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Guerra Fria Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Este artigo ou se(c)ção cita fontes fiáveis e independentes, mas elas não cobrem todo o texto (desde dezembro de 2012). Por favor, melhore este artigo providenciando mais fontes fiáveis e independentes, inserindo- as em notas de rodapé ou no corpo do texto, nos locais indicados. Encontre fontes: Google notícias , livros , acadêmico Scirus Bing . Veja como referenciar e citar as fontes . Guerra Fria Mikhail Gorbachev , Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética , e Ronald Reagan , Presidente dos Estados Unidos , assinando o Tratado INF , em 8 de dezembro de 1987. Data 1945 1991 Local Global Desfec ho Vitória do Primeiro Mundo (capitalistas) Status Fim da União Soviética Fim do socialismo na maioria dos países de Segundo Mundo Divisão do mundo de acordo com aTeoria dos Mundos , principalmente Introdução do capitalismo como exemplo mundial Intervenientes Primeiro Mundo (capitalistas ) Segundo Mundo (socialistas )

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Guerra FriaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Este artigo ou se(c)ção cita fontes fiáveis e independentes, mas elas não cobrem todo o texto (desde dezembro de 2012).Por favor, melhore este artigo providenciando mais fontes fiáveis e independentes, inserindo-as em notas de rodapéou no corpo do texto, nos locais indicados.Encontre fontes: Google — notícias, livros, acadêmico — Scirus — Bing. Veja como referenciar e citar as fontes.

Guerra Fria

Mikhail Gorbachev, Secretário-Geral do Partido Comunista da União

Soviética, e Ronald Reagan, Presidente dos Estados Unidos, assinando

o Tratado INF, em 8 de dezembro de 1987.

Data 1945 — 1991Local GlobalDesfecho Vitória do Primeiro Mundo (capitalistas)Status Fim da União Soviética

Fim do socialismo na maioria dos países

de Segundo Mundo

Divisão do mundo de acordo com aTeoria

dos Mundos, principalmente

Introdução do capitalismo como exemplo

mundial

Intervenientes

Primeiro Mundo(capitalistas)

 Estados Unidos

 Canadá

 Reino Unido

 França

 Itália

Segundo Mundo(socialistas)

 União Soviética

 China

 Alemanha Oriental

 Vietnã do Norte

 Coreia do Norte

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 Alemanha Ocidental

 Vietnã do Sul

 Espanha

 Portugal

 Irlanda

 Bélgica

 Países Baixos

 Suíça

 Áustria

 Dinamarca

 Noruega

 Suécia

 Finlândia

 Islândia

 Grécia

 Chipre

 Turquia

 Luxemburgo

 Liechtenstein

 Andorra

 Vaticano

 São Marino

 Austrália

 Nova Zelândia

 Japão

 Coreia do Sul

 Taiwan

 Cuba

 Laos

 Mongólia

 Polónia

 Bulgária

 Hungria

 Eslováquia

 República Checa

 Roménia

 Albânia

 Bósnia e

Herzegovina

 Croácia

 Macedónia

 Sérvia

 Montenegro

Guerra Fria é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos

indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final

da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991). Em resumo, foi um

conflito de ordem política,militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações e

suas zonas de influência.

Uma parte dos historiadores argumenta que foi uma disputa dos países que apoiavam

as Liberdades civis, como a liberdade de opinião e de expressão e de voto, representada pelos

Estados Unidos e outros países ocidentais e do outro lado a ditadura comunista ateia1 2 , onde era

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suprimida a possibilidade de eleger e de discordar, defendida pela União Soviética (URSS)3 e outros

países onde o comunismo fora imposto por ela.

Outra parte dos historiadores defende que esta foi uma disputa entre ocapitalismo, representado

pelos Estados Unidos e o socialismo totalitario, onde fora suprimida a propriedade privada,

defendida pela União Soviética (URSS). Entretanto, esta caracterização só pode ser considerada

válida com uma série de restrições e apenas para o período do imediato pós-Segunda Guerra

Mundial, até a década de 1950. Logo após, nos anos 1960, o bloco socialista se dividiu e durante as

décadas de 1970 e 1980, a China comunista se aliou aos Estados Unidos na disputa contra a União

Soviética. Além disso, muitas das disputas regionais envolveram Estados capitalistas, como os

Estados Unidos contra diversas potências locais mais nacionalistas.

É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta ou seja bélica, "quente", entre as

duas superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear. A corrida

armamentista pela construção de um grande arsenal de armas nucleares foi o objetivo central

durante a primeira metade da Guerra Fria, estabilizando-se na década de 1960 até à década de

1970 e sendo reativada nosanos 1980 com o projeto do presidente estadunidense Ronald

Reagan chamado de "Guerra nas Estrelas".

Dada a impossibilidade da resolução do confronto no plano estratégico, pela via tradicional da

guerra aberta e direta que envolveria um confronto nuclear; as duas superpotências passaram a

disputar poder de influência política, econômica e ideológica em todo o mundo. Este processo se

caracterizou pelo envolvimento dos Estados Unidos e União Soviética em diversas guerras

regionais, onde cada potência apoiava um dos lados em guerra. Estados Unidos e União Soviética

não apenas financiavam lados opostos no confronto, disputando influência político-ideológica, mas

também para mostrar o seu poder de fogo e reforçar as alianças regionais.

Neste contexto, os chamados países não alinhados, mantiveram-se fora do conflito não alinhando-

se aos blocos pró-URSS ou pró-EUA. E formariam um "terceiro bloco" de países neutros:

o Movimento Não Alinhado.

Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse

período. Se um governo socialista fosse implantado em algum país do Terceiro Mundo, o governo

norte-americano entendia como uma ameaça à sua hegemonia; se um movimento popular

combatesse um governo aliado à soviético, logo poderia ser visto com simpatia pelos Estados

Unidos e receber apoio.

A Guerra da Coreia (1950-1953), a Guerra do Vietnã (1962-1975) e a Guerra do Afeganistão (1979-

1989) são os conflitos mais famosos da Guerra Fria. Além da famosa tensão na Crise dos

mísseis em Cuba (1962) e, também na América do Sul, a Guerra das Malvinas (1982). Entretanto,

durante todo este período, a maior parte dos conflitos locais, guerras civis ou guerras inter-estatais

foi intensificado pela polarização entre EUA e URSS.

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Esta polarização dos conflitos locais entre apenas dois grandes polos de poder mundial, é que

justifica a caracterização da polaridade deste período como bipolar. Principalmente porque, mesmo

que tenham existido outras potências regionais entre 1945 e 1991, apenas Estados Unidos e URSS

tinham capacidade nuclear de segundo ataque, ou seja, capacidade de dissuasão nuclear.

Índice

1 História

o 1.1 A Crise no Pós-Guerra

1.1.1 Operação Impensável

1.1.2 Bloqueio de Berlim (Junho/1948 - Maio/1949)

o 1.2 Plano Marshall e COMECON

o 1.3 Corrida armamentista

o 1.4 OTAN e Pacto de Varsóvia

o 1.5 Guerra da Coreia (Junho/1950 - Julho/1953)

o 1.6 Operação Washtub

o 1.7 Corrida Espacial

o 1.8 Arpanet

o 1.9 A coexistência pacífica (1953 - 1962)

o 1.10 Os países não alinhados

o 1.11 Crises da Guerra Fria (1956 - 1962)

1.11.1 Revolução húngara (1956)

1.11.2 Guerra de Suez (1956)

1.11.3 Crise dos Mísseis (1962)

1.11.4 América Latina

o 1.12 A Distensão (1962 - 1979)

1.12.1 Guerra do Vietnã (1964 - 1975)

1.12.2 A Distensão na Europa

1.12.3 O reconhecimento da China pelos Estados Unidos

o 1.13 A "Segunda" Guerra Fria (1979-1985)

o 1.14 A Era Gorbachev - o fim da Guerra Fria (1985-1991)

1.14.1 Perestroika e Glasnost

1.14.2 O desalinhamento das repúblicas orientais

2 Nova Guerra Fria

o 2.1 A Era Medvedev (2008-2009)

o 2.2 A Guerra na Ossétia do Sul e Geórgia

3 Cronologia

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4 Ver também

5 Referências

[editar]História

[editar]A Crise no Pós-Guerra

Parte da série sobre a

História da Guerra Fria

Origens da Guerra Fria

Segunda Guerra Mundial

Conferências de Guerra

Bloco Oriental

Cortina de Ferro

Guerra Fria (1947–1953)

Guerra Fria (1953–1962)

Guerra Fria (1962–1979)

Guerra Fria (1979–1985)

Guerra Fria (1985–1991)

Cronologia  · Historiografia

Com o final da Segunda Guerra Mundial, a Europa estava arrasada e ocupada pelos exércitos das

duas grandes potências vencedoras, os Estados Unidos e a URSS. O desnível entre o poder destas

duassuperpotências e o restante dos países do mundo era tão gritante, que rapidamente se constitui

um sistema global bipolar, ou seja, centrada em dois grandes polos.

Os Estados Unidos defendiam a economia capitalista, argumentando ser ela a representação

dademocracia e da liberdade. Em contrapartida a URSS enfatizava o socialismo, argumentando

defesa ao domínio burguês e solução dos problemas sociais.

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Churchill, Roosevelt e Stalin naConferência de Ialta, 1945.

Sob a influência das duas doutrinas, o mundo foi dividido em dois blocos liderados cada um por uma

das superpotências: aEuropa Ocidental e a América Central e do Sul sob influência cultural,

ideológica e econômica estadunidense, e parte doLeste Asiático, Ásia central e Leste europeu, sob

influência soviético. Assim, o mundo dividido sob a influência das duas maiores potências

econômicas e militares da época, estava também polarizado em duas ideologias opostas:

o Capitalismoe o Socialismo totalitario.

Entretanto era notória deste o início da Guerra Fria a superioridade economica norte americana.

Em 1945 os Estados Unidos tinham metade do PIB mundial, 2/3 das reservas mundiais de ouro,

60% da capacidade industrial ativa do mundo, 67% da capacidade produtora de petróleo, além da

maior Marinha e da maior Força Aérea que existia. Seus exércitos ocupavam parte

da Europa ocidental e o Japão, algumas das zonas foram as mais ricas e industrializadas do mundo

antes da Guerra. Também ocupavam parte do sudeste asiático, especificamente metade

da península da Coreia e grande parte das ilhas do Pacífico. O território continental americano

nunca havia sido realmente ameaçado durante a Segunda Guerra Mundial, sendo que a batalha

travada geograficamente mais próxima do continente foi a de Pearl Harbor, noHavai.

Por sua vez a União Soviética ocupava a metade oriental da Europa e a metade norte da Ásia, uma

parte da Manchúria e da Coreia, regiões tradicionalmente agrícolas e pobres. O próprio território

soviético havia sido palco de batalhas durante a II Guerra Mundial, contra divisões alemãs. O

resultado é que em 1945 os Estados Unidos contabilizavam cerca de 500 mil mortos na guerra,

contra cerca de 20 milhões de soviéticos mortos (civis e militares). Centenas de cidades soviéticas

estavam destruídas em 1945. A maior parte das indústrias, da capacidade produtiva agrícola e

da infraestrutura de transportes, energia e comunicações estava destruída ou seriamente

comprometida.

[editar]Operação Impensável

Ver artigo principal: Operação Impensável

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Operação Impensável é o nome de um plano inicial de guerra feito pelo governo britânico em 1945.

Tal operação consistia na invasão da então União Soviética por forças militares britânicas,

poloneses exilados, americanos e mesmo alemães recém rendidos.

[editar]Bloqueio de Berlim (Junho/1948 - Maio/1949)

Ver artigo principal: Bloqueio de Berlim, Desnazificação, Zonas ocupadas pelos Aliados na

Alemanha, Zonas ocupadas pelos Aliados na Áustria

Após a derrota alemã na Segunda Guerra, os países vencedores lhe impuseram pesadas sanções.

Dentre as quais a divisão da Alemanha em 4 áreas administrativas, cada uma chefiada por um dos

vencedores: Estados Unidos, França, Reino Unido e União Soviética e duas zonas de influência:

Capitalista e Socialista. Berlim, a capital da Alemanha, também foi dividida, ainda que sob território

de influência soviética. A comunicação entre o lado ocidental da cidade fragmentada e as outras

zonas era feita por pontes aéreas e terrestres.

C-47 no Aeroporto de Tempelhof em Berlim durante o Bloqueio de Berlim.

Em 1948, numa tentativa de controlar a inflação galopante da Alemanha, os Estados Unidos, a

França e o Reino Unido criaram uma "trizona" entre suas zonas de influência, para fazer valer

nestes territórios o Deutsche Mark (Marco alemão). Josef Stalin, então líder da URSS, reprovou a

ideia e, como contra-ataque, procurou reunificar Berlim sob sua influência. Desse modo, em 23 de

Junho de 1948, todas as rotas terrestres foram fechadas pelas tropassoviéticas, privando a cidade

de alimentos e combustiveis, numa violação dos acordos daConferência de Ialta.

Para não abandonar as zonas ocidentais de Berlim e dar vitória à União Soviética, os países

ocidentais prontificaram-se a criar uma grande ponte aérea, em que aviões de transporte de

cargas estado-unidenses, ingleses, e australianos saíam da "trizona" levando mantimentos aos mais

de dois milhões de berlinenses que viviam no ocidente da cidade. Stalin reconheceu a derrota dos

seus planos em 12 de Maio de 1949. Pouco depois, as zonas estadunidense, francesa e britânica se

unificaram, originando a Bundesrepublik Deutschland (República Federativa da Alemanha

ou Alemanha Ocidental), cuja capital era Bonn. Da zona soviética surgiu a Deutsche Demokratische

Republik(República Democrática Alemã ou Alemanha Oriental), com capital Berlim, a porção

oriental.4 5

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[editar]Plano Marshall e COMECON

Ver artigo principal: Plano Marshall, COMECON

Mapa da Europa mostrando os paísesque receberam ajuda do Plano Marshall. As colunas azuis mostram a

quantidade total relativa de ajuda por país.

A fragilização das nações europeias, após uma guerra violenta, permitiu que os Estados Unidos

estendessem uma série de apoios econômicos à Europa aliada, para que estes países pudessem se

reerguer e mostrar as vantagens do capitalismo. Assim, o Secretário de Estado dos Estados

Unidos, George Marshall, propõe a criação de um amplo plano econômico, que veio a ser conhecido

como Plano Marshall. Tratava-se da concessão de uma série deempréstimos a baixos juros e

investimentos públicos para facilitar o fim da crise na Europa Ocidental e repelir a ameaça do

socialismo entre a população descontente. Durante os primeiros anos da Guerra Fria,

principalmente, os Estados Unidos fizeram substanciais investimentos nos países aliados, com

notável destaque para o Reino Unido, a França e a Alemanha Ocidental.

O Japão, entre 1947 e 1950, recebeu menos apoio americano. A situação só se transformou com a

explosão da Guerra da Coreia, que fez do Japão o principal aliado das tropas dasNações Unidas.

Após a declaração da guerra, os americanos realizaram importantes investimentos na economia

japonesa, que também foi impulsionada com a demanda de guerra.

Em 1951 foi elaborado o Plano Colombo, uma organização realizada por países do Sudeste

Asiático, com intenções de reestruturação social. Os norte-americanos realizaram alguns

investimentos para estimular a economia do sub-continente, mas o volume de capital investido foi

muito menor ao destacado para o Plano Marshall, porém bem menos ambicioso, para estimular o

desenvolvimento de países do sul e sudeste da Ásia.

Em resposta ao plano econômico estadunidense, a União Soviética propôs-se a ajudar também

seus países aliados, com a criação do COMECON (Conselho para Assistência Econômica Mútua).

O COMECON fora proposto como maneira de impedir os países-satélites daUnião Soviética de

demonstrar interesse no Plano Marshall, e não abandonarem a esfera de influência de Moscou.

Page 9: Guerra Fria.docx

[editar]Corrida armamentista

Ver artigo principal: Corrida armamentista

Teste nuclear realizado em 18 de Abril de1953 na Área de Testes de Nevada.

Terminada a Segunda Guerra Mundial, as duas potências vencedoras dispunham de uma enorme

variedade de armas, muitas delas desenvolvidas durante o conflito, outras obtidas dos cientistas

alemães e japoneses.

Novos tanques, aviões, submarinos, navios de guerra e mísseis balísticos constituíam as chamadas

armas convencionais. Mas também haviam sido desenvolvidas novas gerações de armas não

convencionais, como armas químicas, que praticamente não foram utilizadas em batalha. A

Alemanha que desenvolveu a maior indústria de armas químicas do mundo, utilizou esses gases

mortais em câmaras de gás nos campos de concentração. Algumas armas biológicas foram

testadas, principalmente pelo Japão na China ocupada, mas a tecnologia da época ainda era muito

pouco eficiente. O maior destaque ficou com uma nova arma não-convencional, mais poderosa que

qualquer outra arma já testada até então: bomba atómica. Só os Estados Unidos tinham essa

tecnologia, o que aumentava em muito seu poderio bélico e sua superioridade militar estratégica em

relação aos soviéticos.

A União Soviética iniciou então seu programa de pesquisas para também produzir tais bombas, o

que conseguiu em 1949. Mas logo a seguir, os Estados Unidos testavam a primeira bomba de

hidrogênio, centena de vezes mais poderosa. A União soviética levaria até 1953 para desenvolver a

sua versão desta arma, dando início a uma nova geração de ogivas nucleares menores, mais leves

e mais poderosas.

A União Soviética obteve a tecnologia para armas nucleares através de espionagem. Em 1953, nos

Estados Unidos, o casal Julius e Ethel Rosenberg foi condenado a morte por transmitir à União

Soviética segredos sobre a bomba atómica norte americana.

Essa corrida ao armamento era movida pelo receio recíproco de que o inimigo passasse a frente na

produção de armas, provocando um desequilíbrio no cenário internacional. Se um deles tivesse

mais armas, seria capaz de destruir o outro.

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A corrida atingiu proporções tais que, já na década de 1960, os Estados Unidos e a URSS tinham

armas suficiente para vencer e destruir qualquer outro país do mundo. Uma quantidade tal de armas

nucleares foi construída, que permitiria a qualquer uma das duas superpotências, sobreviver a um

ataque nuclear maciço do adversário, e a seguir, utilizando apenas uma fração do que restasse do

seu arsenal, pudesse destruir o mundo. Esta capacidade de sobreviver a um primeiro ataque

nuclear, para a seguir retaliar o inimigo com um segundo ataque nuclear devastador, produziu medo

suficiente nos líderes destes dois países para impedir uma Guerra Nuclear, sintetizado em conceitos

como Destruição Mútua Assegurada ou "Equilíbrio do terror".

[editar]OTAN e Pacto de Varsóvia

Ver artigo principal: OTAN, Pacto de Varsóvia

Em 1949 os Estados Unidos e o Canadá, juntamente com a maioria dos países europeus,

suportados alguns destes com governos que incluiam os socialistas, criaram a OTAN (Organização

do Tratado do Atlântico Norte), uma aliança militar com o objetivo de proteção internacional em caso

de um suposto ataque dos países do leste europeu.

Em resposta à OTAN, a URSS firmou entre ela e seus aliados o Pacto de Varsóvia (1955) para unir

forças militares da Europa Oriental. Logo as alianças militares estavam em pleno funcionamento, e

qualquer conflito entre dois países integrantes poderia ocasionar uma guerra nunca vista antes.

Mapa dos países pertencentes ao Pacto de Varsóvia.

A tensão sentida pelas pessoas com relação às duas superpotências acentuou-se com o início da

corrida armamentista, cujo “vencedor” seria a potência que produzisse mais armas e mais tecnologia

bélica. Em contraponto, a corrida espacial trouxe grandes inovações tecnológicas e proporcionou

um grande avanço nas telecomunicações e na informática.

O macartismo, criado pelo senador estadunidense Joseph McCarthynos anos 50, culminou na

criação do Comitê de Investigação de Atividades Antiamericanas do Senado dos Estados Unidos.

Em outras palavras, toda e qualquer atividade pró-comunismo estava terminantemente proibida e

qualquer um que as estimulasse estaria sujeito à prisão ou extradição. Inúmeros artistas e

produtores de filmes ou de programas de televisão que criticavam o governo americano foram

acusados de comunistas. Foi criada a Lista Negra de Hollywood contendo os nomes de pessoas do

meio artístico acusados de atividades antiamericanas.

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A era do macartismo acabou por extirpar do meio artístico americano a maior parte dos produtores

progressistas ou simpatizantes daesquerda. A URSS aplicou extensivamente o Artigo 58 de seu

Código Penal na Zona de ocupação soviética na Alemanha, onde as pessoas eram internadas como

"espiões" pela simples suspeita de oposição ao regime stalinista, como pelo simples ato de contatar

organizações com base nas Zonas ocupadas pelos Aliados ocidentais.6 No campo especial

da NKVD em Bautzen, 66% dos presos, tinham sido encarcerados por suspeita de apoiarem o

capitalismo .6

[editar]Guerra da Coreia (Junho/1950 - Julho/1953)

Ver artigo principal: Guerra da Coreia

O único grande confronto militar que envolveu batalhas em que de um lado haviam forças militares

americanas e do outro forças soviéticas, foi a Guerra da Coreia. A península da Coreia foi dividida,

em 1945, pelo paralelo 38 N, em duas zonas de influência: uma ao norte, ocupada pela União

Soviética, e a partir de 1949 pela República Popular da China, comunista; era a República Popular

Democrática da Coreia. A outra porção, ao sul do paralelo 38 N, foi ocupada pelas tropas

americanas e permaneceu capitalista com apoio das nações ocidentais passou a ser conhecida

como República da Coreia.

Forças das Nações Unidas em retirada da Coreia do Norte, após o armistício.

Em 1950, os líderes da Coreia do Norte, incentivada pela vitória do socialismo na China um ano

antes, recebeu apoio da URSS para tentar reunificar a Coreia sob o comando de um governo

socialista, invadiu e ocupou a capital sul-coreana Seul, desencadeando um conflito armado. Os

Estados Unidos solicitaram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, a formação de uma

força multinacional para defender a Coreia do Sul. Na ocasião a URSS se recusou a participar da

reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas em que esta medida foi discutida, e os

Estados Unidos conseguiram legitimar a primeira grande batalha militar da Guerra Fria contra o

bloco soviético.

As tropas anglo-americanas fizeram a resistência no sul, reconquistando a cidade e partindo em

uma investida contra o norte. A China, sentindo-se ameaçada pela aproximação das forças

ocidentais, enviou reforços à frente de batalha, fazendo da Coreia um grande campo de batalha.

Page 12: Guerra Fria.docx

Após muitas batalhas, com avanços e recuos de ambos os lados, um primeiro acordo de paz é

negociado, mas demora dois anos para ser ratificado. O General americano Douglas

MacArthur chegou a solicitar o uso de armas nucleares contra a Coreia do Norte e a China, mas foi

afastado do comando das forças americanas.

Apenas quando a União Soviética já havia testado sua primeira bomba de hidrogênio, em 1953, é

que um armistício foi assinado emPanmunjon, em 27 de Julho de 1953. O acordo manteve a

península da Coreia dividida em dois Estados soberanos, praticamente como antes do início da

guerra, com mudanças mínimas na linha de fronteira. Essa divisão da Coreia em dois países se

mantém até hoje. Em Junho de 2000, os governos das duas Coreias anunciaram planos de

reaproximação dos dois países. Isso significou o início da desmilitarização da região, a diminuição

do isolamento internacional da Coreia do Norte e, para milhares de coreanos, a possibilidade de

reencontrar parentes separados há meio século pelo conflito. Pela tentativa, o então presidente da

Coreia do Sul, Kim Dae Jung, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2000.

[editar]Operação Washtub

Ver artigo principal: Operação Washtub

A Operação Washtub, foi uma operação secreta da CIA organizada para plantar um falso

esconderijo de armas Soviético na Nicaráguapara demonstrar que a Guatemala tinha laços

com Moscou. A operação fazia parte de um plano para derrubar o Presidente da Guatemala, Jacobo

Arbenz Guzmán em 1954.

[editar]Corrida Espacial

Ver artigo principal: Corrida espacial

Yuri Gagarin, a primeira pessoa no espaço (1961).

Page 13: Guerra Fria.docx

Um dos campos que mais se beneficiaram com a Guerra Fria foi o da tecnologia.7 Na urgência de se

mostrarem superiores aos rivais, Estados Unidos e União Soviética procuraram melhorar os seus

arsenais militares. Como consequência, algumas tecnologias conhecidas hoje (como alguns tecidos

sintéticos) foram frutos dessa corrida.

A corrida espacial está nesse contexto. A tecnologia aeroespacial necessária para o lançamento de

mísseis e de foguetes é praticamente a mesma, e portanto os dois países investiram pesadamente

na tecnologia espacial.7

Sentindo-se ameaçada pelos bombardeiros estratégicos americanos, carregados de artefatos

nucleares que sobrevoavam as fronteiras com a URSS constantemente, a URSS começou a investir

em uma nova geração de armas que compensasse esta debilidade estratégica. Assim, a União

Soviética dá início à corrida espacial no ano de 1957, quando os soviéticos lançaramSputnik 1, o

primeiro artefato humano a ir ao espaço e orbitar o planeta. Em novembro do mesmo ano, os russos

lançaram Sputnik 2 e, dentro da nave foi a bordo o primeiro ser vivo a sair do planeta: a

cadela Laika.

Após as missões Sputnik, os Estados Unidos entraram na corrida, lançando o Explorer I, em1958.

Mas a União Soviética tinha um passo na frente, e em 1961 os soviéticos conseguiram lançar

a Vostok 1, que era tripulada por Yuri Gagarin, o primeiro ser humano a ir ao espaço e voltar são e

salvo.

Astronauta Buzz Aldrin fotografado porNeil Armstrong (o primeiro homem a pisar naLua) durante a

missão Apollo 11, em 20 de Julho de 1969.

A partir daí, a rivalidade aumentou a ponto de o presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy,

prometer enviar americanos à Lua e trazê-los de volta até o fim da década. Os soviéticos

apressaram-se para vencer os estadounidenses na chegada ao satélite.7 As missões Zond deveriam

levar os primeiros humanos a orbitarem a Lua, mas devido a falhas, só foi possível aos soviéticos o

envio de missões não-tripuladas, Zond 5 e Zond 6, em 1968. Os Estados Unidos, por outro lado,

conseguiram enviar a missão tripulada Apollo 8 no Natal de 1968 a uma órbita lunar.

Page 14: Guerra Fria.docx

O passo seguinte, naturalmente, seria o pouso na superfície da Lua. A missão Apollo 11conseguiu

realizar com sucesso a missão, e Neil Armstrong e Edwin Aldrin tornaram-se os primeiros humanos,

respectivamente, a caminhar em outro corpo celeste.7

A corrida espacial se tornou secundária com a distensão dos anos 1960-1970, mas volta a ter

relevância nos anos 1980, no que pode ser considerado o último capítulo daquela disputa.

Opresidente dos Estados Unidos anuncia investimentos bilionários na construção de um sistema

espacial de defesa anti-mísseis balísticos.7 A oficialmente denominada Iniciativa Estratégica de

Defesa e conhecida como guerra nas estrelas, poderia defender o território americano dos mísseis

russos e acabar com a lógica da Destruição Mútua Assegurada.

Neste contexto os Estados Unidos enviam ao espaço o primeiro veículo espacial reutilizáveis:

o ônibus espacial.7 A URSS levaria alguns anos para construir a sua versão do ônibus espacial,

(o Buran) mas foi a primeira a colocar no espaço uma nave espacial armada de ogivas nucleares,

a Polyus, que teria sido destruída pelos próprios líderes soviéticos em 1987, quando já estavam

avançadas as negociações diplomáticas para por fim à Guerra Fria.

[editar]Arpanet

Ver artigo principal: ARPANET

Mapa da rede ARPANET em 1972.

Outro campo em que ocorreu grande desenvolvimento durante a Guerra Fria foi o das

comunicações. Temendo um possível bombardeio soviético, durante adécada de 1960, O

Pentágono financiou o desenvolvimento de um sistema de comunicação entre os computadores,

que envolveu centros de pesquisa militares e civis, como algumas das principais universidades

americanas. A rede de comunicações criada pela agência Arpa ficaria conhecida como Arpanet.

A lógica do sistema era a seguinte: caso fosse feito um bombardeio soviético, a central de

informações não estaria em um só lugar, mas sim em vários pontos conectados em uma rede, ou

seja, cada nó da rede funcionaria como uma central, todas conectadas entre si. A infraestrutura da

rede foi construída comfibra óptica para não sofrer interferência dos pulsos

eletromagnéticos produzidos pelas explosões nucleares.8 O sistema foi inaugurado com sucesso em

Page 15: Guerra Fria.docx

1969, naUniversidade da Califórnia (UCLA), com o envio de uma mensagem de caracteres para

outro servidor.

Durante toda a década de 1970 e 1980 o uso dessa tecnologia se manteve restrito a fins militares e

acadêmicos. Somente em Convenção realizada no ano de 1987 a rede seria liberada para uso

comercial. A partir de então a Arpanet passou a se chamar Internet. Em 1990, o físico inglês Tim

Berners-Lee criaria o HTML (Linguagem de Marcação de Hipertexto). Na década de 1990 a Internet

passaria por um processo de expansão gigantesco, tornando-se um grande meio de comunicação

da atualidade.

[editar]A coexistência pacífica (1953 - 1962)

Nikita Khrushchov.

Ver artigo principal: Coexistência pacífica

Após a morte de Stalin, em 1953, Nikita Khrushchov subiu ao posto de Secretário-Geral doPartido

Comunista da União Soviética e, portanto, governante dos soviéticos. Condenou os crimes de seu

antecessor (ver: Discurso secreto) e pregou a política da coexistência pacífica entre os soviéticos e

americanos, o que significaria os esforços de ambos os lados em evitar o conflito militar, havendo

apenas confronto ideológico e tecnológico (corrida espacial). Houve apenas tentativas de

espionagem. Esta política também possibilitou uma aproximação entre os líderes. Khrushchov

reuniu-se diversas vezes com os presidentes americanos: com Dwight D. Eisenhower, em 1956, no

Reino Unido; em 1959 nos Estados Unidos; e em 1960 na França; e com Kennedy se encontrou

uma vez, em 1961, em Viena, Áustria.

[editar]Os países não alinhados

Ver artigo principal: Conferência de Bandung, Movimento Não Alinhado

Page 16: Guerra Fria.docx

Um grupo de países optou por não tomar parte na Guerra Fria. Em sua maioria, paísesafricanos,

asiáticos e ex colônias europeias de independência recente. Para garantir sua neutralidade, os

assim denominados países não alinhados promoveram, em abril de 1955 e através da Conferência

de Bandung, a criação do Movimento Não Alinhado. Seu objetivo era dar apoio e segurança

aos países em desenvolvimento contra as duas superpotências. Condenavam

o colonialismo, imperialismo e o domínio de países estrangeiros em geral.9

A primeira conferência do movimento foi realizada em setembro de 1961, na cidade de Belgrado,

com a presença de representantes de 25 países.9 Nessas conferências, se torna óbvio os conflitos

entre os países do movimento, como por exemplo, entre o Irã e o Iraque, o que favorecia a posição

das duas superpotências e até da China. Além disso, era difícil a neutralidade dos países por causa

da fraca economia e agrava-se pelo atraso no desenvolvimento dos países recém-independentes.10

Com o fim da Guerra Fria e a extinção da União Soviética, o princípio político de "neutralidade"

deixou de ter um sentido comum.10

[editar]Crises da Guerra Fria (1956 - 1962)

[editar]Revolução húngara (1956)

Ver artigo principal: Primavera de Praga, Revolução Húngara de 1956

Cabeça da estátua de Josef Stálin, derrubada durante a revolução.

Na Hungria, a ocupação da Hungria pelo Exército Vermelho, após a Segunda Guerra Mundial,

garantiu a influência da União Soviética sobre a região.11 O país no período pós-guerra tornou-se

uma democracia pluripartidária, até 1949, quando a República Popular da Hungria foi declarada12 e

tornou-se um estado comunista liderado por Mátyás Rákosi.13 Com o novo governo, começou uma

série de prisões em campos de concentração, torturas, julgamentos e deportações para o leste. A

economia não estava a ir muito bem, sofria com a desvalorização da moeda húngara, o pengő,

considerada uma das mais altas hiperinflações conhecidas.

Esgotados com os índices econômicos cada vez piores e com os governos de Enrö Geroe Mátyás

Rákosi, a população tomou as ruas de Budapeste na noite de 23 de outubro de 1956.14 O objetivo

desse levante era o fim da ocupação da União Soviética e a implantação do "socialismo

Page 17: Guerra Fria.docx

verdadeiro".15 Houve um confronto entre autoridades policiais e manifestantes e durante esse

confronto, houve a derrubada da estátua de Josef Stálin.14

Mesmo após a troca de governo, os conflitos foram intensificando-se. Com isso, os soviéticos

organizaram uma trégua com os populares. Logo após, o exército soviético executou uma violenta

ação contra os populares, colocando no poder Janos Kadar. No dia 4 de novembro de 1956, um

novo exército soviético provocou destruição nas ruas da capital húngara. Os populares foram

derrubados.14

[editar]Guerra de Suez (1956)

Ver artigo principal: Guerra do Suez

O rei do Egito, pró-europeu, foi derrubado por Gamal Abdel Nasser em 1953, que procurou instalar

uma política nacionalista e pan-arabista. Sua primeira manobra política de efeito foi a guerra que

declarou contra o recém-criado estado de Israel, porque eles teriam humilhado os árabes na Guerra

de Independência Israelita. Com os clamores de outros países árabes para uma nova investida

contra os judeus, Nasser aliou-se à Jordânia e à Síria.

Anúncio na nacionalização do Canal de Suez, feito por Gamal Abdel Nasser.

Na mesma época, Nasser teria declarado a intenção de nacionalizar o Canal de Suez, que era

controlado majoritariamente por franceses e britânicos. Isso preocupou as duas potências, que

necessitavam do canal para seus interesses colonialistas na África eÁsia. Assim, a França, o Reino

Unido e Israel decidiram formar uma aliança, declararam guerra ao Egito de Nasser e cuidaram da

ocupação do Egito. Os europeus cuidaram de bombardear e lançar paraquedistas em locais

estratégicos, enquanto os israelitas cuidaram da invasão terrestre, invadindo a península do

Sinai em poucos dias depois.

A guerra no Egito perturbou a paz que vinha sendo mantida entre Washington D.C. eMoscou.

Dwight D. Eisenhower, então presidente americano, criticava a repressão emBudapeste, na Hungria,

e teve que provar que era contra a invasão a Israel. Os Estados Unidos tentaram várias vezes fazer

os europeus mudarem de ideia e retirar os ocupantes do Egito, ao mesmo tempo que Khrushchev

demandava respostas. Os Estados Unidos, inclusive, tentaram, a 30 de Outubro de 1956, levar

ao Conselho de Segurança das Nações Unidas a petição de retirada das tropas do Egito, mas

França e Reino Unido vetaram a petição. A União Soviética seguia a mesma linha de raciocínio do

Estados Unidos, sendo assim favorável à desocupação das terras egípcias porque queria estreitar

laços com os árabes, e se aliou rapidamente à Síria e ao Egito.

A crescente pressão econômica estadunidense e a ameaça de Khrushchov de que "modernas

armas de destruição" seriam usadas emLondres e Paris fizeram os dois países recuarem, e os

aliados se retiraram do Sinai em 1957. Após a retirada, o Reino Unido e a França foram forçadas a

Page 18: Guerra Fria.docx

perceber que não eram mais líderes políticos do mundo, enquanto o Egito manteve sua política

nacionalista e, mais tarde, pró-soviética.

[editar]Crise dos Mísseis (1962)

Ver artigo principal: Crise dos mísseis de Cuba

Cuba, a maior das ilhas caribenhas, sofreu uma revolução em 1959, que retirou o ditador pró-

estadunidense Fulgêncio Batista do poder, e instaurou a ditadura de Fidel Castro a partir de 1959. A

instauração de um regime socialista preocupou a Casa Branca que ainda em 1959 tentou depor o

novo governo, apoiando membros ligados ao antigo regime e iniciando um embargo econômico à

ilha. Com o bloqueio do comércio de petróleo e grãos, Cuba passa a adquirir esses produtos da

URSS. O governo de Fidel Castro, inicialmente composto por uma frente de grupos

nacionalistas, populistas e de esquerda, que variava de social-democratas aos de

inspiração marxista-leninista, rapidamente se tornaria polarizaria em torno dos líderes mais pró-

URSS. Em 1961, a CIA chegou a organizar o desembarque de grupos de oposição armados que

deporiam Fidel Castro na operação da Invasão da Baía dos Porcos, que foi um fracasso completo.

Diante desta situação o novo regime cubano se aproxima rapidamente da URSS, que oferece

proteção militar.

Em 1962, a União Soviética foi flagrada construindo 40 silos nucleares em Cuba. Segundo

Kruschev, a medida era puramente defensiva, para evitar que os Estados Unidos tentassem nova

investida contra os cubanos. Por outro lado, no plano estratégico global, isto representava uma

resposta à instalação de mísseis Júpiter II pelos estadunidenses na cidade de Esmirna, Turquia, que

poderiam ser usadas para bombardear todas as grandes cidades da União Soviética.

Local de lançamento de mísseis em Cuba, dia 1 de Novembro de 1962.

Rapidamente, o presidente Kennedy tomou medidas contrárias, como a ordenação dequarentena à

ilha de Cuba, posicionando navios militares no mar do Caribe e fechando os contatos marítimos

entre a União Soviética e Cuba. Vários pontos foram levantados a respeito deste bloqueio naval: os

soviéticos disseram que não entendiam porque Kennedy havia tomado essa medida, já que vários

mísseis estadunidenses estavam instalados em territórios dos países da OTAN contra os soviéticos,

em distâncias equivalentes àquela entre Cuba e os Estados Unidos; Fidel Castro revelou que não

Page 19: Guerra Fria.docx

havia nada de ilegal em instalar mísseis soviéticos em seu território[carece de fontes]; e o primeiro-ministro

britânico Harold Macmillandisse não ter entendido por que não foi sequer ventilada a hipótese de

acordo diplomático[carece de fontes].

Em 23 e 24 de Outubro, Kruschev teria enviado uma carta a Kennedy[carece de fontes], informando suas

intenções pacíficas. Em 26 de Outubro disse que retiraria seus mísseis de Cuba se Washington se

comprometesse a não invadir Cuba[carece de fontes]. No dia seguinte, pediu também a retirada dos

balísticos Júpiter da Turquia. Mesmo assim, dois aviões espiões estadunidenses U-2 foram abatidos

em Cuba e na Sibéria em 27 de Outubro, o ápice da crise. Neste mesmo dia, os navios mercantes

soviéticos haviam chegado ao Caribe e tentariam passar pelo bloqueio. Em 28 de Outubro, Kennedy

foi obrigado a ceder os pedidos, e concordou em retirar os mísseis da Turquia e não atacar Cuba.

Assim, Nikita Kruschev retirou os mísseis nucleares soviéticos da ilha.

Apesar de o acordo ter sido negativo para os dois lados, o grande derrotado foi o líder soviético, que

foi visto como um fraco que não soube manter sua posição frente aos estadunidenses.

Sobre isso, disse o Secretário de Estado Dean Rusk:

"Nós estivemos cara a cara, mas eles piscaram"[carece de fontes].

Dois anos depois, Kruschev não aguentou a pressão e saiu do governo. Kennedy também foi mal-

visto pelos comandantes militares dos Estados Unidos. O general Curtis LeMay disse a Kennedy

que este episódio foi "a maior derrota da história estadunidense" [carece de fontes], e pediu para que os

Estados Unidos invadissem imediatamente Cuba[carece de fontes].

[editar]América Latina

Ver artigo principal: Intervencionismo

 Ver página anexa: Lista de golpes de Estado bem sucedidos

Durante a Guerra Fria, a propaganda e os os esforços anticomunistas dos Estados Unidos fizeram-

se sentir na região. De 1946 a 1984, os Estados Unidos mantiveram no Panamá a Escola das

Américas. A finalidade deste órgão era formar lideranças militares pró-EUA. Vários ditadores latino-

americanos foram alunos desta instituição, entre eles o ditador do Panamá Manuel Noriega,

e Leopoldo Galtieri, líder da Junta Militar da Argentina. A partir de 1954, os serviços de inteligência

norte-americanos participaram de golpes de estado contra governos latino-

americanos16 17 (ver: Ações de derrubada de governos patrocinadas pela CIA). Após a Revolução

cubana, o receio de que o comunismo se espalhasse pelas Américas cresceu muito. Governos

simpáticos ao comunismo ou democraticamente eleitos, mas contrários aos interesses políticos e

econômicos dos Estados Unidos foram removidos do poder.

Em 1961, o presidente Kennedy criou a Aliança para o Progresso, para abrandar as tensões sociais

e auxiliar no desenvolvimento econômico das nações latino-americanas, além de conter o avanço

comunista no continente americano. Este programa ofereceu ajuda técnica e econômica a vários

Page 20: Guerra Fria.docx

países. Com isto pretendia-se afastar a possibilidade das nações da América Latina alinharem-se

com o bloco soviético. Mas, como programa não alcançou os resultados esperados, foi extinto em

1969 pelo presidente Richard Nixon.

Alguns dos golpes de Estado ocorridos na América Latina neste período:

1954 : Golpe de Estado na Guatemala - Jacobo Arbenz

Guzmán presidente reformista, eleito, foi deposto pelo 1º Golpe

de Estado promovido pela CIA na América Latina.18

1964 : Golpe de Estado no Brasil: João Goulart foi deposto por

uma revolta militar e exilou-se no Uruguai.

1973 : Golpe de Estado no Chile: em 11 de Setembro de 1973,

uma rebelião militar liderada por Augusto Pinochet e apoiada

pelos Estados Unidos, depôs o presidente Salvador Allende.

[editar]A Distensão (1962 - 1979)

Ver artigo principal: Détente

Jimmy Carter e Leonid Brejnev assinando o SALT II, em 1979.

O período da distensão (Détente) seguiu-se à Crise dos Mísseis, por ela quase ter levado as duas

superpotências a um embate nuclear. Os Estados Unidos e a URSS decidiram, então, realizar

acordos para evitar uma catástrofe mundial. Nesta época, vários tratados foram assinados entre os

dois lados. A política Détente, foi principalmente seguida por Brejnev, que mais tarde criaria um

grande sistema diplomático e de distensão, sendo este o sistema que salvaria a pele de Brejnev,

que entrara em uma estagnação econômica, apesar de alcançar um bem-estar para o povo

soviético. Durante a direção de Brejnev e sua inseparável doutrina, o povo que nascera depois da

Guerra Fria nunca havia presenciado um momento de tanta paz mundial.

Tratado de Moscou (1963) - Os dois países regularam a

pesquisa de novas tecnologias nucleares e concordaram em

não ocupar a Antártica.

TPN (Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares) (1968) -

Os países signatários (Estados Unidos, URSS, China, França e

Page 21: Guerra Fria.docx

Reino Unido) comprometiam-se a não transmitir tecnologia

nuclear a outros e a se desarmarem de arsenais nucleares.

SALT I (Strategic Arms Limitation Talks - Acordo de Limitação

de Armamentos Estratégicos) (1972) - Previa o congelamento

de arsenais nucleares dos Estados Unidos e da União Soviética.

SALT II (1979) - Prorrogação das negociações do SALT I.

(ver: Conversações sobre Limites para Armas Estratégicas)

Os dois países tinham seus motivos particulares para buscar acordos militares e políticos. A URSS

estava com problemas nos relacionamentos com a China, e viu este país se desalinhar do

socialismo monopolista de Moscou. Isso criou a prática da diplomaciatriangular, entre Washington,

Moscou e Pequim. Também estavam com dificuldades agrícolas e econômicas. E os Estados

Unidos haviam entrado numa guerra contra o Vietnã, e na década de 1970 entrariam em uma grave

crise econômica.

A Distensão, apesar de garantir o não-confronto militar, acirrou a rivalidade política e ideológica,

culminando em algumas revoltas sociais e apoios a revoltas e revoluções na Europa e no Terceiro

Mundo.

Como exemplo, pode-se citar a Invasão do Afeganistão, a Intervenção Soviética em Praga, e a

própria guerra do Vietnã.

[editar]Guerra do Vietnã (1964 - 1975)

Ver artigo principal: Guerra do Vietnã

A Guerra do Vietnã foi um dos maiores confrontos militares envolvendo capitalistas e socialistas no

período da Guerra Fria. Opôs oVietname do Norte e guerrilheiros pró-comunistas do Vietname do

Sul contra o governo pró-capitalista do Vietname do Sul e os Estados Unidos.

Após a Convenção de Genebra (1954), o Vietnã, recém-independente da França, seria dividido em

duas zonas de influência, como a Coreia, e estas zonas seriam desmilitarizadas e mantidas cada

uma sob um dos regimes (capitalismo e socialismo). Foi estipulada uma data (1957) para a

realização de um plebiscito, decidindo entre a reunificação do país ou não e, se sim, qual regime

seria adotado.

Page 22: Guerra Fria.docx

Corpos de Vietnamitas em Saigon,Vietname do Sul, 1968.

Infelizmente para o Vietname do Sul, o líder do Norte, Ho Chi Minh, era muito benquisto entre a

população, por ser defensor popular e herói de guerra. O governo do Vietname do Sul decidiu proibir

o plebiscito de ocorrer em seu território, pois queria manter o alinhamento com os estadunidenses.

Como o Vietname do Norte queria a reunificação, lançaram-se em uma guerra contra o Sul.

O Vietname do Norte contou com o apoio da Frente de Liberação Nacional, ou vietcongs, um grupo

de rebeldes no Vietname do Sul. E o Vietname do Sul contou, em 1965, com a valiosa ajuda

dos Estados Unidos. Eles entraram na guerra para manter o governo capitalista no Vietname, e

temendo a ideia do "efeito dominó" (Teoria do Dominó) no qual, ao verem um país que se libertou do

capitalismo preferindo o socialismo, outros países poderiam seguir o exemplo (como foi o caso de

Cuba).

Até 1965, a guerra estava favorável ao Vietname do Norte, mas quando os Estados Unidos se

lançaram ao ataque contra o Vietname do Norte, tudo parecia indicar que seria um grande massacre

dos vietnamitas, e uma fácil vitória ocidental. Mas os vietnamitas do norte viram nessa guerra uma

extensão da guerra de independência que haviam acabado de vencer contra a França, e lutaram

incessantemente. Contando com o conhecimento do território, os vietnamitas do norte conseguiram

vencer os Estados Unidos, o que é visto como uma das mais vergonhosas derrotas militares dos

Estados Unidos. Em 1975, os Estados Unidos e o Vietname do Norte assinaram os Acordos de Paz

de Paris, onde os Estados Unidos reconheceram a unificação do Vietnã sob o regime comunista de

Ho Chi Minh.

A derrota dos Estados Unidos evidenciou o fracasso da política norte-americana na Ásia e acarretou

a reformulação, no Governo Nixon, da política externa no Oriente. Com isso, os norte-americanos

buscaram uma maior flexibilidade e novos parceiros, destacando a aproximação com a China

comunista.

[editar]A Distensão na Europa

A Europa, continente que mais sofreu com a divisão mundial, também sofreu os efeitos da distensão

política. Os países começaram a questionar as ideologias a que foram impostos, e optaram cada

vez mais pelo abrandamento, no lado ocidental, e pela revolta popular seguida de forte repressão,

no lado oriental.

Em 1968, a Tchecoslováquia viu uma grande manifestação

popular apoiar ideias de abertura política em direção à social-

democracia e a um "socialismo com uma face humana". Este

movimento ficou conhecido como Primavera de Praga, em

alusão à capital da Tchecoslováquia, Praga, local onde os

movimentos populares tomavam corpo. Temendo a liberdade

Page 23: Guerra Fria.docx

política da Tchecoslováquia,Leonid Brejnev, líder da URSS,

ordenou a invasão de Praga e a repressão do movimento

popular.

Em 1966, Charles de Gaulle, presidente da França, manteve os

seus ideais de nacionalismo francês e antiamericanismo e

desalinhou-se com as práticas estadunidenses, saindo da

OTAN.

Em 1969, o chanceler da Alemanha Ocidental anuncia a

"Ostpolitik", uma política de aproximação dos vizinhos, os

alemães orientais. Em 1972 os Estados passam a se

reconhecerem mutuamente podendo, assim, voltar a integrar a

ONU.

[editar]O reconhecimento da China pelos Estados Unidos

Ver artigo principal: Relações entre China e Estados Unidos

Richard Nixon e Mao Tse-Tung durante a visita do Presidente americano à República Popular da China, em

1972.

Desde o início da década de 1950 a República Popular da China tinha problemas com a União

Soviética, por causa de hierarquia de poderes. Moscou queria que o socialismo no mundo fosse

unificado, sob a tutela do Kremlin, enquanto Pequim achava que a República Popular da China não

deveria se submeter aos soviéticos. Além disso, o governo chines exigia que a URSS transferisse

sua tecnologia nuclear para a China, o que não era bem visto por Moscou. Este processo acabou

levando a ruptura sino-soviética.

Ao longo dos anos 1960 os Estados Unidos iniciaram uma aproximação com a URSS que levaria ao

que ficou conhecido como distensão política, enquanto recrudesceram suas relações com

a China comunista, aprofundando a disputa com este pais no Sudeste Asiático, onde se

aprofundava a Guerra do Vietnã. Neste período as disputas entre URSS e China cresceram ainda

mais. Esta tensão tornou-se um problema crescente para os soviéticos, que perdiam um forte aliado

no Leste Asiático e passaram a ver a China como uma potencial ameaça. No fim dos anos 1960, a

Page 24: Guerra Fria.docx

China passa a manter cerca de 1 milhão de soldados na fronteira com a URSS, o que força a URSS

a manter outro volume equivalente de tropas na região.

O auge da disputa entre China e URSS é considerado o ano de 1969, quando ocorre um confronto

armado na fronteira sino-soviética, na região do rio Ussuri (nordeste da Manchúria) e os dois países

quase entram em guerra.

Nos anos 1970 a situação se inverte e os Estados Unidos passam a se aproximar da China e isolar

novamente a URSS, iniciando inclusive um processo de ampliação das relações ecônomicas com a

China e de guerra comercial com a URSS.19

Estas mudanças ocorridas na década de 1970, pioraram ainda mais a situação da URSS, pois Mao

Tse-tung, secretario-geral da China socialista, ampliou o processo de aproximação com os Estados

Unidos. Além de isolar a URSS, a aproximação com os Estados Unidos trouxe vantagens para a

China, como o fim da Guerra do Vietnã, o reconhecimento diplomático pelos americanos, a adesão

da China à ONU e a substituição de Taiwan (China nacionalista) pela China no Conselho de

Segurança da ONU.

Desde a Revolução Chinesa de 1949, o mundo ocidental via o governo de Mao Tse-Tung como

ilegal, e continuaram reconhecendo como governo legítimo da China o governo refugiado em

Taiwan. Com a aproximação entre Pequim e Washington, os Estados Unidos passaram a

reconhecer o governo de Mao Tse-tung como o legítimo regente chinês, ou seja, a República

Popular da China como a China de fato. Assim, outros países ocidentais tomaram a mesma decisão,

e a China pôde entrar para ONU, como participante e como membro permanente do Conselho de

Segurança da ONU. Em 1975, os Estados Unidos e o Vietname do Norte assinaram os Acordos de

Paz de Paris, os Estados Unidos reconheceram a unificação do Vietnã e iniciaram uma nova fase de

cooperação com a China. A partir deste período, e principalmente nos anos 1980, a China passaria

a apoiar os Estados Unidos na disputa deste pais com a URSS.

[editar]A "Segunda" Guerra Fria (1979-1985)

A Guerra Fria em 1980.

Após o ano de 1979, seguiu-se uma nova fase nas relações amistosas entre os Estados Unidos e

a União Soviética, que ampliaram as relações entre as duas superpotências. O período que vai de

Page 25: Guerra Fria.docx

1979 a 1985, 1987 ou 1988 (dependendo da classificação), ficou conhecido como "II Guerra Fria",

devido à retomada das hostilidades indiretas entre Estados Unidos e URSS, após o período da

"distensão". No plano estratégico ficou clara a formação de uma grande coalizão global contra a

União Soviética, que passou a incluir, além dos Estados Unidos e seus aliados da OTAN e o Japão,

também a China.20

Embora na época o apoio chinês à estratégia americana de cercamento da URSS tenha sido

considerado secundário, hoje muitos historiadores consideram que este papel pode ter sido

determinante para o desfecho da Guerra Fria.

Os principais episódios que marcaram este período foram:

Em 1979 a União Soviética invade o Afeganistão,

assassinando Hafizullah Amin, e colocando em seu

posto Brabak Karmal, que era a favor das políticas de Moscou.

A este evento seguiu-se uma grande resistência anti-soviética,

principalmente da parte dos mujahidindas montanhas afegãs.

Eles eram abastecidos por outros países, como China, Arábia

Saudita, Paquistão e o próprio Estados Unidos. Após dez anos

de lutas, as tropas soviéticas tiveram que abandonar o país, em

1988. Esta vitória dos mujahidin possibilitou, anos depois, a

formação do grupo Taleban, que aproveitou a desordem no país

para instaurar um governo autoritário fundamentalista no

Afeganistão, nos anos 1990.

Donald Rumsfeld, em 1983, viaja como enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Medio, no Governo

Reagan, para reforcar o apoio ao governo iraquiano de Saddam Hussein, na guerra contra o Irã, conhecida

como Guerra Irã-Iraque, que era vista como uma forma de conter a influencia soviética na região.

Posteriormente Donald Rumsfeld veio a ocupar o cargo de Secretario de Defesa dos Estados Unidos

no Governo Bush.

Ainda em 1979 Margaret Thatcher foi eleita primeira-ministra

do Reino Unido pelo Partido Conservador, e deu à política

Page 26: Guerra Fria.docx

externa do país uma face mais agressiva contra o regime

soviético.

Por fim, ainda em 1979 o principal aliado americano no Golfo

Pérsico, o Irã, que passava por grande turbulência interna,

passa por uma Revolução Islâmica nacionalista e de caráter

fortemente anti-americana, que levou os Estados Unidos a

iniciarem uma longa disputa com o novo regime no país.21 Como

resultado deste processo, a partir de 1980, os Estados Unidos

passaram a apoiar o Iraque na guerra deste país contra o Irã,

que ficou conhecida como "Guerra Irã-Iraque".

Em 1981, Ronald Reagan foi eleito presidente dos Estados

Unidos e, ao contrário de seus antecessores, que pregavam a

Distensão, Reagan defendia a retomada da estrategia de

cercamento da URSS, conforme defendido por Henry

Kissinger no fim dos anos 1970 e, de forma mais clara,

por Zbigniew Brzezinski e Donald Rumsfeld, nos anos 1980, o

que implicava na retomada do confrontdo com a União

Soviética. Dentre os resultados desta política, foi ampliado o

fornecimento de armamentos a Saddam Hussein, ditador

iraquiano, que lutava contra o Irã na Guerra Irã-Iraque e o apoio

aos guerrilheiros mujahidin que lutavam contra os soviéticos

no Afeganistão.22

Em 1983, forças militares americanas invadiram Granada, que

havia sofrido um golpe militar liderado pelo vice-primeiro-

ministro Bernard Coard, que havia depôsto o primeiro-ministro

granadino, Maurice Bishop. O governo instituído por Bernard

Coard, tinha o apoio de Cuba, mas em 25 de Outubro, 7.300

combatentes americanos invadiram a ilha, derrotando as forças

granadinas e cubanas. Após a vitória dos Estados Unidos, o

governador-geral de Granada, Paul Scoon, nomeou um novo

governo e, em meados de Dezembro, as forças dos Estados

Unidos retiraram-se.

Em 1983 o Presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan,

anuncia a criação da Iniciativa Estratégica de Defesa, que ficaria

conhecida como "Programa Guerra nas Estrelas", que tinha por

objetivo criar um "escudo" contra os mísseis

balísticos soviéticos, dando grande vantagem aos Estados

Unidos na corrida armamentista e na corrida espacial.23 A

Page 27: Guerra Fria.docx

reação soviética foi ampliar ainda mais os seus elevados gastos

na área de defesa e no desenvolvimento do seu dispendioso

programa espacial.

[editar]A Era Gorbachev - o fim da Guerra Fria (1985-1991)

Mudanças políticas na Europa após 1989, incluindo a reunificação alemã.

Depois da gestão de Brejnev, a União Soviética teve duas rápidas governanças, Yuri

Andropove Konstantin Chernenko, homens que durante o período de Brejnev eram seus segundo

homens, tendo um poder quase total sobre o país, sendo Andropov o chefe da temida e poderosa

polícia secreta KGB e Chernenko, por treze anos carregando o segundo mais alto cargo dentro do

país, que, na prática, governou o país durante a decadência na saúde de Brejnev, no final da

década de 1970, e que surpreendentemente foi derrotado nas eleições por Andropov, que morreu

pouco tempo depois de chegar ao cargo político máximo.

Seguinte a Chernenko, o chamado último bolchevique, foi eleito Mikhail Gorbachev, cuja plataforma

política defendida era a necessidade de reformar a União Soviética, para que ela se adequasse à

realidade mundial. Em seu governo, uma nova geração de políticos tecnocratas - que vinham

ganhando espaço desde o governo Khrushchov - se firmou, e impulsionou a dinâmica de reformas

na URSS e a aproximação diplomática com o mundo ocidental.

[editar]Perestroika e Glasnost

Ver artigo principal: Colapso econômico da União Soviética, Perestroika e Glasnost

Gorbachev, embora defensor de Karl Marx, defendeu o liberalismo econômico na URSS como a

única saída viável para os graves problemas econômicos e sociais. A União Soviética, desde o início

dos anos 70, passava por grande fragilidade, evidenciada na queda da produtividade dos

trabalhadores e a queda da expectativa de vida. A alta nos preços do petróleo no período 1973-

1979 e a nova alta de 1979-1985, deram uma sobrevida temporária a um sistema econômico que já

estava falido. A crise econômica mundial dos anos 1980, a escassez de moedas fortes e a queda no

preço das commodities exportadas pela URSS (petróleo e cereais), ajudaram a aprofundar a crise

do sistema econômico planificado da União Soviética.

Page 28: Guerra Fria.docx

Ronald Reagan e Mikhail Gorbachov emGenebra, Suíça, em 1985.

Os gastos militares estavam tornando-se muito altos para uma economia como a soviética,

planificada, extremamente burocratizada e com cerca de metade do PIB dos Estados Unidos.

A economia de mercado dos Estados Unidos era muito mais competitiva e permitia o repasse

acelerado de tecnologias militares e aeroespaciais de ponta para o setor civil. Na URSS tudo que

seria produzido era previamente planejado nos Planos Quinquenais. A burocraciadificultava

qualquer transferência de tecnologia sensível para o setor produtivo civil e toda a produção agrícola

era milimetricamente planejada. Quando ocorre o acidente nuclear de Chernobil 1986, toda a

produção agrícola daquele ano foi perdida, os gastos inesperados foram enormes e o Estado que

havia planejado exportar uma safra recorde de grãos, teve que importar comida. Rapidamente

começava a faltar até mesmo pão no país que havia sido o maior produtor mundial de trigo.

Somando-se aos custos do envolvimento de meio milhão de homens no Afeganistão durante os

anos 1980, mais os gastos militares da nova corrida armamentista, conhecida como segunda Guerra

Fria, aquela enorme economia engessada colapsou.

Frente a estes problemas, Mikhail Gorbachev aplicou dois planos de reforma na URSS:

a perestroika e a glasnost.

Perestroika: série de medidas de reforma econômicas. Para

Gorbachev, não seria necessário erradicar o sistema socialista,

mas uma reformulação deste seria inevitável. Para tanto, ele

passou a diminuir o orçamento militar da União Soviética, o que

implicou diminuição de armamentos e a retirada das tropas

soviéticas do Afeganistão.

Glasnost: a "liberdade de expressão" à imprensa soviética e a

transparência do governo para a população, retirando a

forte censuraque o governo comunista impunha.

A nova situação de liberdade na União Soviética possibilitou um afrouxamento na ditadura que

Moscou impunha aos outros países. Pouco a pouco, o Pacto de Varsóvia começou a enfraquecer, e

cada vez mais o Ocidente e o Oriente caminhavam para vias pacíficas. Em 1986, Ronald Reagan

Page 29: Guerra Fria.docx

encontrou Gorbachev em Reykjavík, Islândia, para discutir novas medidas de desarmamento dos

mísseis estacionados na Europa.

[editar]O desalinhamento das repúblicas orientais

Ver artigo principal: Dissolução da União Soviética, Revoluções de 1989

Ver também: Previsões do colapso da URSS

Alemães em pé em cima do Muro de Berlim, em 1989, ele começaria a ser destruído no dia seguinte.

O ano de 1989 viu as primeiras eleições livres no mundo socialista, com vários candidatos e com

a mídia livre para discutir. Ainda que muitos partidos comunistas tivessem tentado impedir as

mudanças, a perestroika e a glasnost de Gorbachev tiveram grande efeito positivo na sociedade.

Assim, os regimes comunistas, país após país, começaram a cair.

A Polônia e a Hungria negociaram eleições livres (com destaque para a vitória do

partidoSolidariedade na Polônia), e a Tchecoslováquia, a Bulgária, a Romênia e a Alemanha

Orientaltiveram revoltas em massa, que pediam o fim do regime socialista. O ponto culminante foi a

queda do Muro de Berlim em 9 de Novembro de 1989, que pôs fim à Cortina de Ferro e, para alguns

historiadores, à Guerra Fria em si.

Formação da CEI, o fim oficial da União Soviética.

Esta situação repentina levou alguns conservadores da União Soviética, liderados pelo

General Guenédi Ianaieve Boris Pugo, a tentar um golpe de estado contra Gorbachev em Agosto de

1991. O golpe, todavia, foi frustrado por Boris Iéltsin. Mesmo assim, a liderança de Gorbachev

estava em decadência e, em Setembro, ospaíses bálticos conseguiram a independência.

Page 30: Guerra Fria.docx

Em Dezembro, a Ucrânia também se tornou independente. Finalmente, no dia 31 de Dezembro de

1991, Gorbachev anunciava o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, renunciando ao

cargo que ocupava e ao seu sonho de ver um mundo socialista.

[editar]Nova Guerra Fria

Ver artigo principal: Nova Ordem Mundial, Relações entre Estados Unidos e Rússia

A Nova Guerra Fria é a designação de um novo contexo político internacional, de tensão entre,

adotado novamente as grandes potências militares que disputaram a Guerra Fria - Estados

Unidos e Rússia -, na primeira década do novo milénio, onde ambos os países buscam redefinir

suas respectivas regiões de influência e poder. A ideia de uma nova Guerra Fria nasce a partir da

constatação do surgimento de uma série de novas tensões criadas entre Estados Unidos e Rússia

nos anos 2000. Dentre os diversos atritos entre Estados Unidos e Rússia nesta década, destaca-se

principalmente o projeto estadunidense de construir um "Escudo antimísseis", durante o governo

Bush, que incluiria uma rede de radares e de sistemas anti-mísseis (bases de mísseis anti-mísseis,

satélites e armas laser) em países da antiga área de influência soviética.24

Entretanto, outras disputas entre Rússia e Estados Unidos também se desenvolveram ao longo da

década de 2000, incluindo as tensões relacionadas aos projetos de ampliação da OTAN para o leste

da Europa, incluindo países da ex-URSS, como a Ucrânia, país alvo de novas tensões desde a

"Revolução Laranja" de 2004-2005, que implementou um governo anti-russo no país. Destacaram-

se ainda novas disputas envolvendo a região do Ártico.25 Também contribuíram para o aumento das

tensões russo-americanas, o apoio indireto dos Estados Unidos aos separatistas da Chechênia, o

apoio da Rússia (na forma de fornecimento de armas modernas) a governos considerados hostis

aos interesses dos Estados Unidos, como a Venezuela e o Irã,26 e, principalmente, a resposta russa

durante aGuerra da Geórgia.27 28

[editar]A Era Medvedev (2008-2009)

Em 2008, a tensão entre Washington e Moscou, a antiga capital da URSS, se agravaram depois

dos Estados Unidos ter anunciado o início da construção do Escudo antimísseis no Leste Europeu,

na área próxima e de influência direta da Rússia. Em resposta ao fato, Moscou condena a atitude

dos Estados Unidos e anuncia a instalação de mísseis táticos Iskander na região ocidental

de Kaliningrado, o desenvolvimento de contramedidas eletrônicas dos elementos do Escudo

Antimísseis que Washington planeja instalar no Leste Europeu, composto por um radar

na República Tcheca e mísseis interceptadores na Polônia,29 e o desenvolvimento de uma nova

geração de armas nucleares e mísseis balisticos moveis por parte da Rússia.24

Em 2009, Moscou anuncia que irá rearmar suas forças militares e ampliar seu arsenal nuclear em

resposta ao fortalecimento da Otan(Organização do Tratado do Atlântico Norte), criada para

combater o avanço do socialismo na era bipolar. O reingresso da França e de outros países do

Leste Europeu tem provocado tensões na região.30 31

Page 31: Guerra Fria.docx

Com a ascensão de Barack Obama a Presidência dos Estados Unidos, ocorre uma redução das

tensões entre Estados Unidos e Rússia, principalmente devido ao anúncio da interrupção do plano

de construção da infraestrutura do "Escudo anti-mísseis" (radares e sistemas anti-mísseis) em torno

da Rússia.32

[editar]A Guerra na Ossétia do Sul e Geórgia

Ver artigo principal: Guerra na Ossétia do Sul em 2008

Em Agosto de 2008, a Ossétia do Sul (apoiada pela Rússia), e a Geórgia (apoiada pelos Estados

Unidos), entraram em conflito armado, tropas da Geórgia ocuparam militarmente a capital da

Ossétia do Sul, região separatista da república georgiana. Em resposta ao ocorrido, tropas russas

atacaram militarmente a Geórgia e reconheceu as regiões separatistas da Ossétia do Sul

e Abecásia, o que causou forte desgaste diplomático entre Washington e Moscou.33 34 35 36

[editar]Cronologia

Ano Acontecimento

1945Cientistas estadunidenses testam com sucesso o primeiro dispositivo atômico do mundo. Em agosto de 1945 os EUA atacam as cidades de Hiroshima e Nagasaki com armas nucleares.

1946Winston Churchill cita a expressão "iron curtain" ou, em português, "cortina de ferro", em discurso pronunciado no Westminster College, em Fulton, Missouri, nos Estados Unidos, em 5 de março de 1946.

1947

O presidente estadunidenses, Harry S. Truman estabelece a Doutrina Truman, em um violento discurso no dia 12 de março de1947, assumindo o compromisso de "defender o mundo capitalista contra a ameaça socialista", iniciando a Guerra Fria. Em seguida, o secretário de estado George Catlett Marshall anunciou a disposição de os Estados Unidos colaborar financeiramente para a recuperação da economia dos países europeus, o Plano Marshall. Truman deu início à concessão de créditos auxiliando aGrécia e a Turquia, com o objetivo de sustentar governos pró-ocidentais naqueles países.

1949 A URSS testa seu primeiro dispositivo nuclear. Criada a OTAN.

1950

Grupos desarmamentistas começam a pressionar em favor do desarmamento nuclear unilateral, em que um lado desiste de suas armas nucleares esperando que o outro faça o mesmo. Durante a Guerra da Coreia o general americano Douglas MacArthurdiscute publicamente a possibilidade de usar armas nucleares para definir o conflito.

1952O Reino Unido explode um dispositivo nuclear. Ano da primeira bomba termonuclear (hidrogênio), testada pelos Estados Unidos.

Page 32: Guerra Fria.docx

1953Morte de Stálin, assume em seu lugar Nikita Kruschev, o novo chefe da União Soviética. Fim da Guerra da Coréia. A URSS testa sua primeira bomba termonuclear (hidrogênio).

1957A União Soviética lança o primeiro satélite artificial, o Sputnik, lançado com o foguete Sputinik-1, cuja versao militar foi o primeiroMíssil balístico intercontinental, o R-7 Semyorka.

1960 A França explode um dispositivo nuclear.

1961A União Soviética lança o primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin, a bordo do foguete Vostok-1, da família R-7, uma versão civil do Míssil balístico intercontinental Vostok-K (GRAU 8K72K).

1964 A China testa o seu primeiro dispositivo nuclear.

1964 Renúncia de Kruschev, Leonid Brejnev se torna o novo Secretário-geral da União Soviética.

1969

Os estadunidenses testam o MRV (veículos de reentradas múltiplas), permitindo que os mísseis transportem até cinco ogivas nucleares separadas. Os soviéticos fazem o mesmo. Estadunidenses e soviéticos discutem o controle da tecnologia nuclear, enquanto sua proliferação ameaça o equilíbrio nuclear conhecido como MAD. Confronto armado na fronteira da URSS e China, marca o auge das tensoes entre soviéticos e chineses.

1971A República Popular da China substituiu Taiwan (República da China) como representante da China na ONU e como um dos cinco membros permanentes do seu Conselho de Segurança.

1972Um tratado sobre mísseis antibalísticos limitando o emprego de apenas dois sistemas em cada superpotência, em suas capitais, foi assinado como parte do SALT I. Presidente Nixon, dos EUA visita a China comunista.

1973Estados Unidos reconhecem a China comunista como representante da China, ao invés de Taiwan, embora as Relações diplomaticas so sejam normalizadas em 1979.

1974Acordo EUA-URSS para impor um "teto" na quantidade de sistemas de ataque nuclear (bombardeiros, mísseis balísticos intercontinentais e submarinos nucleares) em cada superpotência.

1977 Criada a Constituição Soviética de 1977, de acordo com esta, Brejnev é eleito o presidente.

1979O acordo SALT II reduziu os limites de armas nucleares. Invasão soviética do Afeganistão dificultou a ratificação do tratado pelo senado norte-americano.

Page 33: Guerra Fria.docx

1980START (conversações sobre redução de armas estratégicas), que sucedeu o SALT, faz pouco progresso.

1982 Morte de Brejnev, Iuri Andropov é o novo secretário-geral e presidente da União Soviética.

1983O presidente dos EUA, Ronald Reagan, anuncia sua decisão de custear um sistema defensivo aeroespacial anti mísseis balísticoschamado de "Guerra nas Estrelas".

1984Morte de Iuri Andropov, Konstantin Chernenko é o novo secretário-geral e presidente da União Soviética.

1985Morte de Konstantin Chernenko, Mikhail Gorbatchov é o novo secretário-geral e presidente, inicio do fim da Guerra e da URSS.

1987 Acordo EUA-URSS para abolir as forças nucleares intermediárias terrestres.

1988A URSS inicia a retirada de suas tropas do Afeganistão. Fim da Guerra Irã-Iraque. Iniciadas as tratativas para encerrar o confronto entre Angola e África do Sul na África Austral, pondo fim à Guerra Civil Angolana.

1989Queda do muro de Berlim. Primeiro grande marco do fim da Guerra Fria e do conflito Capitalista X Socialista.

1990Com base no acordo START, as duas superpotências concordam em reduzir, até 1998, os arsenais estratégicos para 6.000ogivas nucleares em cada um dos países.

1991

As superpotências concordam em eliminar todos os mísseis táticos terrestres armados com ogivas nucleares táticas que havia naEuropa e na Península Coreana. Com a dissolução da União Soviética, as armas nucleares estratégicas não ficaram apenas naRússia, mas também na Bielorrússia, Ucrânia e Cazaquistão, que concordam com sua transferência para a Rússia para a destruição de todos. Marco definitivo do fim da Guerra Fria, com o desmantelamento da URSS.

[editar]Ver também

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Page 34: Guerra Fria.docx

Citações no Wikiquote

Categoria no Commons

Capitalismo

Comunismo

Anticomunismo

Segunda Guerra Mundial

Socialismo

União Soviética

Guerra psicológica

Referências

1. ↑  Encíclica Qui pluribus, do Papa Pio IX, a 9 de

novembro de1846: Acta Pii IX, vol. I, pág. 13. Cf. Sílabo, IV:

A.A.S., vol. III, pág. 170.

2. ↑  Encíclica Quod Apostolici muneris, do Papa Leão XIII, a 28

de dezembro de 1878: Acta Leonis XIII, vol. I, pág. 40

3. ↑  Bellamy, Richard. The Cambridge History of Twentieth-

Century Political Thought. [S.l.]: Cambridge University Press,

2003. p. 60.ISBN 0-521-56354-2

4. ↑  Juarez Leitão. História Geral (em Português).

Fortaleza: Lowes, 1997. p. 393. Página visitada em 24 de

setembro de 2012.

5. ↑  Guerra Fria foi assim chamada, “fria”, porque não houve uma

guerra direta ou seja bélica, "quente", entre as duas

superpotências. A guerra acontece no período histórico de

disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados

Unidos (que defendia o capitalismo) e a União Soviética (que

era comunista), compreendendo o período entre o final da

Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União

Soviética (1991). Em resumo, foi um conflito de ordem política,

militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as

duas nações e suas zonas de influência. Os soviéticos

controlavam os países do Leste europeu, enquanto os Estados

Unidos tentavam manter sua influencia sobre o restante da

Europa. A tensão aumento na décadas seguintes à medida que

Page 35: Guerra Fria.docx

os Estados Unidos e a União Soviética acumulavam armas

nucleares. Os paises queriam expandir seus ideais pelo

mundo, como eram ideais diferente, um do outro, a guerra

começa. No começo da década de 1990, a então a União

Soviética começou a acelerar o fim do socialismo no país e em

seus aliados. Com reformas econômicas, acordos com os

Estados Unidos e mudanças políticas, o sistema foi se

enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos,

ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria

sendo implantado nos países socialistas.

6. ↑ a b Kai Cornelius, Vom spurlosen Verschwindenlassen zur

Benachrichtigungspflicht bei Festnahmen, BWV Verlag, 2004,

p.129, ISBN 3-8305-1165-5

7. ↑ a b c d e f Antonio Gasparetto Junior (8 de outubro de

2008).Corrida Espacial (em português). InfoEscola. Página

visitada em 02 de outubro de 2012.

8. ↑  HERZ, Daniel K.TV a Cabo: opções de hoje para o Brasil do

século XXI. XVI Congresso Brasileiro de Pesquisadores da

Comunicação - Intercom, 03 a 07/09/1993, Vitória, ES. p. 5-7

9. ↑ a b Informações básicas sobre o Movimento dos Países Não-

Alinhados. HowStuffWorks. Página visitada em 18 de

dezembro de 2011.

10. ↑ a b Doris Bulau. 1961: Termina a primeira Conferência dos

Não Alinhados. DW World. Página visitada em 18 de dezembro

de 2011.

11. ↑  Hungary Soviet Southern Group of Forces in

Hungary (eminglês). Página visitada em 20 de dezembro de

2011.

12. ↑  REPORT OF THE SPECIAL COMMITTEE ON THE

PROBLEM OF HUNGARY (em inglês). Página visitada em 20

de dezembro de 2011.

13. ↑  Video: Hungary in Flames CEU.hu produtor: CBS (1958) -

Fonds 306, Materiais audiovisuais relacionados à evolução

Húngara de 1956, Arquivo OSA, Budapeste, número ID da

Hungria: HU OSA 306-0-1:40}}

14. ↑ a b c Rainer Souza. Revolução Húngara de 1956. Brasil

Escola. Página visitada em 20 de dezembro de 2011.

Page 36: Guerra Fria.docx

15. ↑  23/10/1956 - Começa a Revolução Húngara. Página visitada

em 20 de dezembro de 2011.

16. ↑  TVCultura - A espionagem. Site acessado em 29 de

Outubrode 2010.

17. ↑  Espaço acadêmico - A CIA e a técnica do golpe de

Estado.Artigo de Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira.

Acessado em 29 de Outubro de 2010.

18. ↑  PUCSP - O primeiro grande êxito da C.I.A. na América

Latina. Acessado em 29 de Outubro de 2010.

19. ↑  MEDEIROS, Carlos A. (2008). "Desenvolvimento Econômico

e Ascensão Nacional". p. 205-210.in FIORI, Jose L.

MEDEIROS, Carlos & SERRANO, Franklin (2008) O Mito do

Colapso do Poder Americano. Ed. Record, Rio de Janeiro,

RJ.

20. ↑  HOBSBAW, Eric (1994). Era dos Extremos: O breve século

XX, 1914-1991. Ed. Companhia das Letras, São Paulo, SP. p.

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21. ↑  GASIOROWSKI, Mark (2007)"O golpe da CIA contra o

Irã". Le Monde Diplomatique, 11 de Setembro de 2007 [1]

22. ↑  HOBSBAW, Eric (1994). Era dos Extremos: O breve século

XX, 1914-1991. Ed. Companhia das Letras, São Paulo, SP. p.

239-245

23. ↑  Missile Defense Agency. " History of the Missile Defense

Organization " . U.S. Department of Defense. Estados Unidos

24. ↑ a b CEPIK, Marco A. C.; AVILA, Fabrício S.; MARTINS, José

Miguel Q. (2007) "O escudo anti-míssil americano e a resposta

russa". Radar do Sistema Internacional. 2007

25. ↑  KOPP, Dominique. "Guerra fria sobre o Ártico". Le Monde

Diplomatique Brasil, 06/09/2007

26. ↑  GLOBO. A nova Guerra Fria - O Globo, 13/11/2008.

27. ↑  ESTADÃO. Rússia deve evitar nova Guerra Fria, diz Reino

Unido O Estado de S.Paulo

28. ↑  FIORI, José LuíS (2008). "Guerra e Paz". Le Monde

Diplomatique Brasil. 23/08/2008

29. ↑  GLOBO "Rússia instalará mísseis em Kaliningrado em

resposta ao escudo dos Estados Unidos" O Globo Online,

13/11/2008

Page 37: Guerra Fria.docx

30. ↑  RTP. "Rússia anuncia plano perante ameaça dos Estados

Unidos e da NATO" RTP Notícias, 17/03/2009

31. ↑  Zero Hora. Rússia anuncia que irá rearmar exército - Avanço

da Otan no Leste Europeu é uma ameaça Jornal Zero Hora,

18/03/2009.

32. ↑  ESTADO "Obama suspende plano de escudo antimísseis de

Bush na Europa", Estado de S.Paulo, 17 de setembro de 2009.

33. ↑  Estadão Rússia reconhece independência de Ossétia e

Abkházia O Estado de S.Paulo, 26/08/08

34. ↑  TSF Notícias Conflito na Ossétia pode afetar relações

Estados Unidos-Rússia, dizem norte-americanos

35. ↑  MCBRIDE, Janet. Rússia se diz indignada com resposta do

Ocidente sobre Geórgia UOL Noticias, 12/09/2008

36. ↑  Guerra Fria foi assim chamada, “fria”, porque não houve uma

guerra direta ou seja bélica, "quente", entre as duas

superpotências. A guerra acontece no período histórico de

disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados

Unidos (que defendia o capitalismo) e a União Soviética (que

era comunista), compreendendo o período entre o final da

Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União

Soviética (1991). Em resumo, foi um conflito de ordem política,

militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as

duas nações e suas zonas de influência. Os soviéticos

controlavam os países do Leste europeu, enquanto os Estados

Unidos tentavam manter sua influência sobre o restante da

Europa. A tensão aumento na décadas seguintes à medida que

os Estados Unidos e a União Soviética acumulavam armas

nucleares. Os paises queriam expandir seus ideais pelo

mundo, como eram ideais diferente, um do outro, a guerra

começa. No começo da década de 1990, o então a União

Soviética começou a acelerar o fim do socialismo no país e em

seus aliados. Com reformas econômicas, acordos com os

Estados Unidos e mudanças políticas, o sistema foi se

enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos,

ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria

sendo implantado nos países socialistas.v • e

Guerra Fria

Page 38: Guerra Fria.docx

Participantes:    EUA · URSS · NATO/OTAN · Movimento Não-Alinhado · República Popular da China · Pacto de Varsóvia

Década de 1940Conferência de Ialta · Operação Impensável · Conferência de Potsdam · Guerra Civil Chinesa · Guerra Civil da Grécia · Truman ·Plano Marshall · Bloqueio de Berlim · Cortina de Ferro · Bloco do Leste

Década de 1950Guerra da Coreia · Primeira Guerra da Indochina · Revolta de 1953 na Alemanha Oriental · Revolução Húngara de 1956Suez · Revolução Cubana · Conferência de Bandung · Macartismo · Gladio · Doutrina Hallstein

Década de 1960Crise do Congo · Ruptura sino-soviética · Incidente do U2 · Invasão da Baía dos Porcos · Crise dos mísseis de Cuba · Muro de Berlimdo Vietnã · Golpe de Estado no Brasil em 1964 · Invasão da República Dominicana pelos EUA · Teoria do dominó · Revolução Cultural Chinesa · Guerra sino-indiana · Primavera de Praga · Conflito fronteiriço sino-soviético · Casamatas na Albânia

Década de 1970Détente · Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares · Setembro Negro na Jordânia · Guerra Civil do Camboja · Golpe de Estado no Chile em 1973 · Guerra do Yom Kipur · Acordos SALT · Desdobramentos da Revolução dos Cravos: (Guerra Civil Angolana Moçambique) · Guerra de Ogaden · Revolução Iraniana · Operação Condor · Voo Korean Air Lines 902 · Revolução Sandinista

Década de 1980Guerra Irã-Iraque · Invasão soviética do Afeganistão  · Solidarność · Contras · Irã-Contras · Crises na América Central · 007 · Iniciativa Estratégica de Defesa · Invasão de Granada · Massacre na Praça da Paz Celestial · Invasão do Panamá pelos EUAMuro de Berlim · Glasnost · Perestroika  · Revoluções de 1989  · Era Gorbachev (1985-1991)

Década de 1990 Desintegração da Iugoslávia · Colapso da URSS · Dissolução da Checoslováquia · Guerra da Bósnia

Estabelecimentos ASEAN · CIA · COMECON · União Europeia · KGB · Stasi · OTAN · Pacto de Varsóvia

Corridas Corrida armamentista · Corrida nuclear · Corrida espacial

Ideologias Capitalismo · Democracia liberal · Social-democracia  · Comunismo · Stalinismo · Trotskismo · Maoísmo · Brejnevismo

Política externaDoutrina Truman · Plano Marshall · Doutrina Eisenhower · Teoria do dominó · Movimento Não Alinhado · Doutrina Kennedypacífica · Ostpolitik · Doutrina Johnson · Doutrina Nixon · Doutrina Carter · Doutrina Reagan  · Doutrina Sinatra  · Previsões do colapso da URSS

v • e

Segunda Guerra MundialFrente Ocidental · Frente Oriental · Frente do Mediterrâneo · Campanha Norte-Africana · Guerra do Pacífico · Atlântico · Teatro de Operações do Pacífico

de batalhas da Segunda Guerra Mundial · Comandantes

Participantes

Aliados(líderes)

China · Checoslováquia · Polónia · Reino Unido · Índia · França · Austrália · Nova ZelândiaSul ·Canadá · Noruega · Bélgica · Países Baixos · Grécia · Jugoslávia · União SoviéticaUnidos ·Filipinas · México · Brasil · Itália · Romênia · Bulgária · Finlândia

Eixo(líderes)

Alemanha Nazi · Itália · Japão · Eslováquia · Bulgária · Croácia · Finlândia · Hungria · Romênia

Cronologia CausasTratado de Versalhes (1919) · Segunda Guerra Sino-Japonesa · Anschluss · Crise dos Sudetos

1939Invasão da Polônia · Guerra de Mentira · Guerra de Inverno · Batalha do Atlântico

1940

Dinamarca e Noruega · Batalha dos Países BaixosFrança · Operação Dínamo · Batalha da InglaterraEgito · Ocupação das Repúblicas Bálticas Bucovina · Batalha de Narvik ·Invasão da Indochina Francesa · Invasão da Grécia

1941

Campanha Norte-Africana · Invasão da IugosláviaGrécia · Batalha de Creta · Operação BarbarossaKiev  · Cerco a Leninegrado · Batalha de MoscovoSebastopol · Ataque a Pearl Harbor · Batalha de Singapura · Guerra da Birmânia · Batalha das Filipinasde Bataan

1942

Batalha de Corregidor · Batalha do Mar de CoralMidway · Batalha de Stalingrado · Batalha do Mar de Java · Primeira Batalha de El Alamein · Segunda Batalha de El Alamein · Operação Tocha · Batalha de Guadalcanal

1943

Campanha na Tunísia · Campanha ItalianaKursk · Batalha de Smolensk · Invasão Aliada da Sicília ·Ofensiva do Baixo Dnieper · Invasão Aliada da Itália · Batalha de Tarawa

1944

Cassino e Anzio · Batalha da Normandia ·Marianas · Operação Bagration · Ofensiva Lvov–Sandomierz · Revolta de Varsóvia · Ofensiva Jassy–Kishinev · Ofensiva de Belgrado · Liberação de ParisMarket Garden · Operação Crossbow · Operação Pointblank · Ofensiva de Budapeste · Guerra da Lapônia · Batalha do Golfo de Leyte · Batalha das Ardenas

1945 Ofensiva no Vistula–Oder · Batalha de Iwo JimaOkinawa · Batalha de Berlim · Ofensiva de PragaBudapeste · Bombardeamento de DresdenAlemanha · Invasão da Manchúria ·Batalha de Manila  · Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki

Page 39: Guerra Fria.docx

do Japão · Final da Segunda Guerra

Aspectos

Aspectos Gerais

Ataques na América · Blitzkrieg · Cronologia do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial · Atividade naval do eixo em águas australianas · ConferênciasCancelados · Comparação de Patentes · Condecorações Militares da Segunda Guerra Mundial · Equipamento militar · Nova Ordem (nazismo) · Produção Militar

Conseqüências

Efeitos · Mortes · Operação Paperclip · Zonas ocupadas pelos Aliados na Alemanha · Zonas ocupadas pelos Aliados na Áustria · Descolonização da Ásia e da Oceania · Plano Morgenthau · Ocupações soviéticas: (Alemanha, Romênia, Polônia, Hungria, Repúblicas Bálticas) Japão · Guerra Fria · Julgamentos de Nuremberg

Impacto na Civilização

Crimes de guerra dos Aliados · Crimes de guerra da AlemanhaItália · Crimes de guerra do Japão Imperial · Crimes de guerra da União Soviética · Crimes de guerra dos Estados Unidos · HolocaustoHolocausto · Estupros em massa de mulheres alemãs pelo Exército Vermelho · Segunda Guerra Mundial na cultura contemporânea

Categoria · Portal

v • e

Conflitos armados envolvendo Cuba

Externos &Internacionais

Guerra dos Dez Anos  • Guerra de Independência Cubana  • Guerra Hispano-Americana  • Segunda Guerra Mundial  Cubana  • Crise do Congo  • Invasão da Baía dos Porcos  • Crise dos mísseis de Cuba  • Guerra do Vietnã  • Guerrilha de Ñancahuazú  • Guerra de Independência da Eritreia  • Guerra de fronteira sul-africana  • Guerra do Yom Kipur  • Guerra Civil da Etiópia  • Guerra Civil Angolana  • Guerra de Ogaden  • Revolução Sandinista  • Guerra Civil de El Salvador  • Invasão de Granada

Artigos relacionados Forças Armadas Revolucionárias de Cuba  • Guerra Fria

 Portal do Comunismo

v • e

Josef Stalin

História e política

Ascensão  • Era Stálin (1927-1953)  • Coletivização  • Segunda Guerra Mundial  • Pacto Molotov-Ribbentrop  • Guerra de Inverno  • Ocupação dos Estados Bálticos  • Invasão da Polônia  • Negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo  • Pacto nipônico-soviético  • Conferência de Teerã  • Conferência de Yalta  • Conferência de Potsdam  •Guerra Fria  • Tratado de Amizade, Aliança e Assistência Mútua Sino-Soviético  • Bloco Oriental  • Ruptura Tito-Stalin

ConceitosStalinismo  • Neostalinismo  • Socialismo em um só país  • Realismo socialista  • Arquitetura stalinista • Agravação da luta de classes sob o socialismo

Controvérsias

Grande Expurgo  • Holodomor  • Gulags  • Descossaquização  • Transferências populacionais (Nazi–Soviética)

•Assentamentos forçados  • Crimes de guerra soviéticos  • Cosmopolitas sem raízes  • Complô dos médicos  •Processos de

Moscou  • Alegações de antissemitismo  • Massacres de prisioneiros pela NKVD  • Morte de Sergey Kirov  • Massacre de

Katyn  • Censo soviético de 1937  • Operação Norte  • Caso georgiano  • Caso mingreliano  • Caso

Leningrado  • Lysenkoísmo

 • Falsificações de fotografias  • Operação Lentil no Cáucaso  • Operação Priboi  • Massacre de Vinnytsia  • Kurapaty • Caso Nazino

DesestalinizaçãoComissão Pospelov  • Reabilitação  • Degelo de Kruschev  • Sobre o culto à personalidade e suas consequências  •Outubro Polonês  • Arte não conformista soviética  • Comissão Shvernik  • Era da Estagnação

Critíca Testamento de Lenin  • Caso Ryutin  • Esquerda anti-stalinista

Família

Besarion Jughashvili (pai)  • Ketevan Geladze (mãe)  • Ekaterina Svanidze (primeira esposa)  • Yakov Dzhugashvili

(filho)  • Konstantin Kuzakov (filho)

 • Nadezhda Alliluyeva (seguda esposa)  • Vasily Dzhugashvili (filho)  • Svetlana Alliluyeva (filha)  • Yevgeny Dzhugashvili (neto)

 Categoria:Josef Stalin  •   Commons  •   Portal:URSS  •   Portal:Comunismo

Categoria: 

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Guerra Fria

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