GRIPE – Gestão de Resíduos na Implantação de Projetos Ecológicos
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SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
GRIPE – Gestão de Resíduos na Implantação de Projetos Ecológicos
Guilherme de Carvalho Dias
Santo André
2012
2
DEDICATÓRIA
A minha mãe que de forma direta ou até
mesmo indireta me apoia e ajuda sempre que
necessário, e principalmente as minhas
colegas de classe Camila e Rosana e a
Docente Nara Ballaminut que a cada dia me
ensinam e me dão a oportunidade de ensinar
algo novo e tiveram parte fundamental na
minha formação.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos os funcionários por terem
me dado à oportunidade de realizar meu
projeto, e a todos os docentes do curso
Técnico em Meio Ambiente do SENAC
Santo André, que me ajudaram e
direcionaram-me para o caminho correto a
seguir.
4
"Também me tornei próximo à natureza, e agora
sou capaz de apreciar a beleza com a qual este
mundo é agraciado.”
James Dean.
5
RESUMO
Desde a antiguidade o ser humano vem desenvolvendo uma capacidade
de inovação em tudo o que ele se propõe a fazer, e não foi diferente com a
construção civil. Apesar de seus reconhecidos impactos socioeconômicos para o
país, como alta geração de empregos, renda, viabilização de moradias,
infraestrutura entre outros, ainda carece em grande parte das cidades em relação
à correta disposição final dos chamados RCC e/ou RCD (Resíduo de Construção
Civil ou Resíduo de Construção e Demolição).
Aos poucos, a população e as grandes construtoras assim como na
antiguidade estão desenvolvendo outra capacidade, essa que podemos chamar
de consciência ambiental, que demonstram como a preocupação em resolver os
transtornos causados pela disposição irregular desses resíduos vem aumentando
gradativamente. Podemos perceber também que a cada dia a legislação se torna
mais rígida no que se refere ao meio ambiente – tendência mundial que visa
minimizar ao Máximo a sua degradação e a preservação de uma vida mais
saudável. Cabe, então, ao setor da construção adaptar-se e saber tirar proveito
dessa tendência.
O gerenciamento adequado dos resíduos produzidos pelas empresas,
incluindo os 3R’S (Redução, Reutilização e Reciclagem) tornará o processo
construtivo mais rentável e competitivo, além de mais “saudável”. Só assim,
poderemos realmente acreditar que o desenvolvimento sustentável fará parte de
nossas vidas em um futuro próximo.
Palavras - chave: Construção Civil, Impactos, Disposição Final, RCC, RCD,
Gerenciamento, Desenvolvimento Sustentável.
6
ABSTRACT
Since ancient times humans have been developing a capacity for innovation
in all that he proposes to do, and it was no different with the construction. In spite
of the recognized socio-economic impacts for the country, such as high job
creation, income, enabling housing, infrastructure, among others, it still lacks in
most cities regarding the correct disposal of so-called RCC and / or RCD
(Construction waste or Construction and Demolition waste).
Gradually, the population and the large construction companies as well as
in antiquity are developing other capacity, that what we call environmental
awareness, concern that demonstrate how to solve the inconveniences caused by
the irregular disposal of waste is increasing. We also realize that every day the
legislation becomes more stringent with regard to the environment - global trend
that seeks to minimize the Maximum their degradation and preservation of a
healthy life. It is then up to the construction sector to adapt and learn to take
advantage of this trend.
Proper management of waste generated by businesses, incluindo os'S 3R
(Reduce, Reuse and Recycle) will make the building process more profitable and
competitive, and more "healthy." Only then we can really believe that sustainable
development will be part of our lives in the near future.
Keywords: Construction, Impacts, Final Disposition, Management, Sustainable
Development.
7
SUMARIO
LISTA DE IMAGENS........................................................................................VII
LISTA DE TABELAS........................................................................................VII
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................9
2. JUSTIFICATIVA.......................................................................................13
3. OBJETIVOS.............................................................................................14
4. HISTÓRIA DE RIBEIRÃO PIRES............................................................15
4.1. Localização da cidade................................................................16
4.2. Características demográficas....................................................17
4.3. Caracterização econômica........................................................20 4.4. A lei de Proteção aos Mananciais e Ribeirão Pires..........................21
5. OS RESÍDUOS SÓLIDOS EM RIBEIRÃO PIRES...................................23
5.1. Cooperpires e Coopsente..........................................................25
6. RESIDUOS DE SERVIÇO DE SAUDE EM RIBEIRÃO PIRES...............27
7. PGRCC.....................................................................................................28
7.1. Clima Organizacional.................................................................29
7.2. Caracterização dos Resíduos....................................................30
7.3. Segregação e Acondicionamento.............................................32
7.4. Monitoramento............................................................................32
7.5. Triagem........................................................................................32
7.6. Transporte...................................................................................32
7.7. Destinação...................................................................................33
7.8. Aspecto e Impacto Ambiental....................................................34
7.9. Plano de Emergência..................................................................35
8. PROPOSTA TÉCNICA............................................................................36
9. FECHAMENTO........................................................................................43
10. REFERÊNCIAS........................................................................................44
11. ANEXOS..................................................................................................46
MCE..........................................................................................................47
8
LISTA DE IMAGENS
IMAGEM I: MAPA DE RIBEIRÃO PIRES.........................................................14
IMAGEM II: COLETA DE ESGOTO..................................................................16
IMAGEM III: ÁREAS DE PROTEÇÃO DE MANANCIAIS................................19
IMAGEM IV: BRASÃO DA PREFEITURA........................................................21
IMAGEM V: COOPERPIRES............................................................................23
IMAGEM VII: PORCENTAGEM DOS RESÍDUOS............................................29
IMAGEM VIII:FLUXOGRAMA DO PROCESSO..............................................37
IMAGEM IX:BICA PARA RECICLAGEM DE ENTULHO................................38
IMAGEM X:ESTEIRA VIBRATÓRIA DE SEGREGAÇÃO...............................38
IMAGEM XI: AGREGADOS PRONTOS PARA O USO...................................38
LISTA DE TABELAS
TABELA I: ASPECTO E IMPACTO AMBIENTAL............................................32
TABELA II: PLANO DE EMERGENCIA...........................................................33
TABELA III: METAS..........................................................................................35
TABELA IV: CRONOGRAMA DE AÇÕES.......................................................35
TABELA V: REQUISITOS LEGAIS..................................................................36
9
1. INTRODUÇÃO
A construção civil esta cada vez mais moderna, esse tipo de processo
precisa seguir as principais tendências do mercado e as mais aprimoradas
tecnologias disponíveis desde o seu planejamento até a construção final em si.
Mas antes de falarmos sobre tendências do mundo moderno, vamos entender
como tudo isso começou. As primeiras grandes obras remontam a antiguidade,
mas é possível observar a necessidade de se construir algo, a inteligência para se
construir algo desde a pré-história, quando foram erguidas as primeiras
construções humanas. A construção teve origem quando o ser humano percebeu
que precisaria de algum tipo de abrigo, seja para se proteger da chuva ou até
mesmo de animais, se tornando predominante na sociedade primitiva. À medida
que as comunidades humanas evoluíam e aumentavam, as construções tinham o
mesmo crescimento, dando origem às primeiras muralhas, cuja função era a
proteção de ameaças externas já que naquela época as guerras eram constantes
(as chamadas ameaças bélicas). Na mesma época outra construção que tinha um
foco muito grande eram os enormes palácios e templos, devido a grande
religiosidade da época, onde tudo era feito por e para algum ser divino. A
construção desses palácios era acompanhada por diferentes tipos de rituais que
simbolizavam o contato direto entre o ser humano e o seu Deus. Já passando
para a idade média, podemos perceber as mudanças no tipo de construção,
quando a igreja passou a dominar todo o capital e a mandar em toda a
comunidade começam a predominar os templos no estilo gótico, uma construção
de telhado mais elevado onde a intenção era de o ser humano ser induzido pela
altura dos telhados como se fossem os céus, já que ele estava ali para buscar
auxilio religioso. Passando diretamente para o século atual, percebemos que não
existe um único tipo de construção, as tecnologias se renovam tão rápido que o
que foi construído ontem, hoje já é considerado ultrapassado. E é nesse momento
que começam as alterações e demolições de muitas construções, onde vão dar
espaço a novos empreendimentos mais modernos.
10
O mercado atual está muito competitivo e se o construtor não demonstrar que
realmente é o mais atualizado, não se tem trabalho, mas a modernidade não esta
apenas no “construir”, a modernidade pode ser sentida na disposição final dos
resíduos gerados na construção, pode ser percebida também quando o homem
sentiu a necessidade de se criar novos tipos de objetos para a construção. Desde
então as construções vem se tornando as chamadas “Construções ecológicas”
cuja intenção é minimizar os impactos causados nos recursos naturais de onde
grande parte do material utilizado é retirado. Esse tipo de construção deve utilizar
materiais que:
Criem condições para novos padrões sustentáveis de consumo e sejam
eficientes;
Não poluam o meio no qual é utilizado;
Propiciem o reuso de suas partes;
Geram sua própria energia sem produzir resíduos ou funcionar através de
alguma fonte de energia sustentável;
Aliem suas funções eficientemente com as condições naturais do lugar na
qual é usado.
Além da utilização de materiais ecologicamente corretos o construtor deve
também se preocupar com a destinação final dos resíduos, pois cada resíduo
possui uma classe e cada classe possui um diferente tipo de destinação. É nesse
momento que entram as leis, normas e regulamentações. Embora o entulho
apresente em sua composição vários materiais que, isoladamente, são
reconhecidos pela NBR 10.004: Resíduos Sólidos – Classificação, como resíduos
inertes (rochas, tijolos, vidros, alguns plásticos, etc.), não está disponível até o
momento, análises sobre a solubilidade do resíduo como um todo, de forma a
garantir que não haja concentrações superiores às especificadas na norma
referida acima, o que o enquadraria como "resíduo classe II – não inerte”.
Lembrando que a heterogeneidade do entulho e a dependência direta de suas
características com a obra que lhe deu origem pode mudá-lo de faixa de
classificação, ou seja, uma obra pode fornecer um entulho inerte e outra pode
apresentar elementos que o tornem não inerte ou até mesmo perigoso - como,
por exemplo, a presença de amianto que, no ar é altamente cancerígeno.
11
Grande parte dos produtores de entulho continua jogando esse material ao
longo de estradas, avenidas, em margens de rios e córregos.
O surgimento dos caçambeiros contribuiu para que esse quadro fosse
amenizado com a criação de locais pré-determinados (mas nem sempre
apropriados) para o depósito do resíduo. Algumas prefeituras (Belo Horizonte,
Ribeirão Preto, etc.) estão implantando locais apropriados para receber o resíduo.
São as "Usinas de Reciclagem de Entulho", constituídas basicamente por um
espaço para deposição do resíduo, uma linha de separação (onde a fração não
mineral é separada), um britador, que processa o resíduo na granulometria
desejada e um local de armazenamento, onde o entulho já processado aguarda
para ser utilizado. Reciclar o entulho (independente do uso a que for destinado)
representa vantagens econômicas, sociais e ambientais, tais como:
Economia na aquisição de matéria-prima, devido à substituição de
materiais convencionais;
Diminuição da poluição gerada pelo entulho e de suas consequências
negativas;
Preservação das reservas naturais de matéria-prima.
Porém, assim como qualquer outra atividade humana, a reciclagem também
pode causar impactos ao meio ambiente. Dependendo da tecnologia empregada
no processo e do tipo de resíduo utilizado, o processo de reciclagem pode ser
tornar ainda mais impactante do que o próprio resíduo. Dessa forma, os resíduos
e todo o processo no qual ele é utilizado, seja para a construção ou para a
reciclagem, necessitam ser adequadamente gerenciados.
O gerenciamento de resíduos nada mais é do que um planejamento das
atividades no local e o manejo dos resíduos gerados na devida empresa, tendo
como base o diagnóstico atual do gerenciamento dos resíduos, assim como as
legislações vigentes aplicáveis a tal empreendimento. Devem ser verificadas
também, as possibilidades de melhoria, soluções disponíveis no mercado e
tecnologias já adotadas para o gerenciamento de resíduos provenientes da
construção civil. Este planejamento deverá contemplar metas a serem atingidas,
propostas de melhoria do sistema atual, contendo a descrição dos procedimentos
que estão sendo previstos para a implementação do Sistema de Manejo dos
12
Resíduos de Construção Civil, abordando os aspectos organizacionais, técnico-
operacionais e de recursos humanos. Mas vale ressaltar que assim como
qualquer outra atividade, só será realmente efetivo se houver o devido
acompanhamento para futuras modificações naquilo que não se adequou ao
longo do tempo.
A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento, Rio-92, definiu na Agenda 21, no Capítulo 21, o manejo
ambientalmente saudável dos resíduos sólidos. A gestão sustentável baseia-se
no princípio dos três R´s, de Reduzir os resíduos ao mínimo; Reutilizar e Reciclar
ao máximo. Correlacionar estas ações de forma integrada constitui a estrutura
ambientalmente saudável do manejo dos resíduos. Medidas como o controle, o
monitoramento e a fiscalização fazem parte de atividades afins da gestão dos
resíduos sólidos. (CEPAM 2005)
13
2. JUSTIFICATIVA
Devido o grande desperdício de materiais e a falta de conhecimento sobre
o que poderia ser feito com as sobras ou entulhos, foi com a ajuda da Resolução
CONAMA n° 307 de 2002, que define, classifica e estabelece os possíveis
destinos finais dos RCC e demolição (RCD), as normas técnicas NBR 15112 a
15116 de 2004se fez necessária à elaboração de um projeto cujo avalia, classifica
e ajuda ao encaminhamento dos resíduos de construção civil da Construtora X*
Projetos e Construções, assim como uma melhoria nos empreendimentos,
substituindo os materiais convencionais cujo custo é elevado por materiais
reciclados e/ou ecologicamente corretos.
*A empresa não permitiu a divulgação do nome.
14
3. OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS ESPECIFICOS
O presente trabalho tem como principal objetivo, analisar a geração, coleta
e destinação final de resíduos de construção civil da Empresa X Projetos e
Construções, Ribeirão Pires - SP, com o propósito de propor alternativas técnicas
para a gestão atual dos resíduos, visando à melhoria da qualidade ambiental dos
empreendimentos futuramente construídos.
Específicos:
Entre os objetivos podemos destacar os seguintes:
Saber quais são os programas e políticas atuais da prefeitura para este tipo
de empreendimento;
Segregação dos resíduos;
Reaproveitamento e/ou Reciclagem dos resíduos;
Elaboração de PGRCC;
Sustentabilidade na produção.
15
4. HISTÓRIA DE RIBEIRÃO PIRES
Emancipada de Santo André em 1953, a história de Ribeirão Pires se
remonta ao século XVII. Antes disso, o local era usado apenas como passagem
para quem ia da Vila Mogi para São Paulo ou Santos. Nessa época, Ribeirão
Pires chamava-se Caguassú (Mata Grande ou Mata Virgem em Tupi Guarani). No
século XVII Ribeirão Pires começou seu povoamento atraindo muitas famílias que
se fixaram nas proximidades da Igreja de Nossa Senhora do Pilar construída,
segundo registros, no ano de 1719. A área era tida como passagem entre São
Bernardo do Campo e Mogi das Cruzes.
Na segunda metade do século XIX, com a construção da estrada de ferro
São Paulo Railway para levar a produção de café ao porto de Santos, surge um
novo povoado às margens da ferrovia e começa, ao mesmo tempo, o
desenvolvimento de olarias e madeireiras por contar com matéria-prima do solo
argiloso e da abundância de madeira de lei para construção de dormentes. Com a
construção da estação ferroviária em 1885, o povoado, que já recebe o nome de
Ribeirão Pires, por estar próximo a um ribeirão que corta uma fazenda da família
Pires, começa a se desenvolver rapidamente. Com avinda de uma migração
italiana em 1887, se estabelece a ocupação das margens da estrada de ferro que
superou a ocupação da colônia mais antiga em torno da Igreja do Pilar. Em 1893
demarca-se o loteamento da área central. A primeira construção da Igreja São
José é datada de 1895. Nessa época, a vila começa a ter vida urbana, com
comércio e pequenas indústrias.
Alguns anos depois uma nova estação ferroviária foi construída, a mesma
até hoje, que passou por algumas modificações, mas mantém as características
da época. Em 1925, com a construção da represa Billings, 6,5% de seu território
foi inundado pelo lago, instalado para a geração de energia elétrica, mas que a
partir de 1974 transformou-se em reservatório prioritário para o abastecimento
humano, fato que deve ser considerado nos estudos para estabelecer aterros
sanitários.
Com o desenvolvimento industrial do país e da região entre as duas
grandes guerras, Ribeirão recebe mais empresas e novos imigrantes, 20 vindos
principalmente da Europa e Japão após a Primeira e Segunda Guerra Mundial,
com o qual a produção de resíduos aumenta e se diversifica. Na década de 40
ocorre uma nova fase de expansão urbana e populacional com a implantação de
chácaras de veranistas vindos do litoral em busca de lazer, construindo segundas
16
moradias. Quando inicia o processo de emancipação de Santo André, em 1953,
Ribeirão Pires já conta com cerca de 15 mil habitantes. Segue-se uma onda
especulativa imobiliária que resulta na rápida expansão da mancha urbana. Em
1963, com a construção da rodovia Índio Tibiriçá a cidade ganha um novo
corredor de transporte, que facilita a ligação com São Paulo, Baixada Santista e
Vale do Paraíba. Abre-se uma nova área de expansão urbana e novos problemas
ambientais.
Os efeitos do crescimento regional nos anos 50 e 60 foram sentidos
apenas posteriormente com a explosão demográfica da grande São Paulo entre
os anos 70 e 80. Trabalhadores das indústrias da região passam a ocupar
loteamentos precários e sem infraestrutura completa, sem contar com a cadeia de
impactos sobre o meio físico natural. Na década de 70, Ribeirão conhece um
desenvolvimento industrial, principalmente ligado a indústrias relacionadas com a
cadeia automobilística. A expansão populacional começa a ameaçar as regiões
de manancial, o que levou o governo do Estado a aprovar a Lei de Proteção aos
Mananciais, a qual mudou drasticamente o uso de ocupação do solo no
município, que ficou com seu território totalmente protegido, pelo menos nos
termos da lei, pois na prática foi diferente.
4.1. Localização da cidade
A cidade de Ribeirão Pires
localiza-se na região do Grande ABC, a
sudoeste do Estado de São Paulo,
próxima à capital deste estado, cortada
pelo paralelo 23º 42´de Latitude Sul e
pelo meridiano 46º 25´de Longitude
Oeste. Geomorfologicamente está
situado no Planalto Atlântico, nos
contrafortes da Serra do Mar, nos limites de Paranapiacaba, com topografia
acidentada, caracterizada pela presença de mares de morros.
O clima é tropical de altitude com temperatura média anual de 16 graus
centígrados. Ele faz divisa com os municípios de Mauá, Santo André, Suzano e
Rio Grande da Serra. A vegetação predominante consiste na presença da Mata
Atlântica secundária em estágio médio e avançado de regeneração cobrindo
aproximadamente 30% do território, superfície que antigamente era
consideravelmente superior.
17
No contexto do Grande ABC, Ribeirão Pires é o terceiro município em
termos de área territorial e representa, aproximadamente, 13% da área regional.
O município apresenta uma área de 99 km² (IBGE).
Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra são os únicos municípios da região
que estão completamente em áreas de mananciais e representam, portanto,
quase 30% dos 471 km² da área de manancial do Grande ABC. Além disso, o
município de Ribeirão Pires é considerado uma Estância Turística que é um título
concedido pelo governo do estado de São Paulo a municípios que apresentem
características turísticas e determinados requisitos como: condições de lazer,
recreação, recursos naturais e culturais específicos.
Dispõe de infraestrutura e serviços dimensionados à atividade turística. Os
municípios com este status podem receber aportes financeiros específicos para
incentivo ao turismo. Há atualmente 29 Estâncias Turísticas no estado paulista.
Do ponto de vista da hidrologia, o município de Ribeirão Pires aparece inserido
numa posição estratégica quanto ao fornecimento de água para São Paulo, pois
se encontra em três bacias hidrográficas: Taiaçupeba, Billings e Guaió. A partir de
1976, todo o território do município foi definido como Área de Proteção aos
Mananciais, em função da potencialidade das bacias hidrográficas dos
reservatórios Billings, Taiaçupeba e Guaió, para abastecimento d’água da região
metropolitana, daqui a sua importância do correto gerenciamento dos resíduos
sólidos.
4.2 Características demográficas
Segundo a Contagem da População do Censo 2007, do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, (IBGE), a população do município de Ribeirão Pires
somava a quantidade de 107.046 habitantes perfazendo uma densidade
demográfica de 1.081 habitantes/km². A taxa de natalidade alcançava 13,03
nascidos vivos por mil habitantes, enquanto no Estado de São Paulo a média era
superior, ou seja, de 14,65 por mil habitantes. Já a taxa de mortalidade infantil
(por mil nascidos) é de 8,45, enquanto no Estado de São Paulo a média somava
13,07 conforme a mesma fonte de informação.
18
Quanto ao abastecimento de
água, ele atende a 95% da
população e a coleta de esgoto
81,34% (Prefeitura Municipal de
Ribeirão Pires). Os domicílios
com infraestrutura interna urbana
adequada, ou seja, a proporção
de domicílios que dispõem de
ligação às redes públicas de
abastecimento (água e energia
elétrica) e de coleta (lixo e esgoto), sendo a fossa séptica a única exceção aceita
no lugar do esgoto, sobre o total de domicílios permanentes urbanos, totalizava
83,14%, enquanto em âmbito estadual a média atingia 89,29% (IBGE).
Historicamente, o crescimento populacional em Ribeirão Pires está
relacionado com a demanda por habitação dos operários industriais da região que
se instalavam, inicialmente, em assentamentos precários ao redor do centro da
cidade, exigindo maiores esforços municipais para a implantação de infraestrutura
e acesso à região, sendo considerada, ainda hoje, uma cidade dormitório.
Em termos ambientais, Ribeirão Pires ocupa no âmbito regional uma
posição territorialmente estratégica, estando 100% situado em área de
mananciais, tendo a metade do seu território coberto por áreas verdes bem
preservadas. Por sua vez, os cursos d’água estão resguardados por lei,
conferindo-lhe singularidade quanto a sua paisagem, e também quanto aos seus
potenciais econômicos e políticas de crescimento urbano e habitacional.
Apesar da restrição legal para a ocupação da área, o crescimento
populacional é permanente no município, ainda que com taxas decrescentes ao
longo das décadas. No período que se estende de 1970 a 1980, por exemplo, a
taxa média geométrica de crescimento populacional de Ribeirão Pires foi de
6,88% ao ano. Na década seguinte, essa taxa passou para 3,78% ao ano. Entre
1991 e 1996, a taxa de crescimento populacional caiu para 2,77% ao ano, e nos
quatro anos seguintes não passou de 1,7% ao ano, de acordo com a mesma
fonte de informação antes citada. O crescimento a taxas decrescentes não se
registrou de forma bem distribuída no município, seja pela fronteira com Mauá
(maior pressão populacional), seja pela legislação ambiental que proíbe ocupação
ou adensamento de determinadas áreas, ou pela constante fiscalização municipal
para evitar o crescimento desordenado que ocorreu no início da década de 70.
Coleta de Esgoto
Coleta de esgoto81,34%
Imagem II: Coleta de Esgoto
19
Segundo o Instituto Pólis, apesar da fiscalização, grande parte dos
loteamentos da cidade não fez as adaptações exigidas na lei de proteção aos
mananciais, configurando muitas irregularidades tanto habitacionais, como
comerciais, industriais e de serviços.
Do ponto de vista da estrutura etária, o que se observa é uma redução
relativa da população entre 0 e 14 anos, que passou de 38,5% da população nos
anos 70, para 26,1% da população para o ano 2000. Apesar da redução da
participação dessa faixa etária em relação à população total em cada período,
houve um aumento de aproximadamente 150% da população dessa faixa etária
entre os anos de 1970 e 2000, que passou de cerca de 11 mil habitantes para 23
mil habitantes.
Em termos de políticas públicas, isso significa que aumentou a demanda
por saúde, creche e educação, o que terá profundas repercussões sobre a
questão do manejo do lixo. Para o Instituto antes citado, os habitantes com idade
superior a 70 anos representavam 1,8% da população ao longo dos anos 70 e 80,
e passou para 2,2% em 1991, 2,5% em 1996, e finalmente, 3,0%, em 2000, o que
significa aproximadamente 3.000 habitantes, atualmente. Esse público representa
um novo tipo de demanda, principalmente em termos de lazer, atividade e saúde.
A mesma fonte anterior indica que a população com idade entre 15 e 19 anos
representa aproximadamente 10% da população municipal desde os anos 70, o
que representa atualmente 10,5 mil habitantes. Essa faixa etária representa
parcela da População em Idade Ativa, e ao mesmo tempo em que participa das
atividades econômicas, também demanda políticas públicas para qualificar-se.
Para compensar o decréscimo da população com idade entre 0 e 14 anos, houve
um crescimento relativo e absoluto da População em Idade Ativa (entre 15 e 70
anos de idade). Essa faixa etária representava em 1970, 17 mil habitantes, ou
seja, 59,5% da população total do município. Atualmente, essa faixa etária
representa 74 mil habitantes, ou seja, aproximadamente 71% da população do
município. Contrastar esse número (74 mil habitantes em Idade Ativa) com dados
do Ministério do Trabalho de 1998, segundo os quais, havia em Ribeirão Pires
1.058 empresas formais responsáveis por 17.900 empregos, possibilita perceber
o tamanho da demanda por emprego no município. Tal dinamismo populacional
tem sido acompanhado pelo desenvolvimento na qualidade de vida dos
munícipes, o que podemos averiguar pelo aumento no Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal de Ribeirão Pires. Passando de 0,713 em 1980 para 0,807 em
20
2000. Tal índice agrupa indicadores referentes ao nível educacional, taxa de
mortalidade infantil e expectativa de vida da população.
Quanto a características educacionais, em 2000, a taxa de analfabetismo
da população de maiores de 15 anos caracterizados como os que declaram não
serem capazes de ler e escrever um bilhete simples ou que apenas assinam o
próprio nome, incluindo as que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram, é
de 5,45%, e a média no Estado é de 6,64% 26(IBGE). A média de anos de
estudos da população de 15 a 64 anos é de 7,84 enquanto no âmbito estadual é
de 7,64.
4.2. Caracterização econômica
Em 2006, o PIB na agropecuária foi de R$ 739 mil (0,065% do total), na
indústria R$ 462,391 milhões de reais (40,46%) e no setor de serviços R$
679,799 milhões de reais (59,48%), totalizando R$ 1.142.929 (IBGE),
coordenação de contas nacionais 2006). O PIB per capita do município é de R$
10.734 reais. Já o PIB estadual era de R$ 802,551 bilhões e PIB per capita de R$
19.547,90 reais, no mesmo ano analisado. Quanto à manufatura, em Ribeirão
Pires, há sete indústrias extrativas, 381 indústrias de transformação e seis
unidades de produção e distribuição de gás natural, eletricidade e água (IBGE).
21
4.3. A lei de Proteção
aos Mananciais e
Ribeirão Pires
Há uma grande diferença
em Ribeirão Pires, em relação
aos municípios do Grande
ABC, quando se fala em
destinação dos resíduos
sólidos, pois o território é
inteiramente protegido
ambientalmente. A Lei de Proteção dos Mananciais (9.866/97, cap. IV) descreve
que os resíduos deverão ser removidos para fora das áreas de proteção. Esses
são destinados para outros municípios, no caso, o Aterro LARA em Mauá. No
entanto, a Lei de Proteção de Mananciais não é clara sobre a destinação de todos
os resíduos sólidos gerados no município.
A dificuldade de dar uma destinação para os resíduos, principalmente os
resíduos de construção civil, os objetos volumosos descartados, (por exemplo,
equipamentos que não têm mais uso, como mobiliário residencial, computadores
e outros), solo (remoção de terra) e vegetação (capinas, roçadas e podas de
árvores) dentro do município são resíduos que provocam uma série de
ocorrências de disposição irregular pela cidade, que comprometem a qualidade
do ambiente. Por conseguinte, a destinação final adequada dos resíduos sólidos
deverá dar-se fora da Área de Proteção e Recuperação de Mananciais (APRM), já
que o território do município encontra-se em áreas de proteção aos mananciais,
como foi antes citado, portanto, fora dos limites municipais. O serviço fica sob
responsabilidade da pessoa física ou jurídica que o produziu, apenas podendo ser
adequadamente depositados no local de sua própria produção, se estiver de
acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão estadual competente e com a
Lei estadual nº 9866/97. O artigo 20dispõe sobre os requisitos para que seja
permitida a implantação de sistema coletivo de tratamento e disposição de
resíduos sólidos domésticos em APRM. Os três requisitos são:
Imagem III: Áreas de Proteção de Mananciais. Fundação FIA
22
Seja comprovada a inviabilidade de implantação em áreas situadas fora da
APRM;
Sejam adotados sistemas de coleta, tratamento e disposição final, cujos
projetos atendam a normas, índices e parâmetros específicos para as
APRMs, a serem estabelecidos pelo órgão ambiental competente; e
Sejam adotados, pelos Municípios, programas integrados de gestão de
resíduos sólidos que incluam, entre outros, a minimização dos resíduos, a
coleta seletiva e a reciclagem.
Já os resíduos sólidos industriais devem ser removidos das APRMs, de acordo
com critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente, conforme
estabelece o artigo 21 dessa lei. Apenas nos casos de resíduos sólidos inertes
decorrentes de processos industriais a lei específica definirá os casos em que
poderão ser dispostos.
Com relação aos resíduos decorrentes do sistema de saúde, de acordo com o
que estabelece o artigo 22 devem ser tratados e dispostos fora das áreas
protegidas, mas em alguns casos a lei específica poderá permitir sua incineração,
ou outra tecnologia mais adequada em locais confinados. Pelo disposto no artigo
23, nas áreas classificadas como áreas de restrição à ocupação não será
permitida a disposição de resíduos sólidos. Tendo em vista que áreas de
recuperação ambiental apenas serão reenquadradas em áreas de restrição à
ocupação ou áreas de ocupação dirigida, portanto não deverá, nestas áreas, ser
permitida a disposição de qualquer tipo de resíduos sólidos até que comprovada
sua recuperação e a área seja enquadrada como de ocupação dirigida. O artigo
24 do mesmo dispositivo legal determina que os municípios localizados fora das
áreas protegidas não poderão ter seus resíduos sólidos dispostos na APRM.
Agora quanto ao que estabelece o Plano Diretor do Município de Ribeirão Pires,
instituído pela lei municipal nº4791/04, ele aborda no art. 19, sobre a Política de
Saneamento Ambiental Integrado o manejo de resíduos sólidos de todas as
categorias. Especificamente no inciso IX deste artigo, relata-se como diretriz a
necessidade de elaborar e implementar o Sistema de Gestão de Resíduos
Sólidos, garantindo a ampliação da coleta seletiva de lixo, a conveniência de
efetuar a reciclagem e do reuso de materiais, bem como a redução da geração de
resíduos sólidos em todos seus níveis.
23
5. OS RESÍDUOS SÓLIDOS EM RIBEIRÃO PIRES
Sevemasa
A Secretaria do Verde, Meio Ambiente e
Saneamento Básico (Sevemasa), de atuação municipal,
desenvolvem e executam projetos voltados à manutenção e melhorias em relação
a saneamento básico e áreas verdes da Estância Turística de Ribeirão Pires.
Trabalha com o objetivo de garantir maior envolvimento e aproximação da
população com o meio ambiente, por meio de planos de conscientização e de
educação. A partir de outubro de 2008, a administração dos resíduos continuou
sob a responsabilidade municipal e ficou a cargo da Sevemasa, que
anteriormente era função da Secretaria de Infraestrutura Urbana. Na parte de
educação ambiental e capacitação, a Sevemasa atua no treinamento e educação
de estudantes e catadores de materiais recicláveis. Considerando que hoje a
população não dispõe mais de um local para entrega voluntária e todo o esforço
que a Cooperpires (Cooperativa de Reciclagem de Ribeirão Pires) vem fazendo
para dar continuidade ao programa de coleta seletiva, os Projetos de Educação
Ambiental da Prefeitura de Ribeirão Pires vêm apoiando essa cooperativa no
envolvimento de alunos e pais, para buscar a sensibilização das comunidades
dos bairros na adesão ao programa de coleta seletiva.
A prefeitura também atua na realização de parcerias com instituições
públicas e privadas para realizar os projetos na área ambiental, como a ampliação
da coleta seletiva abrangendo todo município de Ribeirão Pires, além da
implantação de LEV´s (locais de entrega voluntária) nos bairros e mais lixeiras no
município. As próprias escolas têm projetos de educação ambiental, de
reciclagem e horta comunitária. Podem-se citar as escolas municipais Sebastião
Vayego de Carvalho, Tia Marinha, Yoshihiko Narita, entre outras que realizam
regularmente estes projetos com os alunos. Esse foi o caminho encontrado pela
escola municipal Yoshihiko Narita para diminuir o depósito de lixo irregular nas
proximidades do estabelecimento de ensino. O trabalho se caracteriza por ser
simples: a comunidade se encarrega de recolher e transportar o material que é
doado a Cooperpires (PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PIRES).
Imagem IV: Brasão da
Prefeitura
24
O projeto tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre a importância da
coleta seletiva que, além de diminuir o lixo na cidade e que iria para o aterro,
preserva o meio ambiente e gera renda para a cooperativa. Toda comunidade é
convidada a recolher o lixo reciclável, já limpo, às terças-feiras (PREFEITURA
MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PIRES).
A partir dos dados do IBGE, em 2009, o nível de atendimento da coleta de
lixo no município era de 98,49%, enquanto a média do Estado era de 98,90%.
Segundo informações da Secretaria de Infraestrutura Urbana, na região central da
cidade, a coleta de lixo comum se realiza diariamente, e nos bairros é
desempenhada em dias alternados. Em 2008, a coleta no município cobria 100%
da área urbana.
A rotina de coleta de lixo se efetua da seguinte forma: no período diurno,
há três caminhões que circulam nos bairros e mais um para coleta em ruas de
difícil acesso. No período noturno, se disponibilizam dois caminhões que circulam
nos bairros mais um veículo para coleta em ruas de difícil acesso. Atualmente, a
empresa terceirizada Construrban realiza a coleta do lixo e o transporta ao aterro
sanitário que é administrado pela empresa LARA.
A produção média mensal de lixo domiciliar alcançava as 1.920 toneladas.
Anualmente chega a aproximadamente 23.040 toneladas de lixo domiciliar. A
média de produção de lixo domiciliar per capita é de 0,59 kg/ hab./dia em 2007.
Quanto à quantidade reciclada, não há um estudo que indique o número certo
devido ao grande número de catadores informais de materiais recicláveis no
município de Ribeirão Pires. Além disso, a Sevemasa emite autorização para a
deposição de resíduos de inertes (construção civil, terra), no aterro municipal.
Para o controle, se emite uma guia por caçamba e se paga R$40 para depositar
no aterro a quantidade coletada pela caçamba. Nessa guia, aparecem
informações sobre o administrador da caçamba (caçambeiro), o local de destino
desta, local de onde se retiraram os resíduos, entre outras informações nesse
sentido.
25
5.1. Cooperpires e
Coopsente
A Cooperativa de
Reciclagem de Ribeirão
Pires (Cooperpires) foi
constituída em abril do
ano de 2004, como parte
do Plano de Gestão
Integrada de Resíduos
Sólidos da Prefeitura de
Ribeirão Pires, com o
apoio da Aciarp
(Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires) e das empresas
da região com o objetivo de gerar empregos, renda e cidadania aos participantes,
além do desenvolvimento de uma política ambiental. Inicialmente, houve a
capacitação dos cooperados através de treinamentos para que estes estivessem
habilitados para desempenharem as funções de forma eficiente dentro da
cooperativa de triagem. Para centralizar os esforços das cooperativas de triagem
de materiais recicláveis e facilitar a busca por empresas compradoras de resíduos
sólidos, as cooperativas do ABC se uniram e criaram a Coopsente (Cooperativa
de Catadores de Materiais Reciclados do ABCD), localizadas no município de
Diadema.
Trata-se de uma cooperativa de segundo grau, ou seja, formada por uma
central de cooperativas, que está em funcionamento há mais de um ano e foi
formalmente constituída no final de Julho de 2008 (REPORTER DIARIO).
Segundo a mesma fonte de informação, a Coopsente é hoje composta pelas
cooperativas Cooperma, de Mauá, e Cooperpires, de Ribeirão Pires, além das
associações Refazendo e Raio de Luz, de São Bernardo do Campo, e a Pacto
Ambiental, de Diadema, que contam com a participação das cooperativas
Cooperlimpa, Taboão, Vila Popular, Chico Mendes, Nova Conquista e Centro. Ao
todo, a iniciativa reúne cerca de 220 cooperados, sendo uma das maiores do
Brasil. Dessa forma, o principal objetivo da cooperativa centralizadora é tentar
colocar o máximo de materiais recicláveis na indústria final, como são chamadas
as grandes empresas que compram materiais reciclados.
Fonte: Jornal Online, Mais Notícias. Imagem V: Cooperpires. Jornal Online
Mais Notícias
26
De acordo com o presidente da Coopsente, José Lacerda Borges, hoje a
cooperativa reúne e vende papelão, papel branco, Pet e Tetra Pak. Somados,
contabilizam aproximadamente 140 toneladas de material por mês. Graças ao
trabalho de seus dirigentes, a Coopsente já tem clientes importantes como a
indústria Suzano, que compra papelão e papel branco. A Papirus Indústria de
Papel compra somente papelão e a própria Tetra Pak paga pelas embalagens
usadas.
A administração central está sempre em busca de mais empresas
compradoras, e com o trabalho em conjunto, o resultado fica mais fácil de ser
alcançado, como de fato está acontecendo. Além disso, a cooperativa-mãe
(Coopsente) já possui dois caminhões doados pela Petrobrás. Os caminhões são
usados para juntar o material coletado das cooperativas e concentrá-los num só
local, para facilitar o recolhimento pelas empresas. Não necessariamente os
materiais das cooperativas são enviados para essa cooperativa-mãe.
A Cooperpires, devido à sua localidade e à sua pequena produção de
materiais recicláveis, necessita enviá-los para a rede central da Coopsente.
Destaca-se que o plano da Coopsente não se concentra exclusivamente na venda
dos materiais recicláveis. O objetivo é ir além da comercialização de recicláveis
com a ideia de beneficiar algum tipo de material e enviar projetos para serem
desenvolvidos em parceria com entidades como o Banco do Brasil, BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ou Petrobras, das
quais pode obter novos apoios. Como entidade associativa, a Cooperpires tem
uma finalidade social que não visa o lucro, mas sim a sustentabilidade. Ela está
formada por um grupo de pessoas que já trabalhavam com a coleta de materiais
recicláveis e que agora são responsáveis também pela triagem na cooperativa.
Não se dispõem de recursos financeiros públicos ou privados que subsidiam a
cooperativa, porém ela se auto sustenta. Os materiais coletados e vendidos são
utilizados para pagar as despesas, e a receita liquida restante passa a ser dividida
equitativamente entre os membros.
Atualmente, 17 cooperados trabalham em uma carga horária diária de 8
horas. O horário de funcionamento da cooperativa se estende das 07h00min às
16h30min, de Segunda a Sexta-feira. Contudo, os materiais recicláveis são
coletados porta aporta nos bairros da Vila Suíça, Parque Aliança, Santa Luzia,
Vila Belmiro, Centro, Jardim Alvorada e Jardim Panorama da cidade de Ribeirão
Pires. Não existe uma porcentagem exata de domicílios atendidos por esta coleta,
mas ela representa uma pequena parte da população do município de Ribeirão
27
Pires. A coleta é realizada através de um caminhão alugado pela própria
cooperativa.
Na região central do município, os próprios cooperados coletam os
materiais a pé, principalmente dos estabelecimentos comerciais, e dispõem em
um posto de centralização de coleta, localizado atrás da unidade dos Correios.
Quando acumula uma grande quantidade, esse material é recolhido pelo
caminhão e levado até a cooperativa. 45 Por motivos econômicos e de
rentabilidade, é necessário formar uma carga com cerca de 12 toneladas para
poder enviar o material de Ribeirão Pires para Diadema, central da Coopsente.
Toda terça-feira, o caminhão passa na Cooperpires para levar a carga para o
posto centralizado. Cada dia da semana, os dois caminhões realizam os
transportes dos materiais das cooperativas e associações para o posto de coleta
centralizador de Diadema para em seguida serem comercializados.
6. RESIDUOS DE SERVIÇO DE SAUDE EM RIBEIRÃO PIRES
Ribeirão possui a Lei nº 5.233, de 08 de dezembro de 2008, que dispõe
sobre a instituição da Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos
Sólidos de Serviços de Saúde. A estimativa é que sejam recolhidas 12,5
toneladas por mês de RSS com uma taxa de R$ 3,20 por quilo de resíduos. O que
representaria R$ 40 mil mensais. Ao não cumprimento da lei, será aplicado multa
que varia entre R$ 247 e R$ 500.
28
7.PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONTRUÇÃO CIVIL
(PGRCC)
PROJETO GRIPE – Gestão de Resíduos na Implantação de Projetos
Ecológicos
A necessidade de se aproveitar os RCC, não resulta da vontade de
economizar, trata-se de uma atitude fundamental para a preservação de nosso
meio ambiente. O importante a ser implantado no setor é a gestão do processo
produtivo, com a diminuição na geração dos resíduos sólidos e o correto
gerenciamento dos mesmos no canteiro de obra, partindo da conscientização e
sensibilização dos agentes envolvidos, criando uma metodologia própria na
empresa.
Dentre as diretrizes a serem alcançadas pelo setor, podemos destacar:
Reduzir os desperdícios e o volume de resíduos gerados;
Segregar os resíduos por classes e tipos;
Reutilizar materiais, elementos e componentes que não requisitem
transformações;
Reciclar os resíduos, transformando-os em matéria-prima para a produção
de novos produtos.
Lembrando que se faz necessário uma mudança da cultura junto a todos os
envolvidos no processo da construção, evidenciando a importância da
preservação do meio em que vivemos.
Dados da Empresa onde será aplicado o PGRCC:
EMPRESA – X Projetos e Construções, Rua João Domingues de Oliveira,
207, 09400-250, Ribeirão Pires, SP,
29
Responsável Técnico Pelo PGRCC
Sr. Guilherme de Carvalho Dias – Técnico em Meio Ambiente
7.1.Clima Organizacional
Missão
Empreender soluções de construções inovadoras, de qualidade
reconhecida, tendo como referência as pessoas, a comunidade e o meio
ambiente, gerando valor aos colaboradores e clientes, buscando sempre a
perenidade da empresa.
Visão
Ser referência no mercado de construção, com solidez, confiabilidade e
comprometimento para superar as expectativas de nossos clientes, perpetuando
desta forma, fidelidade aos nossos clientes e fornecedores, buscando a
continuidade e a superação de novos negócios, motivando e capacitando todos
os seus profissionais, transformando a nossa empresa em um ambiente propício
para o crescimento profissional e pessoal, resultando em uma excelente
qualidade de vida.
Valores
Ter a preferência do Cliente;
Segurança das pessoas acima de tudo;
Pessoas respeitadas, valorizadas, comprometidas e realizadas;
Excelência com Simplicidade;
Foco em Resultados
Integridade com todos os públicos;
Sustentabilidade econômica, social e ambiental.
POLÍTICA AMBIENTAL DA EMPRESA
Cumprir os requisitos legais para controle e prevenção da poluição e
contaminação proveniente dos RCC.
30
Promover o desenvolvimento sustentável na área da construção, em um
ambiente cada vez mais exigente se faz necessária à preocupação com a
correta utilização dos recursos naturais.
Oferecer condições de preço e qualidade nos produtos e serviços
oferecidos, visando à qualidade ambiental, de vida e recursos naturais
7.2. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS
CLASSE A
Entulho de alvenaria e
concreto
Pedras
Resto de Argamassa
Solo Escavado Telhas
CLASSE B
Aço
Alumínio
Esquadrias
Ferro
Grades
Fio de cobre com PVC
Latas
Madeira
Madeira Forma
Papel
Argamassa
Papel
Embalagens
Metálicos
Plástico
Vidro
Gesso
CLASSE C
Estopa
Isopor
Lixas
Massa de Vidro
Sacos de Cimento
Tubo de Poliuretano
Latas e sobras de adesivo
CLASSE D
Tintas e sobras de material
de pintura
Tintas
Solventes,
Óleos e outros, ou aqueles
contaminados oriundos de
demolições,
Reformas e reparos de
clínicas radiológicas,
Instalações industriais e
outros bem como telhas e
demais objetos e materiais
que contenham amianto ou
outros produtos nocivos à
saúde.
31
CARACTERÍSTICAS (De acordo com a Resolução CONAMA n° 307)
CLASSE A – Reutilizáveis e/ou Recicláveis para uso como agregados na própria
construção
CLASSE B – Recicláveis e/ou Reutilizáveis para uso em outras atividades
CLASSE C - Sem tecnologia que permita sua reciclagem ou reutilização, como por
exemplo, o gesso.
CLASSE D – PERIGOSOS
QUANTIDADE DE RESÍDUO EM %
CLASSE A – 93%
CLASSE B – 3%
CLASSE C – 4%
Imagem VII: Porcentagem dos Resíduos. Carneiro 2005
32
7.3. SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO
A segregação será feita em seu local de origem ou em áreas licenciadas
para esta atividade, segundo a sua classificação dada na norma
regulamentadora;·.
Acondicionamento
CLASSE A – Caçambas estacionárias
CLASSE B – Bags ou baias
CLASSE C e D – Recipientes especiais
7.4. MONITORAMENTO
Avaliar o desempenho da obra, por meio de check-lists e relatórios
periódicos, em relação à limpeza, triagem e destinação compromissada dos
resíduos. Isso deverá servir como referência para a direção da obra atuar na
correção dos desvios observados, tanto nos aspectos da gestão interna dos
resíduos (canteiro de obra) como da gestão externa (remoção e destinação).
Devem ser feitas novas sessões de treinamento sempre que houver a entrada de
novos empreiteiros e operários ou diante de insuficiências detectadas nas
avaliações.
7.5. TRIAGEM
Áreas de triagem e transbordo devem ser identificadas assim como os
responsáveis por tais atividades.
33
7.6. TRANSPORTE
Devem-se identificar os responsáveis pela execução de coleta e do
transporte dos resíduos gerados no empreendimento como: nome, endereço, etc.
Os tipos de veículos e equipamentos a serem utilizados, bem como os horários de
coleta, frequência e itinerário. No caso de transporte de terra e entulho, apresentar
a Licença de Tráfego de Veículo, conforme Art. 220, da Lei 8616, de 14/07/2003,
Código de Posturas.
Resíduos provenientes de demolição e escavação: Caminhão
basculante (regulamentado)
Construção: Caçambas estacionárias de empresas cadastradas
Transporte entre terrenos: em casos comuns ele será monitorado
pelo controle urbano da cidade e dependerá da aprovação do órgão
ambiental do município.
7.7. DESTINAÇÃO
Devem-se indicar as unidades de destinação para cada classe ou tipo de
resíduo. Todas as unidades devem ser autorizadas pelo poder público e qual a
finalidade (Aterro Controlado, Sanitário ou Industrial). Deve-se também, indicar o
responsável pela destinação dos mesmos, caracterizando o próprio gerador,
município e empresa contratada.
Conforme o Art. 10. Da Resolução CONAMA 307/2002, os resíduos da
construção civil deverão ser destinados das seguintes formas:
I – Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou
encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos
de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
II – Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização
ou reciclagem futura;
III– Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em
conformidade com as normas técnicas específicas.
IV – Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados
em conformidade com as normas técnicas específicas.
34
7.8. ASPECTO E IMPACTO AMBIENTAL (TABELA I)
Atividade da Empresa
Aspectos Ambientais Impactos Ambientais
Construções em Geral Redução de Áreas Verdes
Desmatamento Extinção de Espécies Endêmicas Redução da Biodiversidade Local Erosão do Solo Danos Paisagísticos
Construções em Geral e Demolições
Restos de Materiais e Resíduos
Contaminação do Solo
Construções em Geral e Demolições
Emissões Atmosféricas (Poeira, fumaça, etc.).
Alteração da qualidade do ar Danos à saúde da comunidade Incômodos à comunidade
Construções em Geral e Demolições
Emissão de vibrações Danos à estrutura de construções vizinhas Incômodos à comunidade
Acabamentos (argamassa, gesso, pintura).
Derrame e/ou descarte incorreto
Contaminação da água/do solo
35
8. PROPOSTA TÉCNICA
Reciclar e/ou Reutilizar os RCC/RCD passíveis de serem reciclados e/ou
Reutilizados dentro do próprio canteiro de obras. Os resíduos perigosos deverão
ser entregues a uma empresa cadastrada.
OBJETIVO
O PGRCC tem como foco principal o atendimento á legislação ambiental e
normas regulamentadoras (Resolução CONAMA 307/2002) assim como
estabelecer um procedimento necessário para garantir o manejo e o destino
ambientalmente adequado de todos os resíduos provenientes da construção.
ABRANGÊNCIA
Este programa abrange todas as áreas dentro do canteiro de obras escolhido, mas
pode ser aplicado a outros empreendimentos com as mesmas características.
JUSTIFICATIVA
Devido o grande desperdício de materiais e a falta de conhecimento sobre o que
poderia ser feito com as sobras ou entulhos, foi com a ajuda da Resolução
CONAMA n° 307 de 2002, que define, classifica e estabelece os possíveis destinos
finais dos RCC e demolição, as normas técnicas NBR 15112 a 15116 de 2004 se
fez necessária à elaboração de um projeto que avalie, classifique e ajude ao
encaminhamento dos resíduos de construção civil.
36
INDICADORES
Os indicadores utilizados são:
Viabilidade econômica na compra da matéria prima
Reavaliação do programa a cada 3 meses
METAS (TABELA III)
META AÇÃO INDICADOR PRAZO Reciclar 50% dos resíduos de classe A e B
Segregação, triagem e reciclagem.
Quantidade do resíduo Fim da obra
Reduzir de 5 a 10% do custo total da obra
Utilizar produtos com baixo custo e realizar a reciclagem e reutilização interna
Consumo mensal (R$) de produtos e materiais
Fim da obra
Redução de perdas de materiais
Comprar somente o necessário e reutilizar/reciclar as sobras
Quantidade de resíduo na compra e nas sobras
Fim da obra
Correta destinação final dos resíduos de classe C e D
Contratar empresas certificadas e acompanhar o processo
Planilha de destinação dos resíduos para a empresa contratada e devolutiva da mesma.
Fim da obra
CRONOGRAMA DE AÇÕES (TABELA IV)
AÇÃO RESPONSÁVEL J F M A M J J A S O N D
Elaborar um
plano de trabalho
Operadores X X X X X X X X X X X X
Treinamento Técnicos X X X X X X X X X X X X
Palestras Técnicos X X X X X X
Fiscalizar as
ações e
procedimentos
Técnicos X X X X X X X X X X X X
Destinação final
correta
Transportadores X X X X X X X X X X X X
37
REQUISITOS LEGAIS (TABELA V)
NOME REFERÊNCIA/N° ULTIMA REVISÃO
Resolução CONAMA 307 5 de julho de 2002
Resolução CONAMA 348 16 de agosto de 2004
Resolução SMA 41 17 de outubro de 2002
Lei Federal de Crimes
Ambientais
9.605 12 de fevereiro de 2008
Áreas de transbordo e
triagem
NBR 15.112 2004
Aterros NBR 15.113 2004
Áreas de reciclagem NBR 15.114 2004
Agregados Reciclados
(execução)
NBR 15.115 2004
Agregados Reciclados
(aplicação)
NBR 15.116 2004
Política Nacional de Resíduos Sólidos
12.305 2 de agosto de 2010
ORÇAMENTO
A viabilidade econômica é um ponto muito sensível e com peso fundamental na
definição de todo o processo sugerido até então. A central de reciclagem proposta
seria inserida dentro do próprio canteiro de obras e de acordo com a empresa
Mapree Equipamentos, uma usina de reciclagem pronta de nível básico, sairia em
torno de R$ 14.000. Já uma usina mais aprimorada e fixa teria o valor variado entre
R$ 50.000 e R$ 120.000. Abaixo vemos as etapas do processo:
38
FLUXOGRAMA DO PROCESSO DENTRO DA GESTÃO DOS RCD
(IMAGEM VIII)
MARQUES NETO, 2005
39
MAQUINÁRIO UTILIZADO
A 1ª imagem mostra o bico de entrada
do entulho para ser triturado, onde ele
passa por três tipos de moedores,
sendo o último deles ajustável, definindo
a granulometria do processo. Diferentes
granulometrias são desejadas
dependendo das necessidades, como por exemplo, para argamassa de
revestimento (reboco), são desejáveis agregados finos.
A 2ª imagem mostra a esteira vibratória acoplada a uma peneira, que fica
responsável pela separação e
classificação dos agregados, nessa
etapa o agregado que atende as
especificações é separado daquele que
deverá retornar a bica e ser
reprocessado.
A 3ª imagem mostra o resultado do
processo, à esquerda o agregado
pronto para ser utilizado no revestimento; à direita
o agregado que deverá voltar à bica para ser
reprocessado.
Apesar de parecer pouco à bica e a esteira
precisam de equipamentos diversos para um bom
funcionamento (como caçambas, bags, transporte,
etc.) além do espaço dentro do canteiro de obras
para realização de tal atividade. O que acarreta o
preço de R$10.000,00. Mas analisando o valor da
obra, o maquinário utilizado apesar do preço, seria de um forte impacto benéfico à
construtora, já que se trata de uma maquina de pequeno porte e móvel, podendo
ser levada em toda a obra que for feita futuramente. Analisando os gastos antes e
depois da implantação de outros projetos, vemos que o valor a ser gasto pode ser
recuperado rapidamente, uma vez que o construtor usará o mesmo maquinário em
outras obras e poderá vender o material feito.
Imagem IX
Imagem X
Imagem XI
Imagem X
40
9. FECHAMENTO
Os RCC representam um relevante problema ambiental e econômico para os
municípios. No total, 90% dos rcc podem ser reciclados e /ou reutilizados para uso
no próprio canteiro de obras, o que diminuiria muito o gasto com materiais de
construção e traria benefícios significativos para a empresa construtora, como
certificações nacionais e dependendo do tamanho da empresa e da construção,
internacionais. Para uma boa performance é necessário um sistema de gestão que
contemple todo o ciclo do RCC desde canteiro de obras, até a sua destinação final.
Além da redução de custos na obra, vários outros benefícios podem ser citados,
tais como:
Redução no consumo de matéria-prima natural;
Redução da parcela de entulhos a ser destinada para aterros (diminuindo a
quantidade, diminui o preço);
Geração de frentes de trabalho
Maior preservação do Meio
Controle da poluição urbana e diminuição de vetores de doenças.
Diante da viabilidade apresentada para a implementação e operação de uma
usina móvel, atendida por um equipamento de pequeno porte como o apresentado
no presente trabalho, pode-se pensar que seria possível evitar práticas de despejo
de entulho em terrenos baldios, margens de rios ou qualquer outro lugar irregular,
uma vez que o construtor pode usar os agregados na própria empresa ou então
vendê-los e lucrar ainda mais com isso, aumentando a qualidade da obra, da
cidade e de vida dos trabalhadores.
41
10. REFERÊNCIAS
Universidade Anhembi Morumbi http://engenharia.anhembi.br/tcc-07/civil-16.pdf
acessado em 7 de fevereiro de 2012
Desenvolvimento sustentável e a reciclagem de resíduos na construção civil
http://www.pedrasul.com.br/artigos/sustentabilidade.pdf acessado em 8 de março de
2012
Entulho da indústria da construção civil
http://www.reciclagem.pcc.usp.br/ingles/td%20paper3.htm acessado em 10 de março de
2012
A historia da arquitetura http://www.ecivilnet.com/artigos/historia_da_arquitetura_4.htm
acessado em 13 de março de 2012
Gestão de resíduos na construção civil
http://www.cepam.sp.gov.br/arquivos/sisnama/meio_ambiente_em_temas/sinduscon3_ma.p
df acessado em 15 de março de 2012
Mundo da Sustentabilidade
http://sustentabilidades.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=43&Itemid=57a
cessado em 17 de março de 2012
Encontra Ribeirão Pires
http://www.encontraribeiraopires.com.br/noticias/em-ribeirao-pires-financas-cobra-taxa-do-lixo-
hospitalar/acessado em 17 de março de 2012
Universidade Católica de Goiás – Trabalho de Conclusão do curso de Eng.
Ambiental – Edieliton Gonzaga de Oliveira
http://www.ucg.br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/Continua/GERENCIAMENTO%20DE%
20RES%C3%8DDUOS%20DA%20CONSTRU%C3%87%C3%83O%20CIVIL%20E%20DEMOLI%C3%87%C
3%83O%20-%20ESTUDO%20DE%20CASO%20DA%20RESOL___.pdfacessado em 19 de março
de 2012
42
Diretrizes para elaboração e apresentação de PGRS
http://people.ufpr.br/~dga.pcu/Diretrizes%20do%20IAP%20-%20PGRS.pdfacessado em 20 de
março de 2012
Instituto Pólis
http://www.polis.org.br/acessado em 7 de Fevereiro a 15 de Março de 2012
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil –
SINDUSCOM – MG
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Petrotec Equipamentos para a Construção Civil
http://www.petrotec.com.br/acessado em 15 de maio de 2012
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ANEXOS