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GUIA METODOLÓGICODO PROFESSOR

EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

5ª CLASSEENSINO PRIMÁRIO

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Titulo: Guia Metodológico do Professor - Educação Moral e Cívica da 5ª ClasseEnsino Primário Coordenação Geral: Manuel Afonso José Amândio F. Gomes João Adão Manuel Coordenação Técnica: Maria Milagre L. Freitas Cecília Maria da S. Vicente Autores:Dácia Francisca Ferreira da Conceição Domingas Teresa João Rita Francisco Manuel Neto

Editora: Fukuma Editores ([email protected])Paginação: Edson MacedoPré impressão, impressão e acabamento: Imprimarte SA Ano/ Edição: 2019 1ª Edição Tiragem: 950.000 ExemplaresN.º de Registo: 8831/2019

Reservados todos os Direitos. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o consentimento escrito do INIDE abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações, e o arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento judicial, de acordo com o estipulado no código dos direitos de autores.

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Índice

Tema 1: QUem SOU e QUem SÃO OS OUTROS? Somos diferentes, mas temos semelhanças ........................................................................... 08Hábiros da nossa vida diária .................................................................................................... 10Qualidades e Necessidades da Vida Social .............................................................................. 11Valores humanos ..................................................................................................................... 13

Tema 2: OS diReiTOS da FamÍLia A família e as suas necessidades .............................................................................................. 15Eu ajudo a construir a democracia no meu país ....................................................................... 16Hábitos e valores democráticos ............................................................................................... 18Quando sou tolerante posso ser um bom democrata .............................................................. 21

Tema 3: cORPO em cReScimenTO O que eu sou agora? A puberdade ........................................................................................... 23

Tema 4: ReLaÇÕeS inTeRPeSSOaiSSou um ser social ..................................................................................................................... 27Descobrindo actos de justiça / Injustiça .................................................................................. 30

Tema 5: cReSceR cOm SaúdeA minha saúde ......................................................................................................................... 33

Tema 6: aS dOenÇaS e Saúde cOLecTiVaO nosso corpo em crescimento ............................................................................................... 36

Tema 7: edUcaÇÃO amBienTaLO ambiente em que vivemos ................................................................................................... 37

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1. IntroduçãoCaro Professor,

O Guia Metodológico é um instrumento orientador para o desenvolvimento das suas aulas.

Composto por temas subdivididos em subtemas, oferece ao professor directrizes e orientações para a organização pedagógica da sua prática docente.

Ele contém sugestões metodológicas para que o(a) professor(a), em cada aula, pos-sa fazer uso, junto com os seus alunos, de variadíssimos métodos e meios de ensino para o desenvolvimento dos conteúdos plasmados no manual do aluno.

Com este guia espera-se que o professor tenha algumas bases, mas que seja criati-vo, sem esquecer a sua perícia pedagógica, para que as suas aulas se tornem dife-rentes e interessantes.

2. objectIvos geraIs da dIscIplIna na classe• Desenvolver comportamentos responsáveis perante si mesmo e os outros;• Compreender o que são laços de convivência social;• Demonstrar valores próprios;• Analisar as diferenças entre si e os outros;• Conhecer formas de criação de um ambiente saudável;• Aplicar estratégias de actuação no âmbito da reconciliação nacional.

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TEMA1QueM sou e QueM são os outros

Subtema 1.1. Somos diferentes, mas temos semelhanças

Praticamente todos nós somos aparentemente iguais. Possuímos braços e pernas, cabelos crespos ou lisos, louros ou negros, olhos que se movem com a função de codificar o mundo externo para o nosso cérebro. Temos boca, nariz, orelhas e mui-tos outros detalhes que nos tornam semelhantes e da mesma espécie. Somos muito semelhantes.Mas, quando começamos a falar, a expressar as nossas idéias e emoções, as diferen-ças começam a surgir. É incrível como um filme visto por centenas - e até milhares - de pessoas, deixa em cada uma dessas pessoas uma impressão diferente. Cada uma poderá relatá-lo de maneira diferente, cada uma terá uma cena especial, um momento ou uma frase que a marcou mais do que outra. Somos diferentes. (Adap-tado do texto: “Diferenças e Semelhanças” crónicas de Sebastião Camilo, membro da ACADELP).

Objectivos específicos

• Reconhecer que o ser humano é único e diferente no meio dos outros;• Identificar as heranças na família e comunidade;• Demonstrar aos outros as descobertas sobre si próprio;• Demonstrar que somos diferentes pelas características que possuímos;• Demonstrar que somos iguais em dignidade e direitos;• Reconhecer a noção de identidade cultural.

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Neste tema o(a) professor(a) levará o aluno a conhecer-se melhor, a partir das questões de partida e da leitura do texto espelhado no manual, partilhando com os colegas a sua forma de pensar, as suas capacidades e aptidões.

Sob orientação do(a) professor(a), os alu-nos, após reflexão, responderão as ques-

tões apresentadas no manual, que per-mitirá que cada um se conheça melhor e aprenda com a partilha dos outros alunos. Poderá retratar, através do desenho, aspec-tos importantes da sua comunidade.

Para o efeito, utilizará os recursos planifica-dos e a sua perícia pedagógica.

MÉTODOS DE ENSINO• Leitura do texto e interpretação• Trabalho individual e em grupo• Reflexão, debate e plenária• Investigação - 3 provérbios dos

meus antepassados• Desenho

MEIOS DE ENSINO• Manual do Aluno• Livro de Actividades• Cartolina• Caderno diário

Conteúdos

• Eu e as minhas heranças• Eu e a minha família• A minha família e a dos outros

Sugestões metodológicas

A partir das orientações apresentadas no manual, o(a) professor(a) poderá conduzir a aula e os alunos utilizando os seguintes:

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MÉTODOS DE ENSINO• Leitura do texto e interpretação• Trabalho individual e em grupo• Reflexão, debate e plenária• Reflexão e debate• Partilha de resultados

MEIOS DE ENSINO• Manual do Aluno• Livro de Actividades• Cartolina• Caderno diário

Subtema 1.2. Hábitos da nossa vida diária

Antes de falarmos dos nossos hábitos, vamos entender o que significa hábito. Por outras palavras, hábitos são:

Escolhas que todos fazemos deliberadamente em algum momento e nas quais paramos de pensar depois, mas continuamos fazendo, normalmente todo o dia. Em certo momento, todos nós decidimos conscientemente o quan-to iríamos comer e quando sairíamos para correr. Depois parámos de fazer escolhas e o comportamento tornou-se automático. É uma consequência na-tura fazer da nossa neurologia. E, entendendo como isso acontece, você pode reconstruir esses padrões da forma que quiser.”(Baseado no livro: “O Poder do hábito” do autor Charles Duhigg acessado em 27/11/2018)

Objectivos Específicos:

• Enumerar alguns exemplos de hábitos da nossa vida diária;• Demonstrar hábitos de convivência pessoal e social saudáveis;• Demonstrar como podem ser adquiridos os bons hábitos;• Descobrir hábitos que melhoram os comportamentos;• Demonstrar que os hábitos diferem de família para família e de povo para povo;

Conteúdos

• Os nossos hábitos• Eu penso sobre os meus hábitos• Eu aperfeiçoo os meus hábitos

Sugestões metodológicas

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Neste subtema, o(a) professor(a) orientará um trabalho individual estimulando a observação de gravuras que reflectem alguns hábitos do quotidiano. Em seguida, os alunos vão formar grupos e, juntos, vão dialogar sobre as gravuras escolhidas por cada membro do grupo. Farão reflexões pessoais e cada grupo escolherá duas figu-ras que mais tenha gostado, partilhando com a turma através de um debate orienta-do pelo(a) professor(a). O(a) professor(a) também poderá orientar um trabalho aos pares onde os alunos vão escrever no seu caderno diário hábitos que adquiriram na escola, seguindo as perguntas contidas no manual.

Orientará também que cada aluno preencha o questionário tendo em conta os há-bitos e costumes familiares.

Subtema 1.3. Qualidades necessárias à vida social

Relacionar-se bem com as pessoas permite viver em paz e com respeito mútuo. O respeito pelos direitos humanos, protegidos pela Lei, permite ao ser humano viver com dignidade, em liberdade e igualdade. Daí a necessidade de se praticar a justiça, a solidariedade, a fraternidade e a verdade entre as pessoas.

Objectivos Específicos:

• Desenvolver as qualidades morais que permitem viver em harmonia;• Adquirir comportamentos desejáveis, a partir da observação de outros compor-

tamentos desejáveis;• Desenvolver qualidades morais que levam à construção de comportamentos so-

ciais desejáveis;• Diferenciar os hábitos/costumes das diferentes famílias;

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MÉTODOS DE ENSINO• Leitura do texto e interpretação• Trabalho individual e em grupo• Questionário• Reflexão e debate • Partilha

MEIOS DE ENSINO• Manual do Aluno• Livro de Actividades• Cartolina• Caderno diário

• Reconhecer que valor é aquilo que cada família, comunidade, povo ou pessoa considera digno, se apreciado e vivido;

• Respeitar os diversos valores existentes na nossa realidade

Conteúdos

• As qualidades morais• Vamos reflectir sobre comportamentos desejáveis• Em casa posso fazer mais

Sugestões metodológicas

O(a) professor(a) orientará os alunos/as a lerem as qualidades morais espelhadas no manual. Depois da análise, podem registar as frases que expressem sentimen-tos desejáveis, úteis no dia-a-dia. Em seguida, distribuídos em grupo, partilham os resultados.O(a) professor(a) orientará os alunos na realização da auto-avaliação.

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Outro trabalho em grupo pode estar baseado nas seguintes frases para reflexão, seguido da dinâmica da página 31 do manual do aluno:

a) Sem solidariedade não há comunidade unida e sólida.b) Sem justiça a vida em sociedade é impossível.c) Ser sincero não significa ofender, magoar as pessoas com palavras ou

opiniões desnecessárias.d) Ter coragem é enfrentar os problemas quando eles aparecem e não

sair em busca de situações perigosas.e) Fraternidade é viver bem com os outros, sem distinção alguma.f) O respeito mútuo diz: - «Não faças ao outro aquilo que não queres

que te façam a ti».

Para aprimorar a questão da qualidade, o(a) professor(a) orienta que cada aluno escolha três pessoas por quem sinta admiração e indique-as. Ao lado de cada uma delas, o aluno deve escrever três coisas que fazem com que a pessoa se torne ad-mirável para si.

Depois de elaborar a lista de qualidades das três pessoas que admira, orienta-o a marcar com um (X) as que ele pensa que possui e, com um círculo, (O) as que gos-taria de possuir. Por fim, devem reunir os seus desejos e comprometer-se a manter essas qualidades dentro e fora da sala de aula.

Subtema 1.4. Valores Humanos.

Moreno (2005, p.260) afirma que “educar em valores é educar nos fundamentos éticos que devem governar a pessoa”. Este processo passa pela escola, como espaço social secundário, que segue a experiência familiar. Nela incentiva-se a convivência entre os seus membros, cultiva-se o amor, desenvolvendo o gosto pela cultura e pela vida. O educando aprende a pensar de maneira crítica, a raciocinar e a crescer enquanto pessoa.

Objectivos específicos

• Desenvolver qualidades morais que levam à construção de comportamentos so-ciais desejáveis;

• Representar a vida de uma comunidade no bem-estar para todos.

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Conteúdos

• Penso e falo sobre os meus gostos.• Valores que vou procurar que estejam presentes nos meus comportamentos.• A minha reflexão pessoal.

Sugestões metodológicas

Num primeiro momento, o/a professor/a orientará os alunos a realizarem a activi-dade do manual, sobre os gostos de cada um e sobre os valores a serem tidos pre-sentes nos seus comportamentos, de maneira individual.Noutro momento, podem ser constituídos grupos de trabalho, para responderem ao questionário sobre os municípios do Piri e do Úcua. O trabalho de grupo deve terminar com a realização de uma plenária, onde cada grupo partilha as respostas com os colegas, elaborando uma conclusão.

MÉTODOS DE ENSINO• Leitura do texto e interpretação• Trabalho individual e aos pares• Questionário• Reflexão e debate• Partilha dos resultados

MEIOS DE ENSINO• Manual do Aluno• Livro de Actividades• Cartolina• Caderno diário

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TEMA 2.

os dIreItos das FaMÍlIas.

MÉTODOS DE ENSINO• Observação de gravuras• Leitura e interpretação• Trabalho individual e em grupo• Diálogo em grupo• Investigação

MEIOS DE ENSINO• Manual do Aluno• Livro de Actividades• Cartolina• Gravuras

Subtema 2.1. a Qualidade de Vida das Famílias

Objectivos específicos

• Transmitir que a dignidade da criança se constrói a partir da família;• Explicar os elementos importantes para a criação de uma vida satisfatória na

família;• Fundamentar os deveres e os direitos da família;• Descobrir os problemas que impedem o bem-estar na família;• Criar um ambiente familiar onde reine o amor e o bem-estar da família.

Conteúdos

• A minha família e a dos outros Sugestões metodológicas

Sugestões metodológicas

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Dialogar não é ter uma simples conversa. Dialogar é mais do que uma conversa. Também não é uma discussão ou debate. Dialogar é mais do que tudo isto. Um diá-logo saudável deve ser uma comunicação de qualidade!

Com o diálogo a pessoa ao fazer-se compreender, não apenas convence ou é con-vencida por alguém, mas tem a oportunidade de compreender o ponto de vista dos outros, que podem ser diferentes ou mesmo opostos. No diálogo não se convence o outro; expomos os nossos pontos de vista esperando ser compreendidos.

Por isso, esperamos que o outro se coloque também no «nosso lugar». E o outro espera o mesmo de nós: que nos coloquemos no «seu lugar» e tentemos considerar e entender a sua opinião.Com o diálogo se pode construir coisas boas, reunir esforços, cooperar, ter paz in-terior e social. Na actualidade, é muito comum ouvirmos falar de diálogo democrá-

O(a) professor(a) orienta os alunos para que observem as gravuras, que escolham as que mais gostaram e que tenham relação com o tema para reflectirem sobre elas.Posteriormente pede aos alunos que se organizem em grupos e dialoguem sobre as gravuras observadas, guiando-se pelas questões que estão no manual, página 42.Na turma poderá seleccionar três alunos para representar o Ndalu, a Ana e o Di-lokuelwa que são reflexo das famílias angolanas. Esses alunos, previamente prepa-rados, apresentarão as suas famílias e, em grupo, vão analisar e discutir os pontos marcantes. No final, cada grupo apresentará as suas conclusões em plenária.

Posteriormente, o(a) professor(a) orientará o trabalho de investigação que se en-contra na página 48 do manual do aluno.

Subtema 2.2. eu ajudo a construir a democracia no meu país

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MÉTODOS DE ENSINO• Leitura individual e interpretação

do texto• Trabalho de grupo• Questionários• Debate• Chuva de ideias

MEIOS DE ENSINO• Manual do Aluno• Livro de Actividades• Caderno diário

tico. Isto acontece nas sociedades, como é o caso de Angola, onde a democracia é um valor a ser construído. Assim, a democracia requer que cada um de nós aprecie o diálogo democrático como meio para construir consensos. Por isso, com o diálogo democrático espera-se que cada um de nós respeite as diferentes formas de pensar e as opiniões alheias, que pela natureza cultural (de pensamento) são, ou podem ser, mesmo diferentes umas das outras.

Um camponês, por exemplo, pode não pensar como um pastor; um professor pensa de modo diferente de um médico; uma mulher africana pode não pensar como uma mulher europeia. A natureza cultural (pessoal e social) de cada uma dessas pessoas faz com que tenham ideias diferentes.

Mas não é por isso que não podem dialogar sobre um mesmo assunto e compreen-derem-se mutuamente. É preciso, sim, no diálogo, saber ouvir o outro para poder compreendê-lo e construir-se uma comunicação de qualidade.

Objectivos específicos

• Reconhecer que o diálogo facilita a comunicação;• Valorizar o diálogo como meio de resolução dos desentendimentos;

Conteúdos

• O diálogo, seu significado e valor• Comunicação de qualidade• Significado do diálogo

Sugestões metodológicas

Com base nas orientações plasmadas no manual do(a) aluno(a), o(a) professor(a) poderá utilizar os seguintes:

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Para desenvolver o conteúdo podem usar-se os seguintes questionários:

1ºa) Como podemos melhorar a comunicação entre os membros dos grupos de tra-

balho?b) O que entendes por diálogo democrático?

2ºa) As pessoas que tenham diferentes preferências, podem conviver em paz?b) As pessoas são tolerantes umas com as outras?c) Como devemos lidar com uma pessoa que esteja a ser intolerante?

Para concluir a abordagem, organize um debate sobre democracia em casa, na es-cola ou no país.

Subtema 2.3. Hábitos e valores democráticos

O Que é DemOcracia?

Democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo.A palavra democracia tem origem no grego demokratia que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal.

É um regime de governo em que todas as importantes decisões políticas estão com o povo, que elegem os seus representantes por meio do voto. É um regime

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de governo que pode existir no sistema presidencialista, onde o presidente é o maior representante do povo, ou no sistema parlamentaris-ta, onde existe o presiden-te eleito pelo povo e o pri-meiro-ministro que toma as principais decisões políticas.

Democracia é um regime de governo que pode existir quer no sistema republica-no, quer no sistema monár-quico, em que ocorre a indi-cação do primeiro-ministro que realmente governa. A democracia tem princípios que protegem a liberdade humana e baseia-se no governo da maioria, associado aos direitos individuais e das minorias.

Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fun-damentais, como as liberdades de expressão, de religião, a protecção legal e as oportunidades de participação na vida política, econômica e cultural da sociedade.Os cidadãos têm os direitos expressos e os deveres de participar no sistema político que vai proteger os seus direitos e a sua liberdade.

O conceito de democracia foi evoluindo com o passar do tempo e, a partir de 1688, na Inglaterra, a democracia era baseada na liberdade de discussão dentro do parla-mento. De acordo com alguns filósofos e pensadores do século XVIII, a democracia era o direito do povo de escolher e controlar o governo de uma nação.Em alguns países, a evolução da democracia ocorreu de forma muito rápida, como no caso de Portugal e Espanha. Apesar disso, essa rápida evolução criou uma inse-gurança política. Em países como Inglaterra e França, uma evolução lenta da demo-cracia teve como consequência o desenvolvimento de estruturas políticas estáveis.https://www.significados.com.br/democracia

Objectivos específicos

• Reconhecer o homem como activista da paz, alegria, amor e fraternidade;• Expressar valores democráticos como a paz, a alegria, o amor e a fraternidade;

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MÉTODOS DE ENSINO• Leitura individual e interpretação

do texto• Trabalho de grupo• Livro de Actividades• Debate• Estudo de caso• Oficina criativa

MEIOS DE ENSINO• Manual do Aluno• Livro de Actividades• Enquadrado de pala-

vras

Conteúdos

• Valores democráticos• A liberdade de expressão• Paz, alegria, amor e fraternidade

Sugestões metodológicas

O(A) professor(a) poderá utilizar as seguintes estratégias:

A sequência de estratégias do manual do aluno aconselha o uso do Estudo de Caso, da aula de Ciências da Natureza. O mesmo pode servir para orientar o debate e os trabalhos de grupo, com o qual se vão identificar as diferentes formas de dialogar, para que se consiga uma comunicação de qualidade.Depois de realizada a auto-avaliação, é importante concluir que sem uma comuni-cação/diálogo de qualidade, dificilmente se convive de maneira saudável e pacífica.

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Subtema 2.4. Quando sou tolerante, posso ser um bom democrata.

a ViOlência

A violência manifesta-se por actos agressivos ou cruéis para com as pessoas, os ani-mais e para consigo próprio.A violência domina as pessoas, intimida, causa desconfiança e medo. Pode provocar a morte e a destruição das pessoas, das relações humanas, da própria natureza.

Existem várias formas de violência que se exercem sobre as pessoas:• a física (murros, pontapés, empurrões, etc.);• a verbal (expressões grosseiras utilizando palavrões e asneiras);• a gestual (certos gestos com as mãos, ou até com o rosto).

Outra forma de violência acontece nas escolas. Por exemplo, há alunos e alunas que destroem o mobiliário que pertence a todos e aos que hão-de, um dia, frequentar a escola.

Será que temos o direito de destruir o que é de todos e que a todos pertence? Não será uma falta de respeito pelos outros e por nós próprios?

Quando respeitas os outros na sua forma de pensar, valorizas o diálogo, a convivên-cia com pessoas diferentes de ti e o debate. Quando valorizas a liberdade dos outros ao expressarem as suas opiniões, aprecias o diálogo, a convivência e a liberdade, por isso dizes não à violência.

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MÉTODOS DE ENSINO• Leitura e interpretação do texto em

grupo• Trabalho de grupo• Debate• Estudo de caso• Trabalho de Projecto

MEIOS DE ENSINO• Manual do Aluno• Caderno do aluno• Livro de Actividades• Textos de apoio

Objectivos específicos

• Conhecer os hábitos democráticos para a inter-comunicação• Adquirir hábitos de linguagem na convivência social

Conteúdos

• Conceito de tolerância/Intolerância• Significado de violência

Sugestões metodológicas

Com base nas orientações plasmadas no manual do(a) aluno(a), o(a) professor(a) poderá utilizar os seguintes:

É importante que as noções essenciais sobre a tolerância e a diversidade cultural sejam bem debatidas. Para tal, o trabalho de grupo sobre tais noções deve ser de-senvolvido com base no texto com o título “A VIOLÊNCIA”. O debate sobre os con-

teúdos pode ser desenvolvido em fase posterior à realização do questionário com o mesmo texto.

Para a realização do trabalho de projecto é preciso ter em conta que o mesmo é uma investigação in-dependente sobre o tema em causa. Deve ser feito durante um período alargado, terminando com um produto final. Os projectos têm diferentes fases: (1) Escolha do tema, (2) Planificação das acções, (3) Desenvolvimento das acções, (4) Apresentação

do resultado do projecto e (5) Avaliar como decor-reu o trabalho de projecto. Ao longo dessas fases, a

ênfase deve ser colocada no acto que consiste em levar os participantes a serem responsáveis por si próprios.

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TEMA 3: corpo eM crescIMento

Subtema 3.1. O que eu sou agora? a puberdade

PuberDaDe: aS tranSFOrmaçõeS DeSSa FaSe

A partir da concepção de um novo ser, o desenvolvimento é demarcado por fases e há aquela etapa em que o indivíduo não é mais criança mas, também ainda não carrega a responsabilidade da vida adulta. A puberda-de é uma fase de transição, como um prenúncio da adolescên-cia, em que ocorrem as mudanças físicas e biológicas.

Enquanto a adolescência desenvolve-se num período de tempo alargado, de mais ou menos dez anos, de trans-formação (lenta e gradual) biológica, psicológica, social e cerebral, a puberdade ocorre num período bem mais cur-to (entre dois a quatro anos) e chega “sem pedir licença”.

É perceptível como a pessoa muda. Os hormônios começam a ser produzidos, o indivíduo começa a sair daquele corpo franzino de criança para virar adulto.Teoricamente, está preparado para se reproduzir. Está alto, forte, com todos os seus contornos. E isso tudo acontece muito rapidamente.

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O anúncio nas meninas

O primeiro sinal de que a menina entrou na pu-berdade não é o aparecimento dos pêlos pubia-nos e sim quando o seio desponta (o chamado broto mamário). Pode ser que apareça apenas um carocinho de um lado só ou os dois de uma vez. Essa assimetria no começo é muito normal. Também pode ocorrer que a menina se queixe de dor ou sinta a auréola mais sensível. Hoje, a puberdade das meninas normalmente acontece

por volta dos nove a dez anos. Mas, se até aos 13 anos não despontarem os sinais, vale a pena consultar o pediatra.

O anúncio nos meninos

Ao contrário do que alguns pensam, o aumento do pênis não indica o início da puberdade para os rapazes. O ponto de partida, na verdade, é o cres-cimento dos testículos, que atingem 2,5 cm de al-tura e passa a produzir os hormônios masculinos, como a testosterona. O pênis irá desenvolver-se apenas dois anos após esse primeiro sinal, em geral, entre os 10,5 e 11 anos. Todo desenvolvi-mento do menino ocorre de maneira mais lenta se comparado ao da menina.

Mediante o primeiro sinal da puberdade, tanto nos meninos como nas meninas, é dada a partida para alguns marcos do desenvol-vimento:

• Estirão da puberdadeDurante a infância, crescemos por ano entre 4 a 6 cm. Na puberdade, o indiví-duo pode crescer de 8 até 12 cm por ano - crescimento auge da nossa vida. Sem esquecer que o estirão começa pelas pontas: primeiro as mãos e os pés. Depois as pernas, os braços e, por fim, o tronco. Por isso é comum reconhecer nos ado-lescentes aquele andar e e forma de ser desengonçados.

• Dimorfismo sexualO corpo adquire forma masculina ou feminina. Se, durante a infância, não era possível identificar o sexo de um bebê de costas, durante a puberdade sim. Nos meninos, identificamos o crescimento dos ombros e a menina começa a deposi-tar gordura no quadril, tomando aquela forma de viola nas ancas.

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• Todos os órgãos do corpo cres-cem durante a puberdadeRim, pulmão, intestino, sangue, olho. Tudo se desenvolve. Reco-menda-se que o(a) pré-adoles-cente seja consultado(a) por um oftalmologista, pois, geralmen-te, é durante a puberdade que disfunções oftalmológicas, como a miopia, podem aparecer.

• Maturidade sexualDizem que a puberdade nada mais é do que uma série de transformações que acontecem no corpo para preparar o(a) jo-vem para reproduzir. A puber-dade prepara do ponto de vista físico e a adolescência do ponto de vista emocional.

Para as meninas, a menarca - pri-meira menstruação - é um dos últi-mos fenómenos puberais. É um sinal de que o movimento de mudanças terminou, assim como é o auge do crescimento. Após a menstruação, em geral, as meninas crescem ape-nas mais 5 a 7 centímetros.

Ao longo dos últimos cinquenta anos, observa-se um adiantamento da puberdade e, consequentemente, da adolescência. Antigamente, a menina menstruava pela primeira vez aos 16 e hoje a média é aos 12 anos de idade. Isso pode ocorrer devido ao tipo de alimentos para as crianças, à prática de actividade física ou à qualidade de vida. Há psicólogos que defendem que os estímulos sexuais precoces também são um factor que pode provocar o adiantamento da puberdade.http://www.ebc.com.br(ligeiras adaptações)

Objectivos específicos

• Identificar as mudanças que ocorrem quando o corpo está em crescimento;• Reconhecer a adolescência como uma fase do meu crescimento;

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MÉTODOS DE ENSINO

• Leitura e interpretação do texto • em grupo• Trabalho de grupo• Debate• Questionário

MEIOS DE ENSINO

• Manual do Aluno• Lista de sentimentos• Livro de Actividades• Textos de apoio

Conteúdos

• Noções essenciais sobre o meu crescimento.• A pré-adolescência.• Sentimentos na puberdade.• Problemas na adolescência

Sugestões metodológicas

Ao longo da abordagem do tema, podemos fazer mão aos seguintes métodos e meios de ensino:

A leitura em grupo pode ser antecedida de uma leitura individual, para que fiquem bem vincadas as aprendizagens essenciais dos textos. As respectivas interpretações podem ser concluídas mediante a utilização da técnica de CHUVA DE IDEIAS, para que o(a) aluno(a) exponha as suas ideias, tantas quantas lhe venha à cabeça.Apresenta-se o tema com precisão, salientando as dimensões que precisam ser tra-tadas. Devem ser apresentadas de modo simples e claro, para que as crianças ex-pressem as suas ideias, confrontem opiniões e compreendam o conteúdo.Considera-se importante que cada trabalho de grupo seja concluído com a identifi-cação das aprendizagens essenciais sobre a puberdade e a adolescência.

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TEMA 4. relaçÕes InterpessoaIs

Subtema 4.1: Sou um ser social

cOnViVência Humana: reSPeitar e Ser reSPeitaDO

A convivência social é uma realidade que existe como consequência da decisão das pessoas de se relacionarem umas com as outras.

As pessoas possuem muitas habilidades e sentimentos sociais, mas também têm algumas limitações no seu desempenho. Habilidades, sentimentos, talentos, limita-ções são características que os seres humanos possuem e que fazem parte da sua própria natureza humana. São características que não importam para vivermos uns com os outros. O que importa, mesmo, é des-cobrirmos que não pode haver uma verdadeira convivência humana se não existir: respeito, con-fiança, reciprocidade, solidariedade e valoriza-ção entre as pessoas. Isto é, acreditar que todas as pessoas têm o seu próprio valor, assim como cada pessoa tem de ter a certeza de que não é para o outro um simples objecto para satisfazer os seus desejos ou necessidades, mas sim uma pessoa cuja dignidade é respeitada, independen-temente das suas características particulares.

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Todas as pessoas precisam de se sentir respeitadas e de sentir que delas se exige respeito.

Na vida em sociedade convivemos com pessoas diferentes. Por exemplo, na escola convivemos com os professores, colegas, funcionários. Por isso, a escola é uma pe-quena sociedade diversificada.Uns são negros, outros são brancos, outros mistos. Há ainda meninos e meninas com limitações; meninos e meninas talentosos ou com renda familiar desigual, como a Rita e a Joana, da situação que estudaste.

O mais importante é que temos todos os mesmos direitos. Por isso se diz: direitos iguais para pessoas diferentes. Igual respeito à dignidade de cada pessoa, indepen-dentemente das suas características particulares.

Assim, é melhor pensarmos naquilo que partilhamos com todos, porque é isso que nos faz membros de uma comunidade humana e a não olhar para o outro como um meio para a satisfação dos nossos desejos.

Objectivos específicos

• Reconhecer a importância dos meus comportamentos em relação aos outros;• Demonstrar interesse e respeito pelos valores próprios e pelos valores dos ou-

tros.

Conteúdos

• Os meus comportamentos• Os meus valores e os valores dos outros.• O respeito pelos outros.

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Sugestões metodológicas

Com base nas orientações plasmadas no manual do(a) aluno(a), o(a) professor(a) poderá utilizar os seguintes:

MÉTODOS DE ENSINO

• Leitura e interpretação do texto em grupo

• Trabalho de grupo• Debate• Questionário• Jogo de papéis

MEIOS DE ENSINO

• Manual do Aluno• Livro de Actividades• Gravuras

O “jogo de papéis” é uma pequena peça representada pelos participantes. É es-sencialmente improvisada, embora os alunos se baseiem nas suas experiências de vida para representar a situação. Contribuem para melhorar a compreensão de uma situação.

Neste subtema, o manual do aluno orienta 3 situações para serem improvisadas pelos(as) alunos(as). O Objectivo é instigar a predisposição para o debate sobre ati-tudes e comportamentos desejáveis.

A sequência de questionários pode ser feita individualmente, num 1º momento, e em grupo, para concluir o exercício.

No final, as aprendizagens essenciais sobre o respeito que devemos às pessoas e tudo o resto, podem ser redigidas no quadro, utilizando a técnica de chuva de ideias.

Lembre-se que esta actividade ficará concluída quando os grupos de trabalho fi-zerem a apresentação dos cartazes com palavras ou mensagens sobre o DEVER DE RESPEITO E JUSTIÇA, em data previamente acordada.

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GUIA DO PROFESSOR

Subtema 4.2. Descobrindo actos de justiça / injustiça

FraSeS SObre a JuStiça

Voltaire“É melhor correr o risco de sal-var um homem culpado do que condenar um inocente.”

albert camus“Se o homem falhar em conci-liar a justiça e a liberdade, en-tão falha em tudo.”

Hughes lamennais“Justiça é não fazer a outrém o que não queríamos que nos fizessem.”

epicuro“O justo é tranquilíssimo, o in-justo é sempre muito solícito.”

nicolae iorga“A justiça pode caminhar sozi-nha; a injustiça precisa sempre de muletas, de argumentos.”

blaise Pascal“Não sendo possível fazer-se com que aquilo que é justo seja forte, faz-se com que o que é forte seja justo.”

aristóteles“A base da sociedade é a justi-ça; o julgamento constitui a or-dem da sociedade: ora o julga-mento é a aplicação da justiça.”

ulpiano“Tais são os preceitos do direi-to: viver honestamente, não ofender ninguém, dar a cada um o que lhe pertence.”

thomas S- eliot“Infelizmente, há momentos em que a violência é a única maneira de assegurar a justiça social.”

Sócrates“Três coisas devem ser feitas por um juiz: ouvir atentamen-te, considerar sobriamente e decidir imparcialmente.”

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MÉTODOS DE ENSINO

• Leitura e interpretação do texto em grupo

• Trabalho de grupo• Debate• Questionário• Jogo de papéis

MEIOS DE ENSINO

• Manual do Aluno• Livro de Actividades• Gravuras

Objectivos específicos

• Desenvolver a noção de justiça e injustiça a partir da realidade;• Reconhecer as consequências da justiça e da injustiça;

Conteúdos

• Definição de justiça/injustiça

Sugestões metodológicas

O debate sobre os casos ou acontecimentos em que os(as) alunos(as) tenham vi-venciado uma situação de justiça ou de injustiça pode ser orientado pelo seguinte roteiro:

1º. Descrição do caso;2º. Apresentação e anotação das causas prováveis;3º. Identificação dos comportamentos mais justos;4º. Apresentação de prováveis soluções para cada caso.

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O “jogo de papéis” e os “trabalhos de grupo” devem ser conduzidos de modo tal que sejam sublinhadas as aprendizagens essenciais sobre a justiça. Assim, para a análise dos DILEMAS de Dassala e de Teresa, pode ser utilizado o seguinte QUESTIONÁRIO:

1. Como se sentiriam no lugar de Dassala? E no lugar de Teresa?

2. O que diriam aos vossos amigos?

3. E se fossem vocês, como resolveriam?

4. Apresenta as qualidades que aprecias no teu amigo.

5. Apresenta os comportamentos do teu amigo que não aprecias.

Para consolidar os conhecimentos, oriente os exercícios correspondentes no Livro de Actividades do aluno. Com eles, organize a criação da associação de alunos, que pode ser um instrumento valiosíssimo para a consolidação da educação cívica e para a cidadania de cada criança.

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TEMA 5:crescer coM saÚde

Subtema 5.1. a minha saúde

DicaS Para abOrDar DOençaS SeXualmente tranSmiSSÍVeiS

Entre as informações para abordar as doenças sexualmente transmissíveis, pode-mos citar a importância de ensinar os sintomas, métodos de prevenção e como ocorre a contaminação.

A adolescência é uma fase muito difícil do desenvolvimento, pois desencadeia mu-danças no corpo e alterações no comportamento, que nem sempre são fáceis de lidar. Normalmente, é nessa fase que se iniciam os desejos sexuais e as curiosidades típicas em relação ao sexo. Diante desse quadro de descobertas, é fundamental que o(a) professor(a) esteja preparado(a) para abordar a educação sexual de maneira responsável e sem tabús.Vários temas deverão ser abordados quando o assunto é educação sexual, sendo um deles as doenças transmissíveis sexualmente (DTS�s). Apesar da grande quanti-dade de informação a respeito do assunto, muitos alunos não conhecem as formas de transmissão e acabam, infelizmente, expondo-se a situações de risco.

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MÉTODOS DE ENSINO

• Leitura individual e interpreta-ção do texto em grupo

• Trabalho de grupo• Chuva de ideias• Questionário

MEIOS DE ENSINO

• Manual do Aluno• Livro de Actividades• Textos de apoio• Gravuras• Abecedário da SIDA

Abordar doenças sexualmente transmissíveis nem sempre é fácil, mas algumas di-cas podem ajudar a obter melhores resultados ao explicar o conteúdo em sala de aula. Um dos pontos principais ao trabalhar as DTS´s é ser enfático ao citar cada modo de transmissão. É importante destacar pontos como:

• DTS não é transmitida unicamente por relação sexu-al desprotegida;

• O sexo desprotegido – seja ele oral, seja vaginal ou anal – pode transmitir DTS’s;

• Uma DTS, na sua forma assintomática, pode ser transmitida em relações desprotegidas;

• O grande número de parceiros sexuais aumen-ta a probabilidade de adquirir uma DTS;

• Pílulas anticoncepcionais não protegem contra DST;

https://educador.brasilescola.uol.com.br

Objectivos específicos

• Compreender o crescimento como atitude de protecção à saúde.• Analisar os procedimentos quanto à prevenção das doenças• Demonstrar que o nosso corpo precisa de cuidados

Conteúdos

• Cuidados com o corpo• Diálogo sobre a saúde• Doenças contagiosas

Sugestões metodológicas

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Pode o(a) professor(a) explorar ao máximo as imagens que o manual apresenta, de tal modo que, utilizan-do a técnica de CHUVA DE IDEIAS, os(as) alunos(as) analisem as formas muito simples de prevenir as doen-ças, como por exemplo, a higiene corporal.

É importante que os grupos de tra-balho identifiquem e discutam sobre as aprendizagens essenciais a serem retiradas do texto HIGIENE E PUBER-DADE. Com a informação essencial do mesmo texto podem ser elabo-rados cartazes ou panfletos para se-rem colocados no mural da sala de aulas.

Para analizar as questões relaciona-das com as DTS/SIDA, pode ser con-vidado um VISITANTE EXTERNO, que deve ser alguém especialista no assunto. No entanto, para que tenha um proveito eficaz, é necessária uma preparação anterior à

visita. Isto é, as perguntas e questões que a tur-ma deseja colocar devem ser preparadas

antecipadamente. Esta técnica pode versar sobre qualquer conteúdo pre-

viamente trabalhado na turma. Assim, os especialistas surgem

também para aprofundar ou complementar os conhecimen-tos nos diferentes aspectos que implicam a vida em todas as facetas.

As sugestões de trabalho apresentadas no manual do(a)

aluno(a) (pesquisa, entrevista, cartaz, painel ou teatro) devem

ser realizadas a longo prazo, na escola e na comunidade onde re-

sidem as crianças.

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TEMA 6.

as doenças e saÚde colectIvaSubtema 7.1. O nosso corpo em crescimento

TIPO DE AULASEMANA CONTEÚDOS PRÉ-

REQUISITOSObjECTIvOS

Aula nova Teórico/Prática

Aula nova Teórico/Prática

I

II

1

2

A protecção do nosso organismo

Saúde física e mental

• Noção de aúto e mútuo

• Noção de respeito pelas diferenças

• Noção de práticas de meditação e leitura individual

• Estratégias de comunicação nicação saudável (diálogo)

• Descobrir comportamentos para a protecção da saúde;

• Explicar as características da adolescência

• Demonstrar a integridade e a harmonia do seu corpo em benefício de um desenvolvimento saudável.

• Adquirir gradualmente hábitos de práticas desportivas e de trabalho mental;

Objectivo geral:

• Compreender como o auto-cuidado com o nosso corpo deve ajudar a prevenir contra doenças.

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TEMA 7. educação aMbIental

Subtema 6.1: O ambiente em que vivemos

O DOmÍniO HumanO

O ser humano distingue-se dos restantes animais pelo uso da consciência reflexiva. Utilizando essa consciência, o ser humano criou os mais diversos equipamentos, com os quais dominou e modificou a natureza, segundo os seus interesses.

Nos dias de hoje, o domínio que o ser humano exerce sobre a natureza é motivado pelo orgu-lho, mas é também fonte de profundas preo-cupações. Isto porque o ser humano é o único animal da Terra que, por dominar a natureza, possui também o poder de destruí-la. Mas é preciso lembrar que destruir a natureza signi-fica destruir o próprio ser humano e extinguir o próprio planeta.

Foi assim que, em meados do século XX, vimos o nos-so planeta, pela primeira vez, a partir do espaço: uma bola

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pequena e frágil, envolvida, não pela actividade e cons-truções humanas, mas por um tecido de nuvens,

oceanos, zonas verdes e solos. A falta de capaci-dade do homem para adaptar as suas acções

àquele tecido está a causar alterações funda-mentais nos sistemas planetários.

Muitas destas alterações são acompanha-das de riscos que ameaçam a vida. Esta nova

realidade, à qual não se pode fugir, tem de ser reconhecida e gerida. Existem tendências

ambientais que ameaçam alterar o planeta de forma radical e as vidas de muitas espécies, in-

cluindo a humana.Todos os anos, cerca de 6 milhões de hectares de terras

produtivas transformam-se em deserto sem qualquer valor. Em três décadas, isto significaria uma área aproximadamente igual à da Arábia Saudita. Todos os anos são destruídos mais de 11 milhões de hectares de floresta, o que, em décadas, significa-ria uma área igual à da Índia.

Grande parte desta área de floresta é transformada em terra de cultivo de baixa qualidade, incapaz de sustentar os agricultores que aí se instalem.

Em África, as cheias inundam os bairros e matam os animais, as pessoas ficam des-protegidas e os bens das populações danificados. Por outro lado, as secas (falta de chuvas) provocam também algumas consequências: morrem os animais, dá-se a ruptura das produções agrícolas, etc.

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Será muito bom desenvolver o TRABA-LHO DE PROJECTO sobre “As Medidas Úteis Para Melhorar o Ambiente” em que vivemos.

O trabalho de projecto é uma investi-gação independente sobre o ambien-

te, durante um período alargado, termi-nando com um produto final, que pode

ser um relatório, uma exposição, uma pa-lestra, um quadro, um poema ou acções con-

cretas a serem implementadas.

MÉTODOS DE ENSINO

• Leitura individual e interpreta-ção do texto em grupo

• Trabalho de projecto• Dramatização• Questionário

MEIOS DE ENSINO

• Manual do Aluno• Livro de Actividades• Textos de apoio• Gravuras• Abecedário da SIDA

Na Europa as chuvas ácidas matam as florestas e os lagos e danificam o património artístico e arquitectónico das nações (...).

A utilização dos combustíveis fósseis lança para a atmosfera dióxido de carbono, que vai causar um aquecimento gradual a nível mundial. Este «efeito de estufa», neste século, pode causar um aumento das temperaturas médias mundiais sufi-ciente para alterar as áreas de produção agrícola, elevar o nível das águas do mar, inundando as cidades costeiras, como já tem acontecido, em Moçambique, por exemplo, e provocar a ruptura das economias nacionais. Outros gases de origem industrial ameaçam destruir a camada do ozono que protege o planeta, provocando o aumento do número de cancros no homem e nos animais.Testemunho da Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento.In Desenvolvimento Pessoal e Social 6.º Ano (adaptado).

Sugestões metodológicas

Ao longo da abordagem do tema podemos fazer mão aos seguintes métodos e meios de ensino:

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COMO fAzER O TRAbALhO DE PROjECTO?

Os projectos têm diferentes fases. Ao longo dessas fases a ênfase deve ser colocada em levar os participantes a serem responsáveis pelo seu próprio estudo, prosse-guindo as seguintes fazes:

1º. Escolha do Tema, que neste caso é: As Medidas Úteis Para Melhorar o Ambiente

2º. Planificação das actividades O(a) Professor(a) e o grupo de estudantes terão de decidir sobre:

A. Quando o projecto deverá começar?B. Quando o projecto deverá terminar?C. Que recursos/instrumentos serão utilizados?D. Onde poderão encontrar os recursos/instrumentos?E. Como serão formados os grupos de trabalho?F. Quantos membros?

3º. InvestigaçãoO trabalho em projectos ajuda a aperfeiçoar várias capacidades muito rapida-mente. Por exemplo: um projecto de investigação sobre o sistema de saúde local envolve visitas, entrevistas, leitura, fotografias, recolha de estatísticas e análise de dados.

Os melhores projectos combinam capacidades académicas, sociais e artísticas, de modo a envolverem todas as habilidades dos participantes. O(A) professor(a),

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nesta fase, pode ajudar respondendo a questões ou dando conselhos, mas os(as) alunos(as) são os(as) responsáveis pela elaboração do trabalho.

4º. Apresentação do produto final do trabalho de projectoPoderá ser um relatório, uma exposição, uma palestra, um quadro, um poema... É uma boa ideia que o produto final registe não apenas o resultado, mas tam-bém as diferentes fases do projecto e os sentimentos dos participantes em rela-ção ao tema em estudo.O produto pode ser apresentado ao grupo ou a um público mais numeroso. Por exemplo: um trabalho sobre o ambiente na zona onde habitam pode interessar o jornal local, ou as autoridades municipais, que poderão querer saber sobre os resultados do projecto, relativo a estragos ambientais.

5º. Avaliação de todas actividades desenvolvidas e do produto finalPorque os trabalhos são muitas vezes multidisciplinares, é possível que vários Professores façam a sua apreciação do trabalho final. A nota dada deverá re-flectir as diversas capacidades usadas durante a elaboração do trabalho, como a apresentação e a criatividade, não se centrando apenas nos valores quantitati-vos, mas também nos valores qualitativos.

ecOlOGia

A relação entre indivíduos de espécies diferentes faz parte do universo de estudo da Ecologia. Ecologia é a parte da Biologia responsável pelo estudo das relações entre indivíduos de uma mesma espécie, de espécies distintas e entre eles e o meio abiótico.

É por esse motivo que as actividades huma-nas responsáveis por causar impactos ne-gativos no meio ambiente são estudadas nesta matéria.

Para estudar Ecologia, conhecer alguns conceitos é fundamental:

biosfera: região do ambiente terrestre onde são encontrados os seres vivos.hábitat: local onde determinada espé-cie é encontrada.Nicho ecológico: relações que determinada espécie desempenha com outras e com o am-biente físico; modo de vida da espécie.

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Cadeia alimentar: relação alimentar entre indivíduos de um ecossistema.Produtores: organismos autotróficos de uma cadeia alimentar.Consumidores primários: animais herbívoros de uma cadeia alimentar.Consumidores secundários: animais que se alimentam de animais herbívoros.Consumidores terciários, quaternários, e assim por diante: animais que se alimen-tam de animais carnívoros.Decompositores: organismos que se alimentam de excretas e restos mortais dos seres vivos.Nível trófico: cada etapa da cadeia alimentar -produtores, consumidores (...) de-compositores.Ciclos biogeoquímicos: processo contínuo de retirada e devolução de elementos químicos à natureza.População: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie.Relações intraespecíficas: relações entre indivíduos da mesma espécie.Relações interespecíficas: relações entre indivíduos de espécies diferentes.Relações harmônicas: relações entre indivíduos em que pelo menos um é benefi-ciado, sem causar prejuízo ao outro.Relações desarmônicas: relações entre indivíduos em que pelo menos um é preju-dicado.bioma: conjunto de ecossistemas com vegetação característica e fisionomia típica, onde predomina certo tipo de clima.Poluição: modificação indesejável do ambiente, causada pela espécie humana.

Texto de Mariana Araguaia de Castro Sá LimaMestre em Ensino de Ciências pela Universidade Estadual de Goiás,Brasil(UEG). Especialista em Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Biologia

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bibliOGraFia

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