jornadas
Cinematográficas de
Baza, o Festival da
Canção de Andaluzia cel-
ebrado em Alhama de
Granada, o Festival
Internacional Parapanda-
Folk de Íllora e o Festival
Internacional de Teatro
na Rua e Animação de
Loja.
metros quadrados de super-fície distribuídos entre osdois andares do vestíbulo doedifício são perfeitos parafeiras e exposições. E oAnfiteatro Carlos I, ao ar livree com uma capacidade para1.700 pessoas, é o quadroidóneo para actividades cul-turais, concertos nocturnos ejantares de cerimónia.
A província granadina conta com numero-sos hotéis e centros para albergar todotipo de reuniões e eventos, como o recin-to para a celebração de feiras de Fermasa,em Armilla, o Centro de Convenções eCongressos Montebajo, na Serra Nevada,o Auditório de la Villa em Salobreña e aCasa da Cultura em Almuñecar. Existeminumeráveis empresas dedicadas à organi-zação de congressos que oferecem servi-ços de protocolo, secretaria, hospedeiras,tradução e imprensa.
13
Palácio de Exposições e Congressos deGranadaEdifício moderno e inteligente dotadocom as mais modernas tecnologias dascomunicações, incluindo vídeo - conferên-cia via satélite, central digital telefónicacom vários protocolos de comunicações,mais de 3.000 pontos de voz - dados emtodo o edifício, sistema de traduçãosimultânea e os mais avançados meiosaudiovisuais.
Dotado com nove salas com uma capaci-dade total de 3.560 pessoas, salas comcapacidade para mais de 2.000 pessoas eoutras com menos capacidade, oferecema possibilidade de celebrar desde grandescongressos e con-venções até peque-nas reuniões deempresa, sempre
com o ambientemais confortá-vel. Os 3.000
C o n g r e s s o s
Além de ser uma cidade
com uma beleza única,
Granada, membro da
Federação Europeia de
Cidades de Congressos, é
o cenário ideal para as
viagens de incentivos e a
celebração de congres-
sos, convenções ou reu-
niões de empresa. A sua
moderna rede de comu-
nicações e infra-estrutu-
ras, para além de instala-
ções como o Palácio de
Exposições e Congressos,
o Auditório Manuel de
Falla, o “Carmen de los
Mártires” e o Palácio dos
Córdova, fazem de
Granada um ponto de
encontro escolhido por
milhares de pessoas de
todo o mundo para cele-
brar todo tipo de even-
tos.
e a s u a p r o v í n c i a12 G r a n a d a
Saída da lua cheia na
Serra de Baza duran-
te um dia de Inverno.
15
Durante a primavera a paisagem veste-se com
belíssimas cores. Ao fundo, a Serra Tejeda.
Panorama da Serra da Sagra, uma paisagem
com um ar alpino no extremo norte da provín-
cia. Um exemplo mais da grande variedade pai-
sagística de Granada.
Na Alpujarra, durante o pôr-do-sol, é habitual contemplar um belo mar
de nuvens que, literalmente, trepam pelas encostas das montanhas.
e a s u a p r o v í n c i a
Os cumes da Serra
Nevada erguem-se,
como enormes ata-
laias, sobre a Veiga
granadina.
O azul intenso das
águas da Represa do
Negratín sobressai
perante o aspecto
árido e misterioso da
paisagem.
14 G r a n a d a
P a i s a g e n s g r a n a d i n a s
Pais
agen
sPaisagem outonal de
os seus tons cromáti-
cos incríveis no interior
da província. Cenas
que inspiram tranquili-
dade e sossego, cores
que parece terem sido
extraídas da paleta de
um pintor.
As paredes argilosas ver-
ticais tingem-se com os
diferentes tons consoan-
te o momento do dia,
deixando ao descoberto
os diversos estratos geo-
lógicos.
Tipica paisagem da Costa
Tropical, com pequenas e
escondidas enseadas e
falesias banhadas pelo
Mediterrâneo
Paisagem invernal na
Serra Nevada, onde a
brancura da neve con-
trasta com o azul
limpo do céu. A que
foi conhecida como a
Serra do Sol durante a
época medieval brilha
perante a intensa luz
do rei dos astros.
A província de
Granada alberga uma
grande diversidade de
espaços naturais,
desde o Parque
Nacional da Serra
Nevada, lar dos cumes
mais altos da
Península, até cinco
parques naturais, para
além do “Paraje
Natural Acantilados de
Maro” - Cerro Gordo,
uma paisagem costeira
com 395 h., constituí-
da pela erosão, onde a
Serra de Almijara se
abre para o
Mediterrâneo; no
fundo do seu mar
crescem pradarias
muito valiosas de
“possidónia”.
16 17G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a
E s p a ç o s n a t u r a i s
Parque Natural Serra de Huétor Situado a poucos quilómetros da cidade deGranada, é constituído por um conjunto de serrasnas quais abundam as superfícies com bosques,fendas profundas, barrancos e ribeiros.
Parque Natural Serras deTejeda, Almijara e Alhama Uma paisagem cheia decontrastes coroada peloscumes mais altos do PoenteGranadino: a Maroma e oLucero. É o habitat de espéciescomo a cabra brava ou a águiareal.
Parque Natural Serra de Castril Uma paisagem com abundantes superfícies arbóreasdentre as que sobressai o pinheiro salgarenho, quechega a atingir 40 m. de altura. Alberga a “Cueva deDon Fernando”, a mais comprida e profunda da provín-cia de Granada.
Parque NaturalSerra de Baza Maciço montanhosoabrupto e escarpadoonde habitamnumerosas aves derapina; na sua floraestão representadosperto de um centenade endemismos do sulda Península.
Parque Nacional daSerra Nevada Considerado ParqueNacional em 1999. Umespaço com um grandevalor ambiental ondecrescem mais de 60espécies vegetaisexclusivas, como aestrela das neves, avioleta da Serra Nevadaou a macela da serra.
Parque Natural da Serra Nevada
Um valioso ecossistema demontanha partilhado pelos
municípios da comarca da SerraNevada, a Alpujarra Alta e parte do
Marquesado do Zenete.
Natureza
transmitidas de pais para filhos… Uma
forma de vida que nos transporta para
o passado, quando não existiam as
angústias nem as pressas.
19e a s u a p r o v í n c i a
r u r a l
O interior da província encerra
povoações e cantinhos muito
fascinantes. Alpujarra-Valle de
Lecrín, o Poente Granadino,
Guadix - Marquesado e Baza -
Huéscar: (O Altiplano), comarcas
que têm sabido conservar a sua
essência ao longo da História onde
o visitante encontrará uma vasta
e variada oferta de alojamen-
tos, desde um hotel de cinco
estrelas até às acol-
hedoras e confortá-
veis casas/gruta
granadinas.
Povoações onde
parece que o tempo
parou, gente que vive em harmonia
perfeita com o ambiente envolvente,
tradições
que são
18 G r a n a d a
T u r i s m o
Car
ácte
rp
róp
rio
asmelhores matérias-
primas, produtos sem-
pre saudáveis e natu-
rais; participar nas fes-
tas e tradições mais
arraigadas; passar
umas férias no meio
da natureza, etc. A
oferta de turismo rural em
Granada adapta-se a todos
os gostos, abrangendo
desde o turismo rural até
inumeráveis actividades de
turismo activo.
Viver a experiência de
se hospedar numa
casa/gruta; saborear
pratos caseiros delicio-
sos elaborados com
Mar:
M otril, Salobreña e
Almuñécar são as povoaçõ-
es mais turísticas da Costa Tropical.
Rodeadas por um vergel de cultivos
tropicais, desfrutam de um
microclima subtropical
único na Península, com uma tem-
peratura média de 20º C. Dotadas
magnificamente com todos os servi-
ços, são o enquadramento perfeito
para desfrutar de umas boas férias
sem a massificação de outros luga-
res turísticos andaluzes. Sem nos
esquecer da zona mais oriental, com
as suas pequenas povoações costei-
ras salpicadas por torres de vigia
centenárias.
Neve:
A Estação de Esqui da Serra
Nevada, sede do Campeonato
do Mundo de Esqui Alpino em 1996,
alberga todos os anos milhares de pes-
soas que escolhem as suas pistas para
desfrutar da neve. O cume da
Península Ibérica, um lugar donde é
possível avistar as costas africa-
nas, é um verdadeiro paraíso
para os apaixonados pelos
desportos brancos: esqui
alpino, snowboard, motos
de neve, etc. As mais
modernas instalaçõ-
es e uma tempora-
da de esqui que se
prolonga até à pri-
mavera.
21e a s u a p r o v í n c i a
As
águas quentinhas do
Mediterrâneo são o lugar
idóneo para praticar os
desportos náuticos, desde
o windsurf até à vela, pas-
sando pelos mergulhos e
a natação submarina.
Desde as crianças até os
esquiadores profissionais
desfrutam da neve na
Serra Nevada.
20 G r a n a d a
D e s d e o n í v e l d o m a r a t é o s 3 . 4 8 1 m .
Neve
Mar
e
cem-se todas as variedades de activi-dades de turismo activo, para viver anatureza plenamente. Os passeios apé pelas veredas e o cicloturismo sãouma alternativa para conhecer oslugares mais belos, ao mesmo tempoque podem ser praticados desportossaudáveis. Durante o Inverno é possí-vel praticar esqui de fundonas zonas com neve, semesquecer um grande lequede desportos da neve naSerra Nevada. O Poentegranadino é o lugar perfei-
to para caçar na mon-tanha, e para os mais ousados,a asa delta e o parapente per-mitir-lhes-ão contemplar a pro-víncia desde o ar, enquanto quecom a espeleologia poderãodescobrir o mundo subterrâ-
neo cheio de mistérios ocul-tos em grutas como a da
Água, em Iznalloz.
Em Granada é possível
desfrutar do golfe tanto
com sol em Motril, em
plena Costa Tropical,
como na cidade da
Alhambra, onde pode ser
alternado com a prática
do esqui.
23e a s u a p r o v í n c i a
a c t i v o
Desportos aquáticos,actividades na neve,
barranquismo, pesca,escalada, passeis a pépelas veredas… EmGranada é possíveldesde levantar voo numparapente na Serra parair aterrar à beira do maraté desfrutar de uma
t r a n q u i l aestância emb a l n e á r i o scomo o deLanjarón ou ode Alhamade Granada.
No interior da pro-víncia ofere-
Granada conta com inume-
ráveis lugares ideais para a
prática da escalada.
Uma das opções para per-
correr os lugares naturais
são os passeios de cavalo.
22 G r a n a d a
T u r i s m o
Para os mais activos A pesca desportiva pratica-se
em lugares como Riofrío (Loja),
famosa pelas suas trutas.
O “Dia da Cruz”Tradição com um carácter popularcelebrada em Granada e no resto daprovíncia no dia 3 de Maio, quandoos quintais, as varandas, as ruas e ascasas são engalanadas com flores eutensílios artesanais e os moradores sereúnem em redor das cruzes floridaspara comer, beber e dançar.
A “Feira do Corpus” Granada.A procissão do Corpus Christi tem asua origem na época da conquista deGranada pelos Reis Católicos. Porvolta desta data tem lugar em
Granada a Feira do Corpus, umasemana inteira em que a cidade seveste de gala e diversão, especialmen-te durante as noites no recinto dafeira.
A “Virgem do Carmo”A Festa da “Virgen del Carmen” (16Julho), padroeira dos marinheiros, écelebrada nas localidades costeiras
L es fêtes et traditions sont l’ex-pression de l’âme d’un peuple.
Héritage du passé, elles sont toujoursvivantes grâce aux générations qui seles transmettent et elles perdurent àtravers le temps.
“Semana Santa”Uma celebração religiosa
com uma grande tradi-ção na Andaluzia. Pode-
se respirar a emoçãoquando as procissões
percorrem as ruas daspovoações mais impor-
tantes da província.
“Moros y Cristianos”(Mouros e Cristãos)
Festividade celebrada emdiversas povoações da
província, nomeadamen-te na Alpujarra, com
uma representação pro-tagonizada pelos pró-
prios moradores.Sobressai pelo seu colori-
do e grande tradição ade Válor, berço do mou-
risco Abén Humeya,onde os papéis represen-tados, de mouros e cris-
tãos, são uma herançade pais para filhos.
com uma procissão marí-tima muito pitoresca.
O “Cascamorras” deGuadixDurante as Festas da“Virgen de la Piedad” (6Setembro) oCascamorras, uma perso-nagem de Guadix bas-tante esquisita, partepara Baza para tentarapanhar a imagem daVirgem que ali é custo-diada, sendo sacolejadopor grupos de jovens,
untado com alcatrão eazeite e submergido emduas fontes antes da suachegada a Baza, ondepassará dois dias de festa
antes de regres-sar a Guadixcom as mãosvazias.
24 25G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a
F e s t a s e T r a d i ç õ e s
Viver a tradição
26 27G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a
G r a n a d a
O Sacromonte: Bairro pitorescode casas/gruta.
Catedral:Um dos exemplos maisbonitos do estilo renascen-tista, edificada por Diego deSiloé no s. XVI. Junto damesma, a Capela Real naqual foram sepultados osReis Católicos.
Praça Isabel A Católica: Presidida pelo Monumento a Isabel LaCatólica, erigido no século XIX por MarianoBenlliure, está rodeada de edifícios que mos-tram o poderio da burguesia do século deza-nove.
Albayzín: O bairro com maissabor de Granada,herança viva da culturaandalusi. Imprescindívela visita ao “Mirador deSan Nicolás”.
A Alhambra: Residência da dinastiaNazarita baptizada emárabe como “CasteloVermelho”. De uma
beleza indescritível, os seus pátios e assuas salas mostram o refinamento
alcançado pela arquitectura andalusi.
O Generalife: Jardins, fontes e
o som incessanteda água quandocorre. Um lugar
mágico.
E m Granada, a última capital deAl-Andalus, a magia e a lenda
vão de mãos dadas. Cantinhos emonumentos carregados de História
falam-nos de um passado muitorico acentuado pelas oito centú-rias de presença islâmica, lem-branças que podem ser entrevistasatravés das pedras centenáriasdas suas muralhas, das ruas sinuo-sas do bairro mourisco doAlbayzín e da Alhambra, orgulhodos reis nazaritas.
Granada
28 29G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a
A A l h a m b r a e o G e n e r a l i f e
A cidade palaciana da Alhambra,emblema da cultura andalusi, eri-
gida sobre a colina vermelha da Sabikadominando a cidade; com a SerraNevada como pano de fundo constituium bilhete postal imortalizado milha-res de vezes. As suas praças, muralhas,
torres, jardins, banhos e salasrequintadamente decoradascom azulejos e estuquesrepresentam o cimo da arteislâmica em Al-Andalus.
Considerada Património daHumanidade junto com oGeneralife, a qa´lat al-Hamra árabe tema sua origem no século IX, sendo cons-truída na sua maior parte durante o rei-nado nazarita de Yusuf I e MuhammadV, no s. XIV. Após a conquista cristã oimperador Carlos V mandará erigirnesse lugar o seu Palácio renascentista,hoje em dia sede do Museu de ArteHispano - Muçulmano.
A Alhambra é o monumento mais visi-tado da Espanha, com mais de dois mil-hões de pessoas por ano. Sobressaem
pela sua beleza o Palácio deComares, em cujo interior se
encontra o Pátio de losArrayanes e a Sala dos
Embaixadores, cobertapor uma cúpula
magnífica demadeira talhada,e o Palácio de losLeones, com
salas como a dosMoçárabes, das Duas
Irmãs, dos Abence-rragens e dos Reis, com
o tecto decorado compinturas nazaritas, semesquecer-nos do Pátiode los Leones.
N o Generalife, antigos jardins derecreio dos monarcas granadi-
nos, ainda se respira a essênciaromântica de Al-Andalus; as suas fon-tes e os seus jardins foram e são uma
fonte de inspiração para todos ostipos de artistas.
Carrera do Darro Passei Romântico que decorre paralelo ao rio Darro,
entre o Albayzín e a Alhambra, onde se encontram edi-fícios tão emblemáticos como os banhos árabes do
Bañuelo (s. IX), a Igreja de San Pedro e San Pablo ou arenascentista Casa de Castril, sede do Museu
Arqueológico de Granada.
30 31G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a
D a C a t e d r a l a o S a c r o m o n t e
A AlcaçariaReprodução fiel doprimitivo mercado
medieval onde se con-centrava a actividade
comercial da Granadamuçulmana. Perto
encontra-se o Curraldo Carvão, o celeiro
islâmico utilizadopelos cristãos como
albergue de carvoeirose curral de comédias.
CatedralDiego de Siloé construiu a igreja mor granadina no s. XVI,
uma verdadeira jóia do Renascimento. No seu exterior sobres-sai a Puerta del Perdón pela sua sumptuosidade.
Capela RealTemplo gótico onde repousam
os restos dos conquistadores deGranada, os Reis Católicos.
Junto à mesma encontra-se abolsa dos Comerciantes. Ambosos edifícios datam de princípios
do s. XVI.
C ristiana e moura,
em Granada dá-se a
fusão do gótico da
Capela Real com a
Alcaçaria muçulmana, a
Catedral, jóia do
Renascimento, com o
Curral do Carvão, anti-
go celeiro islâmico…
Uma cidade moderna e
ao mesmo tempo tradi-
cional onde o barroquis-
mo da Cartuxa e o
ambiente típico do
Sacromonte dão lugar
aos edifícios mais
modernos, como o
Palácio de Exposições e
Congressos, o Parque
das Ciências ou o
Auditório Manuel de
Falla.
D esde a Plaza Nueva, onde se
encontram monumentos como a
Chancelaria Real, edifício
renascentista que alberga na
actualidade o Tribunal
Superior de Justiça da
Andaluzia, até o
Sacromonte, o caminho
encontra-se salpicado por
lugares muito interessantes como a
igreja mudéjar de Santa Ana, a
Carrera del Darro, a Casa de
Castril…
Gra
nad
a
Vista do SacromonteO bairro do
Sacromonte, origináriodo s. XVIII, surpreende
pela brancura dasfachadas e as cham-inés caiadas das suas
grutas, definindo umapaisagem peculiar com
uma beleza única.
O “carmen” é a vivendamais representativa do
Albayzín; possivelmente deorigem muçulmano, consiste
numa vivenda com umasdimensões reduzidas rodeada
por hortas e jardins orienta-da para a Alhambra. Na sua
maior parte datam de fim dos. XIX e princípios do s. XX.
32 33G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a
O A l b a y z í n O u t r o s m o n u m e n t o s
O utras visitas inte-ressantes são a
Cartuxa, jóia do barro-co; a igreja de San Juande Dios, também barro-ca; a igreja dos SantosJusto e Pastor, em cujointerior se encontram ascolunas salomónicas mais antigas deEspanha; o Mosteiro renascentista
de San Jeróni-mo; a igreja deSan José, umadas mais antigasde Granada, cujatorre é o minare-te da mesquita
dos marabutos (s.VIII-X); a antiga Uni-versidade, fundadaem tempos de CarlosV, actual Faculdadede Direito; o Carmende los Mártires, etc.
S e fosse necessário representar aessência da cidade de Granada bas-
taria com um dos seus bairros, o Albay-zín. Típicos “cármenes” ou casas comgrandes jardins, cis-ternas, vielas estrei-tas e vivendas mou-
riscas que nos falam dos vestígios pro-fundos herdados da cultura andalusi.Conserva-se ainda parte do recintoamuralhado que o rodeava em tem-pos dos muçulmanos, bem como asPortas de Monayta e de Elvira (s. IX).
Desde o Mirador de San Nicolás,junto da igreja com o mesmo nome,contemplam-se os mais belos pôr-do-sol de Granada, diante da estam-pa da Alhambra. Granada
A Cartuxa: consti-tui o expoentemáximo do barrocogranadino.Sobressai a exube-rante decoração daSacristia e a colec-ção de pinturas dofrade cartuxoSánchez Cotán.
mo
nu
men
tal
Vista de Granada desde aAlhambra: desde a colinada Alhambra pode-se con-templar uma vasta panorâmi-ca da capital granadina.
S erra Nevada, a principal estação
do sul da Europa e onde se des-
fruta de mais dias de sol ao ano, é
um verdadeiro paraíso para os apai-
xonados dos deportes brancos.
2.500 h. de neve, 53 pistas (um
total de 61,4 km.), 338 canhões de
neve artificial, snowpark, 2 circuitos de
esqui de fundo, slalom paralelo, diver-
sos restaurantes nas pistas… As mel-
hores instalações da Espanha para pra-
ticar o esqui, snowboard, motos de
neve, e até passeios
de trenó puxados por
cães ou cavalos.
Com uma tempora-
da de esqui que se
prolonga desde o
Outono até os pri-
meiros dias de Maio,
Serra Nevada foi a
sede dos Campeonatos do Mundo
de Esqui Alpino em 1996 e albergou
a Final da Taça do Mundo de Esqui
em 1999.
Para praticar o esqui de fundo,
conta com dois circuitos de 8,6 km.;
este desporto também pode ser pra-
ticado em La Ragua, a segunda
estação de Inverno da
província.
34 35G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a
S e r r a N e v a d a E s t a ç ã o d e E s q u í
As noites na Serra Neva-da estão cheias de diver-sões: restaurantes, disco-tecas, aperitivos e bebe-retes à beira da pista,esqui nocturno…
Esta
ção
de
Esq
ui
37e a s u a p r o v í n c i a
E s t a ç ã o d e M o n t a n h aS e r r a N e v a d a
C om uma temperatura média de20º C., a Serra Nevada durante o
Verão transforma-se no lugar perfeitopara praticar todas as moda-lidades do turismo activo.
A Estação de Montanha ofe-rece uma gama muito vastade actividades para toda afamília: cursos de línguas,cursos de Verão daUniversidade de Granada,
competições desportivas, acampadasinfantis…
Podem ser percorridosinumeráveis percursos parapassear a pé e bicicleta demontanha, para além dedesportos como a escaladaou o parapente. Além disso,a CETURSA (a empresa quegere a estação) organiza ses-sões de astronomia, paraobservar as estrelas a mais de2.000 m. de altitude.
Estaçãode m
ontanhaA Estação albergou os Jogos
Aéreos Mundiais de 2001,tendo sido o ponto de encon-tro dos melhores desportistasde parapente a nível mundial.
Todos os Verãos, na Estação deMontanha, sede dos
Campeonatos do Mundo deBicicleta de Montanha do ano2000, são organizados percur-
sos com diversas durações edificuldades.
G r a n a d a36
GRANADA
Fuentevaqueros
Valderrubio
Alfacar
Víznar
c o m e n c a n t o
G a r c í a L o r c a
38 U m a p r o v í n c i a
N a p e u g a d a d e
U m percursopela terra que
viu nascer e morrer opoeta granadinomais universal, Fede-rico García Lorca.Desde a casa natalde Federico emFuente Vaqueros, acasa de Valderrubio,onde morou durante alguns anos coma sua família e a casa de férias duranteo Verão na Huerta de San Vicente, nacapital granadina, até o Parque deAlfacar, onde se encontra a fossacomum onde repousam os restos dopoeta.
Casa de Valderrubio: tambémna Veiga de Granada encontra-se este pequeno anexo dePinos Puente onde o pai deFederico García Lorca possuíauma quinta, tendo-se deslo-cado até aqui a família em1907. Ainda se respira oambiente em que viveu a famí-lia antes de se mudar para acidade de Granada, e que ins-pirou obras como “Yerma” ou“La Casa de Bernarda Alba”,baseada numa família de Val-derrubio cuja casa ainda seconserva: a casa de FrasquitaAlba.
Huerta de San Vicente, Gra-nada: A Horta de São Vicente,residência de Verão da famíliaGarcía Lorca até à morte dopoeta em 1936 onde o poetaescreveu obras como Bodas deSangue, hoje em dia é umaCasa – Museu onde se conser-vam os móveis e os utensíliosoriginais tal como os conheceuLorca, bem como uma sala deexposições. Rodeada na suaorigem pelos cultivos férteis daVeiga granadina, hoje estárodeada pelo Parque FedericoGarcía Lorca.
Parque Federico García Lorca,Alfacar: Inaugurado em 1986,ano comemorativo do cinquen-tenário da morte do poeta, esteParque é dedicado “à memóriade Federico García Lorca, e detodas as vítimas da guerra civil”.O Parque está situado noBarranco de Víznar, onde Fede-rico foi fuzilado na madrugadado 19 de Agosto de 1936.
Foi erigido um monólito junto deuma oliveira em cujo pé sesupõe que se encontra a fossacomum onde repousam os restosde García Lorca.
O Patronato Cultural GarcíaLorca organiza todos os anosdurante a noite do 18 de Agostoum singelo sarau literário oumusical no Parque.
Casa Natal, Fuente Vaque-ros: no meio da Veiga gra-nadina encontra-se a Casa
Natal de Federico GarcíaLorca, onde o poeta viu aluz no dia 5 de Junho de
1898. Após a sua fiel restau-ração foi aberta ao públicocomo Casa - Museu, alber-
gando fotografias, docu-mentos, desenhos, cartas,
manuscritos e primeiras edi-ções de algumas das obras
lorquianas. Os visitantespodem adquirir diversas pro-duções do Patronato Cultu-
ral Federico García Lorca.
39
García
Lorc
a
c o m e n c a n t o
S i e r r a N e v a d a
U m a p r o v í n c i a
N o s o p é d a
Monachil, municípiocomposto por trêsnúcleos de povoaçõesdefinidos pelas suas pai-sagens diferentes, desdea veiga até à SerraNevada: o Bairro de laVega, Monachil e Prado-llano. Recomenda-se visi-tar o Jardim Botânico deLa Cortijuela, ondepoderá observar a rica evariada flora da SerraNevada.
Huétor Vega. Passagemnatural entre a Serra Nevadae a Veiga granadina desde aPré-história, conservando tes-temunhos importantes devestígios arqueológicos.
O "Camino de los Neve-ros" desce desde oscumes com neve até Gra-nada; era utilizado naantiguidade pelos homensda neve, (neveros) quetransportavam o gelo atéà cidade.
E ntre a Alhambra e a Serra
Nevada estão situadas povoa-
ções onde a natureza se combina
perfeitamente com os serviços e as
infra-estruturas mais modernas.
Integradas na “Mancomunidad de
Municípios del Río Monachil”, La
Zubia, Cájar e Monachil abran-
gem desde a paisagem
fértil da Veiga grana-
dina, regada por acé-
quias que nos falam do
passado muçulmano,
até aos cumes da Serra
Nevada.
4140
La Zubia, aldeia típica quesurge dentre uma paisagemde hortas e acéquias. Reco-menda-se visitar a sua azin-
heira centenária e os BanhosÁrabes.
Cájar era conhecida na épocaislâmica pela sua indústria
muito próspera da seda. Umaaldeia em cujas ruas se respira
tranquilidade e sossego.
se une às visitas culturais. Reco-menda-se realizar uma excursão aEl Charcón, na estrada de GüéjarSierra a La Vereda de la Estrella, umlugar sombreado por cerejeirasdonde partem inumeráveis vere-das, e a visita a Maitena, paradesfrutar das suas “piscinas natu-rais” durante o Verão.
42 43U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o
N o s o p é d a S e r r a N e v a d a
A companhando o fluir do rioGenil desde a cidade da
Alhambra em direcção à SerraNevada, a Serra do Sol como eradenominada na época medieval,encontramo-nos com as aldeias deCenes de la Vega e Pinos Genil.Uma vez passada a Represa deCanales o percurso conclui emGüéjar Sierra, situada a mais demil metros de altitude, uma povoa-ção onde a oferta de turismo activo
Güéjar Sierra era em temposde Al-Andalus uma povoaçãoprodutora de seda conhecidacom o nome de Qaryat Wal-yar; no Cerro del Castillejoconservam-se ainda as ruínasde uma das suas duas fortale-zas islâmicas. Recomenda-sevisitar a igreja renascentista,com o seu valioso emolduradomudéjar nos tectos, a Fuentede los Dieciséis Caños, aFuente de la Plaza, os antigoslavadeiros, e a Estación delAntiguo Tranvía.
Cenes de la Vega. Comoo seu nome indica, estásituada na Veiga grana-
dina, à beira do rio Genil.É o lugar perfeito para
desfrutar da tranquilidadee do ar livre.
Pinos Genil é a últimapovoação antes de subir àSerra Nevada. A paisagem
embelece-se com as amen-doeiras em flor e durante odegelo, a época ideal pararealizar um bonito passeio
desde o bairro do Zaidín atéà represa de Canales camin-hando ao longo do leito dorio Genil, o rio que divide apovoação em dois bairros.
A Represa de Canales,situada no sopé da SerraNevada, na Primavera mostratodo o seu esplendor.
A sul do Vale de Lecrín está situadoo município de Los Guájares, cons-tituído por três núcleos de popula-cionais: Guájar Fondón, GuájarAlto e a sede da Câmara Municipal,Guájar Faragüit. Pequenas povoa-ções da serra cujas origens recuamaté as antigas alcarias muçulmanasagrupadas como as antigas“tahá”, unidade administrativa deépoca nazarita. As três povoaçõescontam com igrejas paroquiais dos. XVI.
44 45U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o
D o V a l e d e L e c r í n a o s G u á j a r e s
Dúrcal: comunicada comGranada pela auto-estrada, constitui umexemplo evidente daspovoações do Vale deLecrín. Situada dentro doParque Natural da SerraNevada, além de uns arre-dores banhados pelaságuas do rio Dúrcalsugere-se visitar a suaigreja Paroquial, do estilomudéjar.
U m percursopela zona mais ocidental
da Alpujarra, oVale de Lecrín.Um vergel onde oscultivos se alternamcom pequenaspovoações queconservaram a suaessência mourisca
ao longo dos séculos. Lugaresnaturais, igrejas mudéjares como ade Dúrcal, com as suas imagens eos seus retábulos muito valiosos,laranjeiras e oliveiras, aguardam ovisitante apenas a 33 km. da cidadede Granada.
Lecrín: município consti-tuído como as antigas“tahás” muçulmanas, porvários núcleos de povoa-ções, onde ainda se res-pira a herança andalusi.
El Valle: do mesmo modoque Lecrín, este municípioé constituído por diversaspovoações com um carác-ter rural muito definido,como Restábal, aldeiapequenina com o sabordas Alpujarras.
Igreja de Mondújar
Guájar Fondón:aldeia muito pito-resca à beira do riode la Toba.
Guájar Faragüit: acabeça domunicípio estásituada apenasa 22 km. deMotril; emárabe Faragüitsignifica “jar-dim escon-dido”.
Represa de Béznar: situada no coração do Vale deLecrín, alimentada pelos vários rios que descem desde aSerra Nevada.
47c o m e n c a n t o
d e L a n j a r ó n a L a r o l e s
46 U m a p r o v í n c i a
A Alpujarra - Vale de Lecrín,
uma comarca onde o tempo
parece ter parado: aldeias pitores-
cas a salpi-
car as encostas
das serras, uma
a r q u i t e c t u r a
popular herdada
dos antigos
p o v o a d o r e s
m u ç u l m a n o s ,
paisagens com
uma beleza
indescritível, acéquias e cultivos em
socalcos, gente singela e acolhe-
dora, e a Serra Nevada sempre ao
fundo. O último reduto dos mou-
riscos granadinos, exemplo vivo da
simbiose entre os homens e o meio
alcançada pela cultura andalusi.
Um percurso pelas
aldeias e as paisa-
gens com um sabor
alpujarrenho mais
acentuado, como o
Barranco do
Poqueira, La Tahá, Trevélez ou
Válor. Desde Lanjarón até Laro-
les, no limite com a província de
Almería.
Lanjarón, a cidade daságuas saudáveis, alberga
lugares como o Bairro Hondi-llo, o Balneário, o Castelo
islâmico e a ermida de SanSebastián.
Barranco do Poqueira, comas povoações de Pampaneira,Bubión e Capileira, é um doscantinhos mais belos daAlpujarra.
Pampaneira é um exemplomuito bonito da arquitecturapopular da Alpujarra. Duranteo fim-de-semana celebra-seuma feira de artesanato.
Bubión é a povoa-ção mais pequenado Poqueira. A suaigreja mudéjar con-serva vestígios deum torreão daépoca nazarita.
Em Capileira reco-menda-se visitar omuseu de artepopular e costumesda Alpujarra e aigreja.
A l p u j a r r a A l t a :
Em Soportújar surpreen-dem os seus abundantes
“tinaos” (vielas estreitas ecobertas), ruas íngremes ea brancura das sua casas.
Pórtugos mostrauma praça muito
bonita com arcos,fachadas coloridas e
varandas cheias devasos de flores.
Trevélez, a povoaçãosituada no lugar maisalto da Península(1.476 m.), estásituada na vertente suldo Mulhacén. É con-hecida pelo seu pre-sunto delicioso, curadocom os ares frios daSerra Nevada.
Mecina-Bombarón, sededa Câmara Municipal do
município de Alpujarra daSerra e berço de Abén
Abó, primo de AbénHumeya. Recomenda-sevisitar a ponte romana.
Em Yegen viveuGerald Brenanentre 1920 e 1934,autor do livro AoSul de Granada,que recompila osseus conhecimen-tos etnográficossobre a Alpujarra.
Válor, berço do mourisco Fernando de Cór-doba, Abén Humeya, líder da Rebelião dasAlpujarras. Não é de estranhar que as suas
festas de Mouros e Cristão sejam as maispopulares da comarca.
Mairena, a varanda da Alpujarra
donde se contempla uma panorâ-
mica maravilhosa da comarca
Laroles, uma aldeia típica daAlpujarra, dominada pelo campa-
nário da igreja do Rosário.
48 49U m a p r o v í n c i a c o m e n c a n t o
A l p u j a r r a A l t a : d e L a n j a r ó n a L a r o l e s
Pitres é a cabeça do município de La Tahá.Sobressai a sua igreja paroquial mudéjar edificadasobre uma antiga mesquita.
51c o m e n c a n t o50 U m a p r o v í n c i a
L e parcours passe entre le mas-
sif montagneux de Sierra
Nevada et les Sierras de Lújar
et la Contraviesa,
parallèle au bassin
du Guadalfeo.
Depuis Órgiva,
capitale de la Alpu-
jarra de la pro-
vince de Gre-
nade, jusqu’à
Ugíjar, a travers de profon-
des vallées où s’intègrent des
villages au goût alpujarreño.
Órgiva é a povoação de maisimportante da Alpujarra oci-
dental. É imprescindível visitara seu castelo/palácio dos
Condes de Sástago e a igrejaMor, ambos do século XVI.
Em Juviles, capital da “tahá”na época islâmica, sobressai aigreja de Santa Maria daGraça, com a sua forte torrede pedra. Conserva-se os ves-tígios do castelo medieval “ElFuerte”.
Bérchules, onde sobressai a suaIgreja mudéjar e a Fonte de Las Car-melas. Recomenda-se provar as tru-tas deliciosas pescadas nos riosChico e Grande.
Cádiar, povoação de origemárabe (cádi significa juiz),berço do tio de AbénHumeya, Abén Xaguar. Con-serva exemplos muito belosda arquitectura popular, aIgreja Paroquial e a antigapousada. Entre Cádiar eNarila está situada a oliveira,onde, contam as lendas, foicoroado Abén Humeya “reidos mouriscos”.
Em Lobras e Tímar continuam aser confeccionadas as “jarapas”
tradicionais. (mantas de retalhos).
Torvizcón, onde se pode visitara Igreja do s. XVI e degustar o
excelente pão de figo elabo-rado nesta povoação.
A l p u j a r r a B a i x a : d e Ó r g i v a a l a C o n t r a v i e s a
53c o m e n c a n t o52 U m a p r o v í n c i a
A l p u j a r r a B a i x a : d e Ó r g i v a a l a C o n t r a v i e s a
A Serra de La Contraviesa,
coração de La Alpujarra gra-
nadina, é uma zona tradicional de
produção vitícola. Além de provar o
vinho “costa”, povoações como
Murtas, a capital do “trovo” ou
Albondón, onde têm lugar as fes-
tas tradicio-
nais de Mou-
ros e Cristãos,
oferecem todo
o encanto de
uma zona com
um carácter
rural muito
acentuado.
Desde o pico do Cerrajón, o
cume mais alto da Contraviesa
(1.508 m.), pode-se completar
umas vistas muito bonitas tanto
do Mediterrâneo como da Serra
Nevada.
O município de Albuñolalberga a Cueva de losMurciélagos (Gruta dos
Morcegos), conhecidapelos vestígios neolíticos
que ali foram encontrados.
Em Sorvilán conserva-se um dosteares mais antigos de “jarapas”(mantas de retalhos) de toda acomarca. Uma paisagem deamendoeiras, figueiras e vinhedosrodeia a povoação.
Polopos, uma aldeia muitotranquila onde parece que otempo parou.
Órgiva, coroada pela sil-hueta das torres gémeasda sua Igreja.
O passado muçulmanode Ugíjar reflecte-se na
sua Igreja mudéjar, cons-truída sobre uma mes-
quita. Aqui está situado oSantuário de La Virgen
del Martirio, padroeira daAlpujarra.
Jorairátar, onde serecomenda a visita do seuinteressante museu delavoura. Desde o Tajo de laCruz avista-se uma vastapanorâmica da Serra Nevada.
Motril
55c o m e n c a n t o
M o t r i l
54 U m a p r o v í n c i a
A s águas do
Mediter râneo
banham o litoral granadi-
no, porta de acesso ao
longo da História das civili-
zações mais diversas, desde
os fenícios que fundaram Sexi
(Almuñécar) e Salambina
(Salobreña) até Abd al-
Rahman I, criador do emi-
rato Omeya de Al-Andalus.
Com um clima subtropi-
cal, as suas águas tran-
quilas, sempre quentin-
has, são idóneas para
praticar todas as modali-
dades de desportos aquá-
ticos. Os apaixonados pela natação
submarina podem desfrutar de
alguns dos fundos marinhos mais
belos do litoral andaluz.
Além disso, conta com três praias de
nudistas: as de Cantarriján e do Muerto
em Almuñécar, e a praia de la Joya em
Motril.
M otril, a cidade com mais população da província
depois de Granada capital, oferece aos visitan-
tes as suas praias cheias de sol, os seus produtos tropi-
cais excelentes e um património herdado da sua longa
História: igrejas, ermidas, edifícios civis e o Museu do
Açúcar, dedicado à que durante séculos foi a principal
indústria da cidade, a cana de açúcar. Sem
esquecer o seu porto de pesca, um dos ele-
mentos mais atraentes da cidade.
A C o s t a T r o p i c a l
Calahonda: praia deMotril com águas profun-
das e cristalinas, ideaispara praticar a natação
submarina e a pesca.
Santuario Virgen de la Cabeza
Ayuntamiento
57c o m e n c a n t o
S a l o b r e ñ a
Castelo Árabe: as suasorigens recuam até o s.
XIII, alcançando o seuesplendor durante as
duas centúrias seguintes.Residência de Verão dos
reis nazaritas deGranada foi utilizado
pelos cristãos comoPrisão Real e recinto mili-
tar. Na actualidade ésede de actividades
recreativas e culturais.
56 U m a p r o v í n c i a
A C o s t a T r o p i c a l
As suas águas cristali-nas são sulcadas pormuitos windsurfistas.
Os que procuram a tran-quilidade e o descanso emSalobreña encontrarãopequenas enseadas tran-quilas e solitárias.
Playa del Peñón: uma praia muito vastaaberta para o Mediterrâneo, perfeita paradesfrutar de boas férias.
E ntre um mar de cultivos tropicais e o Mediterrâneosurge o perfil inconfundível de Salobreña: uma
povoação com as suas casas brancas a trepar por umpenhasco em cujo cimo se ergue a construção imponen-te e maciça do seu Castelo Árabe. O seu centro antigoconserva o sabor de uma aldeia branca etípica da Andaluzia, com as suas ruasestreitas e sinuosas e os seus cantinhospitorescos.
Salobreña
58 59U m a p r o v í n c i a c o m e n c a n t o
A C o s t a T r o p i c a l A l m u ñ é c a r
Estátua deAbderramán: No ano755, Abd al-Rahman Idesembarcou na costade Almuñécar, dondepartiu para Córdoba
para fundar o EmiratoOmeya.
A antiga Sexi fení-
cia, uma povoa-
ção turística por exce-
lência, tem a sua ori-
gem no século VIII a. C.
Testemunhos da sua
longa história são a
Necrópole fenícia de
Puente de Noy, a
Feitoria de Salga púni-
ca/romana, edificações
romanas como o
A q u e d u t o ,
Columbários e as galerias conservadas
na Cueva de los Siete Palácios, sede
actual do Museu Arqueológico, além
do seu Castelo islâmico reconstruído
por Carlos V.
Almuñécar
La Herradura: Fronteiriça com a província de Málaga,esta grande baía pertencente a Almuñécar é o lugar
adequado para praticar os desportos náuticos, especial-mente a natação submarina, dada a grande riquezanatural dos seus fundos marinhos. Protegida sempre
dos ventos e com o mar sempre em calma, vai desde aPunta de la Mona até à Penhasco de Cerro Gordo.
Cueva de los SietePalácios: Uma cisternamuito grande que hoje
em dia alberga o MuseuArqueológico, onde seencontra exposta uma
colecção muito valiosasde vestígios arqueológi-
cos encontrados em jazi-gos dos arredores.
Los Ger�
neos
Avda
. de E
uropa
Bikini
Paseo de las Flores Paseo Priet
o Moreno
Palacio de la Najarra
Pe��ndel Santo
Castillo deSan Miguel
Parque Ornitol�gicoLoro-Sexi
60 61U m a p r o v í n c i a c o m e n c a n t o
A C o s t a T r o p i c a l O r i e n t a l
O ù la Alpujarra se penche sur
la mer, depuis Castell de
Ferro jusqu’au Château de Huarea,
une infinité de plages et de criques
paisibles jalonnées par des tours de
guet centenaires s’étendent jus-
qu’à la province d’Almeria.
Des châteaux islamiques comme
celui de Castell de Ferro, des tours
de guet comme celle de Cautor à
La Mamola ou la Tour de Meli-
cena, sont des témoignages de l’é-
poque où les musulmans survei-
llaient les côtes à cause de possi-
bles attaques des Chrétiens. Des
forteresses côtières chrétiennes
comme le Château de Baños, du
XVIème, reflètent la peur de Felipe
II face aux attaques des Turcs.
A Costa Oriental
Enseada tranquila em La Rábita, umadas praias onde Albuñol se abre parao mar Mediterrâneo. Um paraíso ondese respira tranquilidade e sossego.
Castelo Árabe de LaRábita, antiga fortalezacosteira que protegia as
costas granadinas dos ata-ques das tropas cristãs.
Castell de Ferro,pequena povoação cos-teira coroada por umCastelo da época anda-lusi. Nas imediações con-serva-se a Torre daInstância.
Um mar de cultivos tropicaisque se prolonga desde Castellde Ferro com a Serra de laContraviesa na Alpujarra comopano de fundo.
Castell de Ferro, ponto estratégicodurante a Rebelião das Alpujarras de 1568chefiada por Abén Humeya.
c o m e n c a n t o
g r a n a d i n o
62 U m a p r o v í n c i a
P o e n t e
O Poente
G r a n a d i n o ,
fronteira entre o Reino Nazarita de
Granada e os territórios cristãos, foi
a chave para a conquista de
Granada pelos Reis Católicos. Com
um povoamento humano que
recua até à Pré-história, dólmenes,
torres, castelos e igrejas falam-nos
das diversas culturas que passaram
por estas terras.
Povoações monumentais como
Moclín, Íllora, Montefrío e Loja
conjugam-se perfeitamente com
lugares arqueológicos como a
Peña de los Gitanos e Sierra
Martilla, com os seus dólmenes
interessantes.
Loja, conhecida com onome de “flor entre espin-has” pela rainha Isabel La
Católica, é uma das povoa-ções mais interessantesdesde o ponto de vista
monumental da Provínciade Granada. Do seu rico
património sobressai orecinto da Alcáçova e a
Igreja da Encarnação.
Torres vigía: encontram-se dispersadas por todo oterritório do Poente Granadino. Foram construídas notempo de Al-Andalus, para vigiar a fronteira com oscristãos. Nos arredores de Moclín podem ser visitadastorres como La Solana, de Mingoandrés e de Tózarou as Porquerizas, todas da época islâmica.
Íllora: baptizadacomo “olho direito de
Granada” pela suaimportância estratégi-ca na defesa do Reinode Granada na época
da conquista cristã.Entre o conjunto das
suas casas sobres-saem a Igreja renas-
centista daEncarnação e o
Castelo muçulmano,originário da época
do califado.
Montefrío: aldeia brancacoroada por um penhascono qual ainda se encontramos vestígios do Castelo islâ-mico, em cujo extremo oscristãos edificaram a Igrejada Vila.
63
Peña de los Gitanos: lugarnatural que alberga um dosconjuntos arqueológicos maisinteressantes da comarca,com vestígios de diferentesculturas, sobressaindo osenterramentos megalíticos.
64 65U m a p r o v í n c i a c o m e n c a n t o
P o e n t e g r a n a d i n o
Iglesia dela Villa:Mandada construirpelos Reis Católicos nomesmo lugar onde tinha existidouma antiga mesquita. Na actualida-de alberga o Centro deInterpretação do Poente Granadino,a Última Fronteira de Al-Andalus.
Iglesia de laEncarnación, Com um estilo neoclássi-co, evoca o Panteão deAgripa em Roma. É conhe-cida como a “redonda”.
Conventode San Antonio: a sua
Igreja, com um interior góticoe um exterior renascentista,
sobressai por cima das casascaiadas.
N o sopé da Serra da
Parapanda e rodeada por
uma paisagem de quintas e olivei-
ras, está situada esta povoação
considerada Conjunto Histórico /
Artístico. Presidida pelo Castelo
islâmico, erigido
num pen-
hasco impressionante onde hoje
em dia surge a Igreja da Vila, cons-
truída após a reconquista do lugar
em 1486.
Castelo de Montefrío, :Enorme fortaleza quedomina a povoação.Considerado MonumentoNacional foi residência dacorte nazarita durantesete anos, tendo sidoabandonado após a con-quista cristã. Hoje em diacresce uma densa vege-tação no interior dorecinto amuralhado.
Montefrío
Plaza de Espa�a
Gracia
Del Arco
Del Carmen
Cuchareros
El F
uerte
Alca
l�San Sebasti�n
PedroVillanueva
66
B aptizada com o nome de “florentre espinhas” pela rainha
Isabel a Católica, a antiga MedinaLawsa muçulmana foi conquistadapelos cristãos em 1486. Pode-se res-pirar a herança islâmica quando sepasseia pelo bairro da Alcáçova. Os
cristãos edificaram templose edifícios civis grandiosos,e já no s. XIX a famíliaNarváez engrandecerá oseu património com palá-cios e jardins.
Loja
Fuente de los 25 Caños: Em Loja existem uma imen-sidade de mananciais, comoo que brota desta fonte,conhecida também com onome de “Fuente de laMora”.
Iglesia de la Encarnación: Edificada no s. XVI no
mesmo lugar onde fora con-struída a antiga mesquita,
sobressai a sua grande torre,um dos emblemas da
povoação. É atribuída aDiego de Siloé.
Ermita de JesúsNazareno:
Pequena ermida quealberga no seu interior umretábulo barroco com um
quadro atribuído a AlonsoCano.
67U m a p r o v í n c i a c o m e n c a n t o
P o e n t e g r a n a d i n o
Iglesia de SanGabriel: Considerada Bem deInteresse Cultural foiconstruída no s. XVI noestilo renascentista.Sobressai o relevo daAnunciação da fachadalateral.
Antigua Casa deCabildos:
Exemplo maravilhoso daarquitectura civil do
s. XVI, situada na Plazade la Constitución. É a
sede actual da BibliotecaPública.
Alcazaba e Caserón de los AlcaidesCristianos: Recinto amuralhado originário do s. X situadonuma colina no coração de Loja. No seu interi-or os cristãos erigiram o casarão renascentistados Alcaides Cristãos.
PortilloNaveros
PaseoMontesJovellar
Hinojosa
PlazaLos Presos
Llana
Ca�o Wamba
Angustias
Plaza de laConstituci�n
68 69U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o
S e r r a T e j e d a , A l m i j a r a e A l h a m a
A lhama de Granada, uma povoa-ção pitoresca que toma o seu
nome dos seus Banhos termais, al-ham-mam em árabe. Uma fortaleza inex-pugnável pendu-rada de um“Tajo”(fenda)muito pro-fundo cujaconquistapelos ReisCatólicos em1482 foi um dasderrotas mais duraspara os muçulmanos doReino de Granada, inspirando oromance "Ay de mi Alhama!”.Passear pelo Bairro Árabe étoda uma experiência paraos sentidos.
Castelo,edificado
sobre as ruí-nas da for-taleza islâ-
mica
Iglesia del Carmen, Renascentista e barroca, à beira da enorme e profunda fenda.
Masmorras: Desde a Igreja das Angustias pode-se
aceder às Masmorras escavadaspelos muçulmanos na rocha.
Hospital de la Reina,com um estilogótico/mudéjar, foi oprimeiro Hospital deSangue do Reino deGranada. Sobressaemas armaduras mudéjaresdos seus tectos.
Iglesia de laEncarnación, A jóia mais apreciadade Alhama.Mandada erigir sobreuma mesquita morna época dos ReisCatólicos, com umestilo gótico tardio, asua silhueta sobressaisobre a parte alta davila.
Alhama
Caño Wamba, Antiga fonte com os escu-dos de armas dos ReisCatólicos e Carlos I.
70 71U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o
S e r r a T e j e d a , A l m i j a r a e A l h a m a
E ntre o Poente Granadino e a
província de Málaga, forman-
do uma barreira natural com o
Mediterrâneo, prolonga-se o
Parque Natural das Serras de
Tejeda, Almijara e Alhama. Uma
paisagem de pin-
heiros, sobreiros
e carvalhos coro-
ada pelos cumes
da Maroma
(2.080 m.) e do
Lucero (1.638 m.)
onde se integram
per fe i tamente
povoações como Alhama de
Granada, Arenas del Rey e
Jayena.
O Poente sul
também alberga
lugares como los
Tajos del río
Cacín (fendas), a
represa dos
Bermejales e os
“Tajos” de Alhama,
paredes verticais
impressionantes sobre
as quais está situada
Alhama de Granada.
Balneario de Alhama deGranada: os Banhos ter-mais de Alhama, originá-
rios da época romana,ainda conservam as estru-
turas da época de Al-Andalus. As águas surgem
dos mananciais a umatemperatura de 57º C.
Arenas del Reymostra um urbanismode ruas rectas e largas,por ter sido reconstruí-da após o terramotode 1884.
Jayena, em plena Serrade Tejeda, Almijara e
Alhama, é uma povoa-ção com ares mouris-
cos, com vielas estreitascantinhos fascinantes.
Embalse de losBermejales.(represa)
Arredores do rio Cacín,lugar ideal para desfrutar
de um tranquilo dia depesca
73c o m e n c a n t o72 U m a p r o v i n c i a
D esde a cidade de Granada até o
extremo nordeste da província,
seguindo pela auto-estrada A-92,
encontramo-nos com as comarcas de
Guadix e Marquesado, e Baza -
Huéscar: O Altiplano.
Lugares naturais, cidades
monumentais, dólmenes, ruí-
nas arqueológicas e aldeia pito-
rescas salpicam este itinerário
pela zona de levante e o norte gra-
nadino.
Um percurso por um caminho mile-
nário que comunicava o Levante
peninsular com a Andaluzia ociden-
tal, ponto de encontro das culturas
mais diversas desde a Pré-história,
cujos vestígios ainda podem ser con-
templados nestas povoações carre-
gadas de História e de lendas.
Guadix
Jérez delMarquesado
Lanteira
Alquife
Aldeire
La Calahorra
Ferreira
Cogollos Vega
NívarVíznar
Huétor-Santillán
GRANADA
Gorafe
Baza
Cúllar
OrceGalera
Huéscar
Iznalloz
Píñar
Parque NaturalSierra de Huétor
Parque NaturalSierra de Baza
Parque NaturalSierra de Castril
PueblaDon Fadrique
La Sagra2.382
Castril
La Calahorra: Dianteda encosta norte da
Serra Nevada está situa-da a capital do
Marquesado do Zenete,dominada pelo seu
Castelo renascentista.
Dólmenes de GorafeGorafe alberga a maior con-
centração de dólmenes daPenínsula, um bom convite
para os apaixonados pelaarqueologia.
Orce: Além da sua enor-me riqueza arqueológica,
o valioso patrimóniomonumental de Orce fazdesta povoação um lugar
muito atraente desde oponto de vista cultural.
A l e s t e e n o r t e d e G r a n a d a
gruta da província granadina que pode
ser visitada pelo público,
recebendo aproximadamen-
te 50.000 visitantes por ano,
especialmente grupos de alu-
nos das escolas.
A visita guiada da Gruta rea-
liza-se mediante um percurso
perfeitamente habilitado para qualquer
pessoa,
dada a
ausência de
barreiras arquitectóni-
cas. Maquetas, painéis interactivos
e instalações a escala real ilustram o pro-
cesso de formação da gruta no decurso
do tempo, bem como as diferentes eta-
pas de ocupação animal e humana.
A muito poucos quilómetros da capi-
tal granadina está situada Iznalloz,
uma povoação muito pitoresca cujo
nome em árabe significa “Castelo da
amendoeira”, onde é possível visitar o
“Pósito” e a Igreja de Nossa Sra. dos
Remédios, originária do s. XVI, além das
ruínas do Castelo islâmico.
Nesta zona rica em vestígios arqueológi-
cos pode-se visitar, mediante uma auto-
rização prévia da Câmara
Municipal, a Cueva del Agua
(Gruta da Água), que alber-
ga pinturas rupestres inte-
ressantes.
Um pouco mais ao norte
está situado Píñar, coroa-
do pelo Castelo Árabe.
Um lugar com um povoa-
mento remoto, como
demonstram os vestígios
arqueológicos encontra-
dos em grutas como a da
Carigüela.
Na circunscrição municipal está situada a
Cueva de las Ventanas (gruta das janelas),
onde podemos observar uma combina-
ção entre o interesse geológico do seu
impressionante modelado cársico, com o
cultural, pois apresenta vestígios de uma
sequência de ocupação humana que teve
a sua origem no Paleolítico. É a única
74 75U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o
G r u t a s c o m h i s t ó r i a
Durante o percursopodem observar-semaquetas que reconstro-em o habitat dos povoa-dores pré-históricos dagruta.
O percurso estabelecido pelointerior da Cueva de lasVentanas não tem barreirasarquitectónicas, o que facilitao acesso para qualquer tipode pessoas.
A Serra Arana é umespaço natural muito
rico em vestígiosarqueológicos. Paraalém da Cueva del
Agua, no municípiode Iznalloz existem
vários abrigos daépoca Neolítico e da
Idade do Bronze compinturas rupestres,
bem como vestígiosdos períodos muste-
riense e aurinaciense.
Gru
tas
76
O itinerário decorre pelas
povoações que fazem parte
da sua circunscrição municipal com
o Parque Natural da Serra de
Huétor, desde Cogollos Vega até
Diezma. Um paraíso natural a
muito poucos quilómetros da capi-
tal granadina.
Nívar: pequenapovoação serranaonde sobressai aPraça da Igreja,exemplo da arqui-tectura popular dazona.
Cogollos-Vega: rodeadopor uma paisagem de
montanha de meia altura,com carvalhos e azinhei-ras. Recomenda-se visitar
a Igreja Paroquial do s.XVII, cujo interior alberga
uma imagem daImaculada atribuída ao
escultor Alonso Cano, eaos Banhos Árabes.
77U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o
S e r r a d e H u é t o r
Alfacar: povoação com uma longa tradição padeira conhecidacomo “la tahona de Granada” (a padaria de Granada), cujas ori-
gens recuam até à época muçulmana. A Igreja Paroquial daEncarnação foi edificada por Diego de Siloé no s. XVI.
Víznar: no Palácio de “El Cuzco”, edificado em1800, esteve preso Federico García Lorca antes deser fuzilado num barranco próximo da povoação.
Huétor-Santillán: imersanuma paisagem com umagrande beleza, no Parque
Natural ao que dá onome, conserva uma
Igreja Paroquial origináriado s. XVI.
Serra de Huétor
79c o m e n c a n t o
M a r q u e s a d o
78 U m a p r o v i n c i a
G u a d i x e
A Acci ibérica, posteriormente colónia
Iulia Gemella Acci romana, tomou o
seu nome do árabe Guad-Haix, “rio da
vida”. Durante o século XV foi a corte de El
Zagal, quem entregou a cidade aos Reis
Católicos em 1489. Uma cidade monumen-
tal donde sobressaem edifícios como a
Alcáçova e a Catedral, onde se fundem os
estilos gótico, renascentista e barroco. Desde
o Mirador de la Magdalena pode-se con-
templar umas vistas muito bonitas.
Na parte alta da povoa-
ção estão situados os
bairros de casas/gru-
tas, criando uma pai-
sagem caracterizada
pelo contraste entre
a terra vermelhona e
as fachadas e as
chaminés caiadas.
Iglesia de Santiago,construída sobre uma
antiga mesquita, a suatorre mudéjar faz lem-
brara a herança do Islão,fundida com a porta
renascentista de Diegode Siloé.
A Alcazaba: considerada Monumento Nacional é ori-ginária da época do califado; a Alcáçova,ou seja, fortaleza e ao mesmo tempopalácio, desde os seus torreões avista-seuma panorâmica da cidade e a veiga.
Ayuntamiento (CâmaraMunicipal): El Balcón de losCorregidores (A Varanda dosCorregedores), do s. XVII, éum dos lugares mais bonitosda Praça da Constituição,uma praça rodeada de arcosque reflecte o estilo da repo-voação dos cristãos chegadosapós a reconquista.
Gua
dix
Catedral, construída sobre omesmo lugar da mesquita mor,começou a ser edificada no s.XVI; gótica e renascentista nointerior, foi rematada na épocabarroca. A fachada principal fazlembrar o estilo de Borromini,enquanto que a sua torre impo-nente coroa a cidade.
Buen Aire
PlazaHuerto
BarradasAlamo
Alarc�n Conc
epci�
n
Villa
ltaP.
Alta
Santist
ebanSan M
iguel
Cruz de Piedra
80 81U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o
E l M a r q u e s a d o
Ferreira,pequenapovoação comruas estreitase empinadasmuito rica emjazigos deferro.
Lanteira aparece entreleitos de água e arvore-dos. Além da Igreja deSanta Maria daAnunciação, conservavestígios de duas fortale-zas e uma cisterna árabe.
Jérez delMarquesado:Situado junto à nas-cente do rio Verde, apaisagem que arodeia contrasta coma cal das suas pare-des e as telhas ver-melhonas.
Castillo de La Calahorra:considerado Monumento
Histórico/Artístico Nacional,esta fortaleza de estilo plate-
resco começada a edificar em1509 alberga no seu interior
um palácio renascentistamuito bonito, o que consti-tuiu toda uma novidade na
sua época. Foi erigido sobreuma colina dominando toda apaisagem, coroando a antiga
capital do senhorio de D.Rodrigo de Mendoza, mar-
quês del Zenete.
El MarquesadoG uadix, ville d’histoire, est le
point de départ pour connaître
des zones comme le Marquesado
del Zenete, dans les
contreforts du versant
nord de Sierra Nevada.
Une région de grand
intérêt pour son paysa-
ge parsemé de petits
villages agricoles blancs
qui surgissent entre
châtaigniers et petites
rivières, en formant alors des cartes
postales d’une grande beauté.
Alquife, povoação comuma origem mineira,
cujo topónimo emárabe Al-Kahf significa
“a gruta”. As suaminas ao ar livre dão
lugar a uma paisagemmuito peculiar.
82 83U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o
G u a d i x e M a r q u e s a d o D ó l m e n e s d e G o r a f e
A circunscrição municipal de
Gorafe alberga a maior con-
centração de dólmenes da Penínsu-
la Ibérica, aproximadamente
duzentos enterramentos megalí-
ticos com tipologias diversas.
Para dar a conhecer este interes-
sante património
arqueológico foi
criado o Parque
Temático Inte-
gral sobre o
M e g a l i t i s m o ,
incluindo diversos
percursos que
levam até os dife-
rentes dólmenes.
Os dólmenes são umasdas primeiras manifes-tações arquitectónicasque a humanidade con-heceu; trata-se de edifi-cações funerárias cons-truídas com pedras degrande tamanho oumegálitos cuja apariçãonesta zona surgiu noNeolítico Final, no prin-cípio do III milénio.Integrados perfeita-mente com a paisa-gem circundante, cons-tituem um conjuntocom um valor históricoe patrimonial enorme.
Meg
álitos
monumental muito rico, legado pelas dife-
rentes culturas que a habitaram ao longo
da História. Uma povoação que oferece
desde vestígios muito interessantes con-
servados no Museu Arqueológico até à
monumental colegiada da Catedral de la
Encarnación, passando por um dos
Banhos Árabes mais antigos da
Península.
Entre Baza e Castril,
prolonga-se uma pai-
sagem lunar salpica-
da de casas/gruta
como as de
Benamaurel, onde
as águas azuis da
represa do Negratín contrastam com
as tonalidades ocres da terra. Castril, cujas
casas brancas trepam pela ladeira do enor-
me penhasco sobre a que ainda se erguem
os vestígios do Castelo islâ-
mico, é a porta do Parque
Natural da Sierra de Castril;
neste lugar encontra-se a
Gruta de Dom Fernando, a
mais comprida e profunda
da província de Granada.
84 85U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o
O A l t i p l a n o B a z a e C a s t r i l
Colegiada da Catedral dela Encarnación
(s. XVI), consideradaMonumento Nacional; umtemplo imponente de ori-gem gótico e traça renas-centista edificado sobre aantiga mesquita, com ummagnífico tecto lavrado
no seu interior.
Banhos Árabes(s. X), uns dos mais
antigos conservados daépoca islâmica. Está situa-do no Barrio de la Judería
(Bairro Judeu).
A cidade milenária de Baza, a
primitiva Basti ibérica e
romana baptizada com o nome de
Batza pelos muçulmanos, conserva
um património Baz
a
Alcáçova islâmica (s. XII): situada na zona mais alta da cidade,desde aqui pode avistar-se uma belapanorâmica de Baza.
Arresto
Dolores
Bo l i c he
Aduana
Audiencia
Luis Maga
�a
Zapater�
a
Tener�as
Plaza delas Eras
PlazaMayor
Trillo
86 87U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o
O A l t i p l a n o C ú l l a r , G a l e r a e O r c e
U m percurso por uma das
zonas de maior valor arqueo-
lógico da província. Um lago imen-
so cobria a paisagem actual de
aspecto lunar, onde se acumulam
vestígios arqueológicos que abran-
gem desde o Paleolítico até à
época ibérica, passando pelo
Calcolítico e la cultura Argárica.
A lém de ser conhecida pelosvestígios como o de Venta
Micena, onde foram encontradosvestígios paleontológicos importan-
tes , esta povoação oferece tambémum património monumental inte-ressante. Os povoadores muçulma-nos deixaram os seus vestígios emmonumentos como a Alcáçova dasSete Torres, em cuja Torre deMenagem está situado o Museu dePré-história e Paleontologia, ondesão expostas peças arqueológicas evestígios ósseos encontrados nasescavações arqueológicas realizadasno município.
Galera alberga na suacircunscrição municipalvestígios arqueológicos
de diferentes épocas,como o Castellón Alto,
pertencente à culturaargárica, e a NecrópoleIbérica de Tútugi, entrecujos vestígios sobressai
a Deusa de Galera, deorigem fenícia.
Deserto de Galera:paisagem com uma
origem lacustre sulca-da por rios que for-
mam corredores ver-des.
Cúllar: de origem romana, entre os seusmonumentos sobressaem a Igreja renascen-tista (s. XVI), a Câmara Municipal e oPalácio dos Marqueses de Candino, doséculo XVII.
Alcazaba de las SieteTorres, originária do séculoXI, a parte alta do edifício foiconstruída na época renas-centista. A Torre deMenagem, sede actual doMuseu arqueológico, foi edi-ficada no século XVI.
Recomenda-se visitar oPalácio dos Belmonte, tam-bém chamado “CasaGrande”, situado na Praça,centro neurálgico da povoa-ção; a Igreja, do século XVII,e o Passeio dos Canos, umpasseio muito agradável sal-picado por árvores e fontesonde se encontra a Pousadados Canos, da qual era pro-prietária a família dosSegura.
Palácio de los Segura: foiconstruído durante os sécu-los XVI e XVII.
Orce
89c o m e n c a n t o
H u é s c a r a L a S a g r a
88 U m a p r o v i n c i a
O A l t i p l a n o
C asas senhoriais com brasões
com escudos de armas, igrejas
e cantinhos carregados de História
constituem esta povoação monu-
mental, denominada Osca na
época romana. Entre o seu rico
património sobressai a imponente
Colegiata de Nuestra
Señora de la
Enca r nac ión
ou Santa
María la
Mayor, con-
s i d e r a d a
Monumento
Nacional.
Parque RodríguezPenalva, Autêntico pulmão
da povoação, com arvore-dos e cantinhos deliciosos eperfeitos para desfrutar depasseios muito aprazíveis.
Colegiada de NuestraSeñora de la Encarnaciónou Santa María la Mayor:
Autêntico emblema dapovoação foi construída aprincípios do s. XVI sob a
direcção de Diego de Siloéno estilo gótico - renascen-
tista.
Hu
ésca
rConvento de Santo Domingo:Originário do s. XVI foi transfor-
mado no Teatro Oscense no s.XIX; la igreja conserva um emol-
durado mudéjar nos tectosmuito valioso.
Após atravessar uma paisagemsalpicada de serras chega-seaté Puebla de Don Fadrique,em cujo património é bempatente os vestígios dos povosque vieram do norte daPenínsula para repovoar estazona após a conquista cristã. Edas igrejas e das casas/paláciopassamos para a imponenteSerra da Sagra, com os seus2.382 m. de altitude, uma pai-sagem alpina em cujo sopécrescem, caminho da Represade San Clemente, imensassequóias importadas daAmérica.
Casa de los Penalva, Exemplode arquitectura civil oscense. Opassado nobiliário da povoaçãofica reflectido no elevadonúmero de casas/palácio.
Iglesia de Santiago, Erigida aprincípios do s. XV sobre osvestígios da mesquita mor noestilo gótico, está situada juntode ruas que fazem lembrar opassado muçulmano da povoa-ção como Morería (mouraria)ou Alhóndiga (celeiro).
Alh�ndiga
Campanas
Nueva Santa Ana
Carril
Morer�a
Ceballos
Tiendas
Paseo del Santo Cristo
Comercio
A herança mourisca torna-se
patente no artesanato gra-
nadino, especialmente na cerâmi-
ca e na marchetaria.
Outras actividades que
têm a sua origem em
épocas mas antigas,
como a cestaria e o
esparto ou a cerâmica de Guadix.
O artesanato, uma activi-
dade em declínio faz já
alguns anos, passou a ser
considerada como um
trabalho artístico.
Utensílios que antes eram
elaborados para a vida
quotidiana são valorados
hoje em dia como objec-
tos de arte aos quais
cada autor conferiu umas
características únicas,
fruto da sua dedicação
pessoal para cada um
deles.
A r t e s a n a t o
Vime e esparto: em toda a pro-vínciaMarcenaria artística: Granada,Capileira e BazaMarchetaria: GranadaTecelagem em teares: Granada,la Alpujarra, Alhendín, Beas deGranada, La ZubiaCerâmica: Granada, Otura, Jun,Monachil, la Alpujarra, Alhama,Loja, Huéscar, Guadix, Purullena,Motril, AlmuñécarBordados em tule: PoenteGranadinoMetal: Granada, Armilla, CájarInstrumentos musicais decorda: Granada, Baza eHuéscarOurivesaria: Granada, laAlpujarraCabedal: Granada, laAlpujarra, Salobreña,Almuñécar
91e a s u a p r o v í n c i a90 G r a n a d a
“Potajes y Pucheros”
(Legumes guisados
e Sopas):
Os Invernos frios dointerior granadinosão acompanhadospor refeições consis-tentes confeccionadas à base de legumes,carne e plantas aromáticas. É difícil escol-her entre pratos como a “Olla de SanAntón” (Panela de Santo Antão), bacal-hau guisado com grão, a sopa de caldocom erva-doce, cabrito guisado com alho,borrego à moda de Segura, “gachas”(papas), migas, coelho de escabeche…
La repostería
(Os doces)::
Com uma evidente raiz
mourisca, com contribu-
tos judeus e cristãos, na
repostaria granadina
sobressaem as coalhadas
mouriscas, rosquilhas de
Loja, soprados de amên-
doa e o pão de figo da
Alpujarra, leite frito,
bolinhos de creme de
Santa Fé, toucinhos do
céu
de
Guadix, torta real de
Motril e produtos dos
conventos de Granada
como marmeladas, doces
com batata-doce, bolos
manteiguentos e frutas
cristalizadas.
93
Gastronomia em Granada e a
sua província
A extraordinária gastro-
nomia granadina é o
fruto da mestiçagem de cul-
turas, herança dos inumerá-
veis povos que passaram pela pro-
víncia: fenícios, romanos,
m u ç u l m a -
nos, judeus
e cristãos.
A Veiga:
Rodeando a cidade de Granada pro-longa-se a fértil Veiga queproporciona amatéria-primapara uns pratossingelos e aomesmo tempo saboro-sos, como as favas com presunto, “pipi-rranas” ou as “papas a lo pobre” (batatasguisadas). Um prato excelente da capitalgranadina é a “tortilla Sacromonte”(omeleta), sem nos esquecer das sopasfrias como o gaspacho andaluz ou o“ajo blanco” (sopa fria de alhobranco).
Costa
Tropical:
O Mediterrâneo forne-ce às povoações cos-teiras peixes deliciosospescados, que sãocozinhados sem acom-panhamento ou combinados com arroz eprodutos da horta, elaborando guisados,sopas e saladas. Escabeches à base de peixeazul, lulas recheadas ou guisadas, peixe sal-gado, salada de tam-boril, molhos depeixe e as popu-lares espetadasde sardinhas, assa-das na brasa napraia. Para finalizar,frutos tropicais comochirimoyas, caquis,papaias e mangas, eum copo de rum dacana de açúcar deMotril.
La Alpujarra:
Comer naAlpujarra é umprazer para osapaixonados dacozinha tradicio-nal. Pratos base-ados nos produtos daterra como o “Pucherode Hinojo” (sopa deerva-doce), “Truchas conjamón” (trutas com pre-sunto), “Potaje de
Castañas” (guisado decastanhas), “gachas”(papas), “Estofado deconejo” (coelho guisa-do), “gachas de ajo”(papas de alho), “que-mao” (queimado), perdizde escabeche e saboro-sos produtos derivadosdo porco, sobressaindo oextraordinário presuntocom Denominação deQualidade de Trevélez.Tudo isto acompanhadocom os “Vinhos daTerra” da comarca“Contraviesa -Alpujarra”.
92 G r a n a d a
G a s t r o n o m i a
e a s u a p r o v í n c i a
P l a n o P r o v i n c i a l
N
E
S
O
Club Golf Moriscos Motril 58Club Golf Granada 7Coto intensivo Pesca 52Embalse Bermejales 32Embalse de Negratín 109Estación Esquí S. Nevada 26Guájares 49Cueva de las Ventanas 41P. Nat. Sª Húetor 10P. Nat. Sª Tejeda 41P. Nat. Sª Nevada 10P. Nat. Sª Castril 143P. Nat. Sª Baza 74P. Nacional Sª Nevada 12Peña de los Gitanos 39Poqueira 62Puerto de la Ragua 86Sierra de la Sagra 163Valle de Lecrín 24Venta Micena 153
Km.Aeropuerto 11Alhama de Granada 50Almuñécar 75Baza 101Calahorra, La 75Castril 143Fuente Vaqueros 15Gorafe 77Guadix 55Huéscar 149Illora 29Lanjarón 37Loja 47Moclín 29Montefrío 55Motril 60Orce 141Órgiva 46Salobreña 58Santa Fe 11Trevélez 81
Km.
DISTÂNCIAS DESDE GRANADA ATÉ