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Instituto de Biociências Departamento de Anatomia 1 Distrito de Rubião Júnior s/n CEP 18618-689 Botucatu SP Brasil Tel 14 3880 0012 - fax 14 3815 3744 [email protected] Guia para Uso do Biotério do Departamento de Anatomia - IBB Maio de 2017 Ração Avisar na secretaria quando o estoque chegar a 3 sacos ou menos. Maravalha Avisar na secretaria quando o estoque chegar a 10 sacos ou menos. Repor a maravalha no recipiente para preenchimento de caixas. O estoque de maravalhas encontra-se no Biotério 06. Os sacos vazios de maravalha devem ser depositados na caixa identificada acima do armário do Biotério 04 (sala de lavagem). Avisar na secretaria quando a caixa estiver cheia. Ao retirar ração e maravalha do Biotério 06 (Estoque) anotar na prancheta a quantidade retirada e restante, nome do pesquisador/aluno, professor responsável e a data. Qualquer problema com equipamentos e infraestrutura, ocorrência não prevista neste Guia, ou acidente deve ser comunicado à Secretaria do Departamento ou docentes responsáveis pelo Biotério e ao Docente responsável pelo projeto de pesquisa em andamento Profa. Cintia ramal 0028 - [email protected] Prof. Anchieta ramal 0029 - [email protected]

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Guia para Uso do Biotério do

Departamento de Anatomia - IBB

Maio de 2017

Ração

Avisar na secretaria quando o estoque chegar a 3 sacos ou menos.

Maravalha

Avisar na secretaria quando o estoque chegar a 10 sacos ou menos.

Repor a maravalha no recipiente para preenchimento de caixas. O

estoque de maravalhas encontra-se no Biotério 06.

Os sacos vazios de maravalha devem ser depositados na caixa

identificada acima do armário do Biotério 04 (sala de lavagem). Avisar

na secretaria quando a caixa estiver cheia.

Ao retirar ração e maravalha do Biotério 06 (Estoque) anotar na

prancheta a quantidade retirada e restante, nome do

pesquisador/aluno, professor responsável e a data.

Qualquer problema com equipamentos e infraestrutura,

ocorrência não prevista neste Guia, ou acidente deve ser

comunicado à Secretaria do Departamento ou docentes

responsáveis pelo Biotério e ao Docente responsável pelo projeto

de pesquisa em andamento

Profa. Cintia – ramal 0028 - [email protected]

Prof. Anchieta – ramal 0029 - [email protected]

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Índice páginas

Avisos 01

Normas para utilização do Biotério 03

Materiais disponíveis 05

Orientações Gerais

- Vacinação obrigatória 06

- Em caso de mordidas de roedores 06

- Chegada dos animais ao Biotério 07

Orientações para limpeza

- Checklist para limpeza diária 08

- Limpeza das caixas 08

- Limpeza das garrafas de vidro 09

- Limpeza de bicos e rolhas 09

- Limpeza das grades metálicas 09

- Limpeza ao concluir o experimento 09

Guia de manipulação de ratos e camundongos

- Manuseio dos animais 10

- Imobilização dos animais 10

- Transferência de gaiolas 10

- Contenção para inoculações 11

- Contenção manual para ratos 11

- Contenção manual para camundongos 12

- Gavagem 12

- Administração peritoneal 13

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ANEXO II

NORMAS PARA UTILIZAÇÃO DO BIOTÉRIO DO DEPARTAMENTO DE ANATOMIA

1. O uso das dependências do Biotério será autorizado mediante aprovação do Cadastro pelo Conselho do

Departamento e para pesquisas aprovadas pela Comissão de Ética no Uso de Animais do IBB (CEUA-

IBB). O docente responsável pelo projeto deve estar ciente e é co-responsável pelas atividades realizadas

nos biotérios de seus orientados. Em caso de dúvidas consulte-o. A ficha para cadastro encontra-se na

Secretaria do Departamento de Anatomia ou no site do Departamento. Anexar ao cadastro cópia

digitalizada do certificado do CEUA;

2. É proibida a entrada no Biotério de pessoas não autorizadas;

3. É proibida a entrada de usuários no Biotério com vestimentas inadequadas como bermudas, saias,

chinelos, sandálias e bonés;

4. O Biotério está estruturado para abrigar ratos e camundongos, sendo vetada a manutenção de animais de

outras espécies sem autorização prévia;

5. É obrigatório o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) tais como: avental, luvas, máscaras.

Outros EPIs podem ser utilizados sempre que necessário;

6. É obrigatória a vacinação do usuário antes do início das atividades no Biotério com as seguintes vacinas:

Tétano, Hepatite B, Febre Amarela e Tríplice viral (Sarampo, Rubéola e Caxumba).

7. Nas áreas de criação, higienização, esterilização e experimentação é proibido comer, beber, fumar e falar

alto. Evite usar perfumes. Não é recomendável o uso de celulares no biotério e é proibida sua utilização

com alto-falantes ligados em qualquer dependência do biotério.

“Os animais podem se adaptar aos ruídos contínuos no ambiente, mas os ruídos de longa duração e alta

intensidade ou agudos são perturbadores, causando estresse, alterações metabólicas, redução da

fertilidade, canibalismo e danos ao aparelho auditivo. (...) O sentido mais desenvolvido e importante dos

ratos e camundongos é o olfato. Por meio de odores naturais ou da urina, os machos demarcam

território. São capazes de identificar alimentos, membros do sexo oposto, intrusos e ainda reconhecer o

odor da pessoa que limpa a sua gaiola e lhes fornece alimento. Por isso, o experimentador deve evitar o

uso de perfumes, anestésicos voláteis e a presença de sangue fresco em aventais ou sobre bancadas.”

http://www.fo.usp.br/wp-content/uploads/Manual-Cuidados-com-Animais.pdf

8. Fica vetado o uso das instalações do Biotério para realização de procedimentos como sangrias e

inoculações (exceto gavagem e coleta de lavado vaginal), devendo esses serem realizados na sala de

cirurgia do laboratório de pesquisa multiusuário;

9. É vetada a retirada de qualquer material do Biotério sem autorização dos docentes responsáveis pelo

biotério;

10. Zelar pela salubridade do ambiente e proporcionar descarte correto dos animais e materiais:

10.1. Não há servidores responsáveis pela limpeza dos biotérios. Toda a manutenção diária é realizada

pelos usuários. Assim, nunca deixe materiais sujos para serem limpos por alguém, termine a organização

do ambiente no final de suas atividades e antes da saída definitiva dos biotérios. Realizar a limpeza das

salas do Biotério (pia, chão, balcões, equipamentos e vidrarias) IMEDIATAMENTE após sua utilização;

10.2. Animais mortos devem ser colocados em sacos de lixo branco (lixo biológico e hospitalar) e esse

depositado na estação de coleta de lixo contaminado ao lado do Departamento de Genética do IBB, última

porta a direita da estação, das 7 h às 11h. Fora deste período, o material a ser descartado deve ser

armazenado em freezer -20°C reservado para esta finalidade e localizado no laboratório de pesquisa, para

devido descarte pelo usuário impreterivelmente no dia seguinte;

10.3. DESCARTAR agulhas, lâminas, vidrarias quebradas e demais materiais perfurocortantes dentro de

caixa própria para este fim (DESCARPACK). Cacos de vidros grandes (bebedouros, frascos vazios, etc)

devem ser embrulhados com papel ou caixa de papelão com a identificação “CONTEM VIDRO

QUEBRADO” antes do descarte em lixo branco ou comum;

11. REPOR os materiais de uso comum (luvas, sacos de lixo, detergente, álcool, Kilol, esponjas, maravalha

e ração);

12. Nunca repor insumos de animais que não estejam sob sua responsabilidade, sem a autorização dos

responsáveis por estes animais. Isto pode influenciar com experimentos em andamento. Na dúvida,

sempre entre em contato com o responsável pelo animal antes de tomar uma atitude.

13. Avisos sobre a necessidade de reposição do estoque de EPIs, reagentes, maravalha e ração:

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13.1. Avisar o técnico do laboratório de pesquisa Sr. Gelson sobre os EPIs, reagentes ou outros materiais de

limpeza que estejam acabando, solicitando reposição.

13.2. Avisar a secretaria do Departamento quando restarem 10 sacos ou menos de maravalha e 3 sacos ou

menos de ração no Biotério 6 (sala de estoque);

13.3. Em ambos os casos sempre comunicar o docente responsável pelo projeto sobre a necessidade de

reposição do estoque do departamento para acompanhamento.

14. Faz-se obrigatória a comunicação de qualquer problema com equipamentos ou infraestrutura, ocorrência

que não conste neste manual ou acidente, para o docente responsável pelo projeto de pesquisa e para a

secretaria do departamento ou docentes responsáveis pelo Biotério, atualmente Profa. Cintia

([email protected]) e Prof. Anchieta ([email protected]);

15. Participar de reuniões de organização e de orientação quando solicitado;

16. Participar da limpeza geral dos Biotérios;

17. Informar a conclusão ou desistência das atividades aos docentes responsáveis pelo biotério.

18. Antes da assinatura desse termo responda o questionário no link:

https://goo.gl/forms/JM24tBJlGwk5DILr1

19. A aprovação do cadastro está condicionada a obtenção pontuação máxima no questionário.

Nome :______________________________________________________Data:_____ / ____/ _____

Assinatura:________________________________________________________________________

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MATERIAIS DISPONÍVEIS

Na falta de material, solicitar ao técnico do Laboratório de pesquisa, Sr.

Gelson.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI’s)

*USO OBRIGATÓRIO*

- luvas de procedimento

- máscaras descartáveis

MATERIAIS DE LIMPEZA

- detergente

- desinfetante

- água sanitária

- esponjas de limpeza dupla face

- saco plástico branco (sacos de lixo)

MARAVALHA E RAÇÃO (estoque)

GRADES, GAIOLAS, BEBEDOUROS E BICOS

ETIQUETAS PARA IDENTIFICAÇÃO DAS GAIOLAS

Armário do Biotério 04

Armário do Biotério 04

Biotério 06

Biotério 06

Secretaria do Departamento

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ORIENTAÇÕES GERAIS

Vacinas obrigatórias antes do início das atividades no Biotério

- Tétano

- Hepatite B

- Febre Amarela

- Tríplice viral (Sarampo, Rubéola e Caxumba)

Levar carteira de vacinação ao Centro de Referência de Imunobiológicos

Especiais (CRIE) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu

(HCFMB) para atualizar as vacinas.

Em caso de mordidas de ratos ou camundongos

- Lave o local com água e sabão;

- Envolver com uma gaze;

- Procurar atendimento médico.

Os produtos como peróxido de hidrogênio (água oxigenada), iodo ou

álcool não devem ser aplicados na região. Não faça curativos.

O médico irá analisar a mordida, vendo se serão necessários pontos. É

importante levar a sua carteira de vacinas para verificar se a sua vacina

antitetânica está em dia.

Embora seja muito rara, a mordida pode causar a febre da mordida do

rato. Refere-se a uma infecção ocasionada por Streptobacillus moniliformis,

bactéria encontrada na cavidade oral e garganta de ratos saudáveis.

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Chegada dos animais ao Biotério

1. Acondicionar os animais na sala indicada pelo docente responsável pelos

Biotérios e verificar o suprimento de água e ração;

2. Identificar as gaiolas/caixas com etiqueta padrão (disponível na

secretaria do Departamento);

3. Aplicar Fipronil a 1% na dose de 100µl/Kg do peso do animal

(usualmente aplicamos 25µl na chegada como medida profilática). O

Fipronil é um composto utilizado no controle de pulgas, carrapatos e

piolhos. Além do controle de ectoparasitas, o Fipronil é interessante

como auxiliar no combate da dermatite alérgica à picada de pulgas,

juntamente com o tratamento dos sintomas da doença.

A partir do momento em que os animais solicitados pelo pesquisador

chegam ao Biotério do Departamento de Anatomia, é recomendado um período

de adaptação de uma a duas semanas. A adaptação proporciona aos animais a

oportunidade de se recuperarem do transporte e de se aclimatizarem em seu

novo ambiente.

Nesse período, o operador deve manuseá-los para que se adaptem ao

seu cheiro e à rotina do manuseio e para introduzir o treinamento das técnicas

e procedimentos que serão realizados.

O conhecimento das técnicas que serão realizadas nos animais e os

treinamentos prévios garantem a maior qualidade do resultado dos

procedimentos.

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ORIENTAÇÕES PARA LIMPEZA

Checklist para limpeza diária

1. Preparar gaiolas/caixas limpas com maravalha;

2. Repor maravalha na “piscina”/recipiente para encher as gaiolas/caixas;

3. Transferir os animais para as gaiolas/caixas limpas;

4. Trocar/repor água e ração;

5. Descartar maravalha suja em saco branco;

6. Lavar gaiolas/caixas (ver instruções abaixo);

7. Colocar as caixas para secar;

8. Depositar o saco branco (maravalha suja) na estação de coleta de lixo

(ver instruções abaixo);

9. Passar pano úmido nas prateleiras onde estão os animais;

10. Varrer e passar pano no chão do biotério dos animais e na sala de

limpeza Biotério 04;

11. Lavar os panos de chão (água e detergente);

12. Deixar panos para secar na sala correspondente.

Em caso de dúvidas, SEMPRE pergunte (1º) ao seu orientador ou (2º) aos

Professores Responsáveis pelo Biotério.

Limpeza das caixas

1. Descarte a maravalha suja em saco de lixo branco;

2. Esfregue a caixa com detergente e esponja;

3. Enxague com água abundante;

4. Borrife solução Kilol-L (1 ml de Kilol-L : 250 ml de água);

5. Deixe secar.

O saco de lixo branco (material biológico infectante) deve ser fechado e

depositado na estação de coleta de lixo contaminado ao lado do Departamento

de Genética do IBB, última porta a direita da estação, preferencialmente das 7

h às 11h.

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Limpeza das garrafas de vidro (bebedouros)

1. Lave as garrafas com escova e/ou esponja de limpeza dupla face e

detergente;

2. Enxague com água abundante;

3. Coloque-as na estufa de secagem.

Limpeza de bicos e rolhas (deve ser feito periodicamente)

1. Deixe-os de molho em solução de 10% de Hipoclorito de sódio (água

sanitária) com detergente por 1 hora;

2. Esfregue com esponja;

3. Enxague em água abundante;

4. Coloque-os na estufa de secagem.

Limpeza das grades metálicas (deve ser feito periodicamente)

1. Deixe-os de molho em solução de 10% de hipoclorito de sódio (água

sanitária) com detergente por 1 hora;

2. Esfregue com esponja e/ou escova;

3. Enxague em água abundante;

4. Borrife com álcool 70%;

5. Deixe secar em temperatura ambiente.

Limpeza ao concluir a parte experimental do projeto

Ao concluir seu período de experimento no biotério, comunique ao professor

responsável e organize os materiais sob sua responsabilidade da seguinte

maneira:

1. Lave e higienize as caixas com solução de Kilol-L antes de guardá-las

secas no almoxarifado da sala 06 do Biotério;

2. Lave e limpe as grades metálicas com solução de álcool 70% antes de

guardá-las no almoxarifado do Biotério 06;

3. Lave as garrafas de vidro com o auxílio da escova, da esponja de limpeza

dupla face e do detergente e coloque-as na estufa de secagem. Após a

secagem guarde-as no armário localizado na sala 06 do biotério;

4. Limpe as prateleiras de madeira, retire o pó com pano úmido.

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PROCEDIMENTOS DE MANIPULAÇÃO DE RATOS E CAMUNDONGOS

Todas as informações abaixo foram extraídas e adaptadas do “Manual de Cuidados e

Procedimentos com Animais de Laboratório do Biotério de Produção e

Experimentação da FCF-IQ/USP”, editores Silvânia M.P. Neves, Jorge Mancini Filho e

Elizabete Wenzel de Menezes, 2013(http://www.fo.usp.br/wp-content/uploads/Manual-Cuidados-com-Animais.pdf). Texto

e imagens incluídos com consentimento dos editores.

Manuseio dos animais

Os animais devem ser abordados, manipulados e contidos com cuidado e profundo respeito, devendo ser tomadas todas as precauções possíveis com o intuito de garantir o mínimo de estresse durante a manipulação.

O conhecimento das técnicas que serão realizadas nos animais e os treinamentos prévios com os usuários do biotério devem ser realizados com auxílio do

professor responsável pelo projeto de pesquisa.

Imobilização dos animais Transferência de gaiolas

Ao lidar com os animais, devem-se evitar agitação e movimentos bruscos. Deve-se esperar alguns instantes para que os animais investiguem a mão do operador

e o cheiro da luva.

Para a transferência de uma gaiola para

outra, bem como para a pesagem dos animais, os ratos devem ser manuseados de forma gentil e firme, suspendendo o

animal com a mão atrás das patas dianteiras e da cabeça, pelo meio do

corpo, ou pela base da cauda (Figura 1).

Figura 1. Manuseio de rato para troca de gaiola.

Já os camundongos são manuseados pela base da cauda. Se o trajeto for longo, deve-se apoiar o animal (Figura 2).

Figura 2. Manuseio de camundongos para a troca de gaiola.

Em caso de transferência de mãe com sua ninhada, a mãe é removida em

primeiro lugar, a fim de não provocar reações defensivas dela quando o ninho é

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retirado da gaiola. O ninho e todo o seu conteúdo devem ser levantados e levados para a nova gaiola, que deverá ser gentilmente recolocada na estante.

Contenção para inoculações

A contenção caracteriza-se pela imobilização de um animal por inteiro ou de parte dele, em um ambiente confortável e seguro, utilizando as mãos ou um

dispositivo artificial. A contenção é realizada no animal consciente, submetido a manipulação que não requer sedação ou anestesia, porém exige um posicionamento preciso dos animais. Uma boa contenção evita movimentos inesperados durante a

manipulação.

Contenção manual para ratos

A contenção manual consiste em apoiar a mão delicadamente sobre o dorso do animal e envolvê-la abaixo dos membros anteriores. Se necessário, segurar os

membros posteriores. Essa técnica pode ser realizada tanto dentro da gaiola como em cima da grade (Figura 3).

Figura 3. A) Contenção de rato segurando-lhe o pescoço com os dedos indicador e médio; B) Contenção de rato envolvendo-lhe o dorso abaixo dos membros anteriores.

Outro procedimento também consiste em apoiar a mão sobre o dorso do animal puxando-lhe toda a pele (Figura 4).

Figura 4. Contenção manual para ratos puxando-lhe toda a pele do dorso.

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Contenção manual para camundongos

Para realizar a contenção manual de camundongos, deve-se apoiar o animal em

uma grade e pegar-lhe a cauda pela base, puxando-a delicadamente para trás. Com isso, o animal tende a avançar e segurar a grade com suas patas dianteiras. Então, o

operador deve aproximar o dedo indicador e polegar da parte traseira. A dobra da pele do pescoço, muito perto das orelhas, é apreendida com o polegar e o indicador, enquanto a pele solta restante é apreendida com os outros dedos. É importante

prender bem a pele solta do pescoço, para que o animal não consiga virar e morder o operador. Ao girar a mão, o camundongo fica com sua face ventral virada para cima,

e sua cauda é então presa entre o dedo anular e a ponta do dedo mínimo (Figura 5).

A contenção não deve ser muito apertada, pois pode dificultar a respiração do animal, os olhos ficam saltados e a frequência cardíaca aumenta. Também não pode

ser muito solta, pois podem ocorrer acidentes: por exemplo, o animal pode girar e morder ou arranhar o operador. Deve-se atentar também para a aplicação incorreta

de injeções. Portanto, a perfeita contenção reduz o estresse do animal (Figura 5).

Figura 5. Contenção de camundongo puxando-lhe a pele do dorso.

Gavagem

A agulha ponta-bola é usada para evitar danos ao esôfago. O animal é

manualmente contido, sendo a imobilização da cabeça essencial nesse procedimento. A agulha é introduzida lentamente na cavidade oral, através da boca e da faringe para o esôfago resistência deve ser sentida, e deve-se assegurar que o tubo não penetre

na traquéia (Figura 6). A substância tem de ser administrada lentamente. Os roedores comem e bebem muitas vezes ao dia. Por esse motivo, dificilmente estão com o

estômago vazio. Como a distensão máxima do estômago é no final do período escuro e a quantidade mínima, no final do período claro, pequenos volumes devem ser administrados. Nenhuma resistência deve ser sentida, e deve-se assegurar que o tubo

não penetre na traquéia (Figura 6). A substância tem de ser administrada lentamente.

Os roedores comem e bebem muitas vezes ao dia. Por esse motivo, dificilmente

estão com o estômago vazio. Como a distensão máxima do estômago é no final do período escuro e a quantidade mínima, no final do período claro, pequenos volumes

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devem ser administrados no início do período claro. O volume indicado é de 1 mL de solução para cada 100 g de peso corporal. Se a solução for aquosa, esse volume pode

subir para 2 mL para cada 100 g de animal.

Figura 6. Gavagem em rato.

Administração intraperitoneal

O animal deve ser contido pelo dorso, como descrito no item “Contenção manual”. Com a contenção, o animal é posicionado com a sua face ventral voltada para cima.

Figura 7. A) O quadrante inferior esquerdo (3) é a melhor área para aplicar a injeção intraperitoneal; B) Injeção intraperitoneal em rato; C) Injeção intraperitoneal em camundongo.

Normalmente, a injeção é aplicada no quadrante posterior do abdome, do lado direito do animal e do esquerdo do operador. A substância é injetada na cavidade

peritoneal entre os órgãos abdominais. Algumas limitações da via intraperitoneal são a sensibilidade do tecido a substâncias irritantes e menos tolerância a soluções de pH

não fisiológicos, contudo é uma via que suporta grandes volumes (Figura 7).