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1 GRUPO DE CONVIVÊNCIA COM IDOSOS: um programa de atividade física para melhoria da qualidade de vida Alcicleia Cunha Silva 1 Aluna concluinte do CEDF/UEPA [email protected] Simone de La Rocque 2 Professora Orientadora do CEDF/UEPA [email protected] Resumo Frente à realidade inquestionável das transformações demográficas, onde se observa uma população cada vez mais envelhecida, evidencia-se a importância de garantir a esses indivíduos não só uma sobrevida maior, mas com qualidade de vida e acessibilidade para executar atividades físicas. Dessa forma, tem-se trabalhado no sentindo de minimizar os efeitos do envelhecimento da população idosa. O grupo apresenta-se como um potencial e relevante recurso de intervenção de um professor de educação física no atendimento a população idosa, por corroborar para o resgate e reflexão sobre as histórias individuais de vida e por serem meios facilitadores na busca da autonomia, na autoestima e, até mesmo, na melhora do senso de humor, aspectos essenciais e qualidade de vida para ampliar a resiliência e diminuir a vulnerabilidade. Portanto, o presente estudo tem por objetivo organizar um grupo de convivência para idosos. Para tanto, a pesquisa se apresentará em caráter qualitativo-descritivo, de cunho teórico e prático. A mesma será desenvolvida com idosos cadastrados e pertencentes à área da Equipe no Posto de Saúde Moacyr Nogueira Lima - USF do CARIRI, sendo que a amostra a ser selecionada, deverá constituir-se de 20 usuários, que serão atendidos de forma coletiva, com encontros ocorridos semanalmente, com duração aproximada de 45 minutos cada um, totalizando 10 sessões ao final da pesquisa. Serão realizadas atividades com enfoque nas funções cognitivas, físicas e sociais. Palavras-Chave: Qualidade de vida. Idoso. Atividade física. Grupo de convivência. INTRODUÇÃO Segundo Neri (2005), é considerado idoso aquele indivíduo “de mais de 60 anos, nos países em desenvolvimento, e de mais de 65 anos, nos países desenvolvidos”. Da mesma maneira, o IBGE (2002) utiliza a definição de idoso da Organização Mundial da Saúde (OMS), que determina a população idosa como 1 Acadêmica do 8º semestre do Curso de Educação Física da Universidade do Estado do Pará. [email protected] 2 Docente do Curso de Educação Física da Universidade do Estado do Pará. [email protected]

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GRUPO DE CONVIVÊNCIA COM IDOSOS: um programa de atividade física para

melhoria da qualidade de vida

Alcicleia Cunha Silva1

Aluna concluinte do CEDF/UEPA [email protected]

Simone de La Rocque 2

Professora Orientadora do CEDF/UEPA [email protected]

Resumo Frente à realidade inquestionável das transformações demográficas, onde se observa uma população cada vez mais envelhecida, evidencia-se a importância de garantir a esses indivíduos não só uma sobrevida maior, mas com qualidade de vida e acessibilidade para executar atividades físicas. Dessa forma, tem-se trabalhado no sentindo de minimizar os efeitos do envelhecimento da população idosa. O grupo apresenta-se como um potencial e relevante recurso de intervenção de um professor de educação física no atendimento a população idosa, por corroborar para o resgate e reflexão sobre as histórias individuais de vida e por serem meios facilitadores na busca da autonomia, na autoestima e, até mesmo, na melhora do senso de humor, aspectos essenciais e qualidade de vida para ampliar a resiliência e diminuir a vulnerabilidade. Portanto, o presente estudo tem por objetivo organizar um grupo de convivência para idosos. Para tanto, a pesquisa se apresentará em caráter qualitativo-descritivo, de cunho teórico e prático. A mesma será desenvolvida com idosos cadastrados e pertencentes à área da Equipe no Posto de Saúde Moacyr Nogueira Lima - USF do CARIRI, sendo que a amostra a ser selecionada, deverá constituir-se de 20 usuários, que serão atendidos de forma coletiva, com encontros ocorridos semanalmente, com duração aproximada de 45 minutos cada um, totalizando 10 sessões ao final da pesquisa. Serão realizadas atividades com enfoque nas funções cognitivas, físicas e sociais.

Palavras-Chave: Qualidade de vida. Idoso. Atividade física. Grupo de convivência.

INTRODUÇÃO

Segundo Neri (2005), é considerado idoso aquele indivíduo “de mais de

60 anos, nos países em desenvolvimento, e de mais de 65 anos, nos países

desenvolvidos”. Da mesma maneira, o IBGE (2002) utiliza a definição de idoso da

Organização Mundial da Saúde (OMS), que determina a população idosa como

1 Acadêmica do 8º semestre do Curso de Educação Física da Universidade do Estado do Pará.

[email protected] 2 Docente do Curso de Educação Física da Universidade do Estado do Pará.

[email protected]

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sendo aquela a partir dos 60 anos de idade, havendo, no entanto, uma distinção

quanto ao local de residência, pois nos países desenvolvidos são considerados

idosos os indivíduos a partir de 65 anos.

O envelhecimento do ponto de vista fisiológico pode ser conceituado

como um processo dinâmico e progressivo, no qual há alterações morfológicas,

funcionais e bioquímicas, que vão alterando progressivamente o organismo,

tornando-o mais suscetível às agressões intrínsecas e extrínsecas que terminam por

levá-lo à morte (CARVALHO FILHO apud PAPALÉO NETTO, 2002).

No passado, relacionar indivíduos com diagnósticos fechados e

envelhecimento saudável era quase um contrassenso para a ciência, mas isso se

devia ao conceito de saúde empregado, a visão “biologizada”, que se entende como

ausência de doença, quando o organismo encontra-se em bom estado geral, sem

alterações patológicas. Atualmente, o conceito de saúde é entendido como um

estado de completo bem-estar físico, mental e social, não apenas ausência da

afecção ou doença (PENNA; SANTO, 2006).

Nos dias atuais tem-se investido cada vez na qualidade de vida, seja qual

for a idade e constata-se que o número de idosos, no Brasil, tem aumentado

estando na média de 15 milhões e cada vez mais cresce também a busca de um

apoio em grupos que são chamados de terceira idade (GRINOVER, 2004).

Sendo assim, O projeto “Grupo de idosos na USF do Cariri no município

de Castanhal-PA: desenvolvimento de um programa de atividade física para

melhoria da qualidade de vida”, tem por objetivo promover a qualidade de vida de

idosos participantes de um grupo de convivência.

Esta pesquisa apresentou como ideia central entender e discorrer sobre

as percepções dos idosos em relação à sua qualidade de vida, após a adesão a um

grupo de convivência para o desenvolvimento de atividades físicas de nível

moderado, realizada assiduamente, como a caminhada, a dança e outras atividades

recreativas e de lazer.

Neste estudo, evidenciou-se a importância de se estruturar ações

direcionadas para o público de idosos, já que este se apresentou como uma

demanda significativa da área em questão. Além disso, através de leituras

realizadas na temática de grupo de convivência, visualizaram-se grandes resultados

no que diz respeito à abordagem esse público.

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Por isso, gerar bem-estar e qualidade de vida ao idoso é essencial, o

vendo não apenas fisicamente, mas também abrangendo em seus mais diversos

aspectos como psicológica e socialmente. Segundo Néri (2005), a tendência de

investigação sobre a qualidade de vida no envelhecer bem, significa estar satisfeito

tanto com a sua vida atual, como em ter expectativas positivas em relação ao futuro.

Assim, tendo em vista estes aspectos, e a partir das leituras em relação a

grupo de convivência para idosos, entende-se que este sendo utilizada nas

intervenções da Educação Física, configura-se como um recurso capaz de

contemplar um trabalho que promova qualidade de vida e que atenda as

necessidades dessa população.

O objetivo desse estudo é implantar um grupo de convivência, tendo

como objetivos específicos estimular o idoso a envelhecer de forma ativa e saudável

a fim de favorecer melhoras na qualidade de vida, analisar e refletir sobre as

percepções dos idosos em relação a sua qualidade de vida, após a adesão de um

grupo de convivência. Desenvolver intervenção da educação física com idosos,

utilizando-se de atividades com enfoque nas funções cognitivas, físicas e sociais.

Avaliar os efeitos de um programa de atividades físicas (dança e caminhada) através

de entrevista semi-estruturada para verificar se idoso esta vendo melhoria na sua

qualidade de vida, analisar e refletir sobre as percepções após ter aderido ao grupo

de convivência.

Deste modo, ressalta-se que a importância da pesquisa de campo em

questão, além de desenvolver e aprimorar técnicas de intervenção está em incitar a

discussão da abordagem no meio científico, bem como, promover e aprofundar

pesquisas futuras acerca do assunto, contribuindo para a difusão e enriquecimento

de conteúdos no âmbito da Educação Física.

REFERENCIAL TEORICO

QUALIDADE DE VIDA

O termo Qualidade de Vida (QV) tem recebido uma variedade de

definições ao longo dos anos. A QV pode se basear em três princípios

fundamentais: capacidade funcional, nível socioeconômico e satisfação

(GONZÁLEZ, 1993). A QV também pode estar relacionada com os seguintes

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componentes: capacidade física, estado emocional, interação social, atividade

intelectual, situação econômica e autoproteção de saúde (HORNQUIST, 1990). Na

realidade, o conceito de QV varia de acordo com o conhecimento de cada indivíduo.

Para alguns, ela é considerada como unidimensional, enquanto, para outros, é

conceituada como multidimensional (ZHAN, 1992).

A QV boa ou excelente é aquela que oferece um mínimo de condições

para que os indivíduos possam desenvolver o máximo de suas potencialidades,

vivendo, sentindo ou amando, trabalhando, produzindo bens ou serviços; fazendo

ciência ou artes; vivendo (...) apenas enfeitando, ou, simplesmente existindo. Todos

são seres vivos que procuram se realizar (RUFFINO, 1992).

O grupo de estudiosos em qualidade de vida da Organização Mundial de

Saúde (OMS), The WHOQOL Group13, propõe um conceito para qualidade de vida

subjetivo, multidimensional e que inclui elementos positivos e negativos: “qualidade

de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e

sistemas de valores nos quais vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas,

padrões e preocupações”. É um conceito amplo e complexo, que engloba a saúde

física, o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as

crenças pessoais e a relação com as características do meio ambiente

(ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD, 1998).

Qualidade de vida é um conceito dinâmico, que se modifica no processo

de viver das pessoas. A satisfação com a vida e a sensação de bem-estar pode,

muitas vezes, ser um sentimento momentâneo. Porém, acreditamos que a conquista

de uma vida com qualidade pode ir sendo construída e consolidada, num processo

que inclui a reflexão sobre o que é definitório para sua qualidade de vida e o

estabelecimento de metas a serem atingidas, tendo como inspiração o desejo de ser

Feliz (MINAYO, 2000).

Nesse sentido, a qualidade de vida reflete a percepção que têm os

indivíduos de que suas necessidades estão sendo satisfeitas ou, ainda, que lhes

estão sendo negadas oportunidades de alcançar a felicidade e a auto-realização,

com independência de seu estado de saúde físico ou das condições sociais e

econômicas (ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD, 1998).

Quando se investiga a qualidade de vida relacionada à saúde em sua

multidimensionalidade, identificam-se os principais aspectos a serem considerados

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em relação às potencialidades e peculiaridades de saúde e vida do idoso,

interferindo no seu processo saúde-doença (SANTOS, 2002).

A avaliação do estado de saúde está diretamente relacionada à qualidade

de vida, influenciada pelo sexo, escolaridade, idade, condição econômica e

presença de incapacidades (LEBRÃO; LAURENTI, 2003).

Não podemos esquecer-nos que saúde é apenas um dos aspectos da

vida. Mesmo quando a integridade corporal está comprometida, a vida pode ser de

ótima qualidade. Todos encontramos indivíduos que nos surpreendem com sua

satisfação e alegria de viver, sua serenidade, seu senso de controle pessoal, seu

estado de espírito, sua vontade de viver, sua competência comportamental, sua

autoestima, sua inserção familiar e social, sua maneira de encarar a vida, o sentido

que deram às suas vidas, o significado que suas vidas representam para os outros e

que, por outro lado, não estão íntegros do ponto de vista corporal (ALLEYNE GAO,

2001).

Viver cada vez mais tem implicações importantes para a qualidade de

vida. A longevidade pode ser um problema, com consequências sérias nas

diferentes dimensões da vida humana, física, psíquica e social. Esses anos vividos a

mais podem ser anos de sofrimento para os indivíduos e suas famílias, anos

marcados por doenças, declínio funcional, aumento da dependência, perda da

autonomia, isolamento social e depressão. No entanto, se os indivíduos

envelhecerem mantendo-se autônomos e independentes, com participação na

sociedade, cumprindo papéis sociais significativos, com elevada autoestima e

encontrando um sentido para suas vidas, a sobrevida aumentada poderá ser plena

de significado (PASCHOAL, 1996).

POPULAÇÃO IDOSA E ASPECTOS DO ENVELHECIMENTO

O envelhecimento populacional, fenômeno mundial no qual os idosos

tornam-se uma parcela cada vez mais representativa diante do crescimento

populacional, sofre influência de aspectos como a diminuição das taxas de

natalidade, de mortalidade na fase adulta por causas patológicas e no aumento de

expectativas de vida na velhice (GAVLOVSKI, 2011).

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Muito se ouve falar de envelhecimento como se tratando de um estado

classificado de “terceira idade”. No entanto, para Cancela (2007), o envelhecimento

não pode ser classificado como um estado, mas sim um processo de degradação

progressiva e diferencial que afeta todos os seres vivos, tendo como fim para o seu

caminho natural, a morte do organismo. É impossível datar o seu começo, porque de

acordo com o nível no qual ele se situa (biológico, psicológico ou sociológico), a sua

velocidade e gravidade variam de indivíduo para indivíduo (FONTAINE, 2000).

De acordo com Blessmann (2004), o envelhecimento está, habitualmente,

associado a diversas mudanças, entre elas físicas, tais como, perda de força,

diminuição da coordenação e do domínio do corpo e deterioração da saúde, e às

mudanças cognitivas representadas por problemas na memória e na aquisição de

novos conhecimentos, entre outras, o que pode suprimir as diferenças individuais e

a relação com fatores ambientais e sociais.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a terceira idade tem

início entre os 60 e 65 anos. Entretanto, trata-se de uma idade instituída para efeitos

de estudos e pesquisas, visto que o processo de envelhecimento é complexo e

multifatorial. Este só pode ser compreendido então, a partir da relação que se

estabelece entre os diferentes aspectos, sendo estes, cronológicos, biológicos,

psicológicos e sociais. Aspectos que podem preconizar a velhice, acelerando ou

retardando o aparecimento de doenças e sintomas característicos desse processo

(CANCELA, 2007; SCHNEIDER, IRIGARAY, 2008).

[...] o envelhecimento não é algo determinado pela idade cronológica, mas é consequência das experiências passadas, da forma como se vive e se administra a própria vida no presente e de expectativas futuras; é, portanto, uma integração entre as vivências pessoais e o contexto social e cultural em determinada época, e nele estão envolvidos diferentes aspectos: biológico, cronológico, psicológico e social (SCHNEIDER E IRIGARAY, 2008, p.586).

Conforme Cancela (2007), o envelhecimento fisiológico está diretamente

ligado ao estilo de vida que a pessoa assume desde a infância ou adolescência.

Desta forma, o organismo envelhece como um todo, enquanto que os seus órgãos,

tecidos, células e estruturas sub-celulares têm envelhecimentos diferenciados. Este

fato é determinado pela hereditariedade, aparentemente (WEINECK, 1991).

Tais alterações tem por característica a queda progressiva de reserva

funcional, ou seja, ao envelhecer, sob o ponto de vista funcional e em condições

normais, o organismo poderá sobreviver adequadamente, porém, quando submetido

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a situações de estresse (físico, emocional, entre outros), pode apresentar dificuldade

em manter a sua homeostase, e desta forma manifestar sobrecarga funcional, a qual

pode culminar em processos patológicos (FIRMINO, 2006).

As mudanças e as perdas são componentes comuns ao processo de

envelhecimento. Por exemplo, no sistema nervoso central, ocorre uma diminuição do

seu volume total, como a perda de neurônios e outras substâncias, e as fibras

nervosas perdem sua mielina (BERGER E MAILLOUX-POIRIER, 1995). As funções

intelectuais também se modificam, como a dificuldade nos processos de

aprendizagem e memorização, o que pode estar relacionado com as alterações

químicas, neurológicas e circulatórias que afetam a função cerebral, diminuição da

eficácia da oxigenação e nutrição celular, além de deficiências nas sinapses e na

disponibilidade de determinados neurotransmissores (GARCIA et al., 2006)

As alterações são inúmeras, contudo, de acordo com a CIF (Classificação

Internacional de Funcionalidade), as principais funções neurofisiológicas que podem

ser afetadas na idade adulta e na velhice são: funções globais, mentais e

específicas; funções sensoriais da visão, da audição e vestibulares; funções do

sistema respiratório e cardiovascular; funções geniturinárias e reprodutivas; funções

neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento das articulações, dos ossos

e muscular (EWERT et al., 2005; STIER-JAMER et al., 2005; GRILL et al., 2005).

Nessas adversidades de situações vivenciadas pelo indivíduo durante o

processo de envelhecimento, é necessário utilizar de métodos para atender o

público de idosos, empenhando-se em proporcionar qualidade de vida e garantir o

direito à saúde, por isso, observa-se que a grupo de convivência é uma forma de

proporcionar a este, vivenciar situações que irão contribuir para seu

desenvolvimento humano nas diversas áreas de desempenho.

EDUCAÇÃO FÍSICA E ATIVIDADES FÍSICAS PARA IDOSOS

A prática da atividade física na senescência traz diversos benefícios a

saúde decorrente de um estilo de vida ativo, promovendo de forma bem direta na

melhoria da composição corporal, a diminuição de dores articulares, o aumento da

densidade mineral óssea, a melhora da utilização de glicose, a melhora do perfil

lipídico, o aumento da capacidade aeróbica, a melhora da força e da flexibilidade e a

diminuição da resistência vascular (Matsudo, 2001).

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Apesar dos benefícios da prática de atividade física ser bem conhecida,

poucos são os que realizam as atividades habitualmente, principalmente os idosos.

Dentro desse contexto promover discursões sobre o tema e de grande valia,

contribuindo, assim para uma formação mais competente no cuidado com idoso em

suas diferenças. Atividades físicas são importante para que atinga o padrão

desejado em certos aspectos da qualidade de vida e da capacidade funcional de

idosos (Matsudo, 2001).

Para Lima e Pasetchny (1998), as atividades realizadas em “grupos de

terceira idade”, permitem aos idosos a retomada e o exercício de novos papéis,

permitindo serem ativos e se reorganizarem internamente, contribuindo para a

promoção de uma vida saudável, independente, ativa e integrada socialmente. Os

autores citam ainda, que são vários os benefícios atribuídos a esses grupos, como

formação de novas relações sociais, troca de experiências, exercício de cidadania e

participação social, melhoria da autoimagem, promoção do crescimento pessoal e

maior conscientização acerca do processo de envelhecimento.

A atividade física moderada, realizada de maneira regular, como a

caminhada, a dança e outras atividades recreativas e de lazer, é fator de grande

importância no processo de envelhecimento saudável.

Compreende-se, portanto, que cabe ao professor de Educação Física,

reconhecer as potencialidades remanescentes e possibilidades reais de

desempenho nas atividades cotidianas, que possam ser restauradas ou adaptadas,

e promover intervenções maximizando a independência e autonomia de seus

clientes/usuários, ou seja, no caso do estudo em questão, de idosos, segundo as

possibilidades individuais e recursos disponíveis, destacando, sobretudo entre estes,

o grupo de convivência.

GRUPO DE CONVIVÊNCIA

Sugere a conceituação de grupo como sendo um conjunto de pessoas,

mas complementa afirmando que esse conjunto não é um conjunto qualquer e sim

um recorte, sendo que as pessoas que participam deste grupo devem apresentar

características que as incluam neste coletivo, com características específicas, e

excluam deste mesmo grupo as pessoas que não apresentam estas peculiaridades.

Maximino (2001).

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Os grupos representam tanto um espaço de educação em saúde como

uma fonte de estímulo à organização local, pois facilitam o exercício da cidadania,

através de projetos comunitários. Constituem-se em alternativa para que as pessoas

retomem papéis sociais e/ou outras atividades de ocupação do tempo livre (físicas,

de lazer, culturais ou de cuidado com o corpo e a mente) e o relacionamento

interpessoal e social. Agregam pessoas com dificuldades semelhantes e possibilitam

o convívio, fato de grande importância visto que a solidão é uma queixa freqüente

entre idosos (GARCIA, 2006).

Trata-se de estratégia de facilitação do vínculo entre os profissionais de

saúde e usuários e que pode interferir positivamente na adesão ao tratamento e

medidas de prevenção (GARCIA, 2006).

Os grupos facilitam o exercício da autodeterminação e da independência,

pois podem funcionar como rede de apoio que mobiliza as pessoas na busca de

autonomia e sentido para a vida, na autoestima e, até mesmo, na melhora do senso

de humor, aspectos essenciais para ampliar a resiliência e diminuir a

vulnerabilidade. No convívio entre pessoas, criam-se vínculos que possibilitarão o

surgimento de organizações ou, no mínimo, o seu incentivo, promovendo a inclusão

social (TUBERO, 1999; CHACRA, 2002).

Quando o grupo é constituído por uma população específica, com

características semelhantes, há uma facilitação para “identificação, revelação de

particularidades e intimidades, o oferecimento de apoio ao semelhante, o

desenvolvimento de objetivo comum e a resolução das dificuldades e dos desafios

que se assemelham” (BECHELI, SANTOS, 2004 p.248). O vínculo é condição

básica para o sucesso do grupo, é quando um sujeito se torna significativo para o

outro (MAXIMINO, 2001).

Segundo Moreira (2000), os grupos de convivência que utilizam

atividades lúdicas, laborais, culturais e/ou religiosas são muito proveitosas, em

especial entre idosos. O uso da arte- terapia e de atividades físicas propicia ao

indivíduo a exploração de suas potencialidades, promovendo a prevenção e mesmo

o controle e tratamento de transtornos psicossociais, como a depressão.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

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O tipo da pesquisa utilizada foi pesquisa de campo, apresentará em

caráter qualitativo. De acordo com Minayo (2000), a pesquisa qualitativa trata-se de

uma atividade da ciência que visa a construção da realidade, mas que se preocupa

com as ciências sociais em um nível de realidade que não pode ser quantificado e

não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis sendo assim preocupa-

se com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na

compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais.

Assim sendo, trata-se também de um estudo descritivo. Para Gil (2008), a

pesquisa descritiva visa descrever as características de determinadas populações

ou fenômenos ou o estabelecimento de relações entre variáveis, envolvendo o uso

de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionário e observação

sistemática e quando não há a necessidade comparação com uma população de

referência, pois afirma que este tipo de estudo tem por finalidade observar,

descrever, explorar, classificar e interpretar fatos ou fenômenos, além de buscar a

frequência, característica e associação de variáveis.

O presente estudo foi desenvolvido com a população de idosos cadastrados e

pertencentes à área da Equipe I na USF do Cariri, sendo que a amostra selecionada

foi de acordo com a indicação da enfermeira responsável pela Equipe I -,

constituindo-se de 20 usuários, que serão atendidos de forma coletiva, com

encontros ocorridos semanalmente, com duração aproximada de 45 minutos cada

um, totalizando 10 sessões ao final da pesquisa.

Podendo ser do sexo masculino ou feminino, assim sendo, foi coletada a

assinatura de todos os participantes após a apresentação do Termo Livre de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice A), podendo assinar familiares

e/ou responsáveis pela instituição. Somente não participou da pesquisa sujeitos que

não se enquadravam nos requisitos anteriores, sujeitos que possuam alguma

limitação física grave, que não os permitem de ambular, sujeitos que possua

comprometimento severo, que não os permitia interpretar comandos e não ter

frequência abaixo 75% nas atividades. A pesquisa foi realizada na cidade de

Castanhal, Estado do Pará. E a prática do estudo foi realizado em um

estabelecimento comercial3 (apêndice A), localizado na área pertencente à Equipe I

da USF do Cariri.

3Alameda Cosme e Damião, nº s/n, bairro Cariri Castanhal- Pará.

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Inicialmente foi realizada uma palestra para a população de idosos, a fim

de informa-los sobre os objetivos do estudo e os procedimentos metodológicos. Para

a obtenção dos dados iniciais e avaliar o estado de saúde dos idosos, referentes à

identificação dos sujeitos, a priori foi proposta uma anamnese e uma ficha avaliação

física, elaborada pela própria examinadora, dividida em três seções: identificação,

anamnese e exame físico (Anexo 1), para se obter um conhecimento em relação ao

histórico de vida dos sujeitos que participaram da pesquisa. E o crivo par critério de

inclusão, a amostra contou com um quantitativo de 40 idosos, as quais possuíam

prontuário na USF e desenvolveram atividades de dança e caminhada durante 10

sessões, sendo três vezes na semana (sem interrupção das atividades). Entretanto,

ao longo do estudo, houve uma perda amostral de 20 idosos (excesso de falta nas

aulas), findando o estudo com n=20.

Em seguida, a pesquisa adentrou na fase da prática, esta aconteceu

através de encontros ocorridos semanalmente três vezes na semana (segunda,

quarta e sexta), com duração aproximada de 45 minutos cada um, contabilizando

um total de 10 sessões. Estes tendo como temática: qualidade de vida. Nesse

período, buscamos desenvolver atividades físicas, por exemplo, dança, caminhada,

momentos lúdicos e de relaxamento, como brincadeiras com músicas e balões,

trabalhando simultaneamente com atividades lúcidas de memória, atenção,

percepção, sentidos, saúde e relação interpessoal.

Vale ressaltar, que os registros desses encontros, e das intervenções

realizadas, serão feitos através de anotações, gravações e fotografias, com o

consentimento dos sujeitos participantes da pesquisa. Comportamentos, opiniões,

reflexões e aspectos da trajetória do grupo de idosos expressos durante os

encontros serão coletados por meio da observação e registrados em diário de

campo após cada encontro. Posteriormente, a esta etapa, será utilizada com os

idosos a entrevista semi-estruturada (apêndice C) com o objetivo de obter os

significados atribuídos por eles em relação à prática desenvolvida com os mesmos.

Para a análise dos dados foi utilizado o material empírico da coleta de

dados, a partir da análise dos relatos e do diário de campo, e dos discursos dos

idosos em relação à sua participação como sujeitos da pesquisa, através da

entrevista semi-estruturada. As entrevistas com os idosos serão gravadas,

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transformadas em textos, realizando-se uma leitura e releitura, utilizando-se da

redução fenomenológica e criando-se unidades de significação.

O questionário foi aplicado individualmente e foi solicitado aos sujeitos da

pesquisa, a responderem, o que você entende por qualidade de vida? Você se

considera uma pessoa com qualidade de vida? Quais formam os sentimentos

gerados ao participar pela intervenção? Quais? O que se pode destacar como ponto

que mais agradou nas atividades físicas? Qual foi a interferência causada no seu

dia-a-dia provocado pela participação de um grupo? Tem vontade de continuar

participando de abordagens como esta?

Garantirmos aos participantes sigilos de identidade contidos na ficha de

avaliação, com objetivo de garantir tal sigilo, buscarmos ter cuidado com os dados

da identificação dos usuários na referida ficha.

Assim, caso o risco que a pesquisa venha proporcionar, prejudique algum

participante diretamente, esta será suspensa até que todas as possibilidades de

prejuízo sejam abolidas ou retificadas, de modo que o referido trabalho sirva como

fonte de esclarecimento e conhecimento e não direcionado para outros fins.

A pesquisa em questão poderá ter como risco, a atuação inadequada das

pesquisadoras perante a população pertencente a esta, durante a explanação de

assuntos referentes ao tema abordado, podendo estes conter alguma informação

errônea, assim como um déficit no planejamento das ações. Quanto aos riscos para

comunidade científica referem-se à possibilidade dos dados coletados não serem

fidedignos, então para minimizar tais riscos, as pesquisadoras se comprometem a

realizar a coleta de dados de forma minuciosa.

Quanto aos benefícios para os participantes, esta pesquisa poderá

contribuir de forma direta para os mesmos, visto que possibilitará a obtenção de uma

melhor qualidade de vida. A pesquisa trouxe relevantes contribuições para a

formação acadêmica, assim como para toda a comunidade científica, pois permitirá

conhecer melhor a intervenção da Educação Física, utilizando como recurso o grupo

de convivência com idosos da USF do Cariri, além disso, servirá de bases para

outras pesquisas nesta área.

Não obstante, os benefícios e/ou resultados alcançados serão divulgados

em periódicos, revistas especializadas de relevância acadêmica e apresentados em

congressos ou outros eventos científicos, a fim de promover a disseminação das

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informações alcançadas. Daremos ainda continuidade ao estudo e aplicaremos

outros teste e dados do último questionário proposto com os idosos.

RESULTADOS E DISCURSÕES

O resultados encontrados serão expostos seguindo a ficha de avaliação física

e o roteiro de entrevista semi-estruturada. E os objetivos alcançados através do

grupo de convivência para a prática de atividades físicas. Comparando com

avaliação física inicial os idosos a termino da pesquisa mostrou-se um grande

melhoria na sua qualidade de vida. Para avaliação física, realizou-se uma entrevista

com cada idoso para verificar o que entende por qualidade de vida. Se este se

considera com qualidade de vida.

Os dados foram analisados e coletados mediante as respostas dos

participantes da pesquisa seguindo nesta ordem: na pergunta de número um,

disseram a maioria que não entendem sobre o conceito de qualidade de vida ou

nunca ouviram falar. Ao perguntar se este sujeito se considera uma pessoa com

qualidade de vida, a maioria dos idosos responderam que ao iniciar no grupo de

convivência se consideravam bem sedentários e não se consideravam com uma boa

qualidade de vida, mas logo após adentrar ao grupo de idosos sentiram sua

qualidade de vida melhorar.

Na pergunta de número dois os sentimentos gerados foram os melhores

possíveis segundo entrevistados, pois antes de iniciar nas atividades físicas se

sentiam isolados, incapazes ou medo de fazer uma atividade mediante a idade, mas

a partir do momento que começaram a participar com frequência viram melhora na

sua auto-estima, sentiram mais disposição para realizar atividade física e gostaram

muito ter um grupo de convivência em seu bairro. Na terceira pergunta segundo

relatos coletados e gravados disseram a maioria que as dores articulares

diminuíram, flexibilidade, autonomia para realizar as atividades da vida diária (AVD).

Na quarta pergunta a resposta mais comum que os momentos que mais

agradou nas atividades físicas são os exercícios, as danças, as caminhadas, as

brincadeiras e momentos de lazer que são proporcionados a este idoso.

Na quinta pergunta a interferência causada no seu dia-a-dia provocado

mediante a participação de um grupo, responderam que deixaram de ser

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sedentários e passaram a aderir a um estilo de vida ativo e todos agradeceram no

final em escrito pela inferência que surgiu na vida deles de maneira positiva.

Na sexta pergunta responderam que a interferência causada na sua

qualidade de vida provocada pela participação de um grupo, a maioria respondeu

que voltaram a fazer coisas dentro de sua casa, que não faziam mais devido sentir

muitas dores ou mal-estar. Todos os idosos disseram ter percebido sua flexibilidade

aumentar gradativamente.

A sétima pergunta todos responderam que sim que tem vontade de participar

de novas abordagens como estas. Mediante esta resposta propõem mais estudos

nesta pesquisa utilizando estes idosos cadastrados na USF a convidar a

participarem de outros entrevistas, questionários e aplicação de teste com este

grupo de convivência que já mantém ativo.

Os conteúdos que integram um programa de atividades físicas para idosos

tmbém são muitos variados, mas foi necessário adaptar cada uma das atividades ás

características e ás possibilidades de movimento de grupo conforme a condição de

cada idoso. (PONT, 2003).

As análises descritivas e inferenciais, da qualidade de vida geral, estão

expostas acima nele podemos observar que houve um aumento significativo no nível

de qualidade de vida, no pós-teste.

A GUISA DE CONCLUSÃO

A partir da realização desta pesquisa, cujo o objetivo é implantar um grupo de

convivência na USF do Cariri para desenvolvimento de um programa de atividades

físicas, a partir da execução do mesmo comprova a necessidade de se implantar um

grupo para idosos para melhoria da qualidade de vida da população estuda, a

pesquisa trouxe resultados rápidos e importantes como relatos na entrevista semi-

estruturada. Ressaltando que o idoso historicamente está sempre associado ao

processo de fragilidade e envelhecimento, processo natural, porém provoca

alterações no organismo tanto no estrutural quanto no funcional, de inercia dentro de

suas residências, de incapacidade e falta de equilíbrio para executar tarefas da vida

diária. A não prática regular de atividade física, acompanhada do envelhecimento,

pode provocar comprometimento com perda total e parcial da independência dos

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movimentos já início da idade avançada. O caminho para as mudanças de atitude

está planejado com atitudes profissionais que nos deixam entusiasmado com o

nosso futuro, afinal os estudos estão ai para comprovar o quanto a atividade física é

imprescindível para o idoso. Os efeitos de um programa de atividade física

proporcionam impactos significativos na vida dos idosos e os benefícios adquiridos

na função musculoesquelética sustentam a manutenção da autonomia e da

qualidade de vida. Portanto, isso pode trazer melhorias na autonomia funcional e

melhora na execução de atividade diárias de idosos. Diante das vivências aqui

relatadas, podemos concluir que as atividades físicas até o presente momento estão

satisfazendo tanto as expectativas e necessidades do grupo de idosos.

ABSTRACT

Faced with the undeniable reality of demographic change, which is observed an

increasingly aging population, evidenced the importance of ensuring that these

individuals not only to live longer, but with quality of life and accessibility to perform

physical activities. Thus, it has been working on the feeling to minimize the effects of

aging of the elderly population. The group presents itself as a potential and

significant feature of intervention of a physical education teacher in the care of the

elderly, by corroborating to the rescue and reflection on the individual life stories and

being facilitators means in the pursuit of autonomy, self-esteem and even in

improving the sense of humor, essential aspects and quality of life to increase the

resilience and reduce vulnerability. Therefore, the present study aims to organize a

support group for seniors. Therefore, the research will be presented in qualitative-

descriptive, theoretical and practical nature. It will be developed with elderly enrolled

and belonging to the area of the team at Health Center Moacyr Nogueira Lima -

USF's CARIRI, and the sample to be selected, will be constituted of 20 members,

which will be met collectively with meetings occurring weekly, lasting about 45

minutes each, totaling 10 sessions at the end of the survey. activities will be carried

out with a focus on cognitive, physical and social functions.

Keywords: Quality of life. Old man. Physical activity. Support group.

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APÊNDICES

APÊNDICE A

ACEITE DA INSTITUIÇÃO PARA O PROJETO DE PESQUISA

Declaro em nome da USF do Cariri, ter conhecimento do Projeto de Pesquisa

intitulado “Grupo de Idosos na USF do Cariri em Castanhal-PA: desenvolvimento de

atividades físicas para melhoria da qualidade de vida”, de autoria da aluna Alcicleia

Cunha Silva, dando-lhes consentimento para realizar o trabalho nesta instituição, e

coletar dados em nosso serviço durante o período estabelecido pelo cronograma.

Estamos também cientes e concordamos com a publicação dos resultados

encontrados, sendo obrigatoriamente citados na publicação da USF do Cariri.

Castanhal- Pará, ________de ________________de 20____.

______________________________________ Adelaide Cecília da Silva e Silva

Enfermeira da USF do Cariri

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APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

TÍTULO: GRUPO DE IDOSOS NA USF DO CARIRI: desenvolvimento de um

programa de atividades físicas para melhoria da qualidade de vida.

A proposta do estudo em organizar um grupo de convivência para idosos da

USF do CARIRI, para propor o desenvolvimento de um programa de atividades

físicas para a promoção, prevenção e melhoria da qualidade de vida do idoso.

Na primeira etapa da pesquisa será realizada coleta de dados junto aos que

se enquadram no perfil da pesquisa. Na segunda etapa será dado início às

atividades com a apresentação deste TCLE aos participantes, bem como a coleta de

sua assinatura.

Serão realizados encontros para as atividades físicas em grupo

semanalmente, sendo três vezes na semana, as informações coletadas serão

utilizadas para esta pesquisa, bem como para outros eventos científicos,

acadêmicos ou publicações, preservando a imagem do sujeito, através do uso de

pseudônimos.

A presente pesquisa poderá oferecer riscos aos participantes, como a

possibilidade de violação do sigilo de identidade, desconforto com a presença dos

pesquisadores e exposição de suas histórias de vida. Para prevenir esses riscos, as

identidades serão mantidas no mais absoluto sigilo, sendo os idosos identificados

por pseudônimos.

Serão garantidos aos participantes, total sigilo e privacidade de seus dados,

assim como a liberdade de deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo à

instituição.

Caso os participantes sintam necessidade de obter informações ou esclarecer

dúvidas sobre a pesquisa poderão entrar em contato com a pesquisadora

responsável Alcicleia Cunha Silva (91 9917-1101) e a orientadora Simone De La

Rocque Cardoso (91 81113337).

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DECLARAÇÃO

Declaro que li este termo, e fui orientado (a) quanto ao teor da pesquisa

acima mencionada e compreendi a natureza e o objetivo do estudo do qual fui

convidado (a) a participar. Concordo voluntariamente em participar desta pesquisa

sabendo que não receberei, nem pagarei nenhum valor econômico por minha

participação e que poderei retirar meu consentimento a qualquer momento sem

prejuízos na instituição.

______________________________________________________________

Assinatura do sujeito de pesquisa

______________________________________________________________

Assinatura da pesquisadora responsável

Nome:

End.:

Telefone: (091)

Castanhal_____ de ______________________de_________

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APÊNDICE C

Roteiro da entrevista semi-estruturada

Perguntas:

1. O que você entende por qualidade de vida? Você se considera uma pessoa

com qualidade de vida?

2. Quais foram os sentimentos gerados ao participar de um grupo de

convivência?

3. Foi percebido algum benefício trazido pela intervenção e com as atividades

físicas? Qual (is)?

4. O que se pode destacar como ponto que mais agradou nas atividades

físicas?

5. Qual foi a interferência causada no seu dia-a-dia provocada pela participação

de um grupo?

6. Qual foi a interferência causada na sua qualidade de vida provocada pela

participação de um grupo de atividades físicas?

7. Tem vontade de continuar participando de abordagens como esta?

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ANEXO 01

Avaliação Física

FICHA DE AVALIAÇÃO

ANAMNESE

ANEXO I

DADOS PESSOAIS

NOME:_____________________________________________________DATA: ____/____/____

IDADE:_____ DATA DE NASCIMENTO: ____/_____/_____ ESTADO CIVIL: ___________________

PROFISSÃO:_________________________________ NATURALIDADE:______________________

ENDEREÇO:__________________________________________TEL:________________________

Nº DO CARTÃO DO SUS:________________________________Nº DO PRONTUÁRIO:__________

FUMANTE: ( )SIM ( )NÃO ( )PAROU HÁ QUANTO TEMPO:_______________________

Etilismo ( ) Atividade física ( ) ____________________________________________________

DOENÇAS PREGRESSIVAS E ATUAIS:

Hipertensão ( ) Tireoidopatia ( ) Cárdio-cerebrovascular ( ) Nefropatia ( ) Tromboflebite ( ) Gastrite/colicistopatia ( ) Câncer ( ) Neuro-psiquiátrico ( ) Diabetes ( ) Dislipedemia ( ) Limitações músculo-esqueléticas ( ) Problemas pulmonares/respiratórios ( ) Anemia ( )

TOMA RÉMEDIO: ( )SIM ( ) NÃO QUAL:__________________________________

Alergias: ________________________________ Cirurgias: ______________________________

OBS: __________________________________________________________________________

ANTECENDENTES FAMILIARES:

Doenças coronariana ( ) Câncer ( ) Dislipidemia ( ) Diabetes ( ) Morte súbita ( )

OBS: ____________________________________________________________________________

EXAME FÍSICO

PRESSÃO ARTERIAL repouso: PS: ________. PD: ________. FC repouso ________bpm.

DADOS ANTROPOMÉTRICOS

ESTATURA (mts): __________ MASSA CORPORAL (kg): __________

MEDIDAS

CIRCUFERÊNCIA DO QUADRIL: _________ CIRCUFERÊNCIA DO ABDÔMEN: _________

CIRCUFERÊNCIA DO PUNHO: _________ CINTURA: __________