Gregório de Matos e o Barroco Brasileiro

3
Gregório de Matos e o barroco brasileiro Salvador, 23 de dezembro de 1636 – Recife, 26 de novembro de 1695 1. A polêmica sobre o barroco brasileiro: o sequestro do barroco por Antonio Candido denunciado por Haroldo de Campos. 2. Jogo de imagens e de palavras (figuras de linguagem) como característica central do estilo barroco. 3. O conflito barroco entre o sagrado e o humano revelado no uso da antítese. 4. Cultismo: ênfase nas construções obscuras e preciosistas. Típico da poesia. 5. Conceptismo: ênfase no intelectual. Prosa. 6. O "Siglo de Oro" começa com a Gramática castellana de Nebrija, em 1492, e termina com a morte de Calderón em 1681. 7. Título Olhar cool recai sobre barroco e sátira gregoriana Rodrigues, A. M. Olhar cool recai sobre barroco e satira gregoriana. São Paulo, 1990. Resenha da Obra: Hansen, J a. Satira do Engenho: Gregório de Matos e a Bahia do Seculo Xvii. Sao Paulo : Companhia das Letras, 1989. Fonte Folha de São Paulo, São Paulo, p. F-3, 20 jan. 1990

description

Ensaio

Transcript of Gregório de Matos e o Barroco Brasileiro

Gregrio de Matos e o barroco brasileiroSalvador, 23 de dezembro de 1636 Recife, 26 de novembro de 16951. A polmica sobre o barroco brasileiro: o sequestro do barroco por Antonio Candido denunciado por Haroldo de Campos.

2. Jogo de imagens e de palavras (figuras de linguagem) como caracterstica central do estilo barroco.3. O conflito barroco entre o sagrado e o humano revelado no uso da anttese.

4. Cultismo: nfase nas construes obscuras e preciosistas. Tpico da poesia.5. Conceptismo: nfase no intelectual. Prosa.6. O "Siglo de Oro" comea com a Gramtica castellana de Nebrija, em 1492, e termina com a morte de Caldern em 1681.7. Ttulo Olhar cool recai sobre barroco e stira gregorianaRodrigues, A. M. Olhar cool recai sobre barroco e satira gregoriana.

So Paulo, 1990. Resenha da Obra: Hansen, J a. Satira do Engenho: Gregrio de Matos e a Bahia do Seculo Xvii. Sao Paulo : Companhia das Letras, 1989. Fonte Folha de So Paulo, So Paulo, p. F-3, 20 jan. 1990

8. A teologia-poltica do Barroco se fundamenta nos princpios paulinos, como, p. ex., quando Paulo afirma que do que de Deus se pode conhecer manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. (20) Porque os atributos invisveis de Deus, assim o seu eterno poder, como tambm a sua prpria divindade, claramente se reconhecem, desde o princpio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens so, por isso, indesculpveis; (21) porquanto, tendo conhecimento de Deus, no o glorificaram como Deus, nem lhe deram graas; antes, se tornaram nulos em seus prprios raciocnios, obscurecendo-se-lhes o corao insensato. (22) Inculcando-se por sbios, tornaram-se loucos (23) e mudaram a glria do Deus incorruptvel em semelhana da imagem de homem corruptvel, bem como de aves, quadrpedes e rpteis. (24) Por isso, Deus entregou tais homens imundcia, pelas concupiscncias de seu prprio corao, para desonrarem o seu corpo entre si; (25) pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual bendito eternamente. Amm! (Rm 1.19-25).9. Na anlise de Gregrio, vale a estratgia adotada por Antonio Candido em seu ensaio De cortio em cortio: unir a anlise fina e detalhista dos formalistas e estruturalistas sagacidade da investigao materialista que articula os fenmenos artsticos ao movimento social, fazendo valer uma totalidade histrica da qual a literatura no pode escapar de forma alguma.