GRUPO DE CONVIVÊNCIA COM IDOSOS: um programa de … · estado de espírito, sua vontade de viver,...
Transcript of GRUPO DE CONVIVÊNCIA COM IDOSOS: um programa de … · estado de espírito, sua vontade de viver,...
1
GRUPO DE CONVIVÊNCIA COM IDOSOS: um programa de atividade física para
melhoria da qualidade de vida
Alcicleia Cunha Silva1
Aluna concluinte do CEDF/UEPA [email protected]
Simone de La Rocque 2
Professora Orientadora do CEDF/UEPA [email protected]
Resumo Frente à realidade inquestionável das transformações demográficas, onde se observa uma população cada vez mais envelhecida, evidencia-se a importância de garantir a esses indivíduos não só uma sobrevida maior, mas com qualidade de vida e acessibilidade para executar atividades físicas. Dessa forma, tem-se trabalhado no sentindo de minimizar os efeitos do envelhecimento da população idosa. O grupo apresenta-se como um potencial e relevante recurso de intervenção de um professor de educação física no atendimento a população idosa, por corroborar para o resgate e reflexão sobre as histórias individuais de vida e por serem meios facilitadores na busca da autonomia, na autoestima e, até mesmo, na melhora do senso de humor, aspectos essenciais e qualidade de vida para ampliar a resiliência e diminuir a vulnerabilidade. Portanto, o presente estudo tem por objetivo organizar um grupo de convivência para idosos. Para tanto, a pesquisa se apresentará em caráter qualitativo-descritivo, de cunho teórico e prático. A mesma será desenvolvida com idosos cadastrados e pertencentes à área da Equipe no Posto de Saúde Moacyr Nogueira Lima - USF do CARIRI, sendo que a amostra a ser selecionada, deverá constituir-se de 20 usuários, que serão atendidos de forma coletiva, com encontros ocorridos semanalmente, com duração aproximada de 45 minutos cada um, totalizando 10 sessões ao final da pesquisa. Serão realizadas atividades com enfoque nas funções cognitivas, físicas e sociais.
Palavras-Chave: Qualidade de vida. Idoso. Atividade física. Grupo de convivência.
INTRODUÇÃO
Segundo Neri (2005), é considerado idoso aquele indivíduo “de mais de
60 anos, nos países em desenvolvimento, e de mais de 65 anos, nos países
desenvolvidos”. Da mesma maneira, o IBGE (2002) utiliza a definição de idoso da
Organização Mundial da Saúde (OMS), que determina a população idosa como
1 Acadêmica do 8º semestre do Curso de Educação Física da Universidade do Estado do Pará.
[email protected] 2 Docente do Curso de Educação Física da Universidade do Estado do Pará.
2
sendo aquela a partir dos 60 anos de idade, havendo, no entanto, uma distinção
quanto ao local de residência, pois nos países desenvolvidos são considerados
idosos os indivíduos a partir de 65 anos.
O envelhecimento do ponto de vista fisiológico pode ser conceituado
como um processo dinâmico e progressivo, no qual há alterações morfológicas,
funcionais e bioquímicas, que vão alterando progressivamente o organismo,
tornando-o mais suscetível às agressões intrínsecas e extrínsecas que terminam por
levá-lo à morte (CARVALHO FILHO apud PAPALÉO NETTO, 2002).
No passado, relacionar indivíduos com diagnósticos fechados e
envelhecimento saudável era quase um contrassenso para a ciência, mas isso se
devia ao conceito de saúde empregado, a visão “biologizada”, que se entende como
ausência de doença, quando o organismo encontra-se em bom estado geral, sem
alterações patológicas. Atualmente, o conceito de saúde é entendido como um
estado de completo bem-estar físico, mental e social, não apenas ausência da
afecção ou doença (PENNA; SANTO, 2006).
Nos dias atuais tem-se investido cada vez na qualidade de vida, seja qual
for a idade e constata-se que o número de idosos, no Brasil, tem aumentado
estando na média de 15 milhões e cada vez mais cresce também a busca de um
apoio em grupos que são chamados de terceira idade (GRINOVER, 2004).
Sendo assim, O projeto “Grupo de idosos na USF do Cariri no município
de Castanhal-PA: desenvolvimento de um programa de atividade física para
melhoria da qualidade de vida”, tem por objetivo promover a qualidade de vida de
idosos participantes de um grupo de convivência.
Esta pesquisa apresentou como ideia central entender e discorrer sobre
as percepções dos idosos em relação à sua qualidade de vida, após a adesão a um
grupo de convivência para o desenvolvimento de atividades físicas de nível
moderado, realizada assiduamente, como a caminhada, a dança e outras atividades
recreativas e de lazer.
Neste estudo, evidenciou-se a importância de se estruturar ações
direcionadas para o público de idosos, já que este se apresentou como uma
demanda significativa da área em questão. Além disso, através de leituras
realizadas na temática de grupo de convivência, visualizaram-se grandes resultados
no que diz respeito à abordagem esse público.
3
Por isso, gerar bem-estar e qualidade de vida ao idoso é essencial, o
vendo não apenas fisicamente, mas também abrangendo em seus mais diversos
aspectos como psicológica e socialmente. Segundo Néri (2005), a tendência de
investigação sobre a qualidade de vida no envelhecer bem, significa estar satisfeito
tanto com a sua vida atual, como em ter expectativas positivas em relação ao futuro.
Assim, tendo em vista estes aspectos, e a partir das leituras em relação a
grupo de convivência para idosos, entende-se que este sendo utilizada nas
intervenções da Educação Física, configura-se como um recurso capaz de
contemplar um trabalho que promova qualidade de vida e que atenda as
necessidades dessa população.
O objetivo desse estudo é implantar um grupo de convivência, tendo
como objetivos específicos estimular o idoso a envelhecer de forma ativa e saudável
a fim de favorecer melhoras na qualidade de vida, analisar e refletir sobre as
percepções dos idosos em relação a sua qualidade de vida, após a adesão de um
grupo de convivência. Desenvolver intervenção da educação física com idosos,
utilizando-se de atividades com enfoque nas funções cognitivas, físicas e sociais.
Avaliar os efeitos de um programa de atividades físicas (dança e caminhada) através
de entrevista semi-estruturada para verificar se idoso esta vendo melhoria na sua
qualidade de vida, analisar e refletir sobre as percepções após ter aderido ao grupo
de convivência.
Deste modo, ressalta-se que a importância da pesquisa de campo em
questão, além de desenvolver e aprimorar técnicas de intervenção está em incitar a
discussão da abordagem no meio científico, bem como, promover e aprofundar
pesquisas futuras acerca do assunto, contribuindo para a difusão e enriquecimento
de conteúdos no âmbito da Educação Física.
REFERENCIAL TEORICO
QUALIDADE DE VIDA
O termo Qualidade de Vida (QV) tem recebido uma variedade de
definições ao longo dos anos. A QV pode se basear em três princípios
fundamentais: capacidade funcional, nível socioeconômico e satisfação
(GONZÁLEZ, 1993). A QV também pode estar relacionada com os seguintes
4
componentes: capacidade física, estado emocional, interação social, atividade
intelectual, situação econômica e autoproteção de saúde (HORNQUIST, 1990). Na
realidade, o conceito de QV varia de acordo com o conhecimento de cada indivíduo.
Para alguns, ela é considerada como unidimensional, enquanto, para outros, é
conceituada como multidimensional (ZHAN, 1992).
A QV boa ou excelente é aquela que oferece um mínimo de condições
para que os indivíduos possam desenvolver o máximo de suas potencialidades,
vivendo, sentindo ou amando, trabalhando, produzindo bens ou serviços; fazendo
ciência ou artes; vivendo (...) apenas enfeitando, ou, simplesmente existindo. Todos
são seres vivos que procuram se realizar (RUFFINO, 1992).
O grupo de estudiosos em qualidade de vida da Organização Mundial de
Saúde (OMS), The WHOQOL Group13, propõe um conceito para qualidade de vida
subjetivo, multidimensional e que inclui elementos positivos e negativos: “qualidade
de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e
sistemas de valores nos quais vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas,
padrões e preocupações”. É um conceito amplo e complexo, que engloba a saúde
física, o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as
crenças pessoais e a relação com as características do meio ambiente
(ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD, 1998).
Qualidade de vida é um conceito dinâmico, que se modifica no processo
de viver das pessoas. A satisfação com a vida e a sensação de bem-estar pode,
muitas vezes, ser um sentimento momentâneo. Porém, acreditamos que a conquista
de uma vida com qualidade pode ir sendo construída e consolidada, num processo
que inclui a reflexão sobre o que é definitório para sua qualidade de vida e o
estabelecimento de metas a serem atingidas, tendo como inspiração o desejo de ser
Feliz (MINAYO, 2000).
Nesse sentido, a qualidade de vida reflete a percepção que têm os
indivíduos de que suas necessidades estão sendo satisfeitas ou, ainda, que lhes
estão sendo negadas oportunidades de alcançar a felicidade e a auto-realização,
com independência de seu estado de saúde físico ou das condições sociais e
econômicas (ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD, 1998).
Quando se investiga a qualidade de vida relacionada à saúde em sua
multidimensionalidade, identificam-se os principais aspectos a serem considerados
5
em relação às potencialidades e peculiaridades de saúde e vida do idoso,
interferindo no seu processo saúde-doença (SANTOS, 2002).
A avaliação do estado de saúde está diretamente relacionada à qualidade
de vida, influenciada pelo sexo, escolaridade, idade, condição econômica e
presença de incapacidades (LEBRÃO; LAURENTI, 2003).
Não podemos esquecer-nos que saúde é apenas um dos aspectos da
vida. Mesmo quando a integridade corporal está comprometida, a vida pode ser de
ótima qualidade. Todos encontramos indivíduos que nos surpreendem com sua
satisfação e alegria de viver, sua serenidade, seu senso de controle pessoal, seu
estado de espírito, sua vontade de viver, sua competência comportamental, sua
autoestima, sua inserção familiar e social, sua maneira de encarar a vida, o sentido
que deram às suas vidas, o significado que suas vidas representam para os outros e
que, por outro lado, não estão íntegros do ponto de vista corporal (ALLEYNE GAO,
2001).
Viver cada vez mais tem implicações importantes para a qualidade de
vida. A longevidade pode ser um problema, com consequências sérias nas
diferentes dimensões da vida humana, física, psíquica e social. Esses anos vividos a
mais podem ser anos de sofrimento para os indivíduos e suas famílias, anos
marcados por doenças, declínio funcional, aumento da dependência, perda da
autonomia, isolamento social e depressão. No entanto, se os indivíduos
envelhecerem mantendo-se autônomos e independentes, com participação na
sociedade, cumprindo papéis sociais significativos, com elevada autoestima e
encontrando um sentido para suas vidas, a sobrevida aumentada poderá ser plena
de significado (PASCHOAL, 1996).
POPULAÇÃO IDOSA E ASPECTOS DO ENVELHECIMENTO
O envelhecimento populacional, fenômeno mundial no qual os idosos
tornam-se uma parcela cada vez mais representativa diante do crescimento
populacional, sofre influência de aspectos como a diminuição das taxas de
natalidade, de mortalidade na fase adulta por causas patológicas e no aumento de
expectativas de vida na velhice (GAVLOVSKI, 2011).
6
Muito se ouve falar de envelhecimento como se tratando de um estado
classificado de “terceira idade”. No entanto, para Cancela (2007), o envelhecimento
não pode ser classificado como um estado, mas sim um processo de degradação
progressiva e diferencial que afeta todos os seres vivos, tendo como fim para o seu
caminho natural, a morte do organismo. É impossível datar o seu começo, porque de
acordo com o nível no qual ele se situa (biológico, psicológico ou sociológico), a sua
velocidade e gravidade variam de indivíduo para indivíduo (FONTAINE, 2000).
De acordo com Blessmann (2004), o envelhecimento está, habitualmente,
associado a diversas mudanças, entre elas físicas, tais como, perda de força,
diminuição da coordenação e do domínio do corpo e deterioração da saúde, e às
mudanças cognitivas representadas por problemas na memória e na aquisição de
novos conhecimentos, entre outras, o que pode suprimir as diferenças individuais e
a relação com fatores ambientais e sociais.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a terceira idade tem
início entre os 60 e 65 anos. Entretanto, trata-se de uma idade instituída para efeitos
de estudos e pesquisas, visto que o processo de envelhecimento é complexo e
multifatorial. Este só pode ser compreendido então, a partir da relação que se
estabelece entre os diferentes aspectos, sendo estes, cronológicos, biológicos,
psicológicos e sociais. Aspectos que podem preconizar a velhice, acelerando ou
retardando o aparecimento de doenças e sintomas característicos desse processo
(CANCELA, 2007; SCHNEIDER, IRIGARAY, 2008).
[...] o envelhecimento não é algo determinado pela idade cronológica, mas é consequência das experiências passadas, da forma como se vive e se administra a própria vida no presente e de expectativas futuras; é, portanto, uma integração entre as vivências pessoais e o contexto social e cultural em determinada época, e nele estão envolvidos diferentes aspectos: biológico, cronológico, psicológico e social (SCHNEIDER E IRIGARAY, 2008, p.586).
Conforme Cancela (2007), o envelhecimento fisiológico está diretamente
ligado ao estilo de vida que a pessoa assume desde a infância ou adolescência.
Desta forma, o organismo envelhece como um todo, enquanto que os seus órgãos,
tecidos, células e estruturas sub-celulares têm envelhecimentos diferenciados. Este
fato é determinado pela hereditariedade, aparentemente (WEINECK, 1991).
Tais alterações tem por característica a queda progressiva de reserva
funcional, ou seja, ao envelhecer, sob o ponto de vista funcional e em condições
normais, o organismo poderá sobreviver adequadamente, porém, quando submetido
7
a situações de estresse (físico, emocional, entre outros), pode apresentar dificuldade
em manter a sua homeostase, e desta forma manifestar sobrecarga funcional, a qual
pode culminar em processos patológicos (FIRMINO, 2006).
As mudanças e as perdas são componentes comuns ao processo de
envelhecimento. Por exemplo, no sistema nervoso central, ocorre uma diminuição do
seu volume total, como a perda de neurônios e outras substâncias, e as fibras
nervosas perdem sua mielina (BERGER E MAILLOUX-POIRIER, 1995). As funções
intelectuais também se modificam, como a dificuldade nos processos de
aprendizagem e memorização, o que pode estar relacionado com as alterações
químicas, neurológicas e circulatórias que afetam a função cerebral, diminuição da
eficácia da oxigenação e nutrição celular, além de deficiências nas sinapses e na
disponibilidade de determinados neurotransmissores (GARCIA et al., 2006)
As alterações são inúmeras, contudo, de acordo com a CIF (Classificação
Internacional de Funcionalidade), as principais funções neurofisiológicas que podem
ser afetadas na idade adulta e na velhice são: funções globais, mentais e
específicas; funções sensoriais da visão, da audição e vestibulares; funções do
sistema respiratório e cardiovascular; funções geniturinárias e reprodutivas; funções
neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento das articulações, dos ossos
e muscular (EWERT et al., 2005; STIER-JAMER et al., 2005; GRILL et al., 2005).
Nessas adversidades de situações vivenciadas pelo indivíduo durante o
processo de envelhecimento, é necessário utilizar de métodos para atender o
público de idosos, empenhando-se em proporcionar qualidade de vida e garantir o
direito à saúde, por isso, observa-se que a grupo de convivência é uma forma de
proporcionar a este, vivenciar situações que irão contribuir para seu
desenvolvimento humano nas diversas áreas de desempenho.
EDUCAÇÃO FÍSICA E ATIVIDADES FÍSICAS PARA IDOSOS
A prática da atividade física na senescência traz diversos benefícios a
saúde decorrente de um estilo de vida ativo, promovendo de forma bem direta na
melhoria da composição corporal, a diminuição de dores articulares, o aumento da
densidade mineral óssea, a melhora da utilização de glicose, a melhora do perfil
lipídico, o aumento da capacidade aeróbica, a melhora da força e da flexibilidade e a
diminuição da resistência vascular (Matsudo, 2001).
8
Apesar dos benefícios da prática de atividade física ser bem conhecida,
poucos são os que realizam as atividades habitualmente, principalmente os idosos.
Dentro desse contexto promover discursões sobre o tema e de grande valia,
contribuindo, assim para uma formação mais competente no cuidado com idoso em
suas diferenças. Atividades físicas são importante para que atinga o padrão
desejado em certos aspectos da qualidade de vida e da capacidade funcional de
idosos (Matsudo, 2001).
Para Lima e Pasetchny (1998), as atividades realizadas em “grupos de
terceira idade”, permitem aos idosos a retomada e o exercício de novos papéis,
permitindo serem ativos e se reorganizarem internamente, contribuindo para a
promoção de uma vida saudável, independente, ativa e integrada socialmente. Os
autores citam ainda, que são vários os benefícios atribuídos a esses grupos, como
formação de novas relações sociais, troca de experiências, exercício de cidadania e
participação social, melhoria da autoimagem, promoção do crescimento pessoal e
maior conscientização acerca do processo de envelhecimento.
A atividade física moderada, realizada de maneira regular, como a
caminhada, a dança e outras atividades recreativas e de lazer, é fator de grande
importância no processo de envelhecimento saudável.
Compreende-se, portanto, que cabe ao professor de Educação Física,
reconhecer as potencialidades remanescentes e possibilidades reais de
desempenho nas atividades cotidianas, que possam ser restauradas ou adaptadas,
e promover intervenções maximizando a independência e autonomia de seus
clientes/usuários, ou seja, no caso do estudo em questão, de idosos, segundo as
possibilidades individuais e recursos disponíveis, destacando, sobretudo entre estes,
o grupo de convivência.
GRUPO DE CONVIVÊNCIA
Sugere a conceituação de grupo como sendo um conjunto de pessoas,
mas complementa afirmando que esse conjunto não é um conjunto qualquer e sim
um recorte, sendo que as pessoas que participam deste grupo devem apresentar
características que as incluam neste coletivo, com características específicas, e
excluam deste mesmo grupo as pessoas que não apresentam estas peculiaridades.
Maximino (2001).
9
Os grupos representam tanto um espaço de educação em saúde como
uma fonte de estímulo à organização local, pois facilitam o exercício da cidadania,
através de projetos comunitários. Constituem-se em alternativa para que as pessoas
retomem papéis sociais e/ou outras atividades de ocupação do tempo livre (físicas,
de lazer, culturais ou de cuidado com o corpo e a mente) e o relacionamento
interpessoal e social. Agregam pessoas com dificuldades semelhantes e possibilitam
o convívio, fato de grande importância visto que a solidão é uma queixa freqüente
entre idosos (GARCIA, 2006).
Trata-se de estratégia de facilitação do vínculo entre os profissionais de
saúde e usuários e que pode interferir positivamente na adesão ao tratamento e
medidas de prevenção (GARCIA, 2006).
Os grupos facilitam o exercício da autodeterminação e da independência,
pois podem funcionar como rede de apoio que mobiliza as pessoas na busca de
autonomia e sentido para a vida, na autoestima e, até mesmo, na melhora do senso
de humor, aspectos essenciais para ampliar a resiliência e diminuir a
vulnerabilidade. No convívio entre pessoas, criam-se vínculos que possibilitarão o
surgimento de organizações ou, no mínimo, o seu incentivo, promovendo a inclusão
social (TUBERO, 1999; CHACRA, 2002).
Quando o grupo é constituído por uma população específica, com
características semelhantes, há uma facilitação para “identificação, revelação de
particularidades e intimidades, o oferecimento de apoio ao semelhante, o
desenvolvimento de objetivo comum e a resolução das dificuldades e dos desafios
que se assemelham” (BECHELI, SANTOS, 2004 p.248). O vínculo é condição
básica para o sucesso do grupo, é quando um sujeito se torna significativo para o
outro (MAXIMINO, 2001).
Segundo Moreira (2000), os grupos de convivência que utilizam
atividades lúdicas, laborais, culturais e/ou religiosas são muito proveitosas, em
especial entre idosos. O uso da arte- terapia e de atividades físicas propicia ao
indivíduo a exploração de suas potencialidades, promovendo a prevenção e mesmo
o controle e tratamento de transtornos psicossociais, como a depressão.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
10
O tipo da pesquisa utilizada foi pesquisa de campo, apresentará em
caráter qualitativo. De acordo com Minayo (2000), a pesquisa qualitativa trata-se de
uma atividade da ciência que visa a construção da realidade, mas que se preocupa
com as ciências sociais em um nível de realidade que não pode ser quantificado e
não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis sendo assim preocupa-
se com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na
compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais.
Assim sendo, trata-se também de um estudo descritivo. Para Gil (2008), a
pesquisa descritiva visa descrever as características de determinadas populações
ou fenômenos ou o estabelecimento de relações entre variáveis, envolvendo o uso
de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionário e observação
sistemática e quando não há a necessidade comparação com uma população de
referência, pois afirma que este tipo de estudo tem por finalidade observar,
descrever, explorar, classificar e interpretar fatos ou fenômenos, além de buscar a
frequência, característica e associação de variáveis.
O presente estudo foi desenvolvido com a população de idosos cadastrados e
pertencentes à área da Equipe I na USF do Cariri, sendo que a amostra selecionada
foi de acordo com a indicação da enfermeira responsável pela Equipe I -,
constituindo-se de 20 usuários, que serão atendidos de forma coletiva, com
encontros ocorridos semanalmente, com duração aproximada de 45 minutos cada
um, totalizando 10 sessões ao final da pesquisa.
Podendo ser do sexo masculino ou feminino, assim sendo, foi coletada a
assinatura de todos os participantes após a apresentação do Termo Livre de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice A), podendo assinar familiares
e/ou responsáveis pela instituição. Somente não participou da pesquisa sujeitos que
não se enquadravam nos requisitos anteriores, sujeitos que possuam alguma
limitação física grave, que não os permitem de ambular, sujeitos que possua
comprometimento severo, que não os permitia interpretar comandos e não ter
frequência abaixo 75% nas atividades. A pesquisa foi realizada na cidade de
Castanhal, Estado do Pará. E a prática do estudo foi realizado em um
estabelecimento comercial3 (apêndice A), localizado na área pertencente à Equipe I
da USF do Cariri.
3Alameda Cosme e Damião, nº s/n, bairro Cariri Castanhal- Pará.
11
Inicialmente foi realizada uma palestra para a população de idosos, a fim
de informa-los sobre os objetivos do estudo e os procedimentos metodológicos. Para
a obtenção dos dados iniciais e avaliar o estado de saúde dos idosos, referentes à
identificação dos sujeitos, a priori foi proposta uma anamnese e uma ficha avaliação
física, elaborada pela própria examinadora, dividida em três seções: identificação,
anamnese e exame físico (Anexo 1), para se obter um conhecimento em relação ao
histórico de vida dos sujeitos que participaram da pesquisa. E o crivo par critério de
inclusão, a amostra contou com um quantitativo de 40 idosos, as quais possuíam
prontuário na USF e desenvolveram atividades de dança e caminhada durante 10
sessões, sendo três vezes na semana (sem interrupção das atividades). Entretanto,
ao longo do estudo, houve uma perda amostral de 20 idosos (excesso de falta nas
aulas), findando o estudo com n=20.
Em seguida, a pesquisa adentrou na fase da prática, esta aconteceu
através de encontros ocorridos semanalmente três vezes na semana (segunda,
quarta e sexta), com duração aproximada de 45 minutos cada um, contabilizando
um total de 10 sessões. Estes tendo como temática: qualidade de vida. Nesse
período, buscamos desenvolver atividades físicas, por exemplo, dança, caminhada,
momentos lúdicos e de relaxamento, como brincadeiras com músicas e balões,
trabalhando simultaneamente com atividades lúcidas de memória, atenção,
percepção, sentidos, saúde e relação interpessoal.
Vale ressaltar, que os registros desses encontros, e das intervenções
realizadas, serão feitos através de anotações, gravações e fotografias, com o
consentimento dos sujeitos participantes da pesquisa. Comportamentos, opiniões,
reflexões e aspectos da trajetória do grupo de idosos expressos durante os
encontros serão coletados por meio da observação e registrados em diário de
campo após cada encontro. Posteriormente, a esta etapa, será utilizada com os
idosos a entrevista semi-estruturada (apêndice C) com o objetivo de obter os
significados atribuídos por eles em relação à prática desenvolvida com os mesmos.
Para a análise dos dados foi utilizado o material empírico da coleta de
dados, a partir da análise dos relatos e do diário de campo, e dos discursos dos
idosos em relação à sua participação como sujeitos da pesquisa, através da
entrevista semi-estruturada. As entrevistas com os idosos serão gravadas,
12
transformadas em textos, realizando-se uma leitura e releitura, utilizando-se da
redução fenomenológica e criando-se unidades de significação.
O questionário foi aplicado individualmente e foi solicitado aos sujeitos da
pesquisa, a responderem, o que você entende por qualidade de vida? Você se
considera uma pessoa com qualidade de vida? Quais formam os sentimentos
gerados ao participar pela intervenção? Quais? O que se pode destacar como ponto
que mais agradou nas atividades físicas? Qual foi a interferência causada no seu
dia-a-dia provocado pela participação de um grupo? Tem vontade de continuar
participando de abordagens como esta?
Garantirmos aos participantes sigilos de identidade contidos na ficha de
avaliação, com objetivo de garantir tal sigilo, buscarmos ter cuidado com os dados
da identificação dos usuários na referida ficha.
Assim, caso o risco que a pesquisa venha proporcionar, prejudique algum
participante diretamente, esta será suspensa até que todas as possibilidades de
prejuízo sejam abolidas ou retificadas, de modo que o referido trabalho sirva como
fonte de esclarecimento e conhecimento e não direcionado para outros fins.
A pesquisa em questão poderá ter como risco, a atuação inadequada das
pesquisadoras perante a população pertencente a esta, durante a explanação de
assuntos referentes ao tema abordado, podendo estes conter alguma informação
errônea, assim como um déficit no planejamento das ações. Quanto aos riscos para
comunidade científica referem-se à possibilidade dos dados coletados não serem
fidedignos, então para minimizar tais riscos, as pesquisadoras se comprometem a
realizar a coleta de dados de forma minuciosa.
Quanto aos benefícios para os participantes, esta pesquisa poderá
contribuir de forma direta para os mesmos, visto que possibilitará a obtenção de uma
melhor qualidade de vida. A pesquisa trouxe relevantes contribuições para a
formação acadêmica, assim como para toda a comunidade científica, pois permitirá
conhecer melhor a intervenção da Educação Física, utilizando como recurso o grupo
de convivência com idosos da USF do Cariri, além disso, servirá de bases para
outras pesquisas nesta área.
Não obstante, os benefícios e/ou resultados alcançados serão divulgados
em periódicos, revistas especializadas de relevância acadêmica e apresentados em
congressos ou outros eventos científicos, a fim de promover a disseminação das
13
informações alcançadas. Daremos ainda continuidade ao estudo e aplicaremos
outros teste e dados do último questionário proposto com os idosos.
RESULTADOS E DISCURSÕES
O resultados encontrados serão expostos seguindo a ficha de avaliação física
e o roteiro de entrevista semi-estruturada. E os objetivos alcançados através do
grupo de convivência para a prática de atividades físicas. Comparando com
avaliação física inicial os idosos a termino da pesquisa mostrou-se um grande
melhoria na sua qualidade de vida. Para avaliação física, realizou-se uma entrevista
com cada idoso para verificar o que entende por qualidade de vida. Se este se
considera com qualidade de vida.
Os dados foram analisados e coletados mediante as respostas dos
participantes da pesquisa seguindo nesta ordem: na pergunta de número um,
disseram a maioria que não entendem sobre o conceito de qualidade de vida ou
nunca ouviram falar. Ao perguntar se este sujeito se considera uma pessoa com
qualidade de vida, a maioria dos idosos responderam que ao iniciar no grupo de
convivência se consideravam bem sedentários e não se consideravam com uma boa
qualidade de vida, mas logo após adentrar ao grupo de idosos sentiram sua
qualidade de vida melhorar.
Na pergunta de número dois os sentimentos gerados foram os melhores
possíveis segundo entrevistados, pois antes de iniciar nas atividades físicas se
sentiam isolados, incapazes ou medo de fazer uma atividade mediante a idade, mas
a partir do momento que começaram a participar com frequência viram melhora na
sua auto-estima, sentiram mais disposição para realizar atividade física e gostaram
muito ter um grupo de convivência em seu bairro. Na terceira pergunta segundo
relatos coletados e gravados disseram a maioria que as dores articulares
diminuíram, flexibilidade, autonomia para realizar as atividades da vida diária (AVD).
Na quarta pergunta a resposta mais comum que os momentos que mais
agradou nas atividades físicas são os exercícios, as danças, as caminhadas, as
brincadeiras e momentos de lazer que são proporcionados a este idoso.
Na quinta pergunta a interferência causada no seu dia-a-dia provocado
mediante a participação de um grupo, responderam que deixaram de ser
14
sedentários e passaram a aderir a um estilo de vida ativo e todos agradeceram no
final em escrito pela inferência que surgiu na vida deles de maneira positiva.
Na sexta pergunta responderam que a interferência causada na sua
qualidade de vida provocada pela participação de um grupo, a maioria respondeu
que voltaram a fazer coisas dentro de sua casa, que não faziam mais devido sentir
muitas dores ou mal-estar. Todos os idosos disseram ter percebido sua flexibilidade
aumentar gradativamente.
A sétima pergunta todos responderam que sim que tem vontade de participar
de novas abordagens como estas. Mediante esta resposta propõem mais estudos
nesta pesquisa utilizando estes idosos cadastrados na USF a convidar a
participarem de outros entrevistas, questionários e aplicação de teste com este
grupo de convivência que já mantém ativo.
Os conteúdos que integram um programa de atividades físicas para idosos
tmbém são muitos variados, mas foi necessário adaptar cada uma das atividades ás
características e ás possibilidades de movimento de grupo conforme a condição de
cada idoso. (PONT, 2003).
As análises descritivas e inferenciais, da qualidade de vida geral, estão
expostas acima nele podemos observar que houve um aumento significativo no nível
de qualidade de vida, no pós-teste.
A GUISA DE CONCLUSÃO
A partir da realização desta pesquisa, cujo o objetivo é implantar um grupo de
convivência na USF do Cariri para desenvolvimento de um programa de atividades
físicas, a partir da execução do mesmo comprova a necessidade de se implantar um
grupo para idosos para melhoria da qualidade de vida da população estuda, a
pesquisa trouxe resultados rápidos e importantes como relatos na entrevista semi-
estruturada. Ressaltando que o idoso historicamente está sempre associado ao
processo de fragilidade e envelhecimento, processo natural, porém provoca
alterações no organismo tanto no estrutural quanto no funcional, de inercia dentro de
suas residências, de incapacidade e falta de equilíbrio para executar tarefas da vida
diária. A não prática regular de atividade física, acompanhada do envelhecimento,
pode provocar comprometimento com perda total e parcial da independência dos
15
movimentos já início da idade avançada. O caminho para as mudanças de atitude
está planejado com atitudes profissionais que nos deixam entusiasmado com o
nosso futuro, afinal os estudos estão ai para comprovar o quanto a atividade física é
imprescindível para o idoso. Os efeitos de um programa de atividade física
proporcionam impactos significativos na vida dos idosos e os benefícios adquiridos
na função musculoesquelética sustentam a manutenção da autonomia e da
qualidade de vida. Portanto, isso pode trazer melhorias na autonomia funcional e
melhora na execução de atividade diárias de idosos. Diante das vivências aqui
relatadas, podemos concluir que as atividades físicas até o presente momento estão
satisfazendo tanto as expectativas e necessidades do grupo de idosos.
ABSTRACT
Faced with the undeniable reality of demographic change, which is observed an
increasingly aging population, evidenced the importance of ensuring that these
individuals not only to live longer, but with quality of life and accessibility to perform
physical activities. Thus, it has been working on the feeling to minimize the effects of
aging of the elderly population. The group presents itself as a potential and
significant feature of intervention of a physical education teacher in the care of the
elderly, by corroborating to the rescue and reflection on the individual life stories and
being facilitators means in the pursuit of autonomy, self-esteem and even in
improving the sense of humor, essential aspects and quality of life to increase the
resilience and reduce vulnerability. Therefore, the present study aims to organize a
support group for seniors. Therefore, the research will be presented in qualitative-
descriptive, theoretical and practical nature. It will be developed with elderly enrolled
and belonging to the area of the team at Health Center Moacyr Nogueira Lima -
USF's CARIRI, and the sample to be selected, will be constituted of 20 members,
which will be met collectively with meetings occurring weekly, lasting about 45
minutes each, totaling 10 sessions at the end of the survey. activities will be carried
out with a focus on cognitive, physical and social functions.
Keywords: Quality of life. Old man. Physical activity. Support group.
REFERÊNCIAS
ALLEYNE, G.A.O. Health and the quality of life. Rev Panam Salud Publica / Pan
Am J Public Health. V.9, n.1, p.1-6, 2001
16
ALMEIDA, Maria Helena Morgani de; PEREZ, Marina Picazzio. O processo de
revisão de vida em grupo como recurso terapêutico para idosos em Terapia
Ocupacional. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 21, n.3, p. 223-229, set/dez.,
2010.
AOTA, AMERICAN OCCUPATIONAL THERAPY ASSOCIATION. Occupational
Therapy practice framework: domain and process. American Journal of Occupational
Therapy, v. 56, n. 6, p. 609-633. Nov/ Dec. 2002.
BARRETO, K. M. L.; TIRADO, M. G. A. Terapia ocupacional em gerontologia. In:
FREITAS, E.V. et al. Tratado de geriatria e gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006. p. 1210-1215.
BECHELLI L. P. C; SANTOS M. A. Psicoterapia em grupo: como surgiu e
evoluiu. Revista Latino-am Efermagem. v. 12, n.2, p.249-9, 2004.
BERGER, L. e MAILLOUX-POIRIER, M. Pessoas Idosas: uma abordagem global.
Lisboa: Lusodidacta, 1995.
BLESSMANN, E. J. Corporeidade e Envelhecimento: o significado do corpo na
velhice. Estud. Interdiscip. Envelhec., Porto Alegre, v. 6, p. 21-39, 2004.
BORGES, Neide Rossi; FREIRE, Viviam Rafaela Barbosa Pinheiro; SIQUEIRA,
Mayra Rolla. “Encanto aos 60”: Uma vivência do Terapeuta Ocupacional em grupo
de terceira idade. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade do
Estado do Pará. Belém, 2005.
BRUNELLO, M. I. B. Terapia ocupacional e grupos: uma análise da dinâmica de
papéis em um grupo de atividade. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 13, n. 1, p.
9-14, jan./abr. 2002.
CANCELA, D.M.G. O processo de envelhecimento.Trabalho realizado para o
complemento do diploma de licenciatura em psicologia pela Universidade Lusíada
do Porto. Disponível em:<www.psicologia.com.pt>. Acesso em: 13 mar. 2016.
CARDOSO, Adnaldo Paulo.; FREITAS, Lúcia Cavalcanti de; TIRADO, Marcella Guimarães Assis. Oficina de som e movimento: um espaço de intervenção terapêutica ocupacional. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 13, n. 2, p. 51-5, maio/ago. 2002. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rto/article/view/ 13896/15714>. Acesso em: 18/03/16. CARVALHO FILHO, Eurico Thomaz. Fisiologia do Envelhecimento. IN: PAPALÉO
NETTO, Matheus. Gerontologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2002.
17
CASSIANO, J. G. A Contribuição da Terapia Ocupacional para a Manutenção da
Capacidade Funcional do Idoso. In: DRUMMOND, A. F.; REZENDE, M. B.
Intervenções da Terapia Ocupacional. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
CHACRA, F.C. Empatia e comunicação na relação médico- paciente: uma
semiologia autopoiética do vínculo. [tese]. Campinas (SP): Faculdade de Ciência
Médicas/UNICAMP; 2002.
EWERT, T. et al. ICF Core Set for patients with neurological conditions in the acute
hospital. Disability and Rehabilitation, v.27, n.7/8, p. 367-373, 2005.
FLECK, M.P.A. (2008) Problemas com conceituais em qualidade de vida; in; Fleck
M.P.A. A avaliação de qualidade de vida. Guia para profissionais de saúde. Porto
Alegre; Artmed. p. 19-28
FIRMINO, H. Psicogeriatria. Lisboa: Almedina, 2006.
FONTAINE, R. Psicologia do envelhecimento. São Paulo: Climepsi, 2000.
GONZÁLEZ NM. Symposium de calidad de vida: generalidades, mediciones
utilizadas en medicina, elementos que la componen. Arch Reumatol 1993;
4(1):40-2.
GARCIA, A. et al. A depressão e o processo de envelhecimento. Ciências e
Cognição. Rio de Janeiro, v. 07, p. 111-121, 2006.
GARCIA MAA, YAGI GH, SOUZA CS, ODONI APC, FRIGÉRIO RM, MERLIN SS.
Atenção à saúde em grupos sob a perspectiva dos idosos. Rev Latino-am
Enfermagem 2006 março-abril; 14(2):175-82.
GAVLOVSKI, F. L. Os idosos apresentam sua arte para a comunidade. Revista
Gestão Pública em Curitiba, Curitiba, v.02, n. 02, mai-ago, 2011
GRILL, E. et al. Identification of relevant ICF categories by patients with neurological
conditions in early post-acute rehabilitation facilities. Disability and Rehabilitation,
v.27, n.7/8, p.459-465, 2005.
GRINOVER P. Poder da terceira idade [periódico online]. Portal da família 2004.
Disponível em: < http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo132.shtml. 2>. Acesso
em: 15 mar 2016.
HORNQUIST JO. Quality of life: concept and assessment. Scand J Soc Med
1990; 18:69-79.
18
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Perfil dos
idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil. Rio de Janeiro: 2002. Disponível
em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/perfilidoso/perfilidosos2000.p
df>ou <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/perfilidoso/default.shtm>.
Acesso em: 18/03/16.
JACOB, W. F.; SOUZA, R. R. Anatomia e fisiologia do envelhecimento. In:
CARVALHO, E. T., PAPALEO NETO, M. Geriatria: fundamentos, clínicas e
terapêutica. São Paulo: Editora Atheneu, 1994.
LEBRÃO ML, LAURENTI R. CondiçõeMarts de saúde. In: LebrãoML, Duarte YAO.
SABE: saúde, bem-estar e envelhecimento: o Projeto SABE no município de
São Paulo: uma abordagem inicial. Brasília: Organização Pan-Americana da
Saúde; 2003. p. 73-91.
LIMA, L. J. C.; PASETCHNY, N. Atividade em grupo: uma alternativa para inclusão
social na terceira idade. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v.9, n.1, p. 37-42, 1998.
MATSUDO, S.M.M. (2001) Envelhecimento e atividade física. Londrina:Midiograf.
MAXIMINO, V. S. Grupo de atividades com pacientes psicóticos. São José dos
Campos: Univap, 2001.
MINAYO MCS, HARTZ ZMA, BUSS PM. Qualidade de vida e saúde: um debate
necessário. Ciênc Saúde Coletiva 2000 janeiro-junho; v.5,n.1, p.7-18.
MOREIRA MMS. Trabalho, qualidade de vida e envelhecimento. [dissertação].
Rio de Janeiro (RJ): Escola Nacional de Saúde Pública; 2000.
NERI, A. L. (Org.). Palavras-chave em gerontologia. 2. ed. Campinas, SP: Alínea,
2005. 214p. (Coleção Velhice e Sociedade).
Organización Mundial de la Salud. Promoción de La salud: glosario. Genebra:
OMS; 1998.
PENNA, Fabíola Braz; SANTO, Fátima Helena do Espirito. O Movimento das
emoções na vida dos Idosos: Um Estudo com um Grupo da Terceira Idade. Revista
Eletrônica de Enfermagem, v. 08, n. 01, p. 17 – 24, 2006. Disponível
em:<http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen>. Acesso em: 18/03/14.
PONT, G.P. Atividade física e saúde na terceira idade: teoria e prática. Porto
Alegre: Artmed, 2003.
19
ROSSETO, Tania. Interface entre a musicoterapia e a terapia ocupacional na
estimulação da memória em um grupo de idosos. Monografia de pós-graduação
em Musicoterapia pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP. 2008. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/premio2008/tania_rosseto.pdf.
Acesso em: 18/03/16.
RUFFINO, A.N. Qualidade de vida: compromisso histórico da epidemiologia.
Saúde em Debate, 1992; 35:63-7.
SANTOS SR, SANTOS IBC, FERNANDES MGM, HENRIQUES MER. Qualidade de
vida do idoso na comunidade: aplicação da escala de Flanagan. Rev Latino-am
Enfermagem 2002 novembro-dezembro; 10(6):757-64.
SCHNEIDER, R.H.; IRIGARAY, T.Q. O envelhecimento na atualidade: aspectos
cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Estudos de Psicologia, Campinas,
p. 585-593, out./dez. 2008.
STIER – JAMIER, M. et al. ICF Core Set for patients with neurological conditions in
early post-acure rehabilitation facilities. Disability and Rehabilitation, v.27, n.7/8, p.
389-395, 2005.
TUBERO, A. L. A linguagem do envelhecer: saúde e doença. Distúrbio de
Comunicação. 1999; 10:167-76.
WEINECK, J. Biologia do esporte. São Paulo: Manole, 1991.
ZHAN, L. Quality of life: conceptual and measurement issues. J Adv Nurs 1992;
17(7):795-800.
20
APÊNDICES
APÊNDICE A
ACEITE DA INSTITUIÇÃO PARA O PROJETO DE PESQUISA
Declaro em nome da USF do Cariri, ter conhecimento do Projeto de Pesquisa
intitulado “Grupo de Idosos na USF do Cariri em Castanhal-PA: desenvolvimento de
atividades físicas para melhoria da qualidade de vida”, de autoria da aluna Alcicleia
Cunha Silva, dando-lhes consentimento para realizar o trabalho nesta instituição, e
coletar dados em nosso serviço durante o período estabelecido pelo cronograma.
Estamos também cientes e concordamos com a publicação dos resultados
encontrados, sendo obrigatoriamente citados na publicação da USF do Cariri.
Castanhal- Pará, ________de ________________de 20____.
______________________________________ Adelaide Cecília da Silva e Silva
Enfermeira da USF do Cariri
21
APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
TÍTULO: GRUPO DE IDOSOS NA USF DO CARIRI: desenvolvimento de um
programa de atividades físicas para melhoria da qualidade de vida.
A proposta do estudo em organizar um grupo de convivência para idosos da
USF do CARIRI, para propor o desenvolvimento de um programa de atividades
físicas para a promoção, prevenção e melhoria da qualidade de vida do idoso.
Na primeira etapa da pesquisa será realizada coleta de dados junto aos que
se enquadram no perfil da pesquisa. Na segunda etapa será dado início às
atividades com a apresentação deste TCLE aos participantes, bem como a coleta de
sua assinatura.
Serão realizados encontros para as atividades físicas em grupo
semanalmente, sendo três vezes na semana, as informações coletadas serão
utilizadas para esta pesquisa, bem como para outros eventos científicos,
acadêmicos ou publicações, preservando a imagem do sujeito, através do uso de
pseudônimos.
A presente pesquisa poderá oferecer riscos aos participantes, como a
possibilidade de violação do sigilo de identidade, desconforto com a presença dos
pesquisadores e exposição de suas histórias de vida. Para prevenir esses riscos, as
identidades serão mantidas no mais absoluto sigilo, sendo os idosos identificados
por pseudônimos.
Serão garantidos aos participantes, total sigilo e privacidade de seus dados,
assim como a liberdade de deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo à
instituição.
Caso os participantes sintam necessidade de obter informações ou esclarecer
dúvidas sobre a pesquisa poderão entrar em contato com a pesquisadora
responsável Alcicleia Cunha Silva (91 9917-1101) e a orientadora Simone De La
Rocque Cardoso (91 81113337).
22
DECLARAÇÃO
Declaro que li este termo, e fui orientado (a) quanto ao teor da pesquisa
acima mencionada e compreendi a natureza e o objetivo do estudo do qual fui
convidado (a) a participar. Concordo voluntariamente em participar desta pesquisa
sabendo que não receberei, nem pagarei nenhum valor econômico por minha
participação e que poderei retirar meu consentimento a qualquer momento sem
prejuízos na instituição.
______________________________________________________________
Assinatura do sujeito de pesquisa
______________________________________________________________
Assinatura da pesquisadora responsável
Nome:
End.:
Telefone: (091)
Castanhal_____ de ______________________de_________
23
APÊNDICE C
Roteiro da entrevista semi-estruturada
Perguntas:
1. O que você entende por qualidade de vida? Você se considera uma pessoa
com qualidade de vida?
2. Quais foram os sentimentos gerados ao participar de um grupo de
convivência?
3. Foi percebido algum benefício trazido pela intervenção e com as atividades
físicas? Qual (is)?
4. O que se pode destacar como ponto que mais agradou nas atividades
físicas?
5. Qual foi a interferência causada no seu dia-a-dia provocada pela participação
de um grupo?
6. Qual foi a interferência causada na sua qualidade de vida provocada pela
participação de um grupo de atividades físicas?
7. Tem vontade de continuar participando de abordagens como esta?
24
ANEXO 01
Avaliação Física
FICHA DE AVALIAÇÃO
ANAMNESE
ANEXO I
DADOS PESSOAIS
NOME:_____________________________________________________DATA: ____/____/____
IDADE:_____ DATA DE NASCIMENTO: ____/_____/_____ ESTADO CIVIL: ___________________
PROFISSÃO:_________________________________ NATURALIDADE:______________________
ENDEREÇO:__________________________________________TEL:________________________
Nº DO CARTÃO DO SUS:________________________________Nº DO PRONTUÁRIO:__________
FUMANTE: ( )SIM ( )NÃO ( )PAROU HÁ QUANTO TEMPO:_______________________
Etilismo ( ) Atividade física ( ) ____________________________________________________
DOENÇAS PREGRESSIVAS E ATUAIS:
Hipertensão ( ) Tireoidopatia ( ) Cárdio-cerebrovascular ( ) Nefropatia ( ) Tromboflebite ( ) Gastrite/colicistopatia ( ) Câncer ( ) Neuro-psiquiátrico ( ) Diabetes ( ) Dislipedemia ( ) Limitações músculo-esqueléticas ( ) Problemas pulmonares/respiratórios ( ) Anemia ( )
TOMA RÉMEDIO: ( )SIM ( ) NÃO QUAL:__________________________________
Alergias: ________________________________ Cirurgias: ______________________________
OBS: __________________________________________________________________________
ANTECENDENTES FAMILIARES:
Doenças coronariana ( ) Câncer ( ) Dislipidemia ( ) Diabetes ( ) Morte súbita ( )
OBS: ____________________________________________________________________________
EXAME FÍSICO
PRESSÃO ARTERIAL repouso: PS: ________. PD: ________. FC repouso ________bpm.
DADOS ANTROPOMÉTRICOS
ESTATURA (mts): __________ MASSA CORPORAL (kg): __________
MEDIDAS
CIRCUFERÊNCIA DO QUADRIL: _________ CIRCUFERÊNCIA DO ABDÔMEN: _________
CIRCUFERÊNCIA DO PUNHO: _________ CINTURA: __________